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diferencial
12 maio, 2020
A principal função do eixo diferencial é permitir que as rodas girem em velocidades
distintas quando o veículo percorre uma curva, transmitir força em ângulo e
multiplicar força ou velocidade. Embora seja um sistema robusto e resistente, a falta de
manutenção ou imperícia do motorista ou do reparador podem gerar problemas,
prejuízos e acidentes. Confira e evite danos!
Para realizar esta tarefa, o eixo diferencial é composto por um conjunto de engrenagens
cônicas localizado no eixo de tração. Sua principal função é compensar mecanicamente
as diferentes distâncias percorridas pelas rodas em uma curva, ou quando os pneus são
de diâmetros diferentes ou, ainda, quando uma das rodas está patinando ou com pouco
contato com o solo.
Essa compensação de giro entre as rodas é feita ajustando velocidades diferentes entre
as rodas do eixo quando os satélites, ao arrastarem as planetárias, encontram resistência
em uma delas e giram na cruzeta ou eixo dos satélites.
Em operação normal, ou seja, quando o veículo está rodando em linha reta, as rodas
giram na mesma velocidade e os satélites não se movem. Ao realizar uma curva, a
velocidade de cada uma das rodas se torna diferente, o que faz entrar em ação as
engrenagens satélites, que ao girarem na cruzeta, permite velocidades diferentes entre as
planetárias e, consequentemente, entre as rodas.
Cuidados na manutenção
A falta de lubrificação, nível baixo, óleo vencido, óleo fora das especificações e
vazamento do vedador do pinhão ou dos cubos de roda, podem causar sérios danos ao
componente do diferencial. Todos os torques e ajustes aplicados deverão seguir as
especificações da montadora.
Diagnóstico de falhas
Danos no conjunto do eixo diferencial podem ser causados pelos seguintes fatores:
aplicação, operação do motorista, falta de manutenção, modificação do veículo ou do
trem de força, uso incorreto do Peso Total Bruto (PTB) e do Peso Total Bruto
combinado (PTBC). O componente mais sujeito a sofrer avarias é o semi-eixo.
Os problemas podem ser causados por fadiga do eixo, fadiga por choque, dentes
quebrados e quebra no anel do ajuste do lado do flange, entre outros defeitos
provocados por desgaste natural ou por fatores externos.
A quebra por carga de choque causa fratura instantânea ou trinca (a parte danificada é
visível) e pode acontecer devido ao acionamento incorreto do bloqueio na passagem
para tração. Outros defeitos são fadiga do eixo traseiro e fadiga de superfície.
Rolamentos avariados também prejudicam o conjunto. Alguns fatores são: falta de
lubrificação, manuseio incorreto, lubrificante contaminado e carga excessiva.
A coroa e o pinhão são itens que merecem muita atenção na hora da manutenção,
principalmente, se o veículo opera em condições severas. Esse conjunto é formado por
duas engrenagens que permitem a redução do torque vindo do motor para as rodas,
devido as combinações de dentes do conjunto coroa e pinhão. A divisão entre o número
de dentes da coroa e do pinhão é a redução, que significa quantas voltas o pinhão
precisa dar para a coroa completar uma volta. Quanto maior for a redução mais força e
menos velocidade terá o veículo e quanto menor for a redução mais velocidade e menos
força terá o veículo.