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ROTEIRO PARA PODCAST “TAIGUARA - ARTE E HISTÓRIA NO CONTEXTO

DA DITADURA MILITAR”

Almir Ferreira De Alcantara Lima – almirfeal@hotmail.com


Diego Augusto Baião – diego_baiao@hotmail.com
João Vítor Trebes Cardoso – joao96.jv@gmail.com
Renan Barcellos – barcellosm.renan@gmail.com
Victor Tereza Azedo – victorbrasil01@gmail.com

1. INTRODUÇÃO/APRESENTAÇÃO

1.1. Apresentação dos participantes do grupo;

1.2. Apresentação da proposta do podcast de maneira geral, sem aprofundamento;

Nossa ideia é fazer um material histórico leve, no sentido de menos denso em


conteúdo para o ouvinte, que trabalhe a relação entre arte, mais
especificamente a música, e a ditadura militar brasileira, instaurada no ano de
1964 do século passado. Para tanto, contextualizaremos o período histórico
através da vida e obra do artista Taiguara em paralelo com trabalhos da
historiografia que versam sobre o tema.

____________________ vinheta ___________________________

2. QUEM É TAIGUARA? vida e obra, crítica e perseguição

2.1. Contexto biográfico - onde nasceu, família e ascensão artística em solo


brasileiro;

Taiguara nasceu em Montevidéu, Uruguai,e futuramente adquiriu cidadania


brasileira. Aqui falaremos um pouco desse trajeto, do contexto familiar,
artístico, até o processo de se firmar como cantor popular brasileira.
2.2. “Milhões para manter no ar” - a ascensão do ‘rei dos festivais”, televisão de
Ditadura

2.3. Neste tópico, rapidamente falaremos sobre o início da trajetória artística de


Taiguara e sua consagração como cantor popular de grande sucesso e
vendas, ao compositor visionário que passa a incomodar os setores da
censura militar.

_______________________________ Vinheta ______________________________

3. MECANISMOS DE REPRESSÃO

Neste tópico iremos contextualizar como se deu a repressão durante o regime


militar e os aparatos que o Estado possuía para silenciar os dissidentes, sob o
pretexto de combater o comunismo, a subversão e garantir a segurança nacional.
Foco maior será dado na censura das manifestações culturais, em especial a
música.

3.1. AI-5 - Anos de chumbo

O AI-5 não tinha prazo de vigência, foi instaurado no dia 13 de dezembro de


1968 e durou até o início de 1979. Ele previa que o presidente teria poderes
para fechar o congresso, intervir nos Estados e Municípios, cassar mandatos
e suspender direitos políticos, demitir ou aposentar servidores públicos,
suspender o direito a habeas corpus e é nele que se inicia um período de maior
expurgo político, pois a repressão se organizava ainda mais. Além disso,
discutiremos mais sobre a questão da censura já em relação com os
instrumentos de repressão do Estado.

3.2. Dops e DOI-CODI - Braço institucional da repressão

O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações - Centro de


operações de Defesa Interna) é o resultado de vários destacamentos militares
que atuavam em braços distintos que com uma organização mais centrada
resultou em um destacamento de repressão por Estado que se tornaram os
centros de tortura do Regime Militar.

3.3. DOSSIÊ DOS SUSPEITOS - vigilância e controle

Os potenciais inimigos do regime eram fichados, onde se destacavam suas


supostas filiações e atividades de acordo com o grau de periculosidade ao
governo. A esfera cultural era mais visada pelos órgãos de censura, que
temiam que comunistas e subversivos estivessem infiltrados em meio às
manifestações culturais com o objetivo de atingir o cidadão comum “ingênuo”.
Nesse tópico discutiremos mais sobre como eram feitos esses documentos e
quais critérios eram mais determinantes para o enquadramento do cidadão
como uma ameaça ao poder.

4. BOSSA NOVA, MÚSICA POPULAR BRASILEIRA E MÍDIA

Neste tópico falaremos mais sobre a música no período da ditadura,


principalmente em um contexto de censura. Discutiremos como a censura
impactou a música, em especial a MPB e como se contornava essa censura na
elaboração dessas obras. Além disso, de que formas a maneira de se participar
desses eventos culturais ocorria no cenário da repressão.

Foi a chamada "Música Popular Brasileira" (MPB) que sintetizou a tradição


da grande música da "era do rádio", nos anos 30, com a renovação proposta
pela bossa nova, no início dos anos 60 (Napolitano, 2001). A "abertura" do
público original de música popular, de raiz nacionalista e engajada, se deu via
mercado, com todas as contradições que este processo acarretou a
assimilação da experiência do ouvinte (em outras palavras, a tensão entre
"diversão" e "conscientização"). (NAPOLITANO, 2001, pág. 120)
4.1. MPB - popular e “subversiva”

MPB como música engajada politicamente de amplo alcance, principalmente


entre os jovens de classe média. Estilo vira alvo da censura devido ao
“potencial subversivo”. Além de trazer à tona a popularidade da MPB durante
o período da ditadura, serão discutidos os motivos pelos quais a MPB se tornou
relevante na discussão política e as diferenças nas músicas produzidas
durantes os “anos de chumbo” e as do período de reabertura.

5. Carne e osso nas sete cenas de Imyra - exílio, censura, pazes e decepção

5.1. Perseguição ativa do artista, exílio, Let the children hear the music e Imyra,
Tayra, Ipy Taigura;

Neste tópico falaremos mais profundamente sobre o contexto que leva à


gravação do álbum central de nosso podcast, “Imyra, Tayra, Ipy Taiguara” e
sua relação com a ditadura militar brasileira. Analisaremos, assim como
ouviremos pequenos trechos, a letra de três canções do álbum que possuem
teor mais diretamente político e foco crítico ao sistema vigente naquele
momento. São elas:

03 - Público
04 - Terra das Palmeiras
09 - Situação

- Autoexílio;

6. TAIGUARA - A VOLTA DO PÁSSARO AMERÍNDIO COM CANÇÕES DE AMOR


E LIBERDADE
6.1. Pequeno contexto sobre a vida após Imyra Tayra Ipy e autoexílio até o retorno
ao país, assim como aos palcos e gravações;

6.2. Conclusão, despedida e final.

Referências:

FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 2009.


NAPOLITANO, Marcos. A arte engajada e seus públicos (1955/1968). Estudos
Históricos, Rio de Janeiro, nº 28, 2001, p. 103-124.

NAPOLITANO, Marcos. A MPB sob suspeita: a censura musical vista pela ótica dos
serviços de vigilância política (1968-1981). Revista Brasileira de História. São Paulo,
v. 24, nº 47, p.103-126 - 2004

NAPOLITANO, Marcos. MPB: a trilha sonora da abertura política (1975/1982).


Estudos avançados 24 (69), 2010, p. 389-402.

PACHECO, Maria Abília de Andrade. Taiguara: a volta do pássaro ameríndio (1980 -


1996). 2013. 305 f., il. Dissertação (Mestrado em História) —Universidade de Brasília,
Brasília, 2013.

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