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Sumário
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Português
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Português
8. ASPECTOS MORFOLÓGICOS
Flexivas Inflexivas
01. Substantivos 07. Preposições
02. Adjetivos 08. Advérbios
03. Verbos 09. Interjeições
04. Pronomes 10. Conjunções
05. Numerais
06. Artigos
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Português
Obs.: Para estes casos em que o substantivo abstrato é derivado do adjetivo, utilize o seguinte expediente:
SER ou ESTAR – adjetivos; TER – substantivos.
Ser, estar triste. Ter tristeza.
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Português
o, a, os, as
1. Artigo definido: Antecedendo a substantivos.
Ex.: o livro, a casa, ...
2. Pronome pessoal: substituindo a ele(s), ela(s), você(s)
Ex.: Não o encontrei. (= a ele); Nós a enviamos pelo correio. (= a ela)
3. Pronome substantivo demonstrativo: substituindo aquele(s), aquela(s), aquilo, isto.
Ex.: Não ouviu o que você disse. (= aquilo); Referiu-se à que saiu. (= àquele); Levante-se o da direita. (= aquele);
Passar, todos querem; estudar, ninguém o deseja. (= isto)
4. Preposição essencial: equivalente a até, para, em direção, a ...
Ex.: Fui a até praia. (= até, para); Recomendei-o a você. (= para)
Palavras denotativas
1.
a) só = sozinho → adjetivo
b) só = somente, apenas → palavra de exclusão
Ex.: Ela veio só. (= sozinha); Ela só anda a pé (= somente).
2.
a) mesmo = próprio → pronome adjetivo demonstrativo.
b) Mesmo = inclusive, até → palavra denotativa de inclusão.
Ex.: Ele mesmo fez a reclamação. (= próprio); Mesmo a diretoria se enganou. (= inclusive).
3.
a) até = em direção a → preposição
b) até = inclusive → palavra denotativa de inclusão
Ex.: Caminhou até a porta. (= em direção); Até o presidente riu. (= inclusive)
4.
a) é que = valor enfático (pode ser retirado → locução de realce
b) é que = (não pode ser retirado → verbo + conjunção
Ex.: Nós é que fizemos o trabalho. (= Nós fizemos o trabalho); O certo é que eles não falarão. (= verbo ser + conjunção
integrante que)
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Português
Preposições e Conjunções
Preposições
1. Palavras invariáveis cuja função é ligar palavras ou orações reduzidas de infinitivo:
Ex.: Gosto de música.
Ele tem certeza de ter feito o melhor.
2. Além de conectivos, muitas vezes as preposições acrescentam uma ideia circunstancial.
Ex.: Venho de casa. (lugar)
Morreu de fome. (causa)
Porta de madeira. (matéria)
Conjunções
1. Palavras invariáveis cuja função é ligar orações.
2. Além de conectivos, acrescentam uma ideia:
a. Coordenativas:
I. Aditivas: e, nem, tampouco, mas também
II. Adversativas: mas, porém, contudo, todavia
III. Alternativas: ou, quer ... quer, ora ... ora
IV. Conclusivas: logo, por isso, então
V. Explicativas: porque, pois, já que, visto que
b. Subordinativas:
I. Causais: porque, já que, uma vez que
II. Comparativas: (do) que, quanto, como
III. Concessivas: embora, ainda que, mesmo que
IV. Condicionais: se, caso, desde que
V. Conformativas: conforme, como, segundo
VI. Consecutivas: que (antecedido de tão, tal, tamanho, tanto)
VII. Finais: a fim de que, para que
VIII. Proporcionais: à proporção que, à medida que
IX. Temporais: quando, enquanto, logo que
X. Integrantes: que, se (iniciando orações subordinadas substantivas)
Palavra PORQUE
Os conectivos porque, já que, visto que, uma vez que, pois, como, que... podem ser:
1. Conjunção Coordenativa Explicativa (quando explica ordem ou suposição feitas pelo sujeito da enunciação).
Ex.: Saia daí, que você acaba caindo. (ordem: verbo no imperativo)
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Português
3. Conjunção subordinativa final (quando apresenta a finalidade da ação da oração principal. Pode ser substituída
por “a fim de que”, “para que”)
Ex.: Implorava aos fiéis porque parassem de julgar.
Palavra COMO
Como conectivo pode ser:
1. Conjunção Subordinativa Causal: (equivalente a porque)
Ex.: Como teve fome, foi à cozinha
(Foi à cozinha porque teve fome)
2. Conjunção Subordinativa Comparativa (equivalente a quanto)
Ex.: Esforçou-se tanto como nós
(Esforçou-se tanto quanto nós)
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Português
Palavra SE
Como conectivo pode ser:
1. Conjunção Subordinativa Condicional (equivalente a caso)
Ex.: Só iremos se formos convidados. (= caso sejamos convidados)
4. Indeterminante do Sujeito (em oração em que não haja objeto direto, indeterminando o sujeito). Ocorre com verbo
intransitivo, transitivo indireto ou verbo de ligação.
Ex.: Necessita-se de ajudantes. Quem necessita, necessita de algo. VTI
Acorda-se mais cedo durante o inverno. Quem acorda, acorda. VI
Era-se menos exigente com as pessoas mais velhas. Verbo de ligação.
7. Parte integrante do verbo (em verbos essencialmente reflexivos e que não existem sem a partícula se)
Ex.: Ele se esforçou muito.
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Português
Verbos reflexivos mais cobrados em provas: arrepender-se, suicidar-se, ajoelhar-se, conscientizar-se, esforçar-se.
8. Partícula de realce ou expletiva (desnecessária, podendo ser retirada sem alterar o sentido ou função dos termos;
geralmente com os verbos ir, sair e rir).
Ex.: Eles já se foram.
Pode -se retirar o se, sem alterar a estrutura sintática da frase e o seu sentido:
Eles já foram.
Palavra QUE
Como conectivo pode ser:
1. Conjunção Subordinativa Comparativa (em frases comparativas de superioridade ou inferioridade; antecedida de
mais ou menos.)
Ex.: Ela sozinha sabia mais que todos nós juntos.
Eles comeram menos sanduíches do que eu.
2. Conjunção Subordinativa Consecutiva (antecedida de tão, tal, tamanho, tanto ou qualquer outro intensificador).
Ex.: Ela sabe tanto que todos a respeitam.
Possuía tamanho prestígio que ninguém deixava elogiá-la.
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Português
11. Partícula Expletiva ou de Realce (desnecessária à frase; usada como elemento enfático).
Ex.: Oh! Que saudades que eu tenho.
NOTA: A identificação de uma classe gramatical deve ser feita por aspectos: morfológicos (a classe gramatical em si);
sintática (conforme a relação com outras palavras; semântica (o sentido empregado no contexto).
Exemplo: Alguns políticos defendem apenas seus próprios interesses.
Alguns: pronome indefinido (morfológico); exerce função de adjunto adnominal (sintático) e indefine o valor quantitativo
indefinido de deputados (semântico).
EXEMPLO 1: A palavra destaca no trecho "Porém, começou a perceber QUE as pessoas somente a observavam de longe",
no contexto em que foi empregada, é classificada gramaticalmente como:
a) Pronome Interrogativo.
b) Conjunção Coordenativa.
c) Conjunção Integrante.
d) Pronome Relativo.
RESOLUÇÃO: Trata-se de uma conjunção integrante (Alternativa C).
EXEMPLO 2: A conjunção integrante tem a função sintática de ligar a oração principal a uma oração subordinada
substantiva. Pode-se utilizar a regra prática de substituição da oração subordinada, ligada pela conjunção pelos pronomes
isso, disso, nisso..., que vai exercer uma função sintática típica de substantivo (sujeito, objeto, complemento nominal,
predicativo, aposto). No caso: ... começou a perceber isso (que as pessoas somente a observavam de longe)
Na frase “Outra possibilidade é que vocalizações (...)”, o termo sublinhado é classificado gramaticalmente como:
a) Advérbio.
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Português
b) Pronome.
c) Substantivo.
d) Adjetivo.
e) Preposição.
RESOLUÇÃO: O substantivo é a classe gramatical que aceita os determinantes que o acompanham (adjetivo, pronome,
numeral, artigo). Na frase em tela, tem-se o pronome outra com a função de determinante do substantivo possibilidade
(Alternativa C).
EXEMPLO 3: Em “[...] poxa vida, ainda sou bem mulher!”, o item em destaque
a) indica o antônimo de “mal”.
b) poderia ser substituído pelo termo “boa” sem prejuízo semântico à frase.
c) atua como intensificador.
d) é um adjetivo que caracteriza o substantivo “mulher”.
e) é restrito à variedade padrão da língua.
RESOLUÇÃO: A questão é interessante, pois quebra a velha relativação que se fazer de mal # bem. Se fosse utilizado essa
dica, a resposta seria a letra A e estaria errada. Na frase, o termo mulher é predicativo do sujeito. Predicativo é uma função
adjetiva, portanto, mulher é um adjetivo intensificado pelo advérbio bem (Alternativa C).
EXEMPLO 4: No trecho, " ficava, de LONGE, sonhando com esse relacionamento que eu queria para mim", a palavra
destacada pertence a seguinte classe gramatical:
a) Substantivo.
b) Adjetivo.
c) Advérbio.
d) Pronome.
RESOLUÇÃO: Aqui se observa um advérbio de lugar (ou distância). Por isso, a palavra é um advérbio (Alternativa C).
EXEMPLO 5: Considerando os aspectos linguísticos do texto de apoio e os sentidos por eles expressos, julgue o item.
No trecho “E como morador de rua, usava a mesma calçada em que dormia para se expressar. Usava a calçada, único bem
que lhe pertencia, como se fosse papel para desenhar ou escrever.”, os elementos em destaque são utilizados com a
mesma função sintática e semântica.
RESOLUÇÃO: No primeiro emprego, como é um qualificador; no segundo, é um conectivo comparativo (Item Errado).
EXEMPLO 5: Considerando os aspectos linguísticos do texto de apoio e os sentidos por eles expressos, julgue o item.
Em “Avançando nessa teoria chegaríamos à conclusão de que tudo o que é coletivo resvala no pessoal.”, os vocábulos “que”
pertencem a mesma classe gramatical e apresentam a mesma função textual: retomar um termo previamente exposto na
oração.
RESOLUÇÃO: No primeiro emprego é conjunção integrante; no segundo emprego, é pronome relativo (Item Errado).
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9. FLEXÕES NOMINAIS
Flexões nominais é basicamente o estudo das variações do substantivo e do adjetivo quanto às categorias de gênero,
número e grau.
Quanto ao gênero, substantivos e adjetivos dividem-se em masculinos e femininos. As desinências de feminino mais
frequentes são:
OBSERVAÇÕES:
a) Os nomes terminados em –ão fazem feminino em –ã, ao ou ona:
alemão – alemã; leão – leoa; valentão – valentona
c) Geralmente os adjetivos terminados em –a, –e, –l, –m, –r, –s e –z são uniformes:
o homem artista – a mulher artista;
o homem elegante – a mulher elegante;
o homem fútil – a mulher fútil;
o homem comum – a mulher comum;
o homem exemplar – a mulher exemplar;
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Português
f) Há substantivos que formam o feminino só alterando o timbre da vogal tônica ou com desinência e alteração de timbre:
avô – avó; formoso – formosa
j) Há substantivos que frequentemente são utilizados em gênero inadequado ou geram dúvidas quanto ao seu uso.
Observar, por exemplo:
O champanha; o pulôver; a dinamite
Em número, os substantivos e adjetivos flexionam-se em singular e plural. Regras gerais para a formação do plural:
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7. Terminados em S
a. acrescenta-se ES (quando oxítonos ou monossílabos)
freguês – fregueses; rês – reses
b. são invariáveis (quando paroxítonos ou proparoxítonos)
o lápis – os lápis; o ônibus – os ônibus
Coloca-se primeiro a palavra primitiva no plural, observando que a desinência S só deve ser colocada depois do sufixo
de diminutivo.
Ex.: florzinha – flore(s) + zinha + s = florezinhas
papelzinho – papei(s) + zinho + s = papeizinhos
balãozinho – balõe(s) + Zinho + s = balõezinhos
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Português
OBSERVAÇÃO: não confundir este caso com o item 1.a.: relógio-pulseira é um relógio do tipo pulseira; couve-flor não é
couve do tipo flor.
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Português
greco-latino / greco-latinos
cuidado: azul-escuro (adjetivo + adjetivo) → azul-escuros; mas azul-céu (adjetivo + substantivo) → azul-céu
(invariável)
1. Normal: casa
2. Diminutivo: casinha, casebre
3. Aumentativo: casarão
OBSERVAÇÕES:
1. O aumentativo e o diminutivo podem ser analítico ou sintético:
a. Analítico: com um adjetivo que indica o aumento ou a diminuição.
Ex.: navio pequeno, campo grande
b. Sintético: com sufixos nominais
I. De aumentativos:
-aça (barcaça), -aço (balaço), -alhão (bobalhão), -anzil (corpanzil), -ão (garrafão), -aréu (fogaréu), -arra (naviarra),
-arrão (canzarrão), -astro (poetastro), -azio (copázio), -orra (cabeçorra), -az (velhacaz), -uça (dentuça), ...
II. De diminutivos:
-acho (riacho), -cula (gotícula), -ebre (casebre), -eco (padreco), -ejo (vilarejo), -ela (ruela), -ete (farolete), -eto
(livreto), -ico (namorico), -im (espadim), -(z)inho (pezinho), -isco (chuvisco), -ito (cãozito), -ola (bandeirola), -ote
(saiote), -ucho (papelucho), -ulo (nódulo), -únculo (homúculo), -usco (velhusco), ...
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Português
4. Há casos em que o sufixo aumentativo ou diminutivo não dá à palavra nenhum dos dois graus.
Ex.: cartaz, papelão, cordão
5. Há casos em que existe dois diminutivos ou dois aumentativos: um popular, outro erudito.
Ex.: obra: obrinha e opúsculo.
1. Normal
Ele é alto
2. Comparativo
a. de superioridade
Ele é mais alto do que você.
b. de inferioridade
Ele é menos alto do que você.
c. de igualdade
Ele é tão alto quanto você.
3. Superlativo
a. relativo
I. de superioridade
Ele é o mais alto de todos.
de inferioridade
II.
Ele é o menos alto de todos.
b. absoluto
I. sintético
Ele é altíssimo.
II. analítico
Ele é muito alto.
OBSERVAÇÃO: Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno possuem formas especiais para os graus comparativo e
superlativo.
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Português
Estes adjetivos, quando no grau comparativo de superioridade, são usados na forma sintética.
Ex.: Ele é maior do que você
A forma analítica só deve ser usada na comparação entre duas qualidades, ou seja, entre dois adjetivos.
Ex.: Esta sala é mais grande do que confortável.
EXEMPLO 1: Assinale a alternativa que respeita todas as regras de concordância quanto ao uso da palavra “bastante”:
a) As crianças estavam bastantes felizes.
b) Os alunos já obtiveram lições bastante.
c) Recebemos cartas bastantes estranhas de pessoas que sequer conhecemos.
d) Já foram encontradas bastantes provas para que pudéssemos incriminá-lo.
e) Vimos bastante quadros na exposição do artista plástico Miró.
RESOLUÇÃO: A palavra bastante é variável quando se relaciona a substantivo e é invariável quando se relaciona a adjetivo
ou advérbio. A) bastante felizes; B) lições bastantes; C) bastante estranhas; E) bastantes quadro (Alternativa D).
EXEMPLO 2: A palavra “sanguíneo”, empregada no trecho “As aves, por sua vez, desviam o fluxo sanguíneo para o bico”
(linhas 14 e 15), no segundo parágrafo do texto, pertence à mesma classe gramatical da palavra
a) “pesquisa”, no trecho “Uma pesquisa publicada em uma importante revista na área de ciências biológicas” (linhas 1 e 2).
b) “temperatura”, no trecho “Muitas espécies de sangue quente, como aves e mamíferos, utilizam seus apêndices para
regular a temperatura corporal interna” (linhas de 10 a 12).
d) “projetar”, no trecho “O melhor para animais de climas quentes, então, é projetar seus membros para fora” (linhas 24 e 25).
d) “corporal”, no trecho “O novo estudo verificou a mudança corporal principalmente em aves” (linhas 26 e 27).
e) “ambientalistas”, no trecho “Mapear as espécies mais vulneráveis é essencial para que os ambientalistas aumentem os
esforços de conservação” (linhas de 46 a 48).
RESOLUÇÃO: É possível responder a questão sem necessidade de consultar o texto. Basta observar que apenas a palavra
corporal acompanha um substantivo – mudança corporal – e é essa relação sintática que o caracteriza como adjetivo
(Alternativa D).
EXEMPLO 3: Como é sabido, os adjetivos e advérbios podem receber graus comparativo ou superlativo; a frase abaixo em
que ocorre a gradação de um advérbio é:
a) Ela canta bem alto quando toma banho;
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Os verbos, basicamente, se flexionam em tempo, modo, pessoa, número e voz. Na voz passiva analítica pode ocorrer
ainda a flexão de gênero, em que o verbo no particípio concorda em gênero e número com o sujeito. Veja um exemplo: As
mulheres de Athenas eram abandonadas pelos maridos.
a) Presente do indicativo: indica um fato real situado no momento ou época em que se fala.
Hoje eu falo, ... eu vendo, ... eu parto
b) Presente do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético situado no momento ou época em que se fala.
Que eu fale, ... eu venda, ... eu parta
c) Pretérito perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada e terminada no passado.
Ontem eu falei, ... eu vendi
d) Pretérito imperfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação foi iniciada no passado, mas não foi concluída, ou era
uma ação costumeira no passado.
Antigamente eu falava, ... eu vendia
e) Pretérito imperfeito do subjuntivo: indica um fato provável, duvidoso ou hipotético cuja ação foi iniciada mas não
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concluída no passado.
Se eu falasse, ... eu vendesse
f) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo: indica um fato real cuja ação é anterior a oura ação já passada.
Eu já falara, ... eu vendera.
g) Futuro do presente do indicativo: indica um fato real situado em momento ou época vindoura.
Amanhã eu falarei, ... eu venderei
h) Futuro do pretérito do indicativo: indica um fato possível, hipotético, situado num momento futuro, mas ligado a um
momento passado.
Eu falaria, ... eu venderia
i) Futuro do subjuntivo: incida um fato provável, duvidoso, hipotético, situado num momento ou época futura.
Quando eu falar, ... eu vender
Modo Imperativo
O Modo Imperativo exprime ordem, pedido, conselho, convite, súplica etc. É derivado dos tempos do presente do
indicativo e do subjuntivo, da seguinte forma:
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Português
OBSERVAÇÕES:
1. Não há 1ª pessoa do singular no imperativo afirmativo e no imperativo negativo.
2. A 2ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural do imperativo afirmativo se derivam do presente do indicativo,
perdendo o s final. (exceção: verbo ser → sê tu, sede vós)
3. a 3ª pessoa do singular, a 1ª pessoa do plural e a 3ª pessoa do plural do imperativo afirmativo e ainda todo o imperativo
negativo se derivam do presente do subjuntivo, sem sofrer alterações
CUIDADOS:
a) com o duplo tratamento
Ex.: Sai daí que você cai.
Sai (imperativo afirmativo na 2ª pessoa do singular) e você (3ª pessoa singular)
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Português
OBSERVAÇÕES:
1. Todos os verbos terminados em –ear são irregulares
2. Os verbos em –iar são regulares, exceto: mediar, ansiar, remediar, incendiar e odiar
3. Todos os verbos terminados em –ear e os cinco irregulares terminados em –iar apresentam uma ditongação (ei) nas
formas rizotônicas (1ª, 2ª e 3ª p. do singular e 3ª p. do plural nos termos do presente.)
4. Nos tempos do pretérito e do futuro, todos estes verbos, regulares e irregulares, suguem o paradigma dos verbos da
1ª conjunção.
OBSERVAÇÕES:
1. Em orações reduzidas introduzidas por uma preposição, se o sujeito estiver oculto (sendo o mesmo da oração
principal), a flexão do infinitivo é facultativa.
Ex.: Eles vieram para estudarem ou para estudar.
2. Os verbos causativos (mandar, deixar, fazer, ver, ouvir, ...) não formam locução verbal na posição de verbo auxiliar.
Nestes casos pode acontecer o seguinte:
a. O infinitivo se flexiona OBRIGATORIAMENTE se o sujeito estiver expresso antes do verbo.
Ex.: Eu mandei os alunos estudarem.
b. A flexão se torna FACULTATIVA se o sujeito estiver depois do infinitivo.
Ex.: Eu mandei estudar ou estudarem os alunos.
c. A flexão se torna PROIBIDA se o sujeito for um pronome pessoal oblíquo átono.
Ex.: Eu mandei-os estudar.
EXEMPLO 1: Mesmo sem insistir em tal ou qual ação secundária das novas condições de vida física e social e de contato
com os indígenas (e posteriormente com os africanos), é obvio que a língua popular brasileira tinha de diferençar-se
inelutavelmente da de Portugal, e, com o correr dos tempos, desenvolver um coloquialismo.
Os vocábulos “africanos” e “correr”, originalmente pertencentes à classe dos adjetivos e dos verbos, respectivamente,
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Português
EXEMPLO 3: Mas e antes dos sensores, como é que se fazia? Imagino que algum funcionário trepava na antena mais alta
no topo do maior arranha-céu e, ao constatar a falência da luz solar, acionava um interruptor, e a cidade toda se iluminava.
A correção gramatical e os sentidos do texto seriam mantidos caso se suprimisse o trecho “é que”, em “como é que se fazia”.
RESOLUÇÃO: A expressão “é que” é expletiva, foi usada apenas para realce, ênfase. Portanto, pode ser retirada sem
qualquer prejuízo sintático ou semântico: “como é que se fazia” “como se fazia” (como era feito) Questão correta.
EXEMPLO 4: Raras vezes na história humana, o trabalho, a riqueza, o poder e o saber mudaram simultaneamente.
A coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas se a forma verbal “mudaram” fosse substituída por mudam.
RESOLUÇÃO: Observem que a banca está apenas falando de correção (ausência de erro) e coerência (lógica, ausência de
contradição). Então, não há nenhum problema em usar o presente “mudam” no lugar do pretérito perfeito “mudaram”,
uma vez que seria lógico também usar o presente histórico: “mudam” indicando tempo passado, recurso utilizado para
aproximar do leitor o fato passado narrado, para dar maior dinamicidade e verossimilhança ao texto. Questão correta.
EXEMPLO 5: Sem a invenção dos caracteres móveis de imprensa, no século XV, seria impossível haver jornais
A forma verbal “seria” exprime uma ideia de hipótese dependente de uma condição.
RESOLUÇÃO: Sim. O futuro do pretérito, embora seja um tempo do modo indicativo, expressa fato incerto, duvidoso,
hipotético ou dependente de condição. É o que ocorre aqui, observem que temos aqui uma condicional no pretérito, na
clássica correlação (Se pudesse, faria):
Se não fossem inventados os caracteres móveis da imprensa (condição), seria impossível haver jornais (efeito hipotético
dependente da condição). Questão correta.
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Português
poderemos afirmar que ele está ali para expressar essa ideia. Muitas vezes ele é exigência de uma conjunção subordinativa.
Ex: Ainda que doesse, tomou a injeção (A injeção foi tomada, não há dúvida; o modo subjuntivo está sendo usado por
demanda da conjunção subordinativa “ainda que”).
O mesmo ocorre na questão, a fiscalização de contas de fato constava dos registros antigos; o modo subjuntivo depende
sintaticamente da presença da conjunção embora. Questão correta.
EXEMPLO 7: Os vocábulos “impressa” e “entregue” são particípios irregulares dos verbos imprimir e entregar,
respectivamente; tais verbos admitem, também, as formas participiais regulares: imprimido e entregado.
RESOLUÇÃO: Exato. As formas regulares (-do) acompanharão os verbos ter e haver; as irregulares acompanharão os verbos
ser e estar. Questão correta.
EXEMPLO 8: Sobre a conjugação do verbo “vir” no presente do indicativo, assinalar a alternativa cuja forma verbal está
INCORRETA:
a) Venho.
b) Vens.
c) Vem.
d) Viemos.
e) Vindes.
RESOLUÇÃO: Note que o verbo está conjugado no presente do indicativo. Venho/vens/vem/vimos/vindes/vêm (Alternativa D).
EXEMPLO 9: Nas orações “que as exportações aumentem” (linha 10) e “que o ano de 2021 feche com mais de 756 milhões
de dólares em exportação de carne” (linhas 10 e 11), os verbos estão flexionados no presente do subjuntivo.
RESOLUÇÃO: Tanto “aumentem” quanto “feche” estão no presente do subjuntivo (Item Correto).
EXEMPLO 10: As frases podem aparecer expressas em duas vozes verbais: ativa e passiva; a frase abaixo que está
integralmente na voz ativa é:
a) “Aqueles que reprimem o desejo assim o fazem porque seu desejo é fraco o suficiente para ser reprimido”;
b) “Tendo o mínimo de desejos, chega-se mais perto dos deuses”;
c) “Cada um é atraído pelo próprio desejo”;
d) “O mais difícil é redescobrir sempre o que já se sabe”;
e) “Nada desejamos tanto como aquilo que não nos foi consentido”.
RESOLUÇÃO: Observe que a assertiva expressa a ideia de frase integralmente, ou seja, toda ela, na voz passiva. Para se
considerar a voz ativa ou a voz passiva, faz-se necessário que o verbo seja de ação. Para Evanildo Bechara, o verbo de ligação,
especificamente o verbo SER, caracteriza a voz medial. No item A, depara-se com o verbo SER (seu desejo é fraco); já nos
itens C, D e E, ocorre voz passiva analítica (é atraído, foi consentido) e voz passiva sintética (se sabe) (Alternativa B).
EXEMPLO 11: A forma verbal em destaque no trecho "Não se CANSAVA de admirar as facilidades que novas tecnologias
traziam para o ser humano." Exprime uma ação de:
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Português
Essenciais
• Sujeito
• Predicado
Integrantes
• Objeto Direto
• Objeto Indireto
• Complemento Nominal
• Predicativo do Sujeito
• Predicativo do Objeto
• Agente da Passiva
Acessórios
• Adjunto Adnominal
• Adjunto Adverbial
• Aposto
• (Vocativo)
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Português
• O Predicado: tudo aquilo que se diz do sujeito. (Tudo que não é sujeito).
Exemplo:
Todos os homens do mundo / precisam de paz.
sujeito predicado
Classificação do Sujeito
• Pronomes pessoais:
Ex.: Eles já saíram
• Pronomes substantivos:
Ex.: Todos já saíram. (pron. subst. indef.)
Ninguém veio. (pron. subst. indef.)
Quem saiu? (pron. subst. inter.)
Aquilo desapareceu. (pron. subst. demonst.)
Eis o preso que fugiu. (pron. relativo)
• Numerais:
Ex.: Os dois foram a pé.
• Palavras substantivadas:
Ex.: O olhar da menina nos cativou.
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Português
3. Sujeito indeterminado: é aquele que existe mas não se sabe qual é o sujeito. Isto só ocorre em duas situações:
a)Oração iniciada por verbo na 3ª pessoa do plural:
Ex.: Roubaram o meu carro
Andam falando mal de você.
b) Oração com o verbo ligado à partícula SE, indeterminante do sujeito:
Ex.: Precisa-se de ajudantes.
Vive-se bem no Rio.
Obs1: Oração sem sujeito: é aquela que apresenta verbo impessoal. São verbos impessoais:
• Verbos que expressam fenômenos da natureza: nevar, gear, trovejar, ...
Ex.: Está chovendo no Paraná.
• Acidentalmente, o verbo fazer (só quando se refere a tempo), o verbo haver (quando se refere a tempo, ou quando
significa existir ou acontecer), o verbo ser (quando se refere a tempo ou lugar).
Ex.: Faz muito tempo que não nos vemos.
Não o vejo há meses.
Era aqui que nos encontraríamos.
Obs2: Sujeito oracional: é quando o sujeito de uma oração é toda uma outra oração.
Ex.: É bom / que todos compareçam
1ª Oração: É bom
2ª Oração: que todos compareçam.
(o sujeito é toda a 2ª oração)
Predicado
Predicado verbal
Verbos nocionais:
intransitivos
transitivos
➢ diretos, indiretos, diretos e indiretos
Verbos de ligação
São aqueles que ligam o sujeito ao seu predicativo, expressando uma idéia de estado ou qualidade.
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Português
Verbos intransitivos
São aqueles que têm o sentido completo, isto é, não necessitam de complementos verbais. (= objetos)
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Português
EXEMPLO: Sobre o enunciado “O livro didático foi absorvido pela aula tradicional e pelo sistema escolar [...]" (linha 9) é
CORRETO afirmar que
I- “O livro didático” exerce função sintática de sujeito composto.
II- A expressão “foi absorvido” é classificada morfologicamente como forma passiva.
III- “pela aula tradicional e pelo sistema escolar” ocupam a mesma função sintática.
Porém, em frase como A cidade está destruída não se observa voz passiva. Percebe-se a impossibilidade de essa mesma
construção ocorrer com o agente da passiva. Ficaria estranho dizer A cidade está destruída pela chuva. A análise mais
adequada, neste caso é:
A casa = sujeito
Está = verbo de ligação
Destruída = predicativo do sujeito
Evanildo Bechara, o mestre, classifica as orações construídas com verbo de ligação de medial. As grandes bancas
organizadoras de provas de concursos seguem essa orientação.
Predicativos
Predicativo do sujeito
Termo que expressa um estado ou qualidade do sujeito. É obrigatório após um verbo de ligação e, eventualmente pode
aparecer após verbos transitivos ou intransitivos.
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Português
Ex.:
a) com verbos de ligação:
Os alunos são estudiosos.
Predicativo do objeto
Termo que expressa um estado ou uma qualidade do objeto atribuídos pelo sujeito. Segundo a NGB, só ocorre com verbo
transitivo direto. Porém, observa-se predicativo do objeto com verbo transitivo indireto.
Ex.: Eles nomearam meu primo diretor.
O povo elegeu-o senador.
Coroaram-no imperador.
Nós o chamamos sábio. (o verbo chamar é T.D.)
Nós lhe chamamos de sábio. (o predicativo do objeto pode ser preposicionado).
Nota: A empresa necessita de você sadio. (o verbo necessitar é T.I., e sábio é uma característica do objeto indireto
atribuída pelo sujeito. Portanto, predicativo do objeto)
Classificação do predicado
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Português
Sujeito + VI
VTD + OD
VTI + OI
VTDI + OD + OI
3. Predicado verbo-nominal: expressa uma ideia de ação e outra de estado ou qualidade, predicativo do sujeito ou
predicativo do objeto.
4.
Estruturas:
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Português
• Objeto indireto: complemento verbal com preposição obrigatória (exigida pelo verbo, que deverá ser transitivo
indireto).
Ex.: Este rapaz se referiu a seu pai
Que se refere, se refere a alguém (= objeto indireto). Ele se referiu a seu pai.
• Complemento nominal: termo preposicionado que completa o sentido de nomes (adjetivos, substantivos e advérbios)
Ex.: Este teste foi útil aos candidatos.
Tudo que é útil, é útil a alguém (= complemento nominal). Isto foi útil aos candidatos.
• Predicativo do sujeito: termo que expressa um estado ou qualidade do sujeito. Este termo liga-se ao sujeito através do
verbo.
Ex.: A menina estava tristonha.
Após o verbo de ligação, obrigatoriamente, haverá um predicativo do sujeito, entretanto é possível haver predicativo
do sujeito com verbos que não sejam de ligação.
Ex.: A menina saiu tristonha de casa
• Predicativo do objeto: termo que expressa um estado ou uma qualidade do objeto, atribuídos pelo sujeito.
Ex.: A crítica considerou este ator o melhor do ano.
• Agente da passiva: termo preposicionado que pratica a ação do verbo, quando ele está na voz passiva.
Ex.: Este trabalho foi feito por mim.
O sujeito, na voz passiva, sofre a ação do verbo. (= Este trabalho sofre a ação de ser feito)
Há, na voz passiva, uma locução verbal, onde o verbo auxiliar é o verbo ser. (Locução Verbal = foi feito; Verbo Auxiliar
= ser mais verbo principal = fazer)
O agente da passiva corresponde ao sujeito da voz ativa. Eu fiz este trabalho.
1. Adjunto adnominal: Termo de valor adjetivo que modifica um substantivo. Pode ser expresso por:
• Adjetivos
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Português
2. Adjunto adverbial: Termo de valor adverbial que, denotando uma circunstância, modifica um verbo ou intensifica o
sentido deste, de um adjetivo ou de um outro advérbio.
Ex.: Ele caminha rapidamente. (= circunstância de modo)
Ele trabalha muito. (= circunstância de intensidade)
• Advérbios
Hoje, não veio ninguém aqui. (de tempo, de negação e de lugar)
• Locuções adverbiais
Tudo foi feito às escondidas. (de modo)
• Expressões adverbiais
Morrem de fome. (de causa)
• Orações adverbiais
Iremos quando houver dinheiro. (de tempo)
Circunstâncias:
a) Modo: Caminhava devagar
b) Tempo: Fez a prova agora.
c) Lugar: Está longe
d) Intensidade: Ele é tão estudioso.
e) Dúvida: Talvez ele venha.
f) Negação: Ele não vem
g) Afirmação: Sim, ele virá.
h) Causa: Por que ele faltou?
i) Concessão: Ele virá apesar do escuro.
j) Condição: Nada lê sem óculos.
k) Finalidade: Ele vive para o estudo.
l) Instrumento: Desenhava com o lápis.
m) Companhia: Saiu com os pais.
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Português
3. Aposto: Termo de caráter nominal que se junta a um substantivo (ou equivalente) para explicá-lo, ou para servi-lhe de
equivalente, resumo, ou identificação.
Ex.: Mário de Andrade, o líder do nosso movimento modernista, morreu em 1945. (= aposto explicativo)
A cidade de Petrópolis apresenta um clima agradabilíssimo. (= aposto especificativo)
Notas:
1. A análise sintática pressupõe três passos:
a) a decomposição dos termos – por exemplo, sujeito x predicado
b) a identificação dos termos – por exemplo, se estão ligados a verbo ou a nome
c) a classificação dos termos – por exemplo, se é um termo essencial, se é um termo integrante, se é um termo acessório
– daí, saber se é sujeito, adjunto, predicativo etc.
2. Para realizar esse estudo, esses passos, é necessário saber que existem formas diferentes de analisar os termos da
oração:
a) se estão ligados a verbo ou a nome;
b) se exercem funções substantivas, adjetivas ou adverbiais;
c) se são essenciais, integrantes ou acessórias;
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Português
5. predicativo do sujeito
6. predicativo do objeto
Observe uma análise tradicional sob esses aspectos da sintaxe do período composto:
O carro de corrida de Ayrton Senna venceu até 1994 vários prêmios no autódromo de Ímola.
CARRO: O, de corrida;
CORRIDA: de Ayrton Senna
AYRTON: Senna
PRÊMIOS: vários
AUTÓDROMO: (em) o, de Ímola
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Português
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Português
Classificação do período
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Português
Orações Coordenadas
Nota
É importante, para o aluno, memorizar os conectivos ou conjunções empregadas no período composto para ligar as
orações. Porém, é fundamental analisar o sentido delas no contexto do texto, da frase.
Observe os exemplos:
O atleta treinava todos os dias e estudava para o vestibular com o mesmo afinco. (aditivo)
O atleta treinava com afinco e não se dedicava aos estudos. (adversativo = mas)
O atleta não se dedicou aos estudos e foi reprovado duas vezes. (conclusivo)
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Português
Em: “Os fiscais da Receita sabiam que mercadorias deveriam ser apreendidas.”
“Os fiscais da Receita perguntaram que dia as mercadorias deveriam ser apreendidas.
Já nesses exemplos, que e se são pronome indefinido e pronome interrogativo, respectivamente.
Qual a diferença? A diferença está nas relações sintáticas. Na frase “Os fiscais da Receita sabiam que...”, que (pronome
indefinido) liga o verbo oração subsequente ao verbo sabiam. Na frase seguinte “Os fiscais da Receita perguntaram que...”,
que (pronome interrogativo) liga a oração subsequente ao verbo perguntaram.
São verbos que exprimem ou podem exprimir ideia de dúvida.
Conclua: Que é pronome interrogativa quando liga a oração subsequente a um verbo com a ideia de dúvida (perguntar,
saber, conhecer, questionar, indagar, descobrir...). se esses mesmos verbos forem empregados sem a ideia de dúvida, que
se classifica como pronome indefinido. Não sendo um desses verbos, que é conjunção integrante.
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Português
I. Restritivas (não necessita de vírgula no início). Restringem, diminuem, limitam a significação do antecedente.
Ex.: Aqui, estão os alunos / que serão aprovados. (Nem todos os alunos serão aprovados)
II. Explicativas (obrigatoriamente iniciadas por vírgula). Não restringem, apenas acrescenta algo próprio do antecedente
ou ressaltam uma característica do antecedente.
Ex.: As crianças, / que são os homens de amanhã, / merecem nossa atenção. (todas as crianças são os homens de
manhã)
I. Causais (iniciadas por porque, como, já que, visto que, uma vez que, ...)
Ex.: Retirou-se porque se sentiu mal.
II. Comparativas (iniciadas por (do) que, como, quanto, assim ,como, ...)
Ex.: Ela é bastante mais responsável (do) que você.
Obs.: O verbo normalmente fica oculto. No exemplo: ... (do) que você é.
III. Concessivas (iniciadas por embora, ainda que, mesmo que, ...)
Ex.: Teria sido melhor, embora não parecesse.
IV. Condicionais (iniciadas por se, caso, desde que, contanto que, ...)
Ex.: Haverá menos casos de contaminação se todos ou quase todos se vacinarem.
V. Conformativas (iniciadas por conforme, como, segundo, consoante ...)
Ex.: Conforme ficou determinado, eles se retiraram.
VI. Consecutivas (iniciadas por: que, de forma que, de modo que...)
Ex.: Tanto era seu esforço que a recompensa veio breve.
Obs.: na oração principal tem-se a causa. E a ideia de intensidade ocorre de forma expressa ou implícita.
VII. Finais (iniciadas por: a fim de que, para que, porque,...)
Ex.: Explique tudo para que ninguém reclamasse depois.
Obs.: o emprego de porque com a ideia de finalidade, portanto, nas orações finais, é empregado com o verbo no
subjuntivo, como se observa no seguinte exemplo:
Ex.: A jovem resolveu ficar em casa porque a família se sentisse mais segura.
VII. Proporcionais (iniciadas por: à proporção que, à medida que, ...)
Ex.: Estudávamos mais ao passo que nos distraíamos menos.
Obs.: as orações proporcionais tem uma carga de significado temporal. Porém o que define sua classificação enquanto
proporcional é a passagem do tempo, e não o tempo em si.
XIX. Temporais (iniciadas por: quando, enquanto, mal, logo que, sempre que, ...)
Ex.: Enquanto estiver ali, estará seguro. Adjuntos adverbiais: até 1994, no autódromo de Ímola
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Português
Orações Reduzidas
EXEMPLO 1: (CESPE-2017 / SEDF) Mas é claro que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se segue.
A oração “que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português” exerce a função de complemento do vocábulo
“claro”.
RESOLUÇÃO: A oração exerce função de “sujeito”!
Mas é claro [que a gramática do inglês não é a mesma gramática do português]
Mas é claro [ISTO] > [ISTO] é claro
Temos então uma oração subordinada substantiva subjetiva, vulgo “sujeito oracional”. Questão incorreta.
EXEMPLO 2: (CESPE-2016 / TRE-PI) No trecho “ele me leva a um restaurante que, apesar de simpático, me pareceu um pouco
estranho”, o elemento “que” introduz oração de natureza restritiva, intercalada por estrutura de valor adverbial.
RESOLUÇÃO: Se retirarmos a expressão intercalada entre vírgulas, que tem valor adverbial por expressar circunstância de
concessão, teremos uma oração restritiva: “ele me leva a um restaurante que me pareceu um pouco estranho”. Cuidado para
não confundir essa vírgula anterior com uma oração explicativa, pois aqui a oração iniciada por “que” não foi a que veio entre
vírgulas. Questão correta.
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