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O NORDESTE BRASILEIRO E O BANCO DO NORDESTE

RESUMO

NORDESTE  GEOGRAFIA, ATIVIDADES ECONÔMICAS, CONTRASTES INTRA-REGIONAIS, O POLÍGONO DAS


SECAS, AS CARACTERÍSTICAS DAS REGIÕES NATURAIS DO NODESTE, O NORDESTE NO CONTEXTO
INTERNACIONAL

 O Nordeste apresenta pontos de alto dinamismo econômico, porém, a elevada concentração fundiária e a
persistência de graves problemas sociais representam um entrave ao desenvolvimento regional

 Obstáculos e perspectivas
 Não se destaca na maior parte dos indicadores sociais e econômicos
 Passa por um processo de integração econômica com outras regiões do país e com o mundo
 Comparação: IDH do Brasil x IDH dos estados do NE  Todos apresentam IDH menor que a média nacional
 Entre os estados, a Bahia conta com a maior participação no PIB brasileiro. Possui economia diversificada e
produz riqueza com atividades agropecuárias, industriais e serviços

 Ocupação territorial
 A ocupação ocorreu paralelamente à implantação de atividades econômicas, como a produção de cana-de-
açúcar (áreas litorâneas) e depois, a agricultura de subsistência (Agreste) e pecuária (Sertão)
 O Nordeste é formado por 9 estados: Maranhã, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco,
Alagoas, Sergipe e Bahia
 Área equivalente a 18,25% do país
 Séculos XVI e XVII – A produção de açúcar para exportação sustentou a economia colonial (baseada no
latifúndio monocultor e no sistema escravista). A cana desenvolveu-bem nos solos de massapé (litoral de
Pernambuco e Bahia)
 Entre as atividades complementares implementadas na América: cultivo de subsistência e pecuária
 A criação de gado inicialmente feita na Zona da Mata (litoral), foi empurrada para o interior (Sertão) de
Pernambuco, para o Vale do Rio São Francisco e para Piauí, Ceará e Maranhão, promovendo a ocupação
dessas áreas
 Séculos XVIII e XIX – Descoberta de minerais preciosos no interior do país e a transferência da capital de
Salvador para Rio de Janeiro (1793)  Acentuação do declínio da produção de açúcar e aumento dos
problemas econômicos e sociais da região
 As grandes propriedades rurais sempre foram controladas por latifundiários ou coronéis (grandes
fazendeiros)
 Século XX – A economia regional sob domínio do coronelismo acentuou a extrema pobreza da população
nordestina, em especial, a do sertanejo. Para a maioria dessa população a única solução foi migrar para
otras regiões do país

O NORDESTE ATUAL: ECONOMIA, RECURSOS NATURAIS E POPULAÇÃO

 Implantação de polos industriais e de agricultura modernizada  Transformação da economia


 Apesar dos avanços, o NE ainda figura abaixo da média nacional em relação ao desenvolvimento humano e
qualidade de vida
 Desde as últimas décadas do século XX, a economia mostrou-se mais dinâmica por causa do
desenvolvimento industrial e o avanço dos setores agrários e de serviços
 Criação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) em 1959  Setor secundário ou
industrial recebeu a maior parte dos investimentos
 Consequência: montagem de importantes e modernos centros industriais
 Porém, as indústrias se concentram principalmente em: Bahia, Pernambuco e Ceará
 Década de 1990 – Política de desconcentração industrial  Levou os governos estaduais a investir em
infraestrutura e oferecer vantagens como o incentivo fiscal, visando atrair indústrias
 Setor agrícola
 Zona da Mata – Destacam-se 2 importantes monoculturas: Cana-de-açúcar (Alagoas e Pernambuco) e o
cacau (sul da Bahia)
 Meio norte – Além da agricultura tradicional (cana, soja, mandioca, arroz) e do extrativismo vegetal
(babaçu e carnaúba), têm crescido plantações de soja (sul do Maranhã e Piauí), se entendendo até o
Sertão, chegando ao oeste da Bahia
 Sertão – Agricultura tradicional cultivada nos vales mais úmidos e nas encostas e pés de serras: milho,
arroz, feijão, mandioca, algodão e cana são as principais
 Fruticultura irrigada – Tem cada vez mais importância, para o mercado interno e para exportação.
Desenvolvida no Vale do Rio São Francisco (uva, manga), no Vale do Rio Açu no RN (melão, manga) e no
Sertão do CE (acerola, melão). O polo Petrolina/Juazeiro firmou-se como grande exportador de manga,
banana, coco, uva, goiaba, melão e pinha
 Contribuem para a fruticultura: mão de obra barata e disponível, preços atrativos das terras, localização do
NE em relação à Europa e aos EUA (redução de tempo e custo), desenvolvimento de tecnologias e o
aperfeiçoamento de técnicas de irrigação

 Pecuária
 Predomina a criação de animais de pequeno porte: asininos (jumentos, mulas e burros), caprinos, ovinos e
suínos
 A criação de bovinos, tradicionalmente desenvolvida no Sertão, vem crescendo em áreas do Agreste com
solos de baixa fertilidade e pouco umidade, e em áreas do Maranhão
 A pecuária leiteira extensiva, voltada para o abastecimento da Zona da Mata, é praticada no Agreste
 Ainda no Agreste é desenvolvida a policultura comercial para o abastecimento da Zona da Mata. É
praticada em solos férteis com boa umidade

 Turismo garante expansão regional


 No ranking das 10 cidades mais visitadas do Brasil, o NE emplacou 3 capitais: Salvador, Recife e Fortaleza
 A região contribuiu para que o Brasil se tornasse o 7° maior destino mundial de turistas estrangeiros em
2012
 Parques nacionais: Serra da Capivara (PI), Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE) e o
Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA)
 Eventos culturais: carnaval, festas juninas, danças, comidas típicas e artesanato
 Patrimônio Culturais e Naturais da Humanidade: cento histórico de Olinda (PE), de São Luís (MA) e de
Salvador, sítio arqueológico de São Raimundo Nonato no Parque Nacional da Capivara (PI)
 Recursos naturais: produtos de sal marinho (RN), petróleo e gás natural (CE, SE, RN e BA)

 Indicadores sociais e urbanização


 Índices de qualidade de vida mais baixos do país
 Elevadas taxas de mortalidade infantil e analfabetismo, baixos salários, grande concentração de renda e
terras também superam outras regiões
 A Zona da Mata continua sendo a sub-região mais importante do Nordeste, concentrando 6 capitais e a
maior parte da população. Salvador e Recife são as principais cidades, destacando-se como áreas industriais

AS SUBREGIÕES

 Sub-regiões geoeconômicas

 Abriga o 3 maiores polos urbano-industriais nordestinos: Salvador, Recife e Fortaleza


 Salvador: Destaque para o Polo Petroquímico de Camaçari, principal complexo
industrial do NE, que integra o refino de petróleo, a petroquímica básica e
Litoral
intermediária e a produção de resinas
 Recife: Porto Digital, principal polo tecnológico do NE e Complexo Industrial-Portuário
Suape, com cerca de 100 empresas e no qual se encontram em implantação uma
refinaria de petróleo, um siderúrgica e um grande estaleiro
 Fortaleza: Indústrias intensivas de mão-de-obra, como a têxtil e a de calçados, e
Complexo Industrial e Portuário do Pecém, concebido para receber indústrias de
base, como a Companhia Siderúrgica do Pecém, um consórcio entre a Vale e 2
empresas coreanas
 Inserida apenas no Maranhão
 Predomínio de atividades agrícolas tradicionais, marcadas por baixa produtividade
Pré-Amazônia
 A região vem registrando aumento da área dedicada ao cultivo de grãos (em especial
soja e milho) e da atividade de exploração madeireira
 Abriga o polo de Teresina, maior aglomeração industrial interiorizada do NE
Parnaíba
 Destaque para indústrias têxtil, de alimentos, de cerâmica e madeireira
 Predominância da pecuária e agricultura tradicional
Sertão  Abriga polos industriais modernos, como o setor calçadista em Sobral e Crato (CE) e o
polo gesseiro do Araripe (PE)
 Crescimento com a implantação de indústrias têxteis, de calçados e de confecções,
Agreste especialmente em Campina Grande (PB), Caruaru (PE) e Feira de Santana (BA)
 Aumento de produtividade das bacias leiteiras (PE e AL)
 Destaque para a prática de fruticultura irrigada, especialmente nos polos germinados
São Francisco
de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA)
 Intenso crescimento econômico devido à implantação de agroindústria da soja, milho
e do algodão
 Instalação de modernas indústrias de beneficiamento, produzindo principalmente
Cerrado
óleo e farelo (BA e MA)
 A maior parte da produção destina-se à exportação e é escoada pelas ferrovias
Norte-Sul e Carajás até o porto de Itaqui (MA)

 Sub-regiões Nordestinas

 Faixa litorânea que se estende do RN até o sul da Bahia


 Clima: Tropical úmido com temperaturas entre 25 e 31°C no ano
 As chuvas são irregulares, com maior ocorrência de abril a julho
 Relevo: Planaltos, planícies e depressões em diferentes altitudes
 Pouco restou da Mata Atlântica que existia na região
 Exibe paisagens diversificadas: coqueirais, dunas, falésias, piscinas naturais,
manguezais, recifes, corais, etc
Zona da Mata
 A agroindústria canavieira cobre grande extensão de terra
 Polo industrial de grande importância para o país
 Sul da Bahia: Declínio da produção de cacau com a praga da vassoura
 A partir de década de 60: Chegada de várias indústrias de cimento,
borracha, papel, calçados, produtos alimentares, etc
 1973: Início das obras do porto de Suape – A Zona da Mata de PE surge
como grande polo industrial com mais de 90 empresas
 Se estende numa faixa estreita paralela à Zona da Mata, que vai do RN até
grande parte da BA
 Clima: Transição entre o tropical úmido do litoral e o semiárido do Sertão,
com temperaturas que variam entre 18 e 30°C
Zona do Agreste
 Relevo: Acidentado, com planaltos que fazem barreira, evitando que o ar do
litoral leve a brisa úmida para a região
 Cultivos de milho, feijão, frutas, mandioca e verduras, e a criação de gado e
caprinos abastecem os mercados da região, bem como a Zona da Mata
 Fornece mão-de-obra para a Zona da Mata no período de corte da cana
 Cidades que mais se destacam: Caruaru e Garanhus (PE), Feira de Santana
(BA) e Campina Grande (PE)
 Corre paralelo ao Agreste, se alargando ao sul por quase toda a Bahia
 É a maior das 4 zonas nordestinas
 Clima: Semiárido, com poucas chuvas e temperaturas chegando a mais de
40°C no verão, sofre com longos períodos de seca
 Com as frequentes estiagens, grande parte do sertão recebeu o nome de
Polígono das Secas (10% do Brasil)
 O solo é seco e pedregoso
Sertão
 A vegetação predominante é a caatinga,
 No sertão do PI, CE e RN, encontram-se grandes áreas de lavoura de algodão
arbóreo que abastece as indústrias têxteis
 No Vale do Rio Açu (RN) se destaca a fruticultura irrigada
 No Vale do Rio São Francisco, em Petrolina e Juazeiro, onde se desenvolvem
a agricultura de irrigação, o cultivo de manga, melão, mamão e uva
abastecem o mercado interno e grande parte é exportada
 Compreende os estados do Maranhão e Piauí
 É uma região de transição entre o sertão e a Amazônia, cortada por vários
rios, entre ele o Pindaré, Grajaú, Mearim, Itapecuru, Parnaíba
 Clima: Tropical com elevadas temperaturas, chegando a mais de 40°C no
verão
 Nas grandes planícies fluviais do Maranhão predomina a cultura de arroz
Meio-Norte
 Durante muito tempo, e economia sobreviveu da extração do babaçu, da
cera da carnaúba, da cultura do arroz e da criação de gado
 O extrativismo mineral na região da Serra dos Carajás, no sul do Pará,
tornou o Porto de Itaqui (MA) o escoadouro das jazidas de ferro, manganês,
cobre e níquel
 Grandes plantações de soja fazem parte de economia da região

 Seca
 A estiagem se estende por toda a região do Polígono da Secas, que abrange municípios do sertão
nordestino e do norte de MG
 Para enfrentar o problema das secas e para tornar o Sertão produtivo, a solução parecia estar no rio São
Francisco, que beneficiaria a região por meio de um amplo projeto de irrigação de terras
 A Sudene pretendia implantar um projeto que seria o mais amplo, jamais visto no país. O projeto teria
como base as águas do rio SF, que seriam desviadas para o Sertão através de canais e de um complexo
sistema de bombeamento e utilizadas na perenização de rios no interior dos estados
 Apesar dos benefícios, muitos eram os obstáculos técnicos, a começar pelo seu elevado custo. Além disso,
deputados baianos eram contrários a uma intervenção no rio SF, pois a vida econômica na região ao redor
do rio, seria alterada, além dos danos ao meio ambientes ainda não avaliados
 Em maio de 2001, o governo federal decidiu pela extinção da Sudene, tendo em vista problemas de
corrupção que levaram ao desvio de R$ 1,7 bilhão. Termina assim, a mais antiga superintendência criada
em 1959 pelo governo de JK
 Em agosto de 2001, o governo federal suspendeu a continuidade do projeto, pressionado pelo déficit fiscal

 O polígono das secas


 Compreende a área do Nordeste reconhecida pela legislação como sujeita à repetidas crises de
prolongamento das estiagens e demanda ações especiais do governo
 Foi criado pela Lei n° 175, de 7 de janeiro de 1936
 Os 1.348 municípios que formam o polígono das secas são aqueles relacionados no Manual de
Preenchimento da DITR, situados nos Estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe

O BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S.A.  LEGISLAÇÃO BÁSICA, PROGRAMAS E INFORMAÇÕES GERAIS DE


SUA ATUAÇÃO COMO AGENTE IMPULSIONADOR DO DESENV. SUSTENTÁVEL NO NORDESTE

 Programas e informações gerais de sua atuação


 O BNB é o maior banco de desenvolvimento regional da América Latina
 Foi criado pela Lei Federal n° 1.649, de 19 de julho de 1952 para atuar no Polígono das Secas
 O BNB é uma instituição financeira múltipla, organizada sob a forma de sociedade de economia mista, de
capital aberto e tem mais de 90% de seu capital sob o controle de Governo Federal
 Sua sede é na cidade de Fortaleza (CE)
 Preocupação básica: executar uma política de desenvolvimento ágil e seletiva, capaz de contribuir de forma
decisiva para a superação dos desafios e para a construção de um padrão de vida compatível com os
recursos, potencialidades e oportunidades da região
 A empresa assumia a atribuição de prestação de assistência às populações dessa área, por meio da oferta
de crédito
 Em 66 anos, o Banco teve sua atuação ampliada: está presente em cerca de 2 mil municípios, abrangendo
os 9 estados do Nordeste, o norte de Minas Gerais (incluindo os Vales do Mucuri e Jequitinhonha) e o norte
do Espírito Santo
 Atualmente, mantém a liderança na aplicação de recursos de longo prazo e de crédito rural
 Clientes do Banco: agentes econômicos, institucionais e pessoas físicas
 Agentes econômicos: micro, pequena, média e grande empresa; Agentes institucionais: entidades
governamentais (federal, estadual, municipal) e não-governamentais; Pessoa física: produtores
rurais (agricultor familiar, mini, pequeno, médio e grande produtor) e empreendedores informais
 Opera como órgão executor de políticas públicas, especialmente com operacionalização do Fundo
Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)
 FNE – Principal fonte de recursos utilizada pelo Banco. Sua aplicação volta-se à redução da pobreza e das
desigualdades inter e intrarregionais, por meio do financiamento de setores produtivos
 Dos recursos totais do FNE aplicados pelo BNB, pelo menos metade destina-se ao Semiárido. Mini, micro e
pequenos empreendedores são os clientes preferenciais
 1998 – O BNB criou o programa de microcrédito produtivo e orientado urbano, o Crediamigo, que é hoje o
maior do tipo na América do Sul
 2005 – Microcrédito orientado chegou à zona rural, com a criação do programa Agroamigo
 Além de recursos federais, o Banco tem acesso a outras fontes de financiamento nos mercados interno e
externo  Parcerias com instituições nacionais e internacionais, como o Banco Mundial e o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID)
 O BNB também trabalha atraindo investimentos, apoiando estudos e pesquisas com recursos não-
reembolsáveis e estruturando o desenvolvimento por meio de projetos de grande impacto
 Para isso, mantém desde 1954 o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene)
 Etene – Responsável pela elaboração e difusão de conhecimentos técnicos e científicos sobre o Nordeste,
pelo planejamento, formulação, coordenação e avaliação de politicas e programas visando a promoção do
desenvolvimento sustentável
 2016 – O banco criou o Hub Inovação Nordeste (Hubine): equipamento que oferece apoio para
empreendedores que desenvolvam ideias inventivas para superar os desafios da região

 Integridade e ética
 Para difundir os princípios de integridade, ética e transparência, instituiu sua Política de Integridade e Ética
 Toda a prática cotidiana do BNB está regulada por normativos baseados em princípios e valores éticos
 A Política de Integridade e Ética consiste em um conjunto de mecanismos e procedimentos internos de
integridade, auditoria, incentivo à denúncia de irregularidades e aplicação efetiva do Código de Conduta
Ética da Instituição
 Implementada em conformidade com a Lei 12.846/2013, objetiva detectar e sanar eventuais desvios,
fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a administração pública

 Forma de atuação
 A atividade de define uma instituição financeira é a concessão de crédito. Porém, para cumprir a missão de
desenvolvimento em uma região, o BNB entende que o crédito é necessário, mas não deve ser o único
serviço oferecido
 O BNB criou vários instrumentos que lhe permitiram atuar mais próximo dos clientes e ampliar suas
atividades, buscando contribuir para garantir a sustentabilidade dos empreendimentos financiados,
associada à melhoria das condições de vida da população nordestina
 Dentre as ações e instrumentos criados, destacam-se: os Agentes de Desenvolvimento, as Agências
Itinerantes, as Políticas de Desenvolvimento Territorial, o Crediamigo e o Programa de Desenvolvimento do
Turismo no Nordeste (PRODETUR)

 Missão, visão e valores organizacionais

Missão Atuar como o banco de desenvolvimento da região Nordeste


Ser o banco preferido do Nordeste, reconhecido pela sua capacidade de
Visão
promover o bem-estar das famílias e a competitividade das empresas da Região
Justiça – Governança – Honestidade – Sustentabilidade –Igualdade –
Valores Democracia – Transparência – Compromisso – Respeito – Cooperação –
Confiança – Disciplina – Civilidade

 Os valores organizacionais são princípios ou crenças que servem de guia para comportamentos, atitudes,
decisões das pessoas no exercício das suas responsabilidades

 Planejamento empresarial
 O planejamento 2018-2022 foi elaborado com base no Modelo de Gestão para Resultados
 Especialmente na esfera pública, esse modelo se apresenta como uma proposta em que se põe ênfase nos
resultados e não nos processos e procedimentos
 O objetivo do Banco é que seus resultados reflitam mudanças regionais significativas
 O foco das ações do Banco está nos cidadãos, concretizando o direcionamento de esforços para obtenção
de maior eficiência, eficácia e efetividade do uso dos recursos disponíveis
 Definir um modelo de planejamento significa mensurar o desempenho, analisando os principais aspectos
associados ao cumprimento da finalidade do Banco
 O Planejamento Empresarial do BNB é um processo que possibilita analisar a realidade, avaliar e definir
caminhos, construir um referencial futuro, definir um trâmite adequado para envolver na sua construção e
implementação, monitorar a avaliar o desempenho alcançado e retroalimentar o processo
 O planejamento em nível estratégico, define os resultados a serem alcançados e os impactos externos que
se quer atingir
 Além da missão, visão e valores organizacionais, no Planejamento Estratégico do BNB constam os
indicadores e metas quinquenais para o período 2018-2022, classificado em 3 dimensões de resultado:

Indicadores de Analisam se os insumos empregados (recursos humanos, logísticos,


eficiência tecnológicos e financeiros) geraram produtos e serviços adequados
Indicadores de Representam a quantidade e qualidade de produtos e serviços entregues ao
eficácia usuário. Sinalizam sobre o processo de gestão, captação de recursos,
gerenciamento do FNE, repasses de fontes de recursos e produtos e serviços
financeiros bancários
Apontam se os resultados gerados foram suficientes para atender a missão e
visão estabelecida pelo Banco gerando valor público. Indicam se os aspectos do
Indicadores de
desenvolvimento regional foram alcançados, como: geração de emprego e
efetividade
renda, melhoria da competitividade, distribuição proporcional dos recursos,
além do incentivo à exportação

PROGRAMAS

 PROGRAMA ANUAL DO FNE


 Criado em 1988 e regulamentado em 1989 pela Lei n° 7.827 de 27/09/1989, o Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste é um instrumento de política pública federal operado pelo BNB que objetiva
contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Nordeste através da execução de programas de
financiamento aos setores produtivos, em consonância com o plano regional de desenvolvimento,
possibilitando a redução da pobreza e das desigualdades
 Provido de recursos federais, o FNE financia investimentos de longo prazo e capital de giro ou custeio
 São comtemplados os setores: agropecuário, industrial, agroindustrial, turismo, comércio, serviços, cultural
e infraestrutura
 O FNE não se sujeita a imposições de políticas que se referem a contingenciamento (imposição de limites
ou regras) de crédito, tendo em vista e conveniência e necessidade de se assegurar a continuidade das
inversões de desenvolvimento regional
 O FNE atende a 1990 municípios situados nas regiões atendidas pelo BNB, comtemplando com acesso ao
crédito, os segmentos empresariais de microempreendedores individuais, produtores, empresas,
associações e cooperativas
 Diretrizes legais do Fundo:
 Destinação de pelo menos metade dos recursos para o semiárido
 Ações integradas om as instituições federais da Região
 Tratamento preferencial aos mini, micro e pequenos empreendedores
 Atendimento priorizado aos municípios localizados em microrregiões de baixa renda
 Preservação do meio ambiente
 Conjugação do crédito com a assistência técnica
 Democratização do acesso ao crédito
 Apoio às atividades inovadoras
 FNE Itinerante – Fruto de uma parceria entre o Ministério da Integração Nacional (MI) e a
Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), tem por objetivo: beneficiar as micro e
pequenas empresas e microempreendedores individuais instalados nos municípios que apresentam
maiores dificuldades de acesso ao sistema bancário
 Eventos: oferta de palestras técnica e informativas, atendimento negocial individual e
agendamento de visitas gerenciais
 O processo de elaboração da Programação FNE 2018, além da observância à legislação, adotou
metodologia participativa, com realização de reuniões de trabalho em cada um dos estados que compõem
a área de abrangência do Fundo, envolvendo representantes do governo federal, estadual e municipal, bem
como do setor produtivo e da sociedade civil

 PROGRAMA CREDIAMIGO
 É o maior programa de microcrédito produtivo e orientado da América do Sul
 Facilita o acesso ao crédito a milhares de empreendedores pertencentes aos setores informal ou formal da
economia (microempresas enquadradas como microempreendedor individual, empresário individual,
autônomo ou sociedade empresária)
 O Crediamigo faz parte do Crescer (Programa Nacional de Microcrédito do Governo Federal), uma das
estratégias do Plano Brasil Sem Miséria para estimular a inclusão produtiva da população extremamente
pobre
 O programa atua de maneira rápida e sem burocracia na concessão de créditos em grupo solidário ou
individual, possibilitando o acesso ao crédito a empreendedores que não tinham acesso ao sistema
financeiro
 Grupo solidário: consiste na união voluntária de pessoas interessadas em obter o crédito
 Associado ao crédito, o Crediamigo oferece acompanhamento e orientação para melhor aplicação do
recurso
 Além disso, abre conta corrente para seus clientes, sem cobrar taxa de abertura e manutenção, para
facilitar o recebimento e movimentação do crédito
 Outras informações:
 Documentos necessários para cadastro: CPF, documento de identificação com foto e comprovante
de residência
 O atendimento é personalizado, feito no local do empreendimento
 O empréstimo é liberado de uma só vez, em no máximo 7 dias úteis após a solicitação
 Os valores iniciais variam de R$ 100 a R$ 6.000, de acordo com o produto, a necessidade e o porte
do negócio
 Os empréstimos podem ser renovados e evoluir até R$ 15.000, dependendo do produto,
capacidade de pagamento e estrutura do negócio, sendo este o valor de endividamento máximo do
cliente

Contribuir para o desenvolvimento socioeconômico dos empreendedores, por


Missão meio de produtos e serviços de microfinanças e orientação empresarial, de
forma sustentável, oportuna e de fácil acesso
Ser referência local e global no mercado de Microfinanças, pela dimensão,
Visão impacto social e qualidade no atendimento das necessidades dos
empreendedores brasileiros
 PROGRAMA AGROAMIGO
 É o Programa de Microfinança Rural do BNB, tem como objetivo melhorar o perfil social e econômico do
agricultor familiar, cuja operacionalização conta com a parceria do Instituto Nordeste Cidadania (INEC)
 Tem como característica a presença nas comunidades rurais por meio dos Agentes de Microcrédito e
atende a milhares de agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf), com exceção dos grupos A e A/C
 Metodologia: Impulsiona a sustentabilidade dos empreendimentos rurais, e equidade de gênero no campo,
a inclusão financeira dos agricultores familiares e a redução das desigualdades
 As melhorias introduzidas pelo Programa abrangem:
 Crédito orientado e acompanhado, concedido de forma gradativa e sequencial
 Atendimento aos clientes na própria comunidade, por meio do Agente de Microcrédito
 Expansão do atendimento com redução dos custos para o cliente
 Agilidade no processo de concessão de crédito
 Promoção da inclusão financeira do agricultor e seu acesso aos produtos e serviços do Banco
 Sensibilização quanto a importância da educação financeira
 Conscientização quanto à necessidade de exploração sustentável do meio ambiente
 Agroamigo Crescer – Atendimento aos agricultores com renda bruta anual de até R$ 20 mil
 Agroamigo Mais – Operações de crédito do Pronaf de valor até R$ 15 mil
 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS): O Agroamigo contempla os seguintes desafios do ODS:
 Erradicação da pobreza
 Fome Zero e Agricultura sustentável
 Igualdade de gênero
 Trabalho decente e Crescimento econômico
 Redução das desigualdades
 Consumo e produção responsáveis
 Incentivo às agricultoras familiares: O Agroamigo promove a valorização das agricultoras familiares,
permitindo-lhe desenvolver atividades próprias ou complementares à do marido
 Apoio à bancarização: O programa disponibiliza, além de crédito de investimento e custeio, acesso a conta
corrente, poupança, cartão de débito que permite realizar várias operações bancárias e pagamento por
carnê
 Valorização dos clientes: O Banco promove a valorização por meio do Prêmio Banco do Nordeste de
Microfinança, conedido anualmente em cada estado, a clientes que se destacaram nos setores
agropecuário, agroindustrial e não agropecuário no meio rural (comércio, serviço, artesanato)
 A atuação também abrange a realização de palestras informativas com esclarecimentos sobre as condições
do financiamento e informações sobre o tema de interesse
 Também são promovidos eventos com temas pré-definidos para disseminação de conhecimentos que
permitam o crescimento pessoal dos agricultores
 Estímulo à produção orgânica e da base agroecológica: O Agroamigo tem buscado difundir práticas de
exploração sustentável dos recursos naturais, bem como a produção orgânica e de base agroecológica,
promovendo eventos de capacitação
 Essas produções representam a oportunidade de inserção do agricultor em um mercado lucrativo em
ascensão

 PROGRAMA NACIONAL DE AGRICULTURA FAMILIAR


 O Pronaf apoia o segmento econômico da agricultura familiar, sendo o BNB seu principal agente financeiro
no Nordeste
 O atendimento tem como base:
 O compromisso para uso adequado dos recursos
 Disseminação de tecnologias apropriadas
 Incentivo a sistema de produção de base ecológica
 Apoio a projetos inclusivos e propulsores de equidade de gênero e da valorização de minorias
 Diretrizes: O tratamento prioritário e diferenciado do BNB para agricultores familiares, tem as seguintes
diretrizes:
 Uso do FNE como principal fonte financiadora
 Adoção da metodologia de microcrédito produtivo e orientado por meio do Agroamigo
 Incentivo a atividades não agrícolas no meio rural
 Estímulo a atividades com maior valor agregado
 Apoio à estruturação das cadeias produtivas
 Fortalecimento das parcerias para assistência técnica e capacitação
 Incentivo à utilização de tecnologia de convivência com a seca
 Apoio à equidade de gênero, com incentivo à participação das mulheres
 Incentivo à produção agroecológica, com capacitação e distribuição de material informativo
 Público-alvo: Agricultores familiares detentores de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), emitida por
entidades credenciadas pela Secretaria de Agricultura Familiar (SAF)
 Forma de atuação: O Agroamigo atende às demandas de crédito de valores até R$ 15 mil. As propostas
acima deste valor, são negociadas pelos gerentes de negócio Pronaf nas agências, ficando a elaboração do
projeto e a prestação de assistência técnica a cargo de empresas públicas ou privadas e de técnicos
credenciados pelo BNB

LEGISLAÇÃO BÁSICA DO BNB

LEI N° 1.649, DE 19 DE JULHO DE 1952

Cria o Banco do Nordeste do Brasil e dá outras providências

CAPÍTULO I
CONSTITUIÇÃO DO BANCO
 Art 1° - É o Poder Executivo autorizado a promover todos os atos necessários à constituição do Banco do
Nordeste do Brasil, como um dos órgãos de execução do programa assistencial previsto no art. 198 da
Constituição
 Art 2° - O Banco do Nordeste do Brasil será organizado sob a forma de sociedade por ações e os seus
estatutos, que dependerão de prévia aprovação do Presidente da República, obedecerão a esta Lei, a
legislação bancária e o Decreto-lei n° 2.627, de 26 de setembro de 1940
 Art 3° - Terá sede na cidade de fortaleza
 § 1° - Terá 1 filial em cada um dos Estados compreendidos no Polígono das Secas
 § 2° - As filiais terão autonomia na aplicação dos recursos que, conforme o art. 14, couberem aos
Estados
 § 3° - Haverá em cada estado, pelo menos uma agência por 400.000 habitantes na área de seca e
um mínimo de 2 agências por estado

CAPÍTULO II
RECURSOS
 Art 4° - Os recursos do Banco serão:
a) Capital social
b) Parte do fundo a que se refere o art 1° de Lei 1.004 (que dispõe sobre o amparo às populações
atingidas pela seca do nordeste)
c) Depósitos nas condições que forem fixadas nos Estatutos
d) Lucros verificados nas operações
e) Produto de lançamento de títulos de sua responsabilidade
Art. 1º A Lei orçamentária consignará, anualmente, uma dotação global correspondente a 1% da renda tributária prevista da
União, para constituir o depósito especial de que trata o § 1º do art. 198 da Constituição Federal
 § 1º 20%, no máximo, da referida dotação constituirão reserva especial destinada ao socorro das populações atingidas
pela sêca
 § 2º 80%, no mínimo, da mesma importância serão aplicados anualmente em empréstimos a agricultores e industriais
estabelecidos na área abrangida pela sêca, consoante o disposto nesta Lei
 § 3º Em nenhuma hipótese, a reserva especial, sem aplicação, destinada ao socorro às populações durante as
calamidades, poderá ser inferior à quantia correspondente a 1% da renda tributária prevista

 Art 5° - O capital inicial do Banco será de cem milhões de cruzeiros, dividido em ações comuns,
nominativas, de mil cruzeiros cada uma, das quais o Tesouro Nacional subscreverá, no mínimo 70%, no
valor de setenta milhões de cruzeiros, ficando os restante 30%, no montante de trinta milhões de cruzeiros,
destinados à abertura de subscrição pública
 § 1° - Caberá ao Tesouro completar a quota reservada à subscrição particular que não foi subscrita
 § 2° - Tesouro Nacional é autorizado a subscrever a sua quota inicial de capital com parte do Fundo
constituído, observando o disposto no art. 198, § 1° da CF
 § 3° - Poder Executivo é autorizado a baixar os atos necessários ao reajustamento periódico do
capital social, conforme a conveniência das operações do Banco, incorporando parte dos depósitos
previstos no artigo seguinte
 Art 6° - O Tesouro Nacional depositará cada ano, em conta especial no Banco do Nordeste, entre 50% e
80% da incorporação anual do Fundo a que se refere o art. 198, § 1º, da CF, para as operações referidas no
mesmo dispositivo constitucional – Não serão abonados juros aos depósitos

Art. 198, CF - Na execução do plano de defesa contra os efeitos da denominada seca do Nordeste, a União dependerá,
anualmente, com as obras e os serviços de assistência econômica e social, quantia nunca inferior a três por cento da sua
renda tributária.
 § 1 º - 1/3 dessa quantia será depositado em caixa especial, destinada ao socorro das populações atingidas pela
calamidade, podendo essa reserva, ou parte dela, ser aplicada a juro módico, consoante as determinações legais,
empréstimos a agricultores e industriais estabelecidos na área abrangida pela seca
 § 2 º - Os Estados compreendidos na área da seca deverão aplicar três por cento da sua renda tributária na
construção de açudes, pelo regime de cooperação, e noutros serviços necessários à assistência das suas
populações.

CAPÍTULO III
ADMINISTRAÇÃO
 Art. 7° - O Banco será administrado por uma Diretoria composta de 7 membros, sendo 1 Presidente e
6 Diretores:
I. Diretor de Crédito Geral
II. Diretor de Crédito Industrial
III. Diretor de Crédito Rural
IV. Diretor de Câmbio
V. Diretor de Crédito à infra-estrutura
VI. Diretor de Recursos Humanos e Patrimoniais
Parágrafo único - 1 Diretor será escolhido dentre os funcionários do Banco, de carreira, em exercício ou
aposentado
CAPÍTULO IV
ATRIBUIÇÕES

 Art 8° - O BNB prestará assistência, mediante empréstimo, a empreendimentos de caráter reprodutivo, na


área do Polígono das Secas, especialmente para:
a) Despesas para construção de açude por cooperação com o Governo Federal ou com governo
estadual, até o limite de 70% do valor concedido
b) construção de pequenos açudes e de barragens submersas, às expensas do interessado
c) perfuração e instalação de poços
d) obras de irrigação
e) aquisição ou construção de silos e construção de armazéns e fenis nas fazendas
f) aquisição ou reforma de equipamentos e máquinas agrícolas ou industriais e aquisição de
reprodutores e animais de trabalho
g) produção de energia elétrica
h) técnica e intensiva de árvores próprias à ecologia regional, especialmente as xerófilas
i) serviços e obras de saneamento, desobstrução e limpeza de rios e canais
j) financiamento de safras agrícolas em geral, de preferência por intermédio de cooperativas
agrícolas
k) financiamento (penhor mercantil) dos produtos da região até o limite máximo de 80% do seu valor
comercial, ou do preço mínimo, oficialmente fixado
l) construção e instalação de armazéns, nos centros de coleta e distribuição, e de usinas de
beneficiamento e industrialização de produtos da região
m) desenvolvimento e criação de indústrias, inclusive artesanais e domésticas, que aproveitem
matérias-primas locais, que ocupem com maior produtividade as populações ou que sejam
essenciais à elevação dos seus níveis de consumo essencial, no Polígono das Secas
n) aquisições, preparo e loteamento de terras para venda de pequenas propriedades rurais, a prazo
longo, bem como despesas de transporte e sustento de colono durante o período inicial; atendidas,
porém, as exigências da lei bancária comum ou dos estatutos quanto à manutenção de reservas em
propriedades imobiliárias
 Art 9° - O BNB poderá fazer empréstimos a Prefeituras Municipais no Polígono das Secas, para qualquer um
dos fins previstos nas letras a até i do artigo anterior, e para a realização de serviços de água e esgotos,
mediante a utilização dos recursos a que se referem as letras c , d e e , do art. 4º (recursos de depósitos nas
condições que forem fixadas nos Estatutos; lucros verificados nas operações; produto de lançamento de
títulos de sua responsabilidade)
 Art 10 - Poderá ainda realizar, em benefício de empreendimentos que promovam o desenvolvimento no
Polígono das Secas, todas as operações habituais dos corretores e bancos ou sociedades de investimento,
permitidas pela lei:
a) estudar empreendimentos econômicos e oferecê-los ao capital privado ou lançá-los a subscrição
pública, na área de sua operação
b) garantir a tomada de determinada quota do capital e o adquirir, para revenda posterior
c) financiar mediante hipoteca
d) adquirir ou construir e ceder em locação, com opção de compra os imóveis convenientes à
instalação de fábricas
e) colaborar com bancos e sociedades de investimentos para a realização de empreendimentos
Parágrafo único. Para os fins das letras b até e, o Banco poderá emitir títulos de rendimento fixo ou variável

CAPÍTULO V
CONDIÇÕES DE OPERAÇÕES
 Art 11 - Os prazos, juros e outras condições dos empréstimos atenderão aos aspectos econômicos dos
empreendimentos e projetos, à existência dos recursos e à finalidade assistencial do Banco
 Art 12 – O poder executivo determinará a prioridade e as condições, não previstas nesta lei, das operações
 Art 13 - Os recursos da conta especial a que se refere o art. 6º, somente poderão ser aplicados, para
qualquer dos fins previstos no art. 8º desta lei, em empréstimos a agricultores e industriais estabelecidos
na área do Polígono das Secas, inclusive empresas agrícolas, industriais e cooperativa
 § 2° - Nos casos das letras j a n, os prazos, juros e demais condições serão estabelecidos na
conformidade do que dispõem os arts. 11 e 12.

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES GERAIS
 Art 15 – A parte do capital subscrito pelo Governo (§ 2° e 3° do art. 5°) não terá direito a dividendos, se às
ações subscritas por outras pessoas físicas e jurídicas não couber um dividendo mínimo de 10%. Os
dividendos que tocarem à União não poderão ser retirados
 Dividendos: Proventos (partes do lucro de uma empresa) que são distribuídos entre seus acionistas
 Art 16 – O BNB operará sempre que possível, em colaboração com outros bancos e de preferência através
de agências locais de bancos nacionais, principalmente os de caráter cooperativo ou de controle do
governo
 Art 17 – O Poder Executivo, ao adotar as providências autorizadas no § 3º do art. 5º, e ao regulamentar as
operações do Banco, levará em conta a necessidade de um nível mínimo de liquidez, a fim de reforçar a
reserva líquida constituída para socorro às populações atingidas pelas secas
 Art 18 – O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas e outros órgãos públicos prestarão ao Banco
a assistência técnica que estiver a seu alcance
Parágrafo único. O Banco colaborará, através do Escritório Técnico de estudos econômicos, que manterá,
no exame dos problemas da região a cargo do Departamento
 Art 19 – O Banco apresentará anualmente ao Poder Executivo, até 31 de janeiro, relatório sobre suas
atividades, o qual será remetido ao Congresso juntamente com a conta de movimento
 Art 20 – É o Poder Executivo autorizado a dar a garantia do Tesouro para os depósitos e os títulos emitidos
pelo Banco do Nordeste, bem como para os empréstimos que faça no estrangeiro, destinados a
empreendimentos econômicos
 Art 21 – A parte da reserva a que se refere o § 1º do art. 198 da CF, e que não seja depositada no BNB ou
integrada no seu capital, na forma desta Lei, poderá constituir depósito especial no Banco do Brasil, para
atender à finalidade do § 1º do art. 1º da Lei nº 1.004
 Art 22 – O Poder Executivo, ouvido o Conselho da Superintendência da Moeda e do Crédito, poderá
autorizar a que no BNB possam ser realizados, em condições equiparadas às do Banco do Brasil:
 Depósitos do Tesouro e de órgãos e entidades públicas
 Depósitos judiciais
 E outros depósitos ou tomada de títulos, determinados pela Lei a instituições públicas ou
subordinadas a controle público
Parágrafo único. Os órgãos e entidades públicas que atuem no Polígono das Secas utilizarão, sempre que
isso não prejudique suas atividades, quanto aos recursos financeiros mobilizados, os serviços bancários do
BNB
 Art 24 – É vetado ao BNB conceder empréstimos a pessoas físicas ou jurídicas que não sejam estabelecidas
no Polígono das Secas ou que não tenham atividades nesta área
 Art 25 – Os servidores do BNB (exceto Diretores e ocupantes de cargos técnicos) serão admitidos mediante
concurso

REGIMENTO INTERNO DA DIRETORIA EXECUTIVA

CAPÍTULO I
OBJETO
 Este Regimento Interno tem por objeto normatizar o funcionamento da Diretoria Executiva do Banco do
Nordeste
CAPÍTULO II
COMPOSIÇÃO, NOMEAÇÃO E COMPETÊNCIA
 Art 1° - Diretoria Executiva  É um dos órgãos colegiados de administração do Banco, responsável pela
direção dos negócios e pela prática dos atos necessários ao seu funcionamento
 Art 2° - É composta por 7 membros, incluindo o Presidente:
I. Presidente do Banco
II. Seis Diretores
a) Diretoria de Administração e TI d) Diretoria de Desenvolvimento
b) Diretoria de Ativos de Terceiros Sustentável
c) Diretoria Financeira e de e) Diretoria de Negócios
Crédito f) Diretoria de Controle e Risco
 Art 3° - Nomeação dos integrantes da Diretoria:
I. Presidente do Banco: nomeado e demissível “ad nutum” (exclusivamente) pelo Pres. da República
II. Diretores: eleitos, reconduzidos ou destituídos pelo Conselho de Administração
Parágrafo únio. O Presidente passa a compor a Diretoria mediante assinatura do Termo de Posse
 Art 4° - Competências da Diretoria - Firmadas no Estatuto Social, observadas a legislação das sociedades
anônimas
Parágrafo único. A diretoria pode definir novas competências e alçadas para o próprio Colegiado ou para
intâncias decisórias não estatuárias do Banco

CAPÍTULO III
AUSÊNCIA TEMPORÁRIA DE MEMBROS DA DIRETORIA EXECUTIVA

 Art 5° - No caso de ausências temporárias, são substituídos:


I. O Presidente
a) Até 30 dias consecutivos – Por um Diretor indicado pelo Pres. (acúmulo de funções)
b) Acima de 30 dias consecutivos – Por quem foi designado pelo Pres. da República
II. Cada Diretor, por outro Diretor designado pelo Presidente (acúmulo de funções)
 O acúmulo de funções não dá direito a acréscimo na remuneração
 No caso de substituição de Presidente, a remuneração passará a ser a mesma do cargo de Presidente
durante o período
 Art 6° - Perderá o cargo o membro da Diretoria que se afastar, sem autorização, por mais de 30 dias
consecutivos
 Art 7° - Para ausências superiores a 30 dias poderá ser concedida licença pelo Ministro da Fazenda, quando
se tratar do Presidente, e pelo Conselho de Administração ou pela Diretoria Executiva, nos demais casos

CAPÍTULO IV
VACÂNCIA DE MEMBROS DA DIRETORIA

 Art 8° - Em caso de vacância:


I. De Diretor: a designação é de competência do Conselho de Administração
II. Do Presidente do Banco: o Conselho de Administração indica o substituto até a posse do novo
titular, nomeado pelo Presidente da República
Parágrafo único. O Diretor eleito para preencher vaga ocorrida no curso do mandato completa o período
interrompido
CAPÍTULO V
SECRETÁRIO E APOIO DA DIRETORIA EXECUTIVA

 Art 9° - Secretário das reuniões da Diretoria  Chefe do Gabinete da Presidência


Parágrafo único. Nas ausências do Chefe do Gabinete, o Presidente do Banco (ou seu substituto) designa
outro funcionário para desempenhar o papel de Secretário das reuniões
 Art 10 - A Diretoria Executiva conta também com uma secretaria responsável pelas atividades de
organização e apoio ao Colegiado denominada de Secretaria da Diretoria Executiva, exercida por Ambiente
do Gabinete da Presidência

CAPÍTULO VI
REALIZAÇÃO DAS REUNIÕES

 Art 11 - As reuniões da Diretoria Executiva são convocadas pelo Presidente do Banco e acontecem:
I. Ordinariamente, 1 vez por semana
II. Extraordinariamente, quando convocada e sempre que julgado necessário
 Art 12 - A Presidência da reunião é exercida pelo Presidente do Banco
 Art 13 - Participam das reuniões:
I. A Auditoria Interna e a Superintendência Jurídica - Na qualidade de consultores, representados
preferentemente pelo gestor principal
II. Empregados do Banco - Na qualidade de convidados, a critério do Presidente, por sua iniciativa ou
de outro membro do Colegiado
III. O Secretário das reuniões
 Art 14 - As reuniões só podem acontecer com a presença do Presidente (ou seu substituto) e de, no
mínimo, 3 Diretores com direito a voto
 Art 15 - As reuniões presenciais são realizadas, preferencialmente, na sede do Banco. Excepcionalmente
podem também ocorrer reuniões de forma virtual
Parágrafo único. É facultado aos membros da Diretoria participar por teleconferência ou videoconferência
das reuniões quando se encontrarem, no exercício do cargo, em local diferente daquele em que ocorrer a
reunião
CAPÍTULO VII
PAUTA DAS REUNIÕES

 Art 16 - A pauta é composta de Propostas Operacionais e de Propostas Administrativas, bem como de


outros assuntos de alçada e interesse do Colegiado, para efeito de deliberação ou tomada de
conhecimento
 Art 17 - É aprovada pelo Presidente e distribuída aos participantes com antecedência mínima de 2 dias
úteis, acompanhada dos documentos indispensáveis à sua apreciação
 Art 18 - Propostas Operacionais  São encaminhadas à Diretoria Executiva após deliberação e
encaminhamento pelo Comitê Competente
 Art 19 - Propostas Administrativas  São encaminhadas pelos respectivos diretores responsáveis ou pelo
Gabinete da Presidência, após deliberação por um dos Comitês Gestores ou Comitês Multidisciplinares
 Art 20 - Assuntos de interesse do Colegiado (fora Propostas Op. e Adm.)  São encaminhados pelas
Superintendências da Direção Geral após aprovação pelos colegiados responsáveis e autorização de todos
os Diretores envolvidos, ou pelo Gabinete da Presidência
 Art 21 - As Propostas Operacionais, as Propostas Administrativas e os assuntos de interesse do Colegiado,
com respectivos documentos, a serem incluídos na pauta devem ser entregues na Secretaria da Diretoria
Executiva em via original com antecedência mínima de 2 dias úteis da data da reunião
 Art 22 - Os processos a serem submetidos à deliberação da Diretoria Executiva são elaborados e
previamente analisados pelas áreas técnicas e operacionais do Banco
 §1º. As Propostas Administrativas que necessitam de ações ou sistemas para sua implantação
devem ser acompanhadas de plano de implementação com cronograma e respectiva matriz de
responsabilidades, com a ciência das áreas envolvidas
 §2º. As Propostas Administrativas que resultam em alteração normativa devem ser acompanhadas
das respectivas minutas de alteração dos normativos

CAPÍTULO VIII
DELIBERAÇÕES
 Art 23 - Compete aos membros do Colegiado, na deliberação de propostas e na tomada de conhecimento:
I. Relatar as propostas e assuntos de sua respectiva diretoria, podendo delegar essa relatoria
II. Discutir e votar as propostas e assuntos pautados
 Art 24 - As deliberações da Diretoria Executiva são colegiadas, e são tomadas por maioria simples de votos,
cabendo ao Presidente, além do voto pessoal, o voto de qualidade
 §1º. O acúmulo de funções dos Diretores não implica em acréscimo de voto nas reuniões
 §2º. O Diretor de Ativos de Terceiros tem direito a voto apenas em assuntos relacionados à sua
Diretoria
 §3º. Os votos divergentes e as abstenções são registrados em ata, com as respectivas justificativas
 Art 25 - Qualquer membro da Diretoria Executiva pode pedir vista de Proposta Operacional ou
Administrativa
 Art 26 - Tomada a decisão, o Secretário da reunião encaminha a deliberação adotada pela Diretoria para o
coordenador responsável pelo encaminhamento da proposta ou assunto para fins da adoção das
providências de implementação
 Art 27 - Compete ao Presidente decidir, ad referendum, sobre matérias da competência da Diretoria
Executiva que exijam solução urgente, devendo a decisão ser apreciada na reunião seguinte
 Art 28 - As deliberações da Diretoria Executiva são documentadas em despachos transcritos nas respectivas
propostas originais, assinadas pelo Presidente da reunião do Colegiado, e registradas em atas, lavradas em
livro próprio
 Art 29 - As deliberações de caráter regulamentar não contempladas em Manual são divulgadas mediante
Resolução da Diretoria Executiva

CAPÍTULO IX
COMPETÊNCIAS DOS SECRETÁRIOS DAS REUNIÕES

 Art 30 - Compete ao Secretário das reuniões da Diretoria com apoio da Secretaria da Diretoria Executiva:
I. Apresentar para aprovação do Presidente da reunião da Diretoria, as propostas e assuntos para a
pauta das reuniões
II. Comunicar a convocação das reuniões, divulgando a pauta
III. Secretariar os trabalhos das reuniões, inclusive com apoio logístico e operacional
IV. Transcrever as deliberações da Diretoria no processo original e emitir as decisões no sistema
operacional
V. Providenciar a lavratura das atas e o colhimento das assinaturas
VI. Encaminhar para a pauta do Conselho de Administração propostas e assuntos submetidos pela
Diretoria Executiva
VII. Emitir certidões, extratos, cópias de atas e outros documentos da Diretoria Executiva
VIII. Divulgar as Resoluções objeto de deliberação da Diretoria Executiva
IX. Guardar documentos
X. Encaminhar e/ou disponibilizar para consulta documentos para entidades ou pessoas, de acordo
com normas e observando a questão do sigilo bancário e do caráter reservado.

CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
 Art. 31 - Os Diretores devem conhecer o Estatuto Social do Banco, o Código de Conduta Ética do Banco do
Nordeste do Brasil S.A., o Código de Conduta da Alta Administração Federal, a Lei nº 6.404, de 15.12.1976,
demais leis pertinentes e regras definidas por órgãos reguladores e fiscalizadores, inclusive as normas
internas do Banco.
Parágrafo único. Além do disposto no caput, os diretores devem ter conhecimentos, títulos e experiências
específicas para o exercício de suas atribuições, exigidas em lei.

CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA E INTEGRIDADE DO BANCO DO NORDESTE

CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
 Art 1° - O conteúdo deste Código está vinculado à missão, à visão e aos valores que definem a identidade
única do Banco do Nordeste e representa o compromisso da Instituição com o alinhamento dos padrões
requeridos de comportamento pessoal e profissional ao mais alto nível de ética e de integridade
 Art 2° - São objetivos deste Código:
I. Identificar e sistematizar os princípios e valores éticos e de integridade essenciais e a condução de
suas atividades pelos administradores e demais membros dos órgãos estatutários, empregados e
colaboradores
II. Alinhar e inspirar diretrizes e compromissos a serem expressos nas iniciativas, políticas, programas
e normas do Banco
III. Servir como guia e como inspiração para que administradores e demais membros possam
estabelecer uma linha de comportamento dentro do padrão ético e de integridade esperado
IV. Contribuir para o aperfeiçoamento da conduta pessoal e profissional e para a adoção permanente
de práticas de elevado nível ético
V. Estabelecer os princípios de integridade para prevenção à corrupção e a outros atos lesivos
VI. Orientar a tomada de decisão em situações de conflitos ou dilemas éticos
VII. Reforçar a postura e os compromissos éticos do BNB diante dos diferentes públicos
VIII.Servir como elemento norteador na busca de garantir a integridade das nossas ações e uma
comunicação precisa e transparente
IX. Orientar a participação de todos os agentes externos, públicos e privados, em seus
relacionamentos com o BNB
X. Fortalecer a imagem e a reputação da Instituição perante a sociedade
XI. Ser referência nas análises e apurações de eventuais infrações éticas

CAPÍTULO II
DO PÚBLICO-ALVO
 Art 3° - Este Código aplica-se ao seguinte público-alvo:
I. Membros dos órgãos estatutários:
a) Membros do Conselho de Administração
b) Membros da Diretoria Executiva
c) Membros do Conselho Fiscal
d) Membros do Comitê de Auditoria
e) Assessores Especiais da Presidência
II. Colaboradores
a) Terceirizados d) Jovens aprendizes
b) Bolsistas e) Agentes de negócios
c) Estagiários
III. Fornecedores
IV. Parceiros e pessoas físicas prestadoras de serviços, bem como profissionais de empresas
contratadas ou parceiras que desenvolvam suas atividades nas dependências do BNB
V. Pessoas que atuem em nome do BNB, mesmo de forma temporária, recebendo ou não
remuneração
 Art 4° - São considerados agentes externos e devem observar o que está disciplinado neste Código:
a) Clientes
b) Usuários de serviços
c) Empregados da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Nordeste do Brasil – Capef e
do Grupo Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Nordeste – Grupo Camed
d) Empregados das instituições parceiras e patrocinadas
e) Representantes de órgãos de regulação e controle e de empresas de auditoria externa que exerçam
atividades no BNB
f) Pessoas que atuem para o Banco do Nordeste, mesmo que de forma temporária

CAPÍTULO III
DA MISSÃO E DOS PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS
 Art 5° - A missão do Banco do Nordeste é atuar como o banco de desenvolvimento da Região Nordeste
Parágrafo único. Objeto social - A promoção do desenvolvimento e a circulação de bens por meio da
prestação de assistência financeira, de serviços, técnica e de capacitação a empreendimentos de interesse
econômico e social
 Art 6° - Os princípios e valores que fundamentam a atuação dos diversos agentes:
I. Ética  Princípio fundamental
II. Legalidade – Impessoalidade – Moralidade – Publicidade – Eficiência
III. Justiça – Governança – Honestidade – Sustentabilidade – Igualdade – Compromisso – Democracia –
Transparência – Respeito – Cooperação – Confiança - Disciplina e Civilidade  Valores
institucionais
IV. Meritocracia, integridade, inovação e foco nos clientes e resultados  Princípios de gestão
V. Todas as pessoas devem ser tratadas com igualdade, sendo inadmissível qualquer forma de
discriminação
VI. A convivência no ambiente de trabalho deve ser harmoniosa e produtiva, baseada na equidade, no
respeito mútuo, na cordialidade e colaboração
VII. Ambientes de trabalho saudáveis e seguros são indispensáveis
VIII. A corrupção, as práticas fraudulentas, o nepotismo, o conflito de interesses, os atos ilícitos ou
criminosos de toda ordem são incompatíveis com o padrão ético do BNB, devendo ser repudiados,
combatidos e denunciados às instâncias competentes
IX. Os direitos humanos fundamentais devem ser sempre respeitados
X. Repúdio a todas as pressões ou tentativas de interferência política, internas ou externas, que visem
a obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações imorais
XI. Responsabilidade socioambiental como um conjunto de compromissos, princípios e diretrizes de
atuação fundamentais para o desenvolvimento sustentável
XII. Isenção e imparcialidade no exercício das atividades e na condução dos relacionamentos
institucionais e interpessoais, não usando a posição dentro do BNB para a obtenção de benefícios
ou vantagens para si ou para terceiros
XIII. A exploração do trabalho infantil e a utilização do trabalho análogo à escravidão são práticas
repudiadas
XIV. Zelo permanente de todos pela imagem e integridade institucional do Banco
XV. Atitudes e comportamentos sempre amparados pelo compromisso inalienável de buscar fazer
sempre o melhor, o que inclui atuar com espírito público, elevado senso de responsabilidade
 Art 7° - Todas as políticas e iniciativas institucionais devem pautar-se, no que couber, no conteúdo deste
Código de Conduta Ética

CAPÍTULO IV
NAS RELAÇÕES COM CLIENTES E USUÁRIOS
 Art 8° - O relacionamento dos administradores e demais membros dos órgãos estatutários, dos
empregados e dos colaboradores do Banco do Nordeste com clientes e usuários é regido pelos seguintes
princípios:
I. Integridade – Respeito – Equidade – Cordialidade – Cortesia – Agilidade – Diligência –
Responsabilidade – Transparência - Receptividade às sugestões e críticas - Confidencialidade e
segurança das informações - Observância de princípios e normas pertinentes aos direitos do
consumidor
 Art 9° - Na realização de negócios, empregados e colaboradores devem seguir as seguintes orientações:
I. Oferecer produtos e serviços adequados às necessidades de clientes
II. Fornecer de forma clara e objetiva, todas as informações necessárias à tomada de decisões
III. Cumprir os normativos internos e externos
IV. Cumprir as normas internas e externas de prevenção à lavagem de dinheiro e de combate à
corrupção e ao financiamento do terrorismo
V. Não realizar negócios com clientes que exploram o trabalho infantil ou o trabalho análogo ao
escravo
VI. Prevenir e combater a ocorrência de atos de fraude e corrupção, denunciando os fatos suspeitos
VII. Manter sigilo sobre as informações que ainda não sejam de domínio público, referentes a possíveis
negócios
VIII. Resguardar as informações dos clientes do Banco, em especial, aquelas relativas à sua situação
econômica, financeira e comercial e dos respectivos empreendimentos
IX. Analisar as operações de financiamento e de crédito, de acordo com os critérios técnicos
disponíveis, incluindo os relacionados com o risco e a viabilidade
X. Tratar de forma colegiada as decisões sobre operações de crédito e de financiamento
XI. Não apresentar indicações a clientes, ainda que por eles solicitadas, de fornecedores ou
prestadores de serviços, mantendo sempre uma comunicação estritamente profissional
CAPÍTULO V
NAS RELAÇÕES COM INVESTIDORES E ACIONISTAS
 Art 10 - As relações com investidores e acionistas devem ser pautadas nos princípios de governança
universalmente aceitos e nos pressupostos da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
eficiência, que norteiam a gestão pública, visando à(ao):
I. Transparência nas relações com o mercado, mediante a prestação de informações claras que
possibilitem a avaliação do desempenho da Instituição ou fundamentem, da melhor forma possível,
a tomada de decisões sobre investimentos
II. Equidade de tratamento para os acionistas e respeito aos seus direitos, não se admitindo
privilégios, nem quaisquer atitudes discriminatórias
III. Disponibilização de declarações, demonstrativos, relatórios, comunicados e outros informativos
que reflitam a realidade da Instituição
IV. Elaboração de demonstrações financeiras e contábeis, de maneira a representar, com rigor e
precisão, as transações realizadas, o resultado das operações, os fluxos de caixa e a posição
patrimonial e financeira do Banco
V. Conformidade com as leis, normas e regulamentos e exigência de seu cumprimento pelas
contrapartes
VI. Aperfeiçoamento contínuo de diretrizes e práticas de governança corporativa
VII. Cumprimento da missão institucional
VIII. Continuidade da Instituição no longo prazo e geração de resultados positivos e sustentáveis
Parágrafo único. É vedada a divulgação, sem autorização da autoridade competente do Banco, de
informação que possa causar impacto na cotação dos títulos da Instituição e em suas relações com o
mercado ou com consumidores e fornecedores
CAPÍTULO VI
NAS RELAÇÕES COM O PODER PÚBLICO
 Art 11 - O relacionamento com o Setor Público e seus agentes deve ser norteado pela discussão
democrática e pelo estabelecimento de parcerias institucionais, objetivando a implementação de políticas,
projetos e programas voltados para o desenvolvimento sustentável de sua área de atuação
 Art 12 - São exemplos de parâmetros a serem seguidos:
I. Relações de caráter institucional com agentes públicos ou políticos, devem ser conduzidas pela
legalidade e transparência, em especial, quanto ao seu objeto, finalidade e destino dos recursos
envolvidos, bem como seguidas de rigorosa prestação de contas
II. Decisões originadas devem ser isentas de preferências partidárias ou ideológicas
III. Parcerias e eventuais destinações de recursos, reembolsáveis ou não, devem ter como objetivos o
aprimoramento dos serviços destinados à sociedade pelo governo, órgão ou entidade pública e o
bem comum
IV. O BNB respeita o direito individual dos seus administradores e demais membros dos órgãos
estatutários, dos empregados e colaboradores, de participar de assuntos e processos políticos,
porém, eventuais manifestações de opinião e a própria participação política desse público devem
ter caráter estritamente pessoal e ocorrer somente em seu tempo livre e às suas próprias custas
V. Sempre considerar a percepção que a sociedade possa ter da conduta adotada no caso concreto,
assegurando-se de que não existam dúvidas sobre a ética e a integridade
 Art 13 – Condutas inadmissíveis:
I. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público ou
político, ou a terceira pessoa a eles relacionada, bem como receber qualquer benefício, monetário
ou não, com a finalidade de dar cumprimento ao que já seria uma obrigação do membro do órgão
estatutário, empregado ou colaborador ou para fazer com que processos ou rotinas sejam
indevidamente facilitados, abreviados, apressados ou mesmo suprimidos
II. Compactuar com fraudes em contratos de financiamento
III. Servir a interesses particulares em detrimento do bem comum ou colaborar para a apropriação
indevida de recursos públicos por entes privado
IV. Aliciar autoridades, agentes públicos ou políticos, concessionários e permissionários de serviço
público ou candidatos a cargos eletivos, por meio de presentes, ofertas, benefícios ou vantagens
indevidas
V. Utilizar recursos, estrutura, instalações, imagens, informações, marcas e identidade visual do BNB
para atender a interesses político-partidários

CAPÍTULO VII
NAS RELAÇÕES COM ÓRGÃOS DE REGULAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E AUDITORIA
 Art 14 – A relação com os representantes de órgãos reguladores e fiscalizadores, bem como com as equipes
de auditoria interna e externa, de forma atenciosa, transparente, prestativa e respeitosa, procurando-se
atender a eventuais solicitações de informação nos prazos estabelecidos
 Art 15 - O Banco do Nordeste comunica aos órgãos de controle e de fiscalização, informações sobre
situações ocorridas na empresa que afrontem o Código de Conduta da Alta Administração Federal, não se
eximindo de realizar as apurações internas
 Art 16 - Quando solicitado por órgãos de fiscalização ou de regulação, concederá acesso irrestrito aos
documentos e às informações necessários, inclusive aqueles classificados como sigilosos
 Art 17 - É compromisso dos administradores e demais membros dos órgãos estatutários, dos empregados e
dos colaboradores, quando solicitados, disponibilizar sempre a informação mais completa, atualizada,
objetiva e clara possível aos órgãos de regulação e fiscalização, bem como às empresas de auditoria externa
e interna
 Art 18 - Condutas inaceitáveis: apresentar, deliberadamente, informações incorretas, fornecer falsas
declarações, destruir ou alterar registros e documentos potencialmente importantes em processos de
apuração ou investigação e até mesmo tentar induzir ao erro

CAPÍTULO VIII
NAS RELAÇÕES COM O MERCADO E COM OS CONCORRENTES
 Art 19 - A integridade, o respeito mútuo, a civilidade e a promoção da concorrência justa e leal são
permanentes nas relações com os bancos concorrentes
 Art 20 - O BNB respeita a concorrência e proíbe que seus funcionários divulguem, por qualquer meio,
conceito, comentário ou boato que possam comprometer a imagem de empresas do mercado ou
prejudicá-las de alguma maneira, zelando pela proteção de informações e pelo respeito à reputação dos
concorrentes
 Art 21 - O intercâmbio de dados, informações e experiências com a concorrência deve ser conduzido de
forma lícita, transparente e fidedigna, preservando os princípios do sigilo bancário e os interesses do Banco

CAPÍTULO IX
NAS RELAÇÕES COM A SOCIEDADE E AS COMUNIDADES
 Art 22 - Nos relacionamentos com a sociedade em geral e, em particular, junto às comunidades em que o
BNB atua, seus funcionários devem primar sua conduta pelo respeito às seguintes diretrizes:
I. Valorizar os vínculos estabelecidos entre o BNB e as comunidades em que atua, respeitando os
valores culturais existentes
II. Atuar com integridade e transparência, cultivando a credibilidade junto à população, influenciando
positivamente a sociedade
III. Levar em consideração, em todas as decisões, os impactos que elas trarão às comunidades e ao
meio ambiente e buscar sempre a promoção do desenvolvimento sustentável
IV. Adotar a responsabilidade socioambiental como premissa na definição de políticas corporativas,
programas de financiamento e nas iniciativas de um modo geral
CAPÍTULO X
NAS RELAÇÕES COM FORNECEDORES E PARCEIROS
 Art 23 - O relacionamento com fornecedor e parceiros é pautado pelo compartilhamento dos padrões
morais, éticos e de integridade constantes deste Código
 Art 24 - A seleção de fornecedores e prestadores de serviços é realizada com imparcialidade e
transparência, de forma a nunca existir favorecimento de qualquer espécie, procurando sempre garantir a
pluralidade e a livre concorrência entre eles, bem como a qualidade e a viabilidade socioeconômica dos
serviços prestados e dos produtos fornecidos
 Art 25 - São exigidos de fornecedores e prestadores de serviços, bem como de eventuais parceiros:
I. A adesão ao conjunto de princípios, valores e condutas éticas e de integridade do Banco
II. O respeito aos direitos humanos e à legislação vigente
III. O cumprimento das exigências trabalhistas, ambientais, previdenciárias, fiscais e de segurança do
trabalho
IV. Adoção das regulamentações referentes à prevenção e ao combate à corrupção
V. A não utilização de trabalho infantil, escravo ou em condições degradantes
VI. Responsabilidade socioambiental e compromisso com a sustentabilidade
VII. Confidencialidade e sigilo quando do eventual acesso a dados e informações do Banco do Nordeste
VIII. Que seus empregados ou representantes sejam orientados a respeitar os princípios éticos e as
diretrizes de conduta definidos neste Código
 Art 26 - São condutas vedadas os funcionários do Banco:
I. Condicionar a contratação de empresa, celebração de parceria ou a manutenção dessas relações à:
obtenção de benefício que extrapole os interesses do BNB, à realização de negócio do qual possam
resultar vantagens ou benefícios pessoais ou para terceiros, à admissão pela contratada ou parceira
de qualquer profissional indicado por si próprio ou por outro membro ou empregado ou à
participação em acordos ou práticas que caracterizem conflito de interesses reais ou aparentes
para os envolvidos
II. Prestar qualquer favor ou serviço remunerado a fornecedores, prestadores de serviços ou parceiros
com os quais mantenham relação por força das suas atividades no Banco
III. Propor disposições contratuais ou termos de parceria que afrontem ou minimizem a dignidade, a
qualidade de vida e o bem-estar dos empregados

CAPÍTULO XI
NAS RELAÇÕES COM A IMPRENSA E DEMAIS ÓGÃOS DE COMUNICAÇÃO
 Art 27 - O BNB valoriza e respeita a imprensa e demais órgãos de comunicação, reconhecendo que são
meios fundamentais para a disseminação dos princípios e valores da Instituição, bem como de fatos
relevantes, produtos e serviços, iniciativas, realizações, resultados alcançados e do conhecimento gerado
internamente, permitindo a visibilidade pública
 Art 28 - O BNB prima por uma relação transparente e respeitosa com a imprensa e demais órgãos de
comunicação e, por meio de seus representantes denominados porta-vozes, compromete-se em prestar as
informações produzidas ou custodiadas pela Instituição
Parágrafo único. Os funcionários do Banco devem respeitar a competência restrita dos porta-vozes para
atender a demanda de informações pela mídia
 Art 29 - Os funcionários, quando designados como porta-vozes da Instituição, devem manter a
impessoalidade nos pronunciamentos institucionais e nas disponibilizações de informações, não permitindo
que disso resulte qualquer espécie de promoção pessoal

CAPÍTULO XII
NAS RELAÇÕES DE TRABALHO
 Art 30 - Nas relações de trabalho, constituem-se como compromissos da Alta Administração:
I. Cumprir as leis, as normas e as políticas de desenvolvimento humano, estimulando a convivência
harmoniosa, a cidadania, o espírito de equipe, a honestidade, a transparência dos atos e a
cordialidade no ambiente de trabalho
II. Garantir ambiente de trabalho adequado, em permanente melhoria, primando pela saúde, bem-
estar e qualidade de vida de empregados e colaboradores
III. Prover condições para que empregados e colaboradores sejam tratados com igualdade, tornando
inadmissível qualquer forma de discriminação
IV. Repudiar, coibir, apurar e punir qualquer procedimento que possa configurar assédio de qualquer
natureza
V. Repudiar toda e qualquer prática ilícita (suborno, extorsão, corrupção, propina, nepotismo, etc)
VI. Aperfeiçoar o fluxo de informações necessárias à excelência de procedimentos
VII. Proporcionar e democratizar oportunidades de ascensão profissional, mediante critérios claros de
acesso a treinamentos, avaliações de desempenho e suprimento de cargos e funções, assegurando
lisura e transparência em todos os processos e valorizando o mérito como o principal critério para
acesso à funções comissionadas
VIII. Incentivar o autodesenvolvimento dos empregados, oferecendo treinamentos e capacitações
IX. Estimular inovações em produtos, serviços, soluções, sistemas, políticas de financiamento e ações
corporativas
X. Estimular ações de sustentabilidade e de responsabilidade socioambiental
XI. Buscar sempre o desenvolvimento sustentável em sua atuação direta e indireta
XII. Respeitar a diversidade do conjunto de empregados e colaboradores, bem como de todas as
pessoas com as quais o BNB mantém relacionamento, combatendo o preconceito e discriminação
XIII. Assegurar que não haja restrição de ascensão funcional ou qualquer outro tipo de discriminação a
empregadas do Banco do Nordeste pelo fato de serem ou de poderem vir a ser mães
XIV. Prover condições adequadas de trabalho para empregados e colaboradores com deficiências
XV. Manter canais internos de comunicação efetivos e confiáveis para recepcionar e tratar sugestões
de melhoria, consultas, críticas, reclamações e denúncias
XVI. Na forma do regramento ético vigente e, em especial, da Política de Proteção ao Denunciante,
prover garantias institucionais quanto ao sigilo, à reserva de informações dos processos e à
identidade de colaboradores envolvidos em denúncias
XVII. Assegurar que informações pessoais, inclusive médicas e sobre benefícios, fiquem restritas ao
próprio empregado e ao pessoal responsável pela guarda, manutenção e disponibilização dessas
informações. As solicitações, análises e repasses dessas informações serão feitas somente por
quem tiver legitimidade
XVIII. Respeitar a liberdade de associação sindical e buscar conciliar, de forma transparente, os interesses
do Banco do Nordeste com os interesses dos empregados e de suas entidades representativas,
assumindo a negociação como prática permanente e modo preferencial de solução de conflitos
trabalhistas
XIX. Promover a ampla divulgação deste Código
 Art 31- Os funcionários do Banco comprometem-se a:
I. Cumprir a missão institucional
II. Atuar sempre de acordo com as leis, regulamentos e normas aplicáveis
III. Alinhar atividades, processos, operações e negócios do BNB com a Missão, Visão, Valores, Código
de Conduta Ética e Integridade, Normas de Conduta e com as diretrizes contidas nas políticas do
Banco
IV. Agir sempre de acordo com as responsabilidades que o cargo ou a função lhe confere
V. Respeitar a diversidade, tanto a presente no âmbito interno, quanto a do conjunto de pessoas com
as quais o BNB mantém relacionamento
VI. Manter sigilo sobre assuntos de interesse do Banco do Nordeste, inclusive relacionados aos seus
clientes, parceiros, concorrentes e acionistas
VII. Zelar pelo patrimônio do BNB e primar pela economia, guarda e conservação dos bens corporativos
e recursos materiais à sua disposição, utilizando-os unicamente para trabalhos de interesse do
Banco, protegendo-os de danos, manuseio inadequado, perdas ou extravios
VIII. Agir com responsabilidade socioambiental, especialmente no uso de recursos como água, energia,
papel e materiais de consumo, promovendo a destinação final ambientalmente adequada de
resíduos e evitando qualquer forma de desperdício ou de utilização diferente daquela guiada pelo
interesse institucional
IX. Cuidar da integridade dos recursos patrimoniais e financeiros de terceiros que estejam sob a
guarda do Banco
X. Contribuir e zelar permanentemente para a boa imagem do Banco
XI. Abster-se em decisões que envolvam interesses pessoais ou relação de parentesco consanguíneo
ou por afinidade, em linha reta ou colateral, até 3º grau
XII. Não receber favores, vantagens ou presentes de qualquer natureza, para si ou para outrem,
oferecidos de forma direta ou indireta, resultantes ou não de relacionamentos com o Banco do
Nordeste e que possam influenciar decisões, facilitar negócios ou beneficiar terceiros
XIII. Não obter proveito de cargo, função ou de informações, em benefício próprio ou de terceiros
XIV. Não adotar procedimento que possa configurar assédio
XV. Comunicar às áreas competentes pressão ou assédio de qualquer pessoa cujo interesse conflite
com os do Banco
XVI. Contribuir para manutenção de ambiente de trabalho saudável
XVII. Colaborar para um ambiente de trabalho livre de ofensas, difamação, exploração, discriminação,
repressão, intimidação, assédio e violência verbal ou não verbal
XVIII. Compartilhar com os demais colegas os conhecimentos e as informações necessárias ao exercício
das atividades próprias da Instituição
XIX. Não permitir que interesses de ordem pessoal, simpatias ou antipatias interfiram no trabalho
XX. Não prejudicar deliberadamente, por qualquer meio, a imagem da Instituição ou a reputação dos
funcionários
XXI. Notificar à área responsável sobre quaisquer ocorrências que possam oferecer risco à saúde e/ou
integridade física sua ou de outrem
XXII. Aceitar opiniões divergentes e de caráter construtivo, agindo para prevenir e solucionar eventuais
conflitos
XXIII. Promover a união de esforços entre as diversas unidades, dispondo-se sempre a compartilhar
conhecimentos e informações nos trabalhos conjuntos
XXIV. Para todos aqueles que intervenham em processos de contratação, seleção e/ou promoção
profissional, agir com objetividade técnica em todas as suas intervenções e decisões, com o único
objetivo de identificar as pessoas mais adequadas ao perfil e necessidades da função a preencher,
promovendo a todo tempo e circunstâncias a igualdade de oportunidades
XXV. Respeitar os direitos autorais e a legislação específica sobre propriedade intelectual
XXVI. Praticar o diálogo e a cooperação com os públicos de relacionamento do Banco do Nordeste,
recepcionando críticas e sugestões de melhoria, respondendo corretamente e com rapidez às
dúvidas apresentadas
XXVII. Cumprir este Código e as normas internas a ele relacionadas, escolhendo sempre, diante de mais
de uma opção, a melhor para o Banco e para a sociedade
XXVIII. Adotar os mais elevados padrões de profissionalismo, integridade e comportamento ético
XXIX. Conhecer e difundir, inclusive por meio das próprias atitudes, os valores contidos neste Código
XXX. Comunicar, imediatamente, quaisquer suspeitas, tentativas ou práticas de atos ilícitos ou condutas
inapropriadas que afrontem o disposto neste Código

CAPÍTULO XIII
DO COMPORTAMENTO NAS REDES E MÍDIAS SOCIAIS
 Art 32 - Os funcionários do Banco deverão aplicar os dispositivos contidos neste Código, sempre que se
identificarem ou forem identificáveis como vinculados ao BNB em ambientes de redes e mídias sociais
 Art 33 - O Banco do Nordeste respeita e valoriza o direito à livre expressão de seus funcionários, porém
cada um deve estar consciente de que seu comportamento em redes e mídias sociais, ainda que em
interações de caráter pessoal, pode comprometer a imagem, a reputação e a integridade institucionais
Parágrafo único. Os funcionários devem utilizar as redes e mídias sociais com responsabilidade, empatia e
compromisso com a ética e a integridade institucionais, cientes das consequências que seus atos podem
gerar em caso de violação comprovada ao disposto neste Código
 Art 34 - Nas interações em redes e mídias sociais, os funcionários devem observar as seguintes orientações:
I. Ter a consciência de que é responsável por tudo o que publica ou compartilha
II. A má conduta no mundo virtual se equivale àquela realizada no mundo real e pode até ser mais
grave em razão da publicidade
III. Respeitar os outros usuários da rede e suas opiniões e convicções
IV. Ser o primeiro a tentar corrigir eventual erro cometido nas suas interações virtuais, estando pronto
para, se for o caso, recuar e desculpar-se
V. Entender que ela não tem o direito de ofender, maltratar, ameaçar, discriminar, violar direitos
autorais, revelar informações confidenciais ou sigilosas ou prejudicar pessoas e instituições
 Art 35 - São práticas não recomendadas:
I. Acessar imoderadamente as redes e mídias sociais no ambiente de trabalho para fins não
relacionados às suas atribuições
II. Criar perfis relacionados ou que façam menção ao BNB, sem a expressa autorização da
Superintendência de Marketing e Comunicação
III. Usar a identidade visual do BNB e/ou de seus produtos e iniciativas em perfis pessoais ou de grupos
IV. Falar em nome da empresa, sem a devida designação formal
V. Difamar ou ofender o Banco do Nordeste, seus administradores e demais membros dos órgãos
estatutários, empregados, colaboradores, parceiros, fornecedores ou concorrentes
VI. Divulgar ou tratar informações de natureza interna, confidencial ou protegidas por sigilo em canais
não homologados pelo BNB
VII. Obrigar quem quer seja a participar de grupos de discussão ou de aplicativos de mensagens
instantâneas não institucionais
VIII. Demandar tarefas ou realizar cobranças relacionadas ao trabalho fora do horário de expediente de
subordinados, nos fins de semana, feriados e férias
IX. Divulgar fotos, vídeos ou textos que possam comprometer ou expor a vida privada de
administradores e demais membros dos órgãos estatutários, empregados, colaboradores, clientes,
parceiros ou fornecedores do Banco
X. Curtir ou compartilhar comentário, feito por terceiro, que atente contra os princípios e valores
deste Código ou que seja ofensivo ao BNB
XI. Propagar conteúdo privado por meio de redes e mídias sociais, dentro do horário de expediente

CAPÍTULO XIV
DAS RESPONSABILIDADES ADICIONAIS DA ALTA ADMINISTRAÇÃO
 Art 36 - A Alta Administração, composta pelos membros do Conselho de Administração, presidente e
diretores, sabendo que suas ações são exemplos e ajudam a compor a imagem do Banco, deve enxergar-se
e atuar como a principal responsável pela promoção da cultura ética e de integridade dentro da Instituição
 Art 37 - Os membros da Alta Administração, devem também:
I. Adotar postura ética exemplar em todos os seus relacionamentos e solicitar que todos os
empregados e colaboradores também o façam, procurando garantir a promoção dos mais altos
padrões de ética e de integridade
II. Patrocinar o Plano de Trabalho Anual da Comissão de Ética, bem como o Programa de
Integridade, perante os públicos interno e externo, destacando recursos humanos, financeiros e
materiais suficientes para o desenvolvimento e execução de ambos
III. Participar ou manifestar, de forma sistemática, apoio em todas as fases de desenvolvimento e
execução do Plano de Trabalho Anual da Comissão de Ética e do Programa de Integridade do BNB
IV. Promover o engajamento dos gestores do BNB na criação de uma cultura institucional de ética e
integridade, criando mecanismos para encorajar, reforçar e disseminar esse comprometimento
V. Garantir que o BNB seja tão transparente quanto possível sobre todas as decisões, ações, planos,
projetos, iniciativas, orçamentos, despesas e resultados, fornecendo às partes interessadas e à
sociedade em geral informações que permitam sua colaboração no desenvolvimento,
acompanhamento e avaliação das atividades institucionais
VI. Acompanhar o desempenho do BNB nas áreas de ética integridade, e garantir a atualização
constante das políticas, programas e instrumentos corporativos frente a novos cenários de forma a
reforçar a resiliência da Instituição a atos que violem a ética e integridade
VII. Promover e incentivar a manutenção dos mais altos níveis de ética e de integridade na Instituição
VIII. Estimular o contínuo aprimoramento dos sistemas de gestão da ética, favorecendo as tomadas de
decisões baseadas em critérios técnicos e não com base em interesses particulares, minimizando os
riscos de corrupção, fraude, nepotismo e situações de conflito de interesses e aumentando, assim,
a qualidade dos serviços prestados pela Instituição
IX. Promover eventos de treinamento e capacitação para administradores e demais membros

CAPÍTULO XV
DAS RESPONSABILIDADES ADICIONAIS DOS GESTORES
 Art 38 - Os gestores devem atuar exercendo a liderança pelo exemplo e pelo compromisso contínuo de
acompanhar, avaliar e cobrar das suas equipes a adesão permanente aos princípios e valores do Banco
 Art 39 - Também é dever dos gestores:
I. Cumprir e fazer cumprir as leis, os normativos internos, as políticas corporativas, o Código de
Conduta Ética e Integridade e as Normas de Conduta do Banco do Nordeste
II. Assumir postura de responsabilidade pelo todo, acompanhando e adotando medidas que inibam
irregularidades e violações a este Código
III. Controlar o acesso e o uso das informações e sistemas corporativos pela equipe subordinada
IV. Abster-se de manter, sob sua subordinação hierárquica direta, cônjuge, companheiro(a) ou parente
em linha reta ou colateral, por consanguinidade ou afinidade, até o 3º grau
V. Estimular e apoiar treinamentos, capacitações e o desenvolvimento de suas equipes dos temas de
ética e integridade
CAPÍTULO XVI
DAS CONDUTAS VEDADAS
 Art 40 - São condutas vedadas aos administradores e demais membros dos órgãos estatutários,
empregados e colaboradores do Banco do Nordeste:
I. O uso do cargo ou função, de facilidades, de amizades, de tempo, de posição ou de influências,
para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem
II. Prejudicar deliberadamente a reputação de quaisquer um dos que se relacionam com o Banco e de
concorrentes
III. Ser conivente com erro ou infração a este Código
IV. Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa,
causando-lhe dano moral ou material
V. Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para
cumprimento de suas responsabilidades
VI. Permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal
interfiram no trato com o público ou com colegas
VII. Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação,
prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outra pessoa para o mesmo fim
VIII. Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências
IX. Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento do Banco
X. Desviar empregados ou colaboradores para atendimento a interesse particular
XI. Retirar das instalações do Banco do Nordeste, sem estar legalmente autorizado, qualquer
documento, livro ou bem pertencente ao Banco ou a terceiros
XII. Fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros
XIII. Apresentar-se embriagado ou sob o efeito de substâncias ilícitas no serviço ou fora dele
habitualmente
XIV. Cooperar com qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade
XV. Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso
CAPÍTULO XVII
DAS INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS
 Art 41- Os funcionários do Banco, mesmo que estejam de licença ou em período de afastamento, devem
resguardar informações privilegiadas, obtidas tanto no exercício de suas atribuições, quanto por meio
casual
Parágrafo único. Informação privilegiada  Aquela relevante ao processo de decisão no âmbito do BNB,
que tenha ou possa ter repercussão econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento
público

CAPÍTULO XVIII
DO CONFLITO DE INTERESSES
 Art 42 - Os funcionários mesmo que estejam de licença ou em período de afastamento, devem coibir e
reportar toda e qualquer situação que possa criar, ou até mesmo sugerir, conflitos, reais ou potenciais,
entre interesses públicos, em especial os do Banco do Nordeste, e interesses privados, que possam
comprometer o bem comum ou influenciar o desempenho da função pública da Instituição, agindo sempre
de modo a prevenir a ocorrência dessas situações
Parágrafo único. O conflito é real quando a situação geradora já se consumou e é potencial quando pode
ser gerado em situação futura
 Art 43 - Exemplos de situações que geram conflito de interesses:
I. Divulgar ou fazer uso de informação privilegiada, em proveito próprio ou de terceiro
II. Exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio
com pessoa física ou jurídica que tenha interesse em decisão ou ato de administrador, membro do
órgão estatutário, empregado do colegiado do qual estes participem no BNB
III. Exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as
atribuições do cargo, função ou emprego considerando-se como tal, inclusive, a atividade
desenvolvida em áreas ou matérias correlatas
IV. Atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário de
interesses privados junto ao Banco
V. Praticar ato em benefício de pessoa jurídica, na qual o funcionário do Banco, seus respectivos
cônjuges, companheiros ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o 3°
grau, tenham vínculo de qualquer natureza ou possam influir em seus atos de gestão
VI. Receber presente de quem tenha interesse em decisão de administrador, de membro do órgão
estatutário ou de empregado ou ainda de colegiado
 § 1° A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao patrimônio público,
bem como do recebimento de qualquer benefício ou ganho
 § 2° O empregado que tenha dúvidas quanto a uma eventual situação concreta que possa configurar
conflito de interesses, deverá realizar consulta ao Sistema Eletrônico de Prevenção de Conflito de
Interesses (SeCI), do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU)
 § 3° O membro do órgão estatutário, empregado ou colaborador que tenha conhecimento de situação
ou circunstância de conflito de interesses deverá comunicá-la por meio dos canais de denúncias
 Art 44 - O exercício de atividades extrabanco é permitido ao empregado, desde que não exista conflito de
interesses e que seja observado o disposto neste Código, e que:
I. Não haja interferência em suas atividades e responsabilidades e seja compatível com seu horário
de trabalho
II. Não acarrete nem possa acarretar dano à reputação ou à imagem do Banco
III. Não sejam divulgadas ou utilizadas informações privilegiadas obtidas em função do desempenho de
suas atividades
IV. Não sejam utilizados os recursos materiais e humanos postos à sua disposição para o desempenho
de suas atividades
CAPÍTULO XIX
DOS PRESENTES, BRINDES E HOSPITALIDADES
 Art 45 - Os funcionários comprometem-se a não exigir, nem pedir, inclusive mediante insinuação, nem
oferecer, nem aceitar qualquer tipo de favor, presente, comissão, vantagem, contribuição, cortesia,
compensação, doação, recompensa, gratificação ou convites pessoais para viagens, hospedagens e
entretenimento para si, para familiares ou para terceiros, para o cumprimento da sua missão ou para
influenciar outro agente público para o mesmo fim
 § 1º Podem ser aceitos ou oferecidos brindes que:
I. Sejam distribuídos de forma generalizada a título de propaganda, promoção institucional,
divulgação habitual ou por ocasião de eventos especiais ou datas comemorativas e que
possuam valor unitário limitado ao fixado pela Comissão de Ética Pública da Presidência da
República, que na data de aprovação deste Código é de R$ 100,00
II. Não possuam valor comercial
 § 2º Independentemente das hipóteses previstas no § 1º, não pode ser aceito brinde distribuído por
uma mesma pessoa, empresa ou entidade a intervalos menores do que 12 meses
 § 3º Se o valor do brinde ultrapassar a R$ 100,00, ele será tratado como presente. Assim, em caso de
impossibilidade de recusa ou de devolução imediatas, aplica-se uma das seguintes providências:
I. Bem de valor histórico, cultural ou artístico - Destiná-lo ao acervo do Banco do Nordeste
para que este lhe dê o destino adequado
II. Doá-lo a entidade de caráter assistencial ou filantrópico reconhecido como de utilidade
pública, desde que (em caso de bem não perecível), se comprometa a aplicar o bem ou o
produto da sua alienação em suas atividades fim
III. Tratando-se de recebimento de presentes de autoridades ou missões estrangeiras em
situações protocolares, em que houver reciprocidade, determinar a incorporação ao
patrimônio do Banco do Nordeste
 § 4º Somente é permitido receber valor monetário, presente ou brinde acima do limite estabelecido
nas seguintes situações:
I. Quando procedentes de programas ou iniciativas de reconhecimento interno do Banco
II. Quando oriundos de campanhas promocionais da Capef ou da Camed destinadas aos
participantes e beneficiários
III. Quando se configurarem como prêmio concedido em razão de concurso de acesso público
a trabalho de natureza acadêmica, científica, tecnológica ou cultural
IV. Em razão de laços de amizade ou coleguismo entre empregados ou colaboradores por
ocasião de datas comemorativas ou de confraternização, desde que: a oferta não seja
atrelada à intenção de obter ganhos ou de recompensar alguém, nem caracterize troca de
favores ou benefícios
 Art 46 - Na participação por interesse institucional dos funcionários em congressos, seminários e eventos
similares, a cobertura dos custos caberá ao BNB, sendo vedado o recebimento de qualquer hospitalidade
ou remuneração oferecida por terceiros
Parágrafo único. O administrador, membro do órgão estatutário ou empregado poderá ter inscrição,
passagem, hospedagem e traslados custeados pela organização do evento, desde que não se trate de
benefício exclusivo ao BNB, ou nos casos em que essas despesas forem providas por governo estrangeiro e
suas instituições, por organismos internacionais ou instituições acadêmicas, científicas ou culturais, que
não tenham interesse em decisão ou atos dos participantes do Banco

CAPÍTULO XX
DOS BENS E RECURSOS DO BNB
 Art 47 - Os funcionários devem utilizar o patrimônio e as instalações, bem como os recursos materiais,
técnicos e financeiros do Banco do Nordeste de forma legal, zelosa, sustentável e primordialmente para o
cumprimento das atribuições que atendam aos propósitos institucionais, protegendo-os de danos,
manuseio inadequado, perdas ou extravios
 Art 48 - É vedada a utilização da infraestrutura, instalações, equipamentos, redes de dados, canais de
comunicação, recursos humanos, materiais e de tecnologia da informação (correio eletrônico, internet,
intranet, sistemas, aplicativos etc.) do Banco do Nordeste para atividades ou assuntos político-partidários,
religiosos ou de interesse comercial próprio ou de terceiros

CAPÍTULO XXI
DA SEGURANÇA E TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
 Art 49 - Os administradores e demais membros dos órgãos estatutários, empregados e colaboradores do
Banco do Nordeste comprometem-se a:
I. Proteger a informação de forma a garantir sua integridade, confidencialidade e disponibilidade
II. Preservar a segurança da informação, abstendo-se de tratar de assuntos sigilosos em salas de
conversação, redes sociais e aplicativos com acesso pela internet
III. Resguardar o sigilo das informações relativas a ato ou fato relevantes às quais tenha acesso
privilegiado em razão do cargo, posição ou função
IV. Abster-se de consultar o cadastro, as contas de depósitos e aplicações de empregados ou de
correntistas sem que seja por necessidade do serviço
V. Prestar esclarecimentos fidedignos, quando solicitado, nos prazos estabelecidos
VI. Assegurar que os registros contábeis e as demonstrações financeiras sejam verdadeiros, completos,
precisos, claros e em conformidade com a legislação, os princípios e as normas de contabilidade, e
os controles internos

CAPÍTULO XXII
DA GESTÃO DA ÉTICA E DA INTEGRIDADE
 Art 50 - A gestão da ética no Banco do Nordeste é conduzida pela Comissão de Ética e por sua Secretaria
Executiva
P. único. As normas e os procedimentos que orientam os trabalhos da Comissão de Ética estão
consolidados no seu Regimento Interno
 Art 51 - Dentre as atribuições da Comissão de Ética do Banco do Nordeste, destacam-se:
I. Na dimensão educativa, recomendar, acompanhar e avaliar o desenvolvimento de ações,
objetivando a disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética, bem como a
divulgação e implementação deste Código
II. Apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas, aplicando as
medidas preventivas e punitivas
III. Atuar como instância consultiva e orientativa dos administradores e demais membros dos órgãos
estatutários, empregados, colaboradores e órgãos colegiados do Banco do Nordeste, bem como de
qualquer cidadão, em questões relacionadas a este Código
IV. Dirimir dúvidas atinentes à interpretação deste Código e das normas que versem sobre questões
éticas
V. Supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Administração Federal e comunicar à
Comissão de Ética Pública (CEP) a ocorrência de fatos que possam configurar descumprimento de
suas normas
VI. Representar o Banco do Nordeste na Rede de Ética do Poder Executivo Federal
 Art 52 - A representação, a denúncia ou qualquer outra demanda deve ser encaminhada por meio dos
canais apresentados no Artigo 61
 § 1º Quando o autor da demanda não se identificar, a Comissão de Ética poderá acolher os fatos
narrados para fins de instauração, de ofício, de procedimento investigatório, desde que contenha
indícios suficientes da ocorrência da infração ou, em caso contrário, determinar o arquivamento
sumário
 2º Compete à Comissão de Ética analisar as ocorrências de descumprimento deste Código no que
concerne à dimensão da ética e decidir pela abertura do respectivo processo de apuração ou pelo
encaminhamento da demanda às áreas internas competentes, no caso de tema ou infração de outra
natureza
 § 3º A Comissão de Ética fica obrigada a preservar o sigilo de quaisquer informações a que tenha
acesso
 Art 53 - São princípios fundamentais no trabalho desenvolvido pelos membros da Comissão de Ética:
I. Preservar a honra e a imagem da pessoa investigada
II. Proteger a identidade do denunciante
III. Atuar de forma independente e imparcial

 Art 54 - A Comissão de Ética do Banco do Nordeste é composta por 3 membros titulares, com respectivos
suplentes, todos escolhidos entre os empregados do quadro permanente e em atividade no Banco
 § 1° Dois membros titulares e dois suplentes são designados pelo Presidente do BNB
 § 2° Um membro titular e um suplente são escolhidos pelos empregados do Banco do Nordeste,
respectivamente o primeiro e o segundo mais votados em eleição direta conduzida pelo Banco e
realizada a cada 3 anos
 § 3° Compete ao Presidente do Banco do Nordeste designar, dentre os componentes, o presidente da
Comissão
 § 4° O mandato dos membros da Comissão é de 3 anos, não coincidentes, permitida apenas uma
recondução
 § 5° Os membros da Comissão não são remunerados pelo exercício de suas atividades na Comissão e
os trabalhos por eles desenvolvidos são prioritários e devem ser consignados no registro do
empregado
 § 6º A consignação no registro do empregado pode ocorrer também para o Secretário-Executivo da
Comissão de Ética e para aquelas pessoas que tenham prestado relevante serviço à Comissão
 § 7º A infração de natureza ética cometida por membro da Comissão de Ética será apurada pela
Comissão de Ética Pública da Presidência da República
 Art 55 - O funcionamento da Comissão de Ética é estabelecido em Regimento Interno aprovado pela
própria Comissão
 Art 56 - As orientações e diretrizes para estruturação, efetivação e melhoria contínua do Programa de
Integridade são apresentadas na Política de Integridade e Ética do Banco do Nordeste
Parágrafo único. O Programa de Integridade do Banco do Nordeste consiste no conjunto de mecanismos e
procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidade e na aplicação
efetiva deste Código, das normas de conduta e das políticas e diretrizes institucionais, com o objetivo de
detectar e sanar desvios, fraudes, irregularidades e atos ilícitos praticados contra a administração pública,
nacional ou estrangeira
 Art 57 - A gestão da integridade no Banco do Nordeste ocorre de forma distribuída e envolve a
coordenação e a utilização de mecanismos e procedimentos por diversas áreas da Instituição (Diretoria,
Auditoria, Gestão de riscos, Contabilidade, Ouvidoria, etc)
Parágrafo único. O Comitê de Integridade e Ética é a instância colegiada responsável pela coordenação das
ações da Política de Integridade e Ética do Banco do Nordeste

CAPÍTULO XXIII
DAS DENÚNCIAS
 Art 58 - Qualquer pessoa pode apresentar denúncia relativa a comportamentos que infringem o
estabelecido neste Código, que sejam praticados pelos administradores ou demais membros dos órgãos
estatutários, empregados ou colaboradores do Banco do Nordeste
 § 1º O Banco do Nordeste disponibiliza canais que possibilitam o recebimento de denúncias internas e
externas
 § 2º A Política de Proteção ao Denunciante é parte integrante do Código de Conduta Ética e de
Integridade do Banco do Nordeste.
 Art 59 - A denúncia deverá conter:
I. Identificação opcional do denunciante
II. Identificação do denunciado
III. Descrição detalhada dos fatos
IV. Toda prova documental e/ou indicação dos meios de prova de que pretende o denunciante se valer
para provar o alegado ou indicação de onde podem ser encontrados

 Art 60 - O Banco do Nordeste compromete-se a garantir o anonimato, devendo os canais de recebimento


de denúncias não exigirem identificação do denunciante quando este assim o desejar

CAPÍTULO XXIV
DOS CANAIS DE DENÚNCIA
 Art 61 - Os canais de denúncia do Banco do Nordeste são:
I. E-mail: comissaodeetica@bnb.gov.br ou ouvidoria@bnb.gov.br
II. Telefone: Ouvidoria 0800 033 3033
III. Carta: Comissão de Ética - Av. Doutor Silas Munguba, 5.700 – Bloco B2 Praça – Passaré – Fortaleza –
CE – CEP: 60.743-902
IV. Presencial na sala da Comissão de Ética, mediante agendamento com a Secretaria Executiva da
Comissão
CAPÍTULO XXV
DAS SANÇÕES
 Art 62 - O descumprimento ao disposto neste Código no tocante aos aspectos éticos ocasionará a aplicação
da penalidade de Censura Ética, após o devido Processo de Apuração Ética (PAE), assegurando-se o
contraditório e a ampla defesa, sem prejuízo de outras providências a cargo da Comissão de Ética,
cumulativamente ou não, tais como:
I. Recomendação de dispensa de função de confiança
II. Recomendação de rescisão do contrato de trabalho
III. Outras medidas necessárias para evitar ou sanar desvios éticos, lavrando, se for o caso, o Acordo
de Conduta Pessoal e Profissional – ACPP
 § 1º Da aplicação da censura decorrem as seguintes consequências, além de outras que venham a ser
criadas por normativos internos:
I. Não recebimento de promoção por mérito no processo em curso ou subsequente à decisão da
Comissão de Ética
II. Comunicação à Comissão de Ética Pública (CEP), com o nome do empregado censurado, para
registro em seu banco de dados, para fins de consulta pelos órgãos ou entidades da
administração pública federal em casos de nomeação para cargo em comissão ou de alta
relevância pública
III. Consignação da penalidade no registro funcional, pelo prazo de 3 anos, após o qual deverá ser
retirado, caso não tenha praticado nova infração ética
 § 2º A Comissão de Ética do Banco do Nordeste dará publicidade das decisões que resultar em sansão,
em recomendação ou em ACPP, de forma resumida, com omissão dos nomes dos envolvidos
 § 3° A Comissão de Ética do Banco do Nordeste manterá banco de dados com as sanções aplicadas nos
últimos 3 anos, que deverá ser consultado para fins de nomeação para o exercício de função de
confiança
 § 4º A penalidade de Censura Ética será aplicada independentemente de outras sanções
 Art 63 - No caso dos membros da Comissão de Ética do Banco do Nordeste, Secretaria da Comissão de Ética
e da Alta Administração (presidente e diretores), a competência para apuração e aplicação de sanções
éticas é da Comissão de Ética Pública (CEP)
 Art 64 - No caso dos colaboradores sujeitos às normas deste código, que não sejam empregados do Banco
do Nordeste, compete à Comissão de Ética do Banco do Nordeste, proceder à devida apuração dos fatos,
sem aplicação de penalidade, com o envio do resultado ao Presidente do BNB, para as providências cabíveis
 Art 65 - Pela infringência às disposições legais, normas e regulamentos do Banco, e após conclusão de
procedimento disciplinar, o empregado, de acordo com a natureza e a gravidade, poderá sofrer punições
disciplinares, sem prejuízo, quando for o caso, da aplicação de responsabilização pecuniária
 Art 66 - As punições disciplinares são:
I. Repreensão
II. Advertência
III. Suspensão: compulsório afastamento de empregado do exercício de suas atividades por até 30 dias
IV. Despedida por justa causa: aplicada quando do cometimento de infração prevista na legislação
vigente como justa causa para rescisão do contrato de trabalho
Parágrafo único. A aplicação de punição disciplinar não exclui a possibilidade de, a critério do Banco, serem
adotadas as medidas judiciais cabíveis para que o empregado repare os danos e prejuízos causados

CAPÍTULO XXVI
DAS DÚVIDAS E PEDIDOS DE INFORMAÇÃO
 Art 67 - Em caso de dúvida quanto à aplicação deste Código ou sobre supostas infrações ao seu conteúdo,
consultar a Comissão de Ética do Banco do Nordeste por meio dos canais apresentados no Artigo 61, ou
ainda, por meio dos representantes locais da Comissão nas Superintendências Estaduais

Este código deverá ser revisado a cada 3 anos


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