Sujo, roupas velhas, aparência ruim e derrotado pela vida que teve sozinho. Com um pedido de desculpa pronto.
O que o pai faz?
O pai restaura o filho miserável. É legal ver a reação do filho diante do pai, pois o filho reconheceu os seus pecados e se arrependeu do que fez. O filho estava ali e só queria ser tratado como um trabalhador, mas o pai nem considerou essa possibilidade. Pois, ainda, tendo feito o que fez, o pai queria o seu filho de volta e não mais um trabalhador. E, assim, o pai restaurou seu filho e festejou, porque não tinha perdido o seu filho para morte. Ex: Pai com um filho viciado.
O que o filho mais velho faz?
Diante de tudo que pai havia feito o pai, o filho mais velho ficou com inveja, quando deveria ter ficado feliz. O filho mais velho, muitas vezes, somos eu e você. Muitas vezes, quando alguém erra e se arrepende, ao invés de ficarmos felizes com o retorno da pessoa nós julgamos e atiramos pedras naquele que já esta machucado com todo o processo que passou.
Porque o filho voltou?
E é por isso que na grande maioria das vezes pensamos somente em nós. O filho voltou porque queria uma vida melhor do que a que ele tinha quando resolveu viver sozinho e da sua maneira. No caso desse filho, ele percebeu que ninguém se importava com ele e nem o tratava com dignidade. E se lembrou de que na casa de seu pai até os trabalhadores eram tratados com dignidade. O ato de o filho voltar mostra que tudo que o filho precisava estava ali junto ao pai. Muitas vezes nos queremos viver da nossa maneira por achar que a vontade do pai é restritiva, que Ele não nos entende, ou que nós sabemos mais do que ele. Então nós resolvermos viver a vida da nossa maneira e nas nossas limitações e egoísmos acabamos quebrando a cara. E vemos que da nossa maneira as coisas desandam. E que a vontade do pai era muito melhor.
A reação do pai ao encontrar o filho?
O pai não perguntou nada, não acusou, não julgou. Ele simplesmente ficou feliz. O amor de Deus não é um amor que julga, que pesa, que obriga. Não é um amor condicionado, é, simplesmente, um amor que não acaba. Gosto das palavras de Philip Yancey, que diz: “Não há nada que possamos fazer para Deus nos amar mais (...) Não há nada que possamos fazer para Deus nos amar menos.” É isso que nós queremos trazer nessa noite. Não há nenhum ato que Deus tenha feito que não fosse por amor a nós. Ele conhece todas as coisas, ele nos ama e ele quer o nosso melhor. Mas o amor que quer o nosso melhor também sofre, tenho certeza que aquele pai sofreu durante todos aqueles anos que seu filho estava longe. Naquela situação e por conhecer seu filho, o pai sabia que o filho não estava nas melhores condições longe de casa. Perdido e morto para o pai. 1 coríntios 13. 4-7: o amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus próprios interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Essa passagem ressume o amor do pai pelo filho pródigo. Muitas vezes nós somos o filho pródigo e muitas vezes nós somos o irmão mais velho. Este que não entende o amor do pai, e que quer o outro pague pelo que fez e não que ele seja perdoado. Essa parábola traz a relação entre Deus e os seres humanos e entre seres humanos e seres humanos. E como o amor funciona em cada uma dessas relações. Para finalizar, eu quero trazer essa passagem de Jesus. João 13.34: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.