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Igreja Batista Renovada

PASSO A PASSO
COM CRISTO II

Rua Jeres Benedito Souza, 1840 – Jd. Petráglia – Franca - SP


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PASSO A PASSO COM CRISTO – II


1. O NOVO NASCIMENTO

TEXTO BÁSICO
João 3.1-15

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível, mediante a
Palavra de Deus, a qual vive e é permanente “ (I Pe 1.23)

Introdução

Há muitas pessoas que se dizem filhas de Deus, sem, contudo, o ser. Quem quer
que seja, só pode se tornar filho de Deus, se nascer de novo. Jesus deixou claro que o
novo nascimento é importante (Jo 3.3). Não há salvação sem o novo nascimento.

I. O que o Novo Nascimento não é

1. Não é um nascimento físico. Não é uma repetição do nascimento. Quando Jesus falou
com Nicodemos sobre nascer de novo, ele ficou chocado, embora fariseu e mestre da
lei, pensou que seria um nascimento físico (Jo 3.4). Jesus disse que não.

2. Não é geração natural, hereditária. O fato de alguém ser nascido de novo não garante
que o seu filho o seja. Portanto, o ter nascido em tal religião não faz uma pessoa
nascida de novo.

3. Não é produto do esforço humano. Não é um nascimento da “carne”, ou do “sangue”,


nem da vontade do homem (Jo 1.13).

4. Não é Reencarnação. O que é nascido da carne é carne. Se fosse possível uma


pessoa nascer repetidas vezes aqui na terra, seria sempre carne. Jesus falou de um
nascimento do Espírito. A bíblia ignora o assunto de reencarnação. Ela só fala em
ressurreição. A Bíblia diz que o homem morre só uma vez (Hb 9.27).

5. Não é reforma moral. Não é um aperfeiçoamento moral, nem reforma religiosa. Não
basta tomar parte nas atividades da igreja, e não é suficiente deixar os vícios. Nada
disso o faz nascer de novo.

6. Não é Rito Batismal. Muitos crêem que o batismo é um meio de salvação. Quando a
Bíblia fala em “lavar regenerador” (Tito 3.5) ou “nascer da água e do Espírito”, a
referência é figurativa, e tem em vista a Palavra de Deus, que produz o Novo
Nascimento. Não é batismo.

II. O que o Novo Nascimento é

1. Um Nascimento Espiritual, de cima. As palavras gregas traduzidas por “de novo”, em


João 3.3., querem dizer “de cima”, ou seja, nascer de Deus. Trata-se de um milagre
em que a pessoa é gerada de novo por Deus, daí o nome Regeneração. É nascimento
de Deus (Jo 1.14).

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2. Regeneração. Quer dizer, o homem é GERADO DE NOVO. Não é uma geração


natural, mas espiritual. Em Tito 3.5 a palavra regeneração tem o sentido de renovação
do indivíduo, transformação da personalidade. No sentido de “gerar de novo”
encontramos a mesma palavra em I Pe 1. 3,23. Regeneração é, pois, uma vida
recriada, para viver segundo a natureza recebida de Cristo.

III. Resultados do Novo Nascimento

1. Uma Nova Natureza. O ser tem a natureza daquele que o gera. Se o homem nasce de
Adão, tem a natureza de Adão. Mas se nasce de Deus, tem a natureza de Deus (Jo
1.12). Os aspectos exteriores da pessoa podem não declarar que ela é filha de Deus,
mas é (I Jo 3.2). A Bíblia diz claramente que quem nasce de novo tem a natureza
divina (II Pe 1.4). Porque é nascido da semente divina.

2. Libertação do pecado. Quem tem nova natureza (nasce de Deus) não vive na prática
do pecado (I Jo 3.9).

3. Tudo se torna novo. Se alguém em Cristo é nova criatura (II Co 5.17). O que vale é ser
nova criatura (Gl 6.15).

4. Novos Motivos, Novos Desejos. Antes de nascer de novo, o homem faz a vontade da
carne e dos pensamentos (Ef. 2.2). Quando nasce de novo tem desejos espirituais
(Rm 8.5,9).

5. Tornamo -nos filhos de Deus. Filhos legítimos (I Jo 3.2). Tendo sido gerados por Ele,
recebemos sua própria natureza e somos seus filhos de verdade.

IV. Como nascer de Novo.

O novo nascimento é operado pela Trindade no homem, através da Palavra de Deus.

1. Jesus providenciou o meio da salvação. A obra de Jesus na cruz, que o Pai planejou,
e foi executada pelo Filho, possibilita a nossa salvação. O novo nascimento. Nenhum
esforço próprio é exigido de nós. Não temos que fazer obras para isso.

2. A Palavra é a semente. Para todo nascimento é necessário uma semente. A Palavra


de Deus é a semente que, fecundada, faz germinar e surgir uma nova criatura (I Pe
1.23: Tg 1.18).

3. O Espírito é o agente. O Espírito Santo é quem realiza a regeneração (Jo 3.5). Ele é o
que fecunda a Palavra e a faz produzir no homem uma nova criatura, com uma nova
natureza.

4. Do lado humano é preciso:

a) Consentir que Deus efetue em sua vida a obra do novo nascimento. É preciso atender
ao convite de Deus.

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b) Crer na Palavra de Deus e no nome do Senhor Jesus (Ap 22.17).

c) Receber Jesus como Salvador (Jo 1.12).

V. A necessidade do Novo Nascimento.

1. Por causa do Pecado do homem. Todo homem precisa nascer de novo porque é
pecador (Rm 3.23). O pecado perverteu a natureza humana e isso faz necessitado do
novo nascimento. Nada substitui o novo nascimento (Gl 6.15).

2. Por causa da santidade de Deus. O homem não é santo, mas Deus é. Pelo novo
nascimento o homem adquire uma nova natureza, a natureza de santidade de Deus.
Ser santo é uma exigência de Deus (Lv 20.26).

3. O homem é um ser religioso. Sua alma tem sede de Deus (Sl 42.2). Mas ele só pode
chegar-se a Deus pelo novo nascimento.

Conclusão

Nascer de novo nos leva para um novo relacionamento com Deus. Um


relacionamento de filho para com o Pai. Se alguém precisa nascer de novo, faça-o agora
mesmo, crendo em Jesus e aceitando-O como Salvador.

Aplicação

1- Desde que o novo nascimento não traz transformações físicas nas pessoas, é
possível que você continue, depois de se tornar filho de Deus, com suas
limitações físicas. Para isso é preciso uma aceitação de si mesmo como é.
2- Os adeptos da reencarnação dizem que o homem pode, na reencarnação
evoluir como regredir. Para o filho de Deus não há isso. Ele resolve o problema
de vez. Está salvo e é filho de Deus, para sempre.
3- O homem nascido de novo tem desejo de se santificar, para agradar a Deus.
Isso acontece com você?

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2. JUSTIFICAÇÃO

TEXTO BÁSICO
Romanos 3.21-31

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de Nosso Senhor Jesus
Cristo“ (Rm 5.1)

Introdução

A justificação trata do aspecto legal da salvação. Falar em justificação não é


somente em perdão dos pecados. Como também não é simplesmente declarar inocente o
culpado.

I. O que é justificação

1. Justificação é um ato judicial de Deus. Através desse ato Deus declara justo o homem.
É um ato da graça porque Deus provê a justificação gratuitamente (Rm 3.24) é um ato
judicial porque é baseado na lei espiritual, que exige a morte de alguém por outro. O
Senhor Jesus cumpriu a exigência espiritual.

2. Sentido da palavra. A palavra Justificação vem do grego “Dikaiko”, que significa “tornar
justo” ou “declarar”. Quem faz esta declaração é Deus (Rm 8.33).

3. Libertação da Condenação. O homem justificado é livre da condenação. Ao mesmo


tempo é restaurado à graça divina.

II. O método da Justificação

São três as causas que devemos considerar na justificação: A causa originadora, a


meritória e a instrumental.

1) A causa meritória. Ela é obra salvífica de Cristo. Deus proveu um substituto para o
homem quando este ainda estava desgarrado, como seu inimigo (Rm 5.10).
Consideremos os seguintes ensinamentos, tendo por base o texto de Rm 3.23-28:

a) Todos pecaram e carecem da glória de Deus. O pecado afastou o homem de Deus


e da sua glória. O pecado deixou o homem culpado diante de Deus. Ninguém pode
se justificar diante de Deus. Todos são pecadores, condenados.

b) Para se achegar a Deus o homem precisa da Justificação. Sem ser justificado, isso
é impossível.

c) Deus enviou Jesus para morrer em nosso lugar. É a obra propiciatória e vicária
(substituta) de Jesus em nosso favor.

d) Através do sacrifício de Jesus, Deus, que é justo, cobrou em Cristo os nossos


pecados. Ele que era sem pecado, Ele o fez pecador por nós (II Cor 5.21). E Ele
(Jesus) se fez maldição em nosso lugar (Gl 3.13). Com isso dizemos que lhe foi
imputado o nosso pecado. A palavra imputar quer dizer “atribuir a alguém a
responsabilidade dos atos de outrem”. Isso se refere a termos de aliança muito
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comum entre antigos em que se trocavam as posses. Cristo levou nossos pecados
e nós recebemos sua justiça. Deus pode nos declarar justos não porque o sejamos
por nós mesmos, mas porque a justiça de Cristo nos é atribuída. Deus nos vê
como justos.

e) Deus é justo em justificar. Isso é possível por causa da morte do Senhor Jesus em
nosso lugar (Rm 3.26).

2) A causa originadora e a graça de Deus. É ela que torna possível a nossa justificação.
E através de Jesus que Deus se torna propício, ou somos salvos pela bondade de
Deus. Foi a graça de Deus que proveu uma salvação para o homem quando este não
tinha esperança alguma (Rm 5,8) e é, mediante a sua graça que somos justificados
(Rm 3.24-26; II Co 5.18-21; Gl 2.4, 15-16; Tt 3.4-7).

3) A causa instrumental da Justificação - A fé. Ter fé é uma condição indispensável para


a justificação. É preciso ter fé em Jesus. Sem fé é impossível agradar a Deus e não é
possível mais nada diante dele. O justo vive pela fé (Hb 2.4). Somos salvos por meio
da fé. Agora veja este texto claro de Rm 5.1 “Justificados, pois, mediante a fé, temos
paz com Deus...”

Mediante a lei o homem jamais pode ser justificado diante de Deus, mas a fé é
atribuída ao homem como justiça (Rm 4.22).

III. Resultados da Justificação

1) Paz com Deus. Já que não existe pena, já que a culpa foi deixada para trás, o homem
não é mais inimigo de Deus. Por isso goza de perfeita paz com Deus. É uma paz
maravilhosa que excede todo entendimento.

2) Ninguém pode condenar. Ninguém pode intentar acusação contra os eleitos de Deus
porque é Deus quem os justifica (Rm 8.33). Se Deus justificou e justificou baseado na
Obra expiatória de Jesus – ninguém pode nos acusar ou condenar.

Conclusão

A justificação é um ato e não um processo. Ela se dá no momento em que o


homem crê em Jesus, nasce de novo e é salvo. É uma doutrina importante, porque
remove qualquer pretensão humana de se justificar pelas obras (Rm 3.27-28). Também
não prevalecerá o receio de que a pessoa seja fraca demais para conseguir a salvação
(Jo 6.35-40) porque tudo isso nos é dado gratuitamente pela Sua graça.

Aplicação
1- Compreenda que os seus sentimentos não podem “dar o tom” na questão da
justificação. Seja como for que eles estiverem, sua justificação só depende de Deus e
de sua fé.
2- Agradeça a Deus por Jesus ter morrido em seu lugar.
3- Se o diabo acusar você, não se importe! Você está justificado e o inimigo não pode
condenar você.

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3. ADOÇÃO

TEXTO BÁSICO
Gálatas 4.1-7

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de uma mulher,
nascido sob a lei, para resgatar aos que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a
adoção de filhos“ (Gl. 4. 4,5))

Introdução
O termo Adoção, usado pelo apóstolo Paulo, é “Huiothesia”, e tem o significado de
uma pessoa ser recebida na família e ser reconhecida como filha e ser constituída
herdeira. O adotado passa a ser filho legítimo, com todos os direitos de filho.
Em termos teológicos, Adoção é “o ato livre da graça de Deus, pela qual, depois de
justificados e renovados pela fé em Cristo, somos recebidos na família de Deus, feitos
seus filhos e herdeiros. “(II Pe 1.2-14; II Pe 1.3,4).

I. Ser Filho de Deus

Há duas maneiras pelas quais a Bíblia trata o nosso relacionamento com Deus em
termos de filiação: Como nascidos de novo, regenerados, e como adotados.

1. Filho por regeneração. Acontece quando, ao crer em Jesus e recebê-lo em nosso


coração, o Espírito Santo age pela Palavra e nos faz nascer de novo, ser novas
criaturas, com a natureza de Deus (Jo. 1,12-14); (II Cor 5.17; I Pe 1.1-5).

2. Filhos por adoção. Está é a outra maneira pela qual o Senhor Deus nos recebe por
filhos. O significado espiritual do termo:

1) Aplicado a Israel em Rm 9.4, o vocábulo é usado no sentido espiritual de Deus


haver adotado aquela nação. É nesse sentido que o apóstolo discorre sobre o
povo escolhido até o cap. 11.
2) Aplicado aos crentes. Quando somos adotados por Deus, recebemos uma nova
posição em relação a Deus – a de filhos.

3. A adoção em três tempos. A adoção deve ser entendida em três tempos:

(a) Um tempo passado, que está incluso no plano eterno de Deus e revela sua
presciência (Ef. 1,5).
(b) Quando somos salvos é o tempo presente da adoção. Pela fé o crente toma posse
da bênção já planejada pelo Pai e executada pelo Filho Jesus (Gl 3.26).
(c) O tempo futuro se refere à glorificação do crente, quando o seu corpo for
transformado em um corpo incorruptível na ressurreição.

Quando somos adotados por Deus somos conduzidos à verdadeira posição de filhos
de Deus. Sem nenhuma falta!

II. Nosso Relacionamento de Filhos


Uma vez adotados por Deus, deixamos a velha família e passamos a fazer parte da
família de Deus.

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1) Somos feitos de fato, filhos de Deus. Nos termos da adoção a pessoa passa a
participar de maneira integral da família de Deus. Ainda que a nossa aparência física
não demonstre, a realidade espiritual é incontestável. João disse: “... agora somos
filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que havemos de ser.” (I Jo 3.2).

2) Chamamos Deus de PAPAI: o termo “Abba”, usado em Gl 4.6, significa PAI. “ABBA,
PAI’, o que equivale a dizer: ”Papai”. Podemos chamar Deus de Papai. Isto é feito pelo
Espírito, que clama dentro de nós, levando-nos a clamar a Deus por estes termos
carinhosos. Ora, uma vez que o Espírito clama “Papai”, em nós mesmos expressamos
isso e chamamos de Papai (Rm 8.15 – Abba, Pai). Só pode chamar Deus de Papai
quem já nasceu de novo e recebeu a adoção e o Espírito de Adoção, o Espírito de
Cristo, o Espírito Santo.

3) O Testemunho do Espírito. Quando somos feitos de Deus recebemos o Espírito de


Cristo. Ele nos faz chamar “Abba, Pai” e dá testemunho juntamente com o nosso
espírito de que somos filhos de Deus (Rm 8.16). E se alguém não tem o Espírito de
Cristo, esse tal não é dele (Rm 8,9). As pessoas que não tem certeza de salvação não
possuem o testemunho do Espírito, e não são salvas.

III. Resultados da Adoção

Alguns resultados da adoção devem ser observados.


1. Somos libertos da escravidão da lei. A lei escraviza e traz temor. Quando recebemos a
adoção, acaba-se a escravidão e o medo (Rm 8.15). Somos livres em Cristo e,
portanto, nada mais a temer.
2. Fazemos parte da família de Deus. Como filhos fazemos parte da sua família. Temos
muitos irmãos dos quais Jesus é o Primogênito (Rm 8.29).
3. Herdeiros de Deus. Deus é um pai rico. Nós temos conhecimento muito limitado das
riquezas que Deus tem para nós, mas devemos tomar posse, desde já, daquelas que
podemos tomar e que já são do nosso conhecimento. São mais de 3.000 promessas
de bênçãos na Bíblia! Somos co-herdeiros com Cristo. Que privilégio!
4. Atenção de Pai. Deus então nos garante a sua atenção especial como a filhos, tanto
mostrando seu amor (Rm 8.16), como também a disciplina necessária para nosso
crescimento (Hb 12. 5-11).
5. Guiados pelo Espírito. Um sinal de que alguém é filho de Deus é ser guiado pelo
Espírito Santo. Ele orienta, dirige, guia todos os que são filhos de Deus (Rm 8.14).

CONCLUSÃO

Se você aceitou Jesus como seu Salvador pessoal, muita coisa já aconteceu. Uma
delas é que você foi recebido como filho de Deus. Filho por adoção. No sentido
verdadeiro da palavra você é filho de Deus.

APLICAÇÃO

1. Você está vivendo como filho de Deus?


2. O Espírito de Deus nos guia a toda verdade. A principal verdade está revelada na
Palavra de Deus. Então siga a orientação do Espírito e busque na Palavra de Deus a
orientação para a sua vida.
3. Se você sofrer como cristão, não se desanime. Isso faz parte da disciplina do
verdadeiro cristão.

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4. SANTIFICAÇÃO

TEXTO BÁSICO
I Pedro 1.13-21

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Segui a paz com todos e na santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor“
(Hb 12.14)

Introdução

A santificação se realiza em dois tempos: um ato e um processo. No momento em


que a pessoa é salva ela se torna santa. Ela é separada do mundo para Deus. É assim
que a Bíblia chama os salvos de “santos” (Rm 1.7; I Cor 1.1,2; II Co 1.1; Ef 1.1). Mas este
é apenas um aspecto. Depois o salvo precisa ser santificado, para se conformar com a
vontade de Deus (Rm 12, 1-3; I Ts 4.3, 1 Pe 1.15,16).

I. O que é Santificação

As duas palavras usadas na Bíblia para santo, tanto no Antigo como no Novo
Testamento, têm o mesmo significado.
1. Em Hebraico, no Velho Testamento, a palavra é KADOSH, e tem o sentido de
“separado”;
2. “Separado” é também o significado da palavra grega AGIOS no Novo
Testamento. Ser santo é, portanto, ser separado.
Mas a santificação não é apenas uma separação pura e simples. Em relação ao
salvo é a separação do mundo e a consagração para Deus. Isto quer dizer que a
santificação tem dois aspectos: um que é a separação (do mundo) e o outro que é a
consagração (a Deus);
Assim, podemos definir a separação como a operação da graça divina, pela qual o
salvo é separado do mundo e da pecaminosidade interior e consagrado para uma
dedicação total a Deus.
Isto quer dizer que se produz um novo relacionamento do homem com Deus.
Assim “as coisas velhas já passaram, eis que se fizeram novas” (II Cor 5.17). Esta
separação do homem e a consagração a Deus vão produzir no homem um caráter de
acordo com este relacionamento com Deus. Forma-se, então, no homem, um caráter
santo, semelhante ao de Deus: “Sede santos, porque eu sou santo” (I Pd 1.16).

II. A santificação como processo

Já dissemos que somos feitos santos na conversão. Quando nascemos de novo


somos tornados santos. Mas também dissemos que a nossa santificação precisa ser
desenvolvida. Quando a Bíblia diz que devemos desenvolver a nossa salvação, está
falando de santificação (Fp 2.12,13).
1- Na regeneração o poder do pecado é quebrado. Há uma semente nova em nós que é
de Deus (I Jo 3.9). A árvore do pecado foi cortada e recebemos o enxerto de uma
nova natureza (Rm 11.17-19). O crente, porque foi feito santo, e feito de uma raiz
santa (Rm 11.16) irá produzir bons frutos. A regeneração, no dizer de Langston, “torna
a árvore boa, a santificação torna o fruto bom”.

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2- A santificação é um processo. Este se inicia na conversão e deve prosseguir durante
todo o tempo de nossa vida aqui na terra.
a) Na questão da separação está a purificação. Observe que está escrito em Levítico.
Para o sacerdote ser santo ele precisava ser separado do povo, mas precisava
também se purificar. Havia todo um ritual para isso.
b) O trato com o pecado é muito importante. Às vezes é preciso lutar contra o pecado
até ao sangue (Hb 12.4). Com isso vamos nos tornando semelhantes a Deus. É um
processo que não pode ser descuidado. Se descuidar a pessoa pode estacionar ou
até mesmo regredir, em vez de progredir na santificação.
c) Despir o velho homem. Há certas coisas, certos hábitos, vícios e pecados, que são
característicos do velho homem. Se vamos ser santificados, temos que nos despir
dele e nos revestir do novo homem (Cl 3.9,10; Ef 4.22-24).

Neste processo o crente foi apenas declarado justo, na justificação se torna realmente
justo. Ele, que é considerado santo, se torna santo, semelhante a Deus. Não por justiça
ou esforço próprio, mas pela graça de Deus.

III. Como se processa a Santificação

1. A santificação é obra Divina, que conta com a colaboração humana. Deus já


providenciou todos os meios para a nossa santificação. A morte de Cristo na cruz e a
sua ressurreição criaram todas as condições para que nós sejamos santificados.
2. Não há santificação sem Jesus. Jesus ofertou-se para que sejamos santificados. Veja:
No Velho Testamento, para alguém ser santificado, livre do pecado, era preciso que
um animal fosse morto em seu lugar. Mais do que isso aconteceu conosco: Jesus
morreu para que sejamos santos e santificados (Hb 10.10,14). O sangue de Jesus nos
purifica de todo o pecado (I Jo 1.7).
3. Operada pelo Espírito Santo. O esforço do Espírito Santo em nos conduzir, em nos
guiar, é direcionado à santificação (I Co 6.11; II Ts 2.13; 1 Pe 1. 1,2; Rm 15.16). O
Espírito Santo, e como tal, ele nos leva à conformação com o caráter de Deus, que é
santo.
4. A Palavra de Deus. É através da Palavra de Deus que somos santificados. Por ser ela
a verdade, somos guiados à verdade e por ela santificados (Jo 17.17). Ela é que nos
lava. É por ela que a nossa mente é purificada e renovada (I Pe 1.23; Ef 5.26; Jo
15.3).
5. A nossa vontade é importante. Embora Deus queira a nossa santificação (I Ts 4.3),
cabe a nós querer, através da apropriação benefícios do sacrifício de Jesus, da
operação do Espírito e da Palavra de Deus, ser santificados.

CONCLUSÃO
Há crentes que não crescem em santificação. A inconstância é um dos grandes
inimigos da santificação. É preciso não desanimar. Mas é necessário colocar os olhos em
Jesus e prosseguir firmes até chegarmos à estatura do varão perfeito (Ef 4.13). Amém.

APLICAÇÃO
1- Há algum pecado, algum vício de que você precisa se separar, santificando-se
no Senhor? Não demore, faça isso já;
2- Como anda a sua consagração? Consagração significa “mão cheia”. Quer dizer,
você precisa colocar a sua vida em suas mãos e entregá-la ao Senhor.
Renuncie a algo que ainda é empecilho a sua total santificação;
3- Você está buscando na Palavra de Deus a santificação para a sua vida?

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5. PERDÃO

TEXTO BÁSICO
Mateus 18.23-35

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Antes sede uns para com os outros benignos, compassivo, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.” (Ef 4.32))

Introdução

Uma música do passado dizia: “Perdoar é só para Deus”. Mas a Bíblia diz
claramente que não só o perdão é possível, mas que sem ele não podemos ser
perdoados, nossas ofertas não são aceitas.

I. Deus nos dá o exemplo de perdão em Cristo (Mt 18.27).

A Bíblia está cheia de perdão de Deus, como na história do filho pródigo, em que o
Pai representa Deus. O filho é restaurado à plena comunhão com o Pai (Lc 15.11-32).
Veja também o exemplo de Jesus perdoando a mulher apanhada em adultério, que a lei
mandava que fosse apedrejada. Jesus primeiro perguntou se alguém presente não tinha
pecado. Depois a mandou embora perdoada, com a advertência de que não deveria
pecar mais (Jo 8.11-11).
Sim, Deus, em Cristo, nos deu o exemplo de que devemos perdoar. Aliás, se não
perdoamos ao próximo não podemos pedir perdão a Deus, pois Jesus nos ensinou:

II. Perdoa-nos, assim como perdoamos (Mt 6.12).

No Sermão da Montanha Jesus ensina, entre outras coisas, a orar. E como


modelo, a chamada “Oração Dominical”. E aí, a questão do perdão: “perdoa-nos as
nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”. Este ensino é o
seguinte: Se você não tiver perdoado antes ao próximo, não pode pedir perdão a Deus.

III. A falta de perdão traz resultados funestos (Mt 18.34).

As piores conseqüências da falta de perdão é para quem não perdoa. O servo que
havia sido perdoado, mas não perdoou foi depois lançado pelo seu senhor na prisão e daí
não saiu enquanto não pagou tudo.
Quem não perdoa sofre as conseqüências de sua falta de perdão. Por isso Jesus
disse que se você levar a sua oferta ao altar e aí se lembrar de alguém que tem alguma
coisa contra você, deve voltar e acertar primeiro com ele.
A falta de perdão produz resultados terríveis. O depoimento de um certo escritor,
citado pelo pastor David Gomes, diz que uma mulher, na França, envenenou o próprio
filho com leite com que o amamentava, porque passara a odiar o marido.
A falta de perdão traz doenças. Há pessoas que hoje estão enfermas e não sabem
porque. É por falta de perdoar alguém. A falta de perdão, o rancor, o ódio, produzem
doenças no corpo, na mente e no espírito da pessoa. Depressão e certas doenças
mentais são resultados de atitudes assim.

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IV. 70 x 7 (Mt 18.22). Para os homens o perdão é limitado.

Nós achamos que podemos até um certo limite: uma, duas, três, quatro e até sete
vezes...Mas Jesus multiplicou 70 por 7 o que dá um total de 490 vezes. Isto equivale a
dizer que o perdão é ilimitado. Outra questão prática é a iniciativa do perdão. De quem
deve ser a iniciativa de perdoar?
De quem ela deve partir. Do ofensor ou do ofendido? Jesus resolveu esta
questão, ensinando-o.

V. Perdão Unilateral (Lc 23.34).

Segundo o autor do livro “A mente Renovada” ninguém pediu perdão a Jesus,


quando Ele estava neste mundo. E Jesus sempre perdoava como fez na cruz. Nós
devemos seguir o exemplo de Jesus e perdoar mesmo que as pessoas não nos peçam
perdão.
Jesus, ao mostrar que devemos ter um coração perdoador, ensinou que devemos
tratar o nosso inimigo como se fosse amigo. Ele deu o exemplo. Quando Judas chegou
para lhe dar o beijo de traição, ele disse: “Amigo, a que vieste? “, chamando-o de AMIGO.
Há o grave perigo de quando somos ofendido, ficar com mágoa no coração, e
isso se transformar em sentimento ainda pior, de amargura e ódio. Por isso devemos
perdoar logo. Não deixar o tempo passar para perdoar. Quando mais depressa, melhor.

Conclusão
Aprendemos com Jesus, que nos deu exemplo de perdão e perdoemos a todos.
Isso nos fará livres e felizes.

Aplicação

1- Quando alguém não tem Cristo no coração, quase sempre prevalece o espírito de
vingança – pagar com a mesma moeda. Isso não acontece com você, não é mesmo?
2- O que já é crente em Jesus deve tomar a iniciativa do perdão, mesmo que seja o
ofendido como Jesus exemplificou no perdão unilateral.
3- Há alguém a quem você deve perdoar? Se houver, não deixe para depois. Procure
essa pessoa agora.

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6. A TENTAÇÃO

TEXTO BÁSICO
Tiago 1.13-15

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Não nos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que
sejais tentados além de vossas forças, pelo contrário, juntamente com a tentação, vos
proverá livramento, de sorte que a possais suportar “ (I Cor 10.13)

Introdução

Você, como muitas pessoas, já deve ter se perguntado porque é tentado. Nesta
lição, estaremos procurando a resposta para esta pergunta. Trataremos dos seguintes
pontos: Deus não permite que sejamos tentados além do limite; o que devemos fazer
quando caímos em tentação, entre outros.

I. A tentação não procede de Deus, mas da cobiça do homem (Tg 1.13-15).

A tentação não procede de Deus, mas de satanás. Ele usa o nosso desejo de
possuir coisas, nossas inclinações da natureza, procura nos desviar para o mal, usa
também as nossas necessidades de amar, de procriar, de governar e de autodefesa. A
tentação começa com uma insinuação em nossa mente. Se deixarmos que o pensamento
prossiga, ele irá ocupar a nossa mente até se transformar em pecado.
A Bíblia tem exemplo de como as pessoas foram tentadas e caíram em tentação,
como Adão e Eva, bem como de pessoas que foram tentadas e resistiram, como no caso
de José e Jó. Jesus é o nosso exemplo de como vencer a tentação. Ele venceu todas as
provas através do uso da Palavra de Deus. Nós também podemos resistir a satanás.
Satanás é o tentador (Mt 4.3). Ele é o que nos tenta. E ele conta com aliados
muito fortes que são: a) A concupiscência (inclinação) da carne; b) a concupiscência
(desejos) dos olhos; c) e a soberba da vida (I Jo 2.16).
Isso pode ser visto na tentação de Eva (Gn 3), quando ela viu que:
a) A árvore era boa para se comer. (concupiscência da carne);
b) Agradável aos olhos (concupiscência dos olhos);
c) Desejável para dar entendimento – quer ser igual a Deus (soberba da vida).

II. Podemos resistir a Satanás quando nos tentar.

“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao Diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).
Satanás foi resistido por Jesus no deserto através da Palavra de Deus. Satanás foi
vencido por Jesus no deserto e na cruz do calvário. No jardim do Getsêmani Jesus orou
três vezes: “Passa de mim esse cálice, mas não seja a minha vontade, mas a Tua”.A
única maneira de resistir a Satanás é através da submissão a Deus. Satanás tocou na
família de Jó, na sua fortuna e no seu corpo. Mas Jó submeteu-se a Deus quando disse:
“O Senhor deu, o Senhor tomou, bendito seja o nome do Senhor”. Se você for tentado, e
vier a perder propriedades, até entes queridos, submeta-se a Deus, que lhe dará a vitória.
Resista a Satanás quando quiser fazer que você amaldiçoe a Deus. Sempre quando a
pessoa está sendo tentada, ela faz perguntas. Uma delas é:

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III. Porque Deus permite que sejamos tentados? (Tg 1.2-4)

Deus permite provas, tentações, para nos aperfeiçoar. Quando um empregado é


admitido em uma empresa, querem saber qual é a sua experiência. Se ele passou pouco
tempo em empregos anteriores, é prova de que ele não tem persistência. Quando a
pessoa é tentada, sua fé é colocada à prova, ela adquire perseverança. Ao passar por
várias provas, ele adquire perfeição e integridade. Assim como o empregado que
mostrou, através dos anos, que possui estabilidade é candidato a operário padrão,
também o crente que passa pelas provas chega do ponto que a Bíblia chama de “Perfeito
Varão”. As provas, pois, são para aperfeiçoar os santos.

IV. A tentação tem limite.

“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não
permitirá que sejais tentados além das vossas forças. Pelo contrário, juntamente com
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”(I Cor 10.13). Deus
conhece a nossa capacidade de suportar a tentação. Paulo orou por um problema durante
três vezes. Mas a resposta de Deus foi: “A minha graça te basta. Porque o meu poder se
aperfeiçoa na fraqueza”. Com isso Deus mostrou para Paulo que ele podia suportar
aquela enfermidade.
Não será permitida uma dor maior do que podemos suportar, nem uma perda tão
grande que não possamos enfrentar.

V. O que fazer quando se cai em tentação?

“Se confessarmos os nossos pecados. Ele é fiel e justo para nos perdoar os
pecados e nos purificar de toda injustiça” (I Jo 1.9).
a) Reconheça o seu erro. Reconheça que não resistiu à tentação. Reconheça que
parou. Foi isso que Davi fez, no Salmo 51. Leia-o
b) Arrependa-se do seu pecado. Mude de atitude e de pensamento quanto ao seu
pecado.
c) Confesse o seu pecado, e levante-se de novo (I Jo 1.9).

Quando Davi cometeu o pecado de adultério e de homicídio contra o seu general


Urias, ele arrependeu-se e escreveu dois salmos de arrependimentos: os de n. 32 e 51.
No Salmo 51.10 ele suplica: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim
um espírito inabalável. Não me repulses de tua presença nem me retires o teu Santo
Espírito. Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário”.
(também 11.12).
Davi pediu a Deus um coração puro, um espírito novo, a alegria da salvação em
espírito obediente. Depois desta obra de Deus no seu coração, ele poderia novamente
ensinar a lei aos pecadores (v.13).
Então você e eu não podemos ficar caídos no pecado, mas temos de confessar a
Deus e arrependidos pedir a Deus que nos perdoe. Davi era um homem segundo o
coração de Deus (At 13.22). Isto porque Deus procura homens de coração quebrantado.

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Conclusão

Como vimos, Deus não tenta ninguém. A tentação procede do inimigo, que tem
como aliado a cobiça dos desejos humanos (Tt 1.14,15).
Mas se sujeitarmos a Deus e resistirmos ao diabo, este fugirá de nós. Nós venceremos a
tentação com a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo.

APLICAÇÃO

1- Você sabia que Deus quer que evitemos o pecado? Por isso Jesus nos ensinou a orar:
“... e não nos deixe cair em tentação”;
2- Você tem de não apenas orar para não cair em tentação, muitas vezes você terá de
fugir dela. Não se deixe atrair por coisas que provocam a tentação;
3- A arma que para resistir quando somos tentados é a Palavra de Deus. Por isso, você
deve usá-la contra o inimigo.

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7. MEDITAÇÃO

TEXTO BÁSICO
Josué 1.1-9

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Não cesses de falar deste livro da lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas o
cuidado de fazer segundo a tudo quanto nele está escrito; então farás prosperar o teu
caminho e serás bem sucedido“ (Js 1.8)

Introdução

Meditar é uma das atividades mais importantes na vida do cristão. Os orientais se


dedicam a meditação. Eles fazem e já exportam a “Meditação Transcendental”. A imagem
do Buda é de alguém em posição de meditação. Nossa meditação como cristãos é
diferente. Não é este tipo de meditação, mas é MEDITAÇÃO NA PALAVRA DE DEUS.

I. Significado da palavra meditação

De acordo com o dicionário “Meditação é o ato de meditar”. E meditar quer dizer


ponderar, estudar, considerar, pensar sobre.
Na Bíblia encontramos o termo com as seguintes acepções:
1. Pensar, considerar (Jó 5.27; At 10.19);
2. Considerar (Lc 2.19; I Sm 21. 12; Pv 24.32);
3. Pensar (Pv 15.28);
4. Ponderar (Pv 15.28; II Tm 2.7);
5. Esquadrinhar (Ec 12.9).
Um sentido mais profundo da palavra meditação é de “medir profundamente”,
sondar, perscrutar.
Meditação é simples leitura da Bíblia. É semelhante ao que o boi faz, ele rumina.
Nós precisamos ler e estudar a Palavra de Deus, de meditar nela, de firmá-la em nossa
mente e coração.

II. Por que meditar

A Bíblia nos dá muitas razões para meditarmos. Vejamos algumas dela:


1. Devemos meditar porque a Bíblia ensina e ordena que meditemos. Lembremos outra
vez que devemos meditar na Palavra de Deus. E não em outras coisas (Js 1,8: I Tm
4.15).
2. Meditar agrada a Deus (Sl 19.14; Sl 104.34). Podemos imaginar que Jesus meditou.
Ele ia para o monte orar constantemente. E sozinho. E aí meditava na Palavra de
Deus. Pedro e os demais apóstolos meditaram (At 10.19).
3. Wesley considerava a meditação como a sua mais alta resposabilidade.
4. Meditar na Palavra de Deus nos faz bem sucedido e prósperos (Js 1.8).

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III. Quando meditar

Nos somos convidados a meditar em todos os momentos da nossa vida.


Devemos meditar de dia e de noite (Js 1,8). Nas vigílias da noite (Sl 63.6; 77.6); em
ocasiões próprias (Dt 6, 6-9; destaque o v. 7).
Mas devemos meditar especialmente em uma hora escolhida, em uma hora
definida. Devemos Ter um trecho, um versículo, um capítulo, um tema da Palavra de
Deus no qual devemos meditar. E continuar meditando durante todo o dia (Sl 5.3).

IV. Onde meditar

Para uma boa meditação é necessário é um lugar definido, onde não haja
distração. É preciso isolar-se, para se concentrar. Não foi sem razão que Jesus disse
“Quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás...” Isaque escolheu meditar
no campo, certamente por ser um lugar tranqüilo (Gn 24, 63). Pedro meditou no terraço
(At 10.19).

V. Resultados da meditação

Como resultado da meditação temos a comunhão com Deus. Ela torna o homem
feliz (Sl 1.2) e lhe trás um avivamento interior (Sl 39.3). o seu progresso será evidente,
manifesto (I Tm 4.15). E, como resultado, teremos cumprido a Palavra de Deus.

VI. Auxílios e um esboço para a meditação

1. Coisas que vão nos ajudar na meditação, pois nos ajudam no estudo da Bíblia (se
possível mais de uma versão); Lápis ou caneta, papel, dicionário bíblico e
concordância bíblica.
2. Um esboço: o que você deve fazer no seu momento devocional: ler a Palavra de
Deus, louvar e adorar; confessar; meditar e interceder. Este é um esboço para uma
hora:
a) Louvor..................................10 minutos
b) Ação de graças......................5 minutos
c) Memorização..........................5 minutos
d) Meditação..............................20 minutos
e) Oração/intercessão...............20 minutos

VII. O que fazer na oração

1. Purificação. Purificação pela confissão e pela Palavra de Deus.


2. Encher-se do Espírito.
3. Buscar o temor do Senhor.
4. Submissão a Deus e resistência a Satanás. Luta espiritual (Tg 4.7)
5. Confiança. Agradecer a Deus pelo que Ele vai fazer.
6. Entregar as atividades do dia a Ele (Sl 37.5)
7. Pedir humildade (1 Pd 5.5)
8. Interceder. Este é o cuidado que devemos ter com os nossos irmãos (Fl 2.3,4).

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APLICAÇÃO

1- Coloque em prática esta lição. Escolha um tempo, todos os dias para meditar;

2- Medite em Josué 1,8, que você deve também decorar. Descubra e aplique a si
mesmo:

a) Quem é que ordena meditar;

b) O que é o “Livro da Lei” hoje;

c) Quando você deve meditar na Palavra de Deus? Você está fazendo isso?

d) Qual é o objetivo imediato desta meditação;

e) Qual é o objetivo mediato (a longo prazo) da meditação;

f) Qual é o benefício que você tira da meditação?

3- Lembre-se que, meditando, você se fortalece na fé.

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8. MORDOMIA

TEXTO BÁSICO
Mateus 25.14-30

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade: porém não useis da liberdade para
dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.”(Gl 5.13)

Introdução

A palavra MORDOMIA tem, em nossos dias, adquirido um sentido completamente


oposto ao seu significado original. Viver em mordomia hoje significa viver “boa vida”,
muitas vezes fruto de corrupção. Mordomia, biblicamente falando, não é isso.

I. O que é Mordomia

A palavra Mordomia provém de dois vocábulos latinos “major” (maior) e “domus”


(servo). Mordomia é o ofício de mordomo. E mordomo é Administrador. É o que
administra os bens do seu senhor ou patrão.
Em se tratando do assunto em relação ao crente, mordomo é aquele que
administra tudo o que Deus tem confiado em suas mãos: terra, dinheiro, bens filhos,
trabalho e a própria vida. Nós somos mordomos de Deus.
Há dois exemplos bíblicos com os quais podemos ilustrar o que é ser mordomo:
1- Eliezer, o servo de Abraão. Note que:

i. Ele era servo de Abraão;


ii. Era o mais velho servo de sua casa;
iii. Administrava tudo o que Abraão possuía (Gn 24.2). Foi deste
mordomo, homem de confiança, que Abraão dependeu para escolher
uma esposa para o seu filho Isaque.

2- José. José assumiu tanto a sua função de mordomo que Potifar “o pôs sobre a sua
casa, e entregou na sua mão tudo o que tinha. E deixou tudo o que tinha nas mãos de
José, de maneira que de nada sabia do que estava com ele, a não ser do pão que
comia” (Gn 39.4,6).

II. Mordomia na Bíblia

Por toda a Bíblia, através de ensinos e exemplos somos convocados a ser bons.
Mordomos do Senhor. Notemos que ao criar o homem, Deus o colocou como
administrador, mordomo das coisas criadas “...sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a
terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo
animal que rasteja pela terra” (Gn 1.28). e ainda: “Os céus são os céus do Senhor, mas a
terra deu-a Ele aos filhos dos homens”(Sl115.16). A base maior da mordomia, entretanto,
está no fato de que tudo pertença a Deus. E Jesus procurou nos ensinar esse conceito
através da parábola dos talentos. Leia Mt 25. 14-30.

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O universo pertence a Deus (Lv 25.23; II Cr 7.20). Os minerais e tesouros
escondidos (Sl 95.5, 146.6, Ag 2.8). Tudo o que a terra produz (Gn 2.9) e a vida dos
animais (Gn 1.24; 9.23, Sl 50.10,11).

O homem pertence a Deus. (1) Por direito de criação (Gn 1.27; 2.7; Is 52,5; Ez 18.
4).
Por direito de preservação (At. 14.15-17; 17.22-28) e por direito de redenção (Ex
19.5, I Co 6.19.20). O homem restaurado pertence a Deus duas vezes; uma porque o
Senhor o fez; outra porque o salvou.

Jesus é o nosso melhor exemplo de mordomo. Ele nos deixou o exemplo para
seguirmos suas pisadas (II Pe 1.21). J.E. Dillard disse: “A mordomia bíblica é o
reconhecimento da soberania de Deus, a aceitação do nosso cargo de depositários da
vida e das possessões, e a administração das mesmas de acordo com a vontade de
Deus”.

III. VALOR DA DOUTRINA

Se tomarmos a sério esta doutrina, ela mudará completamente a nossa vida. O


autor foi muito influenciado, quando ainda adolescente, por esta doutrina, através da
leitura do livro de Walter Karschel, intitulado “Não sou Meu”.
A doutrina da mordomia nos fará ver a vida como um todo e considerar que tudo
que o cristão faz deve ser dentro da orientação de Deus. Nada de secular-religioso. Tudo
o crente fará com consciência que é santo. Entendendo que Deus nos colocou neste
mundo como administradores de coisas suas, teremos mais responsabilidade. Não
seremos crentes só de igreja e de Domingo.
Teremos maior responsabilidade diante de Deus e do mundo, de nós mesmos e
dos perdidos que precisam de salvação. Ao mesmo tempo reconheceremos que
dependemos de Deus. Saberemos os nossos limites e confiaremos na graça de Deus,
tendo sempre a direção do Espírito Santo em nossas vidas.

IV. ÁREAS DE MORDOMIA

Apenas para efeito de estudo, daremos estas áreas a seguir. O estudante, que quiser se
aprofundar mais neste assunto encontrará bons livros para ajudá-lo.
1. Mordomia do corpo. Porque o nosso corpo é o templo do Espírito Santo. Porque ele foi
criado por Deus de modo maravilhoso e com ele servimos a Deus, temos deveres para
com ele; mantê-lo limpo e funcionando bem, deixando os vícios (bebidas, fumo,
drogar, prostituição, orgias, etc). Nosso corpo deve ser subjugado e não ser o senhor
da nossa vida.

2. Mordomia da mente. Nossa mente precisa ser desenvolvida, treinada na Palavra de


Deus (Rm 12, 1,3; Cl 3.1,2). Temos vários recursos à nossa disposição como: a Bíblia,
a oração, o serviço. Devemos ocupar nossa mente com coisas que edificam.

3. Mordomia da influência. Todos temos oportunidade de exercer influência positiva


sobre as outras pessoas. Como Jesus e os apóstolos. Podemos influenciar na igreja,
no lar, nos negócios, na sociedade. E não podemos perder as oportunidades de servir
ao Senhor.

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4. Mordomia do tempo. Nosso tempo precisa ser inteiramente dedicado ao Senhor. Não
deve ser desperdiçado. Precisamos observar: métodos, pontualidade, equilíbrio no
descanso, no trabalho, no lazer e em tudo que fizermos.

5. Mordomia de bens. Tudo o que temos pertence a Deus e vem dele. (Dt 8.18). E
devemos usar o que temos para a glória do Senhor. Devemos ser diligentes no
ganhar, no economizar e no dar.

6. Mordomia nos dízimos e nas ofertas. Esta parte da mordomia dos bens, vamos
estudar em uma lição dedicada só a ela. Basta lembrar por agora, que devemos ser
dizimistas e ofertantes para o sustento da obra do Senhor.

Conclusão

Irmão, Deus nos constituiu mordomos. Administraremos bem o que Lhe pertence.
Teremos de dar conta a Ele de nossa administração. Que sejamos, como bons
despenseiros, achados fiéis.

APLICAÇÃO

1- Você tem plena consciência de tudo o que você tem pertence ao Senhor? E se
Jesus dissesse a você como disse ao jovem rico: “... vende tudo o que tens e dá
aos pobres...?”;

2- Sabendo que tudo pertence ao Deus, como devemos tratar: o automóvel que
está conosco, os objetos de nosso lar? Você os tem administrado para a glória
de Deus?

3- Como você está tratando a sua mente? Você a enche de coisas mundanas da
televisão, revistas, etc, ou a esta edificando com a verdade da Palavra de
Deus?

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9. DÍZIMOS E OFERTAS

TEXTO BÁSICO
Hebreus 7:1-10

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Trazei todos os dízimos á casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e
provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir a janela do céu, e não
derramar sobre vós bênção sem medida”.

Introdução

Tudo nesse mundo, no que se refere á organização e funcionamento da


sociedade, depende do sustento financeiro. O Reino de Deus também tem esta
necessidade. E Deus estabeleceu como meio de sustento da sua obra os dízimos e as
ofertas (Ml 3:8).

I. Dízimos

1. A palavra Dízimo: Dízimo quer dizer 10% (dez por cento). Entregar o dízimo a Deus
significa entregar-lhe dez por cento de toda a nossa renda.
2. Dar ou Pagar? Quando lemos Gn 14:18-24, vemos que no verso 20b, Abraão deu o
dízimo a Melquizedeque. Assim como o texto de Hebreus 7:1-10, já no Novo Testamento.
O dízimo é visto como uma dívida que entregar. Note:
 V. 5- “... recolher, de acordo com a lei.”
 V. 8- “... recebem dízimos...”
 V. 9- “... Levi... dízimos... entregou-os.”
 V. 4- “... Abraão... deu o dízimo.”
3. A quem entregamos o dízimo: Algumas pessoas pensam que entregamos os
dízimos á Igreja. Outros, que é ao pastor. Outros que é ao tesoureiro. Na realidade,
a quem entregamos o dízimo? Veja outra vez Hb 7:1-10.
1. Os levitas recebiam dízimos de seus irmãos (v. 5,9);
2. Levi, de quem vieram os levitas, entregou os dízimos, através
da Abraão, embora Levi não fosse ainda nascido (v. 9);
3. Melquisedeque, maior do que Abraão era símbolo e
representante de Cristo (v. 3);
4. Daí se conclui que: Os Israelitas entregavam os dízimos aos
levitas, que através de Levi, seu pai, em Abraão, pagou a
Melquisedeque, símbolo e representante de Cristo. O que quer
dizer é que os dízimos, em última análise são entregues a
Jesus.
4. Como deve ser o dízimo:
a) Como a palavra já diz deve ser 10% de toda a renda da
pessoa;
b) O dízimo deve ser de tudo. De toda a renda. Quer dizer, não é
do líquido, mas do bruto, e de tudo que a pessoa recebe (Gn
14:20; Hb 7:2);

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5. O dízimo no Velho Testamento: No Velho Testamento encontramos o dízimo antes
da lei e na lei.
a) O dízimo antes da lei: A primeira referência do dízimo está em
Gn 14:18-24, e é o dízimo de Abraão. Não havia lei ainda. O
outro texto é Gn 28:18-20, onde Jacó “prometeu” dar o
dízimo. Esses textos nos mostram que o dízimo é anterior a
lei;
b) O dízimo na lei: Como outros costumes existentes, no tempo
de Moisés, também o dízimo foi incorporado à lei. Em Lv 27:0-
32 o mandamento para o povo entregar o dízimo. Nm 18:20-
32 fala qual é a finalidade do dízimo. Também Dt 14:22-29. O
povo de Israel, quando vivia bem com Deus, entregava seus
dízimos (II Cr 31:2-6; Ne 10:35-39; 13:7-12).
6. O dízimo no Novo Testamento:
a) Jesus não ab-rogou o dízimo: Ele recomendou que os fariseus
observassem os principais preceitos da lei sem abandonar a
prática do dízimo, ainda que das coisas mínimas (Mt 23:23).
Jesus, Paulo, Pedro e os outros apóstolos, por serem judeus, é
claro, entregavam os dízimos. Talvez seja essa razão que não
temos mais escritos sobre dízimos no Novo Testamento.
b) Um padrão de vida maior: No Novo Testamento somos
chamados a entregar tudo ao Senhor. Isso significa que não
devemos dar só o dízimo, mas muito mais.
c) O texto de Hebreus 7:1-10, escrito no contexto do Novo
Testamento, é muito claro, e nos ensina que o dízimo é
entregue a Jesus.

II. Ofertas

Além dos dízimos os crentes devem dar ofertas. As ofertas são o que o crente dá
além do dízimo.
a) A primeira referência à oferta é a de Caim e Abel (Gn 4:1-7);
b) Os princípios que regem também as ofertas;
c) Acrescentemos um outro princípio: o da fé. Tanto o dízimo quanto às
ofertas devem ser feitas pela fé (Hb 11:4);
d) Além das ofertas á igreja, ou através dela, pode-se fazer ofertas a outras
pessoas e a instituições. Esse tipo de oferta é chamado, às vezes, de
“esmola” (At 24.17). Esmola aqui não tem sentido de algo irrisório que se dá
a um mendigo, mas de uma boa oferta que se dá a pessoas necessitadas;
e) As ofertas no Velho Testamento eram dos elementos mais variados:
animais para o sacrifício, alimento para o sustento dos sacerdotes, dos
pobres e dos estrangeiros, metais e pedras preciosas;
f) Pode-se fazer oferta em espécie: roupa, calçado, alimento, material para a
construção de templos, etc. Mas quando se faz ofertas em geral, o que se
espera é contribuição em dinheiro;
g) O método de Deus para o sustento de sua obra é dízimos e ofertas. Não há
na Bíblia nenhum exemplo de quermesses, sorteios, promoções, festas
beneficentes, etc. Porque o que o crente deve fazer é entregar o dízimo e
ofertas.

III. Administração dos Dízimos e das Ofertas

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a) O dízimo não é para ser administrado por cada pessoa individualmente, de


acordo com sua vontade. Ele deve ser entregue a pessoa que Deus
b) estabeleceu na igreja para recebê-lo, e ao lugar certo: “á casa do tesouro”
(Ml 3:10). O objetivo é que haja abundância na casa de Deus (Ml 3:10).
c) No Novo Testamento o grupo de Jesus era sustentado por um grupo de
pessoas de posses (Lc 8:1-3), tinha um tesoureiro, Judas Iscariotes (Jo
12:6) e o uso do dinheiro era orientado por Jesus (Jo 13:29). Despesas do
grupo e doações eram feitas desse caixa.
d) Na Igreja primitiva os crentes traziam os seus bens e depositavam aos pés
dos apóstolos (At 4:34-35;5:2) e os apóstolos distribuíam (At 4:35;6:2-3).
Mais tarde os diáconos foram instituídos para cuidar dessa área na igreja,
ou seja, a beneficência (At 6:1-7).
e) Paulo e Barnabé levavam ofertas de irmãos para outros (At 11:29-30;
24.17). Outros participavam com Paulo no trato do dinheiro (II Co 9:3-4; I Co
16:3-4). A oferta era preparada com antecedência (I Co 8:6, 16-18).

Conclusão

Além de ser um dever para o crente, entregar o dízimo e ofertar é, sobretudo, um


privilégio. “Mais bem-aventurado é dar do que receber” (At 20:35). E as bênçãos? “Daí, e
dar-se-vos-á” (Lc 6:38). E “derramarei sobre vós bênçãos sem medida” (Ml 3:10).
Apropriemo-nos das bênçãos, sendo fiéis.

Aplicação

1- Lembre-se de que o dízimo você entrega a Jesus. Não ao homem.


2- Você já começou a dar o dízimo? Se não comece logo.
3- Lembre-se; entregar o dízimo e ofertar são atos de fé.

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10. O JEJUM

TEXTO BÁSICO
Mateus 6:16-18

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Tu, porém, quando jejuares, unge a cabeça e lave o rosto, com o fim de não parecer aos
homens que jejuas, e sim, ao teu Pai em secreto; o teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará”.

Introdução

Entende-se por jejum a abstinência voluntária de alimento. A pessoa delibera por


si mesma ficar sem comer por determinado tempo. O jejum é feito por vários motivos e
pode chegar até a ter conotação de “greve de fome”. Não é este, contudo, o jejum bíblico.
Também não é do tipo que fizeram para matar Nabote, a mando de Jezabel.

I. O Jejum na Bíblia

A Bíblia é um livro que fala e muito, sobre o jejum. Muitas vezes ele é citado como
prática do povo israelita e dos cristãos. Veja os exemplos:
1. No Velho Testamento. Moisés jejuou 40 dias e depois outros 40 dias (Ex 34:28;
Dt 9:9-18). Os homens de Jabes-Giliade jejuaram por causa da morte do rei
Saul e de seus filhos (I Sm 31:13). Davi jejuou por seu filho doente (II Sm
12:16). Elias jejuou 40 dias (I Rs 19:8). Acabe, reprovado por Elias, jejuou em
arrependimento (I Rs 212:27). Os judeus em Susã e Ester jejuaram (Et 4:16).
Os ninivitas jejuaram em arrependimento (Jn 3:5).
2. No Novo Testamento. Ana servindo a Deus (Lc 2:37). Jesus jejuou 40 dias (Mt
4:2; Lc 4:2). Paulo jejuou depois de sua conversão (At 9:9). Os líderes da igreja
em Antioquia jejuaram antes de enviar os missionários (At 13:3).

II. Por que Jejuar

A Bíblia apresenta vários motivos para se jejuar. Ao lado do jejum de forma positiva
ela relata também o jejum feito de maneira errada, com motivos negativos. Eis alguns
motivos para se jejuar:
a) Evocar a graça, o favor de Deus, para cura, etc. (II Sm 12:16).
b) Para receber proteção contra o mal (Ed 8:21).
c) Para “afligir” a alma, a fim de alcançar bênçãos de Deus, e recordar
bênçãos passadas (Lv 16:29-31).
d) Para disciplinar-se.
e) Para demonstrar arrependimento (Jn 3:5).
f) Em sinal de tristeza (I Sm 31:13).
g) Para obter vitória espiritual. Há demônios que só irão ser expelidos
mediante jejum e oração (Mt 17:21).

Observe os jejuns feitos de maneira errada, com más intenções:


a) O de Jezabel, para condenar Nabote, um justo (I Rs 21:12).
b) O de Saul, proclamando para o seu exército, que foi um erro porque o povo
estava na batalha e precisava de forças para a guerra (I Sm 14:24-29).
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c) Os dois inimigos de Paulo que jejuaram para matá-lo (At 23:21).

III. Tipos de Jejum

a) Jejum Completo: É o jejum em que se dispensa o alimento sólido e líquido


(menos água). Este jejum pode ou não ser prolongado, se muito longo (mais
de 3 dias, por exemplo), deve haver uma preparação antecipada, onde no
primeiro dia retira-se as proteínas (carnes, ovos, etc., permanecendo com
frutas, legumes, verduras e amidos – arroz, feijão, batata, etc.), no segundo
dia, retira-se os amidos, permanecendo com frutas, legumes e verduras e no
terceiro dia retira-se o restante. Devemos lembrar que a quebra desse jejum,
deve acontecer no processo inverso. Jejum de Paulo (At 9: 9), Jesus (Mt 4:
2), Elias (I Rs 19: 8)
b) Jejum Parcial:
 Abstenção de alimentos sólidos, nesse se toma apenas líquidos
(sucos, vitaminas, etc.);
 Abstenção de certos alimentos, nesse caso a pessoa alimenta-se
apenas de uma pequena quantidade de alimento básico;
 Temos também o jejum de “Daniel” (Dn 10: 3), no qual a pessoa
ingere apenas frutas, verduras e legumes.

IV. Quando Jejuar

Quando se tem uma dificuldade ou uma decisão a tomar: Quando mortificamos a


nossa carne, é mais fácil ouvir a voz de Deus. Considere o caso de Esdras (Ed 8: 21) em
Antioquia (At 13: 1-3) e os Ninivítas (Jn 3: 5), como já falamos anteriormente.

IV. Como Jejuar

O que conta é a atitude com que se jejua, nosso coração deve estar ligado ao de
Deus no jejum:
a) Não para que se faça a nossa vontade, mas a de Deus (Is 58: 3-4);
b) Jejuar com arrependimento sincero e humildade (Jer 14: 12), às vezes vem
acompanhado de aquebrantamento e até choro (Joel 2: 12)
c) O jejum deve ser aliado à justiça e à misericórdia (Is 58: 6);
d) Jejuar com oração, a oração e o jejum devem andar juntos.

V. O valor do jejum

O valor do jejum, em muitos aspectos é misterioso. A Bíblia não é explicita em


muitos casos de jejum, às vezes, a ordem é jejuar e nada mais. Certamente que o
jejum é meio de buscarmos a Deus, às vezes, para conseguirmos poder espiritual, ou
para nos aproximarmos do Senhor, quando sentimos que o “noivo está distante” (Mt 9:
15).

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Conclusão

O jejum é uma das práticas cristãs, não há mandamento bíblico para que jejuemos,
mas há indicação por parte de Jesus de que isso seria uma pratica de seus seguidores.
Ele não nos manda jejuar, mas diz “Quando jejuares” (Mt 6: 17). Portanto, jejuemos
quanto pudermos e enchamo-nos da graça do Senhor!

Aplicação

1- considere esse assunto de maneira prática. Veja uma razão para jejuar e jejue!
2- É indispensável, para jejuar, preparar sua mente e seu organismo (se você costuma,
tomar muito café, vá parando uns dias antes, para sentir menos os efeitos
desconfortáveis).
3- Se você sentir um pouco de fraqueza ao jejuar, ou dor de cabeça, não se impressione.
Isso pode ser natural para quem está começando, mas cuidado! Não confie no jejum,
confie no Senhor!

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11. O SENHORIO DE CRISTO

TEXTO BÁSICO
Filipenses 2: 5-11

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Esteja absolutamente certo, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus que vós
crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo” (At 2: 36).

Introdução

A palavra Senhor aplicada a Jesus no novo testamento vem Kurios, termo grego
que significa: Amo, dono, proprietário, Senhor, Soberano. Designa aquele rei que dispõe
da vida do súdito de maneira integral, tem poder de vida e morte sobre ele.
Os imperadores romanos eram considerados como senhores nestes termos e
costumavam, exigir para si, a adoração devida a Deus. Um dos grandes conflitos vividos
pelos crentes do primeiro século foi à lealdade a Cristo, os soberanos queriam que
fossem divididas com eles, ou melhor, que fosse negada a lealdade a Cristo, para ser
dada a eles. Assim exigia-se que o cristão dissesse: “César é Senhor”. Mas o fiel
proclamava: “Jesus é Senhor!”
E você, tem a Jesus como seu Senhor?

I. Jesus conquistou um Nome

“Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que está
acima de todo nome” (Fp 2: 9). Antes de vir a terra, Jesus já tinha um nome. Mas a
riqueza de glória e poder do nome de Jesus foram conquistados aqui na terra, foi uma
recompensa do Pai ao Filho.
a) Jesus conquistou um nome por se esvaziar (Fp 2: 7): O princípio bíblico de
que quem se humilha será exaltado e de que a humildade precede a honra, é
inteiramente cumprido em Jesus. Ao vir a terra o Senhor Jesus despiu-se de
toda a sua glória e todo o seu poder divino, não achou que o ser Deus era algo
de que não devia abrir mão. Ele abriu mão de sua prerrogativa de Deus, veio e
viveu aqui como homem e como servo.
b) Jesus conquistou um nome por tornar-se servo (Fp 2: 7): Foi Ele quem
ensinou por palavras, mais deu exemplo. No seu último dia aqui na terra, lavou
os pés dos discípulos; Ele não veio para ser servido, mas para servir.
c) Jesus conquistou um nome por sua morte e ressurreição (Fp 2: 8, At 2: 31-36):
O máximo da humilhação de Jesus deu-se na cruz, depois de ter sido despido
de suas roupas, corado com uma coroa de espinhos, cuspido, e esbofeteado e
insultado, Jesus morreu em uma cruz. A morte de cruz era a mais vergonhosa
e vil. Mas Ele não ficou no sepulcro, ressuscitou. E a Ressurreição foi o início
de algo novo, acabou-se a humilhação, agora vem à fase da exaltação e
glorificação. Seu corpo não ficou na sepultura, essa foi à mensagem que os
apóstolos pregaram no início da era cristã: “Jesus ressuscitou! Aleluia!”.

d) Jesus conquistou um nome pela obediência (Fp 2: 8-9): A vontade do Pai era
a morte de seu Filho, para que os homens pudessem ser salvos. E Jesus
obedeceu até à morte, obediência a uma condição indispensável para que

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alguém seja elevado. O desobediente é abatido, mas o obediente é exaltado,
Jesus obedeceu e por isso foi exaltado pelo Pai.

II. Jesus se tornou Senhor

“Para que ao nome de Jesus se dobre todos o joelho, nos céus, na terra e debaixo
da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai.”
(Fp 10, 11)
a) Uma recompensa: O fato de Jesus ter se tornado Senhor, foi conseqüência,
como já vimos, de Ele ter se humilhado, ter sido morto e ressuscitado. Ele
consumou a Obra que o Pai lhe deu para fazer, por isso Deus o exaltou.
b) Um nome sobre todo nome: Para ter um grande nome, um nome poderoso,
não é necessário mudar de nome. A Davi Deus disse que tinha feito seu
nome como só os grandes o têm na terra (II Sm 7: 9). O ter um grande
nome é decorrente dos feitos de valor da pessoa, assim foi com o Senhor
Jesus, Ele teve o seu nome feito grande por sua obediência ao Pai, e sua
humilhação foi seguida da exaltação (At 2: 33).
- No céu e na terra (Mt 28:18): depois de ressuscitado, Jesus foi
glorificado. Ao ser glorificado, recebeu esse nome glorioso, e o Pai lhe deu toda
autoridade no céu e na terra. No céu, sobre os seres celestiais, na terra sobre
os homens, e Jesus domina sobre satanás e seus demônios.
- Todo joelho e toda língua: A escritura é clara ao afirmar que
todos joelhos se dobrarão ao nome de Jesus, nos céus, na terra, e debaixo da
terra. E então toda a língua vai confessar que Jesus é Senhor, todos vão
reconhecer isso, até aqueles que hoje não o aceitam como Senhor. Quer
queiram, quer não, todos vão se dobrar diante do Senhor.
c) Jesus é Rei: Ser Senhor era prerrogativa de rei nos tempos antigos. Jesus,
como Senhor, reina hoje e vai reinar eternamente (I Co 15: 25). Ele é, não
somente Rei, mas é o REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.

III. Aceitando o Senhorio de Cristo

Nós não precisamos esperar o último dia para declarar que Jesus é Senhor,
podemos fazê-lo hoje mesmo.
a) A primeira condição para a salvação é confessar que Jesus é Senhor e crer
nEle (Rm 10: 9): Ninguém pode ser salvo sem confessar a Jesus como
Senhor, muitos querem confessá-lo como Salvador, querem todas as
bênçãos, mas não o confessam como Senhor de suas vidas.
b) Por uma decisão no coração: Aceitar o Senhorio de Cristo significa estar
disposto a fazer o que Ele mandar. É preciso haver uma decisão no
coração, a pessoa deve dizer ao Senhor Jesus que o quer como Senhor de
sua vida, seu lar e seus negócios.

c) Não só de palavras: Não podemos aceitar o Senhorio de Cristo apenas de


palavras, Ele disse que nem todo que o chama de Senhor, entrará no reino
dos céus, mas aquele que o obedece, esse entrará (Mt 7: 21). Ter Jesus
como Senhor é ter uma vida de obediência a Ele de fato.
d) Servir como servo: Se Jesus é Senhor, nós somos servos, por isso
precisamos agir como tal. Não buscando grandezas, mas procurando servir
ao Senhor Jesus, e como conseqüência servir também aos irmãos.

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Conclusão

Lembramos que para aceitar Jesus como Senhor é preciso renunciar a tudo o que
é incompatível com essa posição. Ele não aceita dividir nossa afeição com outro senhor, é
tudo ou nada! Você está disposto?

Aplicação

1- Você tem sido um bom servo do Senhor Jesus, servindo aos outros?

2- Não procure posição no reino de Deus, procure servir somente. As recompensas ficam
por conta dEle.

3- Relacione como Jesus tem sido Senhor:


- Em seu lar, no relacionamento com o cônjuge e filhos;
- Jesus é o chefe do seu lar?
- Nos negócios, você é honesto, paga impostos e taxas? Tem lucro honesto?
- Na igreja, você é autêntico, ou sua submissão a Cristo é só na aparência?

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12. SOFRIMENTO E ADVERSIDADE

TEXTO BÁSICO
Tiago 1: 2-4 e Romanos 8: 26-39

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8: 28).

Introdução

Objetivamos, nesta lição, falar sobre o sofrimento e a adversidade. Veremos que


o sofrimento pode vir por causa do pecado, ou da desobediência. Mas o sofrimento é,
antes de tudo, uma escola de Deus. Este treinamento tem como objetivo mostrar que a
dor é parte da vida, tem um propósito de Deus para nos dar experiência para que
possamos ajudar aos outros, e finalmente, para testar nossa fé e levar-nos á
perseverança. Vejamos estes tópicos em detalhe.

I. Sofrimento por causa do pecado ou desobediência.

“Filho meu, não menosprezes a correção que vem do senhor, nem desmaies
quando por ele é provado; porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a
quem recebe”. É para disciplina que perseverais. (Deus vos trata como filhos: pois que
filho há a quem o pai não corrige?) (Hb 12:5-7).
Deus trata com seus filhos de uma maneira semelhante aos pais que corrigem
seus filhos. Um pai que entende que os filhos precisam de correção não tem dificuldade
de discipliná-los. O que, levado pelo sentimento fica com pena do filho e não cumpre sua
obrigação de discipliná-lo, está perdendo uma grande oportunidade de moldar o caráter
de seu filho, preparando-o assim para a vida.
Deus sabe de todas as coisas, porque é onisciente. Assim sendo, usa o
sofrimento para nos corrigir, quando pecamos, ou somos desobedientes. Os exemplos
são muitos, mas citaremos apenas o de Davi, que perdeu o seu filho, que Deus permitiu
que morresse, para mostrar o pecado do grande servo de Deus. Davi sofreu, mas aceitou
a disciplina do seu Deus e consertou o mesmo. Mas o sofrimento nem sempre vem como
conseqüência do pecado e da desobediência, mas para compreendermos que a dor faz
parte da vida.

II. Para compreendermos que a dor é parte da vida

“Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente de
crerdes nele” (Fp 1: 29)
Paulo, escrevendo aos filipenses, disse que o sofrimento faz parte da vida cristã.
Eles teriam de aceitar que a vida cristã inclui o padecer por causa do Evangelho, por
causa de Cristo. O próprio Paulo afirmou: “Agora me regozijo nos meus sofrimentos por
vós; e preencho o que resta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo
que é a igreja” (Cl 1: 24). O que Paulo está afirmando é que Cristo disse aos seus
discípulos: “Estas cousas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo tereis
aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16:33).
O cristão, o discípulo de Jesus tem de entender que a vida cristã é uma vida de
sofrimento, mas com vitória, a mesma vitória experimentada por Cristo e seus apóstolos.
Se nós somos discípulos de Jesus temos que experimentar a mesma vida que ele viveu.
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III. O Propósito do Sofrimento

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8: 28)
As coisas para Deus não acontecem ao acaso. A Bíblia nos mostra de Gênesis a
Apocalipse que Deus tem um plano na sua criação e que vai levá-lo até o seu termo.
Todas as coisas que já aconteceram e irão acontecer estão narradas na Bíblia. Neste
plano de Deus todas as coisas estão incluídas, entre elas o sofrimento. O sofrimento não
acontece por acaso. Nós podemos ver no sofrimento de Jó este fato. No final do seu
sofrimento Jó chega à conclusão de que ele não conhecia a Deus. Ele disse: “Eu te
conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem. Por isso me abomino, e em
arrependo no pó e na cinza” (Jó 42: 5-6).
Interessante é que Paulo nos diz que o sofrimento concorre para o bem daqueles
que amam a Deus. Deus permite o sofrimento porque Ele conhece todas as coisas. Ele
sabe que se o sofrimento for recebido como bênção resultará, no futuro, em bem para
nós.
Então aceite o sofrimento como um propósito de Deus para sua vida (At 14: 22).

III. Deus permite sofrimento nos seus servos para que eles possam
confortar os outros (I Co 1: 3-4)

Quando um cristão adoece, ou passa por tribulações, ele está aprendendo uma
lição. Se ele receber o sofrimento como benção está pronto a ajudar outras pessoas. O
sofrimento é uma escola, mas só poderemos passar nesta escola se nos matricularmos e
nos colocarmos na posição de alunos, de discípulos.
Este mundo é um vale de lágrimas. Temos que aprender a viver nele, ter vitória
sobre os sofrimentos para assim poder confortar os outros e ensiná-los a receber o
sofrimento na perspectiva correta.

III. O sofrimento testa a nossa fé e nos leva à perseverança (Tg 1: 2-3 e 12)

O sofrimento e a adversidade são provas para a nossa fé. A nossa fé precisa ser
provada e é, através das provas, que a fé amadurece. Se aceitarmos o sofrimento e a
adversidade com um espírito certo, sabendo que o sofrimento foi permitido por Deus que
nos criou, um Deus que tem um plano para todas as coisas, que o sofrimento é uma
escola para nos ensinar a confortar os outros, iremos ter a nossa fé e iremos adquirir
perseverança. Não seremos levados ao desespero, ao pessimismo, ou à revolta, como
acontece com aqueles que não conhecem a Deus.
A vida de Paulo é um exemplo desta atitude. Ele sabia viver em qualquer situação.
Quando passava por necessidade, aceitava as provações. Certa vez, ele teve o que
chamou de “espinho na carne”. Ele pediu três vezes a Deus para tirar aquele mal,
“mensageiro de satanás”, mas Deus lhe disse: “... a minha graça te basta, porque o poder
se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas para
que sobre mim repouse o poder de Cristo.” (II Co 12: 9).

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Conclusão

Temos necessidade de aceitar o sofrimento na perspectiva correta. Nem devemos


procurá-lo, nem que pensemos que ele não nos sobrevirá. O sofrimento faz parte da
experiência humana e temos que experimentá-lo debaixo da graça de Deus.

Aplicação

1- Aprenda a receber o sofrimento: Não devemos sofrer como assassino, ladrão,


malfeitor, ou como quem se intromete em negócio alheio, mas como cristão (I Pe 4:15-
16).
2- Se você sofre como cristão, deve glorificar a Deus (I Pe 4:16) e receber a provação
com alegria (Tg 1:2).
3- O propósito de Deus não é nos deixar ficar na tribulação e sofrimento para sempre. Por
isso, se você estiver sofrendo, “ore ao Senhor” (Tg 5:13).

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13. AUTORIDADE E SUBMISSÃO

TEXTO BÁSICO
Romanos 13:17

VERSÍCULO PARA MEDITAR


“Porém Samuel disse: Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e
sacrifícios, tanto em que se obedeça à sua palavra? Eis que obedecer é melhor do que
sacrificar, e o atender melhor do que gordura de carneiros.” (I Sm 15:22)

Introdução

Todos nós no mundo temos que lidar com a questão da autoridade e da


submissão. Elas existem em todos os níveis e todos os relacionamentos. Henry Brandt
disse que onde há duas pessoas, aí há um líder. Autoridade e submissão não é algo
restrito ao relacionamento de marido e mulher. Elas estão presentes no trabalho, nos
estudos, na igreja. O nosso grande problema é como encararmos esse relacionamento.

I. Autoridade

Autoridade é o direito que alguém tem de mandar e ser obedecido. Cada


autoridade alcança esse direito de uma maneira diferente. Somente Deus não precisou
adquirir autoridade.
1. Autoridade Absoluta: Deus é autoridade absoluta. Ele é a origem de toda
autoridade. Além dele não há corte de apelação. Ele não recebeu autoridade de
ninguém (Rm 11:35-36). Ele é a origem de tudo, portanto tudo depende dEle. Ele é
também a primeira autoridade.
2. Autoridade Delegada: Todos os demais que têm autoridade, têm-na por delegação
de Deus. É assim com as autoridades políticas (Rm 13:1-7; Jo 19:11). O pai, que
tem autoridade no lar, a recebeu de Deus; o patrão também, e igualmente o chefe
da repartição, e assim por diante. Deus remaneja as autoridades de acordo com a
sua vontade, inclusive os reis (Dn 2:21). O coração do rei está nas mãos do Senhor
e Ele o orienta. Deus delega autoridade aos homens e alguns exemplos nos são
bem claros: Moisés, Davi, Paulo, Pedro, etc. Se você é autoridade sobre alguém,
exerce-a com temor a Deus para que Ele a conserve.
3. Como exercer autoridade: Uma pessoa chega a ser autoridade de diversas
maneiras: para ser autoridade política, pode ser pelo voto; para ser autoridade
militar, tem que se submeter à hierarquia; para ter a autoridade de pai é preciso
casar-se e gerar um filho. Mas como exercer essa autoridade?

a) Pela Submissão. O melhor líder, quem melhor exerce autoridade é


quem aprendeu a obedecer. Foi assim com Jesus (Fp 2:5-11). O
melhor oficial é aquele que sempre foi submisso. O melhor pai é
sempre aquele que foi bom filho. Se você não aprendeu a obedecer,
não queira mandar. Você não está preparado. Aprenda primeiro a
se submisso, a obedecer.
b) Sendo exemplo. O líder tem que dar exemplo em tudo. Mesmo
porque os que estão sob sua autoridade esperam isso dele. Com
respeito ao ministério foi este o conselho do apóstolo Pedro aos
seus companheiros (I Pe 5:2-3).

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c) Com amor. Autoridade deve ser exercida para o bem da pessoa
submissa. Para que ela tenha proteção e prosperidade. Então, é
algo que deve ser feito com amor. A autoridade não vale por si só.
Ela vale se levado em conta o serviço, e não o domínio. Quem tem
autoridade serve ao que é submisso, isso quer dizer também que
quem exerce autoridade deve fazê-lo sem imposição. Sua
autoridade deve ser aceita espontaneamente, autoridade usurpada
é autoridade que não permanece.

II. Submissão

A palavra submissão é composta de outras duas: SUB+MISSÃO, quer dizer, é


uma missão subordinada a outra. Submissão é ser cooperador na missão.

1. A quem ser submisso:


a) A Deus. Todo homem deve temer, honrar e se submisso a Deus. Está
escrito que Cristo é o CABEÇA de todo homem (I Co 11:3). E o homem que
não se submete a Cristo é um rebelde, está em pecado.
b) Ao homem. Há pessoas que dizem: “Só obedeço a Deus”, está errado. A
Bíblia diz que TODO HOMEM deve estar sujeito às autoridades (Rm 13:1):
 Às autoridades constituídas (Rm 13:1-7);
 Aos pais (Ef 6:1-2);
 Ao líder espiritual (Hb 13:17);
 Ao chefe no seu serviço (Ef 6:5).
Sem submissão não se chega a lugar algum. O grande problema da sociedade
é que a questão da autoridade e submissão está sendo posta de lado. A começar do lar.
Por isso há tantos problemas.

2. Sigamos o exemplo de Cristo. Jesus nos deu o maior exemplo de submissão (Fp
2:5-11). Ele não fez nada de si mesmo, mas fez em obediência ao Pai, por isso
também o Pai o exaltou.

3. Benefícios da submissão. São vários os benefícios, mas vamos ver apenas dois:
a) Proteção. A pessoa submissa está protegida. Ela não precisa temer. A
pessoa submissa a Deus terá autoridade para resistir ao diabo (Tg 4:7). O
que se submete às autoridades pode viver tranqüilo (Rm 13:4).
b) Possibilidade de ser autoridade. Quem é submisso tem a possibilidade de
chegar a ser autoridade. Veja o exemplo de Davi e Jesus.

4. Motivos da Submissão:
a) Não por medo de punição (Rm 13:5);
b) Mas por dever de consciência (Rm 13:5);
c) Por amor. Principalmente em se tratando de igreja.

III. O Perigo da Rebelião

A Bíblia diz que tudo o que o homem semear isso também ceifará. Quem semeia
rebelião não pode colher coisas boas.

1. Satanás foi o primeiro rebelde e continua sendo rebelde até hoje. O resultado de
sua rebelião é que ele foi destituído de sua posição de querubim da guarda. Ele

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deixou de ser querubim e se tornou diabo (caluniador, adversário) e satanás
(inimigo).
2. Adão e Eva, também estes, e instigados por satanás, se rebelaram contra Deus.
Por isso veio à queda, e nós sabemos as conseqüências.
3. Muitos outros, entre eles, Acã, que pagou com a sua vida e a de sua família; Datã,
Coré e Abião que se revoltaram contra Moisés e Arão e foram engolidos pela terra;
Saul, Judas e outros mais.

Conclusão

Na nossa posição de autoridade peçamos graça a Deus para exercer, na nossa


submissão sejamos fiéis. Respeitamos e sejamos submissos àqueles que o Senhor
colocou à nossa frente para nos guiar.

Aplicação

1- Como você tem exercido sua autoridade: de pai, de mãe, na igreja, como profissional?
2- Você paga seus impostos e taxas?
3- Você é submisso ao seu líder espiritual, ou você gosta de seguir a orientação de outros
fora de sua igreja?

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