Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Era um autor realista, trata a política como o que ela é, não o que ela deveria
ser, portanto, desvincula-a da ética.
Para ele, a política não é o reino da racionalidade, mas sim o reino das
paixões.
Os homens são divididos em dois:
o Aqueles que mandam, os grandes, e querem conservar o poder;
o Aqueles que obedecem, os pequenos, e querem resistir ao poder, não
serem dominados por ele.
Como conservar o poder?
Como se obtém o poder?
o Pela fortuna (que tem “aura feminina”, é instável)
o Pelo esforço, a virtù, que consiste na virilidade para se conquistar a
fortuna, ser ativo para lidar com as adversidades da fortuna. Para isso,
o príncipe não deve hesitar em fazer o que é necessário para manter o
poder. Um príncipe entregue ao amor, está entregue à fortuna; o medo
impõe respeito, é mais seguro. O medo dá controle ao príncipe porque
vem dele mesmo, enquanto o amor depende dos outros.
A necessidade coloca a ação para além do bem e do mal, pois a eficiência
nada tem a ver com a moral.
O método teleológico usado pelos autores clássicos não faz sentido para
Maquiavel, pois o telos já foi atingido e este é o poder, agora o único
propósito é mantê-lo.
Maquiavel vê o homem com um pessimismo antropológico, é mau por
natureza, inconstante.
A lei é lei, porque tem sua obrigatoriedade assegurada pelo poder, se a lei é
facultativa perde sua força, logo não é uma boa lei. Portanto, “Onde não há
boas armas, não há boas leis”.