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PORTUGUÊS

02. Morfologia. Flexões


nominais e verbais. Sintaxe.
Português

Sumário

8. ASPECTOS MORFOLÓGICOS .......................................................................................................................... 3


8.1 Emprego das Classes de Palavras ..................................................................................................................... 3
Substantivos, Adjetivos e Verbos ....................................................................................................................... 3
Pronomes, Advérbios e Numerais ..................................................................................................................... 4
Preposições e Conjunções ................................................................................................................................. 6
9. FLEXÕES NOMINAIS ................................................................................................................................... 12
9.1 Flexão de Gênero .......................................................................................................................................... 12
9.2 Flexão de Número ......................................................................................................................................... 13
Plural dos Diminutivos .................................................................................................................................... 14
Plural das Palavras Compostas ........................................................................................................................ 15
9.3 Flexão de Grau .............................................................................................................................................. 16
Graus dos Substantivos ................................................................................................................................... 16
Graus dos Adjetivos ......................................................................................................................................... 17
10. FLEXÕES VERBAIS ..................................................................................................................................... 19
10.1 Tempos e Modos ......................................................................................................................................... 19
Modo Imperativo ............................................................................................................................................ 20
10.2 Verbos Irregulares ....................................................................................................................................... 21
10.3 Emprego do Infinitivo ................................................................................................................................. 22
11. ASPECTOS SINTÁTICOS .............................................................................................................................. 25
11.1 Sintaxe da Oração e do Período ................................................................................................................... 25
11.2 Termos Essenciais da Oração........................................................................................................................ 25
Classificação do Sujeito ................................................................................................................................... 26
Predicado........................................................................................................................................................ 27
Predicativos .................................................................................................................................................... 29
11.3 Termos integrantes da Oração ..................................................................................................................... 32
11.4 Termos Acessórios da Oração ....................................................................................................................... 32
11.5 Estrutura do Período Composto ................................................................................................................... 37
Orações Coordenadas...................................................................................................................................... 38

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Orações Subordinadas Substantivas ................................................................................................................ 38


Orações Subordinadas Adjetivas ..................................................................................................................... 39
Orações Subordinadas Adverbiais ................................................................................................................... 40
Orações Reduzidas .......................................................................................................................................... 41

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8. ASPECTOS MORFOLÓGICOS

8.1 EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS

As palavras, morfologicamente, estão agrupadas em dez classes:

Flexivas Inflexivas
01. Substantivos 07. Preposições
02. Adjetivos 08. Advérbios
03. Verbos 09. Interjeições
04. Pronomes 10. Conjunções
05. Numerais
06. Artigos

Substantivos, Adjetivos e Verbos

1. Substantivos: palavras com as quais denominamos os seres.


2. Adjetivos: palavras com as quais qualificamos/identificamos os seres
3. Verbos: palavras com as quais expressamos as ações dos seres e os fenômenos da natureza.

Observe os seguintes exemplos:


1 a) Gosta de sorvete com CREME.
b) Comprou um sapato CREME.
a. CREME → substantivo (denominação de um objeto)
b. CREME → adjetivo (qualidade do sapato).
Observe que a classificação de CREME decorre da relação e da função sintática que exerce na oração.
No primeiro exemplo, a preposição como identifica o substantivo, uma vez que preposição tem relação
com substantivo.
No segundo exemplo, CREME relaciona-se com o substantivo sapato, caracterizando-o, identificando-o.

2 a) É preciso OLHAR com atenção. – Verbo na conjugação composta.


b) Fixou-se no teu OLHAR. – substantivo, identificado pela relação sintática do determinante teu (pronome)
a. OLHAR → verbo (ação de)
b. OLHAR → substantivo (denominação; verbo substantivado).

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3 a) Sempre foi um homem JUSTO.


b) O JUSTO pagou pelo pecador.
a. JUSTO → adjetivo (qualidade do homem)
b. JUSTO → substantivo (denominação; adjetivo substantivado).

4 a) Era uma pessoa TRISTE.


b) Ele tinha muita TRISTEZA.
a. TRISTE → adjetivo (qualidade da pessoa).
b. TRISTEZA → substantivo (denominação de um sentimento)

Obs.: Para estes casos em que o substantivo abstrato é derivado do adjetivo, utilize o seguinte expediente:
SER ou ESTAR – adjetivos; TER – substantivos.
Ser, estar triste. Ter tristeza.

5 a) Ele era um CACHORRO amigo.


b) Ele era um amigo CACHORRO.
a. CACHORRO → substantivo (denominação de um ser).
b. CACHORRO → adjetivo (qualidade do amigo).

Pronomes, Advérbios e Numerais

1 O cantor era alto. (qualifica o substantivo → Adjetivo)


A
2 Ele cantava alto. (modifica o verbo → Advérbio)
3 Ele cantava muito. (intensifica o verbo → Advérbio)
Ele era muito alto (intensifica o adjetivo → Advérbio)
B
Ele morava muito longe (intensifica outro advérbio → Advérbio)
4 Ele tem muito dinheiro (quantifica o substantivo → Pronome
5 Muitos candidatos se inscreveram (acompanha o substantivo → Pronome Adjetivo)
C
6 Muitos já desistiram (substitui o substantivo → Pronome Substantivo)

que, quem, qual, quanto


1. Pronome relativo: Relaciona-se com um antecedente expresso na oração anterior.
2. Pronome interrogativo: sem antecedente, traduz a ideia de interrogação.
3. Pronome indefinido: sem antecedente e sem ideia de interrogação.
Exemplos: 1. Conheci o artista a quem todos admiram.
2. Quero saber quem vocês admiram.
3. Chegou quem vocês admiram.

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como, onde, quando, por que


1. Pronome relativo: se houver antecedente.
2. Advérbio interrogativo: se for frase interrogativa.
3. Advérbio: se não houver antecedente e não for frase interrogativa.
Ex.: 1. Esta é a rua onde ela mora.
2. Onde ela mora?
Quero saber onde ela mora.
3. Não sei onde ela mora.

o, a, os, as
1. Artigo definido: Antecedendo a substantivos.
Ex.: o livro, a casa, ...
2. Pronome pessoal: substituindo a ele(s), ela(s), você(s)
Ex.: Não o encontrei. (= a ele); Nós a enviamos pelo correio. (= a ela)
3. Pronome substantivo demonstrativo: substituindo aquele(s), aquela(s), aquilo, isto.
Ex.: Não ouviu o que você disse. (= aquilo); Referiu-se à que saiu. (= àquele); Levante-se o da direita. (= aquele);
Passar, todos querem; estudar, ninguém o deseja. (= isto)
4. Preposição essencial: equivalente a até, para, em direção, a ...
Ex.: Fui a até praia. (= até, para); Recomendei-o a você. (= para)

Palavras denotativas
1.
a) só = sozinho → adjetivo
b) só = somente, apenas → palavra de exclusão
Ex.: Ela veio só. (= sozinha); Ela só anda a pé (= somente).
2.
a) mesmo = próprio → pronome adjetivo demonstrativo.
b) Mesmo = inclusive, até → palavra denotativa de inclusão.
Ex.: Ele mesmo fez a reclamação. (= próprio); Mesmo a diretoria se enganou. (= inclusive).
3.
a) até = em direção a → preposição
b) até = inclusive → palavra denotativa de inclusão
Ex.: Caminhou até a porta. (= em direção); Até o presidente riu. (= inclusive)
4.
a) é que = valor enfático (pode ser retirado → locução de realce
b) é que = (não pode ser retirado → verbo + conjunção
Ex.: Nós é que fizemos o trabalho. (= Nós fizemos o trabalho); O certo é que eles não falarão. (= verbo ser + conjunção
integrante que)

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Preposições e Conjunções

Preposições
1. Palavras invariáveis cuja função é ligar palavras ou orações reduzidas de infinitivo:
Ex.: Gosto de música.
Ele tem certeza de ter feito o melhor.
2. Além de conectivos, muitas vezes as preposições acrescentam uma ideia circunstancial.
Ex.: Venho de casa. (lugar)
Morreu de fome. (causa)
Porta de madeira. (matéria)

Conjunções
1. Palavras invariáveis cuja função é ligar orações.
2. Além de conectivos, acrescentam uma ideia:
a. Coordenativas:
I. Aditivas: e, nem, tampouco, mas também
II. Adversativas: mas, porém, contudo, todavia
III. Alternativas: ou, quer ... quer, ora ... ora
IV. Conclusivas: logo, por isso, então
V. Explicativas: porque, pois, já que, visto que

b. Subordinativas:
I. Causais: porque, já que, uma vez que
II. Comparativas: (do) que, quanto, como
III. Concessivas: embora, ainda que, mesmo que
IV. Condicionais: se, caso, desde que
V. Conformativas: conforme, como, segundo
VI. Consecutivas: que (antecedido de tão, tal, tamanho, tanto)
VII. Finais: a fim de que, para que
VIII. Proporcionais: à proporção que, à medida que
IX. Temporais: quando, enquanto, logo que
X. Integrantes: que, se (iniciando orações subordinadas substantivas)

Palavra PORQUE
Os conectivos porque, já que, visto que, uma vez que, pois, como, que... podem ser:
1. Conjunção Coordenativa Explicativa (quando explica ordem ou suposição feitas pelo sujeito da enunciação).

Ex.: Saia daí, que você acaba caindo. (ordem: verbo no imperativo)

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Não reclame, pois a vitória está garantida. (verbo no imperativo)


Ele deve estar em casa, porque a luz está acesa. (suposição)

2. Conjunção Subordinativa Causal (quando dá a causa da ação do sujeito da oração principal).


Ex.: Ele não caiu, porque ouviu o meu conselho.
A grama está molhada, visto que choveu ontem à noite.
Como está doente, o aluno ficou em casa.

3. Conjunção subordinativa final (quando apresenta a finalidade da ação da oração principal. Pode ser substituída
por “a fim de que”, “para que”)
Ex.: Implorava aos fiéis porque parassem de julgar.

Palavra COMO
Como conectivo pode ser:
1. Conjunção Subordinativa Causal: (equivalente a porque)
Ex.: Como teve fome, foi à cozinha
(Foi à cozinha porque teve fome)
2. Conjunção Subordinativa Comparativa (equivalente a quanto)
Ex.: Esforçou-se tanto como nós
(Esforçou-se tanto quanto nós)

3. Conjunção Subordinativa Conformativa (equivalente a conforme)


Ex.: Trabalhou como lhes ensinamos
(Trabalhou conforme lhe ensinamos)

4. Pronome Relativo (substituível por qual e com antecedente)


Ex.: Desconheço o jeito como ele alcançou a solução. ... o jeito com o qual ele alcançou a solução.
Pode ser ainda:
5. Substantivo (quando substantivado por um determinativo)
Ex.: Quero saber o porquê e o como de tudo.
O determinante na frase é o artigo o.

6. Advérbio Interrogativo (em frases interrogativas diretas ou indiretas)


Ex.: Como você fez? - interrogativa direta.
Queria saber como ele fez. - interrogativa indireta. Observe que aparece na oração principal o vebo saber com
ideia de dúvida.

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7. Advérbio de modo (em frases não-interrogativas e sem antecedente)


Ex.: Desconheço como você virá.

8. Posição (geralmente equivalente à preposição por)

Ex.: Eu o tenho como um gênio de matemática

9. Interjeição (em frase exclamativa)


Ex.: Como te odeiam!

Palavra SE
Como conectivo pode ser:
1. Conjunção Subordinativa Condicional (equivalente a caso)
Ex.: Só iremos se formos convidados. (= caso sejamos convidados)

2. Conjunção Subordinativa Integrante (introduzindo oração subordinada substantiva)


Ex.: Não sei se ele vem. (Não sei isto – objeto direto) = Oração Subord. Substantiva Objet. Direta.)
Pode ser ainda:
3. Pronome apassivador (em oração em que haja objeto direto, transformando-se assim em sujeito passivo). Ocorre
com verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto.
Ex.: Alugam-se casas. (= casas são alugadas). Quem aluga, aluga algo.

4. Indeterminante do Sujeito (em oração em que não haja objeto direto, indeterminando o sujeito). Ocorre com verbo
intransitivo, transitivo indireto ou verbo de ligação.
Ex.: Necessita-se de ajudantes. Quem necessita, necessita de algo. VTI
Acorda-se mais cedo durante o inverno. Quem acorda, acorda. VI
Era-se menos exigente com as pessoas mais velhas. Verbo de ligação.

5. Pronome pessoal reflexivo (equivalente a a si mesmo)


Ex.: Ele se olhava vaidosamente. (sintaticamente é objeto direto)

6. Pronome pessoal recíproco (equivalente a um ao outro)


Ex.: Eles se abraçaram carinhosamente (objeto direto)

7. Parte integrante do verbo (em verbos essencialmente reflexivos e que não existem sem a partícula se)
Ex.: Ele se esforçou muito.

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Verbos reflexivos mais cobrados em provas: arrepender-se, suicidar-se, ajoelhar-se, conscientizar-se, esforçar-se.

8. Partícula de realce ou expletiva (desnecessária, podendo ser retirada sem alterar o sentido ou função dos termos;
geralmente com os verbos ir, sair e rir).
Ex.: Eles já se foram.
Pode -se retirar o se, sem alterar a estrutura sintática da frase e o seu sentido:
Eles já foram.

Palavra QUE
Como conectivo pode ser:
1. Conjunção Subordinativa Comparativa (em frases comparativas de superioridade ou inferioridade; antecedida de
mais ou menos.)
Ex.: Ela sozinha sabia mais que todos nós juntos.
Eles comeram menos sanduíches do que eu.

2. Conjunção Subordinativa Consecutiva (antecedida de tão, tal, tamanho, tanto ou qualquer outro intensificador).
Ex.: Ela sabe tanto que todos a respeitam.
Possuía tamanho prestígio que ninguém deixava elogiá-la.

3. Conjunção Subordinativa Integrante: (Introduzindo orações subordinadas substantivas)


Ex.: É preciso que ele estude mais. (Oração Substantiva Subjetiva) (= é preciso isto / isto (sujeito) é preciso)

4. Conjunção Coordenativa Explicativa (equivalente a porque)


Ex.: Feche a porta que está ventando. (= porque está ventando)

5. Pronome Relativo (com antecedente e substituível por qual).


Ex.: Desconheço o livro que ele indicou. (= o qual ele indicou).
Pode ser ainda:
6. Substantivo (quando substantivado por um determinativo).
Ex.: Ela possuía um quê especial.

7. Pronome Substantivo Interrogativo (em frase interrogativa, substituindo um substantivo).


Ex.: Que você deseja? Queria saber que você fez.

8. Pronome Adjetivo Interrogativo (em frase interrogativa, acompanhando um substantivo).


Ex.: Que livro você deseja?
Gostaria de saber que atitude ela tomou.

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9. Pronome Adjetivo Indefinido (em frase não-interrogativa, acompanhando um substantivo)


Ex.: Desconheço que livros ele indicou.

10. Pronome Substantivo Indefinido (em frase não-interrogativa, substituindo um substantivo)


Ex.: Ele me disse não sei o quê.

11. Partícula Expletiva ou de Realce (desnecessária à frase; usada como elemento enfático).
Ex.: Oh! Que saudades que eu tenho.

12. Interjeição (em frases exclamativas)


Ex.: Mas que coisa! Um homem tão sério...

13. Preposição (equivalente a de)


Ex.: Temos que estudar bem mais.

14. Advérbio de Intensidade (quando intensifica um adjetivo)


Ex.: Que estranho foi o seu comportamento.

NOTA: A identificação de uma classe gramatical deve ser feita por aspectos: morfológicos (a classe gramatical em si);
sintática (conforme a relação com outras palavras; semântica (o sentido empregado no contexto).
Exemplo: Alguns políticos defendem apenas seus próprios interesses.
Alguns: pronome indefinido (morfológico); exerce função de adjunto adnominal (sintático) e indefine o valor quantitativo
indefinido de deputados (semântico).

EXEMPLO 1: A palavra destaca no trecho "Porém, começou a perceber QUE as pessoas somente a observavam de longe",
no contexto em que foi empregada, é classificada gramaticalmente como:
a) Pronome Interrogativo.
b) Conjunção Coordenativa.
c) Conjunção Integrante.
d) Pronome Relativo.
RESOLUÇÃO: Trata-se de uma conjunção integrante (Alternativa C).

EXEMPLO 2: A conjunção integrante tem a função sintática de ligar a oração principal a uma oração subordinada
substantiva. Pode-se utilizar a regra prática de substituição da oração subordinada, ligada pela conjunção pelos pronomes
isso, disso, nisso..., que vai exercer uma função sintática típica de substantivo (sujeito, objeto, complemento nominal,
predicativo, aposto). No caso: ... começou a perceber isso (que as pessoas somente a observavam de longe)
Na frase “Outra possibilidade é que vocalizações (...)”, o termo sublinhado é classificado gramaticalmente como:
a) Advérbio.

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b) Pronome.
c) Substantivo.
d) Adjetivo.
e) Preposição.
RESOLUÇÃO: O substantivo é a classe gramatical que aceita os determinantes que o acompanham (adjetivo, pronome,
numeral, artigo). Na frase em tela, tem-se o pronome outra com a função de determinante do substantivo possibilidade
(Alternativa C).

EXEMPLO 3: Em “[...] poxa vida, ainda sou bem mulher!”, o item em destaque
a) indica o antônimo de “mal”.
b) poderia ser substituído pelo termo “boa” sem prejuízo semântico à frase.
c) atua como intensificador.
d) é um adjetivo que caracteriza o substantivo “mulher”.
e) é restrito à variedade padrão da língua.
RESOLUÇÃO: A questão é interessante, pois quebra a velha relativação que se fazer de mal # bem. Se fosse utilizado essa
dica, a resposta seria a letra A e estaria errada. Na frase, o termo mulher é predicativo do sujeito. Predicativo é uma função
adjetiva, portanto, mulher é um adjetivo intensificado pelo advérbio bem (Alternativa C).

EXEMPLO 4: No trecho, " ficava, de LONGE, sonhando com esse relacionamento que eu queria para mim", a palavra
destacada pertence a seguinte classe gramatical:
a) Substantivo.
b) Adjetivo.
c) Advérbio.
d) Pronome.
RESOLUÇÃO: Aqui se observa um advérbio de lugar (ou distância). Por isso, a palavra é um advérbio (Alternativa C).

EXEMPLO 5: Considerando os aspectos linguísticos do texto de apoio e os sentidos por eles expressos, julgue o item.
No trecho “E como morador de rua, usava a mesma calçada em que dormia para se expressar. Usava a calçada, único bem
que lhe pertencia, como se fosse papel para desenhar ou escrever.”, os elementos em destaque são utilizados com a
mesma função sintática e semântica.
RESOLUÇÃO: No primeiro emprego, como é um qualificador; no segundo, é um conectivo comparativo (Item Errado).

EXEMPLO 5: Considerando os aspectos linguísticos do texto de apoio e os sentidos por eles expressos, julgue o item.
Em “Avançando nessa teoria chegaríamos à conclusão de que tudo o que é coletivo resvala no pessoal.”, os vocábulos “que”
pertencem a mesma classe gramatical e apresentam a mesma função textual: retomar um termo previamente exposto na
oração.
RESOLUÇÃO: No primeiro emprego é conjunção integrante; no segundo emprego, é pronome relativo (Item Errado).

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9. FLEXÕES NOMINAIS

Flexões nominais é basicamente o estudo das variações do substantivo e do adjetivo quanto às categorias de gênero,
número e grau.

9.1 FLEXÃO DE GÊNERO

Quanto ao gênero, substantivos e adjetivos dividem-se em masculinos e femininos. As desinências de feminino mais
frequentes são:

1. A (em substituição à terminação O):


menino – menina
2. A (acrescida à consoante final)
português – portuguesa
autor – autora
3. TRIZ: imperador – imperatriz
4. INA: herói – heroína
5. ISA: poeta – poetiza
6. ESA: barão – baronesa
7. ESSA: conde – condessa
8. EIA: europeu – europeia

OBSERVAÇÕES:
a) Os nomes terminados em –ão fazem feminino em –ã, ao ou ona:
alemão – alemã; leão – leoa; valentão – valentona

b) Os nomes terminados em –e mudam o e em a, entretanto a maioria é invariável:


monge – monja; infante – infanta
o dirigente – a dirigente; o estudante – a estudante

c) Geralmente os adjetivos terminados em –a, –e, –l, –m, –r, –s e –z são uniformes:
o homem artista – a mulher artista;
o homem elegante – a mulher elegante;
o homem fútil – a mulher fútil;
o homem comum – a mulher comum;
o homem exemplar – a mulher exemplar;

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o homem simples – a mulher simples;


o homem capaz – a mulher capaz.

d) Nos adjetivos compostos, apenas o segundo elemento admite flexão de gênero:


questão anglo-americana; cultura greco-romana.

e) Substantivo usado como adjetivo fica invariável:


uma recepção monstro.

f) Há substantivos que formam o feminino só alterando o timbre da vogal tônica ou com desinência e alteração de timbre:
avô – avó; formoso – formosa

g) Há substantivos masculinos cuja forma feminina correspondente apresenta radical diferente:


Homem – mulher; cavalo – égua;
h) Há substantivos uniformes (não variam a forma para distinguir os gêneros):
I. Comum de dois: têm a mesma forma para os dois gêneros, distinguindo-se por meio do determinativo:
o jornalista – a jornalista
II. Sobrecomuns: têm um único gênero gramatical, mas podem designar os dois sexos:
a criança; o indivíduo; a pessoa
III. Epicenos: têm um único gênero gramatical para designar animais irracionais. A distinção de sexo é feita através
das palavras macho e fêmea:
O jacaré; a cobra; o rouxinol

i) Há substantivos que, conforme o gênero, apresentam significações diferentes:


o grama (peso) – a grama (vegetal)
o cabeça (líder) – a cabeça (membro)

j) Há substantivos que frequentemente são utilizados em gênero inadequado ou geram dúvidas quanto ao seu uso.
Observar, por exemplo:
O champanha; o pulôver; a dinamite

9.2 FLEXÃO DE NÚMERO

Em número, os substantivos e adjetivos flexionam-se em singular e plural. Regras gerais para a formação do plural:

1. Terminados em vogal ou ditongo, acrescenta-se a desinência s.


tupi – tupis; troféu – troféus

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2. Terminados em -ão podem fazer plural em:


a. -ões (a maioria e os aumentativos)
balão – balões; casarão – casarões
b. -ães (em pequeno número)
pão – pães; capitão – capitães
c. -ãos (poucos oxítonos e todos paroxítonos)
irmão – irmãos; órgão – órgãos

3. Terminados em R, Z e N, acrescenta-se a desinência ES.


mar – mares; rapaz – rapazes

4. Terminados em M, mudam para NS.


refém – reféns; álbum – álbuns

5. Terminados em AL, EL, OL, UL, trocam o L para IS


canal – canais; pastel – pastéis

6. Terminados em IL podem formar plural:


a. em EIS (quando paroxítonos)
estêncil – estênceis; fóssil – fósseis
b. trocando L em IS (quando oxítonos)
funil – funis; barril – barris

7. Terminados em S
a. acrescenta-se ES (quando oxítonos ou monossílabos)
freguês – fregueses; rês – reses
b. são invariáveis (quando paroxítonos ou proparoxítonos)
o lápis – os lápis; o ônibus – os ônibus

Plural dos Diminutivos

Coloca-se primeiro a palavra primitiva no plural, observando que a desinência S só deve ser colocada depois do sufixo
de diminutivo.
Ex.: florzinha – flore(s) + zinha + s = florezinhas
papelzinho – papei(s) + zinho + s = papeizinhos
balãozinho – balõe(s) + Zinho + s = balõezinhos

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Plural das Palavras Compostas

Palavras compostas SEM hífen fazem o plural normalmente.


Ex.: pontapé – pontapés; girassol – girassóis

Palavras compostas COM hífen podem formar plural:

1. Variando os dois elementos:


a. substantivo + substantivo
couve-flor / couves-flores
b. substantivo + adjetivo (ou vice-versa)
amor-perfeito / amores-perfeitos
c. numeral + substantivo (ou vice-versa)
sexta-feira / sextas-feiras

2. Variando só o primeiro elemento


a. compostos ligados por preposição
pé-de-moleque / pés-de-moleque
b. compostos de dois ,substantivos, sendo o segundo de valor adjetivo, pois especifica o primeiro
relógio-pulseira / relógios-pulseira

OBSERVAÇÃO: não confundir este caso com o item 1.a.: relógio-pulseira é um relógio do tipo pulseira; couve-flor não é
couve do tipo flor.

3. Variando só o segundo elemento


a. verbo + substantivo
beija-flor / beija-flores
cuidado: guarda-chuva (verbo + substantivo) → guarda-chuvas; mas guarda-civil (substantivo + adjetivo) →
guardas-civis.
b. advérbio + adjetivo
abaixo-assinado / abaixo-assinados
cuidado: alto-falante (advérbio + adjetivo) → alto-falantes; mas alto-relevo (adjetivo + substantivo) → altos
relevos
c. prefixos + substantivos
grão-duque / grão-duques
d. compostos de palavras repetidas (reduplicações)
reco-reco / reco-recos
e. adjetivo + adjetivo

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greco-latino / greco-latinos
cuidado: azul-escuro (adjetivo + adjetivo) → azul-escuros; mas azul-céu (adjetivo + substantivo) → azul-céu
(invariável)

4. Não variando elemento algum


a. adjetivo + substantivo (cor)
verde-garrafa / duas blusas verde-garrafa
b. compostos com palavras invariáveis (verbos, advérbios, ...)
cola-tudo; pisa-mansinho
c. expressões substantivas
chove-não-molha
d. compostos com verbos antônimos
leva-e-traz

9.3 FLEXÃO DE GRAU

Graus dos Substantivos

1. Normal: casa
2. Diminutivo: casinha, casebre
3. Aumentativo: casarão

OBSERVAÇÕES:
1. O aumentativo e o diminutivo podem ser analítico ou sintético:
a. Analítico: com um adjetivo que indica o aumento ou a diminuição.
Ex.: navio pequeno, campo grande
b. Sintético: com sufixos nominais
I. De aumentativos:
-aça (barcaça), -aço (balaço), -alhão (bobalhão), -anzil (corpanzil), -ão (garrafão), -aréu (fogaréu), -arra (naviarra),
-arrão (canzarrão), -astro (poetastro), -azio (copázio), -orra (cabeçorra), -az (velhacaz), -uça (dentuça), ...
II. De diminutivos:
-acho (riacho), -cula (gotícula), -ebre (casebre), -eco (padreco), -ejo (vilarejo), -ela (ruela), -ete (farolete), -eto
(livreto), -ico (namorico), -im (espadim), -(z)inho (pezinho), -isco (chuvisco), -ito (cãozito), -ola (bandeirola), -ote
(saiote), -ucho (papelucho), -ulo (nódulo), -únculo (homúculo), -usco (velhusco), ...

2. Há aumentativos ou diminutivos com valor pejorativo.


Ex.: jornaleco, livreco, dramalhão

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Português

3. Há sufixos diminutivos que adquirem valor efetivo.


Ex.: doidinho, amorzinho

4. Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo não dá à palavra nenhum dos dois graus.
Ex.: cartaz, papelão, cordão

5. Há casos em que existe dois diminutivos ou dois aumentativos: um popular, outro erudito.
Ex.: obra: obrinha e opúsculo.

Graus dos Adjetivos

1. Normal
Ele é alto

2. Comparativo
a. de superioridade
Ele é mais alto do que você.
b. de inferioridade
Ele é menos alto do que você.
c. de igualdade
Ele é tão alto quanto você.

3. Superlativo
a. relativo
I. de superioridade
Ele é o mais alto de todos.
de inferioridade
II.
Ele é o menos alto de todos.
b. absoluto
I. sintético
Ele é altíssimo.
II. analítico
Ele é muito alto.

OBSERVAÇÃO: Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno possuem formas especiais para os graus comparativo e
superlativo.

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Português

Comparativo de superioridade Superlativo


Normal
analítico sintético absoluto relativo
bom mais bom melhor ótimo o melhor
mau mais mau pior péssimo o pior
grande mais grande maior máximo o maior
pequeno mais pequeno menor mínimo o menor

Estes adjetivos, quando no grau comparativo de superioridade, são usados na forma sintética.
Ex.: Ele é maior do que você

A forma analítica só deve ser usada na comparação entre duas qualidades, ou seja, entre dois adjetivos.
Ex.: Esta sala é mais grande do que confortável.

EXEMPLO 1: Assinale a alternativa que respeita todas as regras de concordância quanto ao uso da palavra “bastante”:
a) As crianças estavam bastantes felizes.
b) Os alunos já obtiveram lições bastante.
c) Recebemos cartas bastantes estranhas de pessoas que sequer conhecemos.
d) Já foram encontradas bastantes provas para que pudéssemos incriminá-lo.
e) Vimos bastante quadros na exposição do artista plástico Miró.
RESOLUÇÃO: A palavra bastante é variável quando se relaciona a substantivo e é invariável quando se relaciona a adjetivo
ou advérbio. A) bastante felizes; B) lições bastantes; C) bastante estranhas; E) bastantes quadro (Alternativa D).

EXEMPLO 2: A palavra “sanguíneo”, empregada no trecho “As aves, por sua vez, desviam o fluxo sanguíneo para o bico”
(linhas 14 e 15), no segundo parágrafo do texto, pertence à mesma classe gramatical da palavra
a) “pesquisa”, no trecho “Uma pesquisa publicada em uma importante revista na área de ciências biológicas” (linhas 1 e 2).
b) “temperatura”, no trecho “Muitas espécies de sangue quente, como aves e mamíferos, utilizam seus apêndices para
regular a temperatura corporal interna” (linhas de 10 a 12).
d) “projetar”, no trecho “O melhor para animais de climas quentes, então, é projetar seus membros para fora” (linhas 24 e 25).
d) “corporal”, no trecho “O novo estudo verificou a mudança corporal principalmente em aves” (linhas 26 e 27).
e) “ambientalistas”, no trecho “Mapear as espécies mais vulneráveis é essencial para que os ambientalistas aumentem os
esforços de conservação” (linhas de 46 a 48).
RESOLUÇÃO: É possível responder a questão sem necessidade de consultar o texto. Basta observar que apenas a palavra
corporal acompanha um substantivo – mudança corporal – e é essa relação sintática que o caracteriza como adjetivo
(Alternativa D).

EXEMPLO 3: Como é sabido, os adjetivos e advérbios podem receber graus comparativo ou superlativo; a frase abaixo em
que ocorre a gradação de um advérbio é:
a) Ela canta bem alto quando toma banho;

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Português

b) Ele agora está muito forte;


c) Que extraordinariamente amável é sua secretária;
d) Caminhou bastante tempo até a fábrica;
e) Não saiu daqui muito convencido.
RESOLUÇÃO: Vamos analisar cada alternativa:
a) Correta. Observe que a expressão bem alto tem função de adjunto adverbial. Porém, seu núcleo é o advérbio alto, que
está sendo intensificado por outro advérbio – bem.
b) Errada. muito intensifica o adjetivo forte;
c) Errada. extraordinariamente intensifica o adjetivo amável;
d) Errada. bastante quantifica de forma indefinida o substantivo tempo;
e) Errada. muito intensifica o adjetivo convencido.

10. FLEXÕES VERBAIS

Os verbos, basicamente, se flexionam em tempo, modo, pessoa, número e voz. Na voz passiva analítica pode ocorrer
ainda a flexão de gênero, em que o verbo no particípio concorda em gênero e número com o sujeito. Veja um exemplo: As
mulheres de Athenas eram abandonadas pelos maridos.

10.1 TEMPOS E MODOS

a) Presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala.
Hoje eu falo, ... eu vendo, ... eu parto

b) Presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala.
Que eu fale, ... eu venda, ... eu parta

c) Pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e terminada no passado.
Ontem eu falei, ... eu vendi

d) Pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída, ou era
uma ação costumeira no passado.
Antigamente eu falava, ... eu vendia

e) Pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não

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Português

concluída no passado.
Se eu falasse, ... eu vendesse

f) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a oura ação já passada.
Eu já falara, ... eu vendera.

g) Futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou época vindoura.
Amanhã eu falarei, ... eu venderei

h) Futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um
momento passado.
Eu falaria, ... eu venderia

i) Futuro do subjuntivo: incida um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura.
Quando eu falar, ... eu vender

Modo Imperativo

O Modo Imperativo exprime ordem, pedido, conselho, convite, súplica etc. É derivado dos tempos do presente do
indicativo e do subjuntivo, da seguinte forma:

Presente do Imperativo Presente do


Imperativo Negativo
Indicativo Afirmativo Subjuntivo
falo − fale −
falas → fala tu fales → não fales tu
fala fale você  fale → não fale você
falamos falemos nós  falemos → não falemos nós
falais → falemos vós faleis → não faleis vós
falam falem vocês  falem → não falem vocês

Presente do Imperativo Presente do


Imperativo Negativo
Indicativo Afirmativo Subjuntivo
ponho − ponha −
pões → põe tu ponhas → não ponhas tu
põe ponha você  ponha → não ponha você
pomos ponhamos nós  ponhamos → não ponhamos nós
pondes → ponde vós ponhais → não ponhais vós
põem ponham vocês  ponham → não ponham vocês

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Português

OBSERVAÇÕES:
1. Não há 1ª pessoa do singular no imperativo afirmativo e no imperativo negativo.
2. A 2ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural do imperativo afirmativo se derivam do presente do indicativo,
perdendo o s final. (exceção: verbo ser → sê tu, sede vós)
3. a 3ª pessoa do singular, a 1ª pessoa do plural e a 3ª pessoa do plural do imperativo afirmativo e ainda todo o imperativo
negativo se derivam do presente do subjuntivo, sem sofrer alterações

CUIDADOS:
a) com o duplo tratamento
Ex.: Sai daí que você cai.
Sai (imperativo afirmativo na 2ª pessoa do singular) e você (3ª pessoa singular)

b) com a colocação da frase no plural ou no negativo.


Ex.: Põe no armário!
Plural: Ponde no armário!
Negativa: Não ponhas no armário.

1. As Formas Nominais são:


a. Infinitivo: falar, vender, partir
b. Gerúndio: falando, vendendo, partindo
c. Particípio: falado, vendido, partido.
Estas formas são denominadas nominais por poderem desempenhar funções de nomes:
O olhar (substantivo) dela era insinuante.
É considerado um caso perdido. (adjetivo)
Recebeu o prêmio chorando. (oração adverbial)

10.2 VERBOS IRREGULARES

Verbos em –iar e -ear

Passear Odiar Copiar


Presente Presente Presente
Indicativo Subjuntivo Indicativo Subjuntivo Indicativo Subjuntivo
Passeio Passeie Odeio Odeie Copio Copie
Passeias Passeies Odeias Odeies Copias Copies
Passeia Passeie Odeia Odeie Copia Copie
Passeamos Passeemos Odiamos Odiemos Copiamos Copiemos
Passeais Passeeis Odiais Odieis Copiais Copieis
Passeiam Passeiem Odeiam Odeiem Copiam Copiem

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Português

OBSERVAÇÕES:
1. Todos os verbos terminados em –ear são irregulares
2. Os verbos em –iar são regulares, exceto: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar
3. Todos os verbos terminados em –ear e os cinco irregulares terminados em –iar apresentam uma ditongação (ei) nas
formas rizotônicas (1ª, 2ª e 3ª p. do singular e 3ª p. do plural nos termos do presente.)
4. Nos tempos do pretérito e do futuro, todos estes verbos, regulares e irregulares, suguem o paradigma dos verbos da
1ª conjunção.

10.3 EMPREGO DO INFINITIVO

1. Infinitivo impessoal: utiliza-se em locuções verbais (Não se flexiona).


Ex.: Eles podem falar toda a verdade.
2. Infinitivo impessoal: utiliza-se em orações reduzidas.
Ex.: Fez tudo para eu reclamar (para que reclamasse)
Fez tudo para tu reclamares.
Fez tudo para ele reclamar.
Fez tudo para nós reclamarmos.
Fez tudo para vós reclamardes.
Fez tudo para eles reclamarem.

OBSERVAÇÕES:
1. Em orações reduzidas introduzidas por uma preposição, se o sujeito estiver oculto (sendo o mesmo da oração
principal), a flexão do infinitivo é facultativa.
Ex.: Eles vieram para estudarem ou para estudar.

2. Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer, ver, ouvir, ...) não formam locução verbal na posição de verbo auxiliar.
Nestes casos pode acontecer o seguinte:
a. O infinitivo se flexiona OBRIGATORIAMENTE se o sujeito estiver expresso antes do verbo.
Ex.: Eu mandei os alunos estudarem.
b. A flexão se torna FACULTATIVA se o sujeito estiver depois do infinitivo.
Ex.: Eu mandei estudar ou estudarem os alunos.
c. A flexão se torna PROIBIDA se o sujeito for um pronome pessoal oblíquo átono.
Ex.: Eu mandei-os estudar.

EXEMPLO 1: Mesmo sem insistir em tal ou qual ação secundária das novas condições de vida física e social e de contato
com os indígenas (e posteriormente com os africanos), é obvio que a língua popular brasileira tinha de diferençar-se
inelutavelmente da de Portugal, e, com o correr dos tempos, desenvolver um coloquialismo.
Os vocábulos “africanos” e “correr”, originalmente pertencentes à classe dos adjetivos e dos verbos, respectivamente,

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Português

foram empregados como substantivos no texto.


RESOLUÇÃO: Sim. O artigo é o substantivador por excelência. A palavra “africano” pode ser adjetivo, se estiver ligada a um
substantivo. No entanto, foi usado como substantivo, como se comprova pela presença do artigo “os”. O verbo correr
também foi substantivado pelo artigo, e, como substantivo, até recebeu uma locução adjetiva “dos tempos”. Questão
correta.

EXEMPLO 2: ...Ver você me deu muito prazer.


...A menina está muito engraçadinha.
Como modificadora das palavras “prazer” e “engraçadinha”, a palavra “muito” que as acompanha é, do ponto de vista
morfossintático, um advérbio.
RESOLUÇÃO: Observe: “muito prazer”. Aqui “muito” se refere a substantivo, é pronome indefinido, indica quantidade vaga,
imprecisa. Já em “muito engraçadinha”, “muito” se refere ao adjetivo “engraçadinha”. O advérbio é a única classe que
modifica adjetivo. Portanto, somente nesta segunda ocorrência temos advérbio. Questão incorreta.

EXEMPLO 3: Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se iluminava.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se suprimisse o trecho “é que”, em “como é que se fazia”.
RESOLUÇÃO: A expressão “é que” é expletiva, foi usada apenas para realce, ênfase. Portanto, pode ser retirada sem
qualquer prejuízo sintático ou semântico: “como é que se fazia” “como se fazia” (como era feito) Questão correta.

EXEMPLO 4: Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram” fosse substituída por mudam.
RESOLUÇÃO: Observem que a banca está apenas falando de correção (ausência de erro) e coerência (lógica, ausência de
contradição). Então, não há nenhum problema em usar o presente “mudam” no lugar do pretérito perfeito “mudaram”,
uma vez que seria lógico também usar o presente histórico: “mudam” indicando tempo passado, recurso utilizado para
aproximar do leitor o fato passado narrado, para dar maior dinamicidade e verossimilhança ao texto. Questão correta.

EXEMPLO 5: Sem a invenção dos caracteres móveis de imprensa, no século XV, seria impossível haver jornais
A forma verbal “seria” exprime uma ideia de hipótese dependente de uma condição.
RESOLUÇÃO: Sim. O futuro do pretérito, embora seja um tempo do modo indicativo, expressa fato incerto, duvidoso,
hipotético ou dependente de condição. É o que ocorre aqui, observem que temos aqui uma condicional no pretérito, na
clássica correlação (Se pudesse, faria):
Se não fossem inventados os caracteres móveis da imprensa (condição), seria impossível haver jornais (efeito hipotético
dependente da condição). Questão correta.

EXEMPLO 6: Embora a fiscalização de contas conste dos registros mais antigos...


O emprego do modo subjuntivo na forma verbal “conste" depende sintaticamente da presença da conjunção “Embora".
RESOLUÇÃO: O subjuntivo é modo que expressa dúvida e incerteza. Mas nem sempre que houver um verbo no subjuntivo

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Português

poderemos afirmar que ele está ali para expressar essa ideia. Muitas vezes ele é exigência de uma conjunção subordinativa.
Ex: Ainda que doesse, tomou a injeção (A injeção foi tomada, não há dúvida; o modo subjuntivo está sendo usado por
demanda da conjunção subordinativa “ainda que”).
O mesmo ocorre na questão, a fiscalização de contas de fato constava dos registros antigos; o modo subjuntivo depende
sintaticamente da presença da conjunção embora. Questão correta.

EXEMPLO 7: Os vocábulos “impressa” e “entregue” são particípios irregulares dos verbos imprimir e entregar,
respectivamente; tais verbos admitem, também, as formas participiais regulares: imprimido e entregado.
RESOLUÇÃO: Exato. As formas regulares (-do) acompanharão os verbos ter e haver; as irregulares acompanharão os verbos
ser e estar. Questão correta.

EXEMPLO 8: Sobre a conjugação do verbo “vir” no presente do indicativo, assinalar a alternativa cuja forma verbal está
INCORRETA:
a) Venho.
b) Vens.
c) Vem.
d) Viemos.
e) Vindes.
RESOLUÇÃO: Note que o verbo está conjugado no presente do indicativo. Venho/vens/vem/vimos/vindes/vêm (Alternativa D).

EXEMPLO 9: Nas orações “que as exportações aumentem” (linha 10) e “que o ano de 2021 feche com mais de 756 milhões
de dólares em exportação de carne” (linhas 10 e 11), os verbos estão flexionados no presente do subjuntivo.
RESOLUÇÃO: Tanto “aumentem” quanto “feche” estão no presente do subjuntivo (Item Correto).

EXEMPLO 10: As frases podem aparecer expressas em duas vozes verbais: ativa e passiva; a frase abaixo que está
integralmente na voz ativa é:
a) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido”;
b) “Tendo o mínimo de desejos, chega-se mais perto dos deuses”;
c) “Cada um é atraído pelo próprio desejo”;
d) “O mais difícil é redescobrir sempre o que já se sabe”;
e) “Nada desejamos tanto como aquilo que não nos foi consentido”.
RESOLUÇÃO: Observe que a assertiva expressa a ideia de frase integralmente, ou seja, toda ela, na voz passiva. Para se
considerar a voz ativa ou a voz passiva, faz-se necessário que o verbo seja de ação. Para Evanildo Bechara, o verbo de ligação,
especificamente o verbo SER, caracteriza a voz medial. No item A, depara-se com o verbo SER (seu desejo é fraco); já nos
itens C, D e E, ocorre voz passiva analítica (é atraído, foi consentido) e voz passiva sintética (se sabe) (Alternativa B).

EXEMPLO 11: A forma verbal em destaque no trecho "Não se CANSAVA de admirar as facilidades que novas tecnologias
traziam para o ser humano." Exprime uma ação de:

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a) Relacionada a um futuro incerto e imprevisível.


b) Passada que ocorria em um momento anterior ao atual e que foi totalmente terminada.
c) Passada que se repetia e era habitual.
d) Passada que era vista como duvidosa e hipotética.
RESOLUÇÃO: O verbo CANSAVA está no pretérito imperfeito do indicativo, que exprime ação parcialmente concluída ou
que se repetia ou era habitual (Alternativa C).

11. ASPECTOS SINTÁTICOS

11.1 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO

Essenciais
• Sujeito
• Predicado

Integrantes
• Objeto Direto
• Objeto Indireto
• Complemento Nominal
• Predicativo do Sujeito
• Predicativo do Objeto
• Agente da Passiva

Acessórios
• Adjunto Adnominal
• Adjunto Adverbial
• Aposto
• (Vocativo)

11.2 TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO

Dois são os termos essenciais de uma oração:

• O Sujeito: ser de quem se diz alguma coisa.

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• O Predicado: tudo aquilo que se diz do sujeito. (Tudo que não é sujeito).
Exemplo:
Todos os homens do mundo / precisam de paz.
sujeito predicado

R.: Todos os homens do mundo (= sujeito), logo, precisam de paz. (= predicado)

Classificação do Sujeito

1. Sujeito simples: com apenas um núcleo


Ex.: Aqueles artistas não agradaram ao públicos
Sujeito: Aqueles artistas
Núcleo: artistas

2. Sujeito Composto: com dois ou mais núcleos


Ex.: O anão e o palhaço não agradaram ao público
Sujeito: O anão e o palhaço
Núcleo: anão, palhaço

Observação: podem ser núcleo do sujeito:


• Substantivos:
Ex.: Alguns alunos do colégio foram à festa.

• Pronomes pessoais:
Ex.: Eles já saíram

• Pronomes substantivos:
Ex.: Todos já saíram. (pron. subst. indef.)
Ninguém veio. (pron. subst. indef.)
Quem saiu? (pron. subst. inter.)
Aquilo desapareceu. (pron. subst. demonst.)
Eis o preso que fugiu. (pron. relativo)

• Numerais:
Ex.: Os dois foram a pé.

• Palavras substantivadas:
Ex.: O olhar da menina nos cativou.

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3. Sujeito indeterminado: é aquele que existe mas não se sabe qual é o sujeito. Isto só ocorre em duas situações:
a)Oração iniciada por verbo na 3ª pessoa do plural:
Ex.: Roubaram o meu carro
Andam falando mal de você.
b) Oração com o verbo ligado à partícula SE, indeterminante do sujeito:
Ex.: Precisa-se de ajudantes.
Vive-se bem no Rio.
Obs1: Oração sem sujeito: é aquela que apresenta verbo impessoal. São verbos impessoais:
• Verbos que expressam fenômenos da natureza: nevar, gear, trovejar, ...
Ex.: Está chovendo no Paraná.
• Acidentalmente, o verbo fazer (só quando se refere a tempo), o verbo haver (quando se refere a tempo, ou quando
significa existir ou acontecer), o verbo ser (quando se refere a tempo ou lugar).
Ex.: Faz muito tempo que não nos vemos.
Não o vejo há meses.
Era aqui que nos encontraríamos.

Obs2: Sujeito oracional: é quando o sujeito de uma oração é toda uma outra oração.
Ex.: É bom / que todos compareçam
1ª Oração: É bom
2ª Oração: que todos compareçam.
(o sujeito é toda a 2ª oração)

Predicado

Predicado verbal

Verbos nocionais:
 intransitivos
 transitivos
➢ diretos, indiretos, diretos e indiretos

Verbos de ligação

São aqueles que ligam o sujeito ao seu predicativo, expressando uma idéia de estado ou qualidade.

Sujeito + verbo de ligação + predicativo do sujeito


Os verbos de ligação e seus vários aspectos:
• Estado permanente: ser

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• Estado transitório: estar, andar, encontrar-se, achar-se, viver, ...


• Estado aparente: continuar, permanecer
• Mudança de estado: ficar, acabar, virar, tornar-se, cair, passar, ...
Obs.: Não esquecer que estes verbos são de ligação somente quando há um predicativo do sujeito. Do contrário, tornam-
se verbos intransitivos.
Ex.: O aluno está doente. (suj. + V. L. + Predicativo do sujeito)
O aluno está em casa. (suj. + verbo intrans. + adj. adv. de lugar)

Verbos intransitivos

São aqueles que têm o sentido completo, isto é, não necessitam de complementos verbais. (= objetos)

Ex.: O trem chegou atrasado.


Enquanto alguns nascem, outros morrem.
Ele não veio à escola.

Verbos transitivos diretos


São aqueles que tem o sentido incompleto, ou seja, necessitam de um complemento verbal sem preposição
obrigatória. (= objeto direto)
Ex.: Ela escreveu uma carta
(quem escreve, escreve alguma coisa)
Eu o encontrei na praia..
(quem encontra, encontra alguém)

Verbos transitivos indiretos:


São aqueles que têm sentido incompleto, ou seja, necessitam de um complemento verbal com preposição obrigatória
(= objeto indireto).

Ex.: Eles não obedecem às leis.


(quem obedece, obedece a alguma coisa ou a alguém)
Ela necessita de compreensão.
(quem necessita, necessita de alguma coisa ou de alguém)

Verbos transitivos diretos e indiretos


São aqueles que têm o sentido incompleto, necessitando de um complemento verbal sem preposição (O. D.) e de outro
complemento verbal com preposição (O. I.)

Ex.: O aluno entregou a queixa ao diretor.

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Português

(quem entrega, entrega alguma coisa (o.d.) a alguém (o.i.))


O diretor informou os alunos das datas dos exames.
(quem informa, informa alguém (o.d.) de alguma coisa (o.i.))

EXEMPLO: Sobre o enunciado “O livro didático foi absorvido pela aula tradicional e pelo sistema escolar [...]" (linha 9) é
CORRETO afirmar que
I- “O livro didático” exerce função sintática de sujeito composto.
II- A expressão “foi absorvido” é classificada morfologicamente como forma passiva.
III- “pela aula tradicional e pelo sistema escolar” ocupam a mesma função sintática.

É CORRETO o que se afirma apenas em


A III.
B I e II.
C I.
D II.
E II e III.
RESOLUÇÃO: O livro didático é sujeito simples, pois apresenta apenas um núcleo: livro. (Alternativa E)

A estrutura da voz passiva analítica pode ser construída da seguinte forma:


Verbo apassivador: ser, estar, ficar + VTD ou VTDI no particípio:
Ex.: A cidade foi destruída pelas fortes chuvas.

Porém, em frase como A cidade está destruída não se observa voz passiva. Percebe-se a impossibilidade de essa mesma
construção ocorrer com o agente da passiva. Ficaria estranho dizer A cidade está destruída pela chuva. A análise mais
adequada, neste caso é:
A casa = sujeito
Está = verbo de ligação
Destruída = predicativo do sujeito

Evanildo Bechara, o mestre, classifica as orações construídas com verbo de ligação de medial. As grandes bancas
organizadoras de provas de concursos seguem essa orientação.

Predicativos

Predicativo do sujeito

Termo que expressa um estado ou qualidade do sujeito. É obrigatório após um verbo de ligação e, eventualmente pode
aparecer após verbos transitivos ou intransitivos.

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Ex.:
a) com verbos de ligação:
Os alunos são estudiosos.

b) com verbo intransitivo:


O trem chegou atrasado.

c) com verbo transitivo direto:


Meu primo foi nomeado diretor.

d) com verbo transitivo indireto:


Os torcedores assistiram nervosos à decisão.

Com verbo de ligação, o predicado é nominal.


Com VI, VTD, VTI ou VTDI, o predicado é verbo-nominal.

Predicativo do objeto

Termo que expressa um estado ou uma qualidade do objeto atribuídos pelo sujeito. Segundo a NGB, só ocorre com verbo
transitivo direto. Porém, observa-se predicativo do objeto com verbo transitivo indireto.
Ex.: Eles nomearam meu primo diretor.
O povo elegeu-o senador.
Coroaram-no imperador.
Nós o chamamos sábio. (o verbo chamar é T.D.)
Nós lhe chamamos de sábio. (o predicativo do objeto pode ser preposicionado).

Nota: A empresa necessita de você sadio. (o verbo necessitar é T.I., e sábio é uma característica do objeto indireto
atribuída pelo sujeito. Portanto, predicativo do objeto)

Classificação do predicado

1. Predicado nominal: expressa uma ideia de estado ou qualidade


Estrutura:

Sujeito + V.L. + Predicativo do sujeito

Núcleo: Predicativo do sujeito (é o termo que expressa a ideia de estado ou qualidade)


Ex.: Estes operários são trabalhadores. (V.L. + predicativo do sujeito)

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2. Predicado verbal: expressa uma ideia de ação.


Estrutura:

Sujeito + VI
VTD + OD
VTI + OI
VTDI + OD + OI

Núcleo: verbo (é o termo que expressa a ideia de ação)

Ex.: As aves voavam no céu (VI + adj. adv. de lugar)


Os animais comem plantas (VTD + ID)
As plantas precisam de sol. (VTI + OI)
O rapaz informou a hora ao transeunte (VTDI + OD + OI)

3. Predicado verbo-nominal: expressa uma ideia de ação e outra de estado ou qualidade, predicativo do sujeito ou
predicativo do objeto.
4.
Estruturas:

Sujeito + verbo intransitivo + predicativo do sujeito


VTD + predicativo do sujeito + OD
VTI + predicativo do sujeito + OI
VTD + OD + predicativo do objeto
VTI + OI + predicativo do objeto

Núcleo: verbo e predicativo


Ex.: O trem chegou atrasado (VI + predicativo do sujeito)
Ela vendeu tranquila suas joias (VTD + predicativo do sujeito)
Eles assistiram alegres ao jogo (VTI + predicativo do sujeito + OI)
O professor julgou o aluno um sábio (VTD + OD + predicativo do objeto)
O professor chamou ao aluno de sábio (VTI + OI + predicativo do objeto)

Obs.: núcleos de predicado.


• Núcleos verbais: todos os verbos, exceto os de ligação
• Núcleos nominais: todos os predicativos (do sujeito e do objeto)

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11.3 TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO

• Objeto direto: complemento verbal sem preposição obrigatória.


Ex.: Este rapaz comprou seu carro aqui.
Quem compra, compra alguma coisa (= objeto direto). Ele comprou seu carro

• Objeto indireto: complemento verbal com preposição obrigatória (exigida pelo verbo, que deverá ser transitivo
indireto).
Ex.: Este rapaz se referiu a seu pai
Que se refere, se refere a alguém (= objeto indireto). Ele se referiu a seu pai.

• Complemento nominal: termo preposicionado que completa o sentido de nomes (adjetivos, substantivos e advérbios)
Ex.: Este teste foi útil aos candidatos.
Tudo que é útil, é útil a alguém (= complemento nominal). Isto foi útil aos candidatos.

• Predicativo do sujeito: termo que expressa um estado ou qualidade do sujeito. Este termo liga-se ao sujeito através do
verbo.
Ex.: A menina estava tristonha.

Após o verbo de ligação, obrigatoriamente, haverá um predicativo do sujeito, entretanto é possível haver predicativo
do sujeito com verbos que não sejam de ligação.
Ex.: A menina saiu tristonha de casa

• Predicativo do objeto: termo que expressa um estado ou uma qualidade do objeto, atribuídos pelo sujeito.
Ex.: A crítica considerou este ator o melhor do ano.

• Agente da passiva: termo preposicionado que pratica a ação do verbo, quando ele está na voz passiva.
Ex.: Este trabalho foi feito por mim.

O sujeito, na voz passiva, sofre a ação do verbo. (= Este trabalho sofre a ação de ser feito)
Há, na voz passiva, uma locução verbal, onde o verbo auxiliar é o verbo ser. (Locução Verbal = foi feito; Verbo Auxiliar
= ser mais verbo principal = fazer)
O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa. Eu fiz este trabalho.

11.4 TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO

1. Adjunto adnominal: Termo de valor adjetivo que modifica um substantivo. Pode ser expresso por:
• Adjetivos

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Português

Ele era um homem ajuizado.


• Locuções adjetivas (Termo preposicionado de valor adjetivo ou possessivo)
Ele era um homem de juízo.
• Artigos
Ele era um homem ajuizado.
• Numerais
É o primeiro aluno que compra dois livros.
• Pronomes adjetivos (qualquer pronome que acompanhe um substantivo)
Este homem comprou seus presentes aqui.
• Orações adjetivas
Eis o livro que estou lendo.

2. Adjunto adverbial: Termo de valor adverbial que, denotando uma circunstância, modifica um verbo ou intensifica o
sentido deste, de um adjetivo ou de um outro advérbio.
Ex.: Ele caminha rapidamente. (= circunstância de modo)
Ele trabalha muito. (= circunstância de intensidade)
• Advérbios
Hoje, não veio ninguém aqui. (de tempo, de negação e de lugar)
• Locuções adverbiais
Tudo foi feito às escondidas. (de modo)
• Expressões adverbiais
Morrem de fome. (de causa)
• Orações adverbiais
Iremos quando houver dinheiro. (de tempo)
Circunstâncias:
a) Modo: Caminhava devagar
b) Tempo: Fez a prova agora.
c) Lugar: Está longe
d) Intensidade: Ele é tão estudioso.
e) Dúvida: Talvez ele venha.
f) Negação: Ele não vem
g) Afirmação: Sim, ele virá.
h) Causa: Por que ele faltou?
i) Concessão: Ele virá apesar do escuro.
j) Condição: Nada lê sem óculos.
k) Finalidade: Ele vive para o estudo.
l) Instrumento: Desenhava com o lápis.
m) Companhia: Saiu com os pais.

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Português

n) Matéria: Crucifixos feitos de madeira.


o) Assunto: Ele falava de você.
e outras.

3. Aposto: Termo de caráter nominal que se junta a um substantivo (ou equivalente) para explicá-lo, ou para servi-lhe de
equivalente, resumo, ou identificação.
Ex.: Mário de Andrade, o líder do nosso movimento modernista, morreu em 1945. (= aposto explicativo)
A cidade de Petrópolis apresenta um clima agradabilíssimo. (= aposto especificativo)

4. Vocativo: Termo através do qual chamamos o ser a que nos dirigimos.


Ex.: Meus senhores, esta é a nossa situação.
Você, venha até aqui por favor!

Notas:
1. A análise sintática pressupõe três passos:
a) a decomposição dos termos – por exemplo, sujeito x predicado
b) a identificação dos termos – por exemplo, se estão ligados a verbo ou a nome
c) a classificação dos termos – por exemplo, se é um termo essencial, se é um termo integrante, se é um termo acessório
– daí, saber se é sujeito, adjunto, predicativo etc.

2. Para realizar esse estudo, esses passos, é necessário saber que existem formas diferentes de analisar os termos da
oração:
a) se estão ligados a verbo ou a nome;
b) se exercem funções substantivas, adjetivas ou adverbiais;
c) se são essenciais, integrantes ou acessórias;

Termos ligados a verbo:


1. objeto direto
2. objeto indireto
3. objeto direto e indireto
4. agente da passiva
5. adjunto adverbial

Termos ligados a nome (substantivo ou adjetivo):


1. adjunto adnominal
2. complemento nominal
3. aposto
4. adjunto adverbial de intensidade

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Português

5. predicativo do sujeito
6. predicativo do objeto

Observe uma análise tradicional sob esses aspectos da sintaxe do período composto:

O carro de corrida de Ayrton Senna venceu até 1994 vários prêmios no autódromo de Ímola.

Sujeito: O carro de Ayrton Senna


Núcleo do sujeito: carro
Predicado: venceu vários prêmios no autódromo de Ímola
Objeto direto: vários prêmios
Núcleo do objeto: prêmios
Adjuntos adnominais: o, de corrida, de Ayrton Senna, vários, o (no), de Ímola
Adjuntos adverbiais: até 1994, no autódromo de Ímola
Núcleo do adjunto adverbial: em autódromo
Aposto especificativo: Senna

Termos ligados a nome:

CARRO: O, de corrida;
CORRIDA: de Ayrton Senna
AYRTON: Senna
PRÊMIOS: vários
AUTÓDROMO: (em) o, de Ímola

Termos ligados a verbo:

VENCEU: até 1994, vários prêmios, no autódromo de Ímola

Termos com funções substantivas:

Sujeito: O carro de Ayrton Senna


Núcleo do sujeito: carro
Objeto direto: vários prêmios
Aposto especificativo: Senna

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Português

Termos com funções adjetivas:

Adjuntos adnominais: o, de corrida, de Ayrton Senna, vários, o (no), de Ímola


Predicativo do sujeito: ?
Predicativo do objeto: ?

Termos com funções adverbiais:


Adjuntos adverbiais: até 1994, no autódromo de Ímola

Agora, vamos fazer um estudo comparativo entre os termos da oração:

Esquema I: Objeto indireto x objeto direto preposicionado


a) OI = Ele gosta dos pais.
ODP = Ele estima a(os) pais.
b) OI = Ele obedece a mim.
ODP = Ele entendeu a mim
c) OI = Este é o aluno a quem ele se referiu.
ODP = Este é o aluno a quem ele admira.
d) OI = Ele aludiu a Vossa Excelência.
ODP = Ele cumprimentou a Vossa Excelência.
Obs.: ODP = Puxar d(a) espada.
Pegar (d)a caneta.
Saber (de) tudo.
Cumprir (com) o dever.
Amar (a)o próximo

Esquema II: Objeto indireto x complemento nominal


a) OI = Eu aludi ao poeta. (ligado ao verbo
CN = Eu fiz alusão ao poeta. (ligado ao nome)
b) OI = Eu lhe obedeço. (ligado ao verbo)
CN = Eu lhe sou obediente. (ligado ao nome)
c) OI = Este é o aluno a quem me referi.
CN = Este é o aluno a quem fiz referência.
d) OI = Eu necessito de que me ajude.
CN = Tenho necessidade de que me ajude.
Observação: Objeto Indireto = Eu entreguei o livro ao aluno.
Complemento Nominal = Eu fiz referência ao aluno.

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Português

Esquema III: Complemento nominal x adj. adnominal


a) A.A. = Os meus dois melhores amigos de São Paulo chegaram de Brasília.
b) A.A. = Locuções adjetivas (tem valor de adjetivo):
Homem de juízo (= ajuizado)
Fio de chumbo. (= ideia de matéria)
c) A.A. = O descobrimento de Cabral (= agente)
C.N. = O descobrimento do Brasil. (= paciente)
d) A.A. = Roubaram-lhe a caneta (= ideia de posse)
C.N. = Isto lhe é favorável. (completa o nome)
e) A.A. = Este é o aluno cujo livro foi roubado.(= posse)
C.N. = Este é o aluno a quem fiz alusão.(= complemento nominal)
f) A.A. = Este é o aluno a quem fiz alusão.(= oração adjetiva)
C.N. = Sou favorável a que o prendam(= complemento nominal)

Esquema IV: Termos integrantes e acessório da oração


A. Predicativo do sujeito x adjunto adverbial
PS: Ela vendeu tranquila as suas joias.
B. Adverbial: Ela vendeu tranquilo as suas joias.
C. Adjunto adnominal x adjunto adverbial
▪ A. Adnominal = Fiz o trabalho de casa. (= caseiro)
A. Adv. = Fiz o trabalho em casa.
▪ A. Adnominal = Tenho muito dinheiro.
A. Adv. = Eu trabalho muito.
D. Adjunto adnominal x predicativo do sujeito
A. Adnominal = Eu ajudei aquele homem gordo. (qualidade própria)
P. Objeto = Eu considero este homem gordo. (qualidade atribuída)
Obs.: O juiz julgou o réu inocente (A. Adnominal) culpado (P. Objeto).
E. Adjunto adnominal x aposto
A. Adnominal = Gosto do clima de Petrópolis. (= petropolitano)
Aposto = Gosto da cidade de Petrópolis. (Petrópolis é nome de cidade)

11.5 ESTRUTURA DO PERÍODO COMPOSTO

Classificação do período

 Simples: uma única oração – oração absoluta.


➢ Quem comeu o queijo?
 Composto: duas ou mais orações

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➢ Quem comeu o queijo que estava aqui?


• Por coordenação – só orações coordenadas
• Por subordinação – só orações subordinadas
• Por coordenação e subordinação – orações coordenadas e subordinadas.

Orações Coordenadas

A) Sindéticas (iniciadas por conjunções coordenativas)


I. Aditivas: (iniciadas por: E, nem, tampouco, mas também)
II. Adversativas: (iniciadas por: MAS, porém, contudo, entretanto, ...)
III. Alternativas: (iniciadas por: OU, ora ... ora, quer ... quer)
IV. Conclusivas: (iniciadas por: LOGO, portanto, por isso, então, ...)
V Explicativas: (iniciadas por: PORQUE, pois, já que, visto que, ...)
-
B) Assindéticas (sem conjunção coordenativa)

Nota
É importante, para o aluno, memorizar os conectivos ou conjunções empregadas no período composto para ligar as
orações. Porém, é fundamental analisar o sentido delas no contexto do texto, da frase.

Observe os exemplos:
O atleta treinava todos os dias e estudava para o vestibular com o mesmo afinco. (aditivo)
O atleta treinava com afinco e não se dedicava aos estudos. (adversativo = mas)
O atleta não se dedicou aos estudos e foi reprovado duas vezes. (conclusivo)

Orações Subordinadas Substantivas

I. Subjetivas (= sujeito oracional)


Ex.: É bom que ninguém viaje.
II. Objetivas diretas (= objeto direto oracional)
Ex.: Não sei se eles entenderam tudo.
III. Objetivas indiretas (= objeto indireto oracional)
Ex.: Precisamos de que nos ajudem.
IV. Completivas nominais (= complemento nominal oracional)
Ex.: Sou favorável a que eles venham cedo.
V. Predicativas (= predicado do sujeito oracional)
Ex.: O ideal é que ninguém falte.
VI. Apositivas (= aposto oracional)

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Português

Ex.: A ideia – que todos viajassem – foi bem aceita.


VII. Agentes da passiva (= agente da passiva oracional)
Ex.: O carro foi destruído por quem o comprara.
Obs.: As orações subordinadas substantivas são introduzidas pelas conjunções subordinativas integrantes (QUE e SE) ou
são justapostas (com pronomes e advérbios interrogativos ou ainda indefinidos).

Nota: Como identificar QUE enquanto conjunção integrante ou pronome indefinido/interrogativo?


Observe os seguintes exemplos analisados:

Em “O chefe da fiscalização da Receita Estadual determinou que a mercadoria fosse apreendida.”


“O chefe da fiscalização decidiu que a mercadoria será apreendida.”
Nesses exemplos, que e se são conjunções integrantes.

Em: “Os fiscais da Receita sabiam que mercadorias deveriam ser apreendidas.”
“Os fiscais da Receita perguntaram que dia as mercadorias deveriam ser apreendidas.
Já nesses exemplos, que e se são pronome indefinido e pronome interrogativo, respectivamente.

Qual a diferença? A diferença está nas relações sintáticas. Na frase “Os fiscais da Receita sabiam que...”, que (pronome
indefinido) liga o verbo oração subsequente ao verbo sabiam. Na frase seguinte “Os fiscais da Receita perguntaram que...”,
que (pronome interrogativo) liga a oração subsequente ao verbo perguntaram.
São verbos que exprimem ou podem exprimir ideia de dúvida.
Conclua: Que é pronome interrogativa quando liga a oração subsequente a um verbo com a ideia de dúvida (perguntar,
saber, conhecer, questionar, indagar, descobrir...). se esses mesmos verbos forem empregados sem a ideia de dúvida, que
se classifica como pronome indefinido. Não sendo um desses verbos, que é conjunção integrante.

Orações Subordinadas Adjetivas

• Iniciadas por um Pronome Relativo


o São pronomes relativos: que, qual, quem, quanto, cujo e flexões.
o Os advérbios quando, onde e como podem exercer a função típica dos pronomes relativos em frases com:
▪ Ninguém sabe determinar o momento quando tudo começou.
▪ A Polícia foi ao bairro onde aconteceu a chacina.
▪ A forma como o atleta se comporta é incompatível com a história do time.
• Referem-se a um Substantivo ou Pronome Substantivo (antecedente).
▪ Não há reza que dê jeito nesse jovem.
▪ Esqueceram quase tudo quanto estava escrito no contrato.
* As orações adjetivas classificam-se em:

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Português

I. Restritivas (não necessita de vírgula no início). Restringem, diminuem, limitam a significação do antecedente.
Ex.: Aqui, estão os alunos / que serão aprovados. (Nem todos os alunos serão aprovados)

II. Explicativas (obrigatoriamente iniciadas por vírgula). Não restringem, apenas acrescenta algo próprio do antecedente
ou ressaltam uma característica do antecedente.
Ex.: As crianças, / que são os homens de amanhã, / merecem nossa atenção. (todas as crianças são os homens de
manhã)

Orações Subordinadas Adverbiais

• Iniciadas pelas Conjunções Subordinativas.


• Exercem a função sintática de Adjuntos Adverbiais.

I. Causais (iniciadas por porque, como, já que, visto que, uma vez que, ...)
Ex.: Retirou-se porque se sentiu mal.
II. Comparativas (iniciadas por (do) que, como, quanto, assim ,como, ...)
Ex.: Ela é bastante mais responsável (do) que você.
Obs.: O verbo normalmente fica oculto. No exemplo: ... (do) que você é.
III. Concessivas (iniciadas por embora, ainda que, mesmo que, ...)
Ex.: Teria sido melhor, embora não parecesse.
IV. Condicionais (iniciadas por se, caso, desde que, contanto que, ...)
Ex.: Haverá menos casos de contaminação se todos ou quase todos se vacinarem.
V. Conformativas (iniciadas por conforme, como, segundo, consoante ...)
Ex.: Conforme ficou determinado, eles se retiraram.
VI. Consecutivas (iniciadas por: que, de forma que, de modo que...)
Ex.: Tanto era seu esforço que a recompensa veio breve.
Obs.: na oração principal tem-se a causa. E a ideia de intensidade ocorre de forma expressa ou implícita.
VII. Finais (iniciadas por: a fim de que, para que, porque,...)
Ex.: Explique tudo para que ninguém reclamasse depois.
Obs.: o emprego de porque com a ideia de finalidade, portanto, nas orações finais, é empregado com o verbo no
subjuntivo, como se observa no seguinte exemplo:
Ex.: A jovem resolveu ficar em casa porque a família se sentisse mais segura.
VII. Proporcionais (iniciadas por: à proporção que, à medida que, ...)
Ex.: Estudávamos mais ao passo que nos distraíamos menos.
Obs.: as orações proporcionais tem uma carga de significado temporal. Porém o que define sua classificação enquanto
proporcional é a passagem do tempo, e não o tempo em si.
XIX. Temporais (iniciadas por: quando, enquanto, mal, logo que, sempre que, ...)
Ex.: Enquanto estiver ali, estará seguro. Adjuntos adverbiais: até 1994, no autódromo de Ímola

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Português

Orações Reduzidas

• Verbos nas formas nominais: infinitivo, gerúndio, particípio


• Não apresentam conectivos.
Ex.: Recebeu o dinheiro, gastando-o logo após. ( = e gastou logo após)
Oração coord. aditiva, reduzida de gerúndio.
É importante lutar sempre. (= que se lute sempre)
Oração subordinada subjetiva, reduzida de infinitivo
Encerrada a reunião, muitos se retiraram. (= quando a reunião se encerrou, ...)
Oração subordinada adverbial temporal, reduzida de particípio.
Obs.: são orações desenvolvidas aquelas com verbo no indicativo ou subjuntivo.

EXEMPLO 1: (CESPE-2017 / SEDF) Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função de complemento do vocábulo
“claro”.
RESOLUÇÃO: A oração exerce função de “sujeito”!
Mas é claro [que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português]
Mas é claro [ISTO] > [ISTO] é claro
Temos então uma oração subordinada substantiva subjetiva, vulgo “sujeito oracional”. Questão incorreta.

EXEMPLO 2: (CESPE-2016 / TRE-PI) No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco
estranho”, o elemento “que” introduz oração de natureza restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial.
RESOLUÇÃO: Se retirarmos a expressão intercalada entre vírgulas, que tem valor adverbial por expressar circunstância de
concessão, teremos uma oração restritiva: “ele me leva a um restaurante que me pareceu um pouco estranho”. Cuidado para
não confundir essa vírgula anterior com uma oração explicativa, pois aqui a oração iniciada por “que” não foi a que veio entre
vírgulas. Questão correta.

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