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DEUS DE ALIANÇAS
Pertence a:_______________________________________
DEUS DE ALIANÇAS
Tradução
Jonas Sommer
Página do editor......................................................................7
DEUS DE ALIANÇAS
Unidade I – Em Aliança com Deus
1. A aliança de Deus com Noé .......................................... 9
2. A aliança de Deus com Abraão................................... 19
3. A aliança de Deus com Israel ...................................... 29
4. A renovação da aliança ............................................... 39
Unidade 2 – A Aliança de Deus com os juízes e com os reis
5. Deus envia juízes ......................................................... 49
6. Deus lidera através de Débora .................................... 59
7. Deus responde à oração de Samuel ........................... 69
8. A aliança de Deus com Davi ....................................... 79
9. Deus concede sabedoria a Salomão ........................... 89
Unidade 3 – Vivendo como o Povo Escolhido de Deus
10. Elias triunfa com Deus ............................................... 99
11. A reforma de Josias .................................................. 109
12. O povo é enviado ao exílio .................................... 119
13. Renovação e restauração ......................................... 129
Eric Davis
Editor
PÁGINA DO EDITOR
Quando era um jovem seminarista, participei de um
simpósio para pastores e líderes, no Centro Batista do Séti-
mo Dia, em Janesville, nos Estados Unidos. Nele, o instru-
tor - Pastor Rodney Henry - resumiu o conceito de aliança.
Disse que a aliança de Deus poderia ser resumida nesta
frase: “Eu serei seu Deus, e vocês serão meu povo.” Nunca
esqueci a sentença e recordo-a toda vez que penso num
Deus que faz alianças. Provavelmente essa recordação
mantém-se viva, pois o Pastor Rodney continuou repetin-
do a frase várias vezes, de forma que ficou gravada no
coração e na mente dos estudantes. Quem o conhece sabe
que ele é especialista em fazer isso!
A frase, tão simples, carrega uma verdade profunda.
“Eu serei seu Deus, e vocês serão meu povo”. Uma aliança
é sempre feita de duas partes; cada uma com deveres e
responsabilidades para com a outra. Da parte dele, Deus
diz: “Eu irei contigo”. É o nome que ele disse para Moisés
na sarça ardente; “EU SOU”. Deus promete estar presente
conosco. E quando está, traz todo o poder e os recursos do
céu à situação. Esse é o compromisso de Deus - ser fide-
digno, fazer parte, ser fiel, ser nosso Deus.
A parte de Deus na aliança é, portanto, uma promessa
incondicional; contudo, há uma segunda parte: a resposta.
Deus será nosso Deus, e nós seremos seu povo. Ser o
povo de Deus implica em muita responsabilidade. Ao dar
a lei no Monte Sinai, o Senhor falou aos israelitas que eles
seriam separados para ser uma nação de sacerdotes a fim
de ensinarem às outras quem Deus é. Como igreja, os
cristãos são chamados a serem um sacerdócio de crentes
para levar a história da salvação ao mundo. Como povo
de Deus, somos responsáveis pelo modo como vivemos
em relação a Deus, ao próximo e ao mundo ao nosso
redor. Nossa parte na aliança carrega a grande responsabi-
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lidade que recebemos de sermos mordomos da lei de Deus,
da mensagem do Evangelho e do mundo criado por ele.
Neste trimestre, estudaremos as alianças que Deus fez
com seu povo, no Velho Testamento. Veremos fidelidade
divina em cumprir a promessa de ser o Deus de seu povo.
Infelizmente, também, encontraremos a infidelidade desse
povo em permanecer fiel em aliança com ele. Da mesma
forma, na parte final dos estudos, perceberemos as conse-
qüências terríveis em não mantermos nossa parte na alian-
ça. Entretanto, Deus continua oferecendo reconciliação e
restauração àqueles que se arrependem e conver-
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A ALIANÇA DE DEUS
COM NOÉ
GÊNESIS 9.1-15
11
Lição 01 Sábado, 07 de julho de 2007
Verso Áureo
“Então, lembrar-me-ei da minha aliança, firmada entre
mim e vós e todos os seres viventes de toda carne; e as águas
não mais se tornarão em dilúvio para destruir toda carne.”
(Gênesis 9.15)
Núcleo da lição
Todos almejamos alguma sensação de segurança. No
que podemos confiar para estarmos sãos e seguros? Deus
prometeu nunca mais enviar outra enxurrada para destruir
toda a criação, e o arco-íris serve como uma lembrança de
que Deus mantém sua promessa. Em Deus, podemos achar
um porto seguro!
12
A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ
13
Lição 01 Sábado, 07 de julho de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Explanação
Esta é a primeira lição do trimestre. Durante as treze
semanas deste período, estaremos estudando o Antigo Testa-
mento sob a perspectiva das alianças. Examinaremos as alian-
ças de Deus com seu povo, desde o tempo de Noé até o
retorno dos israelitas do exílio babilônico.
O texto de hoje analisa a aliança de Deus com Noé. Nas
semanas seguintes, também examinaremos outras três – a de
Deus com Abraão; do Senhor com seu povo no Monte Sinai; e
a aliança com Davi. Discutiremos o relacionamento por meio
das alianças de Deus com seu povo, passando por juízes, reis
e profetas. Os conceitos a serem explorados incluem a reno-
vação, a quebra e a restauração da aliança de Deus com seu
povo.
A aliança entre Deus e Noé é a primeira a ser menciona-
da no Velho Testamento. À medida que examinamos a narra-
tiva bíblica sob uma perspectiva global, vemos que a história
de Noé tem algumas semelhanças notáveis com a de Adão.
Primeiramente, a história de Adão é a da criação de Deus; a
de Noé é, de certo modo, a da recriação. Com Noé e o dilú-
vio, Deus destruiu o mundo velho e começou um mundo
novo. As longas listas de animais destruídos na inundação
fazem-nos lembrar dos inúmeros animais que foram criados
em Gênesis 1. Além disso, o aparecimento e o desapareci-
mento da água representaram papéis proeminentes em ambas
as narrativas. Finalmente, os mandamentos de Deus para as
pessoas, depois de cada evento, também foram semelhantes.
Tanto para Adão quanto para Noé as idéias de ser frutífero, de
aumentar em número e encher a Terra estão inclusas (Gênesis
1.28; 9.1). Assim, enquanto Adão pode ser visto como o pai
do “velho mundo”, Noé pode ser encarado como o pai do
“novo mundo”.
O enfoque do texto de hoje é a aliança de Deus com
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A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ
Exploração
As partes envolvidas nesta aliança são o doador e o re-
ceptor. Deus foi o doador; Noé e toda a criação, seus recepto-
res. E a aliança fora feita para durar por todas as gerações,
não apenas para a época de Noé. É interessante notar que
essa é a única das presentes no Velho Testamento que não
apenas inclui os seres humanos, como também todas as cria-
turas viventes. Portanto, ela abarca toda a criação.
Seu conteúdo era muito simples – trata-se da promessa
de Deus de que nunca mais destruiria a Terra e seus habitan-
tes com um dilúvio. O Senhor também incluiu um sinal: o
arco. Ele disse a Noé que, enquanto visse, o arco-íris relembraria
a promessa divina de não mais destruir a Terra com um dilú-
vio.
Muitos acordos que nós, seres humanos, fazemos com
outros incluem mecanismos elaborados para a manutenção
deles. A verificação freqüente do cumprimento dos termos do
acordo, pelo doador e pelo receptor, é um exemplo de tal
mecanismo de manutenção. Notavelmente, a responsabilida-
de de manter a aliança recai nos ombros de seu doador, Deus.
Nem os seres humanos, nem animais podem fazer qualquer
coisa para cumprirem ou para estarem em desconformidade
com ela. Por isso, as pessoas chamaram essa aliança de com-
promisso divino. É o compromisso do doador da aliança, não
de seus receptores que asseguram sua execução. Por exem-
plo, esta aliança está em contraste com aquela que Deus fez
com seu povo no Monte Sinai. Naquela convenção, a obedi-
ência é exigida de seus receptores, o povo de Deus, e por-
tanto, foi chamada de aliança com obrigações humanas.
A escolha divina do arco-íris como um sinal da aliança
com Noé parece apropriada, porque o fenômeno é algo sobre
o qual os seres humanos e os animais não têm controle algum.
Sua existência não está sujeita às decisões de seres humanos
15
Lição 01 Sábado, 07 de julho de 2007
Encorajamento
Embora mencionássemos a idéia de que a aliança de
Deus com Noé não requer ação ou resposta alguma de nossa
parte, não há uma reação que nós, os humanos, podemos
prover a Deus? Uma resposta apropriada à aliança que venha
não de uma sensação de obrigação, mas de um sentimento de
gratidão? Parece que a confiança seria a resposta convenien-
te... Essa confiança por parte dos seres humanos é uma res-
posta à fidelidade por parte de Deus.
Uma ilustração primária dessa confiança em Deus é o
próprio Noé. Quantas vezes foi dito que as pessoas em sua
comunidade devem tê-lo considerado louco? O que acharia
você de um homem que estava construindo um navio enor-
me, uma embarcação a ser usada para escapar de uma inun-
dação que cobriria a Terra inteira, até mesmo a ponto de
tragar os cumes monteses?
O que é interessante sobre a confiança de Noé em Deus
é que ela permitiu-lhe receber a aliança de Deus. Nós vemos,
em Gênesis 9.9-10, que foi com Noé e com todos aqueles
que entraram na arca que Deus estabeleceu um pacto. Se Noé
não tivesse confiado em Deus, não teria construído a arca, e
teria perecido na inundação, junto com todas as outras criatu-
ras. Mas por ter confiado em Deus, obedeceu. Sua obediência
garantiu-lhe sua recepção da aliança de Deus.
Como esse conceito relaciona-se à nossa vida, milhares
de anos depois de essa aliança ter sido estabelecida? A idéia é
esta: Deus promete abençoar-nos; contudo, para recebermos
suas bênçãos, temos de confiar. É nossa confiança nele que
nos coloca em posição de recebermos suas bênçãos. Por exem-
plo, se confio que Deus quer prover uma renda para mim e
para minha família, minha confiança nele conduzir-me-á a ser
ativo, procurando aquela renda. Se confio que o Senhor quer
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A ALIANÇA DE DEUS COM NOÉ
Anotações
17
Lição 01 Sábado, 07 de julho de 2007
Atividade pedagógica
Traga um vídeo, ou palestrante, que fale sobre a arca de
Noé. Examine as centenas de evidências que mostram real-
mente ter havido uma grande inundação cataclísmica no pas-
sado. Discuta como as evidências arqueológicas, comprovan-
do a ocorrência do dilúvio, podem encorajar a fé do grupo em
Deus, em nossos dias.
Olhando adiante
Deus faz uma aliança com Abraão que continua a
impactar nosso mundo, milhares de anos depois.
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A ALIANÇA DE DEUS
COM ABRAÃO
GÊNESIS 17.1-8, 15-22
MEDITAÇÕES BÍBLICAS DIÁRIAS
Leota Stevens
Domingo, Hebreus 6.13-20
Qualquer um que tenha trabalhado em organizações de
voluntariado sabe que as pessoas são freqüentemente rápidas a
se comprometerem com tarefas. Entretanto, por uma miríade de
razões, elas faltam com seu compromisso de levar a cabo suas
partes no projeto até sua conclusão. Cada integrante é impactado
negativamente quando as palavras de uma pessoa não são vali-
dadas por suas ações.
Que surpreendente segurança existe ao sabermos que Deus
deseja comprometer seu amor, sabedoria e direção, todos os
dias, em nossa vida, por meio de sua palavra! Como é tranqüili-
zante saber que o Senhor nunca deixará de cumprir suas pro-
messas e nunca negligenciará seu compromisso para conosco,
até que tudo seja “concluído”.
Segunda, Hebreus 11.8-16
Abrão e Sara, provavelmente, estariam contentes por per-
manecerem em sua pátria e por viverem junto com seus familia-
res, da mesma forma que eles estavam vivendo. Mas Deus tinha
uma perspectiva muito maior de vida do que eles e comparti-
lhou aquela visão com os dois. Felizmente para todos nós, eles
escolheram aceitar a visão e a direção do Senhor em sua viagem.
A qualquer hora, poderiam ter decidido voltar, deixar de andar
pela fé, mas não o fizeram! Estou certo de que eles encontra-
ram alguns desvios ao longo da caminhada de confiança em
Deus; todavia, não permitiram que o enfoque fosse desviado.
Lição 02 Sábado, 14 de julho de 2007
Verso áureo
“Abrão já não será o teu nome, e sim Abraão; porque
por pai de numerosas nações te constituí.” (Gênesis 17.5)
Núcleo da lição
É difícil crer numa promessa que vai de encontro à nossa
experiência e lógica. Em quais promessas podemos confiar?
Deus prometeu dar descendentes e uma terra a Abraão, e
essas promessas tornaram-se realidade, apesar das dúvidas de
Abraão.
22
A ALIANÇA DE DEUS COM ABRAÃO
23
Lição 02 Sábado, 14 de julho de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Explanação
A aliança de Deus com Abrão é a segunda encontrada
no Antigo Testamento; a primeira é a aliança de Deus com
Noé, já estudada por nós, na semana passada. Uma semelhan-
ça entre as duas convenções é que ambas lidam com a proli-
feração dos seres humanos na Terra. No caso da primeira,
Noé e seus filhos deveriam ser frutíferos e multiplicar-se na
Terra (Gênesis 9.1, 7). Na segunda, Abrão e seus descenden-
tes - um subconjunto dos descendentes de Noé – aumentari-
am em número. Vemos, aqui, uma descrição mais desenvolvi-
da da visão de Deus; um estreitamento das pessoas que bus-
cava para trabalhar. Uma diferença entre as duas alianças,
contudo, é que a realizada com Noé não requereu resposta
alguma da parte do homem. Já a feita com Abrão exigiu um
ato de obediência: a circuncisão de todos os machos de sua
família.
A primeira vez que lemos sobre Abrão é ao fim de Gênesis
11; ali, vemos que ele era filho de Tera. Fora casado com
Sarai, mas ela não podia gerar-lhe filhos. A história, então,
avança em Gênesis 12. Primeiramente notamos que Deus que-
ria abençoar Abrão com muitos descendentes (Gênesis 12.1-
9). Esse desejo é confirmado em Gênesis 13.14-17, e nosso
primeiro olhar à aliança de Deus com Abrão está em Gênesis
15.1-21. A passagem das Escrituras de hoje, Gênesis 17, rela-
ta como Deus confirmou essa aliança com Abrão. Assim, o
enfoque principal da lição analisada é a aliança entre Abrão e
Deus.
Exploração
Esta aliança foi feita entre Deus e Abrão e seus descen-
dentes, por todas as gerações. Seu conteúdo incluía várias
promessas feitas por Deus a Abrão e, também, a seus descen-
dentes. Naturalmente, a primeira questão a ser considerada
24
A ALIANÇA DE DEUS COM ABRAÃO
Encorajamento
Olhemos o modo como Abrão respondeu à promessa de
Deus, como relatado na passagem bíblica de hoje. Identifica-
mos uma semelhança entre a resposta de Abrão a Deus e
nossa resposta a Deus? A primeira resposta de Abrão foi de
dúvida. Gênesis 17.17 diz que Abrão riu da idéia de um ho-
mem de cem anos ter um filho. Ele também caçoou da hipóte-
se de uma mulher de 90 anos dar à luz. Olhando essas previ-
sões sob uma perspectiva puramente humana, é fácil ver a
incapacidade de Abrão dar crédito à palavra de Deus. Quantas
vezes você ouviu que uma mulher de 90 concebeu e deu à
luz? Olhemos para nossas próprias situações pessoais: Deus
prometeu algo a você que parece tão impossível quanto al-
guém senil ter um filho? Qual foi a promessa dele e por que
parece impossível sob a ótica puramente humana?
A outra resposta de Abrão a Deus, depois de receber
uma resposta para sua dúvida, foi uma espécie de pechincha
com o Senhor. O verso 18 mostra que Abrão buscou enxertar
Ismael na promessa da aliança de Deus. Era algo lógico, não
é? Deus prometeu abençoar os descendentes de Abrão, mas
ele ainda não tinha um outro descendente, e este não parecia
estar a caminho. (Lembre que a promessa de Deus era para
ambos, tanto para Abrão quanto para Sara. Ele prometeu-lhes
um filho. A promessa divina não era para Abrão e para outra
mulher.) Assim, por que não trabalhar com o que ele já pos-
suía, mesmo se esse não fosse o meio pelo qual Deus estava
direcionando os eventos?
Com essa cena em mente, tente lembrar uma ocasião,
em sua vida, na qual tenha feito a mesma coisa: pechinchou
com Deus. Qual foi a promessa de Deus para você, ou o
mandamento dele para você, e o qual foi o substituto que
você achou? Esperava que o Senhor o abençoasse por esse
substituto? Qual foi o resultado dessa situação, no fim das
contas? Você recebeu a bênção divina? Nesse caso, como foi
recebida – rendeu-se à visão de Deus ou você ofereceu para
ele sua visão?
Depois que Abrão respondeu a Deus com dúvida e pe-
26
A ALIANÇA DE DEUS COM ABRAÃO
Anotações
27
Lição 02 Sábado, 14 de julho de 2007
Olhando adiante
Deus faz uma aliança de compromisso mútuo com
a nação de Israel por intermédio de Moisés.
28
A ALIANÇA DE DEUS
COM ISRAEL
ÊXODO 19.1-6; 24.3-8
31
Lição 3 Sábado, 21 de julho de 2007
Núcleo da lição
Relacionamentos prósperos e saudáveis dependem de
compromisso e de responsabilidade mútuos. Entretanto, o que
significa ter responsabilidade mútua? A promessa de Deus,
aqui, requer compromisso e respeito de ambos os lados: se o
povo honrasse a Deus usando a obediência, o Senhor iria
entesourá-lo e colocá-lo-ia à parte como um povo exclusiva-
mente seu.
2. Sobre que bases Deus fez sua aliança com Israel? Quais
eram suas promessas? E suas obrigações? Qual foi a respos-
ta imediata de Israel à aliança?
32
A ALIANÇA DE DEUS COM ISRAEL
33
Lição 3 Sábado, 21 de julho de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Explanação
Continuamos analisando o Antigo Testamento, num con-
texto de alianças. A passagem das Escrituras leva-nos à alian-
ça de Deus com o povo de Israel, no Monte Sinai. Os versos
de Êxodo 19 começam a contar a história sobre como a alian-
ça foi dada ao povo. Já o capítulo 24 narra como se confirmou
por Deus e por seu povo.
Os primeiros dois versos do capítulo 19 ajudam-nos a
determinar o contexto histórico desses eventos. Três meses
depois de o Senhor libertar seu povo do Egito, os israelitas
não eram escravos de seus captores anteriores. Eles eram,
agora, livres para escolherem seu próprio estilo de vida. Este
era, então, um momento oportuno para Deus mostrar-lhes o
estilo que desejava para eles. O leitor sábio perceberá que
Deus conduzia seu povo às bênçãos e a uma intimidade com
o criador. Também é possível ver esta aliança de Deus como
o cumprimento da aliança do Senhor com Abraão.
As palavras de Deus, em Êxodo 19.3, servem como um
preâmbulo para a aliança do Sinai. Deus estava chamando
Moisés para a tarefa de comunicar sua aliança ao seu povo. O
verso 4 contém as primeiras palavras que Moisés diria aos
israelitas. Tais palavras divinas recordaram o povo da situação
deles há tempos. Elas também desafiaram-no a se lembrar de
como Deus tinha os libertado daquela terrível escravização, e
de como lhe trouxera para estar com ele. O começo do verso
5 dispôs a demanda de Deus de completa obediência a ele
para que a aliança fosse mantida. A conclusão desse trecho e
o começo de verso 6 esboçam as bênçãos da aliança que os
israelitas, se escolhessem obedecer, receberiam - seriam o
povo especial de Deus. Finalmente, os versos 7 e 8 mostram
que o povo, no Sinai, aceitou a aliança de Deus. Fez-se a
promessa de obedecer ao Senhor, e Moisés comunicou isso a
Deus.
34
A ALIANÇA DE DEUS COM ISRAEL
Exploração
Vamos dar uma olhada mais detalhada nas bênçãos desta
aliança, como listadas em Êxodo 19.5-6. Primeiramente, o verso
5 diz que, se os israelitas obedecessem fielmente a Deus,
seriam sua propriedade peculiar. Deus acentuou a idéia de
que havia muitas nações, dentre as quais poderia ter estendi-
do esse favor, mas seu desejo era honrar apenas uma nação:
Israel. O que o motivou a fazer isso? Por que escolheu Israel,
excluindo todas as outras? Deuteronômio 7:7-9 ajuda-nos a
entender a questão: “O SENHOR não se afeiçoou a vocês,
nem os escolheu por serem mais numerosos do que os outros
povos, pois vocês eram o menor de todos. Mas foi porque o
SENHOR amou-os e por causa do juramento que fez aos seus
antepassados. Por isso, tirou-os com mão poderosa e redimiu-
os da terra da escravidão, do poder do faraó, rei do Egito.
Saibam, portanto, que o SENHOR, o seu Deus, é Deus; ele é o
Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gera-
ções daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamen-
tos.” (NIV). Foi, portanto, o amor especial do Senhor por Isra-
el que o levou a escolhê-los como sua possessão peculiar.
Acompanhando o fim do verso 5 e o 6, vemos um com-
ponente do propósito da escolha de Deus: “Embora toda a
Terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdo-
tes...” (NIV). Essa é a segunda faceta da bênção dessa aliança.
Percebendo que um sacerdote serve como um ponto de co-
nexão entre Deus e a humanidade, somos relembrados da
aliança de Deus com Abraão: o povo escolhido de Deus tor-
nar-se-ia uma bênção ao resto da população do mundo
(Gênesis 12.3). Pelo povo de Israel, então, o Senhor alcança-
ria o restante da humanidade!
É fácil para nós, no século XXI, ver como isso foi realiza-
do no primeiro século, por ação daquele israelita conhecido
como Jesus Cristo. Esse aspecto da bênção dos israelitas, de
ser um reino de sacerdotes, não apenas serviu à nação deles,
como também a todas as outras do mundo.
O terceiro aspecto das bênçãos provenientes da aliança
é visto no verso 6: os israelitas seriam para Deus uma nação
35
Lição 3 Sábado, 21 de julho de 2007
Encorajamento
Após a aliança ter sido dada ao povo de Deus, no Monte
Sinai, ela foi confirmada por Deus e por seu povo. Como
mencionado anteriormente, os versos de Êxodo 24 mostram
como isso aconteceu. É interessante notar o papel do sangue
nesse processo de confirmação. O sangue veio dos animais
sacrificados no altar construído por Moisés, ao pé do Monte
Sinai. Ele aspergiu metade do sangue ali, e a outra metade
sobre o povo. Tem sido dito que essa divisão sanguínea subli-
nha dois aspectos. Primeiramente, o aspergido no altar era um
sinal de que Deus aceitara a oferenda e, portanto, perdoara as
transgressões dos israelitas. E, em segundo lugar, o respinga-
do sobre o povo era um sinal do juramento de sangue que as
pessoas estavam fazendo. Essa jura foi confirmada por eles,
verbalmente, nos versos 3 a 7. Todavia, ser borrifado pelo
sangue era uma confirmação mais visceral dessa promessa!
Isso constrói a noção da Ceia do Senhor para os cristãos.
Normalmente, durante o ato da ceia, o ministro que está ofici-
ando desafia-nos a reafirmar nosso próprio juramento a Deus,
como mediado por nossa aceitação do sacrifício de Jesus por
nós. Além disso, a cerimônia deveria nos recordar que Deus
também aceitou completamente a Cristo como um sacrifício
digno. Outro aspecto é este: nossa obediência a Deus, nossa
habilidade para obedecer à sua lei, só é possível pelo sacrifí-
36
A ALIANÇA DE DEUS COM ISRAEL
cio do seu filho por nós. É esse sacrifício que nos traz o
perdão de nossos pecados e, então, liberta-nos da escravidão
do pecado. É o sangue de Jesus Cristo que estabelece e man-
tém nossa aliança com Deus.
Anotações
37
Lição 3 Sábado, 21 de julho de 2007
Atividade pedagógica
Encontre fotos ou videoclipes para mostrar como teria
sido a experiência do deserto para os israelitas e como eles
vagaram pela Península do Sinai. Discuta como o tempo de
peregrinação no deserto foi aumentado por causa da desobe-
diência deles. Fale sobre como a vida deles teria diferido se
tivessem mantido a aliança.
Olhando adiante
Israel sabe que a escolha mais importante que poderia
fazer era a de servir a Deus.
38
A RENOVAÇÃO DA
ALIANÇA
JOSUÉ 24.1, 14-24
40
A RENOVAÇÃO DA ALIANÇA
41
Lição 4 Sábado 28 de julho de 2007
Núcleo da lição
A vida é cheia de escolhas. Qual delas é a mais impor-
tante? Josué disse ao povo que a mais importante da vida era
escolher servir a Deus.
42
A RENOVAÇÃO DA ALIANÇA
43
Lição 4 Sábado 28 de julho de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Scott Hausrath
Explanação
Neste trimestre, temos perscrutado o Antigo Testamento
da perspectiva da aliança. Já observamos as alianças de Deus
com Noé, com Abraão e com os israelitas no Monte Sinai. Em
vez de estudar uma nova aliança, hoje, olharemos para a re-
novação da aliança do Sinai. Essa renovação aconteceu em
Siquém, logo após os israelitas terem entrado na Terra Prome-
tida.
Muitas Igrejas Batistas do Sétimo Dia têm uma cerimônia
de renovação do convênio (aliança), realizada uma vez por
ano. Ela é uma parte crucial de nossa vida comunitária na
igreja. Nós viemos de diferentes famílias e com diversificadas
criações; sendo assim, precisamos de algo que nos ajude a
nos unirmos em uma família, que é a igreja. E é isso que
nosso convênio (aliança) faz por nós.
A aliança representou um papel semelhante para os
israelitas. Quando saíram do Egito, eles eram um misto de
pessoas (Êxodo 12.37-38) e precisavam de algo que os unisse
como um único povo. A aliança do Monte Sinai trouxe essa
unidade e fez dos israelitas um povo - o povo de Deus. Era
importante, então, que eles não esquecessem essa aliança.
Assim, vemos o povo de Deus renovando-a periodicamente;
da mesma maneira que os batistas do sétimo dia renovam
seus convênios, com regularidade.
A passagem de hoje, de Josué 24, é um exemplo dessa
renovação de aliança. Josué, que assumiu a liderança depois
da morte de Moisés, chamou os israelitas para a cerimônia de
renovação. A primeira atitude tomada durante o ritual foi revi-
sar como Deus estava trabalhando entre eles, desde os tem-
pos de Abrão até o presente. Então, ele chamou os israelitas
para responderem adequadamente às providências divinas.
Também lhes falou que cada um tinha uma escolha quanto à
forma de responder a Deus. A cerimônia terminou com o
44
A RENOVAÇÃO DA ALIANÇA
Exploração
Perceba que Josué usava um estilo profético de comuni-
cação neste ponto; falava aos israelitas como se Deus estives-
se conversando diretamente com eles, usando a primeira pes-
soa. O tema principal destes versos era que todo o sucesso do
povo, todas as suas vitórias militares e as suas possessões
vieram de Deus. Sem o Senhor, não teriam desfrutado aquele
estado abençoado, como bem resume o verso 13. Seria natu-
ral, então, que o povo de Deus respondesse obedientemente
ao seu Deus, levando em conta as providências abundantes
para eles.
Os versos 14 e 15 mostram-nos o chamado de Josué
para essa resposta. Ele desafiou o povo a temer o Senhor e a
servir somente a ele. Parte desse chamado incluiu uma decla-
ração notável: essas pessoas poderiam escolher a quem elas
quisessem. Josué buscou conduzi-los na decisão de servirem
apenas a Deus, mas ele também sabia que o Senhor busca um
comprometimento voluntário, sem coação. Então, colocou di-
ante delas as diferentes alternativas e desafiou-as a fazerem
uma escolha naquele mesmo dia. Note que Josué foi rápido
em afirmar não só a sua, como também a decisão de sua
família de servirem somente a Deus.
Se os israelitas escolhessem servir somente a Deus, teri-
am de fazer uma reforma interna, porque eram infelizes reci-
pientes da tradição dos seus antepassados, servindo aos deu-
ses do Egito e aos dos povos dalém do Jordan (v. 14). Assim,
Josué conclamou-os a jogarem fora tais deuses e a tão somen-
te adorarem ao Senhor. Além disso, os israelitas estavam vi-
vendo entre pessoas que possuíam seus próprios deuses. Josué
desafiou-os a também os esquecerem (v. 23).
Nós vemos a primeira reação ao desafio de Josué nos
versos 16 a 18. Eles confirmaram a lealdade que Deus tinha a
eles, e empenharam a lealdade deles ao Senhor. A reação de
Josué para o compromisso assumido por eles (v. 19-20) ser-
viu para mostrar a seriedade da promessa que estavam fazen-
45
Lição 4 Sábado 28 de julho de 2007
Encorajamento
Os israelitas viram o Senhor como o seu Deus; isso intro-
duz a noção da conversão. A maioria de nós pensa em con-
versão como uma experiência única, que acontece num dia
especial em nossa vida e que jamais se repete. Num momen-
to, não somos um seguidor de Jesus Cristo; contudo, no se-
guinte minuto, tornamo-nos um seguidor. É verdade que a
principal mudança de vida acontece quando, pela primeira
vez, cremos e aceitamos Jesus como nosso salvador. Essa
transformação radical não é o fim de tal mudança. A conver-
são pode ser vista como um processo, e não um evento que
46
A RENOVAÇÃO DA ALIANÇA
Anotações
47
Lição 4 Sábado 28 de julho de 2007
Revisando
Esta unidade explorou as alianças de Deus com Noé e
com Abraão, com o povo de Israel, no Monte Sinai e na
extremidade da Terra Prometida.
48
DEUS ENVIA OS JUÍZES
JUÍZES 2.16-23
50
DEUS ENVIA JUÍZES
51
Liçao 5 Sábado, 04 de agosto de 2007
Núcleo da lição
Todos nós desejamos ser libertos de situações
desesperadoras. Onde podemos encontrar ajuda? Sempre que
os hebreus clamaram a Deus, ele levantou alguém (um juiz)
para salvá-los.
52
DEUS ENVIA JUÍZES
53
Liçao 5 Sábado, 04 de agosto de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Matthew Berg
Contexto
O povo de Deus acabara de entrar na Terra Prometida e
estava começando a formar uma comunidade. Admitidamente
essa era uma comunidade que, naquela altura da história de
Israel, era o que alguns poderiam etiquetar como “caos orga-
nizado”. E esse não é, de modo algum, um modelo na história
de Israel do que significa ser o povo de Deus. Todavia, um
pastor, amigo meu, disse-se que “a igreja hoje é melhor defi-
nida e encontrada em algum lugar no meio do livro de Juízes”.
O que ele quer dizer com isso? Bem, ele indica que o povo
de Deus não era menos pecador do que somos hoje, seguindo
nossos próprios ídolos, fazendo “o que era certo aos seus
[nossos] próprios olhos”, como mostram os versos, no princí-
pio e no fim de Juízes.
O narrador do capítulo 2 quer nos falar sobre quão me-
donha a situação estava para os filhos de Deus. O contexto
literário imediato, em 2.1-5, aponta: aquele que fez a aliança
com Israel exortava seu povo a não estabelecer acordos com
os povos de Canaã (2:2). Ele também lhes disse as conseqü-
ências caso não o ouvissem e não o obedecessem (2.3). Isto
é, o SENHOR não os acompanharia nas batalhas, ou como diz
o texto: “...não os expulsarei da presença de vocês” (NVI).
O narrador, então, traz sua própria interpretação dos acon-
tecimentos, em 2.6-20. As pessoas constantemente oscilaram
da obediência à desobediência, em um ciclo negativo, que
vai gradualmente acontecendo enquanto o livro desdobra-se.
O povo clama, é liberto, cai em apostasia novamente e, por
conseguinte, sofre a opressão do inimigo. Isso soa familiar?
Infelizmente, posso me identificar de vez em quando com
esse padrão em minha própria caminhada com o Senhor! É
importante lembrar que essa geração de pessoas não sabia,
de primeira mão, das obras do SENHOR (2.10).
As notícias encorajadoras no meio desses ciclos são as
54
DEUS ENVIA JUÍZES
Texto e aplicação
Em última instância, há conseqüências à desobediência
ao Senhor. A descrição pelo autor é gráfica; a desobediência
foi descrita como prostituição (2.17). Ele escolhe suas pala-
vras cuidadosamente, e acredito que deseja que imagens se-
jam evocadas na mente da audiência quando ouvidas; assim,
todos entendem o nível de desobediência com que se envol-
viam. O que fazem as prostitutas? Vendem-se. O povo de
Deus estava se vendendo também! Esses eram atos delibera-
dos e conscientes de desobediência. O texto diz que eles
depressa se desviaram e tornaram-se desobedientes; não há
como dizer que não havia consciência envolvida na decisão
deles - a desobediência era deliberada e intencional.
55
Liçao 5 Sábado, 04 de agosto de 2007
Anotações
57
Liçao 5 Sábado, 04 de agosto de 2007
Atividade pedagógica
Divida sua classe em pequenos grupos e peça para com-
partilharem momentos em que foram infiéis a Deus. Então,
faça com que discutam sobre momentos nos quais sabem que
Deus os ajudou.
Olhando Adiante
Débora mostra uma forte liderança ao obedecer a
Deus.
58
DEUS LIDERA ATRAVÉS
DE DÉBORA
JUÍZES 4.4-10; 12-16
Domingo, Salmo 91
Esta passagem desenha um quadro vivido numa zona de
guerra. Contudo, a pessoa nunca temeu dano ou morte, pois
permanecia dentro da proteção de sua casa. Bombas, balas,
nem sequer os soldados poderiam capturá-la dia ou noite. Ela
estava completamente protegida ali. Só quando pisou fora de
casa, encontrou os perigos advindos com a guerra.
Essa é a proteção que Deus promete-nos se vivermos
dentro da sua proteção, mantendo a oração e o estudo da
Bíblia. Embora as provações e as tentações possam acontecer,
elas não nos podem vencer quando estamos firmes no Se-
nhor.
61
Lição 6 Sábado, 11 de agosto de 2007
Núcleo da lição
Líderes fortes podem obter bons resultados quando mais
ninguém pode. O que caracteriza um líder forte? Débora mo-
delou uma liderança forte ao obedecer a Deus e ao apoiar
Baraque com sua presença.
63
Lição 6 Sábado, 11 de agosto de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Matthew Berg
Contexto
Após Otniel e Eúde, Débora é apresentada como uma
juíza usada por Deus para libertar seu povo. O livro de Juízes
mostra um círculo vicioso do povo de Deus, manifestado da
seguinte forma: pecado, arrependimento, libertação e queda
à medida que histórias como a de Débora desdobram-se. Nós
esperamos ver lideranças fracas sendo usadas para cumpri-
rem os propósitos do Senhor de forma que a glória seja dele.
Neste caso, o líder fraco é Baraque, escolhido por Deus, mas
que recusou a oferta divina de ser usado para a glória do
Senhor.
Texto e aplicação
O texto primeiramente descreve Débora como a mulher
de Lapidote. O interessante do nome de seu marido é que
Lapidote significa Trovão. Pode ser significante pensar em
Débora como uma brilhante luz (o que certamente descreve
um trovão!) durante o período escuro dos Juízes, na história
bíblica. O papel primário desta mulher era o de profeta, que
poderia ser parte da função de alguém chamado para liderar;
contudo, um “líder” normalmente desempenha tal papel e
muito mais! (Isso continua sendo verdade nas nossas igrejas).
Por definição, um profeta é um porta-voz de Deus. Por via de
contraste, um sacerdote traz orações, ofertas, sacrifícios e pre-
ocupações das pessoas a Deus.
O papel principal de Débora era reunir as tropas e colocá-
las na direção desejada por Deus. Ou seja, sua missão iguala-
se à tarefa principal do pastor, nos dias de hoje. Os pastores
têm de ter coragem para discernirem a palavra de Deus no
contexto da igreja para a qual Deus chamou-os; além disso,
devem reunir as pessoas, apontá-las na mesma direção e enviá-
las com coragem e ousadia neste mundo agonizante, para
levar Cristo a todos que, desesperadamente, precisam dele.
Para qual papel de liderança Deus chamou-o? Como
você pode ver a mão de Deus preparando-o para tal papel?
Líderes fortes, com o poder do Senhor sobre eles, podem
alcançar coisas maravilhosas para o reino de Deus. A parte
assustadora disso é que, em nossos dias, emergem muitos
líderes que não servem ao Senhor. Coisas perigosas podem
acontecer ao povo de Deus quando seus filhos são engana-
dos e seguem um comandante como fora Sísera.
A história de Débora apresenta-nos uma aplicação im-
portante da liderança. Os batistas do sétimo dia, pelo menos
aqueles que observei, são extremamente dependentes dos
pastores no que se refere a muitos trabalhos da igreja. Essa
atitude, às vezes, é expressa com uma frase - “Bem, é por isso
que pagamos esta pessoa, para ela ser responsável por de-
66
DEUS LIDERA ATRAVÉS DE DÉBORA
Anotações
67
Lição 6 Sábado, 11 de agosto de 2007
Atividade pedagógica
Peça aos alunos para formarem grupos e dê-lhes algum
problema que requeira um líder para ser solucionado.
Envolva sua classe numa discussão sobre as virtudes de
bons líderes. Discuta sobre as qualidades de liderança que
podem ser vistas em Débora.
Olhando adiante
Israel aprende, pelo exemplo de Samuel, que a oração
faz a diferença.
68
DEUS RESPONDE À
ORAÇÃO DE SAMUEL
1 SAMUEL 7.3-13
71
Lição 7 Sábado, 18 de agosto de 2007
Núcleo da lição
Orar pelos outros mostra nossa preocupação com eles
e, de certo modo, faz com que sintamos a dor que sentem.
Quais são os efeitos de rezarmos pelos outros? Samuel orou
pelos israelitas quando estes estavam enfrentando os filisteus,
e Deus libertou-os.
filisteus?
73
Lição 7 Sábado, 18 de agosto de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Matthew Berg
Contexto
O contexto conduz nossa passagem para 1 Samuel 6.19-
20 quando as pessoas de Bete-Semes (os filisteus) olharam
para dentro da Arca da Aliança e 70 delas morreram. Como
resultado, a seriedade com que Deus cuidava da sua arca foi
estabelecida. Os filisteus mandaram-na de volta por medo do
que tinha acontecido. Essa é uma informação importante para
nossa narrativa, pois estabelece o temor do inimigo no mo-
mento em que o povo de Deus teve a chance de responder à
ameaça de seu adversário.
Este é um período na história de Israel no qual a lideran-
ça funcionava como profeta, juiz e sacerdote. Samuel desem-
penhou todas essas funções. Posso fazer uma analogia com
um pastor de igreja pequena. É esperado que os pastores
batistas do sétimo dia sejam generalistas, e não especialistas
em algum ministério. Deixe-me explicar: nossos pastores são
como clínicos gerais, têm de entender de tudo um pouco. Há
igrejas em que os pastores podem trabalhar com suas voca-
ções específicas, por exemplo: os evangelistas, os plantadores
de igrejas, os musicistas, etc.
Texto e aplicação
Quando tentamos aplicar esta narrativa à vida diária, dois
aspectos da modernidade apresentam-se: 1) Como você pode
ser um servo usado para levar a ajuda aos outros da mesma
forma que Deus fez ao seu povo, como celebrado pela pedra
75
Lição 7 Sábado, 18 de agosto de 2007
Anotações
77
Lição 7 Sábado, 18 de agosto de 2007
Atividade pedagógica
Desenvolva um cartaz de oração no qual sejam coloca-
dos nomes de pessoas que precisem de oração. Encoraje
seus alunos a orarem por elas. Se sua turma for grande, divi-
da-a em pequenos grupos e orem uns pelos outros.
Olhando adiante
O profeta Natã revela a aliança de Deus com Davi.
78
A ALIANÇA DE DEUS
COM DAVI
2 SAMUEL 7.8-17
Quarta, Salmo 5
Eu amo ler os salmos de Davi, porque nos dão uma
visão da sua alma. O livro de salmos é como o diário de
Davi. Seguramente, não gostaria que outras pessoas lessem
meu diário e soubessem os clamores mais profundos de meu
coração, as alegrias, os pesares ou os pedidos de ajuda. Con-
tudo, aqueles salmos recordam-me que sempre posso ser ho-
nesto com o Senhor, sem me preocupar com o que os outros
pensarão. Eu posso despejar meu coração a qualquer hora
diante de Deus, em qualquer lugar, e ele sempre me ouvirá e
responderá com carinho.
Quinta, 2 Samuel 2.1-7
Saul está morto, e Davi assume o reinado. Qual foi sua
primeira atitude? Agradecer àqueles que enterraram seu ini-
migo Saul! Muitas vezes, falo contra alguém que mostra gene-
rosidade ou respeito para com meus inimigos. Isso não é da
vontade de Deus! Da mesma maneira que Davi fez, o Senhor
exorta-nos a tratar bem nossos inimigos: “Se seu inimigo tiver
fome, dê-lhe de comer; se tiver sede, dê-lhe de beber. Fazen-
80
A ALIANÇA DE DEUS COM DAVI
81
Lição 8 Sábado, 25 de agosto de 2007
Núcleo da lição
Promessas fidedignas significam mais para nós do que
aquelas facilmente quebradas. Em qual tipo de promessa po-
demos confiar? Deus prometeu afiançar a linhagem de Davi
e o trono, e os cristãos celebram a natureza eterna dessa jura
como cumprida em Jesus Cristo.
1. Qual foi a aliança que Deus fez com Davi, revelada pelo
profeta Natã?
82
A ALIANÇA DE DEUS COM DAVI
83
Lição 8 Sábado, 25 de agosto de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Matthew Berg
Contexto
Nosso texto está contextualizado na famosa história
de Davi adorando, exuberantemente, ao Senhor sob os
olhos atentos da esposa Mical (2 Samuel 6). 2 Samuel 7 é
talvez o capítulo mais importante do material histórico que
nos dá o autor no que temos agora como os livros de
Samuel. Representa o coração do caráter de Deus como o
doador da promessa de sustentar seu povo pela fidelidade
à linhagem de Davi, que culmina dramaticamente em Je-
sus. O restante de 2 Samuel 7 fala sobre o desejo de Davi
de construir o templo. O que é impressionante aqui é a
importância da oração como fundamento de qualquer gran-
de trabalho realizado para Deus. A oração de Davi é fun-
damental para a edificação do templo.
Texto e aplicação
No filme “As Crônicas de Nárnia”, inspirado na obra
do teólogo C.S. Lewis, um dos personagens diz: “Há tantos
quartos nesta casa...”. Isso me impressionou por causa da
mesma linguagem usada em nossa passagem, na qual Davi
essencialmente lamenta o fato de o Senhor não ter uma
casa, e o rei morar numa com tantos quartos (2 Samuel
7.2). O Senhor diz, então, que ele não habitava em casas,
mas em tendas e tabernáculos (2 Samuel 7.5-16).
Davi ora depois de ter recebido a mensagem do pro-
feta Natã (2 Samuel 7.18-29). O centro de nossa passagem
envolve a fala de Deus para Natã. A verdadeira casa de
Deus está numa promessa ao seu povo, na qual realmente
haverá muitos quartos. E seus aposentos serão construídos
sobre a sólida fundação da linhagem do rei Davi. Você,
alguma vez, pensou em sua própria linhagem familiar como
um presente e uma promessa do Senhor? Já refletiu sobre
sua família ser uma parte da Casa de Deus?
É impossível subestimar a importância de 2 Samuel 7,
no contexto bíblico. “Este é um dos capítulos mais impor-
tantes de toda a Bíblia. Pode ser comparado à Magna Car-
ta ou à Declaração de Independência; textos que inspiram
uma nação inteira e geram uma identidade nacional.”
(Arnold, pág. 472). A razão estabelece uma visão maior do
plano de Deus para a humanidade, e não apenas para
Israel. O Senhor pretende estar conosco e mora em nosso
coração! É o Emanuel, o Deus conosco. Não está limitado
a uma casa ou a um templo. Ele exige ocupar um lugar
especial em nossa vida: o primeiro! Caminha sempre
conosco, como com os israelitas na tenda de fogo. Regozi-
je-se na promessa desse texto; é o fundamento para um
relacionamento com seu criador.
Procure lugares para os quais possa convidar Deus a
86
A ALIANÇA DE DEUS COM DAVI
Anotações
87
Lição 8 Sábado, 25 de agosto de 2007
Atividade pedagógica
Leiam o hino “Firme nas promessas” e meditem no que
o autor estava tentando transmitir.
Trace a linhagem de Jesus, tendo Davi como ponto de
partida. Veja quais nomes avançam e como eles poderiam
ser incluídos nas promessas feitas a Davi.
Olhando adiante
Nós aprenderemos pela sabedoria de Salomão.
88
DEUS CONCEDE
SABEDORIA A SALOMÃO
1 REIS 3.3-14
Segunda, Jó 28.12-28
A sabedoria não está diretamente relacionada ao nosso
nível de saúde ou de riqueza. Não podemos obtê-la com
ouro, jóias ou status social. Nós somente a teremos se ficar-
mos o mais perto possível do Senhor. Ele pode colocar pesso-
as em nosso caminho para serem nossos mentores, prontos a
nos ajudarem a crescer; todavia, a sabedoria não vem delas.
A vereda da sabedoria é o Senhor, e ele manterá essa trilha
iluminada para qualquer um que queira segui-la.
Lição 9 Sábado, 01 de setembro de 2007
91
Lição 9 Sábado, 01 de setembro de 2007
Verso áureo
“Eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração
sábio e inteligente, de maneira que antes de ti não houve teu
igual, nem depois de ti haverá.” (1 Reis 3.12)
Núcleo da lição
A maioria das pessoas deseja entender o mundo ao seu
redor e aprender a fazer escolhas sábias. Qual é a fonte de tal
conhecimento? Salomão obteve sua admirável sabedoria ao
pedir a Deus. Foi uma resposta do Senhor à sua oração.
92
DEUS CONCEDE SABEDORIA A SALOMÃO
93
Lição 9 Sábado, 01 de setembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Matthew Berg
Contexto
O contexto histórico e literário de nossa passagem é a
sucessão do trono de Davi. Isso nos dá um pano de fundo
importante ao texto de estudo e não desenha um rei
Salomão em condições completamente honradas. Um as-
pecto importante de todos os personagens humanos na
Bíblia... Eles não são perfeitos! Várias vezes, vemos essas
pessoas adorando a criaturas e a outros ídolos. Contudo,
felizmente, eram adoradores do único Deus verdadeiro e,
conseqüentemente, receberam sua misericórdia e suas bên-
çãos. É importante ler a história das ascensões de Saul e de
Davi ao trono antes de apreciar completamente todos as
nuanças que acontecem em 1 Reis 3:3-14.
Há dois pontos no contexto que melhoram nossa com-
preensão de 1 Reis 3.3-14. Sim; Salomão pediu sabedoria,
e o Senhor concedeu. Porém, isso não veio sem as impres-
sões digitais da graça. Salomão escolheu uma esposa es-
trangeira, uma egípcia, algo explicitamente proibido na Torá
(Deuteronômio 7.3,4) Então, gastou tempo e dinheiro pra-
ticamente duas vezes construindo seu próprio palácio, com-
parado ao templo de Jerusalém para adoração.
Certa vez, foi-me dito que você pode saber as priori-
dades de uma pessoa olhando sua agenda diária e vendo
como ela gasta seu tempo. Aliás, quanto tempo você gasta
com o Senhor Deus, em seu dia-a-dia?
Esses elementos do contexto ajudam-nos a ver o quanto
YHWH (Deus) foi gracioso para com Salomão, conceden-
do-lhe sabedoria.
Texto e aplicação
A palavra-chave de nosso texto, repetida várias vezes
na oração de Salomão, é hesed - traduzida freqüentemente
por ‘bondade’ ou ‘generosidade’. Esse é um dos mais im-
portantes termos do Antigo Testamento, porque expressa o
quão profundo e comprometido é o amor de Deus para
com seu povo. Até mesmo quando seu povo desobedece,
o Senhor permanece fiel em cumprir seus bons propósitos.
A melhor tradução da palavra é fidelidade à aliança. E a
fidelidade de Deus à aliança conosco é eterna.
É justamente de Deus a aliança que nos permite rece-
ber sua sabedoria. Toda a verdade é a verdade de Deus;
não importa onde ou quando ela esteja disponível, sem-
pre pode nos surpreender. As duas fontes mais conhecidas
da sabedoria divina são a palavra de Deus e seu espírito.
Também posso encontrá-la nas conversações e nos diálo-
gos com meus irmãos em Cristo, que podem ministrar sa-
bedoria advinda daquilo que Deus fez na vida deles. Po-
rém, a sabedoria não está restrita a isso; onde mais, então,
pode encontrá-la? Como podemos buscar fielmente a sa-
bedoria dessas fontes principais as quais Deus dá sua sa-
bedoria?
Eu creio que a terceira fonte, e talvez a mais impor-
tante, seja a oração. A maior parte do tempo que passamos
em oração consiste em dar a Deus uma “lista de compras”.
Contudo, esquecemo-nos de investir tempo em preces para
ouvir a Deus!
E como podemos entrar no lugar sagrado onde Deus
pode dar sabedoria por nossa vida de oração? Um dos
96
DEUS CONCEDE SABEDORIA A SALOMÃO
97
Lição 9 Sábado, 01 de setembro de 2007
Atividade pedagógica
Separe os alunos em pequenos grupos para discuti-
rem se as bênçãos de Deus dependem de nossa obediên-
cia ou não.
Dê o pano de fundo histórico a esta história e pergun-
te qual foi o significado de Salomão.
Revisando
Olhamos o relacionamento de Deus com Israel por
meio dos juízes e exploramos as alianças relacionais de
Deus com Samuel,com Davi e com Salomão.
98
ELIAS TRIUNFA
COM DEUS
1 REIS 18.20-24. 30-35, 38-39
Terça, Salmo 93
Eu estive no oceano várias vezes. Numa das mais
assustadoras, fui com minha família ver uma baleia. O bar-
co em que estávamos era muito pequeno, menor do que
deveria ser. E, quando estávamos voltando para o porto,
Lição 10 Sábado, 08 de setembro de 2007
veio uma tempestade; lembro-me de me assentar e de so-
mente ouvir o som das ondas batendo no barco. Definiti-
vamente, foi um momento assustador! Porém, até mesmo
o mar com todo seu poder e ruído não chega nem perto
da majestade e do poder de nosso Deus. Ah, como ele é
maravilhoso!
101
Lição 10 Sábado, 08 de setembro de 2007
Núcleo da lição
Às vezes, notamos que dependemos de um poder
maior que nós mesmos. De qual poder estamos sujeitos?
Em um momento muito crítico, Elias dependeu do poder
de Deus, e não foi desapontado.
103
Lição 10 Sábado, 08 de setembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Nick Kersten
“... o que era mau perante o SENHOR, mais do que
todos os que foram antes dele”. (1 Reis 16.30).
O reino do norte de Israel havia caído, há algum
tempo, em práticas do mal, inclusive na idolatria. A queda
foi presidida por uma série de reis maus. As contínuas
advertências dos profetas do Senhor não surtiram efeito
algum em trazerem novamente os israelitas para Deus.
Depois que o rei Onri faleceu, seu filho Acabe subiu ao
trono (1 Reis 16.29-33), e a situação tornou-se até mesmo
mais propensa ao mal. O primeiro livro de Reis registra
que Acabe era pior que qualquer um dos seus predecesso-
res; uma distinção bastante infame... Neste ambiente, Deus
chamou um profeta para trazer seu povo de volta a ele.
Um anúncio dramático
Em 1 Reis 17, o profeta Elias fez sua primeira apari-
ção, anunciando que não haveria chuva durante anos, até
que o Senhor abrisse as janelas dos céus e derramasse
água sobre a Terra. Em resumo, ele avisava que o Senhor
traria seca e escassez para todos os israelitas. Depois de
fazer o anúncio, Elias é ordenado a fugir para a torrente de
Querite, e então para Sidom, ao norte de Israel, a fim de
escapar da ira de Acabe. Durante esse tempo todo, o dra-
ma na Terra continuou; dia após dia sem chuva, a seca
tornou-se catastrófica. E Acabe recusava-se a reconhecer
Deus.
O desafio é feito
Na primeira parte de 1 Reis 18, achamos Elias rece-
bendo a ordem divina de se apresentar a Acabe para di-
zer-lhe que a seca estava a ponto de terminar, depois de
104
ELIAS TRIUNFA COM DEUS
três anos. A ordem de Deus não parece notável até que
lemos, no verso 4, que Jezabel, a esposa de Acabe, estava
exterminando os profetas do Senhor. Além disso, descobri-
mos a conversa de Elias com Obadias, o fiel e guardião da
casa de Acabe (1 Reis 18.4-14). Naquela época, podemos
dizer que Acabe tinha publicado um decreto tornando Elias
o procurado número 1. Obadias temia que, mencionando
o nome de Elias diante do rei, fosse levado à morte. Po-
rém, apesar do perigo, Elias estava resoluto: apareceria di-
ante de Acabe. Quando finalmente conseguiu sua audiên-
cia com o rei, acusou-o de conduzir os israelitas para longe
de Deus e desafiou-lhe a trazer seus líderes religiosos (os
profetas de Baal e de Aserá) e todo o povo de Israel para
encontrá-lo no Monte Carmelo. Após três anos de julga-
mento, o Senhor mostrou-lhes quem realmente é o único
Deus verdadeiro.
O dia “d”
Quando o dia do desafio chegou, Elias acusou o povo
de Israel de idolatria e de falta de compromisso com Deus.
É interessante que os israelitas não fizeram coisa alguma
para responder a acusação! (verso 21). Depois do silêncio,
Elias desafiou: se Baal é poderoso e digno de adoração,
então, certamente seus 450 profetas poderiam lhe pedir
que respondesse a um sacrifício com fogo. Ele faria o mes-
mo oferecimento a Deus: um touro no altar, cortado em
pedaços. Todas as pessoas presentes concordaram com as
condições do desafio.
Elias permitiu que os profetas de Baal ofertassem pri-
meiro, e deu-lhes uma manhã inteira para obterem uma
resposta de Baal. Durante várias horas, eles dançaram ao
redor do altar construído (talvez o quadro mais descritivo
de idolatria, na Bíblia inteira!), sem receberem qualquer
resposta. Ao meio-dia, Elias começou a escarnecer dos pro-
105
Lição 10 Sábado, 08 de setembro de 2007
fetas de Baal e, por causa disso, eles resolveram adotar
medidas mais drásticas para tentarem obter uma resposta
do “deus” deles; incluindo se cortarem. Quando chegou o
momento de outro sacrifício, Elias começou a trabalhar.
No verso 30, vemos que, depois de um dia inteiro
observando a dança e a gritaria dos profetas de Baal ao
redor do altar, Elias conclamou a todo o povo e disse que
consertaria o altar do Senhor, outrora abandonado. Num
gesto carregado de simbolismo, ele tomou 12 pedras - uma
para cada tribo de Israel (inclusive Judá que, a esta altura
da história, era um reino separado) - e colocou-as ao redor
do altar. Então, Elias fez algo curioso: cavou uma vala ao
redor do altar recentemente preparado. Esta não era uma
prática normal de adoração, e certamente as pessoas de-
vem ter desejado saber o por quê daquela vala.
Depois de colocar o touro no altar, Elias pediu, dentre
outras coisas, água. Depois de 3 anos de seca, isso poderia
ser um artigo precioso! Certamente, as pessoas sedentas
teriam almejado a água contida nos jarros. Depois de ad-
quirir um jarro cheio, o profeta esvaziou-o, molhando a
oferta e o altar. Esse processo repetiu-se por três vezes, a
ponto de a vala encher-se. Assim que o oferecimento esta-
va preparado, Elias parou e orou. Nos versos 36-37, desco-
brimos seu coração.
O propósito inteiro desse desafio era tentar trazer o
povo de Israel de volta para Deus. O profeta orou em
humildade e demonstrou total dependência de Deus. A
resposta do Senhor para essa prece foi imediata: o fogo de
Deus caiu do céu, e não só consumiu o touro, mas a água
na vala e o altar de pedras também. Naquela hora, foi
decidida a competição, e as pessoas voltaram-se a Deus e
disseram: “Só o Senhor é Deus; só o Senhor é Deus!”.
Deus tinha usado a coragem de Elias para se levantar di-
ante de um rei assassino e trazer seu povo de volta.
106
ELIAS TRIUNFA COM DEUS
A coragem de Elias
Não deve ter sido fácil para Elias ter a coragem ne-
cessária para confrontar Acabe, um rei poderoso que ten-
tava matá-lo. Porém, para desafiar o rei e o país inteiro
para uma competição, a fim de provar quem era o Deus
verdadeiro, ele necessitava de algo mais que apenas cora-
gem. Necessitou de uma fé completa e total em Deus. Com
uma provocação desse porte, era altamente improvável que
Elias descesse vivo do Monte Carmelo caso o desafio fa-
lhasse. Nós sabemos que Acabe e Jezabel queriam
exterminá-lo, e se sua idéia tivesse falhado, ele teria real-
mente sido morto! Elias teve que confiar que Deus não o
abandonaria nesse momento e não foi desapontado.
O Deus de Elias - um Deus fiel, poderoso, presente -
ainda demonstra seu poder em nossa vida, e não devería-
mos ter medo de confiar em seu poder se agimos confor-
me sua vontade para cada um de nós. Se nós confiarmos
nele, descobriremos, como Elias, que aquele que confia
em Deus nunca será desapontado.
Anotações
107
Lição 10 Sábado, 08 de setembro de 2007
Dicas para os professores
Metas da lição
Atividade pedagógica
Peça aos alunos para fazerem uma lista dos “deuses”
que interferem em suas vidas: dinheiro, poder, álcool, etc.
Orem uns pelos outros para anularem esses ídolos pessoais.
Olhando adiante
Josias traz uma reforma e uma segunda chance ao
povo.
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A REFORMA DE JOSIAS
2 REIS 22.8-10; 23.1-3, 21-23
Segunda, Salmo 32
Deus deseja estar conosco e quer nossa presença e
companhia. Aleluia! E, quando pecamos, desejamos correr
e esconder-nos. É por isso que Satanás ataca, desejando
fazer-nos sentir culpados, impuros, indignos; ele faz-nos
pensar que nosso pecado não tem perdão. Como é fácil
cair nessa armadilha... Contudo, não precisamos nos es-
conder do Senhor! Nossa alma geme longe do Criador.
O apóstolo João apresenta-nos o remédio: “Se confes-
sarmos nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os
Lição 11 Sábado, 15 de setembro de 2007
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Lição 11 Sábado, 15 de setembro de 2007
Núcleo da lição
A vida provê a nós muitas oportunidades de segundas
chances e, também, outras formas de renovação. O que
nos esporeia a buscar a renovação? A leitura do livro da
aliança levou Josias a conduzir o povo a uma magnífica
cerimônia de renovação da aliança.
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A REFORMA DE JOSIAS
4. Com que freqüência você conta para outros sobre suas re-
centes descobertas quanto às partes das Escrituras? Como
isso afeta você, sua família e as outras pessoas do seu
convívio?
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Lição 11 Sábado, 15 de setembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Nick Kersten
Idolatria diária
Deus não tolera rivais; nunca tolerou, nem tolerará
(Êxodo 20.4-6). Ele não deseja competir por nosso cora-
ção, e fará tudo para ter nossa atenção. Deus ocupará o
primeiro lugar em nossa vida, e não ocupará outro! No
caso do povo de Judá, depois de anos de pecado (o peca-
do era tão aceito culturalmente que parecia comum a eles),
as pessoas encontraram a palavra de Deus e um bom rei
para lhe empurrarem na direção certa. Até mesmo para o
fiel, a perda dos ídolos domésticos e dos lugares altos na
zona rural deve ter parecido um pouco demais. A ideolo-
gia dos habitantes do Reino do Sul por aquele tempo,
provavelmente, era caracterizada por um conceito de Deus
do tipo “Yahwéh e ...”. O povo de Judá, até mesmo os
idólatras que, em última instância, condenaram o reino à
destruição, ainda adorava a Deus. O problema não era o
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A REFORMA DE JOSIAS
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Lição 11 Sábado, 15 de setembro de 2007
Atividade pedagógica
Peça à classe para fazer um relatório das vidas de
Manassés e de Amom, avô e pai de Josias. Mostre o impac-
to negativo que eles tiveram na vida do povo de Judá.
Peça aos alunos para contarem que atos de adoração
ajudaram-lhes a se sentirem mais perto de Deus. Solicite
que expliquem o motivo.
Olhando adiante
Os israelitas almejam a restauração do relacionamento
deles com Deus.
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O POVO É ENVIADO AO
EXÍLIO
2 CRÔNICAS 36.15-21; SALMO 137
to Santo!
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Liçao 12 Sábado, 22 de setembro de 2007
Verso áureo
“Às margens dos rios da Babilônia, nós nos assentáva-
mos e chorávamos, lembrando-nos de Sião.” (Salmos 137.1)
Núcleo da lição
Comportamento teimoso e orgulhoso freqüentemente
conduz a conseqüências dolorosas. Qual é o preço pago
por tais escolhas tolas? Depois de Israel e de Judá rebela-
rem-se contra Deus, o povo é enviado para o exílio: lá, as
pessoas almejaram a relação que tinham tido com Deus.
2. Por que Jerusalém caiu? O que fez com que caísse? Como
você pensa que o povo de Judá deveria ser afetado por
esses eventos?
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O POVO É ENVIADO AO EXÍLIO
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Liçao 12 Sábado, 22 de setembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Nick Kersten
nhor.
O dia do julgamento
2 Crônicas 36.15-20 registra as razões exatas para a
destruição de Jerusalém (posteriormente descritas em
Jeremias 52). O autor de 2 Crônicas diz que Deus entrega-
ra todos eles ao poder de Nabucodonosor. O templo fora
profanado e destruído; o povo de Deus foi levado para
cadeias das casas deles, sendo humilhados e tiveram suas
vidas destruídas. A cidade de Jerusalém sofreu destruição e
suas paredes foram demolidas. Nós obtemos mais detalhes
desse episódio em Jeremias 52; a escassez que ocorreu até
a destruição da cidade era tão severa que não havia mais
comida (verso 6), e o exército de Judá fugiu dos babilônicos
antes de ser capturado. O rei Zedequias (o último de Judá)
foi capturado e forçado a assistir à morte dos seus filhos
antes de ter seus olhos arrancados. A destruição do povo
de Deus parecia estar completa!
A dor de perda
Deus não é o único que sente dor e perda quando
desastres golpeiam seu povo. Todos sabemos o sofrimento
que sentimos quando isso acontece conosco! Com o povo de
Judá não era diferente. Vemos, no Salmo 137, e no livro de
Lamentações, a profunda dor que os judeus sentiram pela
queda de seu país e pela destruição de sua herança. Eles
lastimaram a perda de tudo que tinham, e choraram pelo
cativeiro, em um país estrangeiro. Todavia, mesmo ali, Deus
não tinha abandonado seu povo! Jeremias escreve, no capí-
tulo 29.11-14 (uma passagem familiar a muitos de nós), que
ele tinha um plano para aquela gente e não estava contente
em castigá-la. A perda do povo era apenas temporária, e
então Deus iria restabelecê-lo. O Senhor estava lhe ajudando,
apontando além do castigo para o que viria.
Da mesma maneira, todos nós lidamos com situações
difíceis e dolorosas de vários tipos. Mas não importa a situa-
ção; sabemos que Deus tem um plano para cada um de nós,
uma rota, em última instância, para nos levar de volta a ele.
Nos tempos difíceis, temos os outros membros do corpo de
Cristo para nos confortar, apoiar e socorrer. Devemos ser en-
corajados a compartilharmos nossa própria dor e perda com
nossos irmãos em Cristo, e ser encorajados por saber que
nosso Deus não está contente em nos deixar sofrer. Deus é a
nossa força a cada dia, e devemos confiar nele em toda e
qualquer situação.
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Liçao 12 Sábado, 22 de setembro de 2007
Atividade pedagógica
Leia o Salmo 137 como uma litania, usando “Ajuda-
nos, oh Deus!” como uma resposta. Feche com uma ora-
ção, pedindo um relacionamento renovado com Deus.
Olhando adiante
Aqueles que se arrependem de quebrar a aliança
recebem o perdão e a restauração de Deus.
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RETORNO E
RESTAURAÇÃO
2 CRÔNICAS 36.22-23; ESDRAS 1.5-7
Domingo, Salmo 57
Este Salmo mostra a suprema confiança no Senhor
diante de tribulações e de situações inesperadas. Quando
a vida torna-se complicada, somente nosso relacionamen-
to com Deus pode acalmar a alma. Que bonita figura o
salmista usou: achar abrigo à sombra das asas do Senhor!
Sexta, Esdras 1
Quando Deus age, nada pode detê-lo. Ele disse: “Agin-
do eu, quem o impedirá?” (Isaías 43.13). Nosso Deus fala
com trovão e raio; age com poder e fogo. E pode usar
tantas pessoas quantas quiser para cumprir seu plano, como
demonstrado aqui. Quando Deus está agindo, pessoas, que
você não esperaria ajudar, unem-se para executar o traba-
lho dele.
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RETORNO E RESTAURAÇÃO
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Lição 13 Sábado, 29 de setembro de 2007
Núcleo da lição
Muitas pessoas experimentam o perdão após terem
feito algo de errado. Como você viveu o perdão de Deus?
Os israelitas souberam que Deus havia lhes perdoado quan-
do lhes foi permitido retornarem a seu lar e reconstruírem
suas vidas.
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RETORNO E RESTAURAÇÃO
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Lição 13 Sábado, 29 de setembro de 2007
ENTENDENDO E VIVENDO
Nick Kersten
O retorno do cativeiro
O edito de Ciro (registrado em 2 Crônicas 36.22-23 e em
Esdras 1.2-4) é um reflexo dessa mudança de política externa.
Nele, podemos ver que Ciro provê tanto a oportunidade para
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Lição 13 Sábado, 29 de setembro de 2007
Celebração desenfreada
Apesar de estarem retornando a um lar desconhecido
por elas, as pessoas de Judá celebraram o perdão de Deus,
demonstrado pelo edito de Ciro. No livro de Esdras, vemos
que a descrição do retorno a Jerusalém, para reconstruir e
dedicar o templo, está cheio de detalhes do trabalho feito
e de como foi terminado. Tudo isso teria sido impossível
sem Deus; o Senhor abençoou-os com recursos, com cora-
ções e com mãos dispostas.
É interessante destacar que, na ordem hebraica dos
livros que compõem o Antigo Testamento, não se termina
com os profetas (como nas nossas bíblias), mas com o
livro de 2 Crônicas. Ali está esse edito de Ciro. A esperança
trazida pelo retorno é a última coisa de que eles se lem-
bram nas Escrituras: Deus tinha restabelecido seu povo
depois que o tempo do julgamento cessou.
Perdão percebido
A ordem para voltar para casa não era somente o fim
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RETORNO E RESTAURAÇÃO
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Lição 13 Sábado, 29 de setembro de 2007
Atividade pedagógica
Use um mapa para localizar a Babilônia e Jerusalém
e para mostrar a distância que os exilados viajaram ao
regressarem.
Levar os alunos a uma discussão sobre os líderes atu-
ais de diferentes países. Quais são admiráveis? Quais não
são? Por quê? Quem seus alunos seguiriam?
Revisando
Viver em aliança com Deus carrega desafios. Há
conseqüências para a quebra da aliança, mas também
existe esperança de restauração para o arrependido.
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OBRAS CITADAS
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COLABORADORES
ENTENDENDO E VIVENDO
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Solicita-se que as remessas de dízimos, ofertas e outras
contribuições destinadas à Conferência Batista do Sétimo Dia
Brasileira, sejam feitas através de cheques, ordens bancárias
ou vales postais nominais, de preferência para as seguintes
agências e contas bancárias:
a) BANCO DO BRASIL S. A.
Agência nº. 1622-5 de Curitiba / PR
Conta Corrente nº. 57643 -3
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
b) BANCO BRADESCO S.A.
Agência nº. 0049-3 de Curitiba/PR
Conta Corrente nº. 153799-7
Titular: Conferência Batista do Sétimo Dia Brasileira
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LIÇÕES PARA O PRÓXIMO TRIMESTRE
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