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Ficha Catalográfica:
Lins, Augusto
5 Segundos: O jeito Stone de servir o cliente / Augusto Lins, Marcela Bourroul ,São
Paulo, Portfolio-Penguin, 2021.
ISBN 978-85-8285-132-6
3. Os princípios inegociáveis
A Stone foi construída a partir do princípio básico que era: ouvir sobretudo o cliente
para servi-lo da melhor maneira possível. A maioria das empresas busca focar em si,
criar produtos rentáveis para si e lançá-los no mercado pensando somente nelas
mesmas. A lógica delas era fazer o que interessa para as empresas e anunciar como a
melhor opção para as pessoas.
O crescimento da Stone se caracteriza pela capacidade de fomentar uma cultura forte,
para que todos saibam onde é o destino final, o que fazer, como se comportar e o que
esperar (LINS, 2021, p. 34). Os valores que estão presentes desde o início são:
- Espírito de dono
- Simplicidade: seja humilde, reconheça erros e vá direto ao ponto.
- Conhecimento: pergunte, converse, estude e seja curioso.
- Obsessão por resultado: só os paranoicos vencem.
- Meritocracia: acreditamos em pessoas e organizações que valorizam e
recompensam quem gera valor.
- Franqueza.
- Integridade: não será tolerado falta de ética e desonestidade.
- Sucessão: só existe promoção se houver sucessão, multiplique-se.
- Ajude os outros: trabalhe em equipe e fomente relacionamentos.
- Paixão: faça o que gosta, debruce-se com paixão em suas tarefas.
- Pense grande: dá o mesmo trabalho que pensar pequeno e você vencerá suas
barreiras do dia-a-dia. (LINS, 2021, p. 35 e 36)
Augusto aponta essa cultura como a ideia principal do livro e a caracteriza como sendo
o meio pelo qual a Stone se desenvolveu como empresa, além de focar
majoritariamente nos clientes que está atendendo, ouvindo eles e entendendo suas
necessidades (LINS, 2021, p. 34). Para finalizar o capítulo, Augusto aponta que para se
destacar e escrever um novo capítulo na história de meios de pagamento no Brasil,
seria preciso mais do que fazer diferente. Seria preciso realmente fazer a diferença.
4. Servir o Cliente
A partir da perspectiva dos clientes da Stone, a fórmula para o sucesso de seu negócio
é simples: chegar ao trabalho às 6 da manhã e sair às 10 da noite (LINS, 2021, p. 34).
Ao humanizar seu cliente e priorizar suas necessidades, Augusto rejeita a ideia de ter
uma voz robótica abordando o primeiro contato do seu cliente com sua empresa. Além
disso, os serviços "à moda antiga", exigiam que o cliente fosse até o banco e
esperasse duas semanas para receber sua maquininha. A Stone se propôs a entender
e transformar essa realidade, por isso, suas decisões são sempre pautadas em servir
primeiramente ao cliente (LINS, 2021, p. 40).
Além disso, é necessário reconhecer o erro. Augusto conta uma situação onde, ao
tomarem uma decisão específica de terceirizarem a cobrança da carteira devedora em
atraso, deixando outra empresa cobrar dos clientes os valores devidos, muitos clientes
receberam ameaças de terem seus nomes negativados através de e-mails e
telefonemas, o que causou um sério impasse na relação empresa-cliente.
Ao reconhecer o erro, a Stone enviou uma carta de desculpas aos clientes e recomprou
a empresa que foi terceirizada, corrigindo o problema(LINS, 2021, p. 47).
O capítulo termina afirmando que reconhecer o erro e agir prontamente é, também,
uma marca do serviço Stone. O caso impulsionou a empresa a sempre priorizar o
atendimento humano e reconhecer que não há nada valioso como isso(LINS, 2021, p.
48).
5. Mudar o mundo
"Crescer sem cumprir a missão não faz sentido." A partir dessa frase, entende-se que a
cultura da empresa e a missão devem estar extremamente clara para todos que atuam
nela. Além de exercer de forma excepcional o seu trabalho, a Stone busca impactar
além do seu negócio principal. Diversos projetos são impulsionados pela empresa
como: Olimpíada brasileira de matemática e o instituto ProPague (LINS, 2021, p. 118).
6. Conclusão
Para finalizar, entende-se que o foco no cliente e a estruturação de uma cultura são
essenciais para o sucesso de uma empresa, ele é a consequência dessas atitudes.
Também, no final, é deixada uma mensagem para o leitor, estimulando ele a "ser feliz"
e "ser o impossível", além de dicas de leituras extras para quem se interessa por esse
assunto (LINS, 2021, p. 124 e 129).
7. Categoria
Ao tratar sobre a categoria em que a Stone está inserida, sua estrutura de mercado é
dividida de forma bem simples. Atuando, principalmente no mercado de pagamentos,
ele é dividido em 3 agentes: bandeiras, adquirentes e bancos. Esses 3 agentes são
envolvidos no processo de pagamento através de cartões, segundo o Banco Central.
Estes vão desde o ato de pagamento pelo consumidor até o recebimento do dinheiro
pelo vendedor. A Stone se encaixa entre as adquirentes, que realizam a transação do
dinheiro do comprador até o lojista.
Seu serviço está disponível para seu público primário, que são empreendedores e
microempreendedores, através de uma maquininha de cartões com um valor fixo para
adquiri-la e uma taxa paga mensalmente sobre as transações realizadas nela. Além
disso, a empresa fornece uma espécie de conta bancária digital para o empreendedor
que adquirir seus serviços, onde ele pode obter todas as informações sobre as finanças
de seu negócio como: crédito, registro de vendas, estoque, folha de pagamentos, entre
outros (LINS, 2021, p. 32). Como as vendas desse setor não podem parar, o
comportamento do público primário desse mercado se dá por empreendedores que não
têm tempo a perder. Além de já enfrentarem diversos problemas em seus negócios, ter
que lidar com empresas financeiras que dificultam sua vida é uma dor de cabeça a
mais para eles. Por isso, o serviço da Stone de facilitar o contato do cliente com a
empresa é essencial para esse mercado.
O mercado, no Brasil, é pautado em uma concorrência perfeita. Entretanto, até 2010, a
competição no mercado era mais restrita, onde só algumas empresas específicas
poderiam atuar nesse ramo. Após a decisão do governo brasileiro de aumentar a
competição, onde empresas como a Cielo não teriam mais a exclusividade de capturar
transações de certas bandeiras de cartão, uma janela de oportunidades se abriu para
novas empresas entrarem nesse ramo (LINS, 2021, p. 29). Seus principais
concorrentes são as outras adquirentes de cartão, como: Cielo, Getnet, Pagseguro e
Rede.
Todos fazem parte da cadeia das transações do banco central mas a cadeia em que a
Stone se encaixa está desta na seguinte forma:
Pessoa Jurídica -> Pagamentos -> Cartão -> Stone -> Maquininha
Segundo Keller (2007), pontos de paridade são associações que não são,
necessariamente, exclusivas à marca, e que podem ser compartilhadas por outras
marcas. Mesmo que o preço das maquininhas seja parecido com a dos concorrentes, a
Stone já aceita transações através de PIX em sua maquininha, que é considerado algo
novo para o mercado. Também, outra paridade é a diversidade de modelos em relação
aos seus concorrentes. A Stone tem vários modelos de maquininhas específicos para
cada perfil de cliente, algo que pode atender melhor às necessidades do público
primário de forma personalizada.
8. Brand Equity
O Brand Equity tem o papel de fazer com que a marca seja mais conhecida, lembrada
e recomendada. De acordo com Aaker (1996), branding é um processo que está
sempre em andamento. Por isso, ele gera resultados, e um desses resultados é o
Brand Equity, que pode ser resumido pelo conjunto de ativos: conhecimento do nome,
consumidores leais, qualidade percebida e associações da marca.
9. Sistema de Identidade
Para Aaker (2007), o sistema de identidade de marca é algo que vai proporcionar
sentido, finalidade e significado para essa marca. É um conjunto de associações
realizadas pela marca visando a forma que os consumidores e outras empresas
enxergam ela no mercado. Existem 4 armadilhas que uma empresa deve estar atenta
na hora de atuar no mercado.
Ao analisar a Stone, é possível notar que sua identidade cultural é muito bem definida
dentro da empresa, onde os valores e as visões são explícitos e influenciam na
construção de um ambiente que motiva o funcionário a trabalhar e atingir melhores
metas, resultando numa melhor percepção do cliente sobre a marca. A empresa
combate bem a armadilha de identidade, imagem, posição e perspectiva externa.