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Título:

PRONTUÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA


© 2012, EDILIVRO EDITORES, S.A.

Autor:
Hermenegildo Seca

Editor:
EDILIVRO - EDITORES E LIVREIROS, S.A.
Edifício Damer Gráficas, Sector Talatona CS8 - GU15
Município da Samba - Luanda

Impressão e acabamentos:
Damer Gráficas, S. A. - Luanda , A ngola

© 2012 Edilivro

Luanda , 2012 - 1.ª Edição


Registado na Biblioteca Nacional de A ngola sob o n.º 5885/12
Índice

Apresentação 9
1. As regras da acentuação 11
1.1 Acentuação tónica 11
1.2 Acentuação gráfica 12
1.2.1 Acentuação das palavras oxítonas ou agudas 14
1.2.2 Acentuação das palavras paroxítonas ou graves 15
1.2.3 Acentuação das palavras proparoxítonas ou esdrúxulas 15
1.2.4 Acentuação dos hiatos 16
1.3 Síntese 17

2. O fenómeno da crase 19
2.1 Emprego obrigatório da crase 20
2.2 Emprego proibido da crase 21
2.3 Síntese 23

3. A classe dos verbos 25


3.1 Conjugações 25
3.2 Tipologias verbais 28
3.3 Valor aspectual das formas verbais 29
3.4 C
 oncordância verbo-nominal em frases com indeterminação
do sujeito 29
3.5 Verbos derivados de pôr, ter, ver e vir 30
3.6 Características dos modos mais abrangentes 32
3.6.1 Modo indicativo 32
3.6.2 Modo conjuntivo 35
3.6.3 Modo imperativo 37
3.7 Síntese 39

4. Pronominalização 41
4.1 Pronominalização do complemento directo 41
4.2 Pronominalização do complemento indirecto 43
4.3 Pronominalização de ambos os complementos 43
4.4 R
 egras das posições dos pronomes pessoais de complemento 44
4.4.1 Para a posição enclítica (ou pós-verbal) 45
4.4.2 Para a posição mesoclítica (ou interverbal) 45
4.4.3 Para a posição proclítica (ou pré-verbal) 46
4.5 Síntese 49
5. As especificidades da translineação 53
5.1 Elementos inseparáveis 53
5.2 Elementos separáveis 54
5.3 Duas indicações adicionais 55
5.4 Síntese 56

6. A selecção e o enquadramento dos pronomes relativos 59


6.1 Uso dos pronomes relativos sem preposições 59
6.2 Emprego dos pronomes relativos com preposições 61
6.3 Síntese 63

7. A vírgula – um sinal de pontuação problemático 65


7.1 Uso recomendado 65
7.2 Uso proibido 68
7.3 Uso facultativo 69
7.4 Síntese 70

8. A fechar… dos desvios comuns ao uso regrado 73


8.1 Alguns casos de confusão na escrita 73
8.1.1 Mal / Mau 73
8.1.2 Porque / Por que / Porquê 74
8.1.3 Vêm / Vêem 75
8.1.4 Há / A 75
8.1.5 Ó / Oh 75
8.1.6 Afim / A fim (de) 76
8.1.7 Mas / Mais 76
8.1.8 Acerca de / A cerca de/ Há cerca de 76
8.1.9 Poder / Puder 77
8.1.10 Demais / De mais 77
8.1.11 Pára / Para 78
8.1.12 Ama-se / Amasse 78
8.2 Aspectos sintáctico-semânticos peculiares 79
8.2.1 Para mim / Para eu 79
8.2.2 De o Ngunza / Do Ngunza 79
8.2.3 De encontro a / Ao encontro de 79
8.2.4 Emprestar / Pedir emprestado 80
8.2.5 Ter / Haver 80
8.2.6 Parecido / Aparecido 80
8.2.7 Através de/Por causa de 80
8.2.8 Na medida em que / À medida que 81
8.3 Expressões redundantes 81
8.3.1 Exéquias fúnebres 81
8.3.2 Elo de ligação 81
8.3.3 Erário público 81
8.3.4 Mas no entanto, Mas contudo ou Mas em contrapartida 82
8.3.5 Pequeno(s) detalhe(s) ou pequeno(s) pormenor(es) 82
8.3.6 Há anos atrás 82
8.4 E
 struturas frásicas com influência das línguas africanas 83
8.4.1 Eu nasci este menino há três anos. 83
8.4.2 Comeram o teu pão na Cátia. 83
8.5 Síntese 84

APÊNDICE 87
A. Verbos preposicionados 88
B. Nomes, adjectivos e advérbios preposicionados 106
C. Siglas e acrónimos 108
D. Topónimos e gentílicos 118
D1. Topónimos e gentílicos de Angola 119
D2. Topónimos e gentílicos lusófonos 122
D3. Topónimos e gentílicos do resto do mundo 126
E. Antropónimos mais comuns 142
F. Radicais gregos e latinos 152
F1. Radicais gregos iniciais 153
F2. Radicais gregos finais 155
F3. Radicais latinos iniciais 156
F4. Radicais latinos finais 157

Bibliografia 158
Apresentação

Este prontuário foi elaborado com o objectivo de atender às neces-


sidades básicas dos usuários da língua portuguesa em situações for-
mais, sobretudo na produção de textos cuja observação das regras da
norma padrão é requerida.
Nos seus sete capítulos, ele apresenta, numa linguagem simples,
mas sem descurar o emprego de alguma terminologia científica, as
regras fundamentais relacionadas com a acentuação, a crase, os ver-
bos, a pronominalização pessoal e relativa, a translineação, a vírgula
e outros temas igualmente relevantes.
Constam do seu apêndice, como elementos de destaque, aspec-
tos não só referentes à regência das palavras com preposições, mas
também ligados à antroponímia e à toponímia quer lusófona quer
internacional.
É nosso desejo tê-lo por leitor e consulente assíduo deste livro.

O autor
11

1.
AS REGRAS
DA ACENTUAÇÃO

Para acentuarmos correctamente as palavras no nosso idioma, é neces-


sário diferenciarmos dois tipos de acentuação – a tónica1 e a gráfica2 .

1.1 Acentuação tónica

A primeira entra em cena sempre que pronunciamos com mais inten-


sidade uma sílaba de determinado vocábulo. A sílaba cujo acento é mais
intenso chama-se tónica, enquanto as demais são denominadas sílabas
átonas, pela simples razão de serem produzidas com menor intensidade.
Existe um procedimento muito eficaz para identificarmos a sílaba tónica:
imaginando que a palavra seja o nome de alguém que está distante de nós,
chamemos essa pessoa em voz alta; a sílaba tónica será aquela que mais
se destacar na pronúncia.
Vejamos alguns exemplos, evidenciando a sílaba tónica a negrito:

alimentação, hospitalidade, síndroma,


alfaiate, propedêutico, individual

Dependendo da posição da sílaba tónica na palavra, esta poderá ser clas-


sificada de três formas.

 o grego tonikós, referindo-se à tensão ou intensidade de algo, neste caso, o som ou pronúncia
(1) D
de uma palavra. (Houaiss, versão electrónica, 2009). As referências à etimologia dos vocábulos
foram feitas com base neste dicionário.
 ambém de origem grega – graphikós – relacionado com a escrita.
(2) T
1. As regras da acentuação

12

São estas as seguintes:

• Oxítonas (do grego oksútonos, de som agudo) – são assim classificadas as


palavras cuja sílaba tónica é a última3:

acrescentar, raiz, morder, material

• Paroxítonas [da junção do prefixo grego pará (ao lado de) + oksútonos,
isto é, junto a algo de som agudo] – pertencem a este grupo, que é o mais
representativo na língua portuguesa, os vocábulos com o acento tónico na
penúltima sílaba:

sabedoria, para, altura, conteúdo

• Proparoxítonas [do prefixo latino pro (diante de) + para + oksútonos, sig-
nificando o que está diante do que aparece ao lado de algo de som agudo]
– tal classificação aplica-se às palavras cujo acento tónico recai sobre a
antepenúltima sílaba:

antropófago, África, pêssego, trânsito

Existem, no entanto, nomes mais simples para esta classificação:


agudas para as primeiras, graves para as intermédias e esdrúxulas para
as últimas.

1.2 Acentuação gráfica

Dissemos no início que existem duas acentuações. É hora de falarmos


sobre a acentuação gráfica. Esta tem que ver com o uso dos acentos gráficos
inseridos sobre as vogais de diversos vocábulos quando escrevemos.

(3) A contagem das sílabas tónicas deve ser feita a partir do fim, ou seja, da direita para a esquerda.
Ademais, em português, o acento tónico recairá somente numa das três últimas sílabas.
13

São três os acentos gráficos usados em português – o agudo (´), o grave (`)
e o circunflexo (^).4

• O acento agudo é o mais utilizado dos três. Este acento indica o timbre
aberto das vogais a, e e o: hábito, colégio, bombó.
Também se usa sobre o e tónico de algumas pessoas dos verbos irregu-
lares da 2.ª conjugação no pretérito mais-que-perfeito do indicativo e no
pretérito imperfeito do conjuntivo (soubéramos e soubéssemos, respec-
tivamente).
Além disso, é usado nas formas verbais da 1.ª conjugação da 1.ª pessoa
do plural do pretérito perfeito, distinguindo-a assim do presente, ambos
do modo indicativo:
Ontem almoçámos funje de carne seca. Versus: Hoje almoçamos funje de
carne seca.

• O acento grave é usado de forma rara, especificamente nas contracções


da preposição a com artigos ou pronomes/determinantes demonstrativos
na 3.ª pessoa, como podemos observar no seguinte trio de frases:
A Luzolo foi à biblioteca. (preposição + artigo)
A pasta do Tchinguri é semelhante àquela. (preposição + pronome
demonstrativo)
Já telefonaste àquele senhor? (preposição + determinante
demonstrativo).

• O acento circunflexo costuma ser empregado com o intuito de assinalar o


timbre fechado das vogais a,e e o.
Também é utilizado sobre o e tónico de certas pessoas dos verbos regu-
lares da 2.ª conjugação no pretérito mais-que-perfeito do indicativo e no
pretérito imperfeito do conjuntivo (comêramos e comêssemos, respecti-
vamente).
Por fim, permite diferenciar certas palavras homógrafas: ânimo, avô
(por oposição a animo e avó ou avo, respectivamente), têm e vêm
(diferenciando do singular tem e vem, respectivamente), pôr5 (distin-
guindo o verbo da preposição por), pêlo (em oposição à contracção

(4) Uma palavra só pode ter um acento gráfico, o qual – à excepção do acento grave (`) – será inse-
rido sobre a vogal pertencente à sílaba tónica; tal significa que o til não é um acento tónico (como
podemos observar na palavra a seguir – órgão –, o acento tónico recai sobre a penúltima sílaba),
mas sim um sinal cuja função é distinguir uma vogal nasal.
(5) Tenhamos em linha de conta o seguinte: só o verbo derivante é que deve ser acentuado; quanto
aos derivados (dispor, supor, compor, etc.), têm de ser escritos sem acento.
1. As regras da acentuação

14

pelo), pôde (a fim de contrastar com o presente pode), fôrma, nome


concreto (para diferençar da forma verbal e do nome abstracto forma),
dêmos, que é conjuntivo (em contraponto com demos, que é indicativo)
– e assim por diante.

Após esta breve explicação, estamos em condições de apresentar as


regras de acentuação gráfica das palavras oxítonas, paroxítonas e propa-
roxítonas6 .

1.2.1 Acentuação das palavras oxítonas ou agudas

Regra n.º 1
Acentuam-se os vocábulos terminados nas vogais a, e e o:
marajá, aguapé, rococó.

Regra n.º 2
As palavras terminadas nas restantes vogais (i e u) não devem ser acen-
tuadas: somali, caju.
Excepcões: aí (para diferir da interjeição ai, que, ao contrário da pri-
meira, constitui um ditongo), baú (evidenciando claramente a ausência
de ditongo).

Regra n.º 3
Devem acentuar-se as palavras não monossilábicas terminadas em em
ou ens: refém, convém, armazém, parabéns, susténs, conténs.

Regra n.º 4
Caso os vocábulos terminem nas consoantes l, r e z, eles dispensam o
acento: Raul, trabalhador, arroz.

Regra n.º 5
O plural das palavras terminadas em el e ol exige o emprego do acento:
anéis, lençóis.

Regra n.º 6
Também se acentuam alguns vocábulos terminados no ditongo oi:
herói, destrói.
(6) A s regras que apresentaremos têm como base o Acordo Ortográfico de 1945 e as suas alterações
efectuadas em 1973, visto que o nosso país continua a fazer uso dele, não ratificando – até agora
– o Acordo Ortográfico de 1990. Ambos estão disponíveis na Internet.
15

1.2.2 Acentuação das palavras paroxítonas ou graves

Regra n.º 1
Todas as palavras graves terminadas numa das consoantes entre parên-
teses (l, n, r e x) requerem acento:
responsável, Éden, esfíncter, fénix.

Regra n.º 2
No caso de os vocábulos graves terminarem nas vogais i e u (sucedidas
ou não por s), é obrigatório o uso do acento:
híndi, lápis, húmus, vírus.

Regra n.º 3
As palavras também devem acentuar-se quando terminam em ão, ã, um,
[e]em e ps:
zângão, órfã, fórum, vêem, fórceps.

Regra n.º 4
A vogal tónica das palavras com encontros vocálicos que não formam
ditongo exige acento:
alaúde, tocoísta, miúdo, Isaías.

Regra n.º 5
As palavras que terminam em ditongo crescente são acentuadas:
área, aéreo, pátria, espécie, precipício, mágoa, espádua, ténue, conspícuo.

Regra n.º 6
A vogal tónica de certos homógrafos com acento na penúltima sílaba
também é acentuada (ver acento circunflexo e acento agudo).

1.2.3 Acentuação das palavras proparoxítonas ou esdrúxulas

Estas palavras são mais fáceis de acentuar, pois obedecem a uma só


regra – todas as palavras esdrúxulas são acentuadas:

ácido, Éolo, antiquíssimo, cómico, antepenúltimo, âncora, êxito, cômputo


1. As regras da acentuação

16

1.2.4 Acentuação dos hiatos

Regra n.º 1
É acentuada, regra geral, a vogal tónica (quando representada pelas
letras i e u) sucedida ou não por s:
caído, Huíla, heroísmo, amiúde, Eliú.

Regra n.º 2
Não deve acentuar-se a vogal tónica (representada pelas mesmas letras)
sucedida por l, m, n, r, z, ou outra consoante que não seja s, com a qual
formam sílaba:
Saul, ruim, instruindo, subtrair (mas: subtraíres), juiz (mas: juízo).
17

1.3 Síntese

Tipologia de
Acentuadas Não acentuadas Excepções
palavras

Oxítonas Com as terminações: Com as terminações: mas (= porém), aí, iú


ou agudas a(s), e(s), o(s), em(ens); i(s), u(s), l, r, z
(acento tónico não monossilábicas:
na última eis e oi(s).
sílaba)

Com as terminações: Os restantes casos. rainha, poeta, boato,


Paroxítonas
l, n, r, x, i(s), u(s), caindo, Coimbra…
ou graves
ão(s), ã(s), um(uns),
(acento tónico
[e]em, ps e ditongo
na última
crescente.
sílaba)
Vogal tónica de hiato.

Proparoxítonas Todas
ou esdrúxulas
(acento tónico
na última
sílaba)

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
Fiz o curso de Química Indústrial. Fiz o curso de Química Industrial.
>
O nosso infiél colega foi demitido. O nosso infiel colega foi demitido.
>
O Raúl e a Claúdia casaram ontem. O Raul e a Cláudia casaram ontem.
>
Aquela é uma fabrica de tijolos. Aquela é uma fábrica de tijolos.
>
As minhas amigas fizeram algo incrivél! As minhas amigas fizeram algo incrível!
>
Talvéz os pais viajem este mês. Talvez os pais viajem este mês.
>
Jantamos fora no domingo passado. Jantámos fora no domingo passado.
>
Se fizêssemos a tarefa, aprenderíamos mais. Se fizéssemos a tarefa, aprenderíamos mais.
19

2.
O FENÓMENO
DA CRASE

O fenómeno a que se chama crase7 será abordado aqui como a contracção


de dois aa, desempenhando o primeiro a função de preposição e o último a
de artigo definido feminino ou parte de um pronome/determinante demons-
trativo na 3.ª pessoa do mesmo género.
Na escrita, a ocorrência da crase é evidenciada pelo acento grave sobre o
a (à). Este fenómeno é também denominado «a contraído» ou contracção.

Vejamos três exemplos, destacando a crase a negrito.

A Zita ofereceu um prontuário à Ynari.


(preposição + artigo)

A mochila do Janeiro é igual àquela.


(preposição + pronome)

Alguém pediu folhas àquelas secretárias.


(preposição + determinante)

A preposição é exigida por um dos elementos (o predicador) do contexto


frásico. Esses elementos podem ser verbos (oferecer e pedir na 1.ª e 3.ª
frases), adjectivos (igual na frase intermédia) ou outros elementos.

(7) P roveniente do termo grego krâsis, remetendo-nos para o acto de misturar ou fundir algo,
especialmente os sons.
2. O fenómeno da crase

20

Um procedimento interessante que pode facilitar o emprego consciente


e correcto da crase é o seguinte: se, ao substituir o nome feminino antes do
a susceptível de ser acentuado por um masculino, surgir a contracção ao
antes do nome masculino, pode concluir-se que o a que antecede o nome
feminino é acentuado; caso surja o ou a, exclui-se a hipótese de crase.

(1) A Zefa deu um beijo ao Makiadi. O Joaquinito acordou o Xima.

Logo,

(1’) A Zefa deu um beijo à Ynari. O Joaquinito acordou a Ndomba.

Passemos agora às regras do uso da crase.

2.1 Emprego obrigatório da crase

A crase deve ser empregada nos contextos mencionados a seguir:

• Em expressões horárias, referindo-se a uma hora concreta:

Ela esteve aqui às onze da manhã.

• Em determinadas locuções introduzidas por a (à frente de, às ocultas, às


escuras, à excepção de, à volta de, à procura de, etc.):

Os casais de namorados sentavam-se sempre à frente dos amigos.

• Antes de nomes masculinos, adquirindo o significado de à maneira de ou


à moda de:

O Nvunda corta o cabelo à Manu Dibango.

• Com pronomes/determinantes demonstrativos de 3.ª pessoa (aquele,


aquela, aqueles, aquelas, aquilo):

Prestemos atenção àqueles meliantes.


Quanto àquilo que me pediste, só consegui comprá-lo hoje.
21

• Antes de pronomes/determinantes possessivos femininos:

Diga à sua irmã que o livro será lançado este mês.

• Antes de numerais cardinais e ordinais femininos:

As carteiras novas foram doadas às quatro escolas do Cazenga.


O artigo referiu-se à terceira parte da Semana Social.

• Antes de dias da semana femininos que obrigam ao emprego do artigo


definido:

Às quartas-feiras, de manhã, faço exercícios com os meus filhos.


(mas: O programa passa de segunda a sexta-feira, pois não há artigo.)

• Antes de nomes de lugares que admitem artigo definido feminino (Gabela,


Rua dos Enganos, Catumbela, etc.):

A minha voltou à Gabela após a consulta.

2.2 Emprego proibido da crase

A crase não ocorre nos casos em que a preposição é acompanhada de um


dos seguintes elementos:

• artigos indefinidos:

Ainda estás na rua a uma hora destas?!

• pronomes pessoais:

Levaremos a si a encomenda em breve.

• pronomes/determinantes demonstrativos pertencentes à 1.ª e 2.ª pes-


soas (este, esta, estes estas, esse, essa, esses, essas, isto, isso):

Trouxe a minha esposa a esta galeria na semana passada.


Dá três dicionários a essas estudantes.
Tenho algo a dizer em relação a isso.
2. O fenómeno da crase

22

• topónimos neutros, isto é, nomes de lugares que não requerem artigo


(Saurimo, Benguela, Talatona, etc.)8:

Os palestrantes chegaram a Saurimo pontualmente.

• pronomes/determinantes indefinidos:

Agradecemos a todos pela ajuda.

• numerais cardinais masculinos, incluindo grandezas físicas e datas:

Serão exibidos filmes africanos laureados de 18 a 25 de Maio.


Há uma passadeira a 50 m.

• dias referentes ao fim-de-semana:

De sábado a domingo, anda-se bem de carro na capital de Angola.

• meses:

A estação seca no nosso país decorre de Junho a Agosto.

• expressões construídas com base em palavras duplicadas (passo a passo,


frente a frente, ombro a ombro, porta a porta, lado a lado, geração a gera-
ção, etc.):

Os valores morais devem ser transmitidos de geração a geração.

• nomes de entidades conhecidas pelo público (políticos, artistas, etc.) e de


personagens de obras literárias:

Michel Laban fez perguntas interessantes a Mário de Andrade.


Kondi legou o lukano a Lueji.

 uando isso acontece, devemos proceder à reformulação da frase com as expressões estar em
(8) Q
e/ou vir de. A crase só terá lugar caso ambas as expressões se transformem, respectivamente,
em estar na e vir da. Demonstrando: Estar na Samba. Vir da Samba. Então: Eles chegaram à
Samba. No entanto: Estar em Cabinda. Vir de Cabinda. Logo: Elas chegaram a Cabinda. Todavia,
quando usamos um qualificador para o topónimo neutro, temos de usar a crase: A avó Ximinha
fez uma visita à Luanda antiga .
23

2.3 Síntese

Emprego obrigatório da crase Emprego proibido da crase

Em expressões horárias, referindo-se a Antes de artigos indefinidos e pronomes


uma hora concreta. pessoais.

Em determinadas locuções introduzidas Antes de nomes de entidades conheci-


por a. das pelo público (políticos, artistas, etc.),
incluindo as expressões Sua Excelência,
Vossa Majestade, e de personagens de
obras literárias.

Antes de nomes masculinos, adquirindo Antes de expressões construídas com


o significado de à maneira de ou à moda base em palavras duplicadas.
de.

Antes de pronomes/determinantes de-


Com pronomes/determinantes demons-
monstrativos não pertencentes à 3.ª pes-
trativos de 3.ª pessoa.
soa.

Antes de pronomes/determinantes pos- Antes de pronomes/determinantes in-


sessivos femininos. definidos.

Antes de numerais cardinais e ordinais Antes de numerais cardinais masculi-


femininos. nos, inclusive grandezas físicas e datas.

Antes de dias da semana femininos que Antes de dias referentes ao fim-de-


obrigam ao emprego do artigo definido. -semana e meses.

Antes de nomes de lugares que admi- Antes de topónimos neutros, isto é, no-
tem artigo definido feminino. mes de lugares que não pedem artigo.
2. O fenómeno da crase

24

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
Desejamos à todos boas férias. Desejamos a todos boas férias.
>
Este será um ano de combate a pobreza. Este será um ano de combate à pobreza.
>
De segunda à sexta-feira, há muito conges- De segunda a sexta-feira, há muito conges-
tionamento em Luanda. tionamento em Luanda.
>
É proibida a paragem à veículos pesados. É proibida a paragem a veículos pesados.
>
O seminário realiza-se de 12 à 17 de Abril O seminário realiza-se de 12 a 17 de Abril
de 2014. de 2014.
>
Há um desvio à 100 m. Há um desvio a 100 m.
>
Peço à Vossa Excelência autorização para Peço a Vossa Excelência autorização para
viajar. viajar.
>
Agradeço à Deus pelo dom da vida. Agradeço a Deus pelo dom da vida.
>
Chegámos à Caxito há um ano. Chegámos a Caxito há um ano.
>
Já fiz o plano de aulas referente aos meses Já fiz o plano de aulas referente aos meses
de Junho à Setembro. de Junho a Setembro.
25

3.
A CLASSE
DOS VERBOS

Os verbos são as palavras mais variáveis de uma língua, porque flexionam


de diversas maneiras – em modo, tempo, pessoa, número e aspecto.
Vamos fazer uma abordagem sucinta de algumas generalidades ligadas
a esta classe de palavras.

3.1 Conjugações

Os verbos em português estão agrupados nas seguintes conjugações:

• A 1.ª conjugação abarca todos os verbos terminados em AR:

estudar, arrumar, limpar, perdoar

• A 2.ª conjugação é composta pelos verbos terminados em ER e OR 9:

escrever, ler, comer, pôr

• A 3.ª conjugação – a última – da qual constam os verbos terminados em


IR:

aplaudir, sentir, cumprir, atrair

(9) E stes são o verbo pôr e os seus derivados (supor, compor, apor, dispor, repor, etc.). Isso acontece
por razões etimológicas: o nosso pôr nasceu do vocábulo latino ponere, tendo tido primeiro a
forma poer, atestada, por exemplo, nas obras de Gil Vicente, passando à forma actual algum
tempo depois. Notamos, portanto, a terminação ER no latim e no português antigo.
3. A classe dos verbos

26

Ademais, os verbos podem aparecer na conjugação pronominal (simples,


reflexa e recíproca) e perifrástica.

• Conjugação pronominal simples


Esta tem a ver com o emprego do verbo ligado a um pronome pessoal,
o qual desempenha a função de complemento (directo ou indirecto) na
frase:

chamá-lo, dizer-lhe, cobri-la

• Conjugação pronominal reflexa


A conjugação reflexa é usada para exprimir a ideia de que a acção repre-
sentada pelo verbo é simultaneamente praticada e sofrida pelo sujeito:

queixar-se, ver-se, lavar-se

• Conjugação pronominal recíproca


Caso a acção expressa pelo verbo requeira a presença simultânea de dois
indivíduos, estamos perante a conjugação recíproca:

Eles beijaram-se.

Eu e ela abraçámo-nos.

A Ngongita e a Ngeve cumprimentam-se sempre.

As crianças ajudam-se frequentemente.

A reciprocidade pressupõe, pois, a presença de mais do que um elemento,


pelo que não é possível o número singular.
27

• Conjugação perifrástica
A conjugação perifrástica ocorre quando fazemos uso de pelo menos dois
verbos, sendo o primeiro auxiliar, sempre conjugado, e o segundo princi-
pal, no infinitivo (não raro precedido de preposição) ou no gerúndio (não
preposicionado).
Dependendo da natureza do verbo auxiliar, este tipo de conjugação pode
transmitir ideias diferentes:

1. Modo
Geralmente transmitido pelos auxiliares poder, dever e ter de, seguidos
do verbo principal no modo infinitivo:

O João tem de estudar.

2. Aspecto
Pode ser transmitido por um conjunto mais alargado de verbos auxilia-
res, tais como estar a, andar a, começar a, ficar de, acabar de, deixar de,
permanecer, formando com o verbo principal um complexo verbal com
valor aspectual:

O João está a estudar.

3. Tempo
Os auxiliares ter e haver ligam-se à forma participial do verbo principal
para formar um tempo composto:

O João tem estudado para o teste.

Por sua vez, os verbos ir e haver de formam com o verbo principal (no
infinitivo) um complexo verbal com valor de futuro:

O João vai estudar para o teste.


3. A classe dos verbos

28

3.2 Tipologias verbais

Os verbos regulares são aqueles que obedecem estritamente às regras


de conjugação:
(1) quer quanto à conservação do radical;
(2) quer quanto ao modelo de conjugação.

Por exemplo, o verbo estar mantém o radical (est) em toda a sua conjuga-
ção; logo, é um verbo regular quanto ao primeiro aspecto.

O mesmo verbo não segue, porém, o padrão de conjugação dos verbos da


1.ª conjugação no presente do indicativo, só para citar um caso: estou (por
oposição a ando, compro, etc.).
Este verbo pertence, pois, ao grupo dos verbos irregulares quanto ao
segundo aspecto, pois se rebelou, por assim dizer, contra um determinado
paradigma de conjugação.
Concluímos, portanto, que um verbo pode ser, em simultâneo, regular e
irregular.

Caso um verbo não seja conjugado em todos os tempos, pessoas ou


afins, pelo facto de ter «defeitos», ele faz parte da família dos verbos
defectivos.
Estes podem ser:

• Impessoais – usados, sobretudo, para referirem fenómenos naturais,


sendo conjugados apenas na 3.ª pessoa do singular:

relampejar, chover, haver (com o sentido de existir)

• Unipessoais – relacionados com as vozes dos animais e conjugados


somente na 3.ª pessoa de ambos os números10:

cacarejar, miar, zumbir

(10) C
 onvém termos em conta que, ao dirigirem-se ao(s) seu(s) animal(is) de estimação– especial-
mente para lhe(s) darem ordens, os seus donos fazem uso das restantes pessoas: Ladrem. Não
urines aqui. Fica quieto…
29

3.3 Valor aspectual das formas verbais

O valor aspectual exprime o modo como uma dada situação é perspec-


tivada, tendo em linha de conta o momento em que o locutor enuncia uma
ideia. É normalmente expresso pelo uso da conjugação perifrástica.
Entre outros, distinguem-se os seguintes aspectos verbais:

1. Aspecto incoativo (do latim inchoativus – inicial), exprimindo o início do


acontecimento:

A jovem Mukambu começou a guerrear contra os estrangeiros.

2. Aspecto iterativo (do verbo iterar, cujo sentido é repetir), referindo-se à


continuidade do facto:

A luz tem-nos sido cortada frequentemente.

3. Aspecto perfectivo (do latim perfectivus – completamente terminado),


expressando o encerramento do evento:

O Palácio de Ferro acaba de ser reconstruído.

3.4 C
 oncordância verbo-nominal em frases com inde-
terminação do sujeito

O verbo concorda quase sempre em número e pessoa com o respectivo


sujeito.

O porco é omnívoro.

Os porcos são omnívoros.

Relativamente às frases com a construção verbo + pronome se + nome,


tem havido muitos estudiosos da sintaxe portuguesa (MIGUEL, 2007) que
defendem que o nome desempenha a função de sujeito, o qual obriga o
verbo a concordar com ele. (Arrenda-se esta casa. /Arrendam-se casas.)
Dito de outro modo, segundo esses investigadores, sempre que o nome
estiver no plural, o verbo sucedido de se tem de estar no plural.
3. A classe dos verbos

30

Ora, um dos conceitos mais conhecidos de sujeito é: o sujeito é aquele


que pratica a acção11. Nas frases descritas, vemos claramente que uma
casa não se pode arrendar a si mesma; apenas um ente racional é capaz de
realizar tal acto. Logo, o nome casa (apresentado em diferentes números)
não é o sujeito de ambas as frases. Então, qual é o sujeito?
Visto que, se determinarmos o sujeito por meio de um nome, o se desapa-
rece, podemos concluir que este pronome – apesar de pertencer ao grupo
dos complementos – é o sujeito destas frases.

A Margarida arrenda casas.

Arrenda-se casas.

Depreendemos assim que a construção verbo no singular + pronome


se + nome no plural (Tira-se fotocópias) é legítima; ao passo que a outra
(Tiram-se fotocópias), embora não siga a regra de concordância sujeito/
/verbo, também é aceite por estar consagrada pelo uso.
Contudo, nos casos em que o verbo for sucedido de preposição, é obriga-
tório que o verbo esteja somente no singular.

Trata-se de problemas que só os familiares podem resolver.

Passa-se por vários mercados no percurso Luanda – Bengo.

3.5 Verbos derivados de pôr, ter, ver e vir

Assim como existem os produtos derivados do petróleo e do leite – só


para citar dois elementos –, há verbos que derivam de outros, dos verbos
derivantes.

Os verbos derivados mais comuns – acompanhados, à esquerda, pelos


verbos que lhes deram origem – são os seguintes:

Pôr – compor, repor, supor, dispor, impor, propor

Ver – rever, prever, antever, entrever


(11) U
 m conceito mais abrangente de sujeito é o seguinte: «termo, ou expressão, sobre o qual recai a
predicação da oração e com o qual o verbo [na maioria das vezes] concorda.» (BAGNO, 2007: 64).
Há, de facto, casos em que o sujeito e o verbo discordam um do outro: Isto são truques./ Tudo
eram desculpas .
Em ambas as frases, o sujeito está no singular, ao passo que o verbo se apresenta no plural.
31

Ter – conter, reter, deter, manter, obter, abster, suster

Vir – convir, intervir, sobrevir

Todos os verbos derivados obedecem à conjugação do verbo derivante.

Demonstrando:

1. A Mila e o Pelé puseram o meu nome na lista.

Eles propuseram a realização de um debate.

(pôr/propor)

2. Todos viram os resultados dos exames.

Os professores reviram as pautas minuciosamente.

(ver/rever)

3. Ela teve um excelente desempenho.

Apesar do perigo, ela manteve a calma.

(ter/manter)

4. A Katumbu veio ontem do Uíje.

O Ndumbu interveio com êxito na palestra.

(vir/intervir)
3. A classe dos verbos

32

3.6 Características dos modos mais abrangentes

São três os principais modos em português: o indicativo, o conjuntivo e o


imperativo12 .

3.6.1 Modo indicativo

O indicativo é o modo empregado com o objectivo de exprimir uma reali-


dade.

Todas as pessoas gostam de música.

Ninguém estava em casa.

Este modo tem cinco tempos:

1. Presente
Refere-se a algo que acontece no momento em que nos expressamos.

Existem alguns verbos cuja conjugação na 1.ª pessoa do plural tem criado
certas dificuldades, sendo frequentemente confundida com a forma do
pretérito perfeito. Vamos falar de três, apresentando a conjugação em
todas as pessoas.

• Fazer: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem

O morfema faz, no início de todas as formas, excepto a primeira, é o ele-


mento identificador do presente deste verbo.

• Saber: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem

Neste verbo, temos o morfema sab.

(12) S egundo a gramática tradicional, existem cinco modos verbais. Assim, para além dos
supracitados, temos: (a) o infinitivo (podendo ser pessoal – expresso pelo verbo não conjugado:
grelhar, acender, curtir – e impessoal – formado pelo acréscimo [excepto na 1.ª e 3.ª pessoas
do singular] das desinências es, mos, des, em); e (b) o condicional (usado para exprimir uma
condição e constituído [à excepção dos verbos dizer, fazer, trazer e afins] por infinitivo + ia, ias,
ia, íamos, íeis, iam . Há uma fórmula para a memorização dos modos verbais: MV = 3I + 2C, ou
seja, Modos Verbais igual a 3 modos com a inicial I – imperativo, indicativo e infinito – mais dois
com a inicial C – condicional e conjuntivo.
33

• Vir: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm

Apesar de esta forma se assemelhar à do verbo ver no passado perfeito,


é ela que deve ser usada para o tempo em análise, ao passo que viemos
nos remete para o passado.

2. Pretérito imperfeito
Alude a um facto não acabado, embora já sucedido, bem como à sua pro-
longação com base no momento da enunciação.

Engomava uma camisa quando cortaram a luz.


(acção incompleta)

Durante a infância, fazíamos carros de lata para brincar.


(acto prolongado)

3. Pretérito perfeito
Expressa a ideia de algo que foi completamente terminado ou que ocor-
reu reiteradamente.
No primeiro caso, estamos em presença do passado simples e no
segundo, do passado composto.
Para a conjugação deste, podemos recorrer a dois verbos auxiliares
(haver e ter), conjugados no presente do indicativo e seguidos do verbo
principal no particípio passado.

Li O Planalto e a Estepe em Janeiro.


(algo terminado)

Temos ido ao Museu de Antropologia todos os meses.


(acção reiterada)
3. A classe dos verbos

34

4. Pretérito mais-que-perfeito
Usa-se com o fim de se reportar a algo que aconteceu antes de outro
evento também passado. Tal como o pretérito perfeito, este tempo tam-
bém tem duas formas: a simples e a composta, sendo a última mais
usada.

Foste à praia domingo, mas lavaras a loiça antes.


(pretérito mais-que-perfeito simples)

Quando vocês chegaram à minha casa, nós já tínhamos arrumado


o nosso quarto.
(pretérito mais-que-perfeito composto)

Uma palavra de alerta: não confundamos o pretérito mais-que-perfeito


simples com o futuro simples, sobretudo nas formas pertencentes às
2.ª e 3.ª pessoas dos verbos regulares. O passado tem como sílaba tónica
a penúltima (escreveras, lera), ao passo que a do futuro é a última sílaba
(escreverás, lerá).

5. Futuro
Exprime uma realidade a acontecer após o momento da enunciação.
Este tempo também pode ser simples ou composto. Ademais, emprega-se
o futuro simples (ou imperfeito) com o objectivo de expressar incerteza.
Quanto ao futuro composto (ou perfeito), é usado para se referir a uma
acção a ser realizada antes de outra também futura.

Faremos dez anos de casados em 2018.


(facto ainda não ocorrido)

Será que o Mawete viajou hoje?


(expressão de dúvida)

O teu filho já terá adormecido quando chegares a casa.


(acção efectuada antes de outra futura)
35

3.6.2 Modo conjuntivo

Para expressar desejo, possibilidade ou incerteza, recorremos ao modo


conjuntivo.

 tua irmã quis que elaborássemos um programa para o seminário


A
de Português.
(desejo)

Talvez todos sejam aprovados no exame de condução.


(possibilidade)

Existem palavras e expressões com as quais o uso do conjuntivo é obriga-


tório. Eis alguns exemplos:

• Expressões do tipo: verbo ser + adjectivo + que – é/era preciso que, é/era
bom que, etc.

É preciso que os pais cumpram as suas promessas.

Era bom que os alunos percebessem estes conteúdos.

• Alguns advérbios de dúvida e interjeições – talvez, oxalá, etc.

Se me perdoares, talvez eu volte para ti.

Oxalá aquele negócio dê certo!

• Certos conectores conjuncionais – embora, caso, se bem que, ainda que,


a fim de que, apesar de que, etc.

Foste assistir ao espectáculo de Waldemar Bastos, embora estivesses


cansada.

Caso chegues primeiro, telefona-me.


3. A classe dos verbos

36

São três os tempos (simples) deste modo13 .

1. Presente
Para a formação deste tempo, devemos, para os verbos da 1.ª conjuga-
ção, trocar a vogal temática a pela vogal e:

Ela quer que eu escute o «Monami», de Lourdes Van-Dunem, com


muita atenção.
(escutar — escute)14 .

Quanto aos verbos das restantes conjugações, temos de substituir as


vogais temáticas e e i pela vogal a:

É provável que nos respondam por carta.


(responder — respondam)

Segura bem o copo para que não o partas.


(partir — partas);

2. Pretérito imperfeito
A forma verbal deste tempo advém da do pretérito perfeito simples do
indicativo, à qual se acrescenta sse – a marca registada do passado
imperfeito do conjuntivo – e outros elementos para dar forma à conju-
gação.
Por exemplo, o passado perfeito do verbo fazer é:
fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram.
Assim, o mesmo verbo apresentar-se-á no tempo em estudo da seguinte
forma:
fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem.

(13) O passado perfeito (formado pelo verbo ter no presente do conjuntivo e pelo particípio passado
do verbo principal – tenha feito), o passado mais-que-perfeito (constituído pelo verbo ter no
passado imperfeito do conjuntivo e pelo verbo principal no partícipio passado – tivesse feito)
e o futuro perfeito (conjugado com o verbo ter no futuro imperfeito do conjuntivo seguido pelo
particípio passado do verbo principal – tiver feito) constituem os tempos compostos deste modo,
sendo usados com base nas regras apresentadas para os tempos compostos do indicativo.
(14) O único rebelde é o verbo estar, que segue o modelo do verbo ser: seja – esteja.
37

3. Futuro imperfeito
Este tempo nasce do passado imperfeito do conjuntivo. Para a sua forma-
ção, deve eliminar-se tudo o que aparecer, na forma do passado, a partir
de sse e acrescentar-se ao que resta as terminações entre parênteses
(r, res, r, rmos, rdes, rem).
Recorrendo novamente ao verbo fazer, temos:
fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.15

3.6.3 Modo imperativo

O imperativo é usado com o objectivo primário de ordenar.


Além disso, recorremos a este modo verbal a fim de fazer pedidos e
dar conselhos a alguém.

Há dois tipos de imperativo:

A. Formal
Usado para nos dirigirmos a pessoas que não são da nossa intimidade ou
desempenham uma função hierárquica diferente da nossa.

B. Informal
Empregado, sobretudo, quando nos dirigimos a indivíduos da nossa inti-
midade.
Ambos podem apresentar-se nas formas afirmativa e negativa.

• Imperativo formal
[por você/o(a) senhor(a)]
Tanto a forma afirmativa como a negativa deste imperativo são formadas
a partir da 3.ª pessoa do presente do conjuntivo.

Faça bem a revisão deste artigo.


(imperativo formal afirmativo)

Não reveja o texto à pressa.


(imperativo formal negativo)

(15) O futuro imperfeito apenas coincide com o infinitivo dos verbos regulares, tais como estudar,
escrever, produzir e outros.
3. A classe dos verbos

38

Os pronomes pessoais de complemento e os pronomes/determinantes


possessivos que devem ser empregados neste caso são: se, si, consigo,
seu(s), sua(s).

Refira-se às qualidades das suas professoras.

• Imperativo informal
[por tu]
Para a formação do imperativo afirmativo, o procedimento é o seguinte:
(1) conjugar o verbo pretendido no presente do indicativo;
(2) usar a forma verbal da 3.ª pessoa.
Quanto ao imperativo negativo, recorremos à 2.ª pessoa do presente do
conjuntivo.

Faz os exames médicos com urgência.


(imperativo informal afirmativo)

Não revejas esta obra sem me consultares.


(imperativo informal negativo)

Os pronomes pessoais de complemento e os pronomes/determinantes


possessivos para este imperativo são: te, ti, contigo, teu(s), tua(s).

Refere-te aos defeitos dos teus amigos.


39

3.7 Síntese

Flexão verbal

Modos Características Exemplos

1. Infinitivo impessoal (sem desinên- 1. Pensar é um acto libertador.


Infinitivo cia; usado como nome). 2. Malangatana pintava para reflec-
(verbo não 2. Infinitivo pessoal (com desinência tirmos sobre a nossa existência.
conjugado) [es, mos, des, em]; empregado, em
princípio, antes de preposição).

1. Presente (algo a acontecer no mo- 1. Estou ocupado.


mento em que se fala). 2. Antes de dormir, contavam-me
2. Pretérito imperfeito (facto incon- uma história.
cluso ou reiterado). 3. Não desarrumámos muito a casa
Indicati vo 3. Pretérito perfeito (algo acabado ou esta semana.
(realidade) repetido). 4. Nunca mais tinha ido ao cinema.
4. Pretérito mais-que-perfeito (reali- 5. Os resultados dos testes sairão
dade anterior a outra passada). no próximo mês.
5. Futuro imperfeito (facto por se rea-
lizar).

1. Formal (por você): 1a. C


 onduza com muita cautela.
a. A
 firmativo – 3.ª pessoa do pre-  noite, não conduza com os fa-
1b. À
sente do conjuntivo. róis desligados.
Imperativo b. Negativo – não + 3.ª pessoa do 2a. P
 õe mais sal no arroz.
(ordem, presente do conjuntivo.  ariana, não ponhas os livros
2b. M
pedido, 2. Informal (por tu): no chão.
conselho) a. A
 firmativo – 3.ª pessoa do pre-
sente do indicativo.
b. N
 egativo – não + 2.ª pessoa do
presente do conjuntivo.

Estrutura: infinitivo + ia, ias, ia, ía- Caso não fosse velha, andaria rapi-
Condicional mos, íeis, iam damente.
(condição) Excepções: dizer, fazer, trazer Disse-lhe que traria o telemóvel
quando estivesse de férias.

1. Presente: 1.ª conjugação (a por 1. O Jamba quer que nós limpe-


e); 2.ª (e por a); 3.ª (i por a) [Ex- mos/varramos/partamos…
cepção: estar] 2. A Luana quis que eu trouxesse o
Conjuntivo
2. Pretérito imperfeito: formado a filme hoje.
(desejo,
partir do pretérito perfeito sim- 3. Se puderes, telefona-me.
eventuali-
ples do indicativo; elemento iden-
dade)
tificador – sse
3. Futuro imperfeito: sse por r + de-
sinência do infinitivo
40

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
Se ele se mantesse calmo, evitaria tanta Se ele se mantivesse calmo, evitaria tanta
confusão. confusão.
>
Viemos amanhã pagar a taxa de circula- Vimos (ou: Viremos) amanhã pagar a taxa
ção. de circulação.
>
Quando vires de Cacongo, envia-me um Quando vieres de Cacongo, envia-me um
email. email.
>
Embora (que) me sentia cansado, conse- Embora me sentisse cansado, consegui
gui fazer a tarefa. Oxalá (que) esteje certa. fazer a tarefa. Oxalá esteja certa.
>
Haviam muitas crianças no cinema ontem. Havia muitas crianças no cinema ontem.
>
Há quem faz o alembamento sem o con- Há quem faça o alembamento sem o
sentimento dos pais da moça. consentimento dos pais da moça.
>
Tratam-se de dois problemas muito Trata-se de dois problemas muito deli-
delicados. cados.
>
Manucho, não suja as tuas calças. Manucho, não sujes as tuas calças.
>
Vem e compre computadores novos a bom Vem e compra (ou: venha e compre) com-
preço. putadores novos a bom preço.
>
Elas vejam aquela novela frequentemente. Elas vêem aquela novela frequentemente.
>
Assim que eu poder, ligarei para ti. Assim que eu puder, ligarei para ti.
>
Só ficarei satisfeito quando pores os cabu- Só ficarei satisfeito quando puseres os
ladores na rua. cabuladores na rua.
>
O pai daria um carro a quem dizesse o O pai daria um carro a quem dissesse o
nome de todos os municípios de Malanje. nome de todos os municípios de Malanje.
>
Gostaria que os professores issem ao Gostaria que os professores fossem ao
seminário. seminário.
>
Quero que vocês deiam uma ajuda ao Quero que vocês dêem uma ajuda ao
Paíto. Paíto.
41

4.
PRONOMINALIZAÇÃO

A pronominalização é um termo utilizado para descrever o processo de


substituição de um nome ou grupo nominal por um pronome (pessoal,
demonstrativo, possessivo). Neste prontuário, cingir-nos-emos à pronomi-
nalização de uma expressão com a função de complemento directo (CD) ou
complemento indirecto (CI) pelo respectivo pronome pessoal16 .

O Nzinga viu a Joaquina / O Nzinga viu-a.


CD

E ste ipod pertence ao meu grande amigo Nvunda.
CI
Este ipod pertence-lhe.

4.1 Pronominalização do complemento directo

Os pronomes pessoais que desempenham esta função sintáctica são:


o, a, os, as, me, te, se, nos, vos.

O Nsimba lê uma revista. / O Nsimba lê-a.

A professora chamou-nos para conversar connosco.

(16) É possível pronominalizar-se o nome predicativo do sujeito. Demonstrando: Somos médicos,


e somo-lo por gosto.
4. Pronominalização

42

Os pronomes de 3.ª pessoa (excepto o se) podem apresentar três formas,


de acordo com as seguintes situações:

1. Caso a forma verbal termine em vogal oral, usa-se os pronomes o, a, os,


as:

O Paulo comeu as jinguengas da Rossana. / O Paulo comeu-as.

2. Os pronomes terão as formas lo, la, los, las, quando o verbo terminar nas
consoantes r, s e z, as quais têm de ser previamente eliminadas:

A Mingota está a rever um artigo./ A Mingota está a revê-lo.

O Matondo quis a canoa para o seu filho. / O Matondo qui-la para o seu
filho.

A Lukeni fez as ilustrações com muito cuidado. / A Lukeni fê-las com


muito cuidado17.

3. Sempre que a forma verbal terminar em som nasal, os pronomes adqui-


rem as formas no, na, nos, nas:

Os angolanos amam o funje. / Os angolanos amam-no.

Ao usarmos os outros pronomes, nem estes nem os verbos sofrem qual-


quer alteração.

A única excepção ocorre na 1.ª pessoa do plural da conjugação reflexa/


/recíproca: o s da forma verbal final desaparece.

Interessamo-nos muito por pinturas rupestres.

(17) P rocede-se à acentuação gráfica dos verbos nesses casos da seguinte maneira: acento agudo
para as vogais a e i (visitá-las, construí-los); acento circunflexo para as vogais e e o (detê-la,
pô-lo). Quanto ao i, este só será acentuado quando for precedido de uma vogal pronunciada, com
a qual não constitui um ditongo (segui-lo e parti-lo – sem acento; mas distraí-lo – com acento).
43

4.2 Pronominalização do complemento indirecto

As expressões que desempenham esta função só podem ser substituídas


pelos seguintes pronomes pessoais: me, te, se, lhe, nos, vos, lhes.

Ofereceram-me um computador.

A Suzete disse-lhes que chegaria mais tarde.

A pronominalização do complemento indirecto é, pois, mais simples do


que a do complemento directo, visto que não exige transformação alguma
tanto dos verbos como dos pronomes.18

4.3 Pronominalização de ambos os complementos

É possível pronominalizarmos, em simultâneo, os complementos directo


e indirecto numa determinada frase. Para que isso aconteça, o verbo deve
ser bitransitivo, ou seja, tem de seleccionar ambos os complementos.
A pronominalização simultânea faz-se por meio de dois processos.

1. Contracção
Ocorre através da junção dos complementos indirectos me, te, lhe(s) aos
complementos directos o, a, os, as.
Ao contraírem-se, estes pronomes transformam-se, respectivamente,
em mo, ma, mos, mas, to, ta, tos, tas, lho, lha, lhos, lhas.

O pronome que representa o complemento directo define o género


e o número desse complemento:

A Filipa comprou-me dois casacos. / A Filipa comprou-mos.

O José dar-te-á um chapéu. / O José dar-to-á.

Talvez entreguem as blusas à Henda. /Talvez lhas entreguem.

(18) H
 á outros pronomes de complemento – mim, ti e si –, os quais são sempre precedidos de
preposição: Esta conversa será apenas entre mim e ti. O Nganjeta riu-se de si.
4. Pronominalização

44

2. Hifenização
Processa-se por meio do uso do hífen entre os complementos indirec-
tos representados pelos pronomes nos, vos e os complementos directos
com a forma lo, la, los, las.
Antes, deve-se eliminar o s dos complementos indirectos:

Pede ao teu chefe que nos conceda uma audiência.


Pede ao teu chefe que no-la conceda.

Se a Arlete vos emprestar o dicionário, conseguirão fazer este trabalho.


Se a Arlete vo-lo emprestar, conseguirão fazer este trabalho19.

4.4 Regras das posições dos pronomes pessoais de


complemento

Os pronomes podem tomar uma das seguintes posições numa frase:

– Enclítica (depois do verbo)


A Marta comeu-o sozinha.

– Mesoclítica (no interior do verbo)


A Marta comê-lo-á sozinha.

– Proclítica (antes do verbo)


A Marta não o comeu sozinha.

A seguir, descrevemos as regras para cada uma dessas posições.

(19) Ambos os processos de dupla pronominalização raramente são usados tanto na fala como na
escrita.
45

4.4.1 Para a posição enclítica (ou pós-verbal)

O pronome aparece em posição enclítica nas situações descritas a seguir.

• Em frases declarativas afirmativas:

A minha sogra ajuda-me muito.

• Em orações introduzidas pela maior parte das conjunções coordenativas:

Não estive com o Jorge hoje à tarde, mas vi-o de manhã.

• Após a preposição a20:

Estamos a fazer-lhe um favor.

4.4.2 Para a posição mesoclítica (ou interverbal)

O requisito para o pronome estar em posição mesoclítica é o seguinte: em


frases declarativas afirmativas cujo verbo se encontra no futuro do indica-
tivo ou no condicional, desde que não exista nenhum elemento na frase que
obrigue o pronome a antepor-se ao verbo (como explicado a seguir):

Realizar-se-á um debate sobre o ensino do português em Luanda.

Amar-te-ia se não fosses desonesta.21

(20) À
 excepção dos pronomes de 3.ª pessoa que desempenham apenas a função de complemento
directo (o, a, os, as), é muito comum o pronome aparecer em posição pré-verbal em português
não europeu: Estão a te chamar.
 rimeiro, parte-se o verbo em dois – de um lado, o infinitivo (excepto com os verbos dizer, fazer,
(21) P
trazer); do outro, a desinência. Caso o pronome seja exclusivamente um complemento directo
de 3.ª pessoa, devemos seguir as regras acima referidas ao procedermos à sua colocação no
interior do verbo.
4. Pronominalização

46

4.4.3 Para a posição proclítica (ou pré-verbal)22

O pronome ocorre em posição proclítica23 nos seguintes casos:

• Em orações introduzidas por algumas conjunções (e locuções) coordena-


tivas aditivas e alternativas:

A Kawika também os visitou este mês.

O Bula saberá disso, quer lho contes quer não.

• Em orações introduzidas por conjunções (e locuções) subordinativas:

 nquanto nos divertíamos a ver um documentário, os pais chegaram,


E
exaustos, do Zaire.

Lê para que te tornes sábio.

• Após pronomes relativos, indefinidos e interrogativos:

 esta a menina que me tinha pedido o livro Ynari, a menina das cinco
É
tranças.

Alguém vos deu uma informação errada.

Quem lhes ofereceu o filme Amistad?

• Em frases negativas e exclamativas:

Nunca lhe tinham feito críticas ao seu trabalho.

Quão útil me foi aquela viagem!

(22) E
 sta é a posição preferida para a maioria dos falantes angolanos. Isto deve-se ao facto
de, nas línguas bantu, os clíticos pronominais aparecerem apenas em posicão pré-verbal.
Demonstremo-lo através do Kimbundu (frases extraídas de MIGUEL, 2003: 55-6): (1) Mukaji ami
wa-ngi-xingile. (A minha mulher insultou-me.). Quanto aos pronomes reflexos, usa-se apenas
um para todas as pessoas: Eye u-di-sukula. (Tu lavas-te.) / Ene a-di-zola. (Eles amam-se.)
(23 M
 esmo que o proclisador esteja longe, ainda assim se deve colocar o pronome antes do verbo:
A Belina disse-me que, embora tivesse ficado aborrecida com o teu comportamento, te levará ao
aeroporto.
Contudo, o proclisador perde a sua força de atracção, por assim dizer, quando separado do resto
da frase por uma vírgula: Não, comprei-o no Uíje.
47

• Depois de determinados advérbios e preposições (já, talvez, ainda, mais,


menos, tanto, muito, pouco, sempre, até, conforme, etc.):

Ainda se comportam como crianças, apesar de já terem 30 anos.

Procurem o chip até o acharem.

Há casos em que o pronome aparece ligado a dois ou mais verbos. Que


posição este tomará?
Se se tratar de conjugação perifrástica, pode-se encaixá-lo após um dos
verbos, tendo sempre em consideração as regras da posição enclítica.

Vou-me atrasar um pouco para a reunião de hoje.


ou
Vou atrasar-me um pouco para a reunião de hoje.

Estão-te a telefonar muito este fim-de-semana!


ou
Estão a telefonar-te muito este fim-de-semana!

Depois de alguns meses, fomo-nos conformando com a situação.


ou
Depois de alguns meses, fomos conformando-nos com a situação.
4. Pronominalização

48

Porém, se o contexto frásico for propício à posição proclítica, o pronome


aparece antes do verbo auxiliar ou após o verbo principal. Além disso, caso
este seja precedido de preposição – excepto a preposição a – o pronome
pode ser encaixado logo após a preposição ou o verbo.

O chefe não vos quer prejudicar, mas ajudar-vos a ser profissionais


sérios.
ou
O chefe não quer prejudicar-vos, mas ajudar-vos a ser profissionais
sérios.

Os filhos não lhe têm de pedir desculpas, pois quem errou foi ele
mesmo.
Os filhos não têm de pedir-lhe desculpas, pois quem errou foi ele
mesmo.
Os filhos não têm de lhe pedir desculpas, pois quem errou foi ele
mesmo.

Se se tratar de tempos compostos, o pronome acompanha sempre


o verbo auxiliar. Ele pode aparecer nas três posições já abordadas, levando
em consideração as regras de cada uma delas.

Temos-lhes emprestado muitos livros de literatura tradicional.

Nunca se tinha esquecido de pagar a taxa de circulação.

Ter-me-iam dito a verdade se confiassem em mim.

Obs.:

Há contextos em que se torna possível a ligação do pronome ao verbo


principal (conjugado no particípio passado). Por exemplo, quando se usa
mais de um verbo principal, ligados, na mesma frase, a um único verbo
auxiliar. Nestes casos, o pronome aparece em posição proclítica.

O docente universitário tinha falado sobre a nova Constituição e se


referido ao modelo não canónico de eleição do Presidente da Repú-
blica.
49

4.5 Síntese

PRONOMES PESSOAIS DE COMPLEMENTO


Pessoas

Complementos Complementos CI + CD CI + CD
Directos (CD) Indirectos (CI) Contraídos Hifenizados

me: me: mo(s): no-lo(s):


A Nzinga chamou- O Joaquim disse- A mãe deu-mo(s). Envia-no-lo(s)
-me. -me a verdade. ma(s): regularmente.
1.ª nos: nos: Ele não ma(s) fez. no-la(s):
Os meninos A Rita entregou- Para no-la(s) da-
amam-nos. -nos o dinheiro. rem,esforcemo-
-nos.

te: te: to(s): vo-lo(s):


Ele quer-te sau- Fiz-te um sumo O pai abre-to(s). Ficarei satisfeito
dável. de manga. ta(s): quando vo-lo(s)
2.ª vos: vos: Não ta(s) deixo. entregarem.
Elas sempre vos Trouxe-vos livros vo-la(s):
elogiam. de pintura. Pede para que ela
vo-la(s) dê.

o(s): lhe: lho(s):


Minga, agarra-o Oxalá lhe dêem Contem-lho(s).
já! férias! lha(s):
a(s): lhes: Não lha(s) digam.
Não a trates mal, Aqueles cadernos
Mauro! pertencem-lhes.
lo(s):
Vamos limpá-lo(s)
à tarde.
la(s):
3.ª
Quero escrevê-
-la(s) agora.
no(s):
As professoras
aconselham-no(s)
regularmente.
na(s):
Comeram-na(s)
após terem lavado
as mãos.
4. Pronominalização

50

POSIÇÕES REGRAS EXEMPLOS

Em frases declarativas afirmati-


Faz-nos este favor.
vas.

Em orações introduzidas pela


Levantou-se e contou-lhes uma
Enclítica maioria das conjunções coorde-
história.
(após o verbo) nativas.

Após a preposição a e a contrac- Não estão a ajudar-te.


ção ao.
Ao ver-me, sorriu.

Em frases declarativas afirma- Falar-te-ei disso mais tarde.


tivas com o verbo no futuro do
Mesoclítica
indicativo ou no condicional, das Endividar-se-ia para comprar
(no meio
quais não conste elemento al- uma casa.
do verbo)
gum que obrigue à anteposição
do pronome.

Em orações introduzidas por al- Não fui à escola nem vos trouxe
gumas conjunções (e locuções) a gramática.
coordenativas aditivas e alterna-
tivas. Ora passeio, ora me divirto com
música africana.

Em orações introduzidas por Faz o funje como te ensinei.


conjunções (e locuções) subordi-
nativas. Por mais que o aconselhes, não
te ouvirá.

Após pronomes relativos, indefi- A colega com quem nos encon-


Proclítica nidos e interrogativos. trámos acaba de chegar.
(antes
do verbo) Todos se alegraram com a deci-
são do director.

Quantos discos lhe emprestaste?

Em frases negativas e exclama- Não a dobres assim.


tivas.
Macacos me mordam!

Depois de certos advérbios e pre- Já vos telefonaram?


posições, tais como: já, talvez,
ainda, mais, menos, tanto, muito, Fez-se tudo conforme se tinha
pouco, sempre, até, conforme. combinado.
51

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
O Minguito fez isso perante a mim. O Minguito fez isso perante mim.
>
Porque é que lhe desprezaste? Porque é que o/a desprezaste?
>
O Toni se aleijou no braço esquerdo. O Toni aleijou-se no braço esquerdo.
>
A mamã disse que o pedido não realizar- A mamã disse que o pedido não se reali-
-se-á em Maio. zará em Maio.
>
Eles querem nos vender esta casa. Eles querem-nos vender esta casa.
Eles querem vender-nos esta casa.
>
Me encontrei com os meus colegas do Encontrei-me com os meus colegas do
ISCED. ISCED.
>
Costumávamos se cumprimentar com um Costumávamos cumprimentar-nos com
abraço. um abraço.
Costumávamo-nos cumprimentar com
um abraço.
>
O editor pediu para mim paginar o livro O editor pediu-me para eu paginar o livro
hoje. hoje.
53

5.
AS ESPECIFICIDADES
DA TRANSLINEAÇÃO

A translineação é um processo que consiste na separação de determinada


palavra, quando é necessário mudar de linha. Este processo é graficamente
representado através do hífen.
A translineação é geralmente feita de acordo com os princípios da divisão
silábica.

5.1 Elementos inseparáveis

Os ditongos – quer decrescentes quer crescentes24 – e os tritongos


nunca devem ser separados:

Cláu-/dio

dezoi-/to

quais-/quer

mãe-/zinha

desa-/guou

(24) U
 m ditongo é formado, em termos simples, por uma vogal forte e por uma vogal fraca (ou semi-
vogal). Se a sua estrutura for vogal + semivogal, ao ditongo chamar-se-á decrescente: bairro,
suspeito, riu, nações, fui. O ditongo será crescente em situação inversa (semivogal + vogal):
aéreo, polícia , mágoa , tranquilo. Os ditongos podem ser ainda classificados de orais ( Augusto,
Eunice) ou nasais (muito, fecham).
5. As especificidades da translineação

54

Também não devem ser separados os dígrafos ch, lh, nh e os grupos con-
sonânticos formados com l ou r:

ma-/chimbombo

bara-/lhada

Caoti-/nha

re-/clamação

com-/promisso

5.2 Elementos separáveis

Podem separar-se os seguintes elementos:

• As vogais que não formam ditongo (hiatos):

Ra-/ul

desle-/aldade

Lu-/ena

• As sequências consonânticas, excepto se a consoante for seguida de l ou


r, ou se estas surgirem em início de palavra:

ab-/dicar

sub-/meter

ob-/viamente
55

• As letras repetidas, tanto vogais como consoantes:

ba-/amês

ve-/emência

co-/ordenador

oc-/cipital

cor-/redor

pas-/sador

5.3 Duas indicações adicionais

Evite-se deixar uma letra sozinha, mesmo que forme sílaba, no início ou
no final da linha:

ba-/leia
(em vez de balei-/a)

atra-/so
(em vez de a-/traso)

Deve repetir-se o hífen na linha seguinte sempre que a palavra original já


tiver hífen e este coincidir com a translineação:

livre-/-docente
(em vez de livre-/docente)

dir-/-se-ia
(em vez de dir-/se-ia).
5. As especificidades da translineação

56

5.4 Síntese

ELEMENTOS INSEPARÁVEIS EXEMPLOS

Ditongos. au-/tor; cá-/rie

Tritongos. enxa-/guei; desi-/guais

Dígrafos ch, lh e nh. mar-/cha; apare-/lho; cami-/nho

Qualquer consoante seguida de l ou r. com-/plicado; mi-/cróbios

ELEMENTOS SEPARÁVEIS EXEMPLOS

Hiatos. ra-/inha; vi-/úva; ra-/ízes;


sa-/irmos
Qualquer consoante seguida de outra
que não l ou r, excepto em início de pa- ad-/vogado; des-/contente;
lavra. enig-/ma

Letras repetidas (consoantes e ar-/redores; pas-/sado;


vogais) . compre-/ender; co-/operar

Conselho 1:
Evite-se deixar uma letra sozinha, tanto no início como no fim de palavra, mesmo que
ela forme uma sílaba.

Conselho 2:
Caso haja hífen na palavra e o mesmo coincida com a translineação, deve repetir-se o
hífen na linha seguinte.
57

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
O filho da Josefa come papa de fuba de O filho da Josefa come papa de fuba de
mil-/ho. mi-/lho.
>
Assunción é a capital do Paragu-/ai. Assunción é a capital do Para-/guai.
>
Flávio Amado marcou golos ma-/gníficos. Flávio Amado marcou golos mag- /níficos.
>
Houve, neste mês, muitos acidentes Houve, neste mês, muitos acidentes aé-/
aére-/os. reos.
>
Quando estou triste, não gosto de andar Quando estou triste, não gosto de andar
de ca-/rro. de car-/ro.
>
Como estava sozinho, resolvi dar um Como estava sozinho, resolvi dar um pas-/
passei-/o. seio.
59

6.
A SELECÇÃO
E O ENQUADRAMENTO
DOS PRONOMES
RELATIVOS
Os pronomes relativos desempenham duas funções. Em primeiro lugar,
substituem os grupos nominais ou as frases numa oração complexa. Em
segundo lugar, relacionam orações.

Vejamos como isso acontece por meio das frases abaixo.

A rapariga chama-se Mafuta. Apresentei-te esta rapariga.


(sem pronome relativo)

A rapariga que te apresentei chama-se Mafuta.


(com pronome relativo)

A palavra destacada substituiu o grupo nominal (esta rapariga) e conectou


ambas as frases, fundindo-as assim numa só.

6.1 Uso dos pronomes relativos sem preposições

Os pronomes relativos são os seguintes:

que, quem, o(s) qual(is), a(s) qual(is), onde, quanto, cujo


6. A selecçao e o enquadramento dos pronomes relativos

60

• O pronome que é empregado para se referir a qualquer ser (animado


ou inanimado), incluindo lugares, sendo sempre precedido da preposição
exigida pelo verbo, caso exista.

A pen drive que me deram é de 8 GB.

A maternidade em que nasceste foi reactivada.

• Usa-se o pronome quem com o objectivo de se referir a pessoas, que


desempenhem a função de sujeito ou de complemento directo de relativas
livres, isto é, de relativas sem antecedente expresso.

Quem confessar o seu erro será perdoado.

Foi o Kinanvwidi quem nos deu esta informação25 .

• O pronome o qual (e variações) é utilizado para seres humanos e não


humanos, bem como para lugares, concordando em género e em número
com o nome a que se refere.
Este pronome surge no âmbito de orações relativas explicativas (ou apo-
sitivas), sendo obrigatoriamente precedido de vírgula.

Os carcereiros foram ter com o Mabyala, o qual cumpria uma pena de


dois anos.

Corro regularmente com pessoas obesas, as quais se cansam facil-


mente.

Visitámos uma bela galeria, a qual contém muitos quadros de Viteix.

(25) E
 ste pronome é usado, em situações muito formais, com a forma verbal da 3.ª pessoa do singu-
lar. Demonstrando: Fomos nós quem pintou estes carros . Excepção a isso é o verbo ser:
A directora quer saber quem somos .
61

• O pronome onde é empregado frequentemente em relação a lugares.

Aquela é a empresa onde o Manico trabalha.

• O pronome quanto (e variações) é utilizado tendo como antecedentes mais


frequentes os indefinidos tudo e todo (e afins).

Alista tudo quanto podemos levar ao Namibe.

Entregaremos estes panfletos a todos quantos estiverem interessados


em lê-los.

• O pronome cujo (e variações) é usado para exprimir uma ideia de


pertença ou de posse entre dois grupos nominais (o antecedente
e o subsequente), concordando em género e em número com o nome que
se lhe segue.26

Esta é a casa cujos quartos não têm janelas.

O carro cujas portas estão abertas pertence ao teu colega.

6.2 Emprego dos pronomes relativos com preposições

Com o qual (e variações), a preposição pode contrair-se com o artigo defi-


nido, devendo o conjunto (preposição + artigo + qual) concordar em género
e em número com o nome antecedente.

Este é o carro do qual te falei.

As ruas pelas quais passámos estavam cheias de lama.

(26) Por esta razão, o pronome cujo não admite artigo. Logo, devem evitar-se construções do tipo
...cujo o (e variações). Além disso, visto que este pronome já indica posse, torna-se desnecessá-
rio, e redundante, sucedê-lo por um pronome/determinante possessivo (... cujo seu - e variações).
6. A selecçao e o enquadramento dos pronomes relativos

62

Com cujo (e afins), antepõe-se a preposição ao pronome e este tem de


concordar em género e em número com o nome subsequente.

O município em cujas casas a chuva tem entrado é a Samba.

São estes os povos por cujos direitos lutamos.


63

6.3 Síntese

Pronomes
Regras básicas para o seu uso
relativos

Empregado para se referir a seres animados e inanimados, incluindo


que
lugares.

Usado com o objectivo de se referir a pessoas que desempenhem a


função de sujeito ou de complemento directo de relativas sem ante-
quem cedente expresso.
Co-ocorre, regra geral, com uma forma verbal na 3.ª pessoa do sin-
gular.

Utilizado em orações relativas explicativas (ou apositivas) para referir


o qual
seres humanos e não humanos, bem como lugares, concordando em
(e afins)
género e em número com o antecedente da relativa.

onde Empregado na maioria das vezes para referir lugares.

quanto Utilizado tendo como antecedentes mais frequentes os indefinidos


(e variações) tudo e todo (e variações).

cujo Usado para exprimir posse, concordando em género e em número


(e afins) com o nome que se lhe segue, sem o uso do artigo.

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
A tia que eu falei com ela é muito inteli- A tia com quem (eu) falei é muito inteli-
gente. gente.
>
A nossa colega Rita, cuja (a) sua filha está A nossa colega Rita, cuja filha está doente,
doente, falou comigo há instantes. falou comigo há instantes.
>
O Mac é um computador na qual vale a O Mac é um computador no qual vale a
pena investir. pena investir.
>
Já chegou a senhora que os netos dela Já chegou a senhora cujos netos foram
foram atropelados. atropelados.
>
Não foram os chineses quem construíram Não foram os chineses quem construiu
isso. isso.
65

7.
A VÍRGULA – UM SINAL
DE PONTUAÇÃO
PROBLEMÁTICO

Dentre todos os sinais de pontuação, a vírgula é o que mais problemas


tem causado à maior parte dos que comunicam através da escrita.

Eis algumas indicações sobre o emprego deste sinal de pontuação.

7.1 Uso recomendado

A vírgula deve ser utilizada para:

• Separar elementos semelhantes, que desempenhem a mesma função na


construção e não se encontrem ligados por conjunção:

A puíta, o reco-reco, a marimba, o quissanje e o hungo são instrumen-


tos musicais tradicionais africanos.

• Isolar o vocativo e o aposto:

Ó Nayole, já temperaste os cacussos?

Pepetela, escritor angolano, ganhou o Prémio Camões em 1997.


7. A vírgula – um sinal de pontuação problemático

66

• Intercalar orações coordenadas sindéticas27 e assindéticas (sem conjun-


ção):

As minhas alunas estavam doentes, mas fizeram o exercício sobre o


uso da vírgula.

O Osvaldo levanta-se cedo, arruma o seu quarto, ajuda os irmãos a


fazer os deveres de casa.

Usa-se duas vírgulas para isolar o pois conclusivo:

Este exame está, pois, bastante acessível.

• Separar orações subordinadas, sempre que estas antecedam a oração


principal ou subordinante:

Depois que entrei nesta empresa, consegui fazer boas amizades.

• Isolar complementos circunstanciais em início de frase ou no interior de


uma oração:

No último fim-de-semana, fomos jantar à casa dos nossos netos.

Uma cantora angolana vai dar, no Cine Tropical, um concerto de


música popular.

Distribuiremos, de forma organizada, os cadernos de actividades.

 ma excepção a esta regra são as orações (com o mesmo sujeito) introduzidas pela conjunção e:
(27) U
A Soraia leu A Revolta da Casa dos Ídolos e resumiu-a por escrito.
67

• Separar orações relativas explicativas28:

A minha esposa, com quem sempre saio aos fins-de-semana, gosta


muito de contemplar o mar.

• Isolar expressões explicativas:

O monangamba era visto como uma máquina, ou seja, como alguém


que trabalhava sem parar.

• Separar ideias intercaladas:

Em toda a natureza, disse o professor, está presente o número de ouro.

• Isolar o local da data:

Dundo, 29 de Fevereiro de 2008.

• Separar, nas cartas, a despedida do nome:

Um abraço amigo, Matumona.

• Omitir o verbo, elipsando-o:

Os sobrinhos vão à oficina e as tias, ao supermercado.

 m orações relativas restritivas, no entanto, o uso da vírgula é proibido: Ontem estive com o
(28) E
jovem que pintou aquela casa .
7. A vírgula – um sinal de pontuação problemático

68

7.2 Uso proibido

Não se deve usar a vírgula entre:

• o sujeito e o predicado (verbal e nominal);

A União Nacional dos Artistas e Compositores homenageou Ana Clara


Guerra Marques.
(E não: A União Nacional dos Artistas e Compositores, homenageou
Ana Clara Guerra Marques.)

O ano de 2011 é de triste memória para os japoneses.


(E não: O ano de 2011, é de triste memória para os japoneses.)

• o verbo e os seus complementos;

O Jorge comprou uma impressora para a sua filha.


(E não: O Jorge comprou, uma impressora para a sua filha.
Ou: O Jorge comprou uma impressora, para a sua filha.)

Ofereceram ao Zola uma máquina fotográfica.


(E não: Ofereceram, ao Zola uma máquina fotográfica.
Ou: Ofereceram ao Zola, uma máquina fotográfica.)

• o nome – ou pronome – e os seus modificadores (excepto o aposto).

Aquela rapariga magrinha gosta muito de comer vegetais.


(E não: Aquela rapariga, magrinha gosta muito de comer vegetais.)

Nomearam-no director executivo de uma grande empresa.


(E não: Nomearam-no, director executivo de uma grande empresa.)

Aquelas colegas partiram as pernas da cadeira do director.


(E não: Aquelas colegas partiram as pernas, da cadeira do director.
Ou: Aquelas colegas partiram as pernas da cadeira, do director.)
69

7.3 Uso facultativo

Em geral, o uso facultativo deste sinal de pontuação resume-se às seguin-


tes finalidades:

• separar orações com sujeitos diferentes ligadas pela conjunção e;

Os rapazinhos assustaram-se, e a mãe deles desligou o televisor.

• isolar orações subordinadas consecutivas;

Ele comeu tão rapidamente, que se engasgou.

• separar orações antecedidas por uma oração relativa sem antecedente;

Quem não tem alvos na vida, vive à mercê das vontades alheias.

• separar orações alternativas;

Voltas hoje para casa, ou vais ficar comigo por mais alguns dias?

• separar orações introduzidas por locuções subordinativas;

Não pudemos visitar-te no hospital, visto que também estávamos


doentes.

• separar o título do nome do autor.

Leiam Maka na Sanzala, de Wanyenga Xitu.


7. A vírgula – um sinal de pontuação problemático

70

7.4 Síntese

Regras da virgulação

Para:
• Separar elementos com funções semelhantes na oração.
• Isolar o vocativo e o aposto.
• Intercalar orações coordenadas assindéticas e sindéticas.
• Separar orações subordinadas invertidas.
Emprego • Isolar complementos circunstanciais em posição incomum.
obrigatório • Separar orações relativas explicativas.
• Isolar expressões explicativas.
• Separar ideias intercaladas.
• Isolar o local da data.
• Separar, nas cartas, a despedida do nome.
• Omitir o verbo, elipsando-o.

Entre:
Emprego • O sujeito e o predicado (verbal, nominal ou adjectival).
proibido • O verbo e os complementos.
• O nome e os seus modificadores (excepto o aposto).

Para:
• Separar orações de sujeitos diferentes.
• Isolar orações subordinadas consecutivas.
Emprego
• Separar orações antecedidas por uma oração relativa sem an-
facultativo
tecedente.
• Separar orações introduzidas por locuções subordinativas.
• Separar o título do nome do autor.
71

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
Você caro ouvinte, pode pensar que Você, caro ouvinte, pode pensar que
o resultado desta experiência será o resultado desta experiência será
agradável. agradável.
>
O presente contrato, é válido por tempo O presente contrato é válido por tempo
indeterminado. indeterminado.
>
A tua carta é ilegível, ou seja lê-se com A tua carta é ilegível, ou seja, lê-se com
muita dificuldade. muita dificuldade.
>
A mãe disse-me que se chegarmos a casa A mãe disse-me que, se chegarmos
cedo, podemos ir buscá-la ao hospital. a casa cedo, podemos ir buscá-la ao
hospital.
>
Alguns trabalhadores pediram ao seu Alguns trabalhadores pediram ao seu
chefe, um empréstimo. chefe um empréstimo. / Alguns
trabalhadores pediram, ao seu chefe,
um empréstimo.
>
Carolina Cerqueira, ministra da Carolina Cerqueira, ministra da
Comunicação Social esteve recentemente Comunicação Social, esteve recentemente
em Bissau. em Bissau.
>
As chuvas têm dificultado a vida tanto As chuvas têm dificultado a vida tanto
dos governantes, como dos governados. dos governantes como dos governados.
>
O vencedor do concurso escolar nasceu O vencedor do concurso escolar nasceu
a 27 de Fevereiro, de 1999. a 27 de Fevereiro de 1999.
73

8.
A FECHAR…
DOS DESVIOS
COMUNS AO USO
REGRADO
Neste capítulo, vamos apresentar alguns desvios frequentes ligados à
ortografia, à sintaxe e à semântica, bem como às interferências das línguas
africanas bantu.

8.1 Alguns casos de confusão na escrita

8.1.1 Mal / Mau

O primeiro é um advérbio (palavra invariável) e tem como antónimo


«bem». É normalmente empregado depois de verbos ou antes de adjecti-
vos, modificando-os.

O Henda arrumou mal os sapatos.

Este livro foi mal revisto.

O segundo é um adjectivo (palavra variável), tendo como antónimo «bom».


Sendo assim, usa-se para modificar elementos de natureza nominal, carac-
terizando-os.

Aquela directora contratou um mau contabilista.


8. A fechar… dos desvios comuns ao uso regrado

74

8.1.2 Porque / Por que / Porquê

Escreve-se porque quando este desempenha o papel de…

Conjunção:
Os estudantes tiveram bons resultados porque se tinham preparado
bem.

Advérbio interrogativo:
Porque (é que) os meses têm estes nomes?

Escreve-se por que sempre que for possível substituir esta expressão por
«pelo qual» (e variações). Para isso, é preciso que haja um nome ligado a
ela29.
Os nomes usualmente adjuntos a por que são: caminho, causa, coisa,
motivo, razão.

A obstetra explicou-nos por que motivo o parto foi prematuro.

Por que caminho vieste?

Escreve-se porquê nos casos em que desempenha a função de…

Nome:
Temos de descobrir o porquê da sua ida ao Bairro dos Ossos.

Advérbio interrogativo (não sucedido de verbo, excepto se este se


encontrar no infinitivo):

Porquê tanta confusão?

Porquê dar essa volta toda?

(29) A lguns estudiosos (por exemplo, MIGUEL, 2007) defendem que, nas construções em que o nome
não está expresso mas subentendido, é permitido o uso de por que. Demonstrando: Ele não
sabia por que lhe tinha sido cortada a luz . Por que queres casar comigo?
75

8.1.3 Vêm / Vêem

A primeira é a forma do verbo vir, no presente do indicativo, pertencente


à 3.ª pessoa do plural.

Os bolseiros do INABE vêm hoje ao nosso hotel.

Quanto à segunda, é a forma do verbo ver e tem dois ee.

Os meus amigos vêem os clássicos do Girabola comigo.

8.1.4 Há / A

Em construções frásicas que fazem referência ao tempo, usa-se o verbo


haver; a preposição poderá estar associada a outras expressões temporais
que remetem, no conjunto, para o futuro.

A Indira, mulher pontual, já chegou há 15 minutos.

Está ao telefone há horas.

Sentem-se, por favor, pois daqui a instantes daremos início à festa.

8.1.5 Ó / Oh

A primeira interjeição é empregada antes de um nome que forma o voca-


tivo, enfatizando-o. Entre ambos – a interjeição e o nome – não deve haver
sinal de pontuação algum a separá-los.

Ó Sérgio, a que horas começa a peça teatral sobre Kahitu?

Relativamente à segunda, deve ser sempre sucedida de um ponto de


exclamação (na maioria dos casos) ou de uma vírgula.

Oh! Já nos cortaram a luz outra vez!

Oh, não! Isso tinha de ser feito hoje.


8. A fechar… dos desvios comuns ao uso regrado

76

8.1.6 Afim / A fim (de)

Afim é um adjectivo que exprime a ideia de semelhança, podendo ser


usado no plural.

O director é meu parente afim.

A Zana e o Sakala têm objectivos afins.

A fim de (que) corresponde a uma locução conjuntiva subordinativa final,


transmitindo a ideia de finalidade ou objectivo.

Trabalho a fim de me sustentar.

Fazemos perguntas a fim de que aprendamos mais.

8.1.7 Mas / Mais

Escreve-se mas (conjunção) em contextos que exprimem a ideia de con-


traste ou oposição. Se se quiser transmitir a ideia de quantidade ou intensi-
dade, escreve-se mais (advérbio quantificador).

Gosto de ir ao cinema, mas hoje não me apetece sair de casa.

Penso que haverá vagas nesta empresa em breve, mas só para os


mais jovens.

8.1.8 Acerca de / A cerca de/ Há cerca de

A locução prepositiva acerca de tem o sentido de «em relação a».


A expressão adverbial (a) cerca de significa «aproximadamente».

O teu primo esqueceu-se de falar acerca do incêndio.

A nossa aldeia fica a cerca de 10 km da cidade de Ondjiva.


77

A expressão cerca de também pode ser precedida de uma forma do verbo


«haver», a qual pode exprimir…

Existência:
Na Avenida Deolinda Rodrigues, há cerca de 20 jovens a fazerem
ginástica.

Tempo passado:
A Rainha Njinga Mbandi morreu há cerca de 350 anos.

8.1.9 Poder / Puder

O primeiro é usado, como verbo, após uma preposição. Quanto ao


segundo, emprega-se em contextos em que o uso do futuro do conjuntivo
é obrigatório.

A Zinha vende micates para poder comprar cadernos.

Quando puder, envio-te os perfumes.

8.1.10 Demais / De mais

Demais corresponde a um determinante/pronome demonstrativo, usado


para transmitir a ideia de «os outros», «os restantes». Este termo é sem-
pre precedido de um artigo definido. Esta forma é igualmente usada como
advérbio que exprime modo ou intensidade.

O Kanda fica de pé; os demais podem sentar-se.

Ele comeu demais.


8. A fechar… dos desvios comuns ao uso regrado

78

De mais é formada por de, que corresponde à preposição seleccionada


pelo verbo precisar de (no caso do exemplo seleccionado abaixo), e pelo
advérbio quantificador mais que exprime a ideia de quantidade. Tem um
significado equivalente a «a mais», oposta a «de menos», e aparece ligada
a nomes.

Precisamos de mais trabalhores dinâmicos.

8.1.11 Pára / Para

Acentua-se esta palavra se for a forma do verbo parar no presente do


indicativo ou no imperativo. Nos restantes casos, é a preposição que deve
ser empregada.

O autocarro pára sempre aqui.

Pára, Manucha, pois não consigo respirar!

Deram-me este dinheiro para eu comprar um dicionário.

8.1.12 Ama-se / Amasse

A forma hifenizada refere-se ao presente do indicativo; a outra forma per-


tence ao pretérito imperfeito do conjuntivo. No primeiro caso, o «a» constitui
a sílaba tónica; no segundo, o acento recai sobre a sílaba «ma».

Ama-se as pessoas com quem se vive.

Se ele não te amasse, já te abandonaria há muito.

Tal é aplicável aos demais verbos com características afins.


79

8.2 Aspectos sintáctico-semânticos peculiares

8.2.1 Para mim / Para eu

Usamos a expressão inicial quando se tratar de um complemento.


A outra, porém, deve ser empregada com a função de sujeito, sucedida de
um verbo no infinitivo.

O Malamba trouxe muitas frutas para mim.

A Tatiana emprestou-me uns filmes para eu ver.

8.2.2 De o Ngunza / Do Ngunza

É aconselhável, de acordo com alguns autores (CUNHA e CINTRA, 2002,


e BAGNO, 2001), que a preposição não se contraia com o artigo sempre
que ela aparecer antes de um verbo no infinitivo a desempenhar a função
de predicado do nome que o antecede. Noutros contextos, a preposição e o
artigo contraem-se.

Faz a papa antes de o Ngunza acordar.

Conseguiste chegar antes do Ngunza, que é muito pontual.

Isto aplica-se a todas as preposições que podem contrair-se com artigos.

8.2.3 De encontro a / Ao encontro de

A primeira expressão é usada com o sentido de «oposição» ou «embate».


Emprega-se a expressão ao encontro de para exprimir a ideia de «concor-
dância» ou «ligação».

O nosso ponto vai de encontro ao dos demais trabalhadores.

O carro foi de encontro a uma árvore.

Este plano é interessante, pois vai ao encontro das nossas necessidades.


8. A fechar… dos desvios comuns ao uso regrado

80

8.2.4 Emprestar / Pedir emprestado

Usa-se a primeira opção para se referir ao possuidor. Quanto à segunda,


deve ser empregada em relação à pessoa necessitada.

Vou-te emprestar os meus livros, mas cuida bem deles.

Preciso de um avalista para pedir emprestado dinheiro a um banco.

8.2.5 Ter / Haver

Quando se quer transmitir a ideia de «posse», é aconselhável optar-se


pelo primeiro verbo. Caso o sentido seja de «existência», usa-se o outro.

O José tem um belo carro.

Há muitos mosquitos no meu bairro.

8.2.6 Parecido / Aparecido

O adjectivo parecido refere-se à semelhança, ao passo que aparecido é a


forma participial do verbo aparecer.

És muito parecido com o teu pai.

A Nsamba tem aparecido regularmente na União dos Escritores Ango-


lanos.

8.2.7 Através de/Por causa de

A primeira locução é empregada para se exprimir o sentido de «mediante» ou


«por meio de». Usa-se a última, contudo, com o sentido de «motivo» ou «razão».

A empresa anunciou os resultados dos testes através da internet.

Não pudemos comparecer ao encontro por causa da chuva.


81

8.2.8 Na medida em que / À medida que

A expressão inicial indica causa ou motivo; é uma locução causal.


A segunda corresponde a uma locução temporal.

Voltarás a limpar o chão, na medida em que não o limpaste bem.

Temos de distribuir os testes à medida que os candidatos forem entrando.

8.3 Expressões redundantes

8.3.1 Exéquias fúnebres

Exéquias fúnebres? Não! Apenas Exéquias. O Dicionário Houaiss da


Língua Portuguesa (2009), tal como muitos outros, define exéquias como
«cerimónias ou honras fúnebres».

As exéquias do Prémio Nobel da Literatura ocorreram em 2010.

8.3.2 Elo de ligação

Elo de ligação? Não! Somente Elo ou Ligação. O mesmo dicionário apre-


senta o seguinte conceito de elo: «relação existente entre pessoas ou coisas;
conexão, vinculação, união».

Existe um elo muito forte entre nós – a amizade.

Existe uma ligação muito forte entre nós – a amizade.

8.3.3 Erário público

Erário público? Não! Apenas Erário. A obra lexicográfica já citada define


erário como o «conjunto dos recursos financeiros públicos; os dinheiros
e bens do Estado».30

Estas residências foram construídas com fundos do erário.

(30) A pesar disso, o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa regista esta expressão pleonás-
tica como aceitável ao padrão.
8. A fechar… dos desvios comuns ao uso regrado

82

8.3.4 M
 as no entanto, Mas contudo ou Mas em contrapartida

Mas no entanto, Mas contudo ou Mas em contrapartida? Nada! Um conec-


tor constrastivo basta. Visto que estes conectores desempenham a mesma
função – apresentar contraste ou oposição –, a sua repetição é desaconse-
lhável.

Desculpem-nos por termos começado tarde o debate; no entanto,


faremos os possíveis para o encerrar a tempo.

8.3.5 Pequeno(s) detalhe(s) ou pequeno(s) pormenor(es)

Pequeno(s) detalhe(s) ou pequeno(s) pormenor(es)? Nada! Somente


Detalhe(s) ou Pormenor(es). O que é detalhe? O dicionário acima mencio-
nado define-o como «pequeno elemento». Apresenta também este termo
como sinónimo de pormenor: «pequeno elemento ou circunstância; minú-
cia, detalhe».

Esqueceste-te de um pormenor/detalhe muito importante: a hora do


encerramento do espectáculo.

8.3.6 Há anos atrás

Há anos atrás? Não! Há anos. Nestas construções, o verbo associado a


expressões de tempo indica o tempo decorrido entre o momento em que
algo aconteceu e o momento da enunciação, pelo que o uso de «atrás» não
faz sentido na construção.

O Lulendu deu aulas na ENAD há dois anos.

Há cinco anos que moramos na Tchavola.


83

8.4 Estruturas frásicas com influência das línguas afri-


canas

8.4.1 Eu nasci este menino há três anos.

Na cultura africana, o acto de nascimento é, em contraste com a cultura


europeia, activo para a mãe (a mãe nasce alguém) e passivo para o filho
(o bebé é nascido). Em Kikongo, por exemplo, usa-se a seguinte frase:

Mvula tatu ilutidi tuka ngutidi ndyo mwana.


(O verbo nascer está negritado.)

Todavia, ao expressarmo-nos em português padrão, esta frase deve ter


a estrutura abaixo.

Eu pari/tive/dei à luz este menino há três anos.

8.4.2 Comeram o teu pão na Cátia.

Uma das causas desta construção bantuizada é a inexistência, nas lín-


guas africanas, de um verbo auxiliar para a voz passiva (como, por exemplo,
o verbo ser).
Vejamos a seguinte frase em Kimbundu:

A mu kwixama kwa Nzwa.


(equivalente, em português popular, a «Estão a te chamar no João.»)31

O português padrão, em contrapartida, só admite as duas construções


apresentadas abaixo.

A Cátia comeu o teu pão.

O teu pão foi comido pela Cátia.

(31) Explicação e frase extraídas de COSTA (2006: 196).


8. A fechar… dos desvios comuns ao uso regrado

84

8.5 Síntese

Tipos de desvio Exemplos

1. pára (forma verbal) / para (preposição)


2. limpa-se, limpas-te (presente) / limpasse, limpaste (passa-
do)
Casos 3. demais (os outros) / de mais (em demasia)
de confusão 4. poder (infinitivo) / puder (conjuntivo)
na escrita 5. a cerca de (relativamente a) / a cerca de (aproxidamente) / há
cerca de (existência / passado)
6. vêm (vir) / vêem (ver)
7. mais (quantidade / intensidade) / mas (oposição)

1. através de (por meio de) / por causa de (devido a)


2. para mim (complemento) / para eu (sujeito)
3. como eu chegar (comparação) / quando eu chegar (tempo)
4. ir de encontro a (desacordo / embate) / ir ao encontro de
Aspectos
(acordo / direcção)
ligados à sintaxe
5. e m relação a (forma padronizada) / com relação a (forma não
e à semântica
padronizada, excepto no Brasil)
6. na medida em que (causa) / à medida que (tempo)
7. m uitas vezes (forma padronizada) / muita das vezes (forma
não padronizada)

1. exéquias fúnebres (exéquias)


2. elo de ligação (elo ou ligação)
Redundâncias 3. erário público (erário)
4. pequeno detalhe (detalhe)
5. há anos atrás (há anos)

Frases 1. Eu nasci este menino há três anos. (Dei à luz…/Pari…/Tive


com influência este menino há três anos.)
das línguas 2. C omeram o teu pão na Cátia. (A Cátia comeu o teu pão. Ou:
africanas O teu pão foi comido pela Cátia.)
85

Não faça isso!…


>
Siga a regra…
Apartir de Maio, os salários serão pagos A partir de Maio, os salários serão pagos
por transferência bancária. por transferência bancária.
>
Aquele rapaz é muito mau comportado. Aquele rapaz é muito mal comportado.
>
Ainda não nos disseram porque motivo Ainda não nos disseram por que motivo
as aulas de amanhã foram canceladas. as aulas de amanhã foram canceladas.
>
Estive na tua sala a alguns minutos. Estive na tua sala há alguns minutos.
>
Este motorista nunca para sobre as Este motorista nunca pára sobre as
passadeiras. passadeiras.
>
Na medida em que registava as histórias, À medida que registava as histórias,
Ngangula começou a perceber que havia Ngangula começou a perceber que havia
algumas semelhanças entre elas. algumas semelhanças entre elas.
>
Hoje não tem sistema em muitos bancos. Hoje não há sistema em muitos bancos.
>
As obras pararam através da chuva. As obras pararam por causa da chuva.
>
Os acidentes de viação resultam muita Os acidentes de viação resultam muitas
das vezes em morte. vezes em morte.
>
Os estudantes apresentaram muitas Os estudantes apresentaram muitas
dúvidas com relação ao uso da crase. dúvidas em relação ao uso da crase.
>
Depois do divórcio, o elo de ligação entre Depois do divórcio, o elo entre nós passou
nós passou a ser o nosso filho. a ser o nosso filho.
>
A última Trienal ocorreu há um ano atrás. A última Trienal ocorreu há um ano.
>
Milhares de pessoas assistiram às Milhares de pessoas assistiram às
exéquias fúnebres de Malangatana. exéquias de Malangatana.
>
Foi uma partida muito difícil, mas contudo Foi uma partida muito difícil, mas (ou:
ganhámos o jogo. contudo,) ganhámos o jogo.
>
Quando a tua mãe te nasceu, eu estava Quando a tua mãe te teve (ou: deu à luz),
em Mbanza Kongo. eu estava em Mbanza Kongo.
>
O Mingo está a chorar porque lhe bateram O Mingo está a chorar porque o pai dele
no pai dele. lhe bateu.
APÊNDICE

A. Verbos preposicionados
B. Nomes, adjectivos e advérbios
preposicionados
C. Siglas e acrónimos
D. Topónimos e gentílicos
D1. Topónimos e gentílicos de Angola
D2. Topónimos e gentílicos lusófonos
D3. Topónimos e gentílicos do resto do mundo
E. Antropónimos mais comuns
F. Radicais gregos e latinos
F1. Radicais gregos iniciais
F2. Radicais gregos finais
F3. Radicais latinos iniciais
F4. Radicais latinos finais
ANEXO

88

A.
Verbos
preposicionados

Nota:
Tendo em conta a dinâmica de um idioma, optámos por descrever algumas regên-
cias que, apesar de serem de uso comum (por exemplo, namorar com), ainda
suscitam alguns problemas quanto à sua correcta utilização.
A. Verbos preposicionados

89

Abraçar-se Aprazer Brincar


Aceder Aprender Brindar
Achegar-se Apresentar (-se) Caber
Aclimatar-se Apressar-se Calhar
Aconselhar (-se)32 Aquiesce Candidatar-se
Acorrer Arriscar-se Ceder
Acostumar-se Ascender Chegar
Acudir Aspirar Cheirar
Adaptar-se Assemelhar-se Circunscrever
Adequar-se Assistir Colar
Aderir Associar (-se) Colocar
Afeiçoar-se Assomar Colorir
Aflorar Atar Comparar-se
Agarrar-se Atender Comparecer
Agradar Ater-se Competir34
Agradecer Atrever-se Comprar35
Alimentar-se33 Aventurar-se Conceder36
Aludir Bater Concernir37
Amparar-se Bradar Concorrer
Andar Brincar Confiar38
Antecipar (-se) Brindar Confinar (-se)
Antepor-se Bater Convencer39
Anuir Bradar Converter (-se)
Apegar-se Brincar Convir
Apelar Brindar Corresponder
Aplicar (-se) Bater Dar40
Apoiar-se Bradar

(32) Ser aconselhado a (adjectivo); Aconselhar Nhum a (verbo). Nhum: Nome de natureza humana.
(33) Ser alimentado a (adjectivo); alimentar Nhum a (verbo).
(34) Ex.: Não compete a ele dar essa informação.
(35) Nos casos em que o verbo surge acompanhado da preposição «a», faz geralmente parte de uma
unidade multipalavra (Ex.: comprar a crédito, comprar ao desbarato).
(36) S er concedido a (adjectivo); conceder N a (verbo).
(37) C om preposição, faz parte de uma locução: no que concerne a (= no que respeita a).
(38) S er confiado a (adjectivo); confiar N a (verbo).
(39) Ser convencido a (adjectivo); convencer Nhum a (verbo).
(40) Ser dado a (adjectivo); dar N a (verbo).
ANEXO

90

Declarar (-se) Escapar Incitar50


Dedicar (-se) Escusar-se Interessar
Demorar Esmerar-se Intimar51
Desafiar41 Esquivar-se Ir
Desagradar Estafar-se Lançar (-se)
Desatar Estar Levar52
Deslocar-se Exortar Ligar (-se)
Deter-se Explicar47 Limitar-se
Dever (-se) Expor (-se) Moldar-se
Dignar-se Falar Mostrar (-se)
Devolver42 Faltar Negar-se
Devotar-se Forçar48 Obedecer
Dirigir (-se) Furtar-se Obrigar53
Dizer43 Habilitar-se Oferecer (-se)
Encostar (-se) Habituar (-se) Opor-se
Endereçar44 Humilhar-se Orar
Endossar45 Igualar-se Pagar54
Ensinar46 Impelir Participar55
Entregar (-se) Implorar Passar
Equiparar-se Impor (-se) Perdoar56
Equivaler Incentivar49 Perguntar57

(41) S er desafiado a (adjectivo).


(42) Ser devolvido a (adjectivo); devolver N a (verbo).
(43) Ser dito a (adjectivo); dizer N a (verbo).
(44) S er endereçado a (adjectivo); endereçar algo a (verbo).
(45) S er endossada a (adjectivo); Endossar algo a (verbo).
(46) S er ensinado a (adjectivo); ensinar algo a Nhum (verbo); ensinar Nhum a algo (verbo).
(47) Ser explicado a (adjectivo); explicar algo a Nhum (verbo).
(48) Ser forçado a (adjectivo); forçar Nhum a (verbo).
(49) Ser incentivado a (adjectivo); incentivar Nhum a (verbo).
(50) Ser incitado a (adjectivo); incitar Nhum a (verbo).
(51) Ser intimado a (adjectivo); intimar Nhum a (verbo).
(52) Ser levado a (adjectivo); levar Nhum a (verbo).
(53) Ser obrigado a (adjectivo); obrigar Nhum a (verbo).
(54) Ser pago a (adjectivo); pagar N a (verbo).
(55) Ser participado a (adjectivo); participar N a (verbo).
(56) Ser perdoado a (adjectivo); perdoar N a (verbo).
(57) Ser perguntado a (adjectivo); perguntar N a (verbo).
A. Verbos preposicionados

91

Permitir58 Referir-se Seguir-se


Persuadir59 Regressar Sobrepor-se
Pertencer Remontar Sobreviver
Pôr-se Render (-se) Subir
Predispor-se Renegar Submeter (-se)
Prender-se Renunciar Subtrair
Presidir Reportar-se Suceder
Prestar-se Reprovar Sucumbir
Principiar Responder Sujeitar (-se)
Proceder Resistir Suplicar
Prometer60 Resolver-se Tardar
Prontificar-se Restituir61 Telefonar
Propagar-se Restringir-se Tender
Propor (-se) Resumir-se Trepar
Ralhar Retornar Unir (-se)
Reagir Rezar Vergar-se
Rebaixar-se Rogar Vincular-se
Recorrer Saber Vir
Recusar-se Sair Voltar
Reduzir

(58) S
 er permitido a (adjectivo); permitir N a (verbo).
(59) Ser persuadido a (adjectivo); Persuadir Nhum a (verbo).
(60) Ser prometido a (adjectivo); prometer N a (verbo).
(61) Ser restituído a (adjectivo); restituir N a (verbo).
ANEXO

92

COM

Abarrotar Beneficiar Confrontar (-se)


Abastecer (-se) Brigar Consolar-se
Abespinhar-se Brincar Contactar
Aborrecer(-se) Bulir Contar
Acabar Carregar Contemporizar
Aconselhar-se Casar (-se) Contender
Admirar-se Chocar Contentar-se
Afligir-se Chorar62 Continuar
Agastar-se Coabitar Contrastar
Alarmar-se Cobrir (-se) Contribuir
Amedrontar-se Coexistir Conversar
Andar Coincidir Conviver
Animar-se Colaborar Cooperar
Antipatizar Colidir Copular
Apontar Coligar-se Corar
Apoquentar-se Combinar Corresponder-se
Arcar Começar Cortar
Argumentar Comover-se Cruzar-se
Arrepiar-se Comparar (-se) Culminar
Articular-se Compartilhar63 Cumprir
Associar-se Competir Curar
Assustar-se Comunicar Dar-se
Atemorizar-se Concordar Debater (-se)
Atormentar-se Concorrer Defrontar-se
Atrapalhar-se Condescender Deliciar-se
Atrasar-se Condizer Deparar (-se)
Aturdir-se Confinar Desabafar
Avistar-se Conformar-se Desanimar-se
Barafustar Confraternizar

(62) E
 ste verbo pode ainda ser utilizado com a preposição «por»: Ele chorou por ela!
(63) Ser compartilhado com (adjectivo); compartilhar N com (verbo).
A. Verbos preposicionados

93

Desapontar-se Escandalizar-se Importar-se


Desculpar-se Espantar-se Importunar-se
Desesperar (-se) Estar Impressionar-se
Desfazer Estremecer Incomodar-se
Deslumbrar-se Exaltar-se Incompatibilizar-se
Desorientar-se Exempificar Indignar-se
Dialogar Extasiar-se Indispor-se
Discutir Falar Inebriar-se
Distrair (-se) Familiarizar-se Iniciar (-se)
Divertir (-se) Fascinar-se Inquietar-se
Drogar (-se) Fatigar-se Insistir
Embaraçar-se Fazer Intrigar-se
Embelezar (-se) Ferir (-se) Irritar-se
Emocionar-se Ficar Lidar
Empanturrar-se Filmar Lucrar
Empatar Fornicar Lutar
Empertigar-se Fugir Maçar-se
Empolgar-se Fundir-se Manter-se
Encantar-se Gozar Martirizar-se
Encarar Gracejar Meter-se
Encontrar (-se) Gritar Misturar (-se)
Enervar-se Guardar Morar
Enfadar-se Guarnecer64 Morrer
Enfartar-se Guerrear Namorar
Enfastiar-se Habitar Negociar
Enfurecer-se Harmonizar-se Ofender (-se)
Engasgar-se Horrorizar-se Ornamentar-se
Engraçar Identificar-se Pactuar
Entender-se Iludir-se Padecer
Entusiasmar-se Ilustrar Parar
Envaidecer-se Impacientar-se Parecer-se
Envolver-se Implicar Partilhar65

(64) Ser guarnecido com (adjectivo); guarnecer N com (verbo).


(65) Ser partilhado com (adjectivo); partilhar N com (verbo).
ANEXO

94

Pegar (-se) Regalar-se Sonhar


Perfumar-se Regozijar-se Sufocar
Perturbar-se Relacionar (-se) Sujar (-se)
Polvilhar66 Rematar Surpreender (-se)
Prender (-se) Repartir Tapar (-se)
Preocupar-se Resmungar Teimar
Presentear67 Reunir-se Temperar
Privar Rimar Terminar
Prosseguir Rivalizar Torturar69
Rabujar Romper Transacionar
Ralar-se Sair Transigir
Ralhar Salpicar Tremer
Reatar Satisfazer-se Untar
Rebentar Simpatizar Viajar
Rechear68 Sobrecarregar Vibrar
Recomeçar Sofrer Voltar
Reencontrar-se Solidarizar-se Zangar-se
Refilar

(66) S er/estar polvilhado com (adjectivo); polvilhar N com (verbo).


(67) S er presenteado com (adjectivo); presentear Nhum com (verbo).
(68) S er/Estar recheado com (adjectivo); rechear N com (verbo).
(69) S er torturado com (adjectivo); torturar Nhum com (verbo).
A. Verbos preposicionados

95

CONTRA

Actuar Investir Pugnar


Agir Levantar-se Reagir
Argumentar Lutar Rebelar-se
Atentar Manifestar-se Reclamar
Avançar Pecar Resmungar
Chocar Precaver-se Revoltar-se
Combater Preservar (-se) Ser
Conspirar Prevenir-se Testemunhar
Depor Proceder Unir-se
Embater Proteger-se Vacinar
Imunizar Protestar Virar-se
Insurgir-se
ANEXO

96

DE

Abarrotar Aproveitar-se Colorir


Abastecer (-se) Aproximar-se Compadecer-se
Abdicar Arder Consciencializarse
Abeirar-se Arrancar Cansar-se
Aborrecer-se Arredar Convalescer
Abster-se Arrepender-se Convencer-se
Abstrair (-se) Arrepiar-se Cuidar
Abusar Assenhorar-se Culpar74
Acabar Auferir Defender (-se)
Acautelar-se Ausentar-se Deixar (-se)
Acercar-se Avisar72 Demitir-se
Admirar-se Avizinhar-se Demover75
Advertir70 Beneficiar Depender
Advir Brotar Derivar
Afastar (-se) Caçoar Desabituar-se
Alcunhar71 Cair Desaparecer
Alienar-se Capacitar-se Desassociar
Alimentar-se Caracterizar Descartar-se
Andar Carecer Descender
Apartar-se Chegar Descer
Aperceber-se Classificar Desconfiar
Apiedar-se Cobrir (-se) Desculpar (-se)
Apoderar-se Coibir (-se) Desdenhar
Apossar-se Cognominar73 Desembaraçar-se
Apropriar-se

(70) Ser advertido de (adjectivo); advertir Nhum de (verbo).


(71) Ser alcunhado de (adjectivo); alcunhar Nhum de (verbo).
(72) Ser avisado de (adjectivo); avisar Nhum de (verbo).
(73) S er cognominado de (adjectivo); cognominar Nhum de (verbo).
(74) Ser culpado de (adjectivo); culpar Nhum de (verbo).
(75) Ser demovido de (adjectivo); demover Nhum de (verbo).
A. Verbos preposicionados

97

Desenvencilhar-se Encher (-se) Lembrar-se


Desertar Encobrir-se Levantar-se
Desistir Envergonhar-se Libertar (-se)
Deslizar Escarnecer Livrar-se
Deslocar (-se) Esquecer-se Morrer
Despedir-se Evadir-se Munir-se
Despertar Excluir78 Necessitar
Destacar-se Expulsar79 Ocupar-se
Destituir76 Falar Orgulhar-se
Destoar Fartar-se Padecer
Desviar (-se) Fazer Partir
Desvincular-se Ficar Passar
Diferenciar (-se) Fingir-se Persuadir80
Discordar Fugir Polvilhar
Disfarçar-se Gabar-se Precisar
Dispensar (-se) Gostar Prescindir
Dispor Gozar Preservar-se
Dissociar (-se) Guardecer Privar-se
Dissuadir77 Impedir Proceder
Distar Importar-se Proibir81
Distinguir (-se) Incumbir Proteger-se
Divergir Inibir (-se) Prover-se
Divorciar-se Inteirar (-se) Provir
Dotar Intitular-se Queixar-se
Duvidar Ir Reabastecer-se
Empanturrar-se Isolar (-se) Reabilitar-se
Enamorar-se Ladear-se Rechear82
Encarregar (-se) Lamentar-se Reclamar

(76) Ser destituído de (adjectivo); destituir Nhum de (verbo).


(77) Ser dissuadido de (adjectivo); dissuadir Nhum de (verbo).
(78) Ser excluído de (adjectivo); excluir N de (verbo).
(79) Ser expulso de (adjectivo); expulsar Nhum de (verbo).
(80) Ser persuadido de (adjectivo); persuadir Nhum de (verbo)
(81) Ser proibido de (adjectivo); proibir Nhum de (verbo).
(82) Ser/estar recheado de (adjectivo); rechear N de (verbo).
ANEXO

98

Recordar-se Separar (-se) Trazer88


Recuperar Ser Trocar
Redimir-se Servir (-se) Troçar
Regozijar-se Sobrecarregar85 Usufruir
Regressar Socorrer-se Valer-se
Resguardar-se Sofrer Vangloriar-se
Rir-se Soltar-se Variar
Rotular83 Subsistir Vestir (-se)
Saber Surgir Viajar
Sacar84 Suspeitar Vingar-se
Safar-se Ter Vir
Sair Tingir86 Voltar
Salpicar Traduzir87 Zombar
Saltar Transitar
Saturar (-se) Tratar (-se)

(83) Ser rotulado de (adjectivo); rotular N de (verbo).


(84) Ser sacado de (adjectivo); sacar N de (verbo).
(85) Estar sobrecarregado de (adjectivo); sobrecarregar Nhum de (verbo).
(86) Ser/estar tingido de (adjectivo); tingir N de (verbo).
(87) Ser traduzido de (adjectivo); traduzir N de (verbo).
(88) Ser trazido de (adjectivo); trazer N de (verbo).
A. Verbos preposicionados

99

EM

Abrigar-se Competir Desfazer94


Abundar Concentrar (-se) Deslizar
Acertar Concordar Despejar95
Acreditar Condescender Despenhar-se
Actuar Confiar Destacar-se
Amparar-se Convergir Deter-se
Aplicar (-se) Converter Diluir96
Apoiar-se Cravar90 Diplomar-se
Apostar Crer Dispor97
Armar-se Cuspir Dissolver98
Assentar Dar Dividir99
Aterrar Decompor91 Dobrar100
Basear-se Decorrer Doutorar-se
Bater Degenerar Embarcar
Caber Deitar(-se) Embater
Cair Delegar Embeber
Caprichar Depor Empenhar-se
Carregar Depositar92 Encaixar (-se)
Circular Desaguar Encalhar
Cismar Descontar93 Encerrar-se
Cogitar Desembarcar Enfiar (-se)
Colocar89 Desembocar

(89) Adjectivo: ser/estar colocado em; Verbo: colocar N em.


(90) Ser/estar cravado em (adjectivo); cravar N em (verbo).
(91) Adjectivo: ser/estar decomposto em; Verbo: decompor N em.
(92) Adjectivo: ser depositado em; Verbo: depositar N em.
(93) Adjectivo: ser descontado em; Verbo: descontar N em.
(94) Adjectivo: ser desfeito em; Verbo: desfazer N em.
(95) Adjectivo: ser despejado em; Verbo: despejar N em.
(96) Adjectivo: ser diluído em; Verbo: diluir N em.
(97) Adjectivo: ser/estar diposto em; Verbo: dispor N em.
(98) Adjectivo: ser dissolvido em; Verbo: dissolver N em.
(99) Adjectivo: ser/estar dividido em; Verbo: dividir N em.
(100) Adjectivo: ser/estar dobrado em.
ANEXO

100

Enganar-se Imergir103 Mexer


Enquadrar-se Imiscuir-se Militar
Enrolar-se Incorporar104 Morar
Entrar Incorrer Orçar107
Envolver (-se) Incutir105 Participar
Esconder (-se) Induzir Passar
Esmerar-se Infiltrar-se Pendurar (-se)
Espalhar-se Influir Penetrar
Especializar-se Ingressar Pensar
Espetar101 Inscrever-se Permanecer
Esvair-se Inserir (-se) Pernoitar
Evidenciar-se Insistir Perseverar
Exceder-se Inspirar-se Persistir
Falar Instalar-se Pousar
Fechar (-se) Integrar (-se) Pôr
Ficar Interferir Preocupar-se
Filiar-se Introduzir (-se) Projectar (-se)
Formar-se Intrometer-se Radicar-se
Fragmentar102 Investir Reagrupar108
Fundamentar-se Licenciar-se Reaparecer
Girar Matricular (-se) Redundar
Graduar-se Meditar Refugiar-se
Habitar Mergulhar Reintegrar-se
Hesitar Meter106 Reparar
Hospedar-se Meter-se Repartir109

(101) Adjectivo: ser/estar espetado em; Verbo: espetar N em.


(102) Adjectivo: ser/estar fragmentado em; Verbo: fragmentar N em.
(103) Adjectivo: estar imerso em.
(104) Adjectivo: ser/estar incorporado em; Verbo: incorporar N em.
(105) Adjectivo: ser incutido em; Verbo: incutir N em.
(106) Adjectivo: estar/ser metido em; Verbo: meter N em.
(107) Adjectivo: ser orçado em.
(108) Adjectivo: ser/estar reagrupado em; Verbo: reagrupar N em.
(109) Adjectivo: ser/estar repartido em; Verbo: repartir N em.
A. Verbos preposicionados

101

Residir Sentar-se Transigir


Resultar Separar112 Triunfar
Resumir110 Subdividir (-se) Tropeçar
Reunir Teimar Ver114
Rodar111 Terminar Viciar-se
Rolar Tocar Vir
Salientar-se Traduzir113 Virar-se
Segurar Transformar (-se) Votar

(110) Adjectivo: ser/estar resumido em Verbo: resumir N em.


(111) Adjectivo: ser rodado em.
(112) Adjectivo: ser/estar separado em Verbo: separar N em.
(113) Adjectivo: ser/estar traduzido em; Verbo: traduzir N em.
(114) Adjectivo: ser visto em; Verbo: ver N em.
ANEXO

102

PARA
Alertar Encaminhar (-se) Preparar (-se)
Apelar Entrar Reenviar123
Apontar Enviar Remeter124
Ausentar-se Exportar119 Reverter
Canalizar115 Falar Rir-se
Concorrer Fugir Saltar
Contribuir Gritar Seguir
Convergir Imigrar Sorrir
Convidar116 Importar120 Subir
Correr Inclinar-se Telefonar
Cuspir Indicar121 Tender
Descer Indigitar122 Trabalhar
Desertar Ingressar Traduzir
Designar Ir Transferir (-se)125
Deslizar Ligar Transitar
Deslocar (-se) Marchar Trazer126
Despachar117 Mudar (-se) Treinar-se
Destacar118 Nascer Vir
Desviar (-se) Oferecer-se Virar-se
Dirigir-se Olhar Voar
Divergir Partir Voltar
Emigrar Pender

(115) Adjectivo: ser canalizado para; Verbo: canalizar N para.


(116) Adjectivo: ser convidado para; Verbo: convidar Nhum para.
(117) Adjectivo: ser despachado para; Verbo: despachar N para.
(118) Adjectivo: ser destacado para; Verbo: destacar Nhum para.
(119) Adjectivo: ser exportado para; Verbo: exportar N para.
(120) Adjectivo: ser importado de; Verbo: importar N de.
(121) Adjectivo: ser indicado para; Verbo: indicar N para.
(122) Adjectivo: ser indigitado para; Verbo: indigitar Nhum para.
(123) Adjectivo: ser reenviado para; Verbo: reenviar N para.
(124) Adjectivo: ser remetido para; Verbo: remeter N para.
(125) Adjectivo: ser transferido para; Verbo: transferir N para.
(126) Adjectivo: ser trazido para; Verbo: trazer N para.
A. Verbos preposicionados

103

POR

Acabar Decidir-se Ir
Acudir127 Deslizar Irromper
Admirar-se Destacar-se Lutar
Agradecer128 Dirigir-se Mandar
Alegrar-se Distinguir (-se) Marchar
Andar Dividir132 Morrer
Apaixonar-se Enveredar Multiplicar137
Babar-se Enviar133 Navegar
Bater129 Esforçar-se Olhar
Caminhar Esperar Optar
Castigar130 Estar Orar
Celebrizar-se Expandir-se Pagar
Censurar131 Falar Passar
Chamar Fazer Pedir
Chorar Felicitar134 Pensar
Circular Ficar Perguntar
Clamar Gratificar135 Primar
Combater Gritar Processar138
Começar Indemnizar136 Prolongar-se
Desviar (-se) Interceder Puxar
Dar (-se) Interessar-se Recear
Deambular

(127) Adjectivo: ser acudido por.


(128) Adjectivo: estar/ficar agradecido por; Verbo: agradecer a Nhum por.
(129) Adjectivo: ser batido por.
(130) Adjectivo: ser castigado por; Verbo: castigar Nhum por.
(131) Adjectivo: ser censurado por/de; Verbo: censurar Nhum por/de.
(132) Adjectivo: ser divido por; Verbo: dividir N por.
(133) Adjectivo: ser enviado por; Verbo: enviar N por.
(134) Adjectivo: ser felicitado por; Verbo: felicitar Nhum por.
(135) Adjectivo: ser gratificado por; Verbo: gratificar Nhum por.
(136) Adjectivo: ser indemnizado por; Verbo: indemnizar Nhum por.
(137) Adjectivo: ser multiplicado por; Verbo: multiplicar N por.
(138) Adjectivo: ser processado por; Verbo: processar Nhum por
ANEXO

104

Reger-se Sacrificar-se Torcer


Regozijar-se Seguir Trabalhar
Repartir139 Salientar-se141 Tratar144
Repreender140 Seguir-se Trocar145
Respirar Ser Vaguear
Responder Sofrer Velar
Responsabilizar-se Substituir142 Vencer146
Rezar Suspirar Viajar
Rodar Temer Vir
Rogar Tomar143 Zelar
Rolar

(139) Adjectivo: ser repartido por; Verbo: repartir N por.


(140) Adjectivo: ser repreendido por; Verbo: repreender Nhum por.
(141) Adjectivo: ser salientado por.
(142) Adjectivo: ser substituído por; Verbo: substituir N por.
(143) Adjectivo: ser tomado por; Verbo: tomar Nhum por.
(144) Adjectivo: ser tratado por; Verbo: tratar Nhum por.
(145) Adjectivo: ser trocado por; Verbo: trocar N por.
(146) Adjectivo: ser vencido por.
A. Verbos preposicionados

105

SOBRE

Assentar Especular Lançar-se


Avançar Falar Pairar
Carregar Girar Pensar
Colocar147 Incidir Perguntar
Conversar Inclinar-se Pesquisar
Debruçar-se Indagar Precipitar-se
Deliberar Informar-se Questionar (-se)
Deslocar-se Inquirir149 Raciocinar
Dialogar Interrogar150 Recair
Discorrer Investigar Reflectir
Discutir Lançar-se Rodar
Dissertar Pairar Rolar
Elucidar148 Investigar Tombar

(147) Adjectivo: ser/estar colocado sobre; Verbo: colocar N sobre


(148) Adjectivo: ser/estar elucidado sobre; Verbo: elucidar Nhum sobre.
(149) Adjectivo: ser inquirido sobre; Verbo: inquirir Nhum sobre.
(150) Adjectivo: ser interrogado sobre; Verbo: interrogar Nhum sobre.
ANEXO

106

B.
Nomes, adjectivos
e advérbios preposicionados
B. Nomes, adjectivos e advérbios preposicionados

107

A Atenção Face
Acessível Atento Falta
Acostumado Aversão Favorável
Adequado Benéfico Fiel
Alheio Combate Grato
Alusão Contíguo Guerra
Alusivo Contrário Habituado
Amor Desrespeito Horror
Análogo Devoção Idêntico
Apto Direito Igual
Assistência Equivalente Necessário
Nocivo Paciente Licenciado
Obediência Parecido Licenciatura
Ódio Relacionado Localizado
Oposto Satisfeito Mestrado
Paralelo
Igual
Necessário De Para
Nocivo Ávido Apto
Obediência Capaz Capacidade
Ódio Consulta Capacitado
Oposto Diferente Contribuição
Paralelo Digno Contributo
Preferência Encarregado Impróprio
Prestes Invasão Inábil
Propício Junto Pronto
Relativo Natural Propensão
Respeito Necessidade Útil
Semelhante Passível
Sensível Próprio
Situado Próximo Por
Submissão Mestre Ansioso
Superior Morador Antipatia
Susceptível Residente Aversão
Útil Sujeito Ávido
Susceptível Gosto
Preferência
Com Querido
Acostumado Em Respeito
Carinhoso Doutorado Responsável
Compatível Doutoramento Satisfação
Descontente Entendido Satisfeito
Exigente Especialista Simpatia
Intolerante Hábil
ANEXO

108

C.
Siglas
e acrónimos
C. Siglas e acrónimos

109

AAA – Angola, Agora e Amanhã


ADN – Ácido Desoxirribonucleico
ADRA – Associação para o Desenvolvimento Rural e Ambiente
AF – Alliance Française (Aliança Francesa)
AI – Amnistia Internacional
AIA – Associação Industrial de Angola
AIEA – Agência Internacional de Energia Atómica
AIEA – Associação Internacional de Energia Atómica
AJPD – Associação Justiça, Paz e Democracia
AMA – Associação das Mulheres Angolanas
AN – Assembleia Nacional
ANANGOLA – Associação dos Naturais de Angola
ANC – A frican Nacional Congress (Congresso Nacional Africano)
ARN – Ácido Ribonucleico
ATL – Actividades de Tempos Livres
AVC – Acidente Vascular Cerebral
BAD – Banco Africano de Desenvolvimento
BAI – Banco Africano de Investimentos
BANC – Banco Angolano de Negócios e Comércio
BBC – British Broadcasting Corporation (Corporação Britânica de
Radiodifusão)
BCA – Banco Comercial do Atlântico
BCI – Banco de Comércio e Indústria
BESA – Banco Espírito Santo Angola
BET – Brigada Especial de Trânsito
BFA – Banco de Fomento Angola
BI – Bilhete de Identidade
BIC – Banco de Investimento e Crédito
BIGA – Boletim Informativo do Governo de Angola
BM – Banco Mundial
BN – Biblioteca Nacional
BNA – Banco Nacional de Angola
ANEXO

110

BNI – Banco de Negócios Internacional


BO – Bairro Operário
BPA – Banco Privado Atlântico
BPC – Banco de Poupança e Crédito
BUE – Balcão Único do Empreendedor
CAF – Confederação Africana de Futebol
CAN – Campeonato Africano das Nações
CASA/CE – Convergência Ampla de Salvação de Angola/Coligação
Eleitoral
CDC – Companhia de Dança Contemporânea
CEDEAO – Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental
CEFOJOR – Centro de Formação de Jornalistas
CEI – Casa dos Estudantes do Império
CENI – Comissão Eleitoral Nacional Independente
CFB – Caminhos-de-Ferro de Benguela
CFE – Centro de Formação Especial
CFL – Caminhos-de-Ferro de Luanda
CGSILA – Central Geral dos Sindicatos Independentes e Livres de
Angola
CIAGRA – Companhia Industrial e Agrícola de Angola
CICIBA – Centro de Investigação das Civilizações Bantu
CID – Comité Internacional da Dança
CIDAC – Centro de Informação e Documentação Amílcar Cabral
CLUL – Centro de Linguística da Universidade de Lisboa
CNE – Comissão Nacional Eleitoral
CNN – Cable News Network (Rede Cabo de Notícias)
COI – Comité Olímpico Internacional
CONCP – Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias
Portuguesas
COTTONANG – Companhia Geral dos Algodões de Angola
CPI – Comité Paralímpico Internacional
CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
C. Siglas e acrónimos

111

CPO – Conselho Político da Oposição


CUCA – Companhia União de Cervejas de Angola
CV – Curriculum Vitae
DIAMANG – Companhia de Diamantes de Angola
DNIC – Direcção Nacional de Investigação Criminal
DNVT – Direcção Nacional de Viação e Trânsito
DPIC – Direcção Provincial de Investigação Criminal
DR – Diário da República
DVD – Digital Versatile Disc (Disco Digital Versátil)
EAU – Emirados Árabes Unidos
EDEL – Empresa de Distribuição de Electricidade de Luanda
ELISAL – Empresa de Limpeza e Saneamento de Luanda
ENAD – Escola Nacional de Administração
ENANA – Empresa Nacional de Navegação Aérea e Exploração de
Aeroportos
ENAP – Escola Nacional de Artes Plásticas
ENDIAMA – E  mpresa Nacional de Diamantes de Angola
ENE – Empresa Nacional de Electricidade
ENSA – Empresa de Seguros de Angola
EPAL – Empresa Pública de Água de Luanda
ESP – Escola Superior Pedagógica
EUA – Estados Unidos da América
FAA – Forças Armadas Angolanas
FAF – Federação Angolana de Futebol
FCG – Fundação Calouste Gulbenkian
FIBA – Federação Internacional de Basquetebol
FIC – Festival Internacional de Cinema
FIFA – Federação Internacional de Futebol Associado
FLEC – Frente de Libertação do Enclave de Cabinda
FMI – Fundo Monetário Internacional
FNAC – F édération Nationale d’Achats des Cadres (Federação Nacional
dos Gerentes de Compras)
ANEXO

112

FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola


FNUAP – Fundo de População das Nações Unidas
FRELIMO – Frente de Libertação de Moçambique
FRETILIN – Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente
FTU – Fábrica de Tabacos Ultramarina
FUMA – Frente Unida para Mudança de Angola
GMN – Grupo de Medicina Nuclear
GPS – Global Position Sistem (Sistema de Posicionamento Global)
GRAE – Governo Revolucionário de Angola no Exílio
GRN – Gabinete de Reconstrução Nacional
GUE – Guiché Único da Empresa
GURN – Governo de Unidade e Reconciliação Nacional
IAAF – International Association of Athletics Federations (Associação
Internacional de Federações de Atletismo)
IACAM – Instituto Angolano de Cinema Audiovisual e Multimédia
IBAN – International Bank Account Number (Número Internacional de
Identificação Bancária)
IC – Instituto Camões
IDF – Instituto de Desenvolvimento Florestal
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
IGCA – Instituto de Geodesia e Cartografia de Angola
ILTEC – Instituto de Linguística Teórica e Computacional
IMAT – Instituto Médio Agrário do Tchivinguiro
IMC – Índice de Massa Corporal
IMEL – Instituto Médio de Economia de Luanda
IMIL – Instituto Médio Industrial de Luanda
IMNE – Instituto Médio Normal de Educação
INAC – Instituto Nacional da Criança
INACOM – Instituto Angolano das Comunicações
INADEC – Instituto Nacional de Defesa do Consumidor
INALD – Instituto Nacional do Livro e do Disco
INAPEM – Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas
C. Siglas e acrónimos

113

INAVIC – Instituto Nacional de Aviação Civil


INCA – Instituto Nacional do Café de Angola
INEA – Instituto Nacional de Estradas de Angola
INEFOP – Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional
INIC – Instituto Nacional das Indústrias Culturais
INIDE – Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento da
Educação
ISCED – Instituto Superior de Ciências da Educação
ISE – Instituto Superior de Enfermagem
ISKA – Instituto Superior Politécnico Kangongi de Angola
ISTA – Instituto Superior Técnico de Angola
ISUP – Instituto Superior João Paulo II
IVA – Imposto de Valor Acrescentado
JA – Jornal de Angola
JFNLA – Juventude da Frente Nacional de Libertação de Angola
JMPLA – Juventude do Movimento Popular de Libertação de Angola
JURA – Juventude Unida Revolucionária de Angola
LAC – Luanda Antena Comercial
LIMA – Liga da Mulher Angolana
MADRP – Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das
Pescas
MAPESS – M  inistério da Administração Pública, Emprego e Segurança
Social
MCS – Ministério da Comunicação Social
MED – Ministério da Educação
MESCT – Ministério do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia
MINARS – Ministério da Assistência e Reinserção Social
MINCULTURA – Ministério da Cultura
MINFAMU – M  inistério da Família e Promoção da Mulher
MINFIN – Ministério das Finanças
MINJUD – Ministério da Juventude e Desportos
MINJUS – Ministério da Justiça
ANEXO

114

MINSA – Ministério da Saúde


MINTRANS – Ministério dos Transportes
MIREX – Ministério das Relações Exteriores
MLSTP/PSD – M  ovimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido
Social Democrata
MPLA – Movimento Popular de Libertação de Angola
NASA – N ational Aeronautics and Space Administration (Administração
Nacional do Espaço e da Aeronáutica)
NBA – N
 acional Basketball Association (Associação Nacional de
Basquetebol)
ND/UE – Nova Democracia/União Eleitoral
NEPAD – N  ew Partnership for África’s Development (Nova Parceria para
o Desenvolvimento de África)
NJ – Novo Jornal
OGE – Orçamento Geral do Estado
OIM – Organização Internacional das Migrações
OMA – Organização da Mulher Angolana
OMC – Organização Mundial do Comércio
OMS – Organização Mundial da Saúde
ONG – Organização Não Governmental
ONU – Organização das Nações Unidas
OPA – Organização do Pioneiro Angolano
OPEP – Organização dos Países Exportadores de Petróleo
OPSA – Observatório Político e Social de Angola
OTAN – Organização do Tratado do Atlântico Norte
OUA – Organização de Unidade Africana
OVNI – Objecto Voador Não Identificado
PAAE – Programa de Alfabetização e Aceleração Escolar
PAICV – Partido Africano de Independência de Cabo Verde
PAIGC – Partido Africano para a Independência da Guiné
e Cabo Verde
PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
C. Siglas e acrónimos

115

PAM – Programa Alimentar Mundial


PAPOD – Partido Popular para o Desenvolvimento
PAV – Programa Alargado de Vacinação
PCA – Presidente do Conselho de Administração
PCB – Partido Comunista Brasileiro
PDP/PS – Partido para a Democracia e Progresso/Partido Social
PDP-ANA – P  artido Democrático para o Progresso de Aliança Nacional
Angolana
PGR – Procuradoria-Geral da República
PIB – Produto Interno Bruto
PIDE/DSG – Polícia Internacional de Defesa do Estado/Direcção-Geral
de Segurança)
PIN – P
 ersonal Identification Number (Número de Identificação Pessoal)
PLD – Partido Liberal Democrático
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PNUMA – Programa das Nações Unidas para o Ambiente
PRS – Partido de Renovação Social
PTB – Partido Trabalhista Brasileiro
PUK – Pin Unlock Key (Senha para Desbloqueio do PIN)
PVP – Preço de Venda ao Público
RDC – República Democrática do Congo
RE – Rádio Ecclésia
RENAMO – Resistência Nacional Moçambicana
RNA – Rádio Nacional de Angola
RSA – República Sul-Africana
RTTL – Rádio e Televisão de Timor-Leste
RTP – Radio e Televisão de Portugal
SA – Semanário Angolense
SADC – S outhern African Development Comunity (Comunidade para o
Desenvolvimento da África Austral)
SAL – Sociedade de Aviação Ligeira
SARL – Sociedade Anónima de Responsabilidade Limitada
ANEXO

116

SIAC – Serviço Integrado de Apoio ao Cidadão


SIC – Sociedade Independente de Comunicação
SIDA – Síndroma de Imunodeficiência Adquirida
SINPES – Sindicato dos Professores do Ensino Superior
SINPROF – Sindicato Nacional dos Professores
SINSE – Serviço de Inteligência e Segurança do Estado
SJA – Sindicato dos Jornalistas Angolanos
SME – Serviço de Migração e Estrangeiros
SMS – Short Message Service (Serviço de Mensagens Curtas)
SONANGOL – Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola
SWAPO – S  outh-West Africa People’s Organization (Organização do Povo
do Sudoeste Africano)
TAAG – Transportadora Aérea Angolana
TAM – Terminal Aéreo Militar
TAP – Transportes Aéreos Portugueses
TCUL – Transporte Colectivo Urbano de Luanda
TCV – Televisão de Cabo Verde
TDM – Teledifusão de Macau
TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação
TGB – Televisão da Guiné-Bissau
TPA – Televisão Pública de Angola
TPI – Tribunal Penal Internacional
TURA – Transporte Urbano Rodoviário de Angola
TVI – Televisão Independente
TVM – Televisão de Moçambique
TVS – Televisão de São Tomé
UA – União Africana
UAN – Universidade Agostinho Neto
UC – Universidade de Coimbra
UCAN – Universidade Católica de Angola
UEA – União dos Escritores Angolanos
C. Siglas e acrónimos

117

UEFA – Union of European Football Associations (União das Federações


Europeias de Futebol)
UGS – Universidade Gregório Semedo
UJAO – União dos Jornalistas da África do Oeste
UKB – Universidade Katyavala Bwila
ULA – Universidade Lusíada de Angola
ULAN – Universidade Lueji A’Nkonde
UMA – Universidade Metodista de Angola
UNAC – União Nacional de Artistas e Compositores
UNAP – União Nacional de Artistas Plásticos
UNESCO – United Nations Educational, Scientific and Cultural
Organization (Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura)
UnIA – Universidade Independente de Angola
UNICEF – U  nited Nations Children’s Fund (Fundo das Nações Unidas
para a Infância)
UNITA – União Nacional para a Independência Total de Angola
UNL – Universidade Nova de Lisboa
UNTA – União Nacional dos Trabalhadores Angolanos
UOR – Universidade Óscar Ribas
UPA – União das Populações de Angola
UPRA – Universidade Privada de Angola
USCA – União dos Sindicatos de Cabinda
UCCLP – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa
VHF – Very High Frequency (Frequência Muito Alta)
VHS – Video Home Sistem (Sistema de Vídeo Doméstico)
VIH – Vírus de Imunodeficiência Humana
VIP – Very Important Person (Pessoa Muito Importante)
WWW – World Wide Web (Rede Mundial de Comunicação)
ZAP – Zone Angola Portugal
ZEE – Zona Económica Exclusiva
ANEXO

118

D.
Topónimos
e gentílicos

Nota:
As listas que se seguem foram elaboradas mediante recurso a sites oficiais de
governos provinciais (no caso de Angola) e nacionais (no caso de outros países lusó-
fonos, sobretudo Timor).
Recorremos ainda a vários sites e blog nos quais os usuários empregam frequente-
mente determinados gentílicos (ingombotano, maputense, etc.).
Procedemos também à apresentação dos gentílicos nos dois géneros, nos casos em
que o adjectivo flexiona.
D. Topónimos e gentílicos

119

D1. Topónimos e gentílicos de Angola

Topónimos Gentílicos

Ambaca (município – Cuanza Norte) Ambaquista

Ambuíla (município – Uíje) Ambuilano/Ambuilana

Andulo (município – Bié) Andulense

Angola (país – África) Angolano/Angolana

Baía Farta (cidade – Benguela) Baiano-fartense/Baiana-fartense

Bailundo (cidade – Huambo) Bailundense

Bengo (província) Benguense

Benguela (província) Benguelense

Bié (província) Bieno

Buengas (município – Uíje) Buenguista

Caála (cidade – Huambo) Caalense

Cabinda (província) Cabindês/Cabindesa; Cabindense

Caxito (cidade – Bengo) Caxitense

Cazenga (município – Luanda) Cazenguense

Chibia (município – Huíla) Chibiano/Chibiana

Cuando Cubango (província) Cuando-cubanguês/Cuando-cubanguesa

Cuanza Norte (província) Cuanza-nortenho/Cuanza-nortenha

Cuanza Sul (província) Cuanza-sulino/Cuanza-sulina

Cubal (cidade – Benguela) Cubalense

Cunene (província) Cunenense

Dondo (cidade – Cuanza Norte) Dondista

Dundo (cidade – Lunda Norte) Dundense

Gabela (cidade – Cuanza Sul) Gabelense

Huambo (província) Huambense


ANEXO

120

Huíla (província) Huilano/Huilana

Ingombota (município – Luanda) Ingombotano/Ingombotana; Ingombotense

Kuito (cidade – Bié) Kuitense

Libolo (município – Cuanza Sul) Libolense

Lobito (cidade – Benguela) Lobitanga

Luanda (província) Luandense

Lubango (cidade – Huíla) Lubanguense

Lucapa (cidade – Lunda Norte) Lucapense

Luena (cidade – Moxico) Luenense

Lunda Norte (província) Lunda; Norte-lundense

Lunda Sul (província) Lunda; Sul-lundense

Maianga (município – Luanda) Maianguista

Malanje (província) Malanjino/Malanjina

Maquela do Zombo (município – Uíje) Maquelense; Bazombo

Menongue (cidade – Cuando Cubango) Menonguense

Moxico (província) Moxiquense

Namibe (província) Namibense

Quibala (município – Cuanza Sul) Quibalista

Quissama (município – Bengo) Quissamista

Rangel (município – Luanda) Rangelista

Sambizanga (município – Luanda) Sambila; Sambizanguense

Saurimo (cidade – Lunda Sul) Saurimense


D. Topónimos e gentílicos

121

Soyo (cidade – Zaire) Soyense

Sumbe (cidade – Cuanza Sul) Sumbense

Uíje (província) Uijiense

Viana (município – Luanda) Vianense

Zaire (província) Zairense


ANEXO

122

D2. Topónimos e gentílicos lusófonos

Topónimos Gentílicos

Acre (estado – Brasil) Acreano/Acreana

Alagoas (estado – Brasil) Alagoano/Alagoana

Amapá (estado – Brasil) Amapaense

Amazonas (estado – Brasil) Amazonense

Aveiro (cidade – Portugal) Aveirense

Bafatá (região – Guiné- Bissau) Bafatense

Bahia (estado – Brasil) Baiano/Baiana

Beja (distrito – Portugal) Bejense

Bissau (cidade – Guiné-Bissau) Bissanense

Boa Vista (cidade – Brasil) Boa-vistense

Bolama (cidade – Guiné-Bissau) Bolamense

Braga (cidade – Portugal) Bracarense

Bragança (cidade – Brasil) Bragancês/Bragancesa

Brasil (país – América) Brasileiro/Brasileira

Brasília (cidade – Brasil) Brasiliense

Cabo Delgado (província – Moçambique) Cabo-delgadense

Cabo Verde (país – África) Cabo-verdiano/Cabo-verdiana

Cacheu (cidade – Guiné- Bissau) Cacheuense

Castelo Branco (cidade – Portugal) Albicastrense

Ceará (estado – Brasil) Cearense

Coimbra (cidade – Portugal) Conimbricense/Coimbrão/Coimbrã

Díli Diliense
D. Topónimos e gentílicos

123

Espírito Santo (estado – Brasil) Espírito-santense

Évora (cidade – Portugal) Eborense

Faro (cidade – Portugal) Farense

Gabu (cidade – Guiné- Bissau) Gabuense

Goiás (estado – Brasil) Goiano/Goiana

Guarda (cidade – Portugal) Guardense

Guiné-Bissau (país – África) Guineense

Inhambane (província – Moçambique) Inhambanense

Leiria (cidade – Portugal) Leiriense

Lisboa (cidade – Portugal) Lisboeta

Pante Macassar (cidade – Timor-Leste) Macassar

Maputo (cidade – Moçambique) Maputense

Maranhão (estado – Brasil) Maranhense

Mato Grosso (estado – Brasil) Mato-grossense

Minas Gerais (estado – Brasil) Mineiro/Mineira; Geralista

Mindelo (cidade – Cabo Verde) Mindelense

Moçambique (país – África) Moçambicano / Moçambicana

Nampula (província – Moçambique) Nampulense

Niassa (província – Moçambique) Niassense

Pará (estado – Brasil) Paraense

Paraíba (estado – Brasil) Paraibano/Paraibana

Paraná (estado – Brasil) Paranaense

Pernambuco (estado – Brasil) Pernambucano/Pernambucana


ANEXO

124

Piauí (estado – Brasil) Piauiense

Portalegre (cidade – Portugal) Portalegrense

Porto Alegre (cidade – Brasil) Portalegrense

Porto (cidade – Portugal) Portuense

Portugal (país – Europa) Português/Portuguesa

Praia (cidade – Cabo Verde) Praiense

Rio de Janeiro (cidade – Brasil) Carioca

Rio de Janeiro (estado – Brasil) Fluminense

Rio Grande do Norte (estado – Brasil) Rio-grandense-do-norte

Rio Grande do Sul (estado – Brasil) Rio-grandense-do-sul

Rondônia (estado – Brasil) Rondoniano/Rondoniana

Roraima (estado – Brasil) Roraimense

Sal (ilha – Cabo Verde) Salense

Santa Catarina (estado – Brasil) Catarinense

Santa Luzia (ilha – Cabo Verde) Santa-luziense

Santarém (cidade – Portugal) Escalabitano/Escalabitana

Santiago (cidade – Cabo Verde) Santiaguense

São Paulo (cidade – Brasil) Paulistano/Paulistana

São Paulo (estado – Brasil) Paulista

São Tomé (ilha – São Tomé e Príncipe) Santomense ou São-tomense

São Tomé e Príncipe (país – África) Santomense ou São-tomense

São Vicente (ilha – Cabo Verde) Vicentino/Vicentina

Sergipe (estado – Brasil) Sergipano/Sergipana


D. Topónimos e gentílicos

125

Setúbal (cidade – Portugal) Sadino/Sadina; Setubalense

Sofala (província – Moçambique) Sofalense

Tarrafal (vila – Cabo Verde) Tarrafalense

Tete (província – Moçambique) Tetense

Timor-Leste (país – Ásia) Timorense

Tocantins (estado – Brasil) Tocantinense

Viana do Castelo (cidade – Portugal) Vianense

Vila Real (cidade – Portugal) Vila-realense

Viqueque (distrito – Timor-Leste) Viquequense

Viseu (cidade – Portugal) Viseense

Zambézia (província – Moçambique) Zambeziano/Zambeziana


ANEXO

126

D3. Topónimos e gentílicos do resto do mundo

Topónimos Gentílicos

Abecásia (região – Geórgia) Abecásio/Abecásia

Abidjan (cidade – Costa do Marfim) Abidjano/Abidjana

Abu Dhabi
Abu-dhabiano/ Abu-dhabiana
(cidade – Emirados Árabes Unidos)

Abuja (cidade – Nigéria) Abujense

Adis Abeba (cidade – Etiópia) Adis-abebense

Acra (cidade – Gana) Acrense

Afeganistão (país – Ásia) Afegão/Afegã

África (continente – Mundo) Africano/Africana

África do Sul (país – África) Sul-africano/ Sul-africana

Albânia (país – Europa) Albanês/Albanesa

Alemanha (país – Europa) Alemão/Alemã

Alexandria (cidade – Egipto) Alexandrino/Alexandrina

América (continente – Mundo) Americano/Americana

Amesterdão (cidade – Holanda) Amesterdanês/Amesterdanesa

Ancara (cidade – Turquia) Ancarense

Andorra (país – Europa) Andorrano/Andorrana

Anguilla (arquipélago – América) Anguilano/Anguilana

Antananarivo (cidade – Madagáscar) Antananarivense

Antígua e Barbuda (país – América) Antiguano/Antiguana

Antilhas Holandesas
Antilhano/Antilhana
(arquipélago – América)

Arábia Saudita (país – Ásia) Saudita


D. Topónimos e gentílicos

127

Argélia (país – África) Argelino/Argelina

Argentina (país – América) Argentino/Argentina

Arménia (país – Ásia) Arménio/Arménia

Aruba (ilha – América) Arubano/Arubana

Ásia (continente – Mundo) Asiático/Asiática

Atenas (cidade – Grécia) Ateniense

Áustria (país – Europa) Austríaco/Austríaca

Azerbaijão (país – Ásia) Azerbaijano/Azerbaijana; Azeri

Baamas (país – América) Baamiano/Baamiano; Baamense

Bagdá (cidade – Iraque) Bagdali

Bamako (cidade – Mali) Bamaquense

Bangladesh (país – Ásia) Bangladeshiano/ Bangladeshiana

Barbados (país – América) Barbadiano/Barbadiana

Barém (país – Ásia) Bareinita

Beirute (cidade – Líbano) Beirutense

Bélgica (país – Europa) Belga

Belgrado (cidade – Sérvia e Montenegro) Belgradino/Belgradina

Belize (país – América) Belizenho/Belizenha

Belmopan (cidade – Belize) Belmopanense

Bengala (região – Ásia) Bengali

Bengási (cidade – Líbia) Bengasiano/Bengasiana

Benim (país – África) Beninense

Berlim (cidade – Alemanha) Berlinês/Berlinesa


ANEXO

128

Bermudas (arquipélago – América) Bermudense

Berna (cidade – Suíça) Bernense

Biafra (região – Nigéria) Biafrense

Bielorrússia (país – Europa) Bielorrusso/Bielorrussa

Birmingham (cidade – Inglaterra) Birminganês/Birminganesa

Bogotá (cidade – Colômbia) Bogotano/Bogotana

Bolívia (país – América) Boliviano/Boliviana

Bolonha (cidade – Itália) Bolonhês/Bolonhesa

Bona (cidade – Alemanha) Bonense

Bordéus (cidade – França) Bordalense

Bósnia e Herzegovina (país – Europa) Bósnio/Bósnia

Boston (cidade – Estados Unidos


da América) Bostonense

Botsuana (país – África) Botsuanês/Botsuanesa

Brasil (país – América) Brasileiro/Brasileira

Brasília (cidade – Brasil) Brasiliense

Brazzaville (cidade – República do


Congo) Brazavilense

Brunei (país – Ásia) Bruneano/Bruneana

Bruxelas (cidade – Bélgica) Bruxelense

Bucareste (cidade – Roménia) Bucarestense

Budapeste (cidade – Hungria) Budapestense

Buenos Aires (cidade – Argentina) Bonaerense

Bulgária (país – Europa) Búlgaro/Búlgara


D. Topónimos e gentílicos

129

Burkina Fasso (país – África) Burquinabe

Burundi (país – África) Burundês/Burundesa

Butão (país – Ásia) Butanês/Butanesa

Cairo (cidade – Egipto) Cairota

Califórnia (cidade – Estados Unidos


da América) Californiano/Californiana

Camarões (país – África) Camaronês/Camaronesa

Camboja (país – Ásia) Cambojano/Cambojana

Canadá (país – América) Canadiano/Canadiana; Canadense

Cantão (cidade – China) Cantonês/Cantonesa

Caracas (cidade – Venezuela) Caraquenho/Caraquenha

Cartum (cidade – Sudão) Cartumita

Casablanca (cidade – Marrocos) Casablanquense

Catar (país – Ásia) Catari; Catarense

Cazaquistão (país – Ásia) Cazaquistanês/Cazaquistanesa; Cazaque

Chade (país – África) Chadiano/Chadiana

Chile (país – América) Chileno/Chilena

China (país – Ásia) Chinês/Chinesa

Chipre (país – Europa) Cipriota

Colômbia (país – América) Colombiano/Colombiana

Colombo (cidade – Brasil) Colombense

Colombo (cidade – Sri Lanka) Colombense

Comores (país – África) Comoriano/Comoriana; Comorense

Conacri (cidade – Guiné) Conacriano/Conacriana


ANEXO

130

Copenhaga (cidade – Dinamarca) Copenhaguense

Coreia do Norte (país – Ásia) Norte-coreano/Norte-coreana

Coreia do Sul (país – Ásia) Sul-coreano/Sul-coreana

Costa do Marfim (país – África) Marfinense/Ivoiriense

Costa Rica (país – América) Costa-riquenho/ Costa-riquenha

Croácia (país – Europa) Croata

Cuba (país – América) Cubano/Cubana

Dacar (cidade – Senegal) Dacarense

Damasco (cidade – Síria) Damasceno/Damascena

Dinamarca (país – Europa) Dinamarquês/Dinamarquesa

Djibuti (país – África) Djibutiano/Djibutiana; Djibutense

Egipto (país – África) Egípcio/Egípcia

El Salvador (país – América) Salvadorenho/Salvadorenha

Emirados Árabes Unidos (país – Ásia) Emiradense

Equador (país – América) Equatoriano/Equatoriana

Eritreia (país – África) Eritreu/Eritreia

Escócia (país – Europa) Escocês/Escocesa

Eslováquia (país – Europa) Eslovaco/Eslovaca

Eslovénia (país – Europa) Esloveno/Eslovena

Espanha (país – Europa) Espanhol/Espanhola

Estados Unidos da América Norte-americano/Norte-americana;


(país – América) Estadunisense

Estocolmo (cidade – Suécia) Holmiense

Estónia (país – Europa) Estoniano/Estoniana


D. Topónimos e gentílicos

131

Etiópia (país – África) Etíope

Europa (continente – Mundo) Europeu/Europeia

Fiji (país – Oceania) Fijiano/Fijiana

Filipinas (país – Ásia) Filipino/Filipina

Finlândia (país – Europa) Finlandês/Finlandesa

Florença (cidade – Itália) Florentino/Florentina

França (país – Europa) Francês/Francesa

Gabão (país – África) Gabonês/Gabonesa

Galiza (região – Espanha) Galego/Galega

Gâmbia (país – África) Gambiano/Gambiana

Gana (país – África) Ganês/Ganesa; Ganense

Genebra (cidade – Suíça) Genebrino/Genebrina

Génova (cidade – Itália) Genovês/Genovesa

Geórgia (país – Europa) Georgiano/Georgiana

Gibraltar (região – Espanha) Gibraltarino/Gibraltarina

Gizé (cidade – Egipto) Gizeense

Granada (país – América) Granadino/Granadina

Grécia (país – Europa) Grego/Grega

Groenlândia (ilha – América) Groenlandês/Groenlandesa

Guadalupe (arquipélago – América) Guadalupino/Guadalupina; Guadalupense

Guam (região – Oceania) Guamês/Guamesa

Guatemala (país – América) Guatemalteco/Guatemalteca

Guiana (país – América) Guianense


ANEXO

132

Guiana Francesa (região – América) Guianense

Guiné (país – África) Guineense

Guinéu-equatoriano/ Guinéu-equatoriana;
Guiné Equatorial (país – África)
Equato-guineense

Haiti (país – América) Haitiano/Haitiana

Hamburgo (cidade – Alemanha) Hamburguês/Hamburguesa

Hanôver (cidade – Alemanha) Hanoveriano/Hanoveriana

Harare (cidade – Zimbabué) Hararense

Havai (ilha – América) Havaiano/Havaiana

Havana (cidade – Cuba) Havanês/Havanesa

Helsínquia (cidade – Finlândia) Helsínquio/Helsínquia

Hiroxima (cidade – Japão) Hiroximês/Hiroximesa

Holanda (país – Europa) Holandês/Holandesa

Honduras (país – América) Hondurenho/Hondurenha

Hong Kong (região – China) Hong-konguiano/Hong-konguiana

Hungria (país – Europa) Húngaro/Húngara

Iaundé (cidade – Camarões) Iaundense

Ibadan (cidade – Nigéria) Ibadaniano/Ibadaniana

Iémen (país – Ásia) Iemenita

Ilhas Faroé (arquipélago – Europa) Faroense

Índia (país – Ásia) Indiano/Indiana

Indochina (região – Ásia) Indochinês/Indochinesa

Indonésia (país – Ásia) Indonésio/Indonésia


D. Topónimos e gentílicos

133

Inglaterra (país – Europa) Inglês/Inglesa

Irão (país – Ásia) Iraniano/Iraniana

Iraque (país – Ásia) Iraquiano/Iraquiana

Irlanda (país – Europa) Irlandês/Irlandesa

Irlanda do Norte (país – Europa) Norte-irlandês/Norte-irlandesa

Islamabad (cidade – Paquistão) Islamabadense

Islândia (país – Europa) Islandês/Islandesa

Israel (país – Ásia) Israelita /israelense

Itália (país – Europa) Italiano/Italiana

Jacarta (cidade – Indonésia) Jacartense

Jamaica (país – América) Jamaicano/Jamaicana

Japão (país – Ásia) Japonês/japonesa; Nipónico/Nipónica

Java (ilha – Indonésia) Javanês/Javanesa

Jerusalém (cidade – Israel) Jerusolimitano/Hierosolimita

Joanesburgo (cidade – África do Sul) Joanesburguês/Joanesburguesa

Jordânia (país – Ásia) Jordano/Jordana

Kabul (cidade – Afeganistão) Kabulense

Kaduna (cidade – Nigéria) Kadunês/Kadunesa

Kampala (cidade –Uganda) Kampalense

Kano (cidade – Nigéria) Kanoense

Katmandu (cidade – Nepal) Katmanduense

Kiev (cidade – Ucrânia) Kievita

Kigali (cidade – Ruanda) Kigaliano/Kigaliana


ANEXO

134

Kingston (cidade – Jamaica) Kingstoniano/Kingstoniana

Kinshasa (cidade - República


Democrática do Congo) Kinshasiano/Kinshasiana

Kiribati (país – Oceania) Kiribatiano/Kiribatiana

Kotte (cidade – Sri Lanka) Kottense

Kuala Lumpur (cidade – Malásia) Kuala-lumpurense

Kumasi (cidade – Gana) Kumasiano/Kumasiana

Kosovo (região – Sérvia e Montenegro) Kosovar

Koweit (país – Ásia) Koweitiano/Koweitiana

La Paz (cidade – Bolívia) Pacenho/Pacenha

Lagos (cidade – Nigéria) Lagosiano/Lagosiana; Lacobricense

Laos (país – Ásia) Laociano/Laociana

Lesoto (país – África) Lesotiano/Lesotiana

Letónia (país – Europa) Letão/Letã

Lião (cidade – França) Lionês/Lionesa

Líbano (país – Ásia) Libanês/Libanesa

Libéria (país – África) Liberiano/Liberiana

Líbia (país – África) Líbio/Líbia

Lienchtenstein (país – Europa) Lienchtensteinense

Lima (cidade – Peru) Limenho/Limenha

Lituânia (país – Europa) Lituano/Lituana

Liverpool (cidade – Inglaterra) Liverpoolense

Lomé (cidade – Togo) Lomeense

Londres (cidade – Inglaterra) Londrino/Londrina


D. Topónimos e gentílicos

135

Lubumbashi (cidade – Repúbilca


Democrática do Congo Lubumbashiano/Lubumbashiana

Lusaka (cidade – Zâmbia) Lusakiano/Lusakiana

Luxemburgo (país – Europa) Luxemburguês/Luxemburguesa

Macau (cidade – China) Macauense/Macaense

Macedónia (país – Europa) Macedónio/Mecedónia

Madagáscar (país – África) Malgaxe/Madagascarense

Madrid (cidade – Espanha) Madrileno/Madrilena

Magreb (região – África) Magrebino/Magrebina

Maiduguri (cidade – Nigéria) Maiduguriano/Maiduguriana

Malásia (país – Ásia) Malaio/Malaia

Malaui (país – África) Malauiano/Malauiana

Maldivas (país – Ásia) Maldívio/maldívia

Malé (cidade – Maldivas) Maleense

Mali (país – África) Maliano/Maliana

Malta (país – Europa) Maltês/Maltesa

Malvinas (arquipélago – América) Malvino/Malvina; Malvinense

Manágua (cidade – Nicarágua) Managuense

Manama (cidade – Barém) Manamenho/Manamenha

Manchester (cidade – Inglaterra) Manchesteriano/ Manchesteriana

Manila (cidade – Filipinas) Manilense

Marrocos (país – África) Marroquino/Marroquina

Marselha (região – França) Marselhês/Marselhesa

Martinica (ilha – América) Martinicano/Martinicana


ANEXO

136

Mascate (cidade – Omã) Mascatense

Maurícias (país – África) Mauriciano/Mauriciana

Mauritaniano/Mauritaniana;
Mauritânia (país – África)
Mauritano/Mauritana

Mbuji-Mayi (cidade – República


Democrática do Congo) Mbuji-mayiano/ Mbuji-mayiana

Mênfis (cidade – Egipto) Menfita

México (país – América) Mexicano/Mexicana

Mianmar (país – Ásia) Birmanês/Birmanesa; Birmane

Micronésia (país – Oceania) Micronésio/Micronésia

Milão (cidade – Itália) Milanês/Milanesa

Mogadíscio (cidade – Somália) Mogadisciano/Mogadisciana

Moldávia (país – Europa) Moldavo/Moldava; Moldávio/ Moldávia

Mónaco (país – Europa) Monegasco/Monegasca

Mongólia (país – Ásia) Mongol

Monróvia (cidade – Libéria) Monroviano/Monroviana

Montenegro
(região – Sérvia e Montenegro) Montenegrino/Montenegrina

Montevideu (cidade – Uruguai) Montevideuense

Moscovo (cidade – Rússia) Moscovita

Munique (cidade – Alemanha) Muniquense

Nagasaqui (cidade – Japão) Nagasaquiano/Nagasaquiana

Nairobi (cidade – Quénia) Nairobiano/Nairobiana

Namíbia (país – África) Namibiano/Namibiana

Nassau (cidade – Baamas) Nassauense


D. Topónimos e gentílicos

137

Natal (região – África do Sul) Natalense

Nauru (país – Oceania) Nauruano/Nauruana

Navarra (região – Espanha) Navarro/navarra

Nepal (país – Ásia) Nepalês/Nepalesa

Nicarágua (país – América) Nicaraguano/Nicaraguana; Nicaraguense

Nicósia (cidade – Chipre) Nicosiano/Nicosiana

Níger (país – África) Nigerino/Nigerina

Nigéria (país – África) Nigeriano/Nigeriana

Noruega (país – Europa) Norueguês/Norueguesa

Nova Deli (cidade – Índia) Nova-deliense

Nova Iorque (cidade – Estados Unidos da


América) Nova-iorquino/Nova-iorquina

Nova Zelândia (país – Oceania) Neo-zelandês/Neo-zelandesa

Oceania (continente – Mundo) Oceânico/Oceânica

Omã (país – Ásia) Omaniano/Omaniana; Omani

Ondurman (cidade – Sudão) Ondurmanês/Ondurmanesa

Oslo (cidade – Noruega) Osloense

Ossétia (região – Rússia) Osseta

País de Gales (país – Europa) Galês/Galesa

Palestina (país – Ásia) Palestiniano/Palestiniana

Panamá (país – América) Panamenho/Panamenha; Panamense

Paquistão (país – Ásia) Paquistanês/Paquistanesa

Paraguai (país – América) Paraguaio/Paraguaia

Paris (cidade – França) Parisiense


ANEXO

138

Península Ibérica (região – Europa) Ibérico/Ibérica

Pequim (cidade – China) Pequinês/Pequinesa

Peru (país – América) Peruano/Peruana

Pisa (cidade – Itália) Pisano/Pisana

Polónia (país – Europa) Polaco/Polaca; Polonês/Polonesa

Porto Príncipe (cidade – Haiti) Porto-principense

Porto Rico (país – América) Porto-riquenho/Porto-riquenha

Quebeque (cidade – Canadá) Quebequiano/Quebequiana

Quénia (país – África) Queniano/Queniana

Quirguistão (país – Ásia) Quirguistanês/Quirguistanesa; Quirguiz

Quito (cidade – Equador) Quitenho/Quitenha

Rabat (cidade – Marrocos) Rabatiano/Rabatiana

República Centro-Africana
(país – África) Centro-africano/Centro-africana

República Checa (país – Europa) Checo/Checa

República Democrática do Congo


(país – África) Congolês/Congolesa

República do Congo (país – África) Congolês/Congolesa

República Dominicana (país – América) Dominicano/Dominicana

Riade (cidade – Arábia Saudita) Riadense

Rife (região – Marrocos) Rifenho/Rifenha

Roma (cidade – Itália) Romano/Romana

Roménia (país – Europa) Romeno/Romena

Ruanda (país – África) Ruandês/Ruandesa


D. Topónimos e gentílicos

139

Rússia (país – Europa) Russo/Russa

Sahel (região – África) Saheliano/Saheliana

Samaria (cidade – Palestina) Samaritano/Samaritana

Samoa (país – Oceania) Samoano/Samoana

Samos (ilha – Grécia) Sâmio/Sâmia

Samotrácia (ilha – Grécia) Samotraceno/Samotracena

San Marino (cidade – Itália) São-marinense

São Marino (país – Europa) Samarinês/Samarinesa; Sãomarinense

Santiago (cidade – Chile) Santiaguino/Santiaguina

Santiago de Compostela (cidade – Espa-


nha) Compostelano/Compostelana

Sara (região – África) Sariano/Sariana

Sarajevo (cidade – Bósnia e Herzegovi-


Sarajevense
na)

Seicheles (país – África) Seichelense

Senegal (país – África) Senegalês/Senegalesa

Serra Leoa (país – África) Serra-leonês/Serra-leonesa

Sérvia (região – Sérvia e Montenegro) Sérvio/Sérvia

Sibéria (região – Rússia) Siberiano/Siberiana

Singapura (país – Ásia) Singapurense

Síria (país – Ásia) Sírio/Síria

Somália (país – África) Somali; Somaliano/Somaliana

Sri Lanka (país – Ásia) Cingalês/Cingalesa

Suazilândia (país – África) Suazi; Suazilandês/Suazilandesa


ANEXO

140

Sudão (país – África) Sudanês/Sudanesa

Suécia (país – Europa) Sueco/Sueca

Suíça (país – Europa) Suíço/Suíça

Suriname (país – América) Surinamês/Surinamesa

Tailândia (país – Ásia) Tailandês/Tailandesa

Taiwan (país – Ásia) Taiwanês/Taiwanesa

Tajiquistão (país – Ásia) Tajique; Tajiquistanês/Tajiquistanesa

Tanzânia (país – África) Tanzaniano/Tanzaniana

Teerão (cidade – Irão) Teeraniano/Teeraniana

Texas (região – Estados Unidos


da América) Texano/Texana

Tibete (região – China) Tibetano/Tibetana

Togo (país – África) Togolês/Togolesa

Tonga (país – Oceania) Tonganês/Tonganesa

Tóquio (cidade – Japão) Toquiano/Toquiana

Trento (cidade – Itália) Trentino/Trentina; Tridentino/Tridentina

Trindade e Tobago (país – América) Trinitário-tobaguense

Trípoli (cidade – Líbia) Tripolitano/Tripolitana

Tunes (cidade – Tunísia) Tunisino/Tunisina

Tunísia (país – África) Tunisino/Tunisina

Turquemenistão (país – Ásia) Turquemenistanês/Turquemenistanesa

Turquia (país – Europa) Turco/Turca

Tuvalu (região – Oceania) Tuvaluano/Tuvaluana


D. Topónimos e gentílicos

141

Ucrânia (país – Europa) Ucraniano/Ucraniana

Uganda (país – África) Ugandês/Ugandesa

Uruguai (país – América) Uruguaio/Uruguaia

Usbequistão (país – Ásia) Usbeque; Usbequistanês/Usbequistanesa

Vanuatu (país – Oceania) Vanuatuense

Varsóvia (cidade – Polónia) Varsoviano/Varsoviana

Vaticano (país – Europa) Vaticano/Vaticana; Vaticanense

Veneza (cidade – Itália) Veneziano/Veneziana

Venezuela (país – América) Venezuelano/Venezuelana

Versalhes (cidade – França) Versalhês/Versalhesa

Viena (cidade – Áustria) Vienense

Vietname (país – Ásia) Vietnamita

Washington (cidade – Estados Unidos


da América) Washingtoniano/Washingtoniana

Wellington (cidade – Nova Zelândia) Wellingtoniano/ Wellingtoniana

Xangai (cidade – China) Xangaiano/Xangaiana

Zagrebe (cidade – Croácia) Zagrebino/Zagrebina

Zâmbia (país – África) Zambiano/Zambiana

Zanzibar (região – África) Zanzibarita

Zambabueano/Zimbabueana;
Zimbabué (país – África)
Zambabuano/Zimbabuana

Zurique (cidade – Suíça) Zuriquenho/Zuriquenha; Zuriquense


ANEXO

142

E.
Antropónimos
mais comuns
E. Antropónimos mais comuns

143

A Alice
Abel Alícia
Abílio Aline
Abraão Almerinda
Adalberto Almerindo
Adão Aluísio
Adelaide Álvaro
Adélia Alzira
Adelina Amadeu
Adelino Amália
Adélio Amanda
Adérito Amaro
Adolfo Amélia
Adriana Américo
Adriano Amílcar
Afonso Ana
Ágata Anabela
Agostinho Anacleto
Aguinaldo André
Aida Andreia
Aires Ângela
Alberta Angélica
Alberto Angélico
Albino Angelina
Alceste Angelino
Alcides Ângelo
Alda Aníbal
Aleixo Anita
Alexandra Anselmo
Alexandre Antão
Alfredo Antero
ANEXO

144

Antónia Carolina
António Casimiro
Armanda Cassandra
Cássia
B Cássio
Boaventura Catarina
Branca Catarino
Branco Cátia
Brás Cecília
Bráulio Celeste
Brígida Celestina
Bruna Celestino
Bruno Célia
Celiano
C Celina
Caetana Celso
Caetano César
Caim Cesário
Caio Cidália
Calisto Clara
Camila Clarindo
Camilo Clarisse
Cândida Cláudia
Cândido Cláudio
Capitolina Clementina
Capitolino Clotilde
Carina Conceição
Carla Constância
Carlos Constantino
Carlota Cristiana
Carmem Cristiano
Carminda Cristina
E. Antropónimos mais comuns

145

Cristóvão Emílio
Custódio Énia
Enilda
D Epifânia
Dália Érica
Dalila Érico
Damião Ermelinda
Daniel Ernesto
Daniela Esmeralda
Esperança
E Estanislau
Edite Estefânia
Edmundo Estela
Eduarda Ester
Eduardo Estêvão
Egas Eugénia
Elba Eugénio
Elias Eulália
Elisa Eunice
Elisabete Eurico
Eliseu Eusébio
Eloi Eva
Elsa Evandro
Élvio Evangelista
Elvira Evaristo
Ema
Emanuel F
Emanuela Fábia
Emídio Fabiana
Emília Fabiano
Emiliana Fábio
Emiliano Fabíola
ANEXO

146

Fabrício Gonçalo
Fátima Graça
Faustino Graciano
Fausto Gregório
Felícia Gualdim
Feliciana Guálter
Feliciano Gueda
Felicidade Gui
Felisbela Guida
Félix Guido
Ferdinando Guilherme
Fernanda Guilhermina
Fernando Guiomar
Fernão Gustavo
Filinto
Filipa H
Heitor
G Hélder
Gilda Helena
Gildo Hélia
Gina Hélio
Giovana Heloísa
Gisela Henrique
Gláucia Henriqueta
Gláucio Herberto
Glauco Herculano
Glória Heriberto
Godinho Hermano
Godo Hermenegilda
Godofredo Hermenegildo
Gomes Hermengarda
E. Antropónimos mais comuns

147

Hermínio Jerónimo
Hernâni Jerusa
Higino Jéssica
Hipólito Joana
Honório João
Horácio Joaquim
Hugo Joaquina
Humberto Joel
Jonas
I Jónatas
Ifigénia Jordana
Ilídio Jordão
Ilma Jorge
Inácio Jorgina
Inês José
Irene Josefa
Íris Josefina
Isaac Josias
Isabel Josué
Isadora Judite
Isaura Júlia
Isidro Juliano
Isilda Julieta
Ismael Júlio
Justino
J
Jacinta L
Jacinto Lara
Jaime Laura
Jairo Laurinda
Jeremias Lázaro
ANEXO

148

Leandro Lorena
Lénia Lourenço
Leonardo Lucas
Leonel Lúcia
Leónidas Luciana
Leonilde Luciano
Leonir Lucília
Leonor Lucílio
Leopoldina Lucinda
Leopoldo Lúcio
Letícia Lucrécia
Levi Ludovico
Liana Luís
Licínia Luísa
Licínio Lurdes
Lídia Luzia
Lígia
Lígio M
Lília Madalena
Liliana Mafalda
Lina Magali
Lina Magda
Lineu Manuel
Lino Manuela
Lisandra Mara
Lisandro Miriam
Lisete Moisés
Lito Mónia
Lívia Mónica
Loide Murilo
Lopo
E. Antropónimos mais comuns

149

N Omar
Nádia Ondina
Napoleão Onofre
Natacha Orestes
Natália Oriana
Natividade Orlando
Nazaré Óscar
Nélson Oseias
Nestor Osmaida
Neusa Osvaldo
Nicanor Otília
Nicolau Ovídio
Nicole
Nídia P
Nilza Palmira
Nivaldo Paloma
Noé Pamela
Noémia Pandora
Norberto Pascoal
Nuno Patrícia
Patrício
O Patrocínia
Octávio Paula
Odete Paulina
Odília Paulino
Ofélia Paulo
Olavo
Olga R
Oliveira Ricardina
Olívia Ricardo
Olívio Rita
ANEXO

150

Roberta Santiago
Roberto Sara
Rodolfo Sarita
Rodrigo Saul
Rogério Sebastiana
Romão Sebastião
Rómulo Selma
Ronaldo Serafim
Roque Serafina
Rosa Sérgio
Rosália Severino
Rosalina Sidónio
Rosalinda Silvana
Rosário Silvano
Rossana Silvério
Rúben Sílvia
Rui Sílvio
Rute Simão
Simeão
S Simone
Sabina Soeiro
Sabino Sofia
Sabrina Solange
Salomão Solano
Salomé Sónia
Salvador Soraia
Samuel Susana
Sancha Susanete
Sancho Suzete
Sandra
Sandro
E. Antropónimos mais comuns

151

T Vitória
Tadeu Vivaldo
Tânia Viviana
Tatiana Vlademiro
Telma
Telmo X
Teodora Xavier
Teodoro Xénia
Teófilo Xénio
Tércio Xerxes
Teresa Xico
Tiago Ximena
Timóteo Ximeno
Tito
Tobias Y
Tomás Yara
Tomásia Yolanda
Tomé Yuri
Trajano
Z
V Zacarias
Vasco Zara
Vera Zeferino
Veríssimo Zélia
Verónica Zenaida
Vicente Zidane
Violeta Zilda
Virgília Zita
Virgílio Zoraida
Virgínia Zuleica
Viriato Zulmira
Vítor
ANEXO

152

F.
Radicais gregos
e latinos
F. Radicais gregos e latinos

153

F1. Radicais gregos iniciais

Radicais Étimos Exemplos

anfi- amphi (dos dois lados) anfíbio, anfípode

bio- bíos (vida) biocombustível, biografia

crono- khrónos (tempo) cronograma, cronómetro

dactilo- dáktilos (dedo) dactiloespasmo, dactilografia

demo- dêmos (povo) democrata, demógrafo

eco- oîkos (casa; ambiente) ecologia, ecografia

eno- oinos (vinho) enofobia, enologia

entero- énteron (intestino) enteróclise, enterogastrite

ergo- érgon (trabalho) ergografia, ergometria

glosso- glossa (língua) linguagem glossónimo, glossólogo

hagio- hágion (sagrado) hagiografia, hagiolatria

helio- hélios (sol) heliocentrismo, heliodinâmica

hemato- haimatos (sangue) hemorragia, hematologia

hidro- hýdro (água) hidrófilo, hidrográfico

lito- lithos (pedra) litologia, litosfera

mega- méga (grande) megalópole, megabyte


ANEXO

154

miso- míso (aversão) misantropia, misologia

mono- mónos (um) monarquia, monopólio

necro- nekrós (morte) necróloga, necromante

neo- néos (novo) neocolonialismo, neocriticismo

neuro- neûron (nervo) neurologia, neurogénese

octo- októ (oito) octógono, octodáctilo

oftalmo- ophtalmós (olho) oftalmologia, oftalmopatia

pan- pân (totalidade) panafricana, panaceia

piro- pyrós (fogo) pirobalística, pirosfera

poli- polys (muito; numeroso) polivalência, poliandria

proto- prôtos (primeiro) protobantu, protótipo

pseudo- pseudés (falso) pseudónimo, pseudoartrose

psico- psykhé (alma) psicopata, psicodélico

tele- têle (longe) telefonia, telepatia

teo- théos (Deus) teocêntrico, teocrático

termo- thermo (calor) termómetro, termostato

tetra- tetra (quatro) tetracampeão, tetralogia

xeno- ksénos (estrangeiro) xenofilia, xenomania

zoo- zôon (animal) zoologia, zoofagia

peda- paidós (criança) pedagogo, pediatra


F. Radicais gregos e latinos

155

F2. Radicais gregos finais

Radicais Étimos Exemplos

-arquia arkhía (governo) anarquia, oligarquia

-céfalo képhalos (cabeça) acéfalo, bicéfalo

-cracia kratía (governo) autocracia, ginecocracia

-fago phagu (comedor) antropófago, necrófago

-filia philía (afeição) pedofilia, zoofilia

-fobia phóbos (medo) agorafobia, xenofobia

-gamia gamu (casamento; união) monogamia, poligamia

-grafia graphía (escrita) monografia, estenografia

-logia lógos (ciência) psicologia, topologia

-mancia manteía (adivinhação) cartomancia, quiromancia

-mania manía (tendência) cleptomania, megalomania

-metro métron (medida) amperímetro, esfigmómetro

-nomia nomía (estudo) astronomia, economia

-scopia skópeo (observação) dactiloscopia, laringoscopia

-teca thêke (depósito) discoteca, mediateca

-terapia therapeía (tratamento) hidroterapia, ludoterapia


ANEXO

156

F3. Radicais latinos iniciais

Radicais Étimos Exemplos

equi- equus (igual) equilátero, equitativo

lacti- lacte (leite) lacticémico, latífero

multi- multus (muitos) multicaixa, multicolorido

omni- omnis (tudo) omnisciência, omnipotência

pisci- pisce (peixe) pisciforme, piscívoro

pluri- plure (vários) plurinominal, pluripartidário

quadri-
quadri (quatro) quadrilátero, quadrúpede
ou quadru-

retro- retro (para trás) retrocesso, retrovisor

tri- tri (três) tríade, triunvirato

uni- uno (um) unicelular, unidireccional


F. Radicais gregos e latinos

157

F4. Radicais latinos finais

Radicais Étimos Exemplos

-cida cida (matador) herbicida, fratricida

-fero ferre (produzir) ignífero, petrolífero

-forme formis (forma) cuneiforme, falciforme

-fugo fugus (que afugenta) centrífugo, vermífugo

-fusão fusio (acto de difundir) radiodifusão, transfusão

-pede pedis (pé) palmípede, velocípede

-voro vorus (devorador) carnívoro, omnívoro


Bibliografia

AAVV (1982/1983), Atlas Geográfico, vols. 1 e 2, Ministério da Educação de


Angola, Luanda.

AAVV (2009), Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (edição electrónica),


Editora Objetiva, Rio de Janeiro.

AAVV (2008), Mini Aurélio: O Dicionário da Língua Portuguesa, 7.ª edição,


Editora Positivo, Paraná.

AAVV (2009), Pronto a escrever – Prontuário Ortográfico da Língua Portu-


guesa, Escolar Editora, Lisboa.

BAGNO, Marcos (1997), A Língua de Eulália: novela sociolinguística, Editora


Contexto, São Paulo.

BAGNO, Marcos (2001), Português ou Brasileiro? Um convite à pesquisa,


Parábola, São Paulo.

BAGNO, Marcos (2007), Nada na Língua É por Acaso: para uma pedagogia
da variação linguística, Parábola, São Paulo.

BAGNO, Marcos (2007), Preconceito Linguístico: o que é, como se faz, 49.ª


edição, Edições Loyola, São Paulo.

BERGSTRÖM, Magnus e REIS, Neves (1997), Prontuário Ortográfico da


Língua Portuguesa, Editorial Notícias, Lisboa.

COSTA, António Fernandes da (2006), Rupturas Estruturais do Português


e Línguas Bantu em Angola, Universidade Católica de Angola, Luanda.

CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley (2002), Nova Gramática do Português Con-


temporâneo, Edições João Sá da Costa, Lisboa.
DIAS, Dália et aliae (2007), Em Português? Claro!..., Porto Editora, Porto.

FARIA, Isabel Hub et aliae (2007), Introdução à Linguística Geral e Portuguesa,


Editorial Caminho, Lisboa.

FERNANDES, João e NTONDO, Zavoni (2002), Angola: Povos e Línguas,


Editorial Nzila, Luanda.

FONTE, Dora Martins da et alii (2007), Outros Horizontes, Língua Portuguesa,


10.ª Classe, 2.ª edição, Nzila, Luanda.

GOMES, Álvaro (2011), Gramática Pedagógica e Cultural da Língua Portu-


guesa, Porto Editora, Porto.

MATEUS, Maria Helena Mira et aliae (2003), Gramática da Língua Portuguesa,


5.ª edição, Caminho, Lisboa.

MATEUS, Maria Helena Mira e CARDEIRA, Esperança (2007) O Essencial sobre


Norma e Variação, Editorial Caminho, Lisboa.

MIGUEL, Maria Helena (2003), Dinâmica da Pronomilazação no Português


Falado em Luanda, Editorial Nzila, Luanda.

MIGUEL, Maria Helena (2007), Língua Portuguesa 1 – Funcionamento da Lín-


gua, Editorial Nzila, Luanda.

MIGUEL, Maria Helena (2007), Língua Portuguesa 2 – Vocabulário, Editorial


Nzila, Luanda.

MIGUEL, Maria Helena e ALVES, Maria Antónia (2008), Convergências (Manual


Universitário de Português), 2.ª edição, s. e., Luanda.

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