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Organizadores
Ezio Zerbone / Paulo Ricardo
SUMÁRIO
8 - AUTO ROTINAS........................................................................................................................................................37
ANEXO I (1).....................................................................................................................................................................58
Tipos de fresamento
Fresamento de topo
É aquele onde a superfície fresada é perpendicular ao
eixo de rotação da ferramenta
Fresamento tangencial
É aquele onde a nova superfície gerada é paralela ao
eixo de rotação da ferramenta
Fresamento concordante
Fresamento discordante
Nesta situação o sentido de rotação da fresa é contrário ao sentido de
avanço da peças, no ponto de contato. Isto faz com que o corte do
cavaco se inicie com a espessura mínima. A força de corte tende a
levantar a peça da mesa.
Se a peça for longa e estiver presa pelas extremidades poderá gerar
vibrações indesejadas.
Avanço
Diferentemente do torneamento, na fresagem temos 3 tipos de avanço: avanço por faca
(mm/faca), avanço por rotação (mm/rot) e avanço da mesa (mm/min). Fazendo uma analogia
com o torneamento, o avanço/faca vezes o número de facas daria o avanço em mm/rot ao
multiplicar pelo número de rotações, teríamos o avanço em mm/min.
O avanço usado nas fórmulas é o avanço da mesa que é dado pela fórmula:
a= az x nz x rpm
Profundidade de Corte
Do ponto de vista da economia de ferramenta deve-se escolher a maior profundidade de
corte possível, ou seja, deve-se utilizar ao máximo o comprimento da aresta. Sabemos,
entretanto que existem certos fatores que limitam a profundidade, como por exemplo, potência,
rigidez da máquina, rigidez da peça e da fixação. Já que a potência disponível em uma fresadora
a CNC limita o volume de cavaco removido, para cálculo da profundidade de corte vamos usar a
formula do cálculo da potência partindo de um exemplo detalhado.
Problema proposto:
Calcular a profundidade de corte máxima na fresagem de uma peça em uma fresadora que
possui uma potência no motor de 30Kw com os seguintes dados:
- Fresa de facear de 200mm de diâmetro ( D );
- Largura do fresado de 140mm ( L );
- Material: aço carbono de 0.35% de carbono;
- Velocidade de corte: 120m/min;
- Avanço por faca de 0.3mm;
- Rendimento da máquina: 0.5;
- Ângulo de posição de 75 0 (Kr).
Pc x L x A x Ksm
A fórmula usada para cálculo de potência é: P
60 x 75x 1.36 x 1000 x η
L 140 7
I – Cálculo da espessura média do cavaco (hm). Usar a relação nas tabelas
D 200 10
Tabela 2 – (da página anterior) Fresamento em faceamento c/ fresa em posição lateral e com
Como o problema diz que a fresa tem um ângulo de posição de 75 0, iremos utilizar a
tabela 1. Entrando com o avanço por faca de 0.3mm na vertical e com a relação L/D = 7/10
encontramos o valor de hm= 0.26. Como o ângulo de posição da ferramenta é o mesmo usado
na construção da tabela, não teremos que efetuar nenhuma correção.
9 x 1.5
Ksm = 300 1-( 100 ) = 260 Kg/mm 2
Para uma espessura de cavaco (hm) de 0.25mm de acordo com a tabela 4 teremos um
fator de correção de 0.94, portanto:
Pc x L x A x Ksm
Usando a fórmula da potência P 60 x 75x 1.36 x 1000 x η temos todas as variáveis menos a
profundidade de corte logo:
P x 60 x 75 x 1.36 x 1000 x 0.5 30 x 60 x 75 x 1.36 x 1000 x 0.5
Pc = Pc = 3.89mm
L x A x Ksm 140 x 690 x 244
Em resumo:
Se usarmos uma profundidade de corte máxima de 3.89mm teremos certeza que de que a
máquina não irá parar por falta de potência.
Essa relação entre tenacidade e resistência ao desgaste sempre tem apresentado grandes
problemas. Diferentes materiais e tipos de usinagem requerem vários tipos de classes de Metal
Duro.
- LABORATÓRIO DE AUTOMAÇÃO DA MANUFATURA - C. DE USINAGEM A CNC - 10
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA – CEFET/RJ
ISO
P M K
P – Metal duro para usinagem de materiais ferrosos de cavacos longos: aços em geral, ferro
fundido maleável, nodular ou ligado
M – Metal duro para a usinagem de materiais difíceis, tais como alguns tipos de aços
inoxidáveis e ligas resistente a altas temperaturas;
K – Metal Duro para usinagem de materiais ferrosos de cavacos curtos: ferro fundido cinzento,
ferro fundido coquilhado; materiais não ferrosos: alumínio, bronze, latão, cobre, etc;
materiais não metálicos:borracha, plástico, madeira, etc.
Portanto, o primeiro passo para se definir a escolha da classe de Metal Duro é identificar o
material que será usinado.
ISO
P M K
01
10
20
30
40
50
O valor crescente do número significa um tipo de Metal Duro mais tenaz; inversamente, o
valor decrescente do número implica em um Metal Duro de maior dureza, ou seja, de maior
resistência ao desgaste.
A escolha da classe de Metal Duro mais tenaz ou mais resistente ao desgaste leva em
consideração as condições a que a ferramenta será submetida durante a usinagem, ou seja,
Em resumo, podemos dizer que a norma ISO não identifica pela composição o tipo de Metal
Duro que será selecionado, mas sim, pelo tipo de material por usinar e pelas condições de
operação.
Como ilustração, a seguir apresentamos uma parte de algumas classes de metal duro
agrupados no campo de aplicação P de um dos fabricantes nacionais.
Ferro Fundido
maleável de SM
20
cavacos longos
25 SM 30
30
35 S6
40
45
( Azul )
50
A indústria
mecânica de fabricação consome uma grande variedade de pastilhas, diferenciadas entre si
pelos seguintes elementos:
- formatos;
- tamanhos;
- espessuras;
- ângulos;
- tipos de quebra-cavacos, etc.
Torna-se necessário, portanto, um código que identifique cada uma delas e esse código
deve obedecer à mesma norma dimensional no mundo inteiro.
S P K N 12 03 ED R
1 2 3 4 5 6 7 9
Vamos entender, tomando como exemplo a figura mostrada, como funciona esta chave
de código.
2 - FUNDAMENTOS DA PROGRAMAÇÃO
Este campo é caracterizado pela tolerância com que as pastilhas são fabricadas, devendo
ser enquadradas nas diversas classes de tolerância. Se a tolerância é muito grande, ao fazer a
troca do incerto, deve-se atuar no corretor relativo a ela. No exemplo dado a letra K representa
uma tolerância de 0.025mm na espessura da pastilha.
Tolerâncias em mm
Símbolo
m s d
A 0.005 0.025 0.025
F 0.005 0.025 0.025
C 0.013 0.025 0.025
H 0.013 0.025 0.025
E 0.025 0.025 0.025
G 0.025 0.13 0.025
0.05
J 0.005 0.025
0.13
0.05
K 0.013 0.025
0.13
L 0.025 0.025
0.05
0.13
0.08 0.05
M 0.13
0.18 0.13
0.13 0.08
U
0.38
0.13 0.25
Este campo identifica uma pastilha pelo tipo de quebra-cavaco e/ou pelo tipo de fixação. As
pastilhas indicadas com as letras F, N e R são fixadas apenas com grampo, enquanto que
aquelas indicadas com as letras A, G e M são fixadas por parafusos.
Este campo é utilizado para indicar o tamanho da aresta de corte da pastilha. A dimensão
da pastilha é dada em polegadas, e para efeito de código ISO a medida deve ser sempre
arredondada para um valor inteiro abaixo. Este campo deve ser preenchido com dois dígitos.
Exemplos:
12
Este campo é utilizado para indicar a espessura da pastilha. A dimensão real da pastilha é
dada em polegadas, e para efeito de código ISO a medida deve ser sempre arredondada para
um valor inteiro abaixo. Este campo deve ser preenchido com dois dígitos.
Exemplos:
Aqui devemos fazer uma distinção entre pastilhas intercambiáveis para usadas no
torneamento entre aquelas usadas no fresamento:
Obs:
O código ISO para identificação de pastilhas é composto de nove campos, onde os
campos 8 e 9 serão usados somente quando forem necessários. O fabricante pode, ainda,
acrescentar mais alguns ao código ISO símbolos, utilizando um hífen (Poe exemplo para
identificar o desenho do quebra cavaco).
Quebra
A quebra na aresta de corte é ocasionada por causa das variações de temperatura e forças
de corte aliadas a certas circunstâncias desfavoráveis anteriormente mencionadas. Uma
refrigeração intermitente pode agravar ainda mais este tipo de fenômeno ocorrido.
Para se evitar tal fenômeno, deve-se escolher uma classe de metal duro menos sensível a
este tipo de desgaste (uma classe especial para fresamento ou uma classe mais tenaz) ou então
reduzir os esforços, diminuindo os dados de corte.
Lascamento
Se os esforços mecânicos na aresta são grandes demais, pode ser possível que pequenas
lascas sejam arrancadas da aresta.
Para se evitar este problema, é possível reforçar a aresta cortante por meio de
arredondamento, ou pela afiação de um chanfro negativo.
Deformação Plástica
Se a temperatura na aresta de corte aumenta demasiadamente, pode acontecer que os
esforços mecânicos deformem a aresta. Neste caso é necessário reduzir a temperatura,
diminuindo os dados de corte ou usar uma classe de metal duro mais resistente à deformação.
Desgaste Frontal
O desgaste frontal é proveniente da abrasão mecânica que resulta de cavacos com
espessura muito pequenas (baixo avanço). Com o crescente desgaste frontal, aumenta as forças
de corte, e o acabamento piora.
Para amenizar este inconveniente, é necessário aumentar o avanço de corte.
O desgaste frontal é o critério normalmente usado para indicar o fim da vida útil de uma aresta
Craterização
Em fresamento, este tipo de desgaste aparece em casos excepcionais. Para evitá-lo, é
necessário escolher uma classe mais resistente a este desgaste, ou reduzir a velocidade de
corte.
Aresta postiça
Quando a temperatura na zona de corte se processa baixa demais, o cavaco não se
desenvolve de maneira correta, e parte do cavaco se solda acima da aresta, o que caracteriza o
aparecimento da chamada aresta postiça. O resultado é o mau acabamento da superfície
usinada e o maior consumo de potência.
Para se evitar este tipo de problema, é necessário aumentar os dados de corte, ou escolher
uma pastilha com maior ângulo de corte para facilitar a formação dos cavacos.
frontal
da peça
cavacos
Vibrações
da superfície
PROBLEMAS
Aresta postiça
Lascamento da
Rápido desgaste
Mau acabamento
Quebra da aresta
Empastamento de
x
x
Use metal duro mais tenaz
x
x
x
Aumente a velocidade de corte
x
x
Reduza a velocidade de corte
x
x
Aumente o avanço por faca
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
x
Reduzir ângulo de posição
TIPOS DE SOLUÇÕES A SEREM ADOTADAS
x
x
x
x
Aumentar a rigidez
x
x
Usar um volante
x
x
Para que possamos colocar uma máquina a CNC em funcionamento é necessário que se
estabeleça um diálogo com o equipamento. Todo comando acoplado em uma máquina a CNC
necessita de um meio de comunicação entre o programador e a máquina. Essa comunicação é
feita por meio de códigos ou símbolos padronizados e recebe o nome de linguagem de
programação.
São os seguintes os elementos que compõem a linguagem de programação:
• Caractere: é um número, letra ou símbolo utilizado para uma informação ( 1, G, % )
• Endereço: é representado por uma letra que identifica um tipo de instrução ( G, X, Y, Z );
• Palavra: é constituída de um endereço, seguido de um valor numérico. (G01, X50, F0.2 );
• Bloco: É um conjunto de palavras que identificam uma operação. ( N10 G00 X120 Z240 );
Função seqüencial
Tem a finalidade de numerar os blocos do programa, para facilitar o acompanhamento do
mesmo. A função seqüencial é representada pela letra N seguidos de algarismos que
representam sua posição no programa.
Exemplo: N40 (significa bloco número 40)
Funções preparatórias
São as funções que definem para o comando da máquina O QUE FAZER, preparando-o
para uma determinada operação (deslocamento linear, deslocamento circular, etc.). As funções
preparatórias são representadas pela letra G seguidas de dois algarismos, porém os zeros à
esquerda podem ser omitidos (vai de G00 até G99).
Exemplo:
N40 G00 ...... (significa que no bloco 40 será executado um movimento rápido nos eixos).
Funções de posicionamento
São as funções que definem para o comando ONDE FAZER, ou seja, as coordenadas do
ponto que se deseja alcançar e são programadas com a indicação do sinal algébrico, de acordo
com a sua posição em relação ao sistema de referência. As funções de posicionamento são
representadas pelas letras X, Y e Z.
Para tornos a CNC - X (eixo transversal - diâmetros) e Z (eixo longitudinal - comprimentos ).
Para centros de usinagem – X (longitudinal), Y (transversal) e Z (vertical).
Exemplo:
N40 G00 X25 Z100 (o bloco 40 executará um movimento linear em rápido para um diâmetro de
25mm e um comprimento de 100mm).
Funções complementares
São funções que definem para o comando COMO FAZER determinada operação,
complementando as informações dos blocos na programação. As funções complementares são
representadas pelas letras F, S, T e M.
Exemplo:
N40 G01 X25 Z100 F.3 (o bloco 40 irá executará um movimento linear em lento com um
avanço de deslocamento de 0,3mm por rotação).
MODAIS: São as funções que uma vez programadas permanecem na memória do comando,
valendo para todos os blocos posteriores, a menos que modificados por outra função ou a
mesma.
NÃO MODAIS: São as funções que todas as vezes que requeridas, devem ser programadas, ou
seja, são válidas somente no bloco que as contém.
Uma máquina dirigida por controle numérico, é preciso ter definidos os seguintes pontos
de origem e de referência:
Ponto de referência. É um ponto da máquina, geralmente no final de curso dos eixos,
fixado pelo fabricante sobre o qual o sistema fixa seu ponto de partida. Através de uma
rotina estabelecida, o controle posiciona os eixos sobre este ponto pressionando uma
chave de final de curso. Enviar a máquina para o ponto de referência, é o primeiro
procedimento operacional ao ligar o equipamento.
Zero peça Antes de iniciar a programação para uma máquina a CNC é necessário
primeiramente fixar a localização do sistema de coordenadas a ser utilizado, que pode ser
definida de várias maneiras. Chamamos de zero peça ao ponto pertencente ao campo de
trabalho da máquina, no qual o controle assumirá como ponto de origem, ou seja,
referência inicial para definição de coordenadas.
Modo 2
N50....
N60 G99 - Cancela-se primeiro a função G92;
N70 G00 X30 Y50 - Desloca-se em rápido para o ponto onde se deseja fixar a nova origem;
N80 G92 X0 Y0 - Define-se a o novo Zero Peça na posição;
No sistema incremental, ao deslocar uma distância nos eixos, esse novo ponto torna-se
novamente uma origem, ou seja, X=0 e Y=0. A referência é mudada a cada deslocamento. Na
introdução de cotas no sistema incremental, o valor numérico da informação de deslocamento ao
caminho a percorrer. O sinal indica a direção do deslocamento.
Obs:
Caso o plano de trabalho seja G17, pode ser omitido
na programação (default).
FUNÇÃO G01 - MOVIMENTO COM AVANÇO PROGRAMADO NOS EIXO (em usinagem)
Com o uso desta função, a ferramenta desloca-se com um avanço determinado sobre uma
reta até o ponto de destino. Para o cálculo da trajetória da ferramenta, o controle executa uma
interpolação linear.
Exemplo 1:
Fresado paralelo ao eixo com uso das funções G00 e G01:
Fresado inclinado aos eixos com uso das funções G00 e G01:
Ao programar um centro de usinagem para executar uma série de furos em uma matriz
de pontos, seria necessário a cada furo repetir a coordenada final do furo e o ponto de retorno
para se deslocar para um novo furo. Nestes tipos de operações clássicas onde algumas
coordenadas se repetem muitas vezes no mesmo programa, usa-se ciclos de usinagem que são
chamados subprogramas ou sub-rotinas permanentemente memorizados. Todo centro de
usinagens moderno possui este tipo de recurso.
Na maioria dos comandos, estes ciclos são programados com as funções G81 a G86 a
saber:
- G81, ciclo de furar (furação rasa)
N100 G Z30.
N101 G81 R2. Z-25. F57.
N102 X20. Y30.
N103 X50. Y15.
N104 G80
N100 G Z30.
N101 G82 R2. Z-25. D5. F57.
N102 X20. Y30.
N103 X50. Y15.
N104 G80
G83 ciclo de furação com descarga - profunda (mais do que 3 x Diâm. da broca)
Esta função pode ser usada para operações de furação com parada ou retirada da broca
para extração do cavaco. Para materiais de cavacos curtos basta apenas a parada da broca,
porém, para materiais de cavacos curtos é necessário a retirada total da broca.
N100 G Z30. #
N101 G83 R2. Z-58. I15. J5. K5. U30. D1. F57. #
N102 X20. Y30. #
N103 X50. Y15. #
N104 G80 #
Onde:
I = profundidade máxima (incremental) abaixo do plano de referência (primeira
penetração da broca), para retrocesso da broca para alívio de cavaco e refrigeração. O I
será sempre um movimento no sentido negativo, porém será programado com valor
positivo;
Obs.:
Depois da retração, a ferramenta voltara em rápido, à profundidade anteriormente
atingida menos um valor de 2mm.
N100 G Z30.
N101 G85 R2. Z-25. F40. V100.
N102 X20. Y30.
N103 X50. Y15.
N104 G80
V = avanço de retrocesso da ferramenta. Caso V não seja programado o avanço de
retrocesso será o de valor F.
N100 G Z25.
N101 G86 R2. Z-25. F40. V100.
N102 X20. Y30.
N103 X50. Y15.
N104 G80
8 - AUTO ROTINAS
No item anterior observamos que os ciclos fixos memorizavam apenas determinadas
coordenadas que se repetiam em várias coordenadas. Neste item iremos abordar um
determinado grupo de funções que são denominadas Auto Rotinas que programam movimentos
complexos da máquina através de um único bloco. Em termos práticos, quando a unidade de
comando lê o bloco que contém a função complexa monta um programa para executar a
usinagem solicitada através das variáveis contidas no bloco.
; Hélice em XY
N10 G90
N20 G17
N30 G40
N50 O1
N60 G00 X0. Y100. Z10.
N70 F120.
N80 G22 I50. J100. Z-75. K20.
N90 G01 X50. Y100.
N100 G Z O
N110 M02
N95 G80
N100 G0 Z25.
N110 Y-55.
N120 G89
N125 X-10.
N130 G80
N135 G Z 0 M5
N140...
Obs:
Para especificar o centro do círculo e a posição inicial do primeiro furo pode-se utilizar as
combinações no bloco de dados com a função G24 a saber:
Obs.:
No exemplo 1, a ferramenta se desloca para o primeiro furo e em G24 é programado o centro
do círculo;
Se a função Y for omitida será executado um rasgo com um comprimento definido por X
e com uma largura especificada por 2 x R;
N35 ....
N40 G0 X20. Y Z5.
N45 G26 X100. Y45. Z-3. I.5 J.5 K.5 U1.25 L2 W5 F150. H100. V50.
N50 ...
N35 ....
N40 G0 X20. Y30. Z5.
N45 G26 X100. Y90. Z-5. I.5 J.5 K.5 U2.25 L2 W8 F150. H100. V50.
N50 ...
N35 ....
N40 G0 X60. Y70. Z5.
N45 G26 R40. Z-3. I.5 J.5 K.5 U1.25 L2 W5 F150. H100. V50.
N50 ...
Obs.:
1. Orientado pelo próprio fabricante, não é aconselhável usar um valor de Z de aproximação
muito afastado do zero peça em Z, pois a unidade de comando pega este valor e soma
com o valor colocado na função Z colocada em G26 e usa esta soma para dividir pelo
número de passadas e em alguns casos isto gerar passada em vazio;
A área especificada será definida pelos parâmetros X e Y, se não for programada a função R, o
fresamento será retangular e os cantos do fresado serão retos;
Caso R seja programado, os cantos terão um raio igual a R. O comando deverá conhecer a
distância até a área de usinagem, portanto, D deverá ser programada.
Cálculo de W e D
N50 G0 X Y Z5.
N55 G27 R13. Z-4. I.5. J.5 K.5 L2 D3 W8.75. F150. H100. V50.
X – Fator de escala para o eixo X. O valor programado afeta a função I pelo mesmo valor;
Y - Fator de escala para o eixo Y. O valor programado afeta a função J pelo mesmo valor;
Z - Fator de escala para o eixo Z. O valor programado afeta a função K pelo mesmo valor.
EXEMPLO:
Ø125
40
Dados:
PROGRAMA DO CONTORNO
Código S N K N 19 06 EN R
Campo 1 2 3 4 5 6 7 9
9- Exercício referente ao estudo sobre Ciclos fixos (de G81 até G86).
Pudemos observar que cada um dos ciclos fixos descritos, que são programados com as
funções Gs, tem uma função específica. Analisando cada um deles, indique qual ou quais seriam
usados para executar uma operação com o uso do alargador helicoidal. Para resolver a questão
basta lembrar como se usa o alargador na bancada com o auxílio do desandador.
9- Exercício referente ao estudo sobre Ciclos fixos (de G81 até G86).
Sabendo-se que nos furos de diâmetro de 8mm da peça abaixo, serão executadas em
um centro de usinagem a abertura de rosca com o uso de um macho de 10mm, analise o
programa apresentado e identifique os erros existentes para este roscamento usando o ciclo fixo
G84.
N100 G Z30.
N101 G84 R5. Z-20. F450.
N102 X20. Y30.
N103 X50. Y15.
N104 G80
9- Exercício referente ao estudo sobre Ciclos fixos (de G81 até G86).
9- Exercício referente ao estudo sobre Ciclos fixos (de G81 até G86).
Usando uma broca de 5mm em uma placa de aço de 50mm de espessura especificar
quais as paradas a serem feitas durante a furação (usar tabela para resolver)?
A) Observando o desenho da página seguinte, faça a programação para furar a matriz de pontos
dada, sabendo que a rotação que deverá ser usada é de 900rpm. Tomar como referência a
programação da tarefa “ Resta 1 “ programada em sala de aula e executada no laboratório.
B) Qual será a coordenada “ Z final ” da ponta da broca a ser programada para furar a placa
(furo passante) da figura a seguir, considerando que o material da placa é ferro fundido.
ANEXO I (1)
(*) Fernando A. Cassaniga é tecnólogo de Processos, instrutor de treinamento da Heller e autor dos livros: "Fácil
Programação do Controle Numérico" e "Fácil Programação do Controle Numérico Fanuc". Site:
www.cnctecnologia.com.br; e-mail: cnctecnologia@terra.com.br. Fone: (15) 3232-2982.
Com os movimentos em deslocamento rápido (G00) cada vez mais velozes a cada novo
projeto, aliadas a guias de deslocamentos mais sensíveis para evitar atritos, facilitando o
deslocamento das guias, cada vez mais uma colisão pode ser catastrófica para a geometria e
funcionamento do equipamento. Analisando os recursos que as unidades atuais disponibilizam
para evitar um acidente pode-se afirmar com certeza que os recursos para se evitar colisão são
muitos. Este risco tem tirado o sono daqueles que confiam grandes investimentos em mãos de
colaboradores dos quais indiretamente tornam-se reféns.
Uma colisão acontece quando o operador da máquina libera um movimento que considera
estar sob controle, ou seja, considera que a seqüência de movimentos se desenvolverá por
percursos conhecidos e sem obstrução, e que por uma razão lógica previsível, realiza um
movimento brusco inesperado, provocando a colisão.
Quando um programa esta sendo processado, diversas funções de atuação modal vão sendo
memorizadas. As características de atuação de uma função modal depois de memorizada, passa
a valer para a sentença programada e nas sentenças posteriores, até que outra função do
mesmo grupo seja processada e se sobreponha a anterior.
Por diversas razões pode haver uma interrupção do processamento do programa, como parada
de energia elétrica, supervisão de ferramentas (quebra, desgaste, vida útil), correção do
programa etc, ou com ação da tecla "reset". Com isto voltam a valer as funções básicas.
Se, por exemplo, com o sistema de origem de coordenadas errado, haverá colisão no
deslocamento, ou se a ferramenta não estiver com o comprimento compensado, o deslocamento
de penetração não é mais referência pela ponta da ferramenta e sim pelo nariz da árvore em
ferramentas rotativas, ou na face da torre em ferramentas estáticas. Então estes locais serão
movimentados para posicionamento na coordenada de penetração programada, colidindo a
ponta da ferramenta ao dispositivo ou na peça.
Raramente ocorrem situações de riscos não consideradas nas observações anteriores, porém o
defeito na máquina pode ser uma nova situação, e outros que pode, ser considerados são
considerados insignificantes.
Obs:
Estimamos que em torno de 2% dos casos de colisão acontecem na primeira situação (JOG),
enquanto 97,9% se enquadram nas situações 2 (Teste de Programa), 3 (Retomada de Ciclo) e 4
(Substituição de Ferramenta) e apenas 0,1% na quinta situação (defeitos de máquina). Este
último pode ser previstos com manutenções preventivas.
Diante do investimento que envolve a aquisição de uma máquina CNC, operá-la é uma ação
de muita responsabilidade. Diante disso, o operador CNC deve ser bem treinado e muito bem
pago para realizar esta tarefa. "Operar uma máquina CNC é como dirigir um automóvel. Não se
deve ter medo e sim muito cuidado e atenção”
trabalho aberta, exceto em modo especial, deve-se interromper o movimento, abrir a porta,
observar, fechá-la e continuar o movimento. Nunca confiar na sorte. A movimentação só de
deve ser realizada quando se certeza de que tudo está sob controle.
Outro cuidado que se deve ter na operação em JOG é quando for apertada uma das
teclas de seleção do sentido do eixo de deslocamento (+/-), deve-se fechar potenciômetro
avanço ( para a posição zero), retendo qualquer movimentação do avanço do eixo selecionado.
Com a tecla + ou - apertada, abre-se lentamente o potenciômetro e cuidadosamente observa-se
o deslocamento.
Nunca apertar logo no início de movimento em JOG, simultaneamente com a tecla "+" ou
"–" a tecla de avanço rápido. Fazer isto apenas quando o deslocamento lento já tenha se
iniciado, e o operador já tenha observado que o deslocamento esta fora de risco de colisão, e
que pode ser feito de forma rápida. Nunca aplicar este recurso, no movimento de aproximação
"rápida" de ferramenta com peça e dispositivo de fixação, utilizar apenas em afastamento livre de
colisão.
- Manter o potenciômetro de avanço sempre fechado na posição zero, com isto nenhum
movimento acontecerá de surpresa. Se houver alguma sentença que contenha uma ação de
deslocamento, os movimentos ficarão retidos e os valores a serem deslocados serão mostrados
na tela de operação na indicação de "Deslocamento Restante". Esta chave reduz ou aumenta
proporcionalmente os avanços programados, rotacionando-a em dois sentidos. No sentido anti-
horário, é feita a diminuição do avanço programado até o ponto de fechamento total de avanço
em zero. No sentido horário, os avanços são aumentados até o valor máximo (normalmente
120% do programado). Se o deslocamento observado estiver correto, no sentido adequado e
livre, abre-se o avanço para o deslocamento completo.
- Ao testar um programa novo, escolher sempre a opção bloco a bloco [BLK / BLK] . Com
esta tecla ativada, após o acionamento da "Partida" [CYCLE START], é liberada a execução de
- LABORATÓRIO DE AUTOMAÇÃO DA MANUFATURA - C. DE USINAGEM A CNC - 61
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA – CEFET/RJ
de nova "Partida", e assim sucessivamente as sentenças vão sendo processadas uma a uma.
Nesse caso, são mostrados na tela os valores a serem deslocados nos respectivos eixos.
Como os movimentos ficam retidos, a sentença não é concluída, neste caso o operador poderá
observar qual eixo vai se movimentar, quanto e para onde vai ocorrer o deslocamento. O
operador deve observar visualmente. Caso isso não seja possível, deverá abrir a porta de
trabalho e verificar diretamente na área de usinagem, se vai ou não vai ocorrer colisão.
Somente após ter "certeza" de que a movimentação vai ocorrer de acordo com previsto, o
potenciômetro de avanço deve ser cuidadosamente aberto até completar os deslocamentos dos
eixos previstos na sentença. Nessa movimentação de eixos, os valores de "Deslocamento
Restante" mostrados na tela vão sendo reduzidos de acordo com a redução da distância entre a
posição atual e a posição final programada, até atingir a posição final, quando são zerados todos
os eixos.
Ao usar a opção bloco a bloco [BLK / BLK], lembrar que para bloco executado um novo
"Stop" é realizado e o seletor de avanço deve ser novamente fechado na posição zero, e a cada
nova "Partida" tudo se repete, sentença por sentença, com os mesmos cuidados
Somente após serem observadas todas as sentenças do programa, e que foram testadas na
seqüência exata do processo, sem nenhuma modificação, e processadas de forma segura, é que
o programa deve ser liberado do modo [BLK / BLK], e o potenciômetro aberto a 100%. Qualquer
dúvida interromper e reavaliar a situação.
DICAS ESPECIAIS
Nunca acreditar que tudo está correto sem que tenha sido testado.
Nunca acreditar que um programa foi escrito sem nenhum erro ou coisa parecida.
Nunca acreditar que, pelo fato de tudo ter dado certo até determinado ponto do teste, que
daí para frente também estará correto. Por exemplo, num processo de 18 ferramentas já
passaram pelo teste de programa 17, e tudo estava OK. Não acreditar que a última
também esta OK.
Somente abrir o potenciômetro de avanço com a certeza que tudo está sob controle.
Um ciclo automático contínuo somente deverá ser liberado depois que todas as
sentenças já foram processadas na seqüência do programa, e que tudo esteja "correto".
- A retomada deve ser feita em uma sentença especialmente escolhida, onde se possa dar
continuidade a usinagem sem nenhum prejuízo ao processo.
Pode-se medir errado, mas realizar a leitura do aparelho e a anotação de medição de forma
certa os valores medidos errados. Com isto, o resultado final estará errado;
Pode-se ler errado os valores da etiqueta e digitá-los incorretamente na tela. Com isto, o
resultado final estará errado.
No caso de peças carregadas automaticamente por robô ou mesmo pelo operador, pode-se
supervisionar a exata localização e assento da peça na placa do torno ou dispositivo de fixação
em centros de usinagem. Esta técnica consiste em supervisionar-se a peça, devidamente
encostada em uma superfície de referência do dispositivo.