Você está na página 1de 36

Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Cristiano Luna 0
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

“Disraelli (ex-primeiro-ministro britânico) dizia


que há três tipos de mentira. A mentira
comum, a deslavada e a estatística.”

Ariano Suassuna, ao falar de seu medo de andar de avião e que,


ESTATISTICAMENTE, andar de carro seria mais perigoso que de avião.

“Quando o japonês me mostrou toda aquela


parafernália, eu indaguei:

- Então é nisso que vou ler livros? E quando quiser ir ao banheiro, carrego junto
essa joça? Levo isso para a cama a fim de ler antes de dormir? E se cai no
chão? E se a energia acaba?

Já que você diz que vamos fazer livros nesse troço aí, vamos ver como ele
escreve textos. Redija aí o meu nome: Ariano Villar Suassuna”

O japonês digitou o Ariano e o bicho aceitou.

Digitou o Villar e o diabo fez aparecer o corretor


apontando erro e sugerindo vocábulo
aproximado — “Vilão”.

Em seguida, digitou Suassuna. Mesma coisa. O


vocábulo aproximado era “Assassino”.

Eu disse: “Como vou escrever numa coisa que


me chama de Ariano Vilão Assassino?”

Ariano Suassuna, ao ouvir que o E-BOOK


substituiria o livro impresso em papel.

Cristiano Luna 1
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Concordo com Ariano em gênero, número e


grau.

Entretanto, aqui estou: escrevendo um EBOOK.

De ESTATÍSTICA.

Conforme escolhido lá no instagram @cristianoluna_ a bola da vez é


Estatística.

Espero sinceramente que esse material te ajude a vencer mais uma matéria
que é praticamente um tabu para muitos concurseiros.

Eu dei o meu melhor ao escrever.

Bora!

Obs: na última seção, “INDO ALÉM”, você encontra os cadernos de


questão PAU PRA TODA OBRA de Estatística, que serão muito úteis para
implementar o que descrevo aqui no e-book.

Encontra também a explicação completa sobre a MATEMÁTICA FINANCEIRA


RESSIGNIFICADA, que algumas vezes menciono no e-book.

Confere lá!

Cristiano Luna 2
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Sumário

1) A ressonância magnética de Estatística................................................ 4

2) Exatas Fiscais ............................................................................................ 7

3) Lendo o exame de imagem ................................................................. 16

4) Oitenta Vinte ........................................................................................... 24

INDO ALÉM............................................................................................... 32

Cristiano Luna 3
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

1) A ressonância magnética de Estatística

Um dos motivos que me fizeram pedir exoneração do meu cargo de Consultor


Legislativo em 2018 foi a dor de cotovelo.

Mas não aquela que você toma umas e ouve Boate Azul pra passar. Dor de
cotovelo literal mesmo. Parece que ao longo de anos estudando para
concurso, e tendo o hábito de escrever com muita força, o meu cotovelo
“bichou” valendo.

Doía demais. Eu não sabia o que era e nem tinha tempo de descobrir, porque
estava trabalhando e com as provas da área fiscal que tinha tanto esperado
marcadas uma depois da outra.

O meu trabalho forçava ainda mais o cotovelo e piorava ainda mais as dores.
Antes eu “só” estudava o dia inteiro com dor de cotovelo. Agora eu
trabalhava e estudava com dor de cotovelo.

Tive que sair do emprego.

Depois de ter saído do emprego, me ferrei nas provas. Desiludido com a


vida, finalmente fui cuidar do cotovelo, que não tinha ficado sem doer 1
minuto sequer nesse período todo.

A essa altura eu já tinha a outra dor de cotovelo também, a figurada, mas


pra essa realmente não tinha recurso. Fui cuidar da que tinha. Ou que eu
achava que tinha, pelo menos.

Fui ao médico ver o cotovelo e ele me mandou fazer um raio-X. Fiz o raio-X,
dei o exame pra ele, ele olhou pra mim, olhou pro exame, olhou pra mim,
olhou pro exame, e falou:

- tem nada não, tá tudo certo.

Lembro que, naquele instante, o idiota aqui ficou até feliz. “Ah, que bom, não
é nada não.”

Mas depois que cheguei em casa, coloquei-me a pensar: “como que não tem
nada e essa merda dói assim o dia inteiro?”

Óbvio que tem alguma coisa, cacete!

Marquei um outro médico, que era exatamente no mesmo local que o


anterior, e levei o raio-X, já pronto. O médico riu do meu raio-X.

- pra que isso?

Cristiano Luna 4
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

No raio-X não vai dar pra ver nada não. Só se tivesse uma fratura exposta no
cotovelo, mas aí ele ia estar girando em 360° agora.

Ele me mandou então fazer uma ressonância magnética. Puta exame


chato. E se você não tiver plano de saúde, fica mais chato ainda. Saiu pela
bagatela de 700 reais brasileiros.

Feito o exame, a conclusão veio tão animadora quanto os 700 reais que
foram:

- tem um pequeno cisto no meio da articulação.

Isso que fazia doer.

Por que deu isso aí?

- realmente não tem como saber. Não tem explicação

E aí, o que faço agora?

- ah, melhor não fazer nada. Tem que desmontar a articulação inteira
pra tirar isso daí. Vai ficar é pior do que tá.

Aí o médico me passou um “remédio” que talvez ajudasse, mas que não


tinha comprovação científica de que funcionava (olhei no google antes de
comprar, claro, porque também era o olho da cara).

Ótimo, torrei uns 1000 reais atoa e vai ficar do mesmo jeito essa porcaria
- pensei.

Mas depois eu pensei melhor. Com menos dor de cotovelo pelos 1.000 reais
que a dor de cotovelo me levou.

Não era a mesma coisa.

Eu agora pelo menos sabia por que doía. Ainda doía, mas pelo menos eu
sabia exatamente por que.

Pode parecer que a ressonância não fez diferença nenhuma, mas pelo menos
agora eu sabia que meu braço não ia cair daí uns dias.

Doía por causa de um negócio de 0,3 cm, irrelevante, que simplesmente


surgiu sem explicação e que não tinha nenhuma relevância. Seu único
propósito de vida era me fazer raiva 24 horas por dia.

Cristiano Luna 5
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Então, eu me acostumei com a ideia do cotovelo bichado, o remédio


ajudou em alguma coisa (ou foi só um efeito placebo mesmo), e hoje o
cotovelo tá até de boa.

Não é lá digamos - que cotovelo funcional - mas tá aí escrevendo até E-


BOOKS.

A nossa ideia para estatística aqui é a mesma.

Acredito que a grande maioria dos concurseiros esteja ainda na fase “Raio-X”
com a matéria.

Dói, enche o saco, e não tenho ideia do motivo.

Exames superficiais não vão mostrar muita coisa.

Se você não tirar o escorpião do bolso e ir fazer um exame que preste, vai ficar
nas trevas.

As trevas e a luz serão o nosso divisor de águas aqui.

Por isso vamos logo para a Ressonância.

Talvez sua dor com estatística não tenha uma solução fácil. Mas te garanto
que você agora vai pelo menos descobrir exatamente por que dói.

E, acredite, faz toda diferença.

Muitas vezes não tem como acabar com a dor.

Dói porque dói.

Tem como administrar a dor.

E tem como passar no concurso mesmo com um monte de coisa doendo.


Cotovelo, literal e figurado, estatística e mais o que tiver doendo.

Passar no concurso. Esse é o nosso norte. Coisa doendo é detalhe.

Cristiano Luna 6
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

2) Exatas Fiscais
Pessoal,

Tudo que eu escrevo aqui é baseado em fatos e dados verificáveis, de modo


que você não precisa acreditar no que eu falo. É tudo verificável.

E pode me mandar um e-mail/mensagem/Direct me questionando em


qualquer ponto, sem problema algum!

Eu não tenho paixão nenhuma pelos métodos que explico aqui. Pelos meus
pontos de vista pessoais do estudo para concurso, do estudo de exatas, do
estudo de estatística, de nada.

Eu tenho paixão pelos resultados. A partir do momento que alguém me


contar algo que funcione melhor para estatística do que o que vou mostrar
aqui, eu apago o que for preciso e faço o guia de estudos de estatística
2.0.

Sem problema algum. Meu negócio não é estar sempre certo, é passar
adiante o que acredito que irá trazer resultado, com a sinceridade máxima
possível.

Umas das grandes lições que o estudo pra concurso me trouxe foi a de deixar
de lado o que eu achava que era pra fazer, para apenas fazer o que
dava resultado.

Eu resolvi muita coisa assim.

Sugiro que você faça o mesmo.

Muitas vezes é só uma questão de escolha.

Você prefere “estar sempre certo”, ou prefere passar na prova?

Acredite, muita gente prefere “estar sempre certo”.

No guia de estudos de TI eu tive uma preocupação enorme de provar por A


+ B cada coisinha que eu colocava no e-book. Isso resultou em um e-book de
32 páginas. Ficou tudo muito bem fundamentado, mas ficou do tamanho de
um inquérito policial em que interroguei o TI de tudo enquanto é jeito antes
de condená-lo por chatice e inconveniência dolosa.

Aqui, resolvi economizar um pouco nos elementos probatórios. Para ser mais
direto ao ponto e porque isso aqui não é um inquérito policial. É apenas um
material que visa te ajudar a resolver um problema.

(Note, caro leitor, que eu tinha a esperança sincera de fazer algo sucinto.
Não teve foi jeito. Esse aqui acabou foi maior.)

Cristiano Luna 7
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Então, ainda que eu não prove por A+B tudo que está aqui, é tudo
verificável. Fatos e dados. Veja você mesmo se bate com a realidade :)

Para falar de estatística, não tem como deixar de falar do grupo ao qual ela
pertence. É um grupo conhecido genericamente como exatas, na área fiscal
ou mesmo em controle.

Matemática financeira, raciocínio lógico, estatística, matemática básica


(aquela do ensino médio)

Vamos falar rapidamente sobre isso, para podemos entender melhor o que se
passa com estatística.

A primeira coisa que se tem que ter em mente ao estudar matérias exatas é
que matemática, em sentido amplo, é um exemplo clássico de
conhecimento que se constrói na vertical.

Professor Pier, em “Aprendendo Inteligência” explica que há conhecimentos


construídos predominantemente na vertical, e outros construídos
predominantemente na horizontal.

Idiomas são bem horizontais, por exemplo. Ainda que ajude, você não
PRECISA saber espanhol pra aprender inglês ou alemão. É um tipo de
conhecimento bem horizontalizado.

Mas matemática é diferente.

É como se fosse um prédio, em que você constrói a fundação e depois um


andar sobre o outro, verticalmente.

Pense. Você começa estudando os números, adição, subtração,


multiplicação e divisão.

Potências, raiz quadrada.

Passa a estudar funções, desde as mais simples, lineares ou de segundo grau,


até outras mais complexas, como exponencial, logarítmica e por aí vai.

Se você for fazer uma faculdade de exatas, vai entrar em cálculo: limites
derivadas, integrais. É uma “continuação” que dá bastante sentido para
coisas que ficaram sem uma boa explicação ao estudar funções no ensino
médio.

Veja que todo esse conhecimento vai se empilhando, como os andares de


um prédio.

Cristiano Luna 8
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

É por isso que muita gente entra na faculdade e reprova em cálculo 17 vezes.
Se a fundação é ruim, ou seja, se a pessoa não sabe na real o que é uma
função, não tem como ir além.

Tem que estar descobrindo a roda num momento em que o carro já está a
100 por hora.

Para nossa querida estatística, ocorre parecido.

Se você não domina matemática básica, não adianta ir fazer teste de


hipótese. O 10º andar só fica em pé se o 2º tiver firme.

E não é vergonha alguma, pessoal. O acesso à educação no Brasil é muito


ruim. Tenho certeza que muita gente apenas não teve oportunidade de
aprender matemática básica corretamente no ensino fundamental e médio.

Mas agora tem!

Nesse caso, aprender matemática básica agora é dar um passo atrás, para
depois dar dois pra frente.

A segunda coisa que devemos falar é que muita gente cria um bloqueio
apenas com a palavra estatística. Já entra com um pensamento de “é
difícil”.

Pessoal...

Exceto pela parte final de estatística, conhecida como estatística inferencial


por muitos (e para ela teremos um tratamento especial), me dê um voto de
confiança: não há diferença substancial de dificuldade entre estatística e
as demais matérias exatas. Matemática financeira, raciocínio lógico e
matemática básica.

Pode ir no que eu estou dizendo. Até mais da metade do conteúdo de


Estatística não tem nada demais e de incompreensível, desde que você
encare as coisas da maneira certa.

E qual a maneira certa?

Eu costumo pensar que há dois caminhos distintos para se estudar matérias


exatas.

Eu os chamo de “o caminho da luz” e “o caminho das trevas”

Cristiano Luna 9
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

“Yes, there are two paths you can go by


But in the long run
There's still time to change the road you're on.”

Sim, há dois caminhos que você pode seguir


Mas numa corrida longa
Ainda há tempo para mudar o seu caminho.

Na minha humilde opinião, o estudo de exatas para concursos é muitas vezes


“bizurado” demais. Na melhor das intenções de facilitar as coisas para o
aluno, muitos materiais simplesmente botam as fórmulas e explicam como
utilizá-las dentro de uma questão.

É um caminho válido.

Mas esse é o caminho das trevas, porque na real você não tem ideia do que
está acontecendo na matéria. Os conceitos que estão por trás daquilo.

Você não sabe direito o que é a regressão linear, o sistema de amortização,


a lógica de proposições e por aí vai.

Você pega um “bizu” que te ajuda resolver uma boa parte das questões da
matéria e tarefa cumprida.

Cristiano Luna 10
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Como sempre digo, não tenho paixão por métodos e abordagens. Se isso
desse bom resultado, eu concordaria, ainda que com pesar, em ignorar a
matemática, decorar 127 fórmulas e ir pra prova. Sem problemas.

A questão é que essa abordagem tem dois pontos de falha muito grandes:

1 - Você fica refém de memorização de fórmulas 100% do tempo. E aí


recorre a loucuras de memorização de fórmulas, gastando a energia que
poderia ser usada justamente para aprender a matéria definitivamente.

2 - Mesmo que você se recorde da fórmula, se a banca alterar em


qualquer coisinha o modo de aplicar a fórmula, vai dar ruim.

Você vai rodar.

Já vi isso tantas vezes...

Decorar fórmula e aplicar = acertar questões no mesmo padrão

Do mesmo jeitinho. Se trocar um pouquinho a receita de bolo, vira um


problema pra você.

Primeiro porque nas questões de exatas o fator tempo é muito importante.


Ou seja, não basta conseguir fazer a questão. Tem que conseguir fazer
dentro do tempo que cabe na prova.

Em regra, 3 minutos por questão, de média.

Acredito que temos que ter em mente isso.

Se imagine fazendo a prova e sabendo apenas as fórmulas. Nada de


conceito. Nada da matéria em si.

Como fazer as questões que fugirem um pouco do padrão em 3 minutos?

O caminho de decorar fórmulas sem nem saber de onde as coisas vem, fazer
uns exercícios e pronto é um caminho. Mas você fica refém das duas coisas:
da sua memória ser boa e da banca não mudar o padrão a que você está
acostumado.

Uma breve ilustração do que estou falando.

Rendas perpétuas, em matemática financeira, é um assunto bem bobo. É só


aplicar

𝑹𝒆𝒏𝒅𝒂 𝑴𝒆𝒏𝒔𝒂𝒍
𝑷𝒓𝒊𝒏𝒄𝒊𝒑𝒂𝒍 =
𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒓𝒐𝒔

Cristiano Luna 11
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Se cair do jeitinho que você precisa que caia, né?

Mas agora eu quero exatamente a mesma coisa, mas corrigida pela


inflação.

MUITO BOA SORTE para aplicar sua fórmula bizurada.

Não só nessa questão, mas em toda a prova de MAT FIN do ISS NITEROI. Nem
é do meu tempo de concurseiro isso, e como já disse, vou economizar nos
elementos probatórios. Veja essa prova de NITEROI você mesmo.

Cristiano Luna 12
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

O ponto é que, pelo caminho das trevas, sempre que sair do script um
pouquinho vai dar problema.

A crescente complexidade dos concursos aponta para a conclusão que esse


caminho vai passar a falhar cada vez mais.

E as pessoas que realmente sabem a matéria vão estar sempre abrindo


pontos em exatas sobre você.

Repare que estatística, principalmente estatística inferencial, tem aparecido


com cada vez mais frequência nas provas da área fiscal. ISS Manaus, Sefaz
SC, minha Sefaz Bahia e por aí vai.

Aparece com o custo-benefício ruim muitas vezes, é fato. Mas a crescente


complexidade das provas e o alto nível da concorrência mostram que não dá
mais pra simplesmente fugir de estatística inferêncial como se podia fazer
no passado.

Pegue as notas da minha prova da Sefaz Bahia e veja quanto quem passou
tirou em estatística – e grande parte foi inferencial.

O edital da PC DF, que saiu agora, e vários outros editais que, em tese teriam
menor complexidade do que os da área fiscal, já vem frequentemente com
estatística do conteúdo programático. E com forte ênfase na estatística
inferencial.

Acredito que não dá mais para simplesmente fugir.

Temos que enfrentar, mas enfrentar com sabedoria. Sabendo onde e como
devemos gastar a nossa energia.

O segundo caminho é o caminho que eu sempre tentei seguir em exatas. É o


caminho da luz. Esse caminho eu aprendi com um grande professor de
matemática que tive no ensino médio.

Ele evitava a todo custo jogar fórmulas para gente simplesmente decorar.
Mais de 90% da matemática de ensino médio ele simplesmente deduziu tudo
no quadro, e nos alertava do seguinte:

- É óbvio que vocês não precisam saber deduzir isso do zero como eu fiz. Mas
saber de verdade o que é isso e de onde cada coisa vem vai salvar vocês
quando as coisas estiverem complicadas. Quando só decorar a fórmula
não resolver.

Cristiano Luna 13
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

É claro que, para alguns tópicos de estatística, saber a matéria a ponto de


conseguir deduzir as fórmulas é um enorme exagero. É usar canhão pra
matar mosquito.

Mas se você encarar o estudo de exatas da forma correta, verá que isso não é
tão absurdo quanto soa.

Matemática financeira é um ótimo exemplo. Ainda hoje, após vários meses


sem contato com a matéria, eu consigo pegar uma folha em branco e
deduzir todas as fórmulas que muita gente tanto se mata para decorar.

E vai pro buraco se cair diferente.

Numa folha de papel. Dos juros simples até a TIR e o VPL

Para quem quiser entender melhor, vá até a última página do e-book. Lá


falo do próximo projeto que faremos, chamado MATEMÁTICA FINANCEIRA
RESSIGNIFICADA.

Esse é um caminho de sofrimento que se torna conforto. Sofrimento porque


você sofre em casa estudando, tentando realmente entender o que as coisas
significam, de onde elas vem, pra que serve, como aplica e por aí vai.

Conforto porque na hora da prova você estará protegido (ou pelo menos
bem mais protegido que os demais candidatos) contra quaisquer questões
que fujam um pouco do script e menos refém de memorização.

Sugiro que o leitor faça um pequeno exercício.

Filtre as questões de matemática financeira da FCC — a banca que mais


realizou provas da área fiscal nos últimos anos — de 2013 em diante.

Pegue-as, separadas por assunto, e verifique dentro desse mesmo assunto,


como a cobrança mudou, ano após ano.

Da cobrança tosca de uso de fórmulas para uma cobrança cada vez mais
complexa.

Para mim, que fiz essas questões todas algumas boas vezes, era muito clara a
escalada no nível da cobrança. Lembrando que não basta consegui fazer
a questão: tem que conseguir fazer em aproximadamente três minutos, e
esse muitas vezes é justamente o problema.

Muitas vezes a banca simplesmente carrega nas contas com várias casas
decimais, e deixa as coisas quase impossíveis de serem feitas no tempo. E
nesse caso, muitas vezes, o que salva é justamente saber o significado das
coisas.

Porque pela mera aplicação da fórmula você gastaria 10 minutos para


fazer as contas. Só que muitas vezes haverá um jeito alternativo, alguma

Cristiano Luna 14
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

sacada que você pode ter ali dentro do problema que não envolve
aplicação de fórmula, e você consegue resolver a questão em um minuto.

Não é conversa fiada não. Filtre as questões de juros simples da FCC nos
últimos anos, e veja isso aí na prática em várias questões:

 A aplicação de fórmula demoraria 10 minutos


 Tem alguma “sacada” que te permite resolver muito mais rápido

Enfim. Existem dois caminhos muito bem definidos: o caminho decora fórmula
e aplica nas questões, vulgo caminho das trevas, e o caminho do real
entendimento da matéria, caminho da luz.

Eu aconselho fortemente que você enverede pelo segundo caminho. Como


veremos adiante, esse é o caminho que te deixa menos refém da sorte, da
memória, de coisas que você não controla.

Saiba, então, que esse é o caminho bom. Entretanto, não será o caminho
que seguiremos 100% do tempo. Como assim?

Uma coisa que eu sempre falo e que eu realmente boto em prática é a


flexibilidade dos meios. É o seguinte: eu não tenho paixão por nenhum
método, por nenhum caminho, por nenhuma convicção.

Eu uso os meios enquanto eles são úteis.

Apareceu outro melhor, que dá mais resultado, eu descarto o que gosto e


faço o que funciona.

Aqui não será diferente. O caminho da luz é o melhor caminho em 90% do


conteúdo das matérias de exatas. Mas, em alguns pontos, a complexidade
do conteúdo se tornará muito grande e o custo-beneficio do caminho da luz
se tornará pequeno.

Você vai ver que, se você seguir o caminho bom como regra, você vai
poder seguir o caminho das trevas na parte mais nebulosa: em estatística
inferencial.

E esse mix é o que produzirá o melhor resultado no conjunto de tudo.

Lembre-se: que importa é o resultado, não o método.

Se estiver difícil de pegar 100% da ideia agora, não estresse.

Vamos falar especificamente de estatística agora.

Cristiano Luna 15
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

3) Lendo o exame de imagem

Indo para a estatística propriamente dita, temos quatro BO’s a resolver.

E já adianto que você só vai resolver isso se deixar o ego de lado e fizer uma
auto-análise sincera dos fatos.

BO #1 - não sei matemática básica direito.


Conforme já comentado, se você não domina bem operações básicas,
trabalhar com potências e raízes quadradas, e, principalmente, funções e
análise combinatória, você tem que reforçar isso.

Como entender a distribuição normal, que é uma função de probabilidade


tão complexa numericamente que você usa até uma tabela auxiliar para
trabalhar com ela, se você não compreende direito o que é Y = a X + b?

Y = a X2 + b X + c

Y = eX

PERMUTAÇÃO

ARRANJO

COMBINAÇÃO

O básico de PROBABILIDADES

De novo, não há demérito nenhum nisso. O nosso foco tem que ser sempre o
resultado. Se você não sabe isso direito, reconheça para si mesmo e fortaleça
essa base.

Quase sempre o ego é o inimigo número um do desempenho.

Todo mundo começa muito ruim tem alguma coisa. Ganha o jogo quem
entende suas fraquezas melhor e mais rápido e atua justamente ali.

Se você tentar construir o 10º andar antes do 1º parar de pé, vai cair tudo.

A distribuição normal é complicadinha de entender. Sem essa base, ela é


impossível.

Cristiano Luna 16
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

BO #2 - que matéria infinita


Às vezes temos a falsa impressão que estatística é uma matéria enorme. Mas,
como para qualquer outra matéria, você tem que diferenciar três coisas:

1 - A Teoria da Matéria Estatística - O que o professor da


teoria considera importante e coloca no curso teórico.

2- Estatística FCC, Estatística Cespe, Estatística


FGV- O que minha banca bota na prova

3 - As interligações entre esses conjuntos todos.

Calma.

Nenhuma loucura que um desenho de Paint não resolva:

REGIÃO B REGIÃO A REGIÃO C

1- TEORIA DA MATÉRIA 2- A ESTATÍSTICA "APARECE NAS


ESTATÍSTICA QUESTÕES DA MINHA BANCA"

3- AS INTERLIGAÇÕES
Te contar uma coisa aqui, mas só entre nós: todas essas 3 regiões do
diagrama são povoadas. Acontece tudo isso aí!

Região A:

Show. A intersecção entre as duas coisas. Sendo o material teórico bom e


você tendo a base suficiente para acompanhar, vai dar bom.

Vai estudar e matar as questões.

Cristiano Luna 17
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Região B:

Está na teoria, mas se você filtrar as questões passadas da sua banca ,


aquilo nunca apareceu na vida.

Ou apareceu uma questão em dez anos de histórico.

O que é o correto nesse caso?

Sem dúvida. Chuta o balde. Chuta bem longe.

A matéria já é complexa, você vai gastar a sua energia com o que NUNCA
CAIU?

Com o que apareceu igual o Cometa Halley? Uma vez a cada 76 anos?

Por favor, entre no seu site de questões e veja O QUE CAI de


ESTATISTICA, na SUA BANCA, na SUA ÁREA DE CONCURSO

Olhe a frequência/incidência de cada assunto. Senão você tá a pé e


descalço e jogando sua energia fora.

Se você reparar, muitos materiais, inclusive focados na área fiscal, trazem


assuntos como:

 Assimetria e curtose

 Distribuições conjuntas de probabilidade

 Distribuiçoes de probabilidade que nunca caíram na área fiscal

 Distribuiçoes de probabilidade que caíram uma vez nos últimos 10 anos

 Testes de hipóteses que nunca/raramente caíram na área fiscal

 Aspectos e detalhes que nunca ou muito raramente foram objeto de


cobrança pela sua banca.

A teoria deve estar casada com as questões.

A teoria serve, principalmente, para conseguir resolver as questões. Em casa,


e depois na hora da prova, claro.

Vejo que há um descasamento bem grande entre o que está na teoria e o


que realmente aparece nas questões das banca. E isso aumenta a
complexidade da matéria atoa. Por que ocorre?

Quase todos materiais são feitos genericamente, como um curso que serve
para todas as situações.

Cristiano Luna 18
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Não se olha o que caiu em estatística na área fiscal para elaborar o material.
Geralmente os materiais já estão prontos, e se atualizam as questões no fim, o
que é pouco ao meu ver.

Não faço crítica nenhuma aqui direcionada a nada nem a ninguém, que
fique claro. Estou apenas expondo com sinceridade o que eu leio da
situação, como faria se um amigo me perguntasse: “como estudar
estatística?”

Falaria exatamente o que estou escrevendo aqui.

Para mim, o material muito eficaz mesmo, deveria ser feito levando isso em
conta, e inclusive, um material diferente para cada banca examinadora.

“É um exagero”

Eu não acho. Se a intenção é mesmo resolver o problema em Estatística,


precisaria de 3 cursos teóricos diferentes:

 Estatística FCC

 Estatística FGV

 Estatística CESPE

Depois que você começar a resolver as questões pra valer, verá que tópicos
que caem sempre na FCC simplesmente não aparecem na CESPE, e vice-
versa.

E, mesmo tópicos que aparecem nas duas, muitas vezes aparecem com uma
abordagem tão diferente que parece até que é outra matéria.

“Mas estatística é estatística, independente da banca.“

Tá bom. Como disse, tem gente que vai sempre preferir “estar certo”.

Mas reveja lá o diagrama dos conjuntos para ver o que acontece.

Região C:

Consequentemente, esse descasamento também produz o inverso.

Coisas que não aparecem na teoria, mas vêm nas questões. E aí que você
se lasca pra valer, né? Dá até um desânimo.

Cristiano Luna 19
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Se você reparar bem, muito da dificuldade de estatística inferencial está aí.

Você vê a teoria e parece que não viu quando vai para as questões da sua
banca.

O negócio não é tão difícil assim. Mas a maioria dos cursos teóricos não te
ensinam o que realmente cai, porque são muito genéricos, tentam englobar
tudo para servir para todas situações. Mas aí, você tem que aprender na
martelada. Mastigando caco de vidro nas questões, fazendo engenharia
reversa etc.

Se você persistir na resolução das questões — isso será não só uma opção,
como obrigatório —, verá que as questões formam padrões de cobrança
bem nítidos dentro de cada tópico.

E isso é o que salva nossa vida, no final das contas. Nesse ponto, a teoria não
ajuda muito, e fazer nosso bom e mal falado (e mal compreendido) estudo
reverso ganha uma importância alta.

BO #3 - o caminho das trevas desde o dia 1


Eu acredito que esse seja o principal BO. A pessoa, na primeira vez que pega
para estudar a matéria, desiste de entender e decora a fórmula da média
e do desvio padrão.

Aí fica impossível mesmo.

Se na média e no desvio padrão você já abdicou de compreender os


conceitos e já partiu pra memorizar fórmulas, aí bem-vindo ao inferno
estatístico.

Aí, até a própria média e desvio padrão ficarão impossíveis. Olha que bicho
de 7 cabeças:

MÉDIA:

∑ 𝑥𝑖 × 𝑓𝑖
𝑋̅ =
𝑛

Em que:

𝑛 = ∑ 𝑓𝑖

Cristiano Luna 20
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

DESVIO PADRÃO:

∑( 𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2
𝜎=√
𝑛

Em que:

𝑥𝑖 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑑𝑎 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çã𝑜

𝑋̅ = 𝑚é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çõ𝑒𝑠

𝑛 = 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑜𝑏𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎çõ𝑒𝑠

A música que coloquei lá na foto dos DOIS CAMINHOS se chama Stairway to


Heaven – Escadaria para o céu. Traduzindo fica aquela coisa, né.

Agora te apresento a sua, decorando a fórmula da média e do desvio


padrão, no primeiro dia de estatística, sem saber o que é isso:

Hey mama, look at me


I'm on my way to the promised land, whoohooo!

I'm on the highway to hell


Highway to hell

Ei, mamãe! Olhe para mim


Estou no meu caminho para a terra prometida, whohooo!

Estou na rodovia para o inferno


Rodovia para o inferno

Bobagens aparte, não dá! Vão ter mais umas 367 iguais a essa aí pra decorar.

Enquanto qualquer média é apenas a soma dos elementos dividida pelo


número de elementos.

Cristiano Luna 21
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

É uma das medidas de posição central, ou seja, se você é quebrado, seu pai é
mais ou menos e sua mãe é rica, na média sua família tá mais ou menos.

Tá no meio. Posição central.

O desvio padrão é apenas a raiz quadrada da variância, por definição.

A variância mostra o quanto os elementos do conjunto fogem daquela


média.

A média é 100, mas se os outros dois elementos são 98 e 102, a variância é


pequenininha. Está tudo pertinho.

Se a média é 100 e os outros dois elementos são 12 e 188, a variância é


grande.

Mas preciso medir tudo isso numericamente. A melhor forma de fazer isso é:

 vejo o quanto cada elemento está distante da média, fazendo a


diferença entre cada elemento e a média.

 com essas diferenças calculadas, eu poderia tirar a média desses


valores obtidos e teria uma boa ideia de quanto estão dispersos.

Mas terei valores positivos e negativos, porque uns números estão acima e
outros abaixo da média. Então, essa conta não ficará tão boa.

Por isso eu faço não só as diferenças, mas as diferenças ao quadrado,

Aí, o que for negativo, elevado ao quadrado se torna positivo. O que for
positivo continua positivo. Posso botar tudo no mesmo saco sem me
preocupar com os sinais e enfim tirar a média entre eles.

Faço a média desses valores obtidos e tenho uma noção do quanto eles
estão dispersos do centro: taí minha variância.

O desvio padrão é a raiz quadrada disso.

Lembra que eu elevei ao quadrado na conta? Diferenças ao quadrado?

Se eu não quiser mais esse quadrado, eu tiro a raiz da variância e chego no


desvio padrão.

Não tem fórmula.

Onde tão as letras malucas que você não sabe o que significa nessa página?

Cristiano Luna 22
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Pra que preciso decorar isso aqui?

∑( 𝑥𝑖 − 𝑋̅ )2
𝜎=√
𝑛

Não sei se vocês perceberam, mas valores extremos distorcem essa


média. Do que adianta saber que a média é 100 se os outros elementos são
12 e 188? A média serve pra quê?

A média dava uma ideia boa do todo quando era 98 100 e 102.

Por isso se usa outra medida central, a mediana

Que é apenas fazer uma fila indiana com os números e pegar o que está no
meio da fila.

Claro que aqui que está muito fácil.

E o aluno que tem facilidade em exatas tá rindo de mim.

Mas quando chegar a moda de Czuber, o capetinha vai falar na sua


cabeça:

“decora essa merda aí, foda-se o que é isso.”

Aí você terá enveredado pelo caminho das trevas. Mas é muito cedo ainda
para ele. Até o momento em que eu falar que pode, você não está
autorizado a decorar sem entender.

BO #4 - estatística inferencial é impossível


No próximo tópico detalharemos isso aqui, mas te adianto que é apenas difícil.

Fazendo da forma certa não é nem um pouco impossível. Mesmo que você
“não seja de exatas”

Em estatística inferencial, vou te mostrar que, na pior das hipóteses, você vai
poder seguir o caminho das trevas e se virar muito bem com ele.

Desde que siga o da luz ate lá

Cristiano Luna 23
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

4) Oitenta Vinte

Eu falei que você teria 80% dos pontos com 20% do sofrimento, né?

Mas eu não falei que 20% do sofrimento era pouco sofrimento, falei?

20% de muito sofrimento é muito sofrimento também.

Só é bem menos do que você teria se ficasse preso nos quatro BO’s que falei
acima.

Sem mais delongas, vamos ao passo-a-passo, ao que interessa para


executar e se virar desse negócio.

1- Certifique-se de que sabe matemática básica. Funções e


análise combinatória principalmente. Se não sabe, está na hora de saber.

2- A regra é clara: seguir o caminho da luz


Fugir da decoreba e do “bizu” e entender os conceitos

Um olho no peixe, outro no gato.

Um olho na incidência (a que importar pra você, se está num pré-edital ou


num pós-edital, que banca?). Outro olho na teoria.

 TÁ NA TEORIA E NUNCA CAI -> chuta o balde

 CAI TODA HORA E VOCE NUNCA OUVIU FALAR DISSO -> fica puto
mas aprende pelas questões. Engenharia reversa na veia. Aprende o
que caiu porque vai cair de novo.

Destrinchando por tópicos, vamos lá:

 Medidas centrais

nível juros simples de tranquilidade, se tiver a base boa; se agarrar, bom


indício de que deve reforçar o BO #1 – matemática básica.

Cristiano Luna 24
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

 Medidas de dispersão – proibido decorar qualquer fórmula. O desvio


padrão e a variância é aquilo ali atrás já.

 Assimetria e curtose – salvo disposição em contrario, chuta o balde.


Cometa Halley.

 Análise Combinatória e Probabilidade

muito dificilmente aparece algo aqui, em provas de área fiscal, que


seja mais complicado que o que se vê no ensino médio, vestibulares e
ENEM.

Vale o mesmo das medidas centrais. Se agarrar muito agarrado aqui,


bom indício de que deve reforçar o BO #1 – matemática básica.

 Variáveis aleatórias discretas e contínuas

prato cheio pra você gastar dias, semanas, e meses de estudo e nunca
fazer uma questão exatamente disso em prova.

É importante sim para entender bem as distribuições discretas e


contínuas, que virão a seguir, e essas, sim, caem muito.

Voce deve estudar bem, mas principalmente deve o que?

UM OLHO NO OUTRO NO

Tem tema em variável contínua que começa a aparecer integral, achar


áreas debaixo de curvas que não vão aparecer nunca em prova pra você.

Mais fácil o Atlético MG bicampeão.

Estuda, entende os conceitos, mas não perde tempo nos cometas Halley.

 Distribuições Discretas

Suave na nave. Sincericídio aqui, mas não tem nada demais aqui, vai por
mim. Binomial e Poison são as que caem na real. As outras são bem Halley,
mas dê uma olhada por cima nelas também.

Tem umas distribuições mais lado B que literalmente NUNCA caíram. Chuta
o balde. Se quiser estudar coisa que não cai na prova, recomendo
Meditações de Marco Aurélio. Livro de filosofia. Muito bom.

Cristiano Luna 25
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Binomial você lembra do ensino médio, né? BO #1

Binômio de Newton, Combinação, Probabilidades. Segundo andar do prédio.

Se tiver ruim de lembrar, aqui eu já deixo dar uma decoradinha.

Decora a distribuição, a esperança e a variância.

A Poison é mais doidinha. Pode decorar ela, eu deixo :)

Aqui a luz começa a dar umas falhadas as vezes, mas persista. Tente evitar o
capetinha que diz:

“decora essa merda, foda-se o que é isso”

 Distribuições contínuas

Normal

Normal

Normal

Aprende a normal

Entende a normal

A normalização da normal

Como usa a tabela da normal

Ame a normal de uma forma totalmente anormal.

A t-student e a F são bem Hallidays. Elas vão aparecer mais pra frente, nos
testes de hipóteses principalmente. E elas são “parecidas” com a normal, a
ideia por trás delas.

Elas são tipo a normal, só que menos normal. Tem uns graus de liberdade
que achatam ou afinam a curva, mas isso aí não é importante.

O que é importante?

Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal
Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal

Cristiano Luna 26
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal
Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal
Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal
Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal
Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal Normal

Pensei em desenhar um coração de normais, mas acho que é porque já estou


há 12 horas direto escrevendo/lendo/formatando isso.

Cabeça ruim já.

3 - Estatística inferencial
Tente a luz.

Sempre.

Mas aqui, se a luz tiver queimada, vou te ensinar o caminho das trevas direito
pelo menos.

Agora você pode abraçar o capetinha.

Para isso funcionar, você tem que seguir o que eu falei até aqui. Tudo.

Senão, vai dar ruim e você vai falar que a culpa é minha. Mas a culpa é sua
que não leu o ebook direito.

No ebook de TI também muita gente simplesmente passou o olho no


negócio, não leu nada, e tirou conclusões absurdas dali.

Ao passo que muita gente leu, entendeu, e veio me agradecer dizendo que
foi a única coisa que o salvou na matéria até aquele momento. O ebook era
um só.

Novamente, isso é para quem lê o negócio direito é está comprometido com


a coisa.

Se você chegou até aqui lendo de qualquer jeito, releia tudo ou senão pare
aqui e deixa isso pra lá.

Porque vai aplicar errado.

Estatística tem um ponto de virada que é a distribuição normal. As


distribuições continuas de probabilidade, na verdade. Mas a normal
principalmente, porque ela que aparece em prova na real.

Cristiano Luna 27
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Com a filtragem de incidência nas mãos, tudo que nunca apareceu na vida
você chuta o balde sem dó.

O que apareceu, até o ponto da distribuição normal (ela incluída, claro),


você obrigatoriamente vai seguir o caminho da luz.

Tem que entender tudo.

Se você abandonar o entendimento e partir pra decoreba antes desse


ponto, vai se dar mal.

A distribuição normal é o ponto de virada da matéria porque você precisa


de tudo visto até chegar nela para conseguir compreender bem a normal.

E você precisa compreender a distribuição normal muito bem, porque ela


simplesmente é a base de quase tudo que se conhece como estatística
inferêncial e que as pessoas acham impossível.

Gaste seu tempo entendendo a normal pra valer, e metade do seu


problema se resolveu.

Amostragem, inferências, intervalo de confiança, teste de hipóteses e


até regressão linear (essa um pouco menos, porque vem de uma outra ideia,
mas muitas vezes caem coisas relacionadas a análise de parâmetros da
regressão linear que se baseiam na normal também)

Se você seguir o caminho da luz até a distribuição normal, compreender os


conceitos, entender o negócio de verdade, você já está na frente de 90%
dos candidatos.

Pode ter certeza.

Mas estar na frente de 90% é pouco, porque só 1% passa. Vamos ultrapassar


esses demais agora, mas na base do pragmatismo.

Se você seguir o caminho da luz até a distribuição normal, você poderá


agora enveredar pelo caminho das trevas quando o da luz tiver muito
complicado.

Na minha opinião, os temas de estatística inferencial estão nessa ordem de


dificuldade, do mais fácil para o mais difícil:

 Correlação e regressão
 Intervalo de confiança
 Estimativa de parâmetros/Amostragem
 Testes de hipóteses

Então, eu mesmo me desviei para as trevas seguindo essa ordem.

Cristiano Luna 28
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Regressão linear, por exemplo, se você não tiver medo só por causa do
nome, não tem nada de complicado.

São vários pontos no gráfico de Y versus X e você vai usar um método para
calcular a melhor reta que ajusta esses pontos no gráfico.

Eu fazia isso muito em experimento de laboratório na faculdade.

Só que o experimento geralmente dava errado e a gente inventava os


pontos para que eles caíssem exatamente em cima da reta (o que
significaria que o experimento deu certo).

A modelagem matemática pode ser enjoada, mas se você tentar perseguir o


caminho da luz pelo menos um pouquinho, verá que dá pra imaginar um trio
de alunos picaretas inventando pontos num gráfico para que eles caíssem na
reta da regressão.

E por aí vai.

Quando você abstrai do mundo e vai decorar fórmula, até os juros simples
e a média viram uma coisa de outro mundo.

Dentro de cada um desses tópicos, terão muitos sub-tópicos que não caem.
Agora não se trata mais de chutar o balde, mas sim de chutar o balde o mais
longe que conseguir.

Voltando ao passo a passo, para os temas de inferencial, você vai:

1- estudar o material teórico.


PDF se tiver mais facilidade, vídeo se tiver maior dificuldade em estatística. Um
bom material teórico deve:

 conseguir te ensinar a matéria de forma eficaz, para que você tenha


uma boa noção do todo

 estar o mais casado possível com o que aparecerá nas questões. Você
olha isso comparando a incidência com o índice/tópicos do curso

2- se esforçar realmente para entender o que


está acontecendo...
Ainda que o caminho das trevas seja permitido aqui, ele não é
aconselhado. Conseguindo entender é sempre melhor.

Cristiano Luna 29
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

3- mas na falta de tu, vai tu mesmo.


Onde tiver difícil realmente para entender o que está acontecendo, não
estresse.

Preste atenção no que acontece, nos passos envolvidos na resolução das


questões, nas fórmulas e desenvolvimentos matemáticos que geralmente
são usados.

4 - filtre as questões correspondentes ao assunto


e se vire.

Sem mimimi que está difícil. Sem mimimi que você não viu isso na teoria, se
você leu tudo até aqui já te avisei que isso ia acontecer.

Aqui é onde se separam os homens dos meninos e as mulheres das


meninas.

Adultos apanham das questões, felizes, aprendem como fazer, acertam elas
na prova e passam.

Reclamadores reclamam. Reclamam que é difícil, reclamam que é


sacanagem da banca cobrar isso, reclamam que o professor tinha que ter
colocado no material teórico. Reclamam. Reclamam depois da prova
também.

Que questões você vai fazer?

Você encontra no:

BÔNUS: Cadernos PAU PRA TODA OBRA de Estatística

Novamente, se você seguir o caminho da luz até a distribuição normal, em


estatística inferencial você vai conseguir, pelo menos, fazer engenharia
reversa das questões e se virar na prova muito bem, mesmo que não
entenda 100% que está acontecendo.

Você vai ter base suficiente para internalizar os padrões de cobrança dos
temas mais difíceis de estatística, que o pessoal chama de estatística
inferencial.

E se você internalizar realmente os padrões de cobrança, você perceberá que


muitas vezes eles serão padrões muito padronizados mesmo, com o perdão
do pleonasmo.

Cristiano Luna 30
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Eu vou te contar aqui e quando der certo você vai falar comigo lá no
Instagram.

Para FCC, por exemplo, se você seguir esse passo-a-passo aqui na risca e
resolver as 30 últimas questões de cada assunto de estatística que está no
seu edital — independente se descritiva, inferêncial ou alguma loucura nova
que ela cismou de botar na prova - você vai gabaritar estatística.

Ou passar perto disso pelo menos.

Para FCC principalmente (para Cespe e FGV também, mas nelas isso é um
pouco menos evidente), em umas 30 questões de cada assunto (um número
não muito alto, veja) você cobre todos padrões de cobrança.

De novo, não acredite em mim, filtre as questões e veja.

Em assuntos “extremamente complexos” como regressão linear, a FCC tem


dois, no máximo três padrões de cobrança que se repetem prova após prova.
Ano após ano.

Você vai achar questões que caíram na SEFAZ SC, TCE RS, e que eu resolvi em
casa e ela caiu igual na minha da SEFAZ BA. Só mudavam os números, o passo
a passo para resolver era igual.

Um dos padrões desse assunto te exige, apenas, no frigir dos ovos, achar o “b”
do:

Y = a + bX

Que é uma fórmula, que aqui você já tem a minha benção para decorar.

Mas se você partir pra decoreba/bizu/engenharia reversa antes da hora


(HORA = DEPOIS DA NORMAL), muito provavelmente vai dar errado. Vai ser
uma confusão sem fim de pontos soltos na sua cabeça.

Em estatística inferencial, fazer a base da forma como te falei e fazer


engenharia reversa daí pra frente é matador. Só que a gente tem que falar
isso com cuidado, porque as pessoas acham sempre que é fórmula mágica.

A essa altura do campeonato, e no tamanho que já está o e-book, acho que


os caçadores de fórmula mágica já desistiram de ler há muito tempo. Só de
ter que ler 30 páginas, já acabou a mágica da fórmula mágica rs.

Pra você, nobre guerreiro da leitura até o fim,

APLICA E ARREGAÇA.

Cristiano Luna 31
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

INDO ALÉM

BÔNUS: Cadernos PAU PRA TODA OBRA de Estatística

Com a sinceridade que é de praxe, o que você vai arrumar de ponto em


prova resolvendo essas questões — exatamente arrumar ponto em prova, não
necessariamente aprender mais estatística — você não vai conseguir
estudando nenhum curso teórico.

Nem o meu que eu vou fazer depois.

Para estatística, principalmente a parte final e mais complicada, posso te dizer


com grande segurança que, mesmo que você consiga entender muito bem
a teoria, o que não é tarefa fácil, se você não resolver as questões anteriores
da sua banca relativas ao assunto estudado, dificilmente você vai conseguir
uma nota realmente boa na prova.

É nas questões que você enfrenta o bichão mesmo. E nenhum curso teórico
vai enfrentar o bichão pra você e te entregar 90% de acertos de mão
beijada.

Nem o meu que eu vou fazer depois.

Você consegue os cadernos aqui nesse link:

www.cristianoluna.com.br/cadernos_de_estatistica

Cristiano Luna 32
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

BÔNUS 2: Matemática Financeira Ressignificada

Você está desde já convidado a participar do curso de matemática


financeira para área fiscal e controle.

A proposta do curso é simples: seguir o caminho da luz em toda matemática


financeira

100%

Estatística é um pouco mais complicada e, em alguns pontos, conforme


escrevi no e-book, vale mais a pena fazer um desvio para o caminho das
trevas.

Mas em matemática financeira não.

Da pra começar nos juros simples e sair na TIR e no VPL entendendo


absolutamente tudo da matéria. Com a necessidade de recorrer a decoreba
mínima, tendendo a zero.

Por isso o nome: MATEMÁTICA FINANCEIRA RESSIGNIFICADA.

O objetivo é trazer de volta o significado da matéria, o exato por que de


cada coisa.

Você vai ver que isso é menos complicado do que parece. E é muito mais
negócio do que sair decorando as coisas sem saber de onde vem.

Apesar de toda essa propaganda, o curso é GRATUITO.

E apesar de eu falar que será gratuito, pode aparecer lá que eu não vou
deixar um link embaixo pra você comprar o curso completo não kkkkkkk

Se tô falando que é de graça é porque é de graça.

100% GRATUITO e 100% COMPLETO

Se eu quisesse te vender um curso de matemática financeira, já tava te


vendendo agora, cara de pau não falta não, pode ter certeza.

Cristiano Luna 33
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

E nem sou doido também. Vou fazer isso por que:

1. Realmente gosto de ajudar a galera


E essa será uma ótima forma, na minha visão. Quem conversa comigo sabe
que não é demagogia, e se você acha que é demagogia me manda uma
mensagem no insta que te mando uns 15 áudios de resposta também.

2. Também gosto de me ajudar


Dar aula é o que eu curto fazer. Com a grande oferta de cursos a preço baixo
de hoje, você compraria um curso de matemática financeira com uma
metodologia nova que um cara aí que você não conhece fez?

Nem eu compraria.

Minha mãe, talvez.

Ia dar aula pra 3 pessoas.

Nem me ajudaria, nem ajudaria o tanto de pessoas que poderiam ser


ajudadas.

Por isso é o que é:

100% GRATUITO

100% COMPLETO

Será no YOUTUBE. Para ser avisado do início das aulas, é só se inscrever aqui:

www.cristianoluna.com.br/curso_mat_fin
Começará num futuro próximo. Estou montando o meu estúdio de aulas, que
consiste em um celular e um tablet escalado como mesa digitalizadora.

Nos últimos testes feitos, após conectar tudo no computador, temi que o
mesmo pegasse fogo porque o uso da CPU foi nos 95%.

Então, preciso antes me certificar que, se for pra pegar fogo, pelo menos não
seja no ao vivo.

Brincadeiras aparte (apesar de ser verdade), vai ser top! Se inscreve aí e nos
vemos lá :)

www.cristianoluna.com.br/curso_mat_fin

Cristiano Luna 34
Guia de estudos de Estatística para provas da área fiscal

Entre para nosso grupo no

TELEGRAM – ANÁLISES FISCAIS

Depois se inscreve no YOUTUBE

E depois segue no INSTAGRAM

É só clicar nas imagens que vai!


E depois até mais!

Cristiano Luna 35

Você também pode gostar