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Língua Portuguesa | Sidney Martins

Classes Gramaticais

LÍNGUA PORTUGUESA
Uso Das Concordâncias

Prof. Sidney Martins

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Classes Gramaticais

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Veja o exemplo abaixo:

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Classes Gramaticais .......................................................................................................... 3
Concordância Nominal ...................................................................................................... 4
Uso das Concordâncias ..................................................................................................... 5
Plural do Adjetivo ............................................................................................................. 6

Olá meu caro, minha cara!! Vamos iniciar nosso módulo sobre concordância
nominal, ou seja, sobre a relação entre o nome e os seus determinantes. Na língua
portuguesa o nome é classificado como um substantivo. Antes de darmos início a esse
conteúdo vamos recordar alguns aspectos relativos às classes gramaticais.

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Classes Gramaticais

CLASSES GRAMATICAIS
Existem seis classes variáveis e uma isolada, que é o verbo, a classe mais variável de
todas, e, consequentemente, a mais difícil, que exige, portanto, uma atenção especial
e um módulo voltado unicamente para seu estudo. As demais classes trabalham em
um processo conjunto, no qual uma manda e as outras apenas obedecem. Vamos
recordar quais são:

Adjetivo Numeral

SUBSTANTIVO
Artigo Pronome

A classe responsável pelo nome é o substantivo. Este, além de ser responsável por
nomear as coisas, tem uma outra importantíssima função: ele é sempre um termo
determinado, o que significa dizer que sempre será núcleo de qualquer estrutura
nominal, um termo nuclear. Ele é o núcleo do sujeito, do objeto direto no plural, do
objeto indireto, do complemento nominal, e por vai. Pois bem, por ser o núcleo, ele
manda nas demais classes, que seu os determinantes que o circundam: adjetivo,
artigo, numeral e pronome.

A regra básica em relação à concordância nominal é que o substantivo manda e o


resto obedece, assim, se ele está no singular, o resto vai para o singular, se está no
plural, o resto vai para o plural, se está no feminino, o resto vai para o feminino, e
assim por diante.

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Concordância Nominal

CONCORDÂNCIA NOMINAL
Quando falamos em concordância nominal pensamos basicamente em substantivo e
adjetivo em virtude de existir substantivo composto e adjetivos composto, o que não
ocorre nas outras classes gramaticais. Desse modo, quando estudamos os casos
peculiares da concordância nominal, via de regra, focamos nos substantivo e adjetivo,
porque essa relação é a predominante. No entanto, é importante lembrarmos que
todos os outros casos também fazem parte da concordância nominal, o que confere
ainda mais força ao valor adjetivo nesse aspecto. Em outras palavras, cada termo que
a acompanha um substantivo possui valor adjetivo.

A relação entre todas essas seis classes gramaticais constitui a concordância nominal.
À título de exemplificação, na frase “meu aluno chegou”, o pronome “meu” está
concordando com o substantivo no masculino singular. “Meu” é um pronome
possessivo, mas, como ele está acompanhando o substantivo “aluno”, ele é um
pronome adjetivo (com valor adjetivo). Ainda, na frase “O aluno bonito chegou”, “o”
é um artigo e “bonito” é um adjetivo. Por estarem acompanhando o substantivo
“aluno”, que se encontra no masculino singular, ambos têm valor adjetivo.

Dito isso, vamos aproveitar para estudar um pouco mais sobre como funcionam essas
concordâncias. Assim como na concordância verbal, existe na concordância nominal
a concordância atrativa e a gramatical, que são usadas com os substantivos
compostos. Quando trabalhamos com um substantivo sozinho, com um substantivo
que não tem essa composição, o processo de concordância é natural, portanto, é a
que chamamos de concordância gramatical.

A partir do momento em que temos dois substantivos e acrescentamos um adjetivo,


teremos a concordância atrativa e agramatical. Nesse caso, na concordância atrativa,
o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo. Na concordância gramatical,
por esta ser baseada na soma, o adjetivo vai para o plural do gênero dominante, que
é, na língua portuguesa, o elemento masculino. Ou seja, havendo um elemento
masculino, um sequer entre muitos femininos, a concordância será feita de acordo
com esse elemento.

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Uso das Concordâncias

ATRATIVO = o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo.


GRAMATICAL = o adjetivo vai para o plural do gênero dominante

USO DAS CONCORDÂNCIAS


Neste tópico abordaremos como são aplicadas a concordância gramatical e a atrativa.
Observe os exemplos:

Carro e moto nova/ novos.

Revista e apostila boa/boas.

Filme e novela longa/longos.

De modo a proceder com uma análise completa da concordância, perceba que nesses
exemplos colocamos os adjetivos depois do substantivo, como um processo natural
da linguagem. Quando isso ocorre temos duas possibilidades de concordância, a
atrativa e a gramatical.

No primeiro exemplo, “carro e moto nova”, o adjetivo “nova” faz concordância atrativa,
pois está concordando com o substantivo mais próximo, que está no feminino
singular. Agora, é igualmente possível que a frase seja escrita “carro e moto novos”,
nesse caso, estaríamos trabalhando com a concordância gramatical, portanto,
concordando com os dois substantivos, pluralizado no gênero dominante, que é,
notoriamente, o masculino (o carro). Esses é um processo de concordância
facultativa, logo, NÃO incorre em prejuízo gramatical ou alteração de sentido. E
ambas estão de acordo com a norma padrão culto da língua.

No segundo exemplo, também podemos proceder com a concordância atrativa


“revista e apostila boa”, em que o adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
“apostila”; bem como com a concordância gramatical “revista e apostila boas”, em que
o adjetivo “boas” concorda com ambos os termos que estão no feminino.

No terceiro exemplo, a concordância atrativa é “filme e novela longa”, na qual o


adjetivo “longa” concorda com o substantivo mais próximo “novela”, que está no

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Plural do Adjetivo

feminino singular, e, a concordância gramatical é “filme e novela longos”, em que o


adjetivo “longos” concorda com ambos (plural) e com o gênero predominante
(masculino).

Na sequência, vamos trabalhar com um exemplo em que o adjetivo é posto antes do


substantivo. Quando o adjetivo vai antes do substantivo composto, somente é
permitida a concordância atrativa, que consiste em concordar o adjetivo com o
substantivo mais próximo independentemente da forma como ele venha se
apresentar
SaboresA torta e bolo.

Continuando nesse raciocínio, atente para o seguinte exemplo e recorra à lógica para
preencher as lacunas:

Olhando a janela, eu vi um carneiro e um roseiral florid__ e também o sol e


o mar az___.

Se durante a prova o candidato estiver muito afobado, ele pode querer preencher as
lacunas nesse exemplo partindo da concordância gramatical, tendo em vista que são
dois substantivos que precedem o adjetivo. Mas, pela lógica, sabemos não existir tal
coisa como um carneiro florido. Certo?! Só é possível que o roseiral seja florido,
portanto, o adjetivo deverá concordar apenas com o substantivo “roseiral”.

Em seguida, o adjetivo “azul”, de igual forma, concordará apenas com o substantivo


mais próximo, considerando que, pelo conhecimento de mundo, pela lógica coletiva,
o sol é amarelo, e não azul, portanto não há como dizer “sol e mar azuis”. A forma
correta da frase seria então: Olhando a janela, eu vi um carneiro e um roseiral florido
e também o sol e o mar azul. Belezinha?! Vamos partir para o próximo tópico.

PLURAL DO ADJETIVO
Existe o plural do adjetivo simples e o plural do adjetivo composto. Na maioria dos
casos o adjetivo simples deve, sim, concordar com o substantivo e pronto, mas, existe

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Plural do Adjetivo

uma situação em que um substantivo assume função de adjetivo, e por isso é


invariável. O que acontece é que alguns elementos surgem na língua portuguesa
primeiro com o substantivo, mas, como a língua evolui, eles passam a ter uma
necessidade de trabalhar como adjetivos. Como esses elementos existiram primeiro
como substantivos, para então passar a serem utilizados como adjetivos, na estrutura
da concordância permanecerão invariáveis.

Ilustro com um exemplo. Na frase “camisa verde”. A palavra verde é um adjetivo, ela
denota uma cor e tão somente uma cor, certo? Portanto, é uma expressão que varia,
logo, no plural fica “camisas verdes”. Agora, a palavra vinho além de ser uma cor, é
também uma bebida, portanto, é um substantivo que exerce função de adjetivo, ou
seja, a famosa “cor que não é cor”, porque não surgiu como uma cor primária, assim,
a frase “camisa vinho” no plural é “camisas vinho”. O mesmo para a palavra laranja,
que também é um substantivo (laranja fruta) com função de adjetivo (laranja cor), no
plural ela permanece no singular, como em “camisas laranja”.

Joia?! Esta aula termina por aqui. Trabalhamos um conteúdo muito importante e
interessante. Aposto que com essa explicação sobre os substantivos com função de
adjetivo muita coisa se esclareceu na sua cabeça. Sinta-se bem por isso e motivado a
estudar ainda mais.

Um grande abraço e até a próxima

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Plural do Adjetivo

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