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Direito Processual Penal – DEPEN (AGENTE PENITENCIÁRIO)

PÓS-EDITAL (2013)
Teoria e exercícios comentados
Prof. Renan Araujo – Aula 04

AULA 04: PRISÃO, MEDIDAS CAUTELARES E


LIBERDADE PROVISÓRIA (PARTE II).

SUMÁRIO PÁGINA
Apresentação da aula e sumário 01
I – Da prisão, das medidas cautelares e da 02
Liberdade Provisória.
II – Da Prisão Domiciliar 12
III – Das medidas cautelares diversas da prisão 14
IV – Da Liberdade Provisória com ou sem fiança 16
Lista das Questões 25
Questões Comentadas 27
Gabarito 35

Salve, meu povo!

Estudando muito?

Hoje vamos estudar um tema associado à prisão, que é a Liberdade


Provisória, bem como as medidas cautelares diversas da prisão,
introduzidas no CPP recentemente (Lei 12.403/11) e que possuem uma
chance ENORME de caírem no concurso de vocês!

Em razão de o tema “Liberdade Provisória” ter sofrido


alteração praticamente total com o advento da Lei 12.403/11,
quase não há questões atualizadas sobre o tema, motivo pelo qual
eu mesmo elaborei algumas questões.

LEMBRANDO QUE É sempre importante acompanhar a aula com o


CPP do lado!

Mãos à obra!

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I – DA PRISÃO, DAS MEDIDAS CAUTELARES E DA LIBERDADE


PROVISÓRIA.

A Lei 12.403/11 trouxe uma série de alterações no que se refere ao


tema “Prisão e Liberdade Provisória”. Dentre as principais mudanças, está
a criação de formas alternativas de medidas cautelares DIVERSAS DA
PRISÃO.

Até o advento desta Lei, caso o acusado apresentasse algum risco ao


processo ou ameaçasse fugir (furtar-se à aplicação da lei penal), a única
saída era determinar a sua prisão preventiva.

Com o advento da nova Lei, que alterou o CPP em diversos pontos,


surgiu a possibilidade de o Magistrado, atento a cada caso específico,
determinar a aplicação de uma medida cautelar QUE NÃO SEJA A
PRISÃO, quando necessária e SUFICIENTE para assegurar a
instrução criminal e os demais interesses da sociedade, que antes só
seriam resguardados mediante a aplicação da gravosa e
EXCEPCIONALÍSSIMA (Agora, ainda mais excepcional), PRISÃO
PREVENTIVA.

Muitas destas medidas cautelares já eram previstas na nossa


Legislação Penal como PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS, ou
CONDIÇÕES PARA A SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA, de forma
que, por uma questão de lógica, se o Estado pode substituir a prisão-pena
(aquela decorrente de condenação transitada em julgado) por uma destas
medidas, com muito mais razão seria possível a substituição da prisão-
não-pena (a prisão cautelar) por uma destas medidas, eis que, aqui, o
camarada SEQUER FOI CONDENADO.

Assim, vejamos como ficou a redação do art. 282 do CPP:

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Art. 282. As medidas cautelares previstas neste Título deverão
ser aplicadas observando-se a: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

I - necessidade para aplicação da lei penal, para a investigação


ou a instrução criminal e, nos casos expressamente previstos,
para evitar a prática de infrações penais; (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

II - adequação da medida à gravidade do crime, circunstâncias


do fato e condições pessoais do indiciado ou acusado. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 1o As medidas cautelares poderão ser aplicadas isolada ou


cumulativamente. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 2o As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz, de ofício


ou a requerimento das partes ou, quando no curso da
investigação criminal, por representação da autoridade policial
ou mediante requerimento do Ministério Público. (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).

Como disse a vocês, o art. 282, I e II, prevê dois requisitos para a
aplicação das medidas cautelares:

 Necessidade;

 Adequação (e suficiência).

As medidas cautelares podem ser aplicadas ISOLADA OU


CUMULATIVAMENTE, podendo ser aplicadas na fase processual ou pré-
processual.

Na fase processual, podem ser decretadas ex officio ou a


requerimento das partes. Na fase pré-processual, poderá ser decretada

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por representação da autoridade policial ou requerimento do MP, MAS
NÃO PODERÁ SER DECRETADA DE OFÍCIO.

Os pressupostos para a aplicação das medidas cautelares são:

 Necessidade de aplicação da Lei Penal – Camarada está


ameaçando fugir;

 Preservar a instrução criminal – Sempre que o infrator


possa estar ameaçando a regular instrução do processo;

 Em casos específicos, para evitar a prática de infrações


penais.

Percebam que os dois primeiros também são requisitos para a


decretação da prisão preventiva, mas o último não. Percebam, ainda, que
os fundamentos da preventiva “garantia da ordem pública” e “garantia da
ordem econômica” não foram elevados à categoria de situações que
ensejam a aplicação de uma medida cautelar diversa da prisão. Desta
forma, numa destas hipóteses, só caberá mesmo a prisão preventiva.

É necessário que haja prova da materialidade e indícios de


autoria? A pergunta só tem razão de ser no que se refere à fase pré-
processual, eis que na fase processual, já haverá prova da materialidade
e indícios de autoria, pois estes são pressupostos para o recebimento da
ação penal.

A Doutrina não é unânime, havendo que entende pela necessidade e


quem entenda pela dispensabilidade destes requisitos (prova da
materialidade e indícios de autoria). Quem defende a primeira tese alega
que isso é indispensável num Estado Democrático de Direito, não
podendo ninguém ser privado de quaisquer de seus direitos sem um
mínimo de base fática.

Os defensores da segunda tese alegam que se é possível a


decretação da prisão TEMPORÁRIA sem que estejam presentes estes

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requisitos, não há razão em exigi-los numa medida cautelar menos grave.
Esquecem-se, estes autores, de que a prisão temporária tem prazo de
duração bastante curto.

Eu fico com a primeira corrente, e aconselho vocês a ficarem com ela


também, pois esses requisitos também são necessários para a decretação
da PREVENTIVA, nos termos do art. 312 do CPP:

Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como


garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a
aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do
crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

Em regra a parte contrária será ouvida antes da decretação da


medida, em respeito ao contraditório e à ampla defesa, conforme
preconiza o §3° do art. 282 do CPP. Entretanto, quando a oitiva prévia
possa frustrar a execução da medida, a parte contrária só será ouvida
após a execução da medida, pois, nos termos do §5° do art. 282 do CPP,
poderá requerer sua revogação:

§ 3o Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia


da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar,
determinará a intimação da parte contrária, acompanhada de
cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo
os autos em juízo. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

(...)

§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la


quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como

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voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Caso não seja cumprida a medida cautelar diversa da prisão, poderá


o Juiz cumulá-la com outra, mais severa, substituí-la por outra, ou
decretar a prisão, em último caso:

§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações


impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do
Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último
caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 5o O juiz poderá revogar a medida cautelar ou substituí-la


quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como
voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem.
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 6o A prisão preventiva será determinada quando não for


cabível a sua substituição por outra medida cautelar (art. 319).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Como vocês viram, o Juiz poderá, ainda, a qualquer tempo, revogar


a medida ou voltar a decretá-la, desde que sobrevenham novos fatos que
alterem as circunstâncias até então existentes.

Estas medidas cautelares (inclusive a prisão), no entanto, só podem


ser aplicadas caso a infração penal cometida seja apenada com pena
privativa de liberdade. Nos termos do art. 283, §1° do CPP:

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§ 1o As medidas cautelares previstas neste Título não se aplicam
à infração a que não for isolada, cumulativa ou alternativamente
cominada pena privativa de liberdade. (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

Para a efetivação da prisão (que, ao fim e ao cabo, é uma medida


cautelar) é possível a utilização da força, quando ESTRITAMENTE
NECESSÁRIO, e nos LIMITES NECESSÁRIOS. Poderá a prisão, ainda,
ser efetuada a qualquer dia e hora, respeitando-se a inviolabilidade do
domicílio, nos termos do §1° do art. 283, art. 284 e 292 do CPP:

§ 2o A prisão poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer


hora, respeitadas as restrições relativas à inviolabilidade do
domicílio. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a


indispensável no caso de resistência ou de tentativa de fuga do
preso.

Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros,


resistência à prisão em flagrante ou à determinada por
autoridade competente, o executor e as pessoas que o
auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se
ou para vencer a resistência, do que tudo se lavrará auto
subscrito também por duas testemunhas.

A utilização de algemas é questão sumulada pelo STF, que editou a


súmula vinculante n° 11, nos seguintes termos:

Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de


fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria
ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a

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excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade
disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de
nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem
prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

A prisão poderá ser efetivada, ainda, quando o acusado se encontre


em outra comarca, hipótese na qual poderá ser requisitada a prisão ao
Juiz da localidade, mediante carta precatória, que, em caso de urgência,
poderá ser expedida por qualquer meio de comunicação (inclusive e-
mail!). Vejamos:

Art. 289. Quando o acusado estiver no território nacional, fora


da jurisdição do juiz processante, será deprecada a sua prisão,
devendo constar da precatória o inteiro teor do mandado.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 1o Havendo urgência, o juiz poderá requisitar a prisão por


qualquer meio de comunicação, do qual deverá constar o motivo
da prisão, bem como o valor da fiança se arbitrada. (Incluído
pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 2o A autoridade a quem se fizer a requisição tomará as


precauções necessárias para averiguar a autenticidade da
comunicação. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 3o O juiz processante deverá providenciar a remoção do preso


no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da efetivação da
medida. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

(...)

Art. 299. A captura poderá ser requisitada, à vista de mandado


judicial, por qualquer meio de comunicação, tomadas pela

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autoridade, a quem se fizer a requisição, as precauções
necessárias para averiguar a autenticidade desta. (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

O Juiz que determinar a prisão deverá registrada em banco de dados


mantido pelo CNJ, nos termos do art. 289-A do CPP. Com a inclusão do
mandado de prisão neste banco de dados, QUALQUER AGENTE
POLICIAL poderá efetuá-la, ainda que não esteja na competência
territorial do Juiz que a expediu (art. 289-A, §1° do CPP).

A) Prisão Especial

Algumas pessoas, por sua condição, possuem direito a serem


recolhidas a estabelecimento prisional especial, conforme preconiza o
próprio CPP. Vejamos:

Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à


disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão
antes de condenação definitiva:

I - os ministros de Estado;

II– os governadores ou interventores de Estados, ou Territórios,


o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários e
chefes de Polícia;

II - os governadores ou interventores de Estados ou Territórios,


o prefeito do Distrito Federal, seus respectivos secretários, os
prefeitos municipais, os vereadores e os chefes de Polícia;
(Redação dada pela Lei nº 3.181, de 11.6.1957)

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III - os membros do Parlamento Nacional, do Conselho de
Economia Nacional e das Assembléias Legislativas dos Estados;

IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";

V- os oficiais das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros;

V – os oficiais das Forças Armadas e os militares dos Estados, do


Distrito Federal e dos Territórios; (Redação dada pela Lei nº
10.258, de 11.7.2001)

VI - os magistrados;

VII - os diplomados por qualquer das faculdades superiores da


República;

VIII - os ministros de confissão religiosa;

IX - os ministros do Tribunal de Contas;

X - os cidadãos que já tiverem exercido efetivamente a função


de jurado, salvo quando excluídos da lista por motivo de
incapacidade para o exercício daquela função;

XI - os delegados de polícia e os guardas-civis dos Estados e


Territórios, ativos e inativos. (Redação dada pela Lei nº 5.126,
de 20.9.1966)

Caso não haja estabelecimento distinto para o recolhimento à prisão,


esta se fará em CELA DISTINTA, no mesmo estabelecimento. Vejamos:

§ 1o A prisão especial, prevista neste Código ou em outras leis,


consiste exclusivamente no recolhimento em local distinto da
prisão comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

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§ 2o Não havendo estabelecimento específico para o preso
especial, este será recolhido em cela distinta do mesmo
estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

§ 3o A cela especial poderá consistir em alojamento coletivo,


atendidos os requisitos de salubridade do ambiente, pela
concorrência dos fatores de aeração, insolação e
condicionamento térmico adequados à existência humana.
(Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

Os presos especiais possuem os mesmos direitos e deveres dos


presos comuns, não podendo, entretanto, ser transportados juntamente
com os demais presos. Nos termos dos §§ 4° e 5° do art. 295 do CPP:

§ 4o O preso especial não será transportado juntamente com o


preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de 11.7.2001)

§ 5o Os demais direitos e deveres do preso especial serão os


mesmos do preso comum. (Incluído pela Lei nº 10.258, de
11.7.2001)

O militar, caso preso EM FLAGRANTE DELITO, será recolhido ao


quartel da Instituição à qual pertencer (PM, Exército, Marinha...), onde
ficará à disposição das autoridades:

Parágrafo único. O militar preso em flagrante delito, após a


lavratura dos procedimentos legais, será recolhido a quartel da
instituição a que pertencer, onde ficará preso à disposição das
autoridades competentes. (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).

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II - DA PRISÃO DOMICILIAR

A Lei 12.403/11 trouxe mais uma inovação. Trata-se da possibilidade


de, em alguns casos, o Juiz decretar a prisão preventiva, mas substituí-la
pela prisão domiciliar. Nos termos do art. 318 do CPP:

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela


domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de


2011).

II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;


(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6


(seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

IV - gestante a partir do 7o (sétimo) mês de gravidez ou sendo


esta de alto risco. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea


dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

Estes requisitos são autônomos, ou seja, estando o indivíduo em


qualquer destas situações (e não em todas ou algumas
cumulativamente), poderá ser substituída a prisão preventiva pela prisão
domiciliar, que consiste no recolhimento do indivíduo em sua residência,

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só podendo sair dela com autorização judicial. Nos termos do art. 317 do
CPP:

Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do


indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela
ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

Com relação às hipóteses que autorizam a substituição da preventiva


pela prisão domiciliar, alguns comentários devem ser feitos:

 O inciso I reporta-se à pessoa maior de 80 anos. Assim,


não é qualquer idoso (maior de 60) que poderá receber o
“benefício”, mas somente os maiores de 80 anos;

 O inciso II fala em pessoa portadora de doença grave, e


que se encontre em extrema debilidade. Desta maneira, não
basta ser portador de doença grave, devendo o indivíduo
se encontrar extremamente debilitado em razão da
doença;

 O inciso III, ao falar da pessoa que é imprescindível aos


cuidados de menor de seis anos ou deficiente, não diferencia
homem e mulher. Desta forma, o Homem pode ser
beneficiado com a prisão domiciliar, em razão desta
hipótese, desde que comprove, por exemplo, que é a única
pessoa que pode cuidar de seu filho de 03 anos de idade;

 O inciso IV, por sua vez, estabelece que não é qualquer


gestante que poderá receber a substituição, mas somente
aquela que se encontrar a partir do sétimo mês de
gestação ou no caso de gestação de alto risco,
comprovadas pelo competente laudo médico (art. 318, §
único).

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III – DAS MEDIDAS CAUTELARES DIVERSAS DA PRISÃO

Como vimos, a Lei 12.403/11 trouxe inúmeras alterações em


institutos já existentes e inúmeras INOVAÇÕES, ou seja, criou diversos
outros institutos, dentre eles, as medidas cautelares diversas da prisão.

Já estudamos os requisitos e hipóteses que autorizam a aplicação


destas medidas. Vejamos agora, quais são elas, nos termos do art. 319
do CPP:

Art. 319. São medidas cautelares diversas da prisão: (Redação


dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - comparecimento periódico em juízo, no prazo e nas condições


fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades; (Redação
dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - proibição de acesso ou frequência a determinados lugares


quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado
ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco
de novas infrações; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).

III - proibição de manter contato com pessoa determinada


quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado
ou acusado dela permanecer distante; (Redação dada pela Lei
nº 12.403, de 2011).

IV - proibição de ausentar-se da Comarca quando a


permanência seja conveniente ou necessária para a investigação
ou instrução; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

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V - recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de
folga quando o investigado ou acusado tenha residência e
trabalho fixos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

VI - suspensão do exercício de função pública ou de atividade de


natureza econômica ou financeira quando houver justo receio de
sua utilização para a prática de infrações penais; (Incluído pela
Lei nº 12.403, de 2011).

VII - internação provisória do acusado nas hipóteses de crimes


praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos
concluírem ser inimputável ou semi-imputável (art. 26 do Código
Penal) e houver risco de reiteração; (Incluído pela Lei nº 12.403,
de 2011).

VIII - fiança, nas infrações que a admitem, para assegurar o


comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu
andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem
judicial; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

IX - monitoração eletrônica. (Incluído pela Lei nº 12.403, de


2011).

Vejam que muitas destas medidas já eram previstas no nosso


ordenamento jurídico, só que como penas restritivas de direitos ou outras
medidas, de natureza não cautelar. O que a lei fez foi possibilitar que
estas medidas pudessem ser aplicadas com caráter CAUTELAR, sempre
que puder ser evitada a aplicação da PRISÃO PREVENTIVA.

Vejam que a FIANÇA foi classificada como uma MEDIDA


CAUTELAR DIVERSA DA PRISÃO (inciso VIII do art. 319). Veremos
mais sobre a fiança quando estudarmos a Liberdade Provisória.

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Vejam que o simples fato de estar o acusado sendo processado
criminalmente não lhe retira o direito de se ausentar do país. No entanto,
esta pode ser uma medida cautelar a ser decretada pelo Juiz, quando for
necessário e adequado ao caso, Nesta hipótese, aplica-se a regra do art.
320 do CPP:

Art. 320. A proibição de ausentar-se do País será comunicada


pelo juiz às autoridades encarregadas de fiscalizar as saídas do
território nacional, intimando-se o indiciado ou acusado para
entregar o passaporte, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Essa regra só se aplica na medida cautelar do inciso IV do art. 319,


pois, se o acusado não puder deixar a comarca, POR ÓBVIO, não poderá
deixar o país.

IV – DA LIBERDADE PROVISÓRIA COM OU SEM FIANÇA

A Liberdade provisória, na verdade, é um termo ridículo. A liberdade


não é provisória, a liberdade é a regra. Provisória é a prisão.

Afora este desabafo, a Liberdade Provisória é direito do acusado,


sempre QUE NÃO ESTIVEREM PRESENTES OS REQUISITOS PARA A
DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA. Nos termos do art. 321 do
CPP;

Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da


prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória,
impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art.
319 deste Código e observados os critérios constantes do art.
282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

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Entretanto, a concessão da liberdade provisória não impede a fixação


de alguma medida cautelar DIVERSA DA PRISÃO (aquelas previstas no
art. 319 do CPP).

A liberdade provisória pode ser concedida SEM FIANÇA (a


regra), ou COM FIANÇA, nesse último caso, sempre que o Juiz suspeite
de que o réu não comparecerá a todos os atos do processo e pretenda
com isso (arbitramento da fiança), que o réu se sinta compelido a
comparecer aos atos processuais, de forma a que não sofra reflexos no
seu BOLSO, rs.

A autoridade policial só poderá arbitrar a fiança nos crimes cuja pena


máxima não seja superior a quatro anos. Caso o crime possua pena
máxima igual ou superior a 04 anos, a fiança deverá ser requerida ao
Juiz, que a arbitrará em até 48 horas, nos termos do art. 322 do CPP:

Art. 322. A autoridade policial somente poderá conceder fiança


nos casos de infração cuja pena privativa de liberdade máxima
não seja superior a 4 (quatro) anos. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

Parágrafo único. Nos demais casos, a fiança será requerida ao


juiz, que decidirá em 48 (quarenta e oito) horas. (Redação dada
pela Lei nº 12.403, de 2011).

A fiança poder ser prestada ENQUANTO NÃO TRANSITAR EM


JULGADO O PROCESSO (art. 334 do CPP).

Existem casos, no entanto, em que a fiança NÃO É ADMITIDA. São


eles:

Art. 323. Não será concedida fiança: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

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I - nos crimes de racismo; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).

II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e


drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos;
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou


militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Art. 324. Não será, igualmente, concedida fiança: (Redação


dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - aos que, no mesmo processo, tiverem quebrado fiança


anteriormente concedida ou infringido, sem motivo justo,
qualquer das obrigações a que se referem os arts. 327 e 328
deste Código; (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - em caso de prisão civil ou militar; (Redação dada pela Lei nº


12.403, de 2011).

IV - quando presentes os motivos que autorizam a decretação


da prisão preventiva (art. 312). (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

Entretanto, o que vocês devem ter em mente é que a possibilidade


de arbitramento, ou não, de fiança, não tem nada a ver com a liberdade
provisória. Ainda que não se possa arbitrar fiança, é possível a concessão
de liberdade provisória.

Entretanto, há parcela da Doutrina que entende que se a Lei proíbe o


arbitramento da fiança e, logo, a liberdade provisória com fiança, com
muito mais razão não se pode admitir a liberdade provisória sem fiança.

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O tema é polêmico, mas vem prevalecendo a PRIMEIRA
CORRENTE.

O valor da fiança será arbitrado com base nos parâmetros


estabelecidos no art. 325 do CPP:

Art. 325. O valor da fiança será fixado pela autoridade que a


conceder nos seguintes limites: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

a) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

b) (revogada); (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

c) (revogada). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - de 1 (um) a 100 (cem) salários mínimos, quando se tratar de


infração cuja pena privativa de liberdade, no grau máximo, não
for superior a 4 (quatro) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).

II - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários mínimos, quando o


máximo da pena privativa de liberdade cominada for superior a
4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

§ 1o Se assim recomendar a situação econômica do preso, a


fiança poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - dispensada, na forma do art. 350 deste Código; (Redação


dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

II - reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou (Redação


dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

III - aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (Incluído pela Lei nº


12.403, de 2011).

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Para o arbitramento do valor da fiança deverá a autoridade


(autoridade policial ou Juiz) verificar algumas circunstâncias, como as
condições financeiras do acusado, sua vida pregressa, sua periculosidade,
etc. Vejamos o que diz o art. 326 do CPP:

Art. 326. Para determinar o valor da fiança, a autoridade terá


em consideração a natureza da infração, as condições pessoais
de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias
indicativas de sua periculosidade, bem como a importância
provável das custas do processo, até final julgamento.

A fiança poderá consistir em dinheiro, metais preciosos, títulos, etc,


ou seja, quaisquer bens que possuam valor econômico:

Art. 330. A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em


depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos,
títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em
hipoteca inscrita em primeiro lugar.

§ 1o A avaliação de imóvel, ou de pedras, objetos ou metais


preciosos será feita imediatamente por perito nomeado pela
autoridade.

§ 2o Quando a fiança consistir em caução de títulos da dívida


pública, o valor será determinado pela sua cotação em Bolsa, e,
sendo nominativos, exigir-se-á prova de que se acham livres de
ônus.

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O MP não será ouvido previamente ao arbitramento da fiança, mas
terá vista dos autos após esse momento, para que requeira o que achar
necessário (art. 333 do CPP).

Findo o processo, o valor da fiança poderá ter dois destinos


diferentes:

 É devolvido ao réu - Se absolvido, se extinta a ação ou se for


declarada sem efeito a fiança. Essa é a previsão do art. 337 do
CPP:

Art. 337. Se a fiança for declarada sem efeito ou passar em


julgado sentença que houver absolvido o acusado ou declarada
extinta a ação penal, o valor que a constituir, atualizado, será
restituído sem desconto, salvo o disposto no parágrafo único do
art. 336 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de
2011).

 Será perdido em favor do Estado – Caso o réu seja


condenado. Servirá para pagar as custas do processo,
indenizar o ofendido, etc. Nos termos do art. 336 do CPP:

Art. 336. O dinheiro ou objetos dados como fiança servirão ao


pagamento das custas, da indenização do dano, da prestação
pecuniária e da multa, se o réu for condenado. (Redação dada
pela Lei nº 12.403, de 2011).

Parágrafo único. Este dispositivo terá aplicação ainda no caso da


prescrição depois da sentença condenatória (art. 110 do Código
Penal). (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Após a utilização do valor da fiança para estes fins, o saldo


será devolvido A QUEM PAGOU A FIANÇA. Vejamos o que diz
o art. 347 do CPP:

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Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será
entregue a quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos
os encargos a que o réu estiver obrigado.

A fiança será considerada QUEBRADA, quando:

 Quando o acusado ou indiciado não comparecer a algum ato do


IP ou da instrução criminal, tendo sido intimado;

 Mudar de residência sem prévia autorização da autoridade


processante;

 Se ausentar de sua residência por mais de 08 dias sem


comunicar à autoridade processante onde poderá ser
encontrado;

 Resistir, injustificadamente, à ordem judicial;

 Praticar, deliberadamente, ato de obstrução ao processo


(tumultuar o processo);

 Descumprir medida cautelar imposta CUMULATIVAMENTE


com a fiança;

 Praticar nova infração penal DOLOSA.

Caso seja reformada, em grau de recurso, a decisão que JULGOU


QUEBRADA A FIANÇA, esta (fiança) se restabelecerá em todos os seus
aspectos.

Caso haja o quebramento da fiança, o acusado perderá METADE


DO SEU VALOR, podendo, ainda, o Juiz fixar alguma outra medida
cautelar ou decretar a prisão preventiva.

Caso o réu, condenado DEFINITIVAMENTE, não se apresente


para cumprimento da pena, PERDERÁ O TOTAL DO VALOR DA
FIANÇA.

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Tanto no caso de perda total ou parcial do valor da fiança, o saldo
(após recolhidas as custas processuais e demais encargos aos quais
esteja obrigado o acusado) será recolhido ao FUNDO PENITENCIÁRIO
(CUIDADO! Antes da Lei 12.403/11 esse saldo era destinado ao
TESOURO NACIONAL. Isso mudou!). Vejamos o que diz o art. 345 do
CPP:

Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as custas e mais
encargos a que o acusado estiver obrigado, será recolhido ao fundo
penitenciário, na forma da lei. (Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

Poderá, ainda, ser a fiança CASSADA, quando se verificar que ela


foi arbitrada de maneira ilegal (quando não podia ser arbitrada, tenha
sido arbitrada por autoridade incompetente...). Nos termos do art. 338 e
339 do CPP:

Art. 338. A fiança que se reconheça não ser cabível na espécie


será cassada em qualquer fase do processo.

Art. 339. Será também cassada a fiança quando reconhecida a


existência de delito inafiançável, no caso de inovação na
classificação do delito.

EXEMPLO: Imagine que fora arbitrada fiança num crime de furto.


Após esse momento, por alteração legislativa, o furto passou a ser
considerado crime inafiançável. Nesse caso, a fiança deverá ser
CASSADA, nos termos do art. 339 do CPP.

Pode ocorrer, ainda, de a fiança não dever ser cassada, mas, por
algum motivo, ter que se exigir do acusado, O REFORÇO DA FIANÇA.
Isso ocorrerá nas hipóteses previstas no art. 340 do CPP:

Art. 340. Será exigido o reforço da fiança:

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I - quando a autoridade tomar, por engano, fiança insuficiente;

II - quando houver depreciação material ou perecimento dos


bens hipotecados ou caucionados, ou depreciação dos metais ou
pedras preciosas;

III - quando for inovada a classificação do delito.

Parágrafo único. A fiança ficará sem efeito e o réu será recolhido


à prisão, quando, na conformidade deste artigo, não for
reforçada.

Por fim, caso o beneficiado descumpra qualquer das obrigações ou


medidas impostas, o Juiz poderá substituir a medida cautelar imposta,
cumulá-la com outra, ou decretar a prisão preventiva. Isso é o que
extraímos da interpretação conjunta dos arts. 350, § único e 282, § 4° do
CPP:

§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações


impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do Ministério
Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a
medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a
prisão preventiva (art. 312, parágrafo único). (Incluído pela Lei nº
12.403, de 2011).

(...)

Parágrafo único. Se o beneficiado descumprir, sem motivo justo,


qualquer das obrigações ou medidas impostas, aplicar-se-á o disposto
no § 4o do art. 282 deste Código. (Redação dada pela Lei nº 12.403,
de 2011).

Bons estudos!

Prof. Renan Araujo

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LISTA DAS QUESTÕES

1 - (PC/MG – 2011 – PC/MG – DELEGADO DE POLÍCIA)

NÃO poderá ser cumulada com outra medida cautelar

A) a monitoração eletrônica.

B) a proibição de ausentar-se do País, inclusive mediante entrega do


passaporte.

C) a fiança.

D) a prisão domiciliar.

2 - (FCC – 2011 – TRT/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)

De acordo com o Código de Processo Penal, serão recolhidos a quartéis ou


a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos
a prisão antes de condenação definitiva, dentre outros,

A) os estudantes universitários.

B) os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito".

C) os vereadores, exceto os de cidade com menos de cem mil habitantes.

D) os estrangeiros.

E) os filhos de magistrados.

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3 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

A fiança, uma vez prestada, e havendo condenação do réu, será perdida,


totalmente, em favor do Estado.

4 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

A fiança poderá ser cassada quando o Juiz verificar que o réu não
compareceu a um dos atos do processo, mesmo tendo sido intimado.

5 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

Se o réu se afastar da sua residência por mais de oito dias, considerar-se-


á quebrada a fiança.

6 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

Sendo perdida a fiança em favor do Estado, ela será destinada ao Fundo


Penitenciário.

7 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

Caso o réu afiançado, deliberadamente, pratique ato de obstrução


processual, isso acarretará o que se denomina quebramento da fiança,
que importará em perda da totalidade do valor recolhido.

8 - (CESPE – 2012 – TJ/BA – JUIZ ESTADUAL)

No que diz respeito a prisão e a liberdade provisória, assinale a opção


correta.

A) O juiz poderá determinar a substituição da prisão preventiva pela


domiciliar caso o agente tenha mais de sessenta e cinco anos de idade.

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B) De acordo com o que dispõe o CPP, ocorrendo o quebramento
injustificado da fiança, entende-se perdido, na integralidade, o seu valor.

C) A despeito da relevância da atuação do MP na persecução penal, a


concessão de fiança independe de manifestação ministerial.
D) Nos termos da lei, a prisão temporária do agente que adultera produto
destinado a fins terapêuticos será de cinco dias, prorrogável por igual
período.

E) Presentes os requisitos legais, o juiz decretará, de ofício, a prisão


preventiva na fase investigativa ou no curso do processo.

QUESTÕES COMENTADAS

1 - (PC/MG – 2011 – PC/MG – DELEGADO DE POLÍCIA)

NÃO poderá ser cumulada com outra medida cautelar

A) a monitoração eletrônica.

B) a proibição de ausentar-se do País, inclusive mediante entrega


do passaporte.

C) a fiança.

D) a prisão domiciliar.

COMENTÁRIOS: A prisão domiciliar não pode ser cumulada com outra


medida cautelar, pois ela é uma medida aplicada em SUBSTITUIÇÃO À
PRISÃO PREVENTIVA, de forma que ela será aplicada nas hipóteses em
que a preventiva é NECESSÁRIA. Sendo assim (necessária a preventiva),
não cabe aplicar qualquer outra medida cautelar diversa da prisão.

A redação do art. 318 do CPP não deixa margem para dúvidas quanto à
substitutividade da prisão domiciliar em relação à preventiva:

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Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela
domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

A prisão preventiva não pode ser cumulada com outra medida cautelar,
podendo, no entanto, ser aplicada caso esta (medida cautelar) não seja
suficiente:

§ 4o No caso de descumprimento de qualquer das obrigações


impostas, o juiz, de ofício ou mediante requerimento do
Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá
substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último
caso, decretar a prisão preventiva (art. 312, parágrafo único).
(Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

Portanto, não cabe cumulação da prisão domiciliar com medida cautelar


diversa da prisão.

Por isso, a alternativa correta é a letra D.

2 - (FCC – 2011 – TRT/TO – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA


JUDICIÁRIA)

De acordo com o Código de Processo Penal, serão recolhidos a


quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade
competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação
definitiva, dentre outros,

A) os estudantes universitários.

B) os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito".

C) os vereadores, exceto os de cidade com menos de cem mil


habitantes.

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D) os estrangeiros.

E) os filhos de magistrados.

COMENTÁRIOS: Nos termos do art. 295, IV do CPP:

Art. 295. Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à


disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão
antes de condenação definitiva:

(...)

IV - os cidadãos inscritos no "Livro de Mérito";

Assim, por expressa previsão legal, a alternativa correta é a letra B.

3 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

A fiança, uma vez prestada, e havendo condenação do réu, será


perdida, totalmente, em favor do Estado.

COMENTÁRIOS: A fiança não será perdida totalmente em favor do


Estado caso haja condenação do réu. A fiança apenas garante o
pagamento das custas e demais encargos aos quais o réu está obrigado,
caso seja condenado.

A fiança só será perdida em favor do Estado caso haja o quebramento da


fiança, nas hipóteses legais, quando será perdido metade do valor pago a
título de fiança, ou no caso de não comparecimento do réu para
cumprimento da pena definitivamente imposta, hipótese na qual haverá o
perdimento total do valor da fiança. Vejamos:

Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na


perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a
imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a
decretação da prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

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Art. 344. Entender-se-á perdido, na totalidade, o valor da fiança,
se, condenado, o acusado não se apresentar para o início do
cumprimento da pena definitivamente imposta. (Redação dada
pela Lei nº 12.403, de 2011).

(...)

Art. 347. Não ocorrendo a hipótese do art. 345, o saldo será


entregue a quem houver prestado a fiança, depois de deduzidos
os encargos a que o réu estiver obrigado.

Portanto, a afirmativa está ERRADA.

4 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

A fiança poderá ser cassada quando o Juiz verificar que o réu não
compareceu a um dos atos do processo, mesmo tendo sido
intimado.

COMENTÁRIOS: Nesse caso (não-comparecimento do réu afiançado a


um dos atos do processo), haverá o QUEBRAMENTO DA FIANÇA, e não a
sua cassação, nos termos do art. 341, I do CPP:

Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:


(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

I - regularmente intimado para ato do processo, deixar de


comparecer, sem motivo justo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de
2011).

Portanto, a afirmativa está ERRADA.

5 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

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Se o réu se afastar da sua residência por mais de oito dias,
considerar-se-á quebrada a fiança.

COMENTÁRIOS: CUIDADO COM A PEGADINHA! A fiança não se


considerará automaticamente quebrada caso o réu se afaste de sua
residência por mais de oito dias, mas apenas no caso de o réu se afastar
da residência por mais de oito dias sem COMUNICAR À AUTORIDADE O
LOCAL EM QUE SE ENCONTRARÁ, nos termos do art. 328 do CPP:

Art. 328. O réu afiançado não poderá, sob pena de quebramento


da fiança, mudar de residência, sem prévia permissão da
autoridade processante, ou ausentar-se por mais de 8 (oito) dias
de sua residência, sem comunicar àquela autoridade o lugar
onde será encontrado.

Portanto, a alternativa está ERRADA.

6 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

Sendo perdida a fiança em favor do Estado, ela será destinada ao


Fundo Penitenciário.

COMENTÁRIOS: Esta é a expressa previsão contida no art. 345 do CPP:

Art. 345. No caso de perda da fiança, o seu valor, deduzidas as


custas e mais encargos a que o acusado estiver obrigado, será
recolhido ao fundo penitenciário, na forma da lei. (Redação dada
pela Lei nº 12.403, de 2011).

Portanto, a afirmativa está CORRETA.

7 - (QUESTÃO ELABORADA PELO PROFESSOR)

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Caso o réu afiançado, deliberadamente, pratique ato de obstrução
processual, isso acarretará o que se denomina QUEBRAMENTO DA
FIANÇA, que importará em perda da totalidade do valor recolhido.

COMENTÁRIOS: Embora a prática de ato de obstrução processual, pelo


réu afiançado, gere o quebramento da fiança, como conseqüência do
quebramento teremos a perda, em favor do Estado, de metade do valor
da fiança, e NÃO DE SUA TOTALIDADE, nos termos do art. 341, II e
343 do CPP:

Art. 341. Julgar-se-á quebrada a fiança quando o acusado:


(Redação dada pela Lei nº 12.403, de 2011).

(...)

II - deliberadamente praticar ato de obstrução ao andamento do


processo; (Incluído pela Lei nº 12.403, de 2011).

(...)

Art. 343. O quebramento injustificado da fiança importará na


perda de metade do seu valor, cabendo ao juiz decidir sobre a
imposição de outras medidas cautelares ou, se for o caso, a
decretação da prisão preventiva. (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

Assim, a alternativa está ERRADA.

8 - (CESPE – 2012 – TJ/BA – JUIZ ESTADUAL)

No que diz respeito a prisão e a liberdade provisória, assinale a


opção correta.

A) O juiz poderá determinar a substituição da prisão preventiva


pela domiciliar caso o agente tenha mais de sessenta e cinco anos
de idade.

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B) De acordo com o que dispõe o CPP, ocorrendo o quebramento
injustificado da fiança, entende-se perdido, na integralidade, o
seu valor.

C) A despeito da relevância da atuação do MP na persecução


penal, a concessão de fiança independe de manifestação
ministerial.
D) Nos termos da lei, a prisão temporária do agente que adultera
produto destinado a fins terapêuticos será de cinco dias,
prorrogável por igual período.

E) Presentes os requisitos legais, o juiz decretará, de ofício, a


prisão preventiva na fase investigativa ou no curso do processo.

COMENTÁRIO:

A) ERRADA: Essa substituição, baseada no critério etário, poderá ocorrer


se o acusado for maior de 80 anos, nos termos do art. 318, I do CPP:

Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela


domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei nº
12.403, de 2011).

I - maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei nº 12.403, de


2011).

B) ERRADA: Ocorrendo o quebramento injustificado da fiança, será


considerado perdido apenas metade de seu valor, nos termos do art. 343
do CPP;

C) CORRETA: De fato, a concessão de fiança não depende da


manifestação do MP, nos termos do art. 322 do CPP, e seu § único;
D) ERRADA: Este delito é considerado hediondo, nos termos do art. 1º,
VII-B da Lei 8.072/90. Nesse caso, o prazo de prisão temporária será de
30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, nos termos do art. 2º, §4º da Lei
8.072/90;

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E) ERRADA: Embora o Juiz possa decretar a prisão preventiva de ofício,
durante a fase investigativa a prisão somente pode ser decretada se
houver requerimento do MP ou da autoridade policial, nos termos do art.
311 do CPP.

Portanto, a ALTERNATIVA CORRETA É A LETRA C.

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1. ALTERNATIVA D
2. ALTERNATIVA B
3. ERRADA
4. ERRADA
5. ERRADA
6. CORRETA
7. ERRADA
8. ALTERNATIVA C

Prof.Renan Araujo www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 35

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