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Resistencia Ao Avanco em Embarcacoes 2016
Resistencia Ao Avanco em Embarcacoes 2016
LEIS DE COMPARAÇÃO
1) Resistência de atrito
A resistência de atrito depende do tamanho da área molhada do
casco e do coeficiente de atrito CF. O atrito aumenta com as
incrustações no casco, pelo crescimento de algas e cracas.
A resistência de atrito representa uma considerável parte da
resistência total do navio. Para navios de baixa velocidade
(graneleiros e petroleiros) pode representar 70-90% da resistência
total. Em navios velozes, como navios de cruzeiro abaixo de 40%
CF pode ser calculado pela equação proposta na ITTC (International
Towing Tank Conference) de 1957.
2) Resistência residual
A resistência residual compreende a resistência de ondas e da
resistência viscosa de pressão. Resistência de ondas refere-se a
energia perdida causada por ondas criadas pelo casco durante seu
movimento. Resistência viscosa de pressão corresponde a perda
causada pela separação do escoamento e geração de vórtices,
principalmente na popa do navio.
Resistência de ondas em baixa velocidade é proporcional ao quadrado
da velocidade, mas aumenta muito mais rápido em mais altas
velocidades. Isto significa que uma barreira de velocidade é imposta,
tal que, um aumento adicional da potência de propulsão do navio
será convertido em energia de onda. A resistência residual,
geralmente, representa 8-25% da resistência total em navios de
baixa velocidade e até 40-60% em navios de alta velocidade.
Quando em águas rasas pode haver grande influência na resistência
residual, pela maior dificuldade da água deslocar-se sob o casco do
navio.
O cálculo da resistência residual é dado por:
A FORMAÇÃO DE ONDAS
A superfície da água onde o navio se movimenta é uma superfície
descontínua entre dois fluidos: água e ar. A interface é mantida pela
gravidade, onde o ar, pela sua baixa massa específica pode ser
desconsiderado. Quando o navio passa cria um desequilíbrio entre a
força restauradora (gravidade) e a elevação causada pelo casco,
criando assim um padrão de ondas característico.
O padrão ondulatório criado pelo casco é formado por dois sistemas.
O mais importante, é o sistema criado nas proximidades da proa e
outro sistema mais fraco na popa. O sistema de proa é mais
importante, pois além de gerar ondas de maior altura, elas persistem
ao longo do casco, modificando pressão na água no entorno do casco.
Cada sistema de ondas é formado por dois trens de ondas: um trem
de ondas divergentes e um trem de ondas transversais.
O sistema de ondas de proa inicia com uma crista, enquanto que o de
popa inicia-se com um cavado. Como a quantidade de energia por
onda é constante, elas diminuem de altura progressivamente ao
navio se afastar.
As ondas transversais têm linhas de sua crista praticamente
perpendiculares ao plano longitudinal. Elas avançam com o navio
como se fossem presas e ele. A velocidade dos dois sistemas de
ondas transversais é igual a velocidade do navio, e seu comprimento
é função da velocidade. Em águas profundas, é dada por:
Onde
Ρar é a massa específica do ar
Aar é a área da seção transversal do navio acima da linha d’água.
V deve levar em conta, além da velocidade do navio o vento esperado
na pior situação.
Resistencia total
Série de Taylor