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Introdução

Que tal explorar ao máximo seu lado empreendedor e aprender como criar novos
negócios baseados na cultura das Startups?

Se você tem o desejo criar seu próprio negócio e testar suas


habilidades empreendedoras ou somente quer ampliar seus
conhecimentos sobre essa nova temática cada vez mais em
evidência no mundo dos negócios, então esse curso foi feito para
você!
Particularmente, gosto de dizer que Startups representam um novo
jeito de se iniciar negócios, pois possuem uma dinâmica diferente
das empresas tradicionais, isso permite criar empresas com
soluções inovadoras e com grande potencial de crescimento no
mundo dos negócios.
Começar a empreender com uma Startup é realmente desafiador,
contagiante e também muito gratificante em diversos aspectos.
Afinal, mesmo se sua ideia ou projeto não demonstrar ser
economicamente viável ou apresentar indicadores que será um
negócio próspero, você terá obtido muito aprendizado durante toda
a jornada.
Sendo assim, faço o convite para vocês descobrirem neste curso
como criar uma Startup do zero, passando por todas as fases
relevantes para empreender e construir negócios de sucesso como
as Startups mais famosas do mundo: Facebook, WhatsApp, Uber,
Netflix, entre tantas outras.

AULA 01 | O que é Uma Startup

Startups representam um novo jeito de se iniciar negócios.


Atualmente, com a crescente entrada de novas tecnologias e as
conexões entre pessoas e os meios digitais que não para de
aumentar, surge a possibilidade de se criar negócios com base
tecnológica que vem revolucionando a forma como encaramos
algumas coisas, a forma como agimos, nos comportamos e
criamos novas tendências.
A era digital em que vivemos no momento tem gerado grande
impacto sobre o cotidiano de pessoas e empresas. Por exemplo, é
cada vez mais comum as pessoas irem para a internet quando têm
alguma dúvida, fazer compras por sites que oferecem descontos e
promoções atrativas e ainda, utilizar aplicativos em seus
smartphones para facilitar o seu dia a dia e resolver alguns
problemas até então considerados básicos, como mandar
mensagens sms, colocar efeitos e fotos ou até mesmo se localizar
pelo GPS.
É devido a essa constante evolução que os negócios de base
tecnológica representam uma grande sacada e oportunidade para
quem deseja empreender, criar conteúdo para a sociedade ou até
mesmo fazer a diferença para o mundo.
Pesquisas apontam que mais de 80% da população mundial já
utilizou pelo menos uma vez na vida um serviço ou produto
proveniente de uma empresa Startup. Por exemplo, quem diria que
um dia seria possível assistir filmes e séries de TV à vontade,
pagando uma mensalidade com preço baixo e acessível para a
grande parte da população e, ainda melhor, sem precisar ter uma
televisão para isso! Pois é, a empresa Netflix, que teve seu início
como uma Startup, criou essa solução e hoje é umas das maiores
empresas de entretenimento do mundo, sem possuir um canal ou
uma rede de TV inteira por trás dela.
De onde surgiu o nome "Startups"

Essa nomenclatura surgiu por volta da década de 90 nos Estados


Unidos, por isso a expressão idiomática em inglês que quer dizer:
Start (Iniciar) Up (Para cima), ligado diretamente a características
sobre Empreender e Inovar. Esse novo jeito de se iniciar negócios
teve origem após grandes empresa e jovens universitários
começarem a explorar o viés empreendedor dentro das faculdades
ou até mesmo das garagens de suas casas, aproveitando as
oportunidades existentes e criando negócios de alto impacto para
a sociedade em questão.
Apple e Microsoft são dois grandes exemplos de startups que
surgiram na garagem da casa de seus fundadores e se tornaram
as grandes companhias que são hoje. A revolução digital e o
“boom” do acesso e início da internet nos anos 90, foi um dos
principais influenciadores para o surgimento de mais e mais
negócios, chamados então de Startups. Estima-se que no Brasil
esse termo começou a se popularizar a partir do ano 2000.
Qual o conceito de Startup?

A definição de uma Startup está diretamente relacionada ao tipo


de negócio que se origina com ela. Atualmente são consideradas
Startups, aquelas empresas que possuem negócios
considerados repetitivos e escaláveis.

A definição de um negócio repetível é de que o produto ou serviço


oferecido ao mercado seja o mesmo, independente do meu lugar
de atuação. E a definição de escalável, é de que o mesmo produto e
serviço já oferecido na minha cidade, eu posso oferecer para
qualquer outro lugar do mundo. Um exemplo bem claro, para
ilustrar todos esses conceitos, é o famoso aplicativo de troca de
mensagens, WhatsApp. A empresa criou um único aplicativo que
pode ser baixado por quantas pessoas quiserem (Repetível), e esse
mesmo aplicativo pode ser utilizado em qualquer lugar do mundo,
desde que esteja ligado a uma rede de internet (Escalável).
Outro exemplo para comparar a diferença entre uma Startup com
um negócio tradicional é o exemplo de uma frutaria. Caso uma
frutaria decida vender mais produtos, possivelmente ela irá
precisar comprar mais quantidade e variedades de produtos,
aumentar seu espaço físico, contratar mais pessoas e assim por
diante. Ter uma frutaria pode até ser um ótimo negócio, por sinal
muito lucrativo, mas não é uma Startup. Pois não consegue ser
repetível nem escalável.
Porém, utilizando o mesmo exemplo da frutaria, ela poderia ser
uma Startup caso criasse um aplicativo que indique para as
pessoas onde estão as frutarias mais próximas de sua casa e
ainda dar dicas de ótimas receitas e sucos. Desse modo, com essa
única plataforma digital ela consegue atender quantas pessoas
quiserem em qualquer lugar, isso sim iria caracterizá-la como uma
startup.
Possuir negócios repetíveis e escaláveis é o grande objetivo das
empresas Startups. Por essas e outras características
apresentadas, vimos surgir nos últimos anos empresas bilionárias
e conhecidas no mundo todo, como Google, Facebook, WhatsApp,
entre tantas outras.
Alguns mitos sobre Startups
Algo que sempre causa dúvidas em quem deseja saber um pouco
mais sobre Startups, é a infinidade de mitos e conclusões
precipitadas criadas acerca do tema. Desse modo, pretendo aqui
desmitificar algumas delas.
Falso, no Brasil
1. Não existem startups brasileiras de sucesso:
existem inúmeras Startups de sucesso que inclusive já
possuem escritórios espalhados pelo mundo. Alguns
exemplos de Startups brasileiras de sucesso: Hotel Urbano,
BuscaPé, Resultados Digitais, SambaTech e Ifood.

2. Startups são versões menores de uma Falso, pelo


empresa:
contrário, Startups são modelos de negócios que têm
tendência de crescer muito rápido e se transformarem em
grandes empresas em poucos anos. Mas não estão em
nenhum momento relacionados com uma versão menor de
uma grande empresa.

Falso, acontece
3. Startups são empresas que só fazem aplicativos:
que muitas startups possuem plataformas tecnológicas que
permitem serem transformadas em aplicativos. E hoje em
dia, o que as pessoas buscam é a facilidade e comodidade
de ter tudo em um só local, no caso, os Smartphones. Por
isso é comum vermos essa grande quantidade de aplicativos.
Mas vale ressaltar que já existem grandes Startups na área
da saúde a agronegócio que vão muito além de um simples
aplicativo.

AULA 02 | As Fases de uma Startup

Passado o momento de conhecer o que são Startups propriamente


ditas, podemos avançar no conteúdo e identificar quais são as
fases que uma Startup passa até se tornar uma grande empresa
de sucesso. Nessa parte do curso é possível identificar o porquê
desse novo jeito de iniciar negócios ter se tornado tão atrativo e
totalmente oposto ao jeito tradicional de se iniciar negócios.
Como assim diferente do jeito tradicional? Pois bem, geralmente
quando empreendedores decidem começar um negócio do zero,
acabam fazendo o seguinte passo a passo: têm vontade de
empreender, buscam uma oportunidade, abrem o negócio, vão
atrás dos clientes. O grande erro está em gastar uma boa “grana”
estruturando todo o negócio e só então, depois de tudo pronto,
começar a prospectar os clientes. Nesse caso, os riscos são muito
altos.
Já em uma Startup, o processo é totalmente o inverso. Levanta-se
problemas no mercado, valida-se os problemas identificados,
criam-se soluções com grande diferencial e então se oferece essa
solução para o mercado. Nesse formato, as chances de sucesso
são muito maiores. Afinal, você cria soluções para os problemas
reais que as pessoas possuem e estão dispostas a pagar por eles.
Vou apresentar a vocês todas as etapas que Startups geralmente
passam até conquistarem seus primeiros clientes, desse modo
ficará mais fácil compreender o processo como um todo. Para
facilitar o exemplo, divido o mesmo em 03 grandes momentos, o
Ideação, o Operação e o Tração, acompanhe:
Momento Ideação

É o momento inicial de uma Startup, é quando o empreendedor ou


um grupo de empreendedores acredita que existe um problema
em potencial para ser resolvido no mercado e que isso representa
uma boa oportunidade de negócio. O momento ideação também é
composto por algumas fases específicas, acompanhe:
TENHO UMA IDEIA: É o momento de levantar a ideia inicial e começar
a explorar todas as variáveis que a envolvem. Compartilhar com
amigos e colegas é uma grande sacada para incrementar a ideia
inicial ou quem sabe, convencer mais pessoas a apostar nela e vir
fazer parte do seu time.
VALIDAÇÃO DO PROBLEMA: Levantada a ideia, agora é hora de ver se
realmente existe o problema identificado. Para isso o
empreendedor precisa partir para o momento que chamamos de
entrevista de validação. Precisa ir a campo entrevistar possíveis
clientes e explorar se eles realmente possuem tais problemas e
como fazem para resolve-los nos dias e hoje.
Na fase de validação do problema, não é aconselhado o
empreendedor já contar para os entrevistados a sua ideia de
negócio, pois isso pode causar influência na resposta do
entrevistado. Na fase da entrevista devem ser evitadas perguntas
relacionadas a suposições do tipo “E se tivesse um aplicativo X,
você usaria...”
IDENTIFICANDO O POTENCIAL DE MERCADO: Após realização das
entrevistas é hora de analisar tudo o que foi identificado e chegar
a conclusão se a sua ideia inicial realmente resolveria um
problema e se as pessoas estariam dispostas a pagar por uma
possível solução futura que venha a ser lançada.
CRIANDO UMA SOLUÇÃO: A criação da solução é parte fundamental de
uma Startup. É na solução que o futuro cliente vai identificar a
proposta de valor que seu produto ou serviço possui, as vantagens
que ele ganha ao utilizá-la e quão acessível ela pode ser para ele.
Quando o empreendedor já começa a desenhar a solução, aquela
ideia inicial já começa a se tornar realidade. Apesar de ainda estar
no papel, já fica mais fácil escolher como será a plataforma que irá
entregar os benefícios aos futuros clientes.
CRIANDO UM MVP: Chegado nesse passo, é hora do empreendedor
criar o protótipo da sua solução. No mundo das Startups, o
protótipo também é conhecido como MVP, uma sigla de expressão
em inglês que significa “Mínimo produto viável”, ou seja, com um
MVP em mão, você já consegue mostrar para as pessoas, qual é
o produto ou serviço que sua Startup quer oferecer ao mercado.
Aqui, aquela ideia inicial já se materializou.
Momento Operação
O momento da fase de operação é uma parte muito importante e
significativa para uma Startup. Nessa fase começam os primeiros
contatos com os clientes, construção e estruturação do time e
muitas vezes já começa a cair na conta os primeiros pagamentos
provenientes dos serviços ou produtos ofertados. Entretanto,
também vale ressaltar que é uma fase de muitos ajustes,
principalmente no protótipo do produto. Essa fase acaba sendo
marcada por alguns checkpoints como:
VALIDAÇÃO DO MVP COM CLIENTES PIONEIROS: O momento tão esperado
de convidar os primeiros clientes e usuários a testarem aquele
protótipo criado. Aqui é onde chamamos de trabalho de co-criação,
pois as dicas e feedbacks recebidos ajudam a incrementar o
modelo de negócio da Startup.
AJUSTES DO PROTÓTIPO: Após receber o feedback dos usuários
pioneiros é preciso então fazer os ajustes necessários na
plataforma escolhida e nesse momento, muitas vezes o
empreendedor se depara com a necessidade de incrementar o seu
time com outras competências necessárias para tal.
CONSTRUINDO UM TIME: A formação dos primeiros funcionários e
pessoas que irão fazer parte de uma Startup já começa a se
desenhar no programa operação. É muito comum ver pessoas que
começaram nessa fase assumirem os cargos de diretores e
executivos quando as Startups começam a ganhar escala de
mercado. Mais do que isso, a estruturação do time é fundamental
para atender as exigências oriundas dos usuários pioneiros e
ganhar braços para concluir as atividades que estarão por vir
quando lançar a solução no mercado.
FOCO NAS PRIMEIRAS AÇÕES DE MARKETING: Após sentir que os
consumidores pioneiros validaram o seu MVP inicial, a startup já
pode se lançar ao mercado e começar a se mostrar para o
mercado com as primeiras ações de marketing. Do mesmo modo
que as ferramentas tecnológicas ajudam essas Startups a
surgirem, elas contribuem para alavancar de forma rápida a
imagem das Startups com as ações de Marketing Digital.
PROSPECTO MEUS PRIMEIROS CLIENTES: Com as ações de marketing
avançando, é inevitável que os primeiros clientes começam a
aparecer e gerar fontes de receita para a Startup. Esse é um fator
que mostra que a Startup já está passando para um próximo nível.
Momento Tração
O momento Tração, também conhecido como aceleração,
geralmente é marcado pelo avanço de forma rápida e acelerada
que as Startups atingem, bem como pelo amadurecimento em
gestão empresarial que é obtido. É nesse momento que as
Startups já estão mais maduras e começam a avançar no mercado
de forma rápida, conquistando os primeiros clientes.
Confira algumas etapas marcantes dentro do momento de tração,
pelo quais as Startups passam:
DEFININDO MÉTRICAS E OBJETIVOS A SEREM Com o
ATINGIDOS:
crescimento e expansão pela frente, a Startup começa a direcionar
sua energia para estratégias agora realmente relevantes ao seu
mercado. Para isso, precisa ter estratégias, objetivos e metas
claras a serem definidas. E para medir o resultado das ações, elas
sempre são acompanhadas com métricas e ou indicadores de
sucesso.
CONSOLIDAÇÃO DO TIME DE TRABALHO: Nessa fase, alguns cargos
importantes já são definidos e começam a ser estruturados pela
Startup. Apesar dos membros dos times ainda terem múltiplas
funções e responsabilidades, já começa a se desenhar um
organograma da organização.
FORMALIZAÇÃO DA EMPRESA: Um dos grandes detalhes do momento
tração é a formalização jurídica e societária da Startup. Agora
consolidada como uma organização constituída sobre forma de
pessoa jurídica, novas oportunidades se abrem e a Startup pode
partir para ganhar escala de mercado.
BUSCA POR INVESTIDORES OU NOVOS PARCEIROS: Esse é um momento
crucial em uma Startup, a busca por investidores proporciona o
crescimento acelerado que os empreendedores muitas vezes
desejam. Mas de antemão, vale ressaltar que investidores avaliam
diversos aspectos antes de aportarem dinheiro em sua empresa.
Outro ponto interessante a destacar, é que investidores passam a
ser sócios da organização e a partir de agora, o empreendedor
também passa a ser cobrado.
EXPANSÃO DE MERCADO: E detalhe final do momento tração e
também das fases que geralmente passam ou já passaram
algumas das maiores Startups do mundo é a expansão de
mercado e isso é algo muito comum entre nós. Um grande
exemplo é o Facebook e o Uber, ambas empresas não surgiram
no Brasil, mas chegaram aqui e tem agradado muitos usuários.

AULA 03 | Perfil Empreendedor


Falar de Startups e não falar de empreendedorismo é algo
praticamente impossível. Afinal, um está diretamente ligado ao
outro. A motivação de empreendedores em buscar novas
alternativas para fazer a diferença ocasionou o surgimento desse
novo jeito de se iniciar negócios conhecido como Startups. E ao
mesmo tempo, lidar com startups exigiu empreendedores cada vez
mais engajados e focados em fazer a diferença. Principalmente
quando falamos em um cenário tão competitivo como o encontrado
nos dias de hoje.
Deste modo, essa parte do curso é dedicada a uma análise e
reflexão sobre o seu perfil empreendedor e como transferir isso
para a prática refletirá em sucesso para quem sabe iniciar sua
Startup.
O QUE É SER EMPREENDEDOR:Empreender vai muito além de somente
ser dono de um negócio. Desse modo, é preciso ficar claro que ser
empreendedor não é um estado, mas sim uma característica. E
isso se deve a um conjunto de fatores, principalmente quando
falamos sobre habilidades e atitudes.
PENSAMENTO EMPREENDEDOR: Um bom empreendedor é aquele que
mantém o foco no resultado e não nos problemas. Quando
alinhamos o pensamento voltado para o resultado, nossa cabeça
se abre para inúmeras possibilidades. Sendo assim, os problemas
acabam sendo barreiras que serão tranquilamente superadas.
CRENÇAS SOBRE EMPREENDER: Existe algumas máximas no mundo
dos negócios e do empreendedorismo que na prática não são bem
assim. É muito comum ainda encontrarmos pessoas que possuem
algumas crenças sobre empreender, tais como: Vou abrir minha
empresa e ganhar muito dinheiro em pouco tempo; ser
empreendedor é bom porque terei mais tempo livre; ou ainda,
quero ser empreendedor para não precisar ter chefe. Quem é
empreendedor sabe que essas frases citadas são somente
crenças e que o caminho não é muito por aí. Mas vale ressaltar
que as conquistas também acabam sendo inúmeras.
DESAFIOS QUE EMPREENDEDORES PRECISAM ENCARAR: O mundo do
empreendedorismo é cercado por altos e baixos. Eu acredito que
mais altos, do que baixos, o que não quer dizer fácil. Deste modo
é preciso encarar as coisas de forma direcionada e engajada em
um propósito.
LADO BOM DE SER EMPREENDEDOR: Empreender tem suas inúmeras
vantagens, uma delas é a satisfação pessoal e a vontade de fazer
a diferença. A pró-atividade e a busca por resultados faz com que
os empreendedores sempre estejam um passo à frente.
Segundo a Endeavor, umas das maiores organizações que
fomentam o empreendedorismo no Brasil, empreendedorismo é a
disposição que pessoas têm para identificar oportunidades,
problemas e investir recursos e competências técnicas para
criação de negócios de sucesso.
No que diz respeito as características de um bom empreendedor
vale ressaltar algumas mais marcantes como: Otimismo,
Autoconfiança, Coragem para correr riscos, Desejo de
protagonismo e Perseverança. Certamente se você se identifica
com alguma dessas características, siga em frente que o caminho
será próspero.
Ainda sobre empreender, vale aqui ressaltar que algumas dicas
fundamentais para quem está em busca de iniciar ou desenvolver
ainda mais seu lado empreendedor:
Dica nº 01: Encontre um sócio ou parceiros que te complementem.
Isso mesmo, cerque-se de pessoas que complementam suas
fraquezas e que serão certamente grandes parceiros na busca dos
objetivos almejados.
Dia nº 02: Feito é melhor do que perfeito. Até quando você vai ficar
esperando para lançar aquela sua ideia que já está na cabeça a
tantos anos e ainda nem sequer foi para o papel, muito menos para
o mercado. A grande sacada é fazer acontecer, melhorar é uma
consequência do processo, por isso, mais ação.
Dica nº 03: Conte sua ideia para as pessoas. Esqueça aquela
história de que alguém irá roubar sua ideia. No mundo das Startups
existe uma máxima que diz: Uma ideia representa 100% de nada.
Então, já que você não tem nada a perder, conte sua ideia para as
pessoas e obtenha feedbacks incríveis sobre como você pode
transformá-la em realidade.

AULA 04 | Identificando Oportunidades no Mercado


Como já foi dito, é quase impossível falar de Startups e não falar
de empreendedorismo. Um grande diferencial dos
empreendedores são as sacadas e ideias de sucesso que eles
têm. Isso tem muito a ver com algumas habilidades natas, como
visão sistêmica e ousadia de correr riscos calculados.
Muitos empreendedores de Startups têm sacadas por vezes
geniais, identificam oportunidades onde outros só enxergam os
problemas. Uma boa resposta para responder à pergunta: de onde
surgem as boas ideias? Eu diria que vem de uma boa visão
sistêmica e desenvolvimento de tantas outras características
empreendedoras.
Existe uma frase muito conhecida no mundo das Startups proferida
por Steave Blank que diz o seguinte: “A maioria das Startups não
fracassa por um problema de desenvolvimento de produto, mas
pela falta de clientes”. Essa frase deixa muito claro a importância
de analisar o quanto a sua ideia ou produto que está prestes a ser
desenvolvido tem potencial de mercado. Existe realmente um bom
número de possíveis clientes? Os futuros clientes estão dispostos
a pagar e gerar receita significativa para sua Startup? É um
mercado com oceano azul ou oceano vermelho? Essas e outras
questões precisam ser analisadas no momento de identificação de
oportunidades.
Para quem deseja iniciar uma Startup e pôr em prática as inúmeras
ideias que vêm na cabeça, separei alguns tópicos que podem
contribuir para atingir resultados mais satisfatórios:
Inovação em Modelos de Negócios
Quando falamos em Startups, falamos muito em cenários de
incertezas, afinal estamos falando de criar novos produtos ou
soluções para o mercado. Basicamente, podemos dividir inovação
em duas colunas, uma delas que chamaremos de inovação
disruptiva e outra que chamaremos de Inovação Incremental.
Um exemplo de inovação disruptiva é o caso do Airbnb, uma
Startup que criou uma plataforma virtual, onde você pode alugar o
quarto na casa de pessoas em qualquer lugar do mundo. Há
alguns anos as pessoas diriam que isso era algo impossível de
acontecer, mas hoje já é uma realidade. O maior resultado de tudo
isso é que o Airbnb possui o maior número de quartos para alugar
no mundo e não é dono de nenhum deles.
Na outra ponta, quando falamos de inovação Incremental, temos o
exemplo do já tão conhecido WhatsApp. Afinal de contas, antes do
WhatsApp aparecer, as pessoas já se comunicavam trocando
mensagens SMS pelos seus smartphones. Nesse caso, a grande
sacada foi oferecer uma nova plataforma e um serviço diferenciado
em que você não gastasse seus créditos e que ainda por cima era
muito mais interativa e de interface amigável e fácil de utilizar.
Com esses dois exemplos quis trazer a noção que tem tudo a ver
com empreender, a ideia do pensar diferente e se antecipar a
tendência. Essa é uma excelente forma ter boas ideias e construir
negócios de sucesso.
Mudança no hábito e comportamento das pessoas
A mudança de hábitos das pessoas é algo em constante evolução.
Muitas vezes elas são guiadas pelas tendências de mercado, por
outras vezes influenciadas pela mudança de cenários que nos
cercam. Uma sacada muito interessante foi a da Startup “Food on
the table”; eles identificaram uma incrível oportunidade com a
mudança no hábito e comportamento das mulheres donas de casa.
Eles viram que era cada vez maior o número de mulheres, mães
de família que estavam adentrando no mercado de trabalho e seu
tempo para os serviços domésticos estava cada vez mais escasso.
Principalmente com relação à responsabilidade de fazer a comida,
especialmente o almoço, que confrontava com o horário comercial
de trabalho. Sendo assim, eles desenvolveram essa plataforma
que faz uma agenda customizada para toda a semana, dizendo
quais são as melhores receitas que ela pode preparar com o tempo
que ela terá disponível.
Este é um dos inúmeros exemplos de Startups que surgiram após
identificar oportunidades com a mudança de hábito e
comportamento das pessoas. Algo que é ainda mais interessante,
é a incrível quantidade de informação disponível na internet e nos
mais diversos meios de comunicação.
Tecnologia de fácil acesso
A tecnologia sem dúvidas é a maior aliada das Startups. Ficar
atento as novidades tecnológicas existentes no mercado pode
representar uma grande oportunidade para você que deseja
empreender. Seja pela grande variedade de plataformas gratuitas,
ou pela facilidade de demandas que os usuários têm para se
apoiar nas soluções tecnológicas para resolver seus problemas.
Sempre gosto de ressaltar que para explorar as tecnologias
existentes da melhor maneira, tudo é uma questão de adaptação.
Aos poucos, somos envolvidos pelas novas tendências e quando
nos damos conta, parece que não vivemos mais sem ela. Desse
modo, a grande sacada é não encara-las, como diz o ditado, como
“um bicho de sete cabeças”, mas sim como uma grande aliada
para atingir resultados mais rápidos e eficientes.
Resolver um problema
A grande sacada que fez muitas Startups serem sucesso a nível
mundial foi encontrarem problemas reais do mercado e resolvê-los
de forma que se traga ganhos verdadeiros aos usuários. Quando
o empreendedor identifica problemas reais de mercado, as
chances de obter sucesso e construir negócios de grande potencial
são muito mais relevantes.
Já parou para analisar à sua volta, como as pessoas fazem
reclamações de coisas no seu dia a dia? A grande sacada é
pontuar os problemas mais relevantes e começar a pensar em
possíveis soluções para resolvê-los.
Um exemplo muito comum que está acontecendo nas grandes
cidades do Brasil, são investimentos e apoio em Startups que
criem soluções para resolver problemas de mobilidade urbana.
Sabemos do grandioso “caos” que os grandes centros urbanos
enfrentam, esses são exemplos de problemas reais, que estão à
espera de empreendedores criativos e ousados com ideias
fantásticas para resolvê-los e ganhar muito dinheiro.
Maximizar facilidade e comodidade
Outra sacada muito interessante que pode ser revertida em
modelos de negócios de sucesso é criar novas soluções para
maximizar prazer ou ampliar o grau de comodidade e/ou facilidade
para os usuários. Por exemplo, pessoas já podiam conversar via
mensagens pelo celular muito antes da chega do WhatsApp, ou
seja, isso não era um problema. Mas o modelo de negócio utilizado
pelo WhatsApp foi tão inovador e eficiente que ocasionou o grande
sucesso que ele é hoje.
Criar novas oportunidades para as pessoas, gerando
comodidades, mostra o diferencial de grandes empreendedores
que possuem uma visão sistêmica e percepção de cenários a
curto, médio e longo prazo.
Outro exemplo muito bacana de uma Startup que criou diferenciais
sem precisar desenvolver um produto revolucionário é a Startup
Netflix. Antes do Netflix surgir, as pessoas já podiam alugar filmes
sem sair de casa, ou escolher os filmes e séries preferidas pelas
operadoras e canais pagos. Eis então que surge o Netflix, com
uma proposta de levar a programação de filmes e séries para você
assistir aonde você quiser, com um custo muito baixo, e melhor
ainda, sem precisar ter que comprar aparelhos novos. Você
acessa o Netflix pelo smartphone, tablete ou notebook que
possivelmente já tenha.
São casos como esse, onde maximar facilidade e comodidade das
pessoas se torna um grande diferencial competitivo e também uma
grande oportunidade de negócios lucrativos.
Oceano vermelho e oceano azul
A obra escrita por Renée Mauborgne e W. Chan Kim, intitulada
como "A Estratégia do Oceano Azul", despertou nos últimos anos,
o potencial para desenvolver novos negócios que fogem dos
modelos tradicionais já existentes. Neste livro, os autores falam
sobre como identificar novas oportunidades de mercado nos
chamados oceanos azuis, isso é, fugir do oceano vermelho, cuja
analogia do autor se refere a cenários onde a concorrência é muito
grande, e o potencial de mercado e lucratividade é muito baixo.
A obra também aponta o diferencial de quem pratica inovação,
característica marcante de empreendedores de Startups. Inovar,
segundo os autores, significa olhar para o mercado com outros
olhos e identificar oportunidades ainda não enxergadas em meio a
oceanos vermelhos, repleto de concorrentes que duelam entre si.
Destaque-se na multidão, invista em focar seus esforços buscando
os oceanos azuis.
AULA 05 | Como Validar Ideias
Falar em criar negócios requer uma série de pontos que devem ser
analisados, medidos e monitorados. Não é à toa que
empreendedores de sucesso possuem uma forte característica e
hábito de correr riscos calculados. É preciso uma grande
habilidade de visão sistêmica para identificar tais oportunidades
ainda não exploradas.
Quando falamos em Startups, falamos muito em cenários de
incerteza, afinal, as chances de vir um novo produto ou serviço
inovador que ainda não exista no mercado, pode não ser bem
aceiro pelos futuros usuários ou nem mesmo resolver os
problemas significativos para os clientes finais. Deste modo, é
fundamental que o empreendedor passe pela etapa de validação
da ideia, o momento de sair do prédio e ir para a rua, fazer
validações necessárias para então ter informações suficientes e
daí decidir se segue em frente com seu projeto ou é preciso fazer
alguns ajustes necessários.
As entrevistas de validação ajudam o empreendedor de Startup a
se prevenir de erros, como gastar horas e horas desenvolvendo
um produto e serviço que não tem solução de mercado. Para
chegar na etapa de modelagem de negócio com uma ideia
realmente validada, basta seguir alguns passos importantes,
conforme descrições a baixo:
PROBLEMAS EXISTENTES: Vá além das suas ideias iniciais, busque por
problemas reais que acontecem no mercado, converse de modo
informal com alguns amigos, relembre fatos marcantes que
ocorreram com você e ninguém pode resolver tal problema. Essas
dicas certamente irão contribuir para você ter boas ideias e focar
em problemas relevantes de mercado. Lembre-se, as pessoas
estão aguardando que alguém os resolva. Afinal, ninguém paga
para resolver algo que não é problema, não é mesmo?
COMO RESOLVEM HOJE: Após identificado problemas reais existentes
no mercado, o próximo passo é validar como os usuários já se
viram hoje em dia. O que eles precisam fazer diante de tais
situações. Com isso, você já consegue começar a desenhar
possíveis soluções que sua Startup poderá ofertar.
ENTREVISTAS DE VALIDAÇÃO: Concluída essa análise inicial, é
momento de partir para as entrevistas de validação. Nesse
momento é fundamental que o empreendedor e seu time elaborem
um questionário para aplicar aos possíveis clientes de sua Startup.
Vale ressaltar que nessa etapa, estamos falando apenas de uma
ação para validar um possível problema identificado. O objetivo
final é constatar se tal problema é realmente um "sofrimento" para
os usuários ou se eles já conseguem se virar muito bem com o que
tem atualmente.
QUESTIONÁRIO E ROTEIRO DE ENTREVISTA: O questionário construído é
fundamental para servir de roteiro. A sugestão é que não seja
aplicado um questionário no modelo entrevista e resposta. O
questionário deve ser somente o roteiro, não limite com respostas
de múltipla escolha, deixe-o em aberto e aproveite para explorar e
investigar ao máximo o que as pessoas irão dizer a respeito.
Assim, após compilar os resultados, você certamente se sentirá
muito mais confiante para seguir em frente e já começar a projetar
seu modelo de negócio.
Um dos grandes diferenciais no momento de validação das ideias
fica a cargo da forma de abordagem e condução da entrevista
exploratória. Uma boa abordagem deve iniciar com as seguintes
linhas de perguntas:
• Você já teve uma experiência em que...
• Me fale sobre a última vez que você...
• Com que frequência você...
• O que acontece quando...
• Como você lida quando...
O que não deve ser feito em uma abordagem inicial é induzir o
candidato a respostas, já apresentar o produto ou solução de cara,
ou até mesmo começar a abordagem com expressões do tipo: E
se... O que você acha de... Essas expressões podem criar na
cabeça dos clientes e usuários expectativas diferentes do que você
realmente tem a oferecer e quem sabe causar algum tipo de
frustração.
Agora sim, validado e entendido o passo a passo para validação
de boas ideias, o próximo passo natural é começar a moldelar o
negócio.

AULA 06 | Modelagem de Negócios


Falar em modelagem de negócio é o mesmo que começar a dar
forma para uma Startup, nesse momento, é hora de definir alguns
itens primordiais que não podem ficar de fora e precisam ser
transformados em ação. A modelagem de negócio precisa estar
bem clara para todos os membros do time, afinal, será fundamental
para começar a esboçar o MVP inicial da solução a ser ofertada.
Modelar o negócio da futura Startup exige a integração de todos
os membros do time, pois quanto maior interação entre os
envolvidos, mais completo ficará o escopo da futura startup que
está prestes a se formar. O quadro abaixo, denominado canvas de
modelo de negócios, exemplifica os oito pontos chaves que
compõem o modelo de um negócio, os quais precisam ser
definidos para que a forma de atuação da nova Startup seja clara
para todos os envolvidos.

Canvas de Modelo de Negócio


Fonte: Canvas Brasil
Para compreender o melhor funcionamento de cada um dos
quadrantes quem compõem um modelo de negócio, criei um
descritivo que detalha campo por campo, confira:
Proposta de Valor: Esse item é a parte principal de uma Startup, é
onde se define todas as soluções que o produto ou serviço que
será criado irá oferecer aos futuros usuários. Aqui também pode
ser detalhado qual é o grande diferencial competitivo que os
futuros clientes terão.
Segmento de Clientes: Nessa parte é quando a Startup define quem
será seu principal público-alvo, a quem se destina o produto e
serviço que será ofertado. Vale ressaltar que em modelos de
negócios conhecidos como “Market place”, algumas Startups lidam
com usuários, aqueles que só utilizam os serviços e também
clientes, aqueles que pagam por usar a plataforma. De qualquer
modo, a Startup precisa estar atenta pois é preciso dedicar
estratégias diferentes para esses públicos. Por exemplo, vamos
imaginar uma Startup que liga prestadores de serviço com pessoas
que tem problemas em suas casas. De um lado, a Startup precisa
prospectar prestadores de serviço para estarem na plataforma e
no outro, prospectar usuários, para que ocorram contratações dos
serviços. Caso contrário, os prestadores de serviço podem achar
a plataforma desinteressante e se descadastrarem.
Relacionamento com Clientes: Esse item é fundamental para que seja
definido as melhores formas de se relacionar com os clientes.
Essas formas podem ser via e-mail, por telefone ou presencial. É
aqui também que já podem ser focadas as primeiras ações de pós-
venda.
Canais de Acesso ao Produto: A parte conhecida como canais,
representa a forma que os clientes terão acesso aos produtos e
serviços de sua Startup. Nessa parte do quadro deve ser
evidenciado se será através de um site, de um aplicativo ou
qualquer outro dispositivo.
Recursos Chaves: No quadro dos recursos chaves, os
empreendedores precisam pontuar quais os recursos necessários
que precisam ter em mãos para que a Startup possa
operacionalizar. Aqui podem entrar os diferentes tipos de mão de
obra, equipamentos e ferramentas de trabalho até a estrutura de
espaço físico adequado.
Atividades-chaves: As atividades-chaves precisam ser muito bem
descritas nessa etapa. Afinal, para que todos os recursos
necessários sejam operacionalizados de forma adequada, as
atividades também precisam estar estabelecidas. Esse é um bom
momento para atribuir algumas funções.
Parcerias: O quadro das parcerias é o momento de levantar quem
são possíveis parceiros que tem grande importância e podem ser
apoiadores do projeto de Startup que se inicia e claro, também
podem ajudar a empresa a alavancar no longo prazo.
Estrutura Financeira: Por fim, o quadro da estrutura financeira merece
uma grande atenção principalmente sobre o aspecto de
monetização da Startup. Ou seja, como ganhar dinheiro com o
produto ou serviço criado. Aqui é hora de levantar diversas
variáveis e optar por aquela que melhor condiz com o perfil da
Startup. Um case muito interessante é o caso do Instagram, que
foi vendido por alguns bilhões de dólares, sem mesmo dar um real
de lucro. Mas é claro, os compradores investiram na sua
popularidade e base de clientes.
Outro ponto que deve ser levado em conta nessa etapa é a
estrutura de custos. Muito importante para prever a qualidade e
disponibilidades em caixa para iniciar as operações da Startup.

AULA 07 | Criando um MVP Funcional


A hora de desenvolver o MVP em uma Startup é um processo que
geralmente já está bem claro e desenhado na cabeça do
empreendedor depois de fazer todas as validações necessárias.
Quanto mais validado estiver o problema identificado no início,
mais claro fica para a Startup definir as principais funcionalidades,
de modo a poder desenvolver seu protótipo e conseguir apresentá-
lo ao mercado o quanto antes.
A fase de construção de um MVP mostra que a Startup já está em
um nível bem avançado, com boas condições de avançar para sua
validação com o mercado. Entretanto, também é possível se
deparar com algumas barreiras. Alguns empreendedores perdem
muito tempo nessa etapa por não terem programadores nos times
e seus protótipos exigirem alguém que possa se dedicar ao projeto
sempre que possível. Outros fator de dificuldade é a falta de
conhecimento sobre algumas ferramentas gratuitas de criação de
MVP.
A grande sacada para Startups que estão na fase de criação do
MVP é o cuidado para querem criar de imediato um produto
perfeito. Às vezes acabam gastando muito tempo e dinheiro com
isso, quando na verdade precisam desenvolver o mínimo viável
para que consigam pelo menos apresentar de forma mensurável
ao público o que a Startup irá oferecer. Confira a baixo algumas
considerações importantes sobre MVP.
O que é um MVP: MVP vem de uma expressão em inglês que quer
dizer (Minimle Viable Product), ou seja, mínimo produto viável.
Pois acredita-se que para mostrar aos futuros usuários qual é o
produto e serviço de uma Startup, não é preciso ter um produto
perfeito e completo. Esses ajustes e incrementos irão ocorrer de
forma automática com o tempo. Existe uma frase no mundo das
Startups que diz: “Se você não tiver vergonha da primeira versão
do seu produto, é porque você o lançou tarde demais”.
Para que serve um MVP: Como já falado, a grande sacada das Startups
é serem muito rápidas. Errar rápido e ajustar o rumo do projeto e
consequentemente gastar pouco ou quase nada, também é uma
característica muito importante nessa linha de empreendimento.
Sendo assim, um MVP permite que você visite alguns clientes
pioneiros, apresente seu produto, peça para eles testá-los e
consequentemente faz a validação ou ajustes necessário para
seguir em frente.
Fazer uma ação de validar o MVP com alguns clientes pioneiros
fará com que o empreendedor evite gastar dinheiro desnecessário
e ofereça um serviço já validado para o mercado.
São dos mais variados. O MVP no estágio inicial de
Tipos de MVP:
uma Startup também pode ser categorizado como de baixa
qualidade, ou seja, mais simples, até os de alta qualidade, com
mais incrementos e funcionalidades. Lembrando que não existe
um melhor modelo, tudo depende do tipo de negócio que está
sendo desenvolvido.
A sugestão sempre que possível é combinar alguns tipos para
obter melhores resultados. Alguns exemplos bastante utilizados
são:
Uma simples página de internet, muito semelhante
1- Landing Pages:
a um site, onde o grande objetivo é apresentar o produto ou serviço
da Startup e captar possíveis interessados.
A seguir, estão algumas ferramentas gratuitas para criação de
Landing Pages: launchrock.com / unbouncepages.com /
strinkingly.com / webflow.com/ landingi.com.br. Um exemplo muito
bacana de como funciona uma Landing Page é case da Startup
Laminapp. Acesse: http://laminapp.com/
Veja que a Landing Page deles possui um vídeo que explica como
funciona a startup e logo ao lado, um formulário para captar o
número de interessados.
2- MockUp: Uma ferramenta que representa no formato lúdico e
interativo, como ficará o produto ou serviço depois de pronto. A
vantagem dessa ferramenta é apresentar como será a cara do
produto, seus botões e suas funcionalidades.
A seguir, estão algumas ferramentas gratuitas para criação de
Mockups: proto.io / balsamiq.com / mockflow.com.
3- MVP Funcional: Geralmente construído por quem já tem um
desenvolvedor no time. Permite que seja criado a versão inicial do
aplicativo ou software que servirá como base tecnológica para a
Startup. Em muitos momentos, ele já pode até ser
operacionalizado.
Um exemplo bem claro do que é um MVP funcional foi a primeira
versão do Facebook, quando ele foi criado pelo Mark Zuckerberg
dentro da Universidade de Harvard. O protótipo inicialmente só
podia ser acessado pelos universitários daquela universidade. A
cada nova demanda que ia surgindo, Mark incrementava ainda
mais a sua plataforma de rede social até chegar ao que
conhecemos hoje em dia. Mas a grande questão é que desde sua
concepção as pessoas já podiam utilizá-la, entrar, se cadastrar e
se conectar com amigos. Tudo de maneira muito limitada mas
funcional.
É conhecido como o MVP de grande interação. Pois
4- Consierge:
com ele, muitas das funcionalidades que o futuro produto fará, são
feitas no primeiro momento pelos próprios empreendedores, até
que o produto final, já automatizado, fique pronto.
Um exemplo muito bacana de como funciona o MVP concierge é
o caso da Startup Food On The Table, acesse:
http://www.food.com/.
No início, essa Startup que tem objetivo de facilitar a vida de mães
que trabalham fora de casa e têm pouco tempo para organizar as
refeições familiares, não tinha investimento suficiente para criar a
plataforma automatizada que possuem hoje e desse modo
precisavam desenvolver as receitas e enviar uma por uma para as
mães que se cadastraram na plataforma.
O aprendizado foi tão grande que os donos da startup
incrementaram ainda mais a plataforma, a mesma agora é
automatizada e já envia receitas automáticas de acordo com o
perfil de cada mãe. Mas com certeza o aprendizado por fazer o
MVP Consierge foi fundamental para o sucesso da Startup.
Após concluído o período de validação
5- Lançamento para o mercado:
com os clientes pioneiros, é hora de fazer os ajustes necessário no
MVP e então partir para o seu lançamento para o mercado. Aqui
já é importante ter definido o modelo de monetização e
operacionalização do processo bem desenhado.

AULA 08 | Métricas e Indicadores de Sucesso


Imagine um carro sem o velocímetro para marcar a velocidade ou
o ponteiro para marcar o nível do combustível? Parece difícil, né?
Medir e acompanhar o quanto anda a evolução das empresas
também é algo fundamental e que todo empresário deveria fazer.
E as Startups fazem isso muito bem. Negócios como as Startups
criam indicadores para poder acompanhar se estão crescendo
conforme o esperado, se o retorno está dentro do previsto ou se
tem alguma informação que está causando problemas no processo
de execução. Todas essas medidas são fundamentais para manter
os negócios orientados para o sucesso.
Medir e desempenho das Startups é tão importante quanto
planejar as ações de mercado ou validação inicial de uma ideia ou
problema. E hoje existem inúmeros métodos de fazer isso no
mercado. Abaixo, compartilho algumas informações relevantes
sobre métricas e indicadores.
O QUE SÃO MÉTRICAS: São sistemas de medição e acompanhamento
de resultados que possibilitam aos gestores de uma empresa
acompanharem os resultados, sejam eles quais forem. Resultados
podem ser qualitativos, ou seja, o grau de satisfação, ou
quantitativos. Estes, no caso, medem números, por exemplo, o
número de interessados em nosso futuro produto.
A IMPORTÂNCIA DE MEDIR OS RESULTADOS: A medição e
acompanhamento de resultados serve como uma bússola para os
gestores de negócios. Acompanhar as ações é tão importante
quanto planejá-las. Caso contrário, você pode estar totalmente fora
do seu foco e nem se dar conta disso.
TIPOS DE MÉTRICAS E INDICADORES DE SUCESSO: Ao longo dos anos,
muitos métodos de acompanhamento e desenvolvimento foram
lançados no mercado. Não existe necessariamente um método
mais adequado ou indicado para diferentes tipos de negócios e
segmentos. Sendo assim, quero apresentar a vocês os dois tipos
de métricas mais utilizadas pelas maiores Startups do mundo,
como Google, Facebook e Netflix.
1- KPI: Esse tipo de métrica, vem da nomenclatura em Inglês (Key
Performance Indicator), que significa, indicador chave de
desempenho. Os KPIs também são conhecidos como métricas de
vaidade, pois medem algumas ações que a empresa faz e o
retorno que isso está trazendo para a Startup. Alguns exemplos de
KPIs são: Número de curtidas nas Páginas sociais, Número de
visitantes no site, Taxa de conversão de Clientes, Números de
cliques e postagens entre outros.
2- OKR: Já essa nomenclatura vem do Inglês (Objectives and Key
Results), que significa: objetivos e resultados chaves. Os OKR
foram originalmente criados pelo Google, e sua principal função é
medir alguns números referentes aos objetivos de gestão das
Startups, tais como: Número de Faturamento, Nível de vendas,
Índice de retrabalho, Índice de rotatividade e entre outros.
OPERAÇÃO E FUNCIONAMENTO: Outro ponto a ser medido em uma
Startup é o tempo que você trabalha e horas que dedica para que
esse projeto saia do papel e se torne um negócio de sucesso. Essa
métrica é indicada a todos empreendedores que desejam iniciar
uma Startup. Ela é uma métrica aberta e cada empreendedor pode
fazer a sua programação. A grande sacada aqui é estabelecer um
plano de ação e cumprir todas as etapas de construção de uma
Startup, conforme já descrita na Aula 02. Uma previsão boa e
otimista de tempo para iniciar uma Startup do zero e chegar até o
seu MVP é de aproximadamente 03 meses.

AULA 09 | Gestão de Times e Equipes


Concluídas as etapas de lançamento do MVP no mercado, é muito
importante que agora as Startups comecem a pensar na
estruturação de sua equipe. Afinal de contas, ambas estão em
busca de crescimento no mercado e isso pode realmente
acontecer muito rápido. Conheci muitas Startups aqui no Brasil que
em um período de 03 anos saltaram de 10 para 200 funcionários.
Isso pode ser um grande avanço, ou uma grande dor de cabeça
caso não ocorra de forma coordenada e organizada.
Fazer a gestão de times e equipes é fundamental para ter uma
empresa bem organizada e engajada nos objetivos de crescimento
e sucesso. Vale ressaltar que pensar em gestão de times deve
ocorrer logo no início de seu projeto, assim as chances de ter uma
equipe bem engajada e melhor, mais gente para dividir as tarefas,
facilita muito o trabalho e desenvolvimento da Startup como um
todo.
Abaixo, descrevi algumas ações que são fundamentais para que o
empreendedor compreenda e consequentemente construa um
time de alta performance. Acompanhe:
A IMPORTÂNCIA DE UM TIME: Existe uma famosa frase que diz o
seguinte, “Sozinho posso ir mais rápido. Mas juntos, podemos ir
mais longe”. Essa máxima representa muito bem a importância de
ter um time com várias habilidades.
Recapitulando as etapas de criação de Startups, ficou claro que o
início é muito mais investigativo e exploratório, desse modo,
quanto mais gente para ajudar a validar hipóteses e depois
incrementar a solução proposta, melhor. E quando a Startup entra
na fase de operação e tração, não é diferente. As
responsabilidades e o trabalho só aumenta.
PERFIL DOS TIMES EM UMA STARTUP: Para garantir que uma Startup
tenha o crescimento esperado, especialistas apontam que um time
precisa no mínimo 03 perfis chaves, são eles:
• Programador: A pessoa especialista em linguagens de programação,
funcionalidades, conhecimento de hardwares e softwares. Será o grande
cérebro do time quando o assunto for desenvolvimento da solução.
• Designer: Essa pessoa será a responsável por dar uma “cara” ao produto. O
designer é peça fundamental para deixar o produto/solução mais atrativo aos
futuros usuários.
• Negócios: O responsável de business é aquele com boa visão de mercado e
estratégias, tem grandes habilidades em identificar o potencial de mercado do
produto e depois ser a ponte da empresa com investidores, clientes e demais
funções administrativas.
ESTABELECENDO CARGOS E FUNÇÕES: Um ato, de certa forma
diferente, que ocorre dentro das Startups, quando falamos em
cargos e funções exercidas, é as novas nomenclaturas que foram
atribuídas. Por exemplo: o famoso "pós-venda" se transformou em
Sucesso com o Cliente; o vendedor virou especialista em Novos
Negócios, o RH virou Gestão de Talentos e entre tantas outras,
geralmente derivadas de expressões em inglês.
Abaixo, separei algumas muito comuns utilizadas para cargos de
diretores, confira:
- CEO: Do inglês (Chief Executive Officer), seria o equivalente ao
diretor geral, cargo máximo em uma Startup.
- CMO: Do inglês (Chief Marketing Officer), o equivalente a diretor
geral de Marketing.
- CTO: Do inglês (Chief Technology Officer), equivalente a diretor
geral de tecnologia. Geralmente ocupado por um dos fundadores
da Startup.
- CFO: Do inglês (Chief Finance Officer), o diretor financeiro. Essa
função muitas vezes se estende para o setor administrativo como
um todo.

AULA 10 | Comunicação e Pitch


Tão importante quanto passar por todas as fases de criação de
uma Startup, já mencionadas anteriormente, é falar sobre como
comunicar e apresentar de forma correta e consistente, a sua
Startup ou seu negócio para o mercado. Sejam eles clientes,
investidores ou somente fãs da ideia. Podemos chamar essa parte
da comunicação como a “cereja do bolo”. Afinal, ela tem uma
incrível importância e é onde o empreendedor tem a oportunidade
de ser o centro das atenções e apresentar o que sua Startup tem
de melhor e qual a solução que ela oferece.
Como de costume, Startups criaram nomenclaturas diferentes
para esse passo e então chamam-no de pitch. Existem diferentes
modos e maneiras de realizar um bom pitch sobre seu negócio,
para isso, descrevo melhor algumas informações importantes
abaixo:
O QUE É PITCH: De modo geral, um pitch é um discurso de venda.
Alguns especialistas também caracterizam os pitchs como
apresentações relâmpagos devido ao pouco tempo que você
possui para apresentá-las. Hoje em dia, várias categorias de pitch
foram desenvolvidas e cada uma pode se aplicar a diferentes
ocasiões. Mas a grande sacada é que o empreendedor tenha
sempre um bom pitch na manga, para sempre que for necessário,
conseguir deixar claro para a audiência o modelo de negócio da
sua Startup.
Um bom pitch precisa conter basicamente 05 informações
essenciais: apresentar a equipe e as habilidades dos membros,
qual é o problema identificado no mercado, qual a solução criada,
como ela funciona e como se deseja ganhar dinheiro com isso.
TIPOS DE Como comentei, não existe um padrão
PITCH:
estabelecido, mas sim, algumas variáveis que podem ser utilizadas
pelos empreendedores, dependendo da situação ou circunstância
em que ele estiver. É importante ressaltar que pitchs foram feitos
para serem falados em público, então, quanto melhor suas
habilidades em lidar com essa situação, melhor.
Abaixo, segue alguns exemplos comuns de pitch; aproveite para
já preparar o pitch de sua Startup:
1. Pitch de Elevator: Também conhecido como pitch de elevador.
Imagine a seguinte situação, você encontra uma pessoa no
elevador que pode ser um grande investidor ou um grande cliente
para sua Startup e você tem no máximo 30s para contar a ele a
sua ideia ou o que sua Startup faz. Devido ao curtíssimo tempo,
essa modalidade requer grande poder de síntese e palavras-
chaves adequadas para gerar interesse da outra parte e marcar
uma futura conversa.
2. Pitch para Investidores: Esse caso já permite uma apresentação um
pouco mais elaborada, variando entre 3 a 5 minutos, dependendo
do evento que você estiver participando. É um pitch onde você
pode detalhar melhor as ações que realiza e aquelas 05
informações essenciais que citei anteriormente. O grande foco
desse pitch é encantar investidores e grandes clientes.
3. Pitch para Ganhar fãs: Na minha opinião um dos pitch mais legais de
se fazer. Aqui o tempo é tão apertado, você pode utilizar de 10 a
15min, é ideal para palestras ou apresentações de curta duração,
onde é possível contar um pouco da história da Startup, seus
propósitos e claro, os produtos e serviços que oferece. Nessa
modalidade, o objetivo é adquirir fãs que ajudaram a disseminar e
compartilhar a sua Startup pelo mercado.
Impossível falar de pitch e não falar da incrível habilidade de falar
bem em público. Na hora de vender a ideia e a solução todo
discurso deve sair conforme o programado. Por isso que muitos
empreendedores levam o momento do pitch tão a sério que até
preferem treinar várias vezes antes de uma apresentação. Sendo
assim, para desenvolver ainda mais sua habilidade de se
comunicar com o público em geral e construir um pitch de sucesso,
indico fazer o curso Oratória e Apresentação em Público da Prime Cursos.
COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL: Ter uma boa capacidade de se
comunicar com a sua equipe também é algo essencial em um
Startup. Muitas decisões precisam ser tomadas e principalmente
na fase inicial é muito comum grandes debates de ideias e
conceitos até chegar a algumas conclusões pontuais. Por isso,
também é fundamental desenvolver novas habilidades acerca de
comunicação interpessoal.
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO: Como sabemos, o pitch tem o grande
objetivo de aproximar as Startups de bons clientes e também
investidores dispostos a apostar na sua ideia. Depois de ganhá-los
com o pitch, é hora e ganhá-los com bons argumentos de
negociação e fechar grandes negócios. Para isso, aproveite
também para treinar suas habilidades e técnicas de negociação.

Conclusão
Chegando até aqui, acredito que você tem total condições de
desenvolver seu lado empreendedor e iniciar sua Startup! Assim,
convido você a testar seus conhecimentos fazendo a avaliação
deste curso, para fixar ainda mais o conteúdo aprendido e colocar
em prática todo aprendizado desse material.
Caso desejar aprimorar ainda mais seu conhecimento sobre
Startups, recomendo acessar os websites abaixo e conferir as
novidades. Hoje em dia existem também muitas páginas e grupos
no facebook. Vale a pena conferir e ficar ligado nessa incrível
vertente do empreendedorismo.

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