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INOVAÇÃO NA PRÁTICA
_ PARTE 01
_ PARTE 02
O Nubank nasceu em 2013, fundado pelo colombiano David Vélez, a brasileira ex-executiva do Itaú Unibanco
Cristina Junqueira, e o americano Edward Wible, ex-consultor do Boston Group, com a o propósito de ser a
melhor experiência bancária possível para seus clientes, ou seja, mudar a experiência normal aos clientes
em uma agência bancária comum: esperar na fila, pegar senha, pagar por tarifas para utilização de uma conta
corrente.
O público-alvo foram as pessoas que não estavam satisfeitas com esse tipo de experiência. Essas pessoas
não tinham tempo para “gastar” para ir a uma agência bancária. O setor como o de bancos no Brasil é
tradicionalmente problemático na relação empresa-clientes. O Nubank também criou soluções bancárias para
populações que tradicionalmente não tinham acesso aos maiores bancos do país.
O Nubank buscou resolver valorizar o tempo do cliente, abolir os juros altos e as taxas abusivas amplamente
praticadas pelos bancos tradicionais, além de criar um cartão de crédito internacional, sem anuidade,
completamente gerenciado por meio de aplicativo e com juros menores que aqueles praticados pelo mercado.
Para se diferenciar totalmente do mercado o Nubank apostou em uma postura de foco total no cliente:
soluções rápidas e práticas, ao invés de esperar horas para resolver simples problemas como nos bancos
tradicionais, além, de proporcionar atendimento humanizado e personalizado com uma equipe interna, ao
invés desse serviço ser terceirizado como em outros bancos.
Um exemplo de valor intangível do Nubank é o atendimento personalizado. Um caso bem conhecido foi de
um cliente que ligou informando que seu cartão havia sido comido pelo cachorro. O Nubank enviou um novo
cartão junto com um brinquedo para o cachorro, além de uma carta escrita à mão.
Outro diferencial e um dos valores mais preciosos ao Nubank, e às pessoas que lá trabalham é a cultura da
empresa, baseada na construção de segurança e compartilhamento de vulnerabilidades, onde o erro é
considerado parte do processo. A empresa continua funcionando como uma startup, com pouca hierarquia e
bastante diversidade, onde as pessoas tem autonomia e são estimuladas a inovar constantemente.
A empresa adota a gestão organizacional já adotado pela Google e Amazon, onde os times se organizam em
equipes de pessoas de várias áreas diferentes para resolver um problema ou pensar em um novo produto ou
em novas deias de comunicação.
O Nubank é considerada uma das empresas mais inovadores do mundo e está mudando a forma como
milhões de brasileiros lidam com bancos e cartões de crédito, ou seja, inovação em serviço, com foco no
cliente, o modelo de negócios ser completamente digital e em produtos, sem taxas abusivas.
Com isso ele é considerado uma inovação disruptiva, sendo uma das duas únicas empresas brasileiras entre
as 50 companhias privadas mais disruptivas do mundo, segundo um ranking da CNBC. E porque tornou a
vida do seu cliente melhor e mais fácil.
https://blog.aaainovacao.com.br/a-historia-do-nubank-e-3-licoes-que-voce-pode-aprender-com-ela/
https://www.napratica.org.br/nubank-como-funciona/
https://exame.com/negocios/nubank-e-brex-empresas-mais-inovadoras-do-mundo/
https://seucreditodigital.com.br/especialista-em-inovacao-diz-que-o-nubank-e-o-novo-bank-of-america/
https://oasislab.com.br/nubank-e-eleita-3a-empresa-mais-inovadora-da-america-latina/
ANA LUIZA SAMPAIO
_ PARTE 03
O lançamento pela Coca-Cola da New Coke é considerado um dos mais emblemáticos fracassos de
marketing da história, e como exemplo de uma empresa que quer vender ao consumidor algo que ele não
pediu.
Nos anos 50 a Coca-Cola tinha um mercado 5 vezes maior que a Pepsi, com o jargão: The real thing.
Considerando isso nos anos 60 a Pepsi pensou que se a Coca era a “original”, seria a escolha de pessoas
mais velhas, e fez então uma campanha onde eles perguntavam aos jovens se eles gostariam de continuar
consumindo o mesmo refrigerante dos pais. O foco da Pepsi para conseguir uma fatia do mercado da Coca-
Cola era focar nos jovens com o mote: Pepsi, a escolha da nova geração.
Sendo assim a Pepsi começou a ganhar mercado e até ultrapassar a Coca em alguns pontos. Ela teve um
crescimento maior ainda quando foi feita no começo dos anos 80 uma campanha chamada Desafio Pepsi,
onde mostravam nos comerciais pessoas provando a Coca-Cola e Pepsi, de olhos vendados, e a grande
maioria, surpresa, escolhia Pepsi. Para pavor da própria Coca-Cola, ela confirmou isso em testes internos
também.
Mesmo a Coca-Cola continuando a ser preferência, ela erradamente constatou que o fato de estar perdendo
mercado era um problema no sabor, e não na propaganda de marketing da rival. Com isso produziu um novo
sabor e fez uma pesquisa com 200 mil americanos, que constatou em testes, com olhos vendados, que ele
seria melhor que a Pepsi.
Em 23 de abril de 1985 foi lançada a New Coke com o sabor original, descontinuando o sabor original. Os
executivos estavam convencidos de que seria um sucesso e a original nunca mais voltaria. Ao invés de
acrescentar um novo produto ele inviabilizou a compra do original. Esse foi outro grande erro da Coca-Cola:
ter subestimado os consumidores leais, que não abriam mão da herança, do nome, da marca, que era um
símbolo americano.
“Nem dinheiro e nem pesquisas puderam medir os laços emocionais e a paixão que os consumidores tinham
com a Coca-Cola original”, falou Don Keogh, presidente da Coca-Cola na época. Mesmo baseado em
resultados de pesquisas, é muito importante conhecer o mercado e principalmente o consumidor.
Nas pesquisas o novo sabor foi bem aceito, porém ele foi testado junto com a Pepsi, e não com a Coca-Cola
original. As pessoas que provaram não sabiam que não existira mais a original. Apesar de uma aceitação boa
no início, houve revolta em partes do Estados Unidos, onde foram feitas campanhas para ninguém consumir
a New Coke, implorando para voltar a original. A ações da Coca-Cola caíram e da Pepsi subiram
imediatamente.
Em menos de três meses depois de lançada a New Coke, a Coca-Cola teve que fazer uma “mea culpa”
televisionada, e retornar com a Coca-Cola original, chamando-a de Classic, mantendo a New Coke até 1990
quando ela foi renomeada como Coke II e em 2002 quando ela foi descontinuada.
Após o retorno da Coca-Cola Classic em pouco tempo ela não só ultrapassou a New Coke como ganhou da
Pepsi em todos os mercados. Todo o projeto de marketing para lançamento da New Coke foi tão desastroso
e depois com a Coca-Cola classic indo tão bem que algumas pessoas acreditavam que tudo havia sido
intencional, que seria tudo uma jogada de marketing. A Coca-Cola respondeu: A verdade é que nós não
somos assim tão estúpidos, nem tão espertos.”
https://www.mundodomarketing.com.br/reportagens/planejamento-estrategico/16347/o-que-o-caso-new-
coke-ainda-pode-ensinar.html
https://www.braineet.com/blog/innovation-failures
https://www.history.com/news/why-coca-cola-new-coke-flopped
https://innismaggiore.com/news/blog/new-coke-failure-why-decision-was-too-far-out-to-swallow/