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Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Cristiano Luna 0
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Como estudar tecnologia da informação para


área fiscal?

O que fazer para atingir o mesmo desempenho


alto que conseguimos em outras disciplinas,
como Direito Tributário ou Contabilidade?

É possível para alguém que não é da área de TI


atingir desempenhos de 90% ou mais nessa
matéria?

Desde que criei o instagram @cristianoluna_ há 1 mês atrás, as


perguntas sobre o estudo de TI foram sempre as mais frequentes.

Como sempre respondia isso nos stories ou nos directs, acabou que o assunto
ficou meio esparso, e por isso prometi ao pessoal escrever um texto com início
meio e fim estruturando o assunto.

Taí!

Obs: na última seção, “INDO ALÉM”, você encontra os cadernos da FCC


e da CESPE que usei para fazer todo o processo que descrevo no ebook.

Confere lá!

Cristiano Luna 1
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Antes de tudo

Pessoal, em uma coisa complexa como estudar para um concurso de alto


nível, generalizações não costumam funcionar muito bem. Não existem
fórmulas prontas e infalíveis.

Sempre que alguém te disser que só vai dar certo se você fizer X ou que se
você fizer Y então nunca vai dar certo, já pode desconfiar. Minha intenção
não é te dizer isso aqui.

Eu realmente não sei se a forma que vou te falar para estudar essa Tecnologia
da Informação é a melhor que existe no mundo, muito menos se é a única
que dá certo.

O fato é que ela resolveu o problema de TI para mim, e já vi ela funcionar


muito bem para outras pessoas (inclusive para as pessoas de quem "copiei" a
ideia). Por isso estou compartilhando isso aqui. Se achar que pode te ajudar,
siga.

Se você já encontrou uma forma de estudar TI e ter altos desempenhos nas


provas, coisa acima 80 ou 90%, continue com ela.

Sem problemas, o que importa é o resultado!

Mas caso ainda esteja patinando, pode ser uma boa seguir por essa aqui.

Cristiano Luna 2
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Quem sou eu

Eu não sou professor de TI, não sou especialista nem em tecnologia da


informação nem em nenhuma das outras 20 matérias que caem em concurso
da área fiscal.

Eu sou só mais uma pessoa que, até ser apresentado a essa belezinha lá na
Sefaz Goiás, não sabia nem o que era uma tupla direito.

Acho isso ótimo na verdade, porque muito provavelmente você é um igual a


mim: uma pessoa que não entendia nada disso a priori e está tendo que se
virar para estudar a matéria e acertar as questões na prova.

Talvez alguém que seja o especialista nesse negócio vai dizer que não é assim
que se estuda e que tá tudo errado o que eu disse. Mas tudo bem, eu não ligo
muito para o argumento de autoridade, por um motivo: não foi o método
das autoridades no assunto que me fez acertar 90% disso em prova e
passar no concurso.

Eu cheguei até aí por tentativa e erro, testando eu mesmo o que funcionava


ou não, e a grande ajuda que tive nesse sentido foi de outros amigos
concurseiros, leigos no assunto, como eu e você. Ajuda essa que tento passar
adiante agora.

Além disso, como está no título do e-book, esse é um Guia de como estudar
TI para quem não é da área de TI para área fiscal.

Então, se você é especialista em TI, se estuda para concursos específicos de TI,


é outra história. Não tenho competência para falar pra você.

Minhas aprovações em concurso foram:

 2º lugar Auditor Sefaz BA - Controle


 4º lugar Auditor Sefaz AL - Controle
 14º lugar Auditor Sefin RO
 1º lugar Consultor Legislativo da CMBH – Orçamento e Finanças

Mas tanto faz, podia não ter passado em nada e estar tentando te ajudar aqui
da mesma forma. O importante é que te ajude na missão, de fato.

Vamos ao que interessa!

Cristiano Luna 3
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Sumário

1) TI, área fiscal, e nós leigos no assunto: uma relação conturbada ..... 5

2) Know your enemy .................................................................................... 8


ESTUDO TEÓRICO .................................................................................................... 9
ESTUDO POR QUESTÕES .......................................................................................... 9
1) Conteúdo pequeno x conteúdo grande.............................................................. 9
2) Cobrança genérica x cobrança específica ...................................................... 10
MORAL DA HISTÓRIA: ............................................................................................24
CESPE e OUTRAS BANCAS ....................................................................................25
QUESTÕES DE CONCURSOS ESPECÍFICOS DE TI ..................................................25

3) Know yourself .......................................................................................... 29

4) Para refletir: não torne mais difícil o que já é difícil ........................... 30

INDO ALÉM:.................................................................................................. 31

Cristiano Luna 4
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

1) TI, área fiscal, e nós leigos no assunto: uma


relação conturbada

Tecnologia da informação veio para ficar como matéria da área fiscal (uma
das mais decisivas hoje, diga-se de passagem) a partir da Sefaz Goiás em
2018. O edital trouxe um caminhão de assuntos, que mais parecia uma
graduação inteira em algum curso de TI.

Creio que muito pouca gente estava preparada, naquele momento, para
fazer prova disso. Saiu todo mundo meio que do zero, sem saber nem a
matéria nem um jeito eficaz de estudá-la.

Teve gente que conseguiu se safar relativamente bem, teve gente que se
ferrou solenemente. Eu fiz parte do segundo grupo.

Os meus três primeiros encontros com a estimada disciplina não foram muito
agradáveis: 6/14 no fisco de Goiás, 13/20 em Santa Catarina e 13/26 no Rio
Grande do Sul, 53% de média.

A matéria se fez presente desde então em quase todos os editais de fiscos, às


vezes com alguns tópicos acrescentados, às vezes com alguns suprimidos.

Enfim, depois de três nocautes desses, eu percebi que estudar da forma


tradicional, como eu sempre fiz para as demais matérias (teoria, revisão e
algumas questões), certamente não mudaria meus resultados, e eu
continuaria batendo na trave nos concursos muito por culpa de TI.

Então, passei a testar uma hipótese que imaginava que poderia funcionar
para TI. Não tinha tanta convicção de que funcionaria, mas eu precisava de
um fato novo no estudo, então eu arrisquei e botei em prática. Lá para o 2º
mês de pós-edital para a Sefaz BA, eu percebi que aquilo poderia dar muito
certo, porque eu agora tinha um percentual de acerto nas questões muito
maior que antes.

Na prova da Bahia, fiz 9/10 em TI. Tinha peso 3 e isso foi importantíssimo
para eu conseguir enfim ficar nas vagas, terminando em 2º lugar no concurso.

Cristiano Luna 5
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Apesar do nome dado, de "Noções de Informática" isso não tinha nada.


Veja a ementa:

NOÇ ÕES DE INFORMÁ TICA

Gerê ncia de Projetos: Conceitos. Processos do PMBOK 5a ediç ão. Planejamento e controle
de mé tricas de projeto. Planejamento e avaliaç ão de iteraç ões. Gestã o de Processos de
Negó cio: Modelagem de processos. BPMN - Business ProcessModelandNotation. Té cnicas
de aná lise de processo. Governanç a de TI: PETI - Planejamento estraté gico de TI.
Alinhamento estraté gico entre Á rea de TI e Negó cios. Políticas e procedimentos. Aná lise
SWOT. BSC – BalancedScored. Responsabilidade e papé is de TI. Gerê ncia de Requisitos de
Software: Conceitos de Requisitos. Requisitos Funcionais e Nã o Funcionais. Banco de
Dados: Conceitos de modelagem e SQL. Programaç ão de Software. Gerenciamento
eletrô nico de documentos. Portais corporativos e colaborativos. Web services. Seguranç a
da Informaç ão: Conceitos sobre malwares, crimes digitais, mé todos de proteç ão e
prevenç ão e tecnologias relacionadas. Redes: Conceitos e tecnologias de redes. Acesso
remoto e rede Wireless. Noç ões de mobilidade. BI - Business Intelligence: Conceitos de
Data Warehouse, DataMart e Data Mining. Conceitos de Big Data.

Cristiano Luna 6
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Na realidade, não tinha nada de informática no conteúdo. Era 100% TI, e um


TI bem pesado, talvez só menos pior que o que veio no edital de Goiás. Foi um
belo eufemismo da FCC botar esse nome, algo como chamar o demo de
“bichinho do mal”.

O desempenho bom em TI na Sefaz BA não foi acidental, eu de certa forma


esperava isso na véspera da prova. Importante dizer isso, porque as vezes
ocorre por “acidente” também. Já ocorreu comigo inclusive, na Sefin RO,
quando eu era ruim na matéria e gabaritei TI tendo certeza de umas 5 das 10
questões da prova. Apenas o fato de ter ido bem em uma prova específica
da matéria não é condição suficiente para eu ensinar nada pra ninguém.

Mas dessa vez, eu acreditava saber o que eu tava fazendo rs. No caderno
acumulado no TEC, na véspera da prova da Bahia, eu tinha 84% de média na
matéria.

Considerando que a maioria dessas questões eram específicas de concursos


de TI, muitas delas bem mais difíceis do que as que viriam na minha prova,
e que eu ainda iria refazer todas essas erradas, dava pra sonhar com uns
90% mesmo.

Se a prova estivesse surreal de difícil, pelo menos afundar de novo eu não iria.
Ia dar pra segurar o rojão.

Mas, enfim, você deve estar se perguntando agora qual era a tal "hipótese
que poderia funcionar para TI", né?

A hipótese era simples:

aprender a matéria por engenharia reversa

Tudo mais aqui será para explicar o que é isso e por que fazer isso.

Cristiano Luna 7
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

2) Know your enemy

Saudosos tempos em que contabilidade era o dragão a ser derrotado na


área fiscal. TI chegou chutando a porta, não só por ser difícil (economia,
estatística e afins já o eram para a maioria das pessoas), mas principalmente
por sempre aparecer nos editais e aparecer com peso muito alto.

Se o negócio é difícil, mas vale um pouco ponto e aparece uma vez ou outra,
você pode até negligenciar às vezes. Eu fui aprender estatística inferencial
pra valer mesmo só na prova da Sefaz Bahia, depois de anos de estudo.

Mas se a matéria vale ponto a rodo e aparece sempre, não tem jeito: tem
que estudar para dominar a matéria, fugir não é uma opção.

Mas o que fazer para dominar essa matéria?

Antes de querer vencer o inimigo, a gente tem que conhecê-lo o bem.

Depois dos três resultados ruins, de conversar com quem tinha performado
melhor, eu cheguei a algumas conclusões que me fizeram mudar a
abordagem na matéria, e aí as coisas se encaminharam para dar certo.

Eu percebi que o grande problema de TI não é que matéria era difícil. Não
era só a dificuldade do conteúdo. Aliás, dificuldade por dificuldade, talvez
economia e estatística fossem mais difíceis.

E ainda que a matéria fosse difícil, eu compreendi os conceitos, entendi a


teoria razoavelmente bem, li os melhores PDFs disponíveis na época. E o
resultado em prova era sempre muito ruim. Sabe quando você tem a
sensação de que até sabe a matéria, mas chega na hora da prova você
simplesmente erra as questões? Pois é.

Eu passei a olhar muito para as questões, e depois de fazer centenas delas, eu


saquei o que acontecia. Por que eu errava as questões, mesmo "sabendo a
matéria".

Era o seguinte:

O conteúdo de TI é enorme, é quase que infinito, e a banca (tanto FCC


quanto CESPE), quando queria fazer uma questão difícil, cobrava alguma
coisa extremamente específica dentro da matéria.

Pode reparar: as questões difíceis são quase sempre assim. Te perguntam um


ponto extremamente específico e aprofundado dentro da matéria, como
uma função específica de SQL, um processo específico do COBIT, ITIL ou
PMBOK, um detalhezinho de como escrever um endereço de IP de REDE...

Cristiano Luna 8
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

No final das contas eu vou te dizer que a chave está nas questões, e você
pode pensar que não falei novidade nenhuma. Mas as coisas não são tão
óbvias assim.

A importância que devemos dar para a teoria ou para as questões varia de


matéria para matéria. Na minha visão, cada coisa serve para uma coisa:

ESTUDO TEÓRICO

 Deve te fornecer a “visão do todo” da matéria, de como as diferentes


partes da matéria se encaixam para formar esse “todo”.

 Deve te ajudar a “cercar” as possibilidades de cobrança da


matéria, a antecipar o conhecimento daquilo que será exigido nas
questões.

ESTUDO POR QUESTÕES


 Te mostra o que é de fato cobrado em prova. Independente do que
seja a matéria, lá nas questões estará o que cai em prova daquela
matéria.

Nosso trabalho então é achar o "mix adequado" entre o estudo teórico e


estudo por meio de questões, para cada matéria. Esse mix vai depender
de 2 coisas basicamente, a meu ver:

1) Conteúdo pequeno x conteúdo grande

Matemática financeira. Eu estudei a teoria inteira num livrinho de umas 50


páginas. A matéria é bem enxuta. O estudo teórico foi muito eficaz, porque eu
“cerquei” a matéria e suas possibilidades de cobrança quase todas ali.

Quase sempre o que aparecia nas questões eu tinha estudado antes no meu
livrinho, de forma parecida ou quase igual. Era bem raro uma questão surgir
com algo que eu nunca tinha ouvido falar na vida. As questões foram
importantes para eu praticar e antecipar o que a banca costuma cobrar mais,
mas eu aprendi a matéria mais no livrinho de teoria que nas questões.

Cristiano Luna 9
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Contabilidade pública. O MCASP tem 1000 páginas, o MTO tem mais umas
500, sei lá. Cada norma (NBCASP) era um livro que era mais fácil ler em
hebraico do que em “NBcaspês”. Podia cair na prova absolutamente
qualquer coisa de qualquer uma dessas coisas.

A chance de eu “cercar” as possibilidades de cobrança da banca por


meio do estudo teórico era baixíssima, porque o tamanho do conteúdo
teórico era quase infinito.

O custo-benefício de ficar horas e horas debruçado sobre a teoria de


Contabilidade Pública era horrível. Então, eu estudei a teoria por um PDF mais
enxuto, que me deu uma visão razoável do todo, mas eu aprendi muito
mais a matéria fazendo as questões da banca e lendo os comentários do
que no estudo teórico.

Quando o tamanho do conteúdo é enorme, quase "incercável" pela teoria,


a proporção questões/teoria tem que ser muito mais desequilibrada para o
lado das questões. Caso contrário, eu que entrei zerado em CASP no pós-
edital para a Sefaz BA, nunca iria gabaritar a prova de CASP em 3 meses e
passar no concurso. Eu estaria chegando na metade do MCASP agora,
13/04/2020, com a prova tendo sido em maio de 2019.

A propósito, TI é bem "maior" que CASP. Em tamanho de conteúdo, TI é a


maior matéria da área fiscal, de muito muito muito longe. Então, você já
imagina o que deve funcionar melhor...

2) Cobrança genérica x cobrança específica

Economia. Muitas vezes, a banca te exige conceitos da disciplina. Ela te


cobra raciocínios que você só vai conseguir ter na hora da prova se tiver uma
noção muito boa “do todo” da matéria. Muitas vezes, você não vai acertar
uma questão sobre oferta e demanda ou sobre dívida pública se você não
compreender na real o que é isso, saber o conceito, mesmo que tenha feito
várias questões sobre o tema antes.

Claro que as questões serão muito importantes também, mas aqui a teoria
tem uma importância ainda muito grande. Se você for para a prova de
economia sem saber os conceitos que estão por trás da matéria, a chance é
que você não se dê tão bem, mesmo tendo feito muitas questões anteriores.

Cristiano Luna 10
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Informática. Ah, que coisa linda. O que a tecla de atalho Ctrl+Y faz no Word?
Qual é o caminho dos menus do Chrome para escolher onde salvar o arquivo?
E o Excel, tem quantas linhas na versão 2007? Onde você aperta no Power
Point pra sua apresentação dar duas piruetas na tela antes de passar pro
próximo slide?

Vamos ser sinceros: não vai adiantar muito sua vida ler uma aula sobre Word
se a banca for escolher uma tecla de atalho aleatória e te perguntar o que
ela faz, né?

A aula teórica vai te ajudar muito pouco a acertar uma questão assim. Quase
não tem cobrança “do todo” da matéria em Informática. Quase sempre
vão te cobrar uma picuinha aleatória sobre Word que você só vai acertar se já
tiver feito uma questão igual (ou muito parecida pelo menos) antes. Não tem
como decorar a teoria de todas as teclas de atalho de cada programa da
MICROSOFT. Então, você melhor aproveita seu tempo indo o quanto antes
pras questões, porque tanto faz seu conhecimento “do todo” do Word, se te
perguntam das teclas de atalho.

Aí entra de novo o que disse para TI: quando queria dificultar a questão, a
banca cobrava uma coisa muito pontual e aprofundada na matéria. Por
isso o estudo teórico de novo funcionava tão mal em termos de acertar as
questões da prova.

Era como se o examinador tivesse aberto um daqueles trocentos livros que tem
na matéria e fizesse uma questão com a nota de rodapé de uma página
qualquer. As questões difíceis quase sempre eram isso: cobravam uma coisa
totalmente pontual, num nível de aprofundamento muito grande.

Olha do que eu tô falando...

I. Do que adianta você saber o que é o PMBOK , o que é Escopo,


Estrutura Analítica do Projeto… se a FCC vai lá e te pergunta qual é
uma entrada do processo “Verificar o Escopo”?

Cristiano Luna 11
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Cada processo tem uma coisinha dessa aqui:

Bom, são 49 processos no PMBOK, cada um com umas 10 entradas.

E aí, como você acerta isso na prova?

Cristiano Luna 12
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Simples: se a questão for repetida, você acerta. Desde que você tenha
internalizado na sua cabeça um meio de chegar na resposta,

Se ela for totalmente inédita e cobrar uma coisa específica assim, já era.
Você não vai conseguir decorar coisas assim pelo estudo teórico NUNCA.

II. Do que adianta você saber SQL


, pra que isso serve, como fazer
consultas, … se a FCC vem e te pergunta o que faz a função
REGEXP_LIKE?

Não acerta, amigo.

A não ser que você já tenha sido apresentado ao REGEXP antes. Se for
apresentado a ele na hora da prova, vai ser muito difícil.

Cristiano Luna 13
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

III. Pra você não falar que essas não eram questões da área fiscal, me
diz aí como opera o SUBSTR do SQL, que caiu no ICMS SC.

Pessoal, posso ficar dando exemplo de questões assim eternamente. Da FCC,


do CESPE, da área de TI ou que caíram em provas de outra área, como a
fiscal.

Após fazer algumas muitas dessas questões difíceis, uma conclusão


inevitável: minha chance de acertar essas questões difíceis na prova sem ter
feito uma igual (ou ao menos parecida) antes é praticamente zero.

Não adianta também eu tentar esgotar a teoria para me precaver das


cobranças, porque como eu disse, as possibilidades de cobrança são
quase infinitas. A única coisa que eu posso me apegar, para tentar acertar
questões assim, é o HISTÓRICO DE COBRANÇA DA BANCA.

Então, depois de concluir tudo isso, minha META foi apenas uma:

DOMINAR O HISTÓRICO DE COBRANÇA.

Cristiano Luna 14
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

A minha obrigação era saber resolver TODAS as questões que a FCC já tinha
aplicado na vida sobre aqueles assuntos do edital. As questões que viessem na
prova iguais ou ao menos parecidas a essas, eu tinha que acertar.
O que nunca foi cobrado na vida e viesse nesse nível de picuinha, eu
erraria fatalmente.

A junção das duas coisas (o conteúdo teórico quase infinito e a cobrança


altamente específica e pontual) apontam para uma só: uma questão difícil
que fugisse do histórico de cobrança eu fatalmente não acertaria.

Então, eu desapeguei dessas de uma vez, e canalizei 100% da minha


energia para:

DOMINAR O HISTÓRICO DE COBRANÇA.

E como dominar o histórico de cobrança?

Deixando de lado a teoria e fazendo engenharia reversa das questões.

Aprenda a matéria - ou pelo menos aquilo que a CESPE ou FCC cobraram


dela em cada questão - por engenharia reversa.

Faça a questão, erre, depois dê o seu jeito de absorver o conhecimento que


te faria acertar a questão, caso ela surgisse de novo na sua frente.

Ah, mas é só fazer questão então?

Não. Não é só fazer questão.

O problema tá aí.

É fazer uma verdadeira engenharia reversa com aquilo que foi cobrado na
questão, de modo que você parta da questão e entenda o assunto
abordado plenamente. De modo que você entenda 100% o que foi
cobrado na questão.

De modo que você quase garanta que irá acertar uma questão difícil que se
repetir na sua prova ou que vier parecida com uma anterior.

Olha a diferença. Vamos fazer umas contas.

Cristiano Luna 15
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Tem gente que faz 300 questões em um dia. Como se fosse uma corrida, em
que o número é que importa, e quem faz mais questão ganha. Se você
estudou 8 horas e fez 300 questões em um dia, você gastou 1 minuto e meio
em cada.

Meu amigo, se você é formado em BIOLOGIA, e gasta 1 minuto e meio para


fazer uma questão de ENGENHARIA DE SOFTWARE, errar a questão (vai
errar), entender o erro e aprender o conteúdo cobrado nela a ponto de
GARANTIR que a acertaria caso ela aparecesse na sua frente de novo...

Eu quero ser você!

Porque você tem algum superpoder!

Porque tinha questão de TI que do enunciado eu só entendia as preposições e


os artigos. O resto era grego.

Eu obviamente errava a questão e várias vezes gastava mais de 15 minutos


tentando entender o que era aquilo. Se o comentário do TEC não tivesse
ajudando, eu ia no fórum do TEC. Eu ia no Qconcursos, ver se alguém deu
uma luz nos comentários. Senão, eu achava a porcaria do lugar na internet
que alguém me explicasse o que tava acontecendo na questão.

Mas eu entendia o que estava acontecendo antes de passar para a


próxima questão.

E quase sempre acertava se aparecesse uma similar depois. Tanto que só


resolvia uma vez cada todas essas questões de TI, e era suficiente para
acertar depois.

Para clarear as coisas:

Se aparecer na letra A) de uma questão de múltipla escolha:

A) O gato é um bicho feliz

Mas você acha que o gato deve ser um bicho triste, afinal ele tá sempre com
uma cara de paisagem, né? Você marca letra D) e acerta a questão.

Sem ter a menor ideia do real motivo de o gato ser feliz ou não. Nem que
relação existe entre gato com feliz ou triste.

Você passa pra próxima questão, afinal você acertou, ou você vai atrás de
saber que história é essa de gato feliz ou triste que você nunca ouviu falar? As
vezes no “lugar” que você está resolvendo a questão, ninguém vai conseguir
te explicar isso também.

Cristiano Luna 16
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Você precisa ir atrás do raciocínio que te explica o porquê de o gato não


ser um bicho feliz. Você precisa chegar ao raciocínio que faz cada coisa que
está na questão estar certa ou errada. Porque isso está no histórico de
cobrança, e há uma chance relevante de isso aparecer novamente na sua
frente. Inclusive no dia da prova.

Você deixa pra lá, não se preocupa com a felicidade ou a tristeza do gato, e
na sua prova vem:

A) O gato é um bicho triste, porque seu sistema Y é pouco


desenvolvido.

Taí a diferença de “fazer questão” igual as pessoas costumam fazer e “fazer


engenharia reversa da questão”.

Na primeira, você faz cada questão em 1 minuto, e erra quando o assunto


reaparecer na prova, um pouquinho diferente.

Na segunda, você jamais se permitiria sair da questão sem saber o que se


passa com o felino. Você “desce” na teoria do assunto até uma
profundidade que te permita realmente entender porque o gato não é um
bicho feliz, de forma a quase garantir que acertará uma questão sobre isso
caso o assunto volte à tona.

E qual a boa notícia?


Os assuntos sempre voltam à tona.

Mesmo em TI. Os examinadores (mesmo os de TI) são pessoas, suas formas de


pensar dão origem a padrões. Assim como seu professor de faculdade repetia
os assuntos que apareciam nas suas provas de faculdade, os de concurso
também não são tão inventivos assim.

Das 10 questões da minha prova da Bahia, a chave para resolver 8 delas


estava dentro do histórico passado de cobrança da FCC. Posso te mostrar isso,
mas ia alongar demais o texto. Espero que a essa altura do campeonato você
já acredite em mim rs. E muitas não eram questões fáceis. Mas o meu
compromisso era qual?

DOMINAR O HISTÓRICO DE COBRANÇA DA BANCA.

DESAPEGAR DAS INÉDITAS E DIFÍCEIS

Acertei as 8.

Cristiano Luna 17
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As duas inéditas, fazendo inferências a partir do histórico que eu dominava


bem, acertei uma e errei uma.

9/10.

Qual a má notícia?
Você não vai ver isso acontecer se você não dominar de verdade o
histórico de cobrança. Afinal, se repetir na prova o que você não domina,
você vai errar lá na prova da mesma forma que erraria em casa.

Não vai ser resolvendo 300 questões que você vai dominar o histórico de
cobrança. Tem que fazer isso numa amostragem relevante, cobrindo o
edital inteiro com muitas questões

E da mesma forma, não vai adiantar nada você fazer 2.000 questões de
qualquer jeito.

Você pode ver lá no meu print dos cadernos acumulados do TEC que eu
não fiz tantas questões assim. Foram umas 1.000 mais ou menos, ao todo. Muita
gente faz 3x mais questões, e tira 3x menos nota.

É mais uma questão de fazer AS QUESTÕES CERTAS

E principalmente, fazer DA FORMA CERTA

O objetivo é extrair das questões o conhecimento necessário para


dominar o histórico de cobrança. Fazer “X” questões é o meio, nunca o
fim.

Não é só a quantidade, de novo:

SE CAIR DE NOVO, IGUAL OU PARECIDO, VOCÊ TEM QUE ACERTAR.

Independente do que seja.

Olha isso aqui:

Cristiano Luna 18
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Quem deixou pra ver uma questão igual essa lá na hora da prova, só de ver
esse pontos, números e letras já deu um “trem ruim”.

Só que tem questões da FCC cobrando como você forma endereços IPv4 e
IPv6 AOS MONTES. Muitas da área de TI, bem mais difíceis que essa. Na
Sefaz GO mesmo caiu uma:

Cristiano Luna 19
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Se você fez engenharia reversa das várias questões da FCC que cobraram
como você forma endereços IPv4 e IPv6, você JAMAIS erraria essa da Sefaz
BA.

Porque essa coisa de perguntar dos “dois-pontos duplicados” da letra E) e


botar esse “k” no meio do endereço IPv6 da letra C) já era mais velha que
a Serra da Mantiqueira pra você.

 As letras do IPv6 só vão de a até f, PORQUE ele é em hexadecimal.


Meteu um “k” no meio do endereço, já era.

 E os “dois-pontos duplicados” tão liberados, mas não é um open bar


de “dois-pontos duplicados” também. Só pode aparecer UMA VEZ POR
ENDEREÇO. Ali na letra E) só aparece uma vez, então tá tranquilo. A
FCC várias vezes botou um endereço com DOIS “dois-pontos
duplicados” nas questões, o que não pode.

Eu não aprendi nada disso num curso teórico, e se tivesse aprendido também
talvez não ia lembrar na hora da prova que não pode ter DOIS “dois-pontos
duplicados”, mas apenas UM “dois-pontos duplicados”

Aprendi nas questões, fazendo engenharia reversa delas até a teoria. Essa
forma de adquirir conhecimento se mostrou muito mais forte e “inesquecível”
pra mim do que a mera leitura da teoria.

Isso ficou bem nítido para mim em uma parte da matéria que cobrava a
distinção entre requisitos funcionais e requisitos não funcionais de um
software. O conceito teórico é tranquilo:

 requisito funcional define uma função de um sistema de software

 requisito não funcional impõe restrições sobre o projeto ou


execução, como requisitos de desempenho, segurança ou
confiabilidade.

Mas quando a FCC me dava uma lista com 10 requisitos para eu classificar
cada um como funcional ou não funcional, o que acontecia?

Eu errava quase todas! Com o conceito teórico na mão.

Cristiano Luna 20
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Saber o conceito teórico quase não tinha efeito pra acertar as questões. Eu
precisava do raciocínio que me levava a classificar cada requisito como
uma coisa ou como outra. E esse raciocínio eu consegui extrair de onde?

Da engenharia reversa das várias questões da FCC que cobraram isso.


Chegado o dia da prova, o que aconteceu?

Sem fazer essa engenharia reversa, eu iria para a prova sabendo o


conceito teórico, e iria errar a questão com o conceito teórico na mão.

Enfim, você tem que dar seu jeito de entender e internalizar o raciocínio e a
chave do conhecimento que te leva a acertar as questões.

Você pode imaginar que para certos temas de TI, fazer isso não será nem fácil
nem agradável. Tinha questão que do enunciado eu só entendia as
preposições e os artigos, o resto era grego. Mas é o jeito, dá pra internalizar
quase tudo, é uma questão de persistência e, principalmente, paciência.

Do céu esse conhecimento não vai cair, de todo jeito, né?

Cristiano Luna 21
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Alguém pode dizer…

e as questões "inéditas", eu vou errar então?


Vai.

E vai errar feliz.

Meu amigo, se você souber tudo que já foi cobrado de TI pela FCC ou pelo
Cespe na história, você já tirou tão mais que o resto dos seus concorrentes na
prova, que tanto faz.

Na minha prova, ninguém tirou 10/10. Dos que passaram, 9/10 foi só eu e
mais um.

As inéditas não só não fizeram falta, como, vem cá, me diga:

Se não por meio do histórico de cobrança, de


onde você iria tirar o conhecimento necessário
para acertá-las?

Uma delas foi tirada de um artigo sobre BPM na internet.

Pelo que eu sei de BPM, o artigo tava falando uma coisa até meio errada, mas
como o que eu sei disso não é lá grande coisa, eu nem entrei com recurso.

Cristiano Luna 22
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Link do artigo:

http://blog.iprocess.com.br/2013/08/bpmn-2-0-novos-diagramas-e-elementos-
introducao-a-coreografia/

Aliás, se vale copiar coisa da internet assim pra fazer questão, podem me
contratar. Anos de experiência fazendo trabalho de faculdade assim.

Cristiano Luna 23
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

A outra “inédita” saiu de um canto ainda inexplorado pela FCC do PMBOK.


Boa sorte para ler o estimado guia de gerenciamento de projetos na íntegra.

Segue o link:

https://www.amazon.com.br/Project-Management-Knowledge-BRAZILIAN-
PORTUGUESE-
ebook/dp/B078H2HX6Z/ref=asc_df_B078H2HX6Z/?tag=googleshopp00-
20&linkCode=df0&hvadid=379685185386&hvpos=&hvnetw=g&hvrand=8585061
013257182807&hvpone=&hvptwo=&hvqmt=&hvdev=c&hvdvcmdl=&hvlocint=&
hvlocphy=20094&hvtargid=pla-811706010920&psc=1

Mas tem que ler e decorar tudo das 756 páginas. Não vai ler isso tudo e errar
lá na hora.

Já deu pra perceber que pelas vias teóricas você não vai cercar a
matéria nunca, né?

Até porque tem o livro do COBIT, os 5 de ITIL, o BPM CBOK, Redes, Segurança
da Informação, Banco de Dados…

O conteúdo teórico é quase infinito. Uma questão inédita, difícil, altamente


específica e pontual pode sair de qualquer lugar. Essa de BPM saiu de um
artigo aleatório da internet.

O histórico de cobrança é, no final do dia, a única coisa a que você pode


se apegar para ir bem na prova.

Imagine que você naufragou em um oceano de TI e está lá perdido,


sozinho, naquele oceano infinito de COBITs, ITILs, PMBOKs, BPMs, BDs...
O histórico de cobrança da banca é o seu bote salva-vidas.

Tem alguma garantia que você vai sobreviver, ficando agarrado ao seu
bote salva-vidas?

Não!

Mas se você ignorar a única coisa a que você pode se apegar, você vai
morrer afogado com certeza!

MORAL DA HISTÓRIA:
 Se você domina o histórico, você acerta o que é difícil mas já
apareceu alguma vez, e alguma coisa do que é difícil e inédito.

 Se você não domina o histórico, você provavelmente erra tudo que


vier de difícil na prova. E tira 53%, como eu antes.

Cristiano Luna 24
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Obs 1.
CESPE e OUTRAS BANCAS

O que eu falo aqui exemplificando para a FCC e Sefaz BA se aplica também


para o CESPE. Eu fiz a mesma coisa depois com questões Cespe, para Sefaz
DF e AL, e deu resultados parecidos:

 Engenharia reversa das questões


 Domínio do histórico de cobrança
 Acerto no que tem precedente de cobrança anterior
 Acerto em metade (mais ou menos) do que é totalmente inédito e
difícil
 Nota final maior que a maioria dos concorrentes

Para as outras bancas, espero não ter o prazer.

Quem fizer me conta!

Obs 2.
QUESTÕES DE CONCURSOS ESPECÍFICOS DE TI

Muita gente tinha me dito que dava trabalho selecionar questões de TI pra
fazer, porque tinha que excluir as específicas de concursos da área de TI.

Na minha visão,

NÃO FAÇA ISSO!


Pela vasta experiência que tive em ir mal em provas de TI, supor que as
questões que virão na sua prova de TI da área fiscal serão mais fáceis ou
menos aprofundadas que as dos concursos específicos de TI é uma
premissa muito perigosa.

Eu já vi acontecer o contrário inclusive!

A prova de TI da Sefaz RS mostrou isso, para quem se lembra.

Enquanto o histórico do Cespe era de cobrar em questões distintas detalhes


dos processos do PMBOK, ITIL e COBIT, a prova do RS trazia processos das três

Cristiano Luna 25
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

“coisas” de uma vez só dentro da mesma questão, relacionando o que


havia em comum e o que havia de diferente entre um framework e o outro.

Isso certamente piorou bem as coisas.

E mesmo que você acerte nessa premissa e sua prova venha mais tranquila
que as provas específicas para TI, você fazer a sua engenharia reversa
incluindo as questões mais cascudas da banca, como as que caem para
Auditor de TI, ou Analista Judiciário de TI, por exemplo (que estejam no
conteúdo do seu edital, claro), traz uma espécie de “margem de
segurança” para esse processo todo.

Veja que legal, lá da Sefaz Bahia novamente:

Pode parecer difícil para alguns saber a função exata de cada um dos
protocolos de WebService. Para nós, que não somos de TI, principalmente.

No TEC, essa questão tem 60% de acertos e 40% de erros.

Só que eu fiz a tal engenharia reversa com TODAS as questões da FCC sobre
WebServices da história da banca. Sem distinção se era específica de
concurso da área de TI, se a questão era de nível elevado ou baixo.

Cristiano Luna 26
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

Por causa de ter feito essa engenharia reversa, eu sabia o que vinha escrito no
cabeçalho, no corpo e no “rabo” desses protocolos (me fugiu o nome
técnico rs). Porque outras questões da FCC perguntavam isso! E eu fui atrás de
saber, porque o meu compromisso era, de novo: dominar o histórico da
banca.

Quando você vê os protocolos de Webservices nesse nível de


aprofundamento, e a banca vem e te pergunta o que cada protocolo faz...

Uma questão que poderia ser difícil, fica simplesmente banal.

A engenharia reversa, bem feita, aplicada a questões provavelmente


piores do que as que aparecerão na sua prova, te dá uma certa “gordura
de conhecimento”.

E caso a prova não seja tão impossível assim, mas apenas uma prova difícil...

Você faz 90% nela.

Essa é a “mágica”.

Cristiano Luna 27
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Enfim, amigos, é isso.

Segue o resumo do que o nem um pouco especialista no assunto aqui


recomenda:

I. Teoria, mais rápido. Não fique uma vida debruçado na


teoria. Vai chegar nas questões e provavelmente errar quase tudo,
ficando 1 mês ou 1 ano na teoria. Pra mim adiantou bem pouco a
vida pra falar a verdade. Adquira uma compreensão bacana dos
conceitos principais e parte pro II.

II. Engenharia reversa das questões da banca, a sua meta


de vida é dominar o histórico de cobrança da banca.

Faça tudo isso espremendo a questão. Tem que entender e


internalizar o raciocínio/conhecimento que te faz acertar a
questão, adquirir a compreensão de TUDO que foi cobrado.
“Adentrar” na teoria do assunto até o ponto suficiente para ter
essa compreensão. Senão é a mesma coisa que nem fazer a
questão. Se seu raciocínio estiver errado, e você não corrigir esse
vício na forma de pensar, vai errar em casa e depois errar na prova
de novo.

III. Amostragem grande (umas 1000 questões de TI, pelo


menos), relevante em relação ao total de questões da banca,
cobrindo todo edital. Lembrando que é pra entender o conteúdo
da questão a ponto de quase GARANTIR que acertaria uma
similar que aparecer na sua frente novamente (vai aparecer), e
não fazer questões igual um maluco. Na minha opinião, mil muito
bem feitas é melhor que 2 mil de qualquer jeito.

Se TI for muito importante pra sua prova, zere o banco de questões


da banca. Aí você tem garantias que vai mandar bem.

IV. Não fuja das questões cascudas, elas


provavelmente serão sua “margem de segurança” contra
imprevistos.

V. Refaça as erradas na véspera da prova, para te ajudar a


acertar as questões mais picuinhas. Você não vai lembrar o que o
REGEXP_LIKE faz 3 meses depois do primeiro encontro.

Cristiano Luna 28
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3) Know yourself

Pessoal, uma coisa que você tem que olhar é se realmente vale a pena fazer
tudo isso agora.

Creio que o caminho para ir bem nessa matéria em provas seja esse, mas
mesmo assim você vai gastar centenas de horas para percorrê-lo. É um
investimento de tempo alto.

Quando eu disse que não era fórmula mágica, não era mesmo:

Nos números acumulados desde o


início dos estudos, TI foi a matéria que
eu dediquei mais horas.

Eu creio que essa seja a tendência real


da área fiscal: TI como uma das
matérias mais importantes, e
frequentemente a mais decisiva em
termos de prova.

No meu caso, eu fiz tudo isso para TI no


pós-edital da Sefaz BA porque
realmente valia a pena. Eu já estava
muito bom em quase todas as outras
matérias, e eu podia naquele momento
deixar muitas de lado para focar em
TI.

Além disso, tinha uma importância


muito alta dentro da minha prova,
peso 3. Era a chave para eu conseguir
passar.

Se você está num pós-edital e TI vale


poucos pontos, estude-a segundo o
custo-benefício. Aplique o remédio
com sabedoria.

Agora se a sua grande dificuldade é essa matéria, e ela é importantíssima


para sua prova, como era o meu caso, vai pra cima.

Só posso desejar boa sorte!

Cristiano Luna 29
Guia de estudos de TI para quem não é da área de TI para área fiscal

4) Para refletir: não torne mais difícil o que já é


difícil

Pessoal, com todas as complicações do nosso país, se estamos estudando


para um cargo de patamar salarial de até 20 mil reais, não cabe viver
reclamando que matéria X ou Y é difícil, como muitos fazem.

Caso não estejamos a fim de encarar tanta dificuldade, podemos estudar


para um concurso mais "tranquilo" de passar, e não há nada de errado com
isso. São só escolhas.

Mas se você escolheu estudar para um dos concursos mais difíceis (pelo
menos eu considero a área fiscal a área de concursos aberta a todas
formações mais difícil de ser aprovado hoje), não cabe ficar reclamando das
dificuldades.

É difícil justamente porque foi feito para ser difícil. Se fosse para ser tudo fácil,
100 pessoas gabaritavam a prova e tinha que decidir as vagas no 2 ou 1. É
proposital, é a regra do jogo, e ela é igual para todo mundo.

Estatística é difícil, direito empresarial é chato, TI é impossível decorar tudo…

Não. Se cismarem de cobrar a história da Mesopotâmia no próximo concurso


da área fiscal, ótimo. Vamos descobrir o que acontecia naquela época entre
as margens do Rio Tigre e Eufrates, descobrir como isso vai cair na prova, e dar
nosso jeito de acertar as questões na prova. Não temos que escolher matéria.

Difícil é ter de sair pra trabalhar 5 da manhã todo dia e chegar em casa 8 da
noite por um salário mínimo. Difícil é não saber se o dinheiro vai dar pra
comprar comida pro mês inteiro.

Matéria de concurso a gente tem é que passar por cima dela.

Boa sorte nesse intento,

E um abraço!

Cristiano Luna 30
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INDO ALÉM

Para quem chegou até aqui, tem um bônus.

Organizei e atualizei com as novas questões (até abril de 2020) os cadernos


da FCC e da CESPE que usei para fazer todo esse processo.

Se quiser receber esses cadernos é só botar seu e-mail no link abaixo:

https://mailchi.mp/d2082ec47e1f/cadernosdeti

O envio é automático, mas pode ser que caia no seu spam. Confere lá!

Estou sempre lá pelo Instagram também ajudando o pessoal:

https://www.instagram.com/cristianoluna_/

Mas os cadernos eu não envio por lá, senão fico doido! Só se eu montar um
call center! hahaha

Vai no link acima que é “bão”, de graça, e melhor, automático!

Até mais!

Cristiano Luna 31

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