Você está na página 1de 47

PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES

AULA 03

PATOLOGIA EM FACHADAS
FISSURAS MAPEADAS

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 1
PATOLOGIA EM FACHADAS DE EDIFÍCIOS

 RAF

• Revestimento Argamassado de Fachadas

 RCF

• Revestimento Cerâmico de Fachadas

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 2
 RAF: Revestimento Argamassado de Fachadas

1. BASE CONCRETO OU ALVENARIA


2. CHAPISCO (V.O.) OU INDUSTRIALIZADO
3. EMBOÇO (MASSA GROSSA) OU MASSA ÚNICA
4. ACABAMENTO FINAL

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 3
 RCF: Revestimento Cerâmico de Fachadas

1. BASE CONCRETO OU ALVENARIA


2. CHAPISCO (V.O.) OU INDUSTRIALIZADO
3. EMBOÇO (MASSA GROSSA) OU MASSA ÚNICA
4. ARGAMASSA COLANTE
5. PLACAS CERÂMICAS E REJUNTE
Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 4
NORMA DE DESEMPENHO
X
REVESTIMENTOS EXTERNOS EM ARGAMASSA

 Sistema de revestimento de fachadas – Atendimento a ABNT


NBR 15575:2013

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 5
 NORMA DE DESEMPENHO ANBT NBR 15575:2013

• PARTE 01 – NBR 15575-1:2013 Final – Requisitos Gerais


• PARTE 02 – NBR 15575-2:2013 Final – Sistemas estruturais
• PARTE 03 – NBR 15575-3:2013 Final – Sistemas de pisos
• PARTE 04 – NBR 15575-4:2013 Final – Sistemas de vedações
verticais internas e externas
• PARTE 05 – NBR 15575-5:2013 Final – Sistemas de Cobertura
• PARTE 06 – NBR 15575-6:2013 Final – Sistemas Hidro-
sanitários

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 6
 NBR 15575-1:2013 - PARTE 01 – Requisitos Gerais

• DEFINIÇÕES DE RESPONSABILIDADES:

 INCORPORADORES

 PROJETISTAS

 CONSTRUTORES

 FORNECEDORES

 USUÁRIOS

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 7
• VIDA UTIL DE PROJETO (VUP):
 Período estimado de tempo para qual o sistema é
projetado, considerando as normas aplicáveis,
procedimentos de manutenção especificados no Manual
de uso e Operação.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 8
 NORMAS DE ARGAMASSA
• ABNT NBR 13749:1996 – Revestimento de paredes e tetos de
argamassas inorgânicas – Especificação
• ABNT NBR 7200:1998 – Execução de revestimentos de paredes e tetos
de argamassas inorgânicas – Procedimento
• ABNT NBR 13281:2005 – Argamassa para assentamento e
revestimento de paredes e tetos – Requisitos
• ABNT NBR 13528:2010 – Revestimento de paredes e tetos de
argamassas inorgânicas – Determinação da resistência de aderência à
tração
• ABNT NBR 13755:1997 – Revestimentos de paredes externas e
fachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante
– Procedimento
Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 9
 CUIDADOS ESPECIAIS DEVEM SER TOMADOS COM SISTEMAS DE
REVESTIMENTOS QUE NÃO POSSUI NORMA ABNT/NBR – VIGENTE

 DEVE ATENDER AO SINAT – SISTEMA NACIONAL DE AVALIAÇÃO


TÉCNICA
• Iniciativa de mobilização da comunidade técnica nacional
para dar suporte à operacionalização de um conjunto de
procedimentos reconhecido por toda a cadeia produtiva da
construção civil, com o objetivo de avaliar novos produtos
utilizados nos processos de construção.
• O SINAT é proposto para suprir, provisoriamente, lacunas da
normalização técnica prescritiva, ou seja, para avaliar
produtos não abrangidos por normas técnicas prescritivas.
Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 10
• Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos
Inovadores empregados em edifícios, obras de saneamento
e infraestrutura é baseado no conceito de Desempenho.

 Produtos inovadores: sem norma brasileira para análise


de desempenho.

 Desempenho: comportamento em uso ao longo da vida


útil das construções.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 11
 PBQP-H – Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do
Habitat

 CTECH – Comitê Nacional de Desenvolvimento tecnológico da


habitação.

 SIAC – Sistema de avaliação da Conformidade de serviços e


obras.

 SIMAC – Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais,


Componentes e Sistemas Construtivos.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 12
 O DESEMPENHO DO SISTEMA DE REVESTIMENTO DEVE ATENDER:

• AVALIAÇÃO TÉCNICA

 Argamassa no estado fresco

 Argamassa no estado endurecido

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 13
 Desempenho mecânico
 Resistência a aderência

 Impacto de corpo duro

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 14
 Susceptibilidade a fissuração

 Estanqueidade

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 15
 Controle de coloração

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 16
 FENÔMENOS PATOLÓGICOS

• NBR 13749:1996

 Fissuras Mapeadas

 Fissuras Geométricas

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 17
 FISSURAS MAPEADAS
• Conforme a norma NBR 13749/1996,
Revestimentos de paredes e tetos de
argamassa inorgânicas –
Especificações (anexo A – fenômenos
patológicos):
 Podem formar-se por retração da
argamassa, por excesso de finos no
traço, quer sejam de aglomerantes,
quer sejam de finos no agregado, ou
por excesso de desempenamento. Em
geral, apresentam-se em forma de
mapa ou teia de aranha.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 18
 FISSURAS MAPEADAS

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 19
 FISSURAS MAPEADAS
• RETRAÇÃO PLÁSTICA DA ARGAMASSA DE EMBOÇO

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 20
 PRINCIPAIS CAUSAS DAS ORIGENS E MEIOS DE EVITAR A
RETRAÇÃO DA ARGAMASSA DE EMBOÇO
• Perda de água para as bases e/ou meio ambiente
A. Espessuras insuficiente da argamassa de emboço < 20 mm

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 21
A. Espessuras insuficiente da argamassa de emboço < 20 mm

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 22
B. Falhas de preparo da argamassa
• Preparo inadequado da argamassa, principalmente as
industrializadas.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 23
• Para a produção de argamassa, principalmente as
industrializadas o equipamento de mistura deve estar de
comum acordo com o fabricante.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 24
C. Deficiência no equipamento de mistura.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 25
D. Deficiência da Cal Hidratada industrializada.
• A hidratação do óxido de magnésio (MgO) é lenta e pode não
ocorrer de forma plena durante a fase de fabricação (extinção)
da cal hidratada.
• Caso a hidratação seja mal executada ou incompleta, parte do
óxido de magnésio estará presente na cal hidratada.
• A presença de óxidos não hidratados dentro da cal hidratada
pode provocar pipocamento, fissuras e desplacamentos no
revestimento aplicado, pois estes óxidos reagem com a água de
amassamento utilizada no preparo das argamassas, provocando
assim, aumento de volume no revestimento ou assentamento
já aplicado.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 26
• SOLUÇÃO: Hidratar a cal mergulhada em água por no mínimo 72
horas (denominada “cal massa” ou “cal morta”).

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 27
• Qualidade da cal hidratada

CH I tem como limite 5% de CO2. CH III pode conter até 13% de


A CH I e a CH II são mais puras. Anidrido Carbônico (CO2).

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 28
• Comparação qualitativa entre argamassas

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 29
E. Espessuras excessivas da camada de emboço

• A carbonatação ocorre da superfície


externa para o interior da argamassa
até atingir o substrato (uma das
funções da areia na argamassa de
CAL é facilitar a penetração do CO2
do ar).

• Em espessuras muito grandes não


ocorre a completa carbonatação da
CAL, e o revestimento pode fissurar-
se.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 30
F. Falta de uniformidade na granulometria dos agregados
fornecidos à obra

• (areia mais fina) maior área


específica resulta maior
consumo de água.

• Conceito de superfície
específica, quanto menor o
diâmetro maior o consumo
de água de amassamento,
maiores retrações por
secagem.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 31
G. Deficiência dos aditivos retentores de água no caso de
argamassas industrializadas ou viradas na obra
• Éteres de celulose (em pó):
 Ao entrar em contato com a água utilizada no preparo da
argamassa, se solubiliza e cria uma “rede” no formato de
“teia de aranha” em que as moléculas de água ficam presas
(dosagem cuidadosa pois se em excesso podem provocar
fissuras a fresco na argamassa aplicada). Este produto não
cria película do tipo filme.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 32
H. Deficiência dos aditivos retentores de água no caso de
argamassas industrializadas
• Metil Hidroxi Propil Celulose puro (MHPC):
 Polímero derivado da celulose com alta capacidade de
molhagem e alta velocidade de hidratação.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 33
• Utilizar corretamente o aditivo especificado
 Retentores: Família Celotex

 Polímeros: Família PLV

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 34
I. Deficiência dos aditivos retentores de água no caso de
argamassas viradas na obra (V.O.)
• Aditivos base Acrílicos
 Proporciona aderência, plasticidade, maior resistência ao
desgaste e aos choques, aumenta a impermeabilidade e
evita a retração das argamassas.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 35
J. Uso de fibras potencializam a resistência à tração
• As fibras aumentam a resistência à tração da argamassa
diminuindo os quadros de fissuração tanto por retração quanto
por movimentação das bases.
• As principais fibras utilizadas nas argamassas são:
 Fibras de vidro álcali-resistente
 Fibras de polipropileno
 Fibras de Nylon

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 36
• As fibras aumentam a resistência à tração da argamassa
diminuindo os quadros de fissuração tanto por retração quanto
por movimentação das bases

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 37
K. Uso de cimentos indevidos no chapisco da obra
• As argamassas devem ser preparadas com cimentos CPII E ou
CPII F.

• O emprego de cimentos com adições com pozolanas ou escória


de alto forno exigem maior tempo de cura, para que ocorram as
reações de hidratação dos seus componentes.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 38
L. Ausência de cura
• A ABNT NBR 7200:1998 – Execução de revestimentos de
paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Procedimento, no
item 9.1.3, especifica o que segue:
 A argamassa de revestimento não deve ser aplicada em
ambientes com temperatura inferior a 5oC. Em temperatura
superior a 30oC, devem ser tomados cuidados especiais para
a cura do revestimento, mantendo-o úmido pelo menos nas
24 h iniciais através da aspersão constante de água. Este
mesmo procedimento deve ser adotado em situações de
baixa umidade relativa do ar, ventos fortes ou insolação
forte e direta sobre os planos revestidos.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 39
 CORREÇÃO DE FISSURAS MAPEADAS
Fonte: PINIWEB

• Uma fissura mapeada mais superficial pode ser recuperada


de forma mais simples. Se a origem é estrutural, sua
recuperação é mais complicada.
• As fissuras, no geral, são recuperadas com a aplicação de
produtos flexíveis, como selantes elásticos.
• Entre os produtos, há, inclusive, tintas especiais para
fachadas, com maior capacidade de tolerar deformações
sem fissurar.
• A solução deve ser compatível com a construção, para
alterar o mínimo possível as suas características.
• Deve ter durabilidade e ainda ser passível de remoção sem
que danifique os materiais originais da edificação.
Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 40
• Etapas de recuperação
• Preparação da superfície
 Abrir a fissura em um perfil em forma de "V", por meio
de disco de corte, para apresentar aproximadamente 1,0
cm de profundidade e 1,0 cm de largura (foto 1).

Abertura de sulco sobre a fissura

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 41
 Remover o acabamento da parede em uma faixa de cerca
de 20 cm em torno da fissura, contados 10 cm para cada
lado, até atingir o reboco, para remover todo o sistema
de pintura existente (massa acrílica e tinta) (foto 2)
 Com um pincel 2", eliminar todo o pó da fissura aberta,
bem como das faixas laterais.

Remoção do acabamento da parede


Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 42
• Fundo
 Caso o substrato não estiver coeso, aplicar um fundo preparador de
paredes. O produto é aplicado com trincha na fissura e nas faixas
laterais.
• Tratamento da fissura
 Preencher a fissura com duas demãos de selante acrílico por meio
de aplicador. Utilizar uma espátula nessa aplicação, para que o
material seja bem compactado no interior da fissura (foto 3).

Aplicação de selante acrílico

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 43
 Aguardar 48 horas, no mínimo, para secagem entre
demãos
 Aguardar intervalo de 24 horas para secagem da última
demão do selante acrílico (foto 4)

Secagem da fissura selada

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 44
 Aplicar uma farta demão de impermeabilizante acrílico
diluído com 10% de água, sobre a fissura e as faixas
laterais (foto 5)
 Aguardar por volta de seis horas para a secagem

Aplicação de impermeabilizante acrílico

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 45
 Uma segunda demão de impermeabilizante acrílico foi
aplicada, da mesma forma que no item anterior, fixando-
se, nessa etapa, uma tela de poliéster, de 20 cm de
largura, sobre toda a faixa da fissura, tendo como
orientação o eixo da trinca (foto 6)
 Aguardar por volta de sies horas para a secagem
completa

Segunda demão de impermeabilizante


estruturado em tela de poliéster

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 46
• Acabamento final

 Executar um novo nivelamento sobre as partes


anteriormente rebaixadas, com massa acrílica, aplicada
em camadas finas e sucessivas, não ultrapassando
espessura final superior de 3 mm.

 Aplicar duas demãos de tinta látex acrílica, com diluição


de 30% a 40% de água na primeira demão, e de 10% a
20% na segunda, usando-se um rolo de lã para aplicação.
Observar um intervalo de quatro horas entre as demãos.

Aula 03
Prof. Ms. Renato Rodrigues PATOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 47

Você também pode gostar