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Direito

Tributário
Prof. Mauro Centro Universitário de Viçosa

Ervália MG
LEI MUNICIPAL Nº 1.028/98

Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial urbana. (IPTU)

O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial urbana, mais


conhecido como IPTU, que é um imposto direto, pois seus ônus financeiros é
importado diretamente pelo contribuinte.

FATO GERADOR

Na lei Nº 1.028/98, do município de Ervália a fato gerador encontra se


elencado em seus artigos 3º e 4º, do qual diz que sendo proprietário ou
possuidor de um imóvel o imposto ocorrerá anualmente no dia 1º de janeiro.

Art. 3º. O fato gerador do imposto ocorre anualmente, no dia primeiro de janeiro
Art. 4º. A Hipótese de incidência do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana é a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel localizado dentro da
Zona Urbana, independentemente de sua área ou destinação .

Como consta no artigo 6º, incisos I, II e III, da lei 1028/98, na hipótese de


incidência independe de posse ou do resultado financeiro da exploração
econômica do bem imóvel, bem como do cumprimento de quaisquer exigências
regulamentares, legais ou administrativas.
Logo, como pode observar mesmo o proprietário não estando sobre a
posse do bem ou mesmo não tendo nenhuma exploração econômica, ainda
sim, incidirá o imposto sobre o bem, pois são acontecimentos distintos e o
simples fato de ser proprietário do bem, terá este a responsabilidade sobre os
impostos que lhe imputar, e, o não pagamento deste imposto poderá ter seu
nome inscrito em dívida ativa.
Os sujeitos passivos desta relação, trata se do contribuinte do imposto o
proprietário ou o possuidor de qualquer título do bem imóvel.
Art. 7º Contribuinte do Imposto é o proprietário, o titular do domínio ou o
possuidor a qualquer título do bem imóvel.

§ 1º. Para os fins deste Artigo, equiparam-se ao contribuinte o promitente


comprador imitido na posse, os titulares de direito real sobre o imóvel alheio e o
fideicomissário.

Neste caso existe uma comparação entre possuidor do bem ao


promitente comprador imitido na posse.

Com relação a base cálculo do bem, verifica se o valor venal do imóvel,


caso tenha construção entra como base de cálculo e se estiver em ruinas (sem
proveito) será calculado somente o valor do terreno; artigo 8º da 1028/98.

Art. 8º A Base de cálculo do Imposto é o valor venal do bem imóvel.

§ 1º. Para os fins deste Artigo, considera-se valor venal:

I - No caso de terrenos não edificados, em construção, em ruínas ou em demolição, o


valor da terra nua;

II - Nos demais casos, o valor da terra e da edificação conjuntamente.

§ 2º. Quando num mesmo terreno existir mais de uma unidade autônoma, calcular-se à
a fração ideal de terreno, conforme.

Quanto as alíquotas os valores serão calculadas na seguintes condições:

Art. 12. Para o cálculo do Imposto, as alíquotas serão:

I - 1,00 % (um por cento), tratando-se de terreno, segundo definição feita no parágrafo
1º do Artigo 5º.

II - 0,50% (cinquenta centésimos percentuais), tratando-se de prédio.

III - 0,75% (setenta e cinco centésimos percentuais), tratando-se de imóvel, cuja área
total do terreno seja superior a 20 (vinte) vezes a área edificada.

Insta salientar que o IPTU é um imposto lançado anualmente, sempre no


dia 1º de janeiro de cada ano.
Do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)

O imposto sobre serviços de qualquer natureza deve obediência ao princípio da


legalidade e para ser instituído, extinto, alterada a sua base de cálculo, alíquota
ou concedido incentivos fiscais deve ser editada, como regra, uma Lei
Ordinária municipal ou distrital conforme o caso.

No entanto, como em todos os demais tributários podem ser editadas normas


gerais para pacificar determinados conceito acerca do ISS e, tais normas
deverão ser regulamentadas por meio de Lei Complementar, no caso, a LC
116/03 que deverá fixar os patamares das alíquotas máximas e mínimas do
impostos, excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior e
regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais
serão concedidos e revogados.

CF, Art. 156, § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste
artigo, cabe à lei complementar:

I – fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

II – excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios


fiscais serão concedidos e revogados.

Com base na lei municipal de Ervália a hipótese de incidência está prevista em


seu artigo 21.

Art. 21. A hipótese de incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer


Natureza é a prestação de serviço constante da lista do Art. 23, por empresa
ou profissional autônomo, independentemente:

I - Da existência de estabelecimento fixo;

II - Do resultado financeiro do exercício da atividade;

III - Do cumprimento de qualquer exigência legal ou regulamentar;

IV - Do pagamento do preço do serviço no mesmo mês ou exercício.

Fato Gerador do ISS é a prestação de serviços de uma pessoa física ou


jurídica que preste serviços constantes de acordo com a lista fixa prevista no
artigo 23 da lei municipal 1.028/98.

Sujeito passivo está previsto no artigo 24, que diz, “Contribuinte do Imposto é o
prestador do serviço, não se enquadrando como tal os que prestam serviço em
relação de emprego, os trabalhadores avulsos, os diretores e membros do
conselho consultivo ou fiscal de sociedades”.
Quanto à base de cálculo e as alíquotas serão calculados de acordo com o tipo
de serviço prestado pelo contribuinte.

Art. 29. Preço do serviço, para os fins deste Imposto, é a receita bruta
a ele correspondente, incluídos os valores acrescidos de encargos de
qualquer natureza, de ônus relativos à concessão de crédito, ainda que
cobrados em separado, na hipótese de prestação de serviços a crédito,
o total das sub empreitadas de serviços não tributados, fretes,
despesas, tributos e outros.

O lançamento será feito de acordo com que está escrito no artigo 33, inciso I e
II, podendo ser de uma única vez ou até mesmo mensalmente.

Art. 33. O Imposto será lançado:

I - Uma única vez, no exercício a que corresponder o tributo quando o


serviço for prestado sob a forma de trabalho pessoal do próprio
contribuinte ou pelas sociedades de profissionais;

II - Mensalmente, mediante lançamento por homologação, em relação


ao serviço efetivamente prestado ao período, quando o prestador for
empresa.

Como observado no inciso I. incide tributação quando o serviço for prestado


sob a forma de trabalho pessoal.

DO IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS (ITBI)

Fato Gerador do imposto sobre a transmissão de bens imóveis é a transmissão


inter vivos por meio oneroso, conforme consta o artigo 54:

Art. 54 -O Imposto sobre transmissão de bens imóveis “Inter vivos”, tem como fato gerador a
transmissão “Inter vivos” por ato oneroso, de bens imóveis situados no território do Município, e
direitos reais sobre esses imóveis, bem como a cessão de direitos relativos a sua aquisição .

Quanto a hipótese de incidência se dá por meio de compra e venda pura e


condicional, dação em pagamento, arrematação, adjudicação, quando não
decorrente de sucessão hereditária, partilha Inter vivos prevista no Art. 1.776
do Código Civil. Desistência ou renúncia da herança ou legado, com
determinação do beneficiário...

Lembrando que este imposto não incide sobre a transmissão “causa mortis” e
doação, de quaisquer bens ou direitos; a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital; a
transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou
extinção de pessoa jurídica; a transmissão de bens ou direitos quando constar
como adquirente a União, Estados, Municípios e demais pessoas de direito
público Interno, partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, templos de qualquer culto, instituições de
educação e assistência social sem fins lucrativos,

As alíquotas do ITBI da lei 1.028/98 encontra se no artigo 59 que diz que a


transmissão de cessões são subdivididas por intermédio do sistema de
habitação: sendo 0,5% de financiamento e 1% sobre o valor restante e as
demais é sobre o valor de 2%.

A base de cálculo é feita, tendo como referência o valor do bem imóvel no


momento da transmissão ou cessão dos direitos a ele relativo, conforme consta
no artigo 60 desta lei.

Art. 60 –A base de cálculo de Imposto é o valor do bem imóvel, no momento da


transmissão ou cessão dos direitos a ele relativos. Pactuado no negócio
jurídico, ou o valor apurado, pelo Município, através do Cadastro Imobiliário
Fiscal.

Logo, a base de cálculo e efetuada de acordo com o valor venal do bem


imóvel, já cadastrado pelo município.

Com relação aos contribuintes ou sujeitos passivos, encontra se descrito no


artigo 62, que diz:

Contribuinte do Imposto é:

I –O cessionário ou adquirente dos bens ou direitos cedidos ou transmitidos;

II –Na permuta, cada um dos permutantes;

Outro ponto relevante é que este imposto traz é o lançamento que é recolhido
pelo município através de uma guia de recolhimento.

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