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Sumário
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Português
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Português
Trata-se da colocação dos pronomes oblíquos átonos na frase em relação sintática com os verbos. As regras de colocação
pronominal ocorrem na linguagem culta, formal. Na linguagem falada, a colocação dos pronomes não é rigorosa.
Vamos estudar as normas rígidas da colocação pronominal, conforme é cobrado nas provas de concurso.
A prioridade na colocação pronominal é da ênclise. A próclise e a mesóclise decorrem de situações que se tornam
prioridade em relação ao pronome após o verbo.
A colocação pronominal está diretamente relacionada à pronúncia mais adequada (eufonia = som ou combinação de
sons agradáveis ao ouvido).
Exemplos:
Deixe-me falar com o gerente. (ênclise)
Se me deixam falar... (próclise)
Contar-te-ei somente a verdade. (mesóclise)
Ênclise
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Português
OBSERVAÇÃO: Com o verbo no infinitivo, precedido de preposição ou palavra atrativa, usa-se ênclise ou mesóclise.
Exemplos: É preciso encontrar um meio de não o magoar.
É preciso encontrar um meio de não magoá-lo.
Próclise
1) Com o verbo precedido de palavras que atraem o pronome para antes do verbo. São elas:
b) Advérbios.
Ex.: Ainda ontem nos falaram das novas regras.
c) Conjunções subordinativas.
Ex.: Tudo mudou na vida de Carlos quando lhe deram uma chance no time.
d) Pronomes relativos.
Ex.: Identificaram duas pessoas que se encontravam desaparecidas.
e) Pronomes indefinidos.
Ex.: Alguém te ofereceu uma nova chance.
f) Pronomes demonstrativos.
Ex.: Aquilo nos deixou muito abalados.
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Português
Mesóclise
1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Havendo palavras atrativas, que exijam a
próclise, a regra pode mudar.
Exemplos:
Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento em prol da paz no mundo.
Não fosse os meus compromissos, acompanhar-te-ia nessa viagem.
Porém:
Onde se realizará o próximo evento?
Certamente me coloco à disposição da empresa.
3) Em verbos terminados em ditongos nasais (am, em, ão, õe,), os pronomes o, a, os, as alteram-se para no, na, nos, nas.
Exemplos:
Chamem-nos para a reunião.
Põe-na sobre a mesa.
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Português
4) Há também a possibilidade de contração dos pronomes átonos. Isso ocorre quando são substituídos simultaneamente
o objeto direto e o objeto indireto. As formas contraídas ficam assim: me+o=mo, te+o=to, lhe+o=lho, nos+o=no-lo,
vos+o=vo-lo, etc. são formas em desuso, mas são cobradas em provas de concursos. Ocorrem em próclise, ênclise ou
mesóclise.
Ex.: Ele mo deu. (Ele me deu o livro)
Uma nota importante é que as regras de colocação pronominal ocorrem na conjugação simples e na conjugação
composta (com verbo auxiliar). Há diferenças a serem consideradas.
b) Se antes da locução verbal houver palavra atrativa, o pronome oblíquo ficará antes do verbo auxiliar.
Ex.: Não me haviam convidado para a festa.
a) Se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Devo esclarecer-lhe o ocorrido/ Devo-lhe esclarecer o ocorrido.
Estavam chamando-me pelo alto-falante./ Estavam-me chamando pelo alto-falante.
b) Se houver palavra atrativa, o pronome poderá ser colocado antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.
Exemplos:
Não posso esclarecer-lhe a situação./ Não lhe posso falar do ocorrido.
Não estavam insultando-me./ Não me estavam insultando.
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Português
Uma das formas de cobrança sobre REGÊNCIA NOMINAL trata objetivamente da regência de alguns nomes
(substantivos, adjetivos, advérbios). Por isso, é importante conhecer que nomes são mais recorrentes nas provas de
concursos.
Fizemos uma relação. Treine sua memória.
13.1 SUBSTANTIVOS
- Admiração – a, por
- Aversão – a, para, por
- Atentado – a, contra
- Bacharel – em
- Capacidade – de, para
- Devoção –a
- Dúvida – em, sobre, acerca de
- Empenho – de, em, por
- Falta – a, com, de, para com
- Inclinação – a, para, por
- Obediência –a
- Ojeriza – a, por
- Respeito – a, com, por, para com
13.2 ADJETIVOS
- Acostumado – a, com
- Afável – com, para com
- Alheio – a, de
- Ansioso – de, para, por
- Apto – a, para
- Compatível – com, a
- Constituído – com, de, por
- Curioso – de, por, a
- Descontente – com
- Equivalente –a
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Português
- Favorável –a
- Generoso - com
- Imbuído - de
- Incompatível - com
- Prejudicial -a
- Propício -a
- Próximo - a, de
- Sensível -a
- Situado - a, em, entre
- Suspeito - de
13.3 ADVÉRBIOS
- Longe - de
- Perto - de
Observe que alguns desses nomes podem ser regidos por mais de uma preposição com o mesmo sentido. Então,
quando numa questão se pergunta se a preposição X pode ser substituída pela preposição Y, quer-se saber se o regente
aceita mais de uma preposição ou não. Portanto, faça um exercício para memorizar esses nomes.
Vamos exercitar! Complete as lacunas com as preposições dadas: por – sobre – com – a – para
a) Esclareci minha dúvida _____________ a matéria de ontem.
b) Marcos tem facilidade __________ desenhar.
c) Tínhamos profunda admiração ___________ ele.
d) Aquele serviço é acessível ________ todos.
e) Seja cauteloso ____________ o que fala!
Resposta: sobre > para > por > a > com
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Português
Alguns nomes (substantivos, adjetivos, advérbios) exigem um termo regido de preposição (complemento nominal).
Observe:
1. Ele fez referência a este assunto.
2. O fumo é nocivo à saúde.
3. Não tenho lembrança do passado.
4. Não pode haver medo de fantasmas ou a fantasmas.
5. Ele é hábil em seu trabalho.
6. Isto não é compatível com seus interesses.
7. Ela tinha avidez por dinheiro.
8. Era um filme impróprio para menores
Observação: os termos acompanhados de preposição podem ser classificados como complemento nominal, adjunto
adnominal ou aposto especificativo. Essa informação é importação para a resolução de questões de concursos. Observe os
exemplos:
Complemento Nominal:
Não há garantia de sucesso. (ligado a substantivo abstrato)
Mostrou-se indiferente ao caso. (ligado a adjetivo)
Ela agiu contrariamente às orientações. (ligado a advérbio)
Obs.: o complemento nominal é um termo preposicionado. Vem sempre com preposição.
Aposto Especificativo:
Hoje visitaremos o bairro da Liberdade.
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Português
NOTA: Não confundir aposto especificativo com adjunto adnominal de especificação. Enquanto este apenas especifica o
nome a que se refere: mesa de bar, aquele especifica e dá nome, nomeia: rua do Egito. Portanto, todo nome é um aposto
especificativo, e pode vir com ou sem preposição: Magazine Luíza; Colégio São Judas Tadeu.
Trata-se do estudo dos verbos que exigem um termo regido ou não de preposição.
Ex.: 1. Ele vendeu o seu carro Verbo Transitivo Direto
2. Ele precisava de dinheiro Verbo Transitivo Indireto
3. Ele entregou a encomenda ao rapaz. Verbo Transitivo Direto e Indireto
NOTA: É comum as bancas pedirem a substituição de um verbo, sem prejuízo gramatical e mantendo o mesmo sentido. É
preciso, pois, observar a transitividades dos verbos e o sentido.
Por exemplo: A expressão "frequentar uma academia" poderia ser adequadamente substituída por:
a) Ir em uma academia.
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Português
b) Ir à uma academia.
c) Ir numa academia.
d) Ir a uma academia.
e) Ir à academias.
Na frase original, o verbo frequentar é TD. A questão pede para substituir pelo verbo ir, que tem o mesmo sentido de
frequentar, no exemplo, mas é intransitivo relacional, ou seja, quando acompanhado de advérbio de lugar, pede a
preposição A.
O emprego do sinal de crase faz parte da questão, uma vez que o regido academia é palavra feminina e aceita artigo
feminino, dependendo das regras do emprego do sinal de crase. Por isso, a Alternativa D é o gabarito da questão.
No exemplo Assiste ao médico tal responsabilidade, o verbo assistir poderia ser substituído pelo verbo caber, sem prejuízo
da frase, uma vez que ambos têm a mesma transitividade (VTI) e o mesmo sentido.
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Português
• Avisar, informar, certificar, cientificar, encarregar, incumbir, impedir, proibir (Transitivo Direto e Indireto)
- alguma coisa a alguém, ou –alguém e alguma coisa.
Ex.: O chefe encarregou o trabalho ao empregado.
O chefe encarregou o empregado do trabalho.
EXEMPLO 1: De resto, semelhantes cidadãos são idiotas. É de se supor que quem quer casar deseje que a sua futura mulher
venha para o tálamo conjugal com a máxima liberdade...
Mantendo-se a correção gramatical e os sentidos originais do texto, a forma verbal “deseje” (L.2) poderia ser substituída
por aspire a.
RESOLUÇÃO: Aspirar, com sentido de desejar, é transitivo indireto e pede preposição A. Então, a troca seria perfeita. A
propósito, “aspirar” também pode ser usado como transitivo direto, com sentido de “sorver, sugar o ar”: O aspirador aspira
a poeira. Questão correta.
EXEMPLO 2: Entra uma nau de Angola, e desova no mesmo dia quinhentos, seiscentos e talvez mil escravos. Já se depois
de chegados olharmos para estes miseráveis, e para os que se chamam seus senhores: o que se viu nos dois estados de
Jó, é o que aqui representa a fortuna, pondo juntas a felicidade e a miséria no mesmo teatro. Os senhores poucos, e os
escravos muitos...
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Português
No trecho “e para os que se chamam seus senhores”, o verbo chamar é sinônimo de intitular.
RESOLUÇÃO: Exato, essa é uma das acepções do verbo “chamar”, aliás, a principal. Os donos dos escravos se intitulam (se
chamam) “senhores”. Questão correta.
EXEMPLO 3: No período “A conduta cortês do advogado agradou-lhe bastante.”, a alternativa que apresenta frase com o
mesmo tipo de regência verbal é:
a) Agradou os meninos com presentes, pelo Dia das Crianças.
b) O médico ajudava a idosa mulher há bastante tempo.
c) A jovem veterinária assistiu a bela gatinha com desvelo.
d) O rapaz agradeceu a oferenda com muito entusiasmo.
e) O feroz animal obedeceu ao dono imediatamente.
RESOLUÇÃO: Agradar está empregado na frase com o sentido de satisfazer, é TI, e o verbo desobedecer é TI. A questão tem
implicações apenas quanto à transitividade verbal (Alternativa E).
EXEMPLO 4: Analisando as regras que determinam a colocação pronominal e a regência de alguns verbos, assinale a
alternativa em que a estrutura da frase NÃO condiz com a gramática normativa.
a) Aspiro, ainda que pareça quase impossível, a uma nova oportunidade no futuro.
b) Informar-lhe-ei, assim que possível, as novas datas de nossas reuniões.
c) Suas considerações na reunião implicaram muitos questionamentos.
d) Há aqueles que visam sempre o melhor na vida.
RESOLUÇÃO: Vamos analisar cada alternativa
A) Correta. Aspirar está empregado com o sentido de almejar, por isso é TI;
B) Correta. Informar está empregado como TDI, em que o objeto indireto é pessoa (lhe) e o objeto direto é coisa (as novas
datas de nossas reuniões.)
C) Correta. implicaram está também empregado corretamente. No sentido de ter consequência, é TD.
d) Errada. O correto seria “Há aqueles que visão sempre AO melhor na vida”, pois no sentido de almejar, o verbo visar é TI.
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Português
EXEMPLO 6: Os verbos “vivem” e “torna” presentes nos períodos abaixo são classificados, de acordo com a regência verbal
que exercem nessas orações, como sendo:
I. “Vivem na obsessão de poderem ser roubados”.
II. “O fausto das residências não os torna imunes”.
a) I. Intransitivo; II. Transitivo direto.
b) I. Transitivo indireto; II. Transitivo direto.
c) I. Intransitivo; II. Transitivo direto e indireto.
d) I. Transitivo indireto; II. Transitivo direto e indireto.
RESOLUÇÃO: Na frase em que aparece o verbo viver, o termo seguinte é um adjunto adverbial, o que confirma a
classificação do verbo como intransitivo. Na segunda frase, nota-se que o emprego do verbo torna tem como objeto direto
o pronome os (torna alguém...) (Alternativa A).
EXEMPLO 7: Aproximadamente 80% das mulheres relatam a experiência com os famigerados suores noturnos que, a partir
do período que antecede a menopausa, interrompem o sono durante a madrugada e interferem na qualidade de vida.
No contexto em que está inserido, o verbo “interrompem” ASSUME a seguinte transitividade verbal:
a) Verbo intransitivo.
b) Verbo transitivo direto.
c) Verbo transitivo indireto.
d) Verbo de ligação.
RESOLUÇÃO: ... suores noturnos interrompem o sono... Ora, quem interrompe, interrompe algo (o sono) (Alternativa B).
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Português
Crase é um fenômeno fonético que consiste na fusão de dois fonemas vocálicos iguais, a saber:
Observação: É bom lembrar que só pode ocorrer crase, se o verbo ou nome reger a preposição A.
b) Comprei a caneta.
Comprei o livro. (só artigo)
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Português
3. Substituir o verbo que rege preposição A pelo verbo VOLTAR que rege preposição DE.
a) Chegou à Espanha. Voltou da Espanha. (prep. + art.)
Use o acento da crase sempre que obtiver DA.
b) Chegou a Madrid. Voltou de Madrid. (só prep.)
4. Sempre que houver certeza de que o verbo ou o nome rege a preposição A, basta observar se há ou não o segundo A.
Substituir o verbo ou o nome que rege preposição A por outro que peça outra preposição: DE, EM ou POR.
a) Referiu-se à festa. (à = preposição a + artigo a)
Gosto da festa. (da = preposição de + artigo a)
Estou na festa. (na = preposição em + artigo a)
Passei pela festa. (pela = preposição por + artigo a)
b) Referiu-se a você.
Gosto de você. (de = só preposição)
Estou em você. (em = só preposição)
Passei por você. (por = só preposição)
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Português
É importante observar que o emprego do sinal de crase também depende do contexto. E isso pode mudar a regra. O
sinal de crase facultativo pode tornar-se proibido ou obrigatório; o sinal de crase obrigatório pode tornar-se proibido; o
sinal de crase proibido pode tornar-se obrigatório ou proibido. E por aí vai. Há variadas questões que trabalham com essas
possibilidades.
EXEMPLO 1: No trecho “em uma época anterior à dos dinossauros”, o emprego do sinal indicativo de crase decorre da
regência do adjetivo “anterior” e presença do artigo feminino antes do termo elíptico “época”.
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Português
RESOLUÇÃO: Questão correta. Temos crase pela fusão entre “anterior A+A (época) dos dinossauros. Esse A foi considerado
artigo diante de substantivo elíptico.
EXEMPLO 2: A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racionalmente sobre
um assunto.
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora mantivesse o sentido do texto,
prejudicaria sua correção gramatical.
RESOLUÇÃO: Aqui, não há prejuízo gramatical algum, pois a troca da preposição “com” por “a” geraria a necessidade do
acento grave, como a banca propôs: “relacionada com a disciplina” relacionada à disciplina (relacionada A+A disciplina)
Questão incorreta.
EXEMPLO 3: ... e tem hipóteses concretas para se chegar a esse estado de coisas.
A correção gramatical do texto seria mantida caso se empregasse o acento indicativo de crase no vocábulo “a” em “a esse
estado de coisas”.
RESOLUÇÃO: “Estado” é palavra masculina, nunca poderia trazer um artigo feminino relacionado a ela. Se não pode haver
artigo, não há como haver crase na fusão. Questão incorreta.
EXEMPLO 4: Em relação ao uso ou não da crase, marcar C para as sentenças Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a
alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(_) Gota a gota, a paciência dele foi esgotada.
(_) O autor, a cuja obra a crítica se referiu, é muito conhecido.
(_) As aulas serão de segunda à sexta.
a) C ‐ C ‐ E.
b) E ‐ C ‐ C.
c) C ‐ E ‐ E.
d) E ‐ C ‐ E.
e) C ‐ C ‐ C.
RESOLUÇÃO: Em gota a gota, observa-se a regra que proíbe o sinal de crase com palavras repetidas. Em ... a cuja obra o
autor se referiu..., o verbo regente referir-se pede a preposição A. Porém, o pronome relativo cujo e flexões não aceita artigo,
o que impede o sinal de crase. Na terceira frase, ... de segunda a sexta, observa-se o caso do paralelismo sintático. Uma vez
que não foi empregado o artigo com a preposição de (do), também não se pode empregar o artigo em a sexta. Por isso está
errada a frase (Alternativa A).
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Português
RESOLUÇÃO: Quem retorna, retorna a, portanto o verbo pede a preposição. Cidade é palavra feminina, portanto aceita o
artigo a. o sinal de crase deveria ser empregado. As demais frases estão todas corretas (Alternativa D).
EXEMPLO 6: “Nossas discussões sobre a correlação entre alguns sistemas de comunicação animal e a emergência da
linguagem humana podem elucidar diversos pontos sobre a natureza e as características desses sistemas.”
No segmento “sobre a correlação”, o emprego do acento indicativo de crase é facultativo, por isso, seria gramaticalmente
correto escrever sobre à correlação.
RESOLUÇÃO: no exemplo, o sinal de crase é proibido, segundo a regra que trata da proibição do sinal de crase após
preposição (sobre) (Assertiva Errada).
A sintaxe de concordância nos ensina que existem termos que se flexionam (gênero e número ou pessoa e número)
para concordarem com outros. Daí termos a concordância nominal e concordância verbal.
Ex.: Comprei flores lindas
Aqui o adjetivo lindo flexionou-se em feminino e plural para concordar com o substantivo flores, que é feminino e está
no plural.
Esta concordância chama-se nominal, e sua regra básica é:
Tanto a Concordância Nominal quanto a Concordância Verbal podem, além da concordância rigidamente gramatical,
ser feitas também de forma atrativa ou ideologicamente.
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Português
Concordância Atrativa
Concordância Ideológica
É feita de acordo com a ideia transmitida pelas palavras, e não por sua forma gramatical.
Exemplos:
1. Vossa Senhoria foi justo.
(O adjetivo justo está concordando, não com a forma feminina de Vossa Senhoria, mas com a sua ideia: trata-se de um
homem)
2. Todos voltamos cedo.
(O verbo voltar não está concordando com a forma de todos – 3ª pessoa do plural – mas sim com a sua ideia – nós –,
uma vez que o EU se inclui ao grupo, ou seja, está subentendido).
A concordância ideológica também pode ser nominada de silepse. Nesse caso, teremos:
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Português
1. Silepse de pessoa
Sabe-se que é comum encontrarmos casos em que a concordância não é feita com a forma gramatical de uma palavra
ou expressão presente em um texto, mas com a ideia ou o sentido subentendido nelas. Nisso consiste a concordância
ideológica.
Para entender melhor, vamos exercitar! Assinale a alternativa na qual consta um exemplo desse tipo de concordância.
a) Todos os pacientes esperaram bastantes horas pelo médico.
b) Eles se alistaram. Portanto, estão quites com as obrigações militares.
c) Os estudantes lamentamos o falecimento do diretor que mais fez pela instituição.
d) O peregrino andou longes caminhos.
e) Aos documentos estão anexas as faturas.
Resolução: Os estudantes lamentamos..., note-se que o verbo está na 1ª pessoal do plural concordando com a ideia de
que o eu se inclui entre os que lamentam. Poderia também concordar de forma rigidamente gramatical com o sujeito
estudantes (eles – 3ª pessoa do plural). A frase então ficaria: Os estudantes lamentam o falecimento do diretor que mais
fez pela instituição. Conclua: houve concordância siléptica de pessoa. Por isso, a Alternativa C é a correta.
2. Silepse de número
Silepse é também chamada de concordância ideológica, pode ser de gênero, de número e de pessoa.
Para entender melhor, vamos exercitar! Identifique qual das alternativas abaixo traz uma classificação incorreta da
silepse utilizada:
a) Sua Santidade está ocupado. - silepse de gênero.
b) O grupo, apesar de estar atrasado, resolveram adiar a votação. - silepse de pessoa.
c) O casal corria para todo lado e gritavam por socorro. - silepse de número.
d) Os brasileiros somos pacíficos. -silepse de pessoa.
Resolução: A silepse de pessoa ocorre, como o próprio nome especifica, quando se altera a concordância de pessoa
(geralmente ele > nós). A silepse de número, por sua vez, dá-se entre as mesmas pessoas, porém de números distintos.
No item C: grupo (ele) > gritavam (eles). Perceba que a mudança se deu entre singular/plural. Assim, a Alternativa B é a
correta.
3. Silepse de gênero
A silepse de gênero ocorre quando há diferença entre o emprego do feminino e do masculino nos adjetivos
relacionados ao sujeito.
"Ele contava os dias para chegar à sua querida Pinheiro".
Sua amada está no feminino e concorda com "a cidade de Belo Horizonte", enquanto poderia ser "seu amado
Pinheiro", já que o termo "Pinheiro" é masculino.
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Regras Básicas
Casos Gerais
Casos Especiais
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2. a) SÓ = sozinho (adjetivo)
Elas vivem sós.
b) SÓ (somente, apenas (não flexiona
Só elas não vieram.
Faltaram só os padrinhos.
4. a) JUNTO (adjetivo)
Elas vivem juntas.
b) JUNTO A, JUNTO DE (não flexiona)
Elas moram junto à ponte.
Eles ficaram junto de mim.
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9. a) BARATO, CARO (quando separados por verbo, podem ser adjetivos ou advérbios)
Os livros custam caros. (adjetivo)
Os livros custam caro. (advérbio)
b) SÉRIO (adjetivo ou advérbio)
Vamos falar sérios. (adjetivo)
Vamos falar sério. (= seriamente, advérbio)
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Português
EXEMPLO 1: Acerca da correção dos trechos apresentados quanto à concordância nominal e verbal, julgue o item.
Segue anexa a fatura.
RESOLUÇÃO: Os adjetivos anexo e incluso concordam em número e gênero com o substantivo (Item correto).
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Português
EXEMPLO 3: Marque a única frase onde a concordância nominal aparece de maneira inadequada.
a) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçada.
b) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçados.
c) Obrigava sua corpulência a exercício e evolução forçadas.
d) Obrigava sua corpulência a forçado exercício e evolução.
e) Obrigava sua corpulência a forçada evolução e exercício.
RESOLUÇÃO: Nas alternativas D e E, se o adjetivo (forçado/a) aparece antes dos substantivos (exercício, evolução) ele deve
concordar com o mais próximo: "forçado exercício e evolução" (d) e "forçada evolução e exercício" (e).
Já nas alternativas A e B, se o adjetivo (forçado/a) aparece após os substantivos (exercício, evolução) ele pode concordar
com o substantivo mais próximo ou com todos eles: "exercício e evolução forçada" (a) e "exercício e evolução forçados" (b).
Portanto, a Alternativa C está correta.
Regras Básicas
1. O verbo concorda em pessoa e número com o sujeito simples (antes ou depois do verbo).
Ex.: O aluno sabe tudo.
Nada sabe o aluno.
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Português
Casos Especiais
Sujeito Composto
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Português
Sujeito Simples
3. Formado pelas expressões: parte de, a maior parte de, a maioria de...
Verbo no singular (conc. gramatical) ou no plural (conc. atrativa ou ideológica)
Ex.: Grande parte dos alunos foi aprovada. (gramatical)
Grande parte dos alunos foram aprovados. (atrativa ou ideológica)
4. Formado pelas expressões: mais de, menos de, cerca de, perto de ...
Verbo concorda com o substantivo (conc. gramatical apenas)
Ex.: Mais de um aluno saiu de sala.
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Português
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Português
1. Pronome apassivador: é responsável pela transformação em voz passiva de uma frase ativa.
Ex.: Alugam apartamentos. (= voz ativa)
Apartamentos são alugados. (= voz passiva), ou
Alugam-se apartamentos. (= voz passiva)
O se é pronome apassivador, quando o verbo é transitivo direto apresenta um “objeto direto”, que na realidade é o
sujeito (paciente). Esta voz passiva chama-se pronominal e o agente da passiva não aparece expresso.
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Português
A transformação passiva
Para que o se seja indeterminante do sujeito, não pode haver nenhum “objeto direto” na oração. Caso haja, ele se
transforma em sujeito e o se classifica-se como pronome apassivador. Portanto, é necessário que o verbo seja transitivo
indireto, intransitivo ou de ligação. A voz continua ativa, o sujeito passa a ser indeterminado e o verbo é obrigado a
permanecer na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Vive-se muito bem no Rio.
- É voz ativa
- O verbo é intransitivo (ou transitivo ind. ou de ligação)
- O sujeito é indeterminado
- O verbo fica na 3ª pessoa do singular.
EXEMPLO 1: Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A maioria dos laboratórios acredita que o
acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento baseia-se na
dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” (L.2) fosse flexionada no plural: acreditam.
RESOLUÇÃO: Havendo expressão partitiva seguida de determinante, verbo pode concordar com o sujeito (a maioria aceita)
ou com o determinante (os laboratórios acreditam). Portanto, na questão, singular ou plural estariam igualmente corretos.
Questão correta.
EXEMPLO 2: O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o tráfego
aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação de
embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
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Português
A forma verbal “haja” (L.2) poderia ser flexionada no plural — hajam —, preservando-se a correção gramatical e os sentidos
do texto.
RESOLUÇÃO: O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal e não vai ao plural. Questão incorreta.
EXEMPLO 3: Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma
fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e Brasil, para
citar uns poucos exemplos em três continentes.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” fosse substituída por levaram.
RESOLUÇÃO: A regra de concordância quando temos o pronome “que” como sujeito é concordar com o seu “antecedente”.
Contudo, sabemos que o antecedente depende do contexto. Na redação original, o verbo está no singular porque concorda
com “expansão”, considerado então como antecedente. Contudo, ao levar o verbo para o plural, o antecedente passa a ser
“conquistas”. Ambas as formas seriam corretas, apenas o termo retomado seria diferente. Quanto à coerência, não haveria
nenhuma incoerência em fazer essa alteração, pois a “expansão” é justamente o conjunto de conquistas, então seria
também lógico pensar que as conquistas territoriais é que levaram a língua a remotas regiões. Questão correta.
EXEMPLO 4: Já ___ anos, ___ neste local árvores e flores. Hoje, só ___ ervas daninhas.
a) fazem, havia, existe
b) fazem, havia, existe
c) fazem, haviam, existem
d) faz, havia, existem
e) faz, havia, existe
RESOLUÇÃO: O verbo fazer é impessoal, sem sujeito, quando indica tempo, existir ou acontecer e sempre é conjugado na
3.ª pessoa do singular: Faz anos; Havia (existia) neste local árvores e flores. O verbo existir, por sua vez, não é impessoal.
Por esse motivo, ele deve concordar com o sujeito: Só existem ervas daninhas. (Alternativa D).
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Português
O verbo haver impessoal (neste caso, com o sentido de "existir") sempre é conjugado na 3.ª pessoa do singular: Haverá
sérios problemas.
O verbo intervir está na 3.ª pessoa do plural do futuro do subjuntivo, cuja forma é intervierem: Quando os sindicatos
intervierem.
Assim, a Alternativa D está correta.
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Português
correspondência na forma composta é havia ou tinha + o particípio do verbo principal. Assim, somente 1 e 2 estão corretas
(Alternativa E).
EXEMPLO 8: “Eu não sou o homem que tu procuras, mas desejava ver-te, ou, quando menos, possuir o teu retrato.”
Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência, em lugar das palavras destacadas no trecho transcrito teríamos,
respectivamente, as seguintes formas:
a) procurais, ver-vos, vosso
b) procura, vê-la, seu
c) procura, vê-lo, vosso
d) procurais, vê-la, vosso
e) procurais, ver-vos, seu
RESOLUÇÃO: Trata-se de concordância verbo-pronominal. Quando há um pronome de tratamento, o verbo deve ficar na
3.ª pessoa: (ele/ela) procura, (ele/ela) vê. O pronome "seu" corresponde à 3.ª pessoa (Alternativa B).
17. PONTUAÇÃO
1. A vírgula deve ser usada para separar enumerações, termos e orações independentes entre si (núcleos de um sujeito
composto, orações coordenadas assindéticas, termos de uma série não ligados por e).
a) O presidente, os assessores e os coordenadores se reunirão amanhã. (sujeito composto)
b) Compareceu a reunião, expôs o que desejava, discutiu, nada resolveu. (orações coordenadas assindéticas)
c) É um técnico inteligente, dedicado, de boa vontade e de muita competência. (termos de uma série)
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Português
9. Expressões deslocadas na frase (isto é, ou melhor, digo, por exemplo, aliás, ...) devem ficar sempre entre vírgulas:
a) Ele comprou cinco, aliás, seis livros.
b) Ele faltou com a verdade, isto é, mentiu.
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Português
10. Conjunções adversativas (mas, porém, contudo, todavia, ...) e conclusivas (logo, portanto, por conseguinte, então, ...),
se deslocadas, devem ficar entre vírgulas:
a) Ele estudou muito, não foi, entretanto, aprovado. (conj. coord. adversativa).
b) Ele estudou muito, será, portanto, aprovado. (conj. coord. conclusiva).
OBS.: a conjunção pois, se colocada entre vírgulas, tem valor conclusivo; se antecedida de uma vírgula apenas,
tem valor causal ou explicativo.
c) Ele estudou muito, será, pois, aprovado (= portanto → conclusivo).
d) Ele foi aprovado, pois estudou muito. (= porque → causal)
11. Termos deslocados na frase, visando a algum realce, como inversão, pleonasmo e anacoluto, devem ficar separados
por vírgula.
a) As estrelas, parece que brilham. (inversão → antecipação)
b) Ao homem, nada lhe devo. (pleonasmo).
c) Dinheiro, todos precisam disto. (anacoluto)
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Português
B. Do Ponto-e-vírgula(;)
É uma pausa maior do que a virgula e menor que o ponto - final, uma vez que não encerra período. Emprega-se para
separar grupos de orações coordenadas, que, por apresentarem unidade de sentido ou aspectos em comum, convém
deixar no mesmo per lodo, embora pudessem figurarem per lodos separados.
Ex.: “Na linguagem escrita é o leitor; na linguagem falada, o ouvinte.”
“Estes edificam, aqueles destroem; estes sobem pelos degraus da honra, aqueles outros descem.”
F. Das Reticências(...)
Emprega-se quando queremos demonstrar que o pensamento foi interrompido, que houve uma suspensão de
sentido. Geralmente é um convite ao leitor — a conclusão é sua. Serve também para demonstrar que algo foi suprimido ou
para o leitor concluir ou para ser breve ou, ainda, por necessidade de eufemismo.
“Se pudessem os pássaros falar ...”
Se ele for ... Não sei ...
“Além, muito além daquela serra, ... nasceu Iracema.”
“... ao alagamento tépido da luz,...”
Acho que ele faltou com a verdade... Para mim ele é um...
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G. Do travessão (—)
Indica, no diálogo, a fala de cada personagem:
“— Está cansado?
— Não...
— Nem eu.
— Moro na rua...
— Não quero saber onde mora, atalhou Quincas Borca.”
Emprega-se também para dar maior relevo ou evidência à palavra ou à frase, equivalendo à vírgula ou ao parêntese:
O homem — diga-se de passagem — é egoísta.
Uma palavra — liberdade —escraviza muita gente.
H. Dos parênteses (( ))
Colocamos entre parênteses as palavras, frases, orações ou períodos que têm mero caráter explicativo — intercalativo e
que pronunciamos em tom mais baixo, em situação de aparte,
“Um dia (que linda manhã fazia!) ela saiu a passear.”
“Tristeza de ver a tarde cair como cai uma folha. (No Brasil não há outono mas as folhas caem.)”
2. Antes e depois de palavras ou expressões que desejamos realçar: “Querer é poder” deve ser o nosso lema.
EXEMPLO 1: Devido a seu protagonismo e sua importância na organização e garantia da reprodução das normas legais, o
Estado democrático não pode abdicar dessa instituição.
A eliminação da vírgula logo após “legais” prejudicaria a correção gramatical do texto.
RESOLUÇÃO: A vírgula marca um adjunto adverbial de causa, que está antecipado. Temos caso de vírgula obrigatória, não
é possível suprimir. Questão correta.
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EXEMPLO 3: No trecho "- Quando eu estava por aqui, comia todas as formigas que se aproximavam de ti ", a vírgula foi
empregada para:
a) Separar expressões que indiquem explicação intercaladas na oração.
b) Separar a oração coordenada da oração principal.
c) Separar a oração adjetiva explicativa da oração principal.
d) Separar a oração subordinada adverbial da oração principal.
RESOLUÇÃO: O período composto está na ordem inversa. A oração Quando eu estava por aqui,... é a oração subordinada
temporal, e a oração comia todas as formigas... é a oração principal. As orações adverbiais na ordem inversa provocaram a
obrigatoriedade do emprego da vírgula (Alternativa D).
EXEMPLO 4: Uma das regras básicas do emprego da vírgula é para marcar a omissão de um termo; a frase abaixo que
exemplifica esse fato é:
a) Aquele que não conhece Deus nesse mundo, não o conhecerá no outro;
b) O segredo de um bom sermão é ter um bom começo, um bom fim e ter ambos o mais perto possível;
c) Quando a infância morre, seus cadáveres são chamados de adultos;
d) Comprar um carro é necessidade, uma Mercedes, um exagero;
e) Uma criança, como seu estômago, não precisa de tudo que você pode dar a ela.
RESOLUÇÃO: Na frase, os verbos comprar e ser está elidido, para evitar a sua repetição: Comprar um carro é necessidade e
comprar uma Mercedes é um exagero (Alternativa D).
EXEMPLO 5: No trecho, "Num dado momento, a sede era tanta que o cachorro não resistiu e correu em direção à água,
atirou-se nela e saciou sua sede ", a primeira vírgula foi empregada para:
a) Separar termos repetidos.
b) Separar o adjunto adverbial deslocado.
c) Separar orações coordenadas.
d) Separar expressões que indiquem explicação intercaladas na oração.
RESOLUÇÃO: Num dado momento é adjunto adverbial de tempo (Alternativa B).
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