Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
• Redação oficial é a maneira pela qual o poder público redige atos normativos e comunicações.
• No caso da redação oficial quem comunica é sempre o poder público (Ministério, Secretaria,
Departamento, Divisão, Serviço, Seção).
• O que se comunica é sempre algum assunto relativo as atribuições do órgão que comunica.
• E o destinatário dessa comunicação é o público, uma instituição privada ou outro órgão ou entidade
pública, do Poder Executivo ou de outros poderes.
• Deve-se considerar também a intenção do emissor e a finalidade do documento, para que o texto
esteja adequado à situação comunicativa.
• Os atos oficiais (de caráter normativo), ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou
regulam o funcionamento dos órgãos e entidades públicos, o que só é alcançado, se em sua
elaboração, fora empregada a linguagem adequada.
• O mesmo ocorre com os expedientes oficiais, que tem a finalidade de informar com clareza e
objetividade.
Caracteriza-se por:
• Clareza e precisão
• Objetividade
• Concisão
• Coesão e coerência
• Impessoalidade
• Formalidade e padronização
• O uso da norma padrão da língua portuguesa
1. CLAREZA E PRECISÃO
CLAREZA
O texto claro é aquele que possibilita a imediata compreensão pelo leitor. Um documento oficial ou ato
normativo não pode ser escrito de forma que dificulte ou impossibilite sua compreensão.
A transparência é um requisito próprio do Estado de Direito, e é inaceitável que um texto oficial ou um ato
normativo não seja entendido pelos cidadãos.
O princípio da publicidade engloba tanto a publicação do texto quanto a necessidade de que ele seja claro.
• Utilizar palavras e expressões simples, exceto quando o texto falar sobre o assunto técnico, hipótese
em que se pode utilizar nomenclatura própria da área;
• Utilizar frases curtas, bem estruturadas; apresentar as orações na ordem direta e evitar intercalações
excessivas. Em alguns casos, para evitar a ambiguidade, pode-se adotar a ordem inversa da oração;
• Buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto;
• Não utilizar regionalismos e neologismos;
• Pontuar adequadamente o texto;
• Explicitar o significado da sigla na primeira referência a ela;
• Utilizar palavras e expressões em outro idioma apenas quando indispensáveis, no caso de ser
designações ou expressões de uso já consagrado ou de não terem exata tradução. Neste caso devem
ser escritas em itálico.
PRECISÃO
Caracteriza-se por:
• Articulação da linguagem comum ou técnica para a perfeita compreensão da ideia veiculada no texto.
• Manifestação do pensamento ou da ideia com as mesmas palavras, evitando utilizar sinonímia com
propósito meramente estilístico.
• Escolha de expressão ou palavra que não confira duplo sentido ao texto.
É necessário explicitar, esclarecer, ser preciso no uso de termos técnicos, do significado das siglas, das
abreviações e dos conceitos específicos que não possam ser dispensados no texto.
A clareza e a precisão dependem das outras características da redação oficial, apresentadas a seguir.
2. OBJETIVIDADE
E necessário saber com antecedência qual a ideia principal e quais são as secundárias e seguir a hierarquia
de ideia (fundamentais e secundárias).
As ideais secundárias podem esclarecer o sentido das principais, detalhá-las, exemplificá-las. Mas há também
as secundárias que não acrescentam informação ao texto, podendo ser dispensadas.
3. CONCISÃO
O texto conciso é aquele que consegue transmitir o máximo de informações com o mínimo de palavras.
Não se trata de eliminar passagens essenciais do texto com o objetivo de reduzir o seu tamanho, mas sim de
excluir as palavras inúteis, redundantes e passagens que não acrescentam nada ao que já foi dito.
O texto deve evitar caracterizações de comentários supérfluos, adjetivos e advérbios inúteis, além de uma
subordinação excessiva.
4. COESÃO E COERÊNCIA
Um texto tem coesão quando as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados dando continuidade
uns aos outros.
Alguns mecanismos que estabelecem a coesão e a coerência de um texto são: referência, substituição, elipse
e uso de conjunção.
• Referência: pode se dar por retomada de um termo, relação com o que é precedente no texto, ou
antecipação de um termo cuja interpretação depende do que se segue.
Exemplo: O deputado evitou a instalação da CPI da corrupção. Ele aguardou a decisão do plenário.
• Substituição: é a colocação de um item lexical num lugar de outro ou no lugar de uma oração.
Exemplo: O ofício está pronto. O documento trata da exoneração do servidor.
• Conjunção: outra estratégia é utilizar a conjunção para estabelecer ligação entre orações, períodos
ou parágrafos.
Exemplo: O embaixador compareceu à reunião, pois identificou o interesse de seu governo pelo
assunto.
5. IMPESSOALIDADE
• Abstração da personalidade dos atos administrativos. A ação administrativa é exercida pelos seus
servidores, porém ela é resultado somente da vontade estatal.
A redação oficial é sempre elaborada em nome do serviço público e sempre em atendimento ao interesse
geral dos cidadãos. Sendo assim, os assuntos objetos dos expedientes oficiais não devem ser tratados de
outra forma que não a estritamente impessoal.
O tratamento impessoal dado aos assuntos que constam das comunicações oficiais decorre:
• Da ausência de impressões individuais de quem comunica: mesmo que seja assinada por um chefe
de determinada seção, por exemplo, a comunicação é feita sempre em nome do serviço público.
Obtém-se assim, uma padronização, que permite que as comunicações elaboradas em diferentes
setores da administração possuam certa uniformidade.
• Da impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a um cidadão (ao público),
ou a uma instituição privada, a outro órgão ou entidade pública. Em todos os casos, o destinatário é
concebido de forma homogênea e impessoal.
6. FORMALIDADE E PADRONIZAÇÃO
As comunicações administrativas devem ser sempre formais, ou seja, devem obedecer a certas regras de
forma. Isso é válido tanto para as comunicações feitas em meio eletrônico, quanto para os documentos
impressos.
É necessária também certa formalidade de tratamento. A formalidade diz respeito também à civilidade no
próprio enfoque dado ao assunto do qual trata a comunicação.
A formalidade de tratamento está ligada também a necessidade de uniformidade das comunicações, elas
precisam seguir o mesmo padrão, e uma das metas do manual é o estabelecimento desse padrão.
A digitação sem erros, o uso de papéis uniformes para o texto definitivo (nos casos em que for necessária a
impressão), e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a padronização.
Por causa de seu caráter público e de sua finalidade, os atos normativos e os expedientes oficiais requerem
o uso do padrão culto do português. Por isso, é importante evitar as diferenças lexicais, morfológicas ou
sintáticas, regionais, os modismos vocabulários e as particularidades linguísticas.
RECOMENDAÇÕES
Não existe um padrão oficial de linguagem, mas existe o uso da norma padrão nos atos e comunicações
oficiais. O jargão burocrático deve ser evitado, pois sua compreensão será sempre limitada.
A redação das comunicações oficiais deve, primeiramente, seguir os preceitos explicitados no capítulo I do
manual: “Aspectos gerais da redação oficial”.
OUTROS ASPECTOS COMUNS A QUASE TODAS MODALIDADES DE
COMUNICAÇÃO OFICIAL
1. PRONOMES DE TRATAMENTO
O emprego dos pronomes de tratamento adota 2ª pessoa do plural de maneira indireta para referenciar
atributos da pessoa a qual se dirige.
Tratamento no
Autoridade Endereçamento Vocativo Abreviatura
corpo do texto
Excelentíssimo Senhor
Presidente da A Sua Excelência o
Presidente da Vossa Excelência Não se usa
república Senhor
República,
Excelentíssimo Senhor
Presidente do A Sua Excelência o
Presidente do Vossa Excelência Não se usa
Congresso Nacional Senhor
Congresso Nacional,
Excelentíssimo Senhor
Presidente do
A Sua Excelência o Presidente do
Supremo Tribunal Vossa Excelência Não se usa
Senhor Supremo Tribunal
Federal
Federal,
Senhor
Vice-Presidente da A Sua Excelência o
Vice-Presidente da Vossa Excelência V. Exa.
República Senhor
República,
A Sua Excelência o
Ministro de estado Senhor Ministro, Vossa Excelência V. Exa.
Senhor
Secretário-Executivo
de Ministério e demais A Sua Excelência o Senhor Secretário-
Vossa Excelência V. Exa.
ocupantes de cargos Senhor Executivo,
de natureza especial
A Sua Excelência o
Embaixador Senhor Embaixador, Vossa Excelência V. Exa.
Senhor
Oficial-General das A Sua Excelência o
Senhor + posto, Vossa Excelência V. Exa.
Forças Armadas Senhor
Outros postos
Ao Senhor Senhor + posto, Vossa Excelência V. Exa.
militares
A Sua Excelência o
Senador da República Senhor Senador, Vossa Excelência V. Exa.
Senhor
A Sua Excelência o
Deputado Federal Senhor Deputado, Vossa Excelência V. Exa.
Senhor
Senhor Ministro do
Ministro do Tribunal A Sua Excelência o
Tribunal de Contas da Vossa Excelência V. Exa.
de Contas da União Senhor
União,
Ministro dos Tribunais A Sua Excelência o
Senhor Ministro, Vossa Excelência V. Exa.
Superiores Senhor
Em relação à concordância verbal nominal e pronominal, embora se refiram à 2ª pessoa (a quem se fala), os
pronomes de tratamento levam a concordância para a 3ª pessoa.
Os pronomes Vossa Excelência ou Vossa Senhoria são utilizados para se comunicar diretamente com o
receptor. Ex.: Nossa Senhoria designará o assessor.
Da mesma forma os pronomes possessivos que se referem a pronomes de tratamento são sempre os de 3ª
pessoa. Ex.: Vossa Senhoria designará seu substituto.
Quanto aos adjetivos que se referem a esses pronomes, o gênero deve coincidir com o sexo da pessoa a que
se refere e não com o substantivo que compõe locução. Ex.: Se o interlocutor for homem, o correto é: Vossa
Excelência está atarefado.
O pronome Sua Excelência é utilizado para se fazer referência a alguma autoridade indiretamente. Ex.: A Sua
Excelência o Ministro De Estado Chefe Da Casa Civil (por exemplo, no endereçamento do expediente).
2. SIGNATÁRIOS
Cargos interino e substituto: na identificação do signatário, depois do nome do cargo, pode-se utilizar os
termos interino e substituto.
• Interino é aquele nomeado para ocupar transitoriamente um cargo público durante a sua vacância.
• Substituto é que designado para exercer as atribuições de cargo público vago, ou no caso de
afastamento e impedimentos legais ou regulamentares do titular.
Devem ser utilizados depois do nome do cargo, sem hífen, sem vírgula e em minúsculo.
O cargo ocupado pela pessoa do sexo feminino deve ser flexionado para o gênero feminino.
Se os nomes forem compostos com elemento de ligação preposicionado, ficam sem hífen. Ex.: general de
exército, general de brigada.
O Novo Acordo ortográfico tornou opcional uso das iniciais maiúsculas em palavras usadas reverencialmente,
por exemplo para cargos e títulos (Ex.: O Presidente francês ou presidente francês). Porém em palavras com
hífen, após se optar pelo uso da maiúscula ou minúscula, deve-se manter a escolha em todos os elementos
hifenizados.
4. VOCATIVO
Para comunicação com o particular pode-se utilizar o vocativo Senhor ou Senhora e a forma utilizada pela
instituição para se referir ao interlocutor: beneficiário, usuário, contribuinte, eleitor etc.
Quando um destinatário for um particular, no vocativo também pode-se utilizar Senhor ou Senhora seguido
do nome do particular ou pode-se utilizar o vocativo Prezado Senhor ou Prezada Senhora.
Em comunicações oficiais está abolido o uso de digníssimo e de ilustríssimo. Também deve-se evitar o uso
de doutor.
AS COMUNICAÇÕES OFICIAIS
1. O PADRÃO OFÍCIO
Até a 2ª edição do manual, haviam 3 expedientes que se diferenciavam pela finalidade: o ofício, o aviso e o
memorando.
• Aviso: expedido exclusivamente por ministros de estado para autoridades de mesma hierarquia.
• Ofício: expedido para e pelas demais autoridades.
• Memorando: expedido entre unidades administrativas de um mesmo.
Na nova edição do manual essa distinção ficou abolida e passou-se a utilizar o termo ofício nas 3 hipóteses.
• Cabeçalho: utilizado apenas na primeira página, centralizado na área determinada pela formatação.
Deverão constar os seguintes elementos:
ー Brasão de armas da República: no topo da página, não precisa ser colorido. O uso de marca
da instituição deve ser evitado para não se sobrepor ao brasão
ー Nome do órgão principal
ー Nomes dos órgãos secundários: quando necessários, da maior para a menor hierarquia
ー Espaçamento: entrelinhas simples 1,0
[Nome do órgão]
[Secretaria/Diretoria]
[Departamento/Setor/Entidade]
Os dados do órgão, como endereço, telefone, endereço de correspondência eletrônica, site eletrônico
oficial da instituição, podem ser informados no rodapé do documento, centralizados.
• Identificação do expediente: os documentos oficiais devem ser identificados da seguinte maneira:
ー Nome do documento: tipo de expediente, por extenso, com todas as letras maiúsculas
ー Indicação de numeração: abreviatura da palavra número padronizada como N°
ー Informações do documento: número do documento, ano com 4 dígitos e siglas usuais do
setor que expede o documento, da menor para a maior hierarquia, separados por barra
ー Alinhamento a margem esquerda da página
OFÍCIO N° 652/2018/SAA/SE/MT
• Local e data do documento: na grafia das datas, o conteúdo deve constar da seguinte forma:
ー Composição: local e data do documento
ー Informação de local: o nome da cidade onde foi expedido o documento, seguido de vírgula.
Não se deve utilizar a sigla da unidade da federação depois do nome da cidade
ー Dia do mês: em numeração ordinal se for o primeiro dia do mês, e numeração cardinal para
os demais dias. Não se deve utilizar zero à esquerda do número que indica o dia do mês
ー Nome do mês: escrito com a inicial minúscula
ー Pontuação: ponto final depois da data
ー Alinhamento alinhado à margem direita da página
Primeira linha: informação de localidade/logradouro do destinatário ou, em causo de ofício ao mesmo órgão,
informação do setor.
Segunda linha: CEP e cidade/unidade da federação separados por espaço simples. Na separação entre cidade
e unidades da federação a barra pode ser substituída a barra pelo ponto outra versão.
No caso de ofício ao mesmo órgão não é obrigatória a informação do CEP, podendo ficar apenas a informação
da cidade/unidade da federação.
O pronome de tratamento no endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa
Excelência terá a seguinte forma: A Sua Excelência o Senhor ou A Sua Excelência a Senhora.
Se o tratamento destinado for vossa Senhoria, o endereçamento a ser empregado é Ao senhor ou A Senhora.
Não se utiliza a expressão a sua Senhoria o Senhor ou a sua Senhoria a Senhora.
A sua Excelência o Senhor
[Nome]
70064-900 Brasília/DF
À Senhora
[Nome]
70070-030 Brasília. DF
• Assunto: deve dar uma ideia geral do que trata o documento de forma sucinta. Deve ser grafado da
seguinte maneira:
ー Título: a palavra assunto deve anteceder a frase que define o conteúdo do documento
seguida de dois-pontos
ー Descrição do assunto: a frase que descreve o conteúdo do documento deve ser escrita com
inicial maiúscula, não se deve utilizar verbos, sugere-se utilizar de 4 a 5 palavras
ー Destaque: todo o texto referente ao assunto inclusive o título deve ser destacado em negrito
ー Pontuação: coloca-se ponto final depois do assunto
ー Alinhamento: à margem esquerda da página
Em resposta ao Ofício n° 12, de 1° de fevereiro de 2018, encaminho cópia do Ofício n° 34, de 3 de abril de
2018, da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas, que trata da requisição do servidor Fulano de Tal.
ー Alinhamento: justificado
ー Espaçamento entre linhas: simples 1,0
ー Espaçamento entre parágrafos: de 6 pontos após cada parágrafo
ー Recuo de parágrafo: 2,5 cm de distância da margem esquerda
ー Numeração dos parágrafos: apenas quando o documento tiver 3 ou mais parágrafos, desde
o primeiro parágrafo. Não se numeram o vocativo e o fecho
ー Fontes e símbolos: Calibri ou Carlito (antes era Times New Roman)
• Fecho para comunicações: tem o objetivo de, além de arrematar o texto, saudar o destinatário. O
manual estabelece o emprego de somente 2 fechos diferentes para todas as modalidades de
comunicação oficial:
ー Para autoridades de hierarquia superior à do remetente, inclusive para o presidente da
República: Respeitosamente,
ー Para autoridades da mesma hierarquia, hierarquia inferior ou demais casos:
Atenciosamente,
ー Para autoridades estrangeiras existem regras próprias, não seguindo estas fórmulas de
comunicação
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assinatura em uma página separada do expediente. Neste
caso, deve-se transferir para a página separada pelo menos a última linha anterior ao fecho.
• Numeração das páginas: a numeração é obrigatória apenas a partir da segunda página. Deve ser
centralizada e obedecer a seguinte formatação:
ー Posição: no rodapé do documento ou acima da área de 2 cm da margem inferior
ー Fonte: Calibri ou Carlito
• NOME DO EXPEDIENTE + CIRCULAR: quando um Órgão envia o mesmo expediente para mais de um
órgão receptor. A sigla na epígrafe será apenas do órgão remetente.
Nos expedientes circulares, por haver mais de um receptor, o órgão remetente poderá inserir no rodapé a
siglas ou nomes dos órgãos que receberão o expediente.
OUTROS TIPOS DE EXPEDIENTES
A exposição de motivos é dirigida ao presidente por um Ministro de Estado. Quando o assunto tratado
envolver mais de um ministério, ela poderá ser assinada por todos os ministros envolvidos, sendo, neste
caso, chamada de interministerial.
Independentemente de ser uma EM com apenas um autor ou interministerial, a sequência numérica das
exposições de motivos é única. A numeração começa e termina dentro de um mesmo ano civil.
FORMA E ESTRUTURA
• No desenvolvimento: indicar a razão de aquela medida ou aquele ato normativo ser o ideal para se
solucionar o problema, e as eventuais alternativas existentes para equacioná-lo, ou fornecer mais
detalhes sobre o assunto informado quando este for o caso.
• Na conclusão: novamente propor a medida a ser tomada ou o ato normativo a ser editado para
solucionar o problema, ou apresentar as considerações finais no caso de exposição de motivos
apenas informativa.
As exposições de motivos que encaminham proposições normativas devem seguir o prescrito no Decreto n°
9.191 de 2017. Devem ser instruídas com parecer jurídico e parecer de mérito que permitam a adequada
avaliação da proposta.
Quando se utiliza o Sidorf, a assinatura, o nome e o cargo do signatário são substituídos pela assinatura
eletrônica que informa o número do ministro que assinou e o do consultor jurídico que que assinou o parecer
jurídico da pasta.
2. MENSAGEM
É um instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos que tem o objetivo de fazer
comunicações do que seja de interesse dos Poderes Públicos e da Nação.
Pode ser enviada pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para informar por exemplo sobre fato
da administração pública, para apresentar veto etc.
Pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá a redação
final.
As mensagens mais comuns do Poder Executivo ao Congresso Nacional têm as seguintes finalidades:
Os projetos de Lei Ordinária ou Complementar são enviados em regime normal ou de urgência. Em ambos
os casos, a mensagem se dirige aos membros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com ofício do
Ministro de Estado Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao Primeiro-Secretário da Câmara dos
Deputados para que dê início à sua tramitação.
Outras finalidades das mensagens dirigem-se aos membros do Congresso Nacional, e os ofícios são
endereçados ao Primeiro Secretário do Senado Federal para:
• Indicação de autoridades: mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação de pessoas para
ocupar determinados cargos, uma vez que a Constituição atribui àquela casa do Congresso Nacional
a competência privativa para aprovar a indicação. O curriculum vitae do indicado, assinado, com a
informação do número de CPF acompanha a mensagem.
• Mensagem de abertura de sessão legislativa: deve conter o plano de governo, exposição sobre a
situação do país e a solicitação de providências que julgar necessárias. Quem envia a mensagem é o
Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Essa mensagem difere das demais porque vai
encadernada e é distribuída a todos os congressistas em forma de livro.
• Comunicação de veto: dirigido ao Presidente do Senado Federal, informa sobre a decisão de vetar.
Se o veto é parcial, informa quais as disposições vetadas e as razões do veto. Seu texto é publicado
no Diário Oficial da União, ao contrário das demais mensagens cuja publicação se restringe a notícia
de seu envio ao Poder Legislativo.
FORMA E ESTRUTURA
As mensagens contêm:
A mensagem, como os demais atos assinados pelo presidente da República, não traz identificação de seus
signatários.
3. CORREIO ELETRÔNICO
• Gênero textual
• Endereço eletrônico
• Sistema de transmissão de mensagens aleatória
Como o gênero textual pode ser considerado um documento oficial, assim como o ofício.
Como endereço eletrônico utilizado pelos servidores públicos deve ser oficial, utilizando-se a
extensão .gov.br
Como sistema de transmissão de mensagens eletrônicas, por seu baixo custo, se tornou a principal forma de
envio e recebimento de documentos na Administração Pública.
VALOR DOCUMENTAL
Para que o e-mail tenha valor documental, isto é, para que possa ser aceito como o documento original, é
necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente seguindo os parâmetros de
integridade autenticidade e validade jurídica da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
O destinatário pode reconhecer como válido tanto o e-mail com certificação digital quanto sem certificação,
porém, caso haja algum questionamento, será obrigatório a repetição do ato por meio de um documento
físico assinado ou por meio eletrônico reconhecido pela ICP-Brasil.
Salvo lei específica, o ente público não é obrigado a aceitar documento eletrônico que não atenda os
parâmetros da ICP-Brasil.
FORMA E ESTRUTURA
Não é definida uma padronização da mensagem comunicada, pois a comunicação por meio eletrônico é
flexível. Mas em relação à sua estrutura:
• Campo assunto: deve ser o mais claro e específico possível, relacionado ao conteúdo global da
mensagem, assim fica fácil identificar do que se trata e fica fácil localizar a mensagem na caixa de
correio eletrônico. O assunto deve refletir claramente o conteúdo completo da mensagem para que
não pareça lixo eletrônico.
• Local e data: são desnecessários no corpo da mensagem porque o próprio sistema apresenta essa
informação.
• Saudação inicial/vocativo: o texto deve ser iniciado por uma saudação. Quando endereçado para
outras instituições, para receptores desconhecidos ou particulares, deve-se utilizar o vocativo
conforme os outros documentos oficiais, ou seja, Senhor, Senhora seguido do cargo, ou Prezado
Penhor, Prezada Senhora.
Senhor Coordenador,
Prezada Senhora,
Maria da Silva
Assessora
Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil
(61) xxxx-xxxx
• Anexos: a mensagem que encaminha algum arquivo deve trazer informações mínimas sobre o
conteúdo do anexo. É preciso avaliar se o anexo é realmente dispensável ou se poderia ser colocado
no corpo do correio eletrônico, porque deve-se evitar o tamanho excessivo e o reencaminhamento
de anexos nas mensagens de resposta. Os arquivos anexados devem estar em formatos usuais e que
apresentem poucos riscos de segurança. Quando se tratar de documento ainda em discussão, os
arquivos devem necessariamente ser enviados em formato que possa ser editado.
RECOMENDAÇÕES
• Sempre que necessário, utilizar o recurso de confirmação de leitura. Se não estiver disponível,
colocar na mensagem o pedido de confirmação
• Fonte calibri ou Carlito, tamanho 12, cor preta
• Fundo ou papéis de parede não devem ser utilizados (não são apropriados e sobrecarregam a
mensagem)
• Ícones e emoticons não devem ser utilizados
• Não devem ser usadas abreviações ou neologismos como: naum, eh, aki, vc
• Não se deve utilizar caixa alta para destaques, pois denota agressividade
• Evitar o uso de imagens no corpo do e-mail, inclusive das Armas da República Federativa do Brasil e
de logotipos do ente público junto ao texto da assinatura
• Não devem ser enviadas mensagens com um tamanho total que possa exceder a capacidade do
servidor do destinatário
ADEQUAÇÃO DO FORMATO DO TEXTO AO GÊNERO
1. ATA
É o resumo escrito dos fatos e decisões de uma assembleia, sessão ou reunião para um determinado fim.
NORMAS
• Geralmente são transcritas à mão pelo secretário, em livro próprio, que deve conter um termo de
abertura e um termo de encerramento, assinados pela autoridade máxima da entidade, ou por
quem receber daquela autoridade delegação para isto. Essa autoridade também deverá numerar e
rubricar todas as folhas do livro.
• Deve ser lavrada de tal forma que nada lhe poderá ser acrescentado ou modificado, para isso, deve
ser redigida sem que se deixe espaços ou parágrafos.
• Se houver engano, o secretário escreverá a expressão digo, retificando o pensamento. Se o engano
for notado no final da ata, ele deverá escrever a expressão “Em tempo: Onde se lê..., leia-se... “.
• Os números devem ser escritos por extenso, evitando-se as abreviações.
• O tempo verbal preferencialmente utilizado é o pretérito perfeito do indicativo.
• Todas as pessoas presentes deverão assinar, ou quando deliberado, apenas o Presidente e o
secretário.
• Pode-se transcrever a ata em folhas digitadas, desde que sejam arquivadas, impossibilitando fraude.
• Em alguns casos especiais, usam-se formulários já impressos, como os das sessões eleitorais.
2. ATESTADO
É o documento firmado por uma pessoa em favor de outra, atestando a verdade a respeito de determinado
fato. Em razão de sua natureza, as repartições públicas fornecem atestados e não declarações.
Difere da certidão, porque a certidão prova fatos permanentes e o atestado se refere a fatos transitórios.
Geralmente é fornecido por alguém que exerce posição de cargo superior ou igual ao da pessoa que está
pedindo o atestado.
COMO FAZER
É o meio de correspondência pelo qual alguém se dirige, ao mesmo tempo, a várias repartições ou pessoas.
É uma correspondência multidirecional.
4. DECLARAÇÃO
Se assemelha ao atestado, mas não deve ser expedido por órgãos públicos.
É composta de:
5. REQUERIMENTOS
São instrumentos utilizados para os mais diferentes tipos de solicitações às autoridades ou órgãos públicos.
É composto de:
Não é obrigatória a assinatura do Presidente nos requerimentos, podendo fazê-lo os seus prepostos desde
que devidamente credenciados.
6. RELATÓRIO
É modalidade de comunicação pela qual se faz a narração ou descrição ordenada e mais ou menos minuciosa
daquilo que se viu, ouviu ou observou.
É composto de:
É a forma de comunicação pela qual um especialista emite uma opinião fundamentada sobre determinado
assunto.
É composto de:
• Vocativo
• Identificação do especialista
• Introdução: apresentação do assunto
• Texto: exposição de opinião e seu fundamento
• Local e data
• Assinatura e identificação do signatário
OBS.:
O Decreto n° 9.758 de 11 de abril de 2019, não alterou o manual de redação da Presidência da República. “O
Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na comunicação, oral ou escrita, com agentes
públicos da administração pública federal direta e indireta, e sobre a forma de endereçamento de
comunicações a eles dirigidas.”. Significa que as novas regras aplicadas à partir do Decreto para as redações
oficiais são apenas entre os agentes do Poder Executivo.
Só irá ter alterações nas provas de concurso se o edital trouxer orientações sobre as mudanças pertinentes
a este decreto, indicando claramente que serão cobradas as legislações correlatas ou especificando o Decreto
n° 9.758, do contrário, vale as determinações que estão no Manual.
As alterações trazidas pelo Decreto se aplicam claramente às formas de emprego dos pronomes de
tratamento.