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PROJETO INTEGRADO III

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO


9ª PERÍODO
PROF. GABRIEL MORAES
UNIDADE III
Critérios para Projetos
PROJETO INTEGRADO III
ARQUITETURA HOSPITALAR
CRITÉRIOS PARA A HOTELARIA HOSPITALAR
Tipologias hospitalares e custos comparativos
Juan Mascaró em seu livro
O custo das decisões 1) forma da planta ou plano
arquitetônicas no projeto horizontal;
hospitalar, analisa a 2) superfícies das fachadas ou
questão da configuração planos verticais;
formal de um edifício de 3) índice de compacidade;
uma maneira geral e do 4) tipologia das internações;
edifício hospitalar nos 5) instalações.
seguintes itens:
Ou seja, os cinco itens transformam-se em duas questões básicas: os espaços construídos
e os equipamentos necessários para o funcionamento do edifício.
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ARQUITETURA HOSPITALAR
CRITÉRIOS PARA A HOTELARIA HOSPITALAR
Tipologias hospitalares e custos comparativos
Como o maior custo da construção está nos espaços e o de manutenção nas
instalações, no projeto de um edifício hospitalar deve-se atentar para duas
decisões:

CRITÉRIO AÇÃO DE PROJETO Resumindo:


• Custo da construção
Na parte de construção civil minimizar o custo da Espaços: 60%
construção Instalações: 40%
• Custo de Manutenção
Na parte de instalações: minimizar o custo da Espaços: 30%
manutenção Instalações: 70%
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CRITÉRIOS PARA A HOTELARIA HOSPITALAR
Tipologias hospitalares e custos comparativos
O processamento desses dados revelou haver uma ocorrência mais
frequente de ambientes com 15m².

Miquelin, no seu livro As conclusões das pesquisas indicaram uma grande probabilidade de que
as maiorias das atividades humanas ocorrem em espaços de menos de
Anatomia do edifício 20m².
hospitalar:
Por este conceito uma grande quantidade de atividades pode ser
acomodada, sem alterações estruturais, se o layout puder estabelecer
compartimentos retangulares com dimensões medianas.

"malha" quadrada de 7,20 x 7,20 "malha" quadrada de 6,90 x 6,90


Outras modulações, como 6,00 X 7,20 ou 4,80 X 7,20, apresentam boas performances quando
criteriosamente usadas.
ÁREAS DE
INTERNAÇÃO
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CRITÉRIOS PARA A HOTELARIA HOSPITALAR
ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Altura do edifício: custos
Planos Verticais
Por se tratar do local onde Os elementos mais importantes para
pacientes, pessoal técnico (médicos, esta análise são:
enfermeiros, atendentes de 1) A variação do pé-direito;
enfermagem, etc.) acompanhantes, 2) A quantidade de andares;
etc., permanecem por um período 3) Os espaços intersticiais.
de tempo mais prolongado, a sua
Acima de 10 (dez) andares o custo de cada pavimento
forma e a sua posição no agregado eleva-se de forma exponencial.
zoneamento do projeto e na
definição do partido arquitetônico
são determinantes.
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CRITÉRIOS PARA A HOTELARIA HOSPITALAR
ÁREAS DE INTERNAÇÃO
Espaços intersticiais
São os chamados "andares técnicos",
construídos para conter equipamento e
instalações. Utilizados inicialmente em hospitais
europeus, a partir da década de 60 teve seu uso Altura adequada: (recomendável 2,40)
disseminado pelo mundo. suficiente para conter algumas máquinas
de grandes dimensões, como as de ar-
condicionado, que atendem UTI . - centro"
cirúrgicos e obstétricos - CRO - central de
O espaço intersticial, por outro lado é um esterilização, etc.
andar comum, com pé-direito menor (recomenda-
se 2,40), embora muitos adotem um mínimo de
0,90cm.
Espaço interistical
Pavimento Técnico Horizontal
Espaço interistical
Pavimento Técnico Horizontal
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ÁREAS DE INTERNAÇÃO

Planos Horizontais - Tipologias e


Custos MÉTODO YALE
Sempre que o terreno
Trata-se de determinar os percursos a
permitir a solução horizontal é a
serem feitos pelo pessoal de
mais indicada.
enfermagem, objetivando evitar não só o
O arquiteto gaúcho Irineu Breitman, desgaste físico como aumentar a
consultor hospitalar e autor de vários projetos
hospitalares recomenda: "Verticalizar só quando
eficiência do serviço.
não for possível desenvolver o hospital apenas
com o pavimento térreo."
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ÁREAS DE INTERNAÇÃO
A norma do Ministério da Saúde estabelece que o leito mais distante deve ficar, no
máximo, 36 metros do posto de enfermagem.
Considerando as dimensões de um hospital qualquer, o pessoal de
enfermagem pode, em alguns casos, percorrer até 4.500m/dia.
De um modo geral, os percursos na unidade de enfermagem são:
Q X Q = 19%
Q X posto = 17%
Q X utilidades = 14%
Posto X utilidades = 10%
Total = 60% ")
Onde: Q = apartamento e enfermaria
Percurso = distância X frequência (P = D X F)
Convém lembrar que 60% de todas as caminhadas dentro de um hospital
estão localizadas na unidade de enfermagem.
Enfermarias de seis leitos têm menor possibilidade de arranjo do que uma de três leitos. Por
exemplo, caso exista um paciente do sexo feminino, todos os outros leitos têm de ser do sexo
feminino.
É importante assinalar que quem processa a cura do doente é a enfermeira. Daí deve-se lembrar que,
na questão dos percursos, é bom observar:
1) Passo qualificado = enfermeiras qualificadas.
2) Passo não-qualificado = enfermeiras não-qualificadas
Exemplo de eficiência YALE
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REFRÊNCIAS
GÓES, Ronald de. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. São Paulo: Edgard Blucher, 2004.

SANTOS, Mauro. Saúde e arquitetura. Rio de Janeiro: SENAC Rio, 2004.

Sites Visitados:

https://periodicos.ufrn.br/revprojetar/article/view/19304/12424
https://geahosp.files.wordpress.com/2018/07/mendesana-pla-dir-fis-hosp2007diss.pdf
https://issuu.com/abdeh/docs/ah_maio_2020_rgb_saida_issuu
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/almanaque/historia-medicina-dos-horrores-o-bizarro-mundo-da-
cirurgia-antes-do-seculo-19.phtml

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