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UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 1 A HISTÓRIA E O HISTORIADOR

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A HISTÓRIA
E O HISTORIADOR
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 1 A HISTÓRIA E O HISTORIADOR

Descobrindo a história
Podemos dizer que a história estuda as ações humanas no tempo para entendermos
por que nossa realidade, o mundo em que vivemos, é desta maneira. O historiador trabalha
como um detetive, fazendo perguntas e pesquisando as respostas.

Pergunta sobre o presente Pesquisa sobre o passado Resposta


Por que falamos português O Brasil foi fundado como O português se tornou
no Brasil? uma colônia de Portugal. a língua oficial local.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 1 A HISTÓRIA E O HISTORIADOR

A escrita da história
No século XIX, os historiadores acreditavam que havia uma única verdade sobre o passado,
e que seu trabalho era reproduzi-la em seus textos. Hoje em dia, acredita-se que não existe
apenas um retrato da história, mas diferentes interpretações sobre ela, feitas com base
nos documentos disponíveis para pesquisa.

Interpretação A

História Análise de documentos

Interpretação B
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 1 A HISTÓRIA E O HISTORIADOR

Os tipos de fontes históricas


• Os documentos ou fontes históricas são pistas do que ocorreu no passado.
• Para construir uma narrativa sobre determinado período, é necessário que o pesquisador
analise diferentes fontes e, a partir delas, faça uma interpretação dos fatos históricos.

Materiais: l ivros, cartas, fotografias, pinturas, documentos


oficiais, monumentos, ferramentas etc.
Fontes históricas
(documentos)
Imateriais: m
 úsicas, lendas, danças, crenças, línguas, costumes,
relatos orais (memórias) etc.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 1 A HISTÓRIA E O HISTORIADOR

O trabalho do arqueólogo
• Os vestígios deixados por antigas sociedades
Exemplos de vestígios
compõem sua cultura material. de uma cultura material
• Esses vestígios são encontrados nos chamados • Armas
sítios arqueológicos. • Utensílios domésticos
• Os arqueólogos utilizam diferentes áreas • Moradias
de conhecimento para tentar estabelecer • Sinais de fogueiras
o que esses objetos podem dizer sobre • Cemitérios
o modo de vida de tais grupos humanos. • Esculturas
• Instrumentos
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 2 O TEMPO E A HISTÓRIA

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O TEMPO E A HISTÓRIA
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 2 O TEMPO E A HISTÓRIA

Instrumentos para medir o tempo


• Ao longo da história, o ser humano criou diferentes métodos e instrumentos para registrar
a passagem do tempo: relógios, ampulhetas, calendários, computadores etc.
• Atualmente, os calendários mais utilizados baseiam-se em acontecimentos importantes
de três grandes religiões: cristianismo, islamismo e judaísmo. Em nosso calendário,
as datas são calculadas antes (a.C.) e depois (d.C.) do nascimento de Jesus Cristo.

Marco inicial Ano inicial Data atual


Nascimento de
Calendário cristão 1 2019
Jesus Cristo
Criação do Universo
Calendário judaico 3761 a.C. 5779
por Deus
Migração do profeta
Calendário muçulmano 622 d.C. 1440
Maomé para Medina
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HISTÓRIA TEMA 2 O TEMPO E A HISTÓRIA

Medidas de tempo mais longo


• Medidas de tempo com duração mais longa que o ano, o dia e a hora:

Década Século Milênio


10 anos 100 anos 1.000 anos

• O século é uma medida de tempo muito utilizada pelos historiadores. Considerando o ano
do nascimento de Cristo como o primeiro ano de nosso calendário, dizemos que o século I vai
do ano 1 até o ano 100. A mesma lógica deve ser usada para os demais.

Evento histórico Ano Século


Chegada dos portugueses ao Brasil 1500 XV (de 1401 até 1500)
Independência do Brasil 1822 XIX (de 1801 até 1900)
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 2 O TEMPO E A HISTÓRIA

A divisão do tempo em períodos


• A história humana pode ser dividida em épocas ou períodos, que possuem
características específicas e são separados por eventos históricos de grande importância.
• A divisão mais comum da história foi traçada por historiadores europeus e apresenta
cinco períodos.

Pré-história Idade Antiga Idade Média Idade Moderna Idade


Contemporânea

2,5 milhões Ano 1


476 1453 1789
de anos
4000 a.C. Queda Tomada de Revolução
Aparecimento de Roma Constantinopla Francesa
do gênero Invenção da
escrita pelos turcos
Homo

Os acontecimentos desta linha do tempo não foram representados em escala temporal.


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HISTÓRIA TEMA 2 O TEMPO E A HISTÓRIA

Eventos de curta, média e longa duração


Desde a metade do século XX, historiadores têm levado em consideração a duração
dos eventos históricos como uma forma de classificar e delimitar o tema de sua pesquisa.

Eventos históricos pontuais, de curta duração e com data definida


História do tempo curto
(dia, mês e ano).

Determinado período ou conjuntura histórica, como uma guerra,


História do tempo médio
um governo, uma transformação tecnológica etc.

Realidades que mudam lentamente, como a organização familiar,


História do tempo longo
crenças religiosas, costumes etc.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 3 PATRIMÔNIO E MEMÓRIA

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PATRIMÔNIO E MEMÓRIA
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 3 PATRIMÔNIO E MEMÓRIA

Patrimônio: a identidade de um povo


• O patrimônio cultural é um
legado deixado pelos antepassados Patrimônio cultural
de uma sociedade.
• Para preservar o valor de um
bem para as gerações futuras, Material Imaterial
pede-se que ele seja tombado ou Bens físicos, que podem Práticas culturais de
registrado pelo poder público. ser tocados e observados, uma coletividade, como
e são móveis ou imóveis, celebrações populares,
como sítios arqueológicos, saberes tradicionais,
cidades históricas, ofícios, lugares e formas
fotografias, acervos de de expressão artísticas
museus, vídeos etc. ou religiosas.
UNIDADE 1 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE HISTÓRIA

HISTÓRIA TEMA 3 PATRIMÔNIO E MEMÓRIA

Patrimônios culturais brasileiros


• O Brasil possui catorze patrimônios culturais que foram declarados também Patrimônio
Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
• A instituição responsável pela preservação e registro desses patrimônios no Brasil

SERGIO PEDREIRA/
PULSAR IMAGENS
é o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O Samba de Roda
do Recôncavo Baiano é
uma expressão cultural
brasileira reconhecida
como Patrimônio Cultural
Imaterial da Humanidade
pela Unesco.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 1 A ORIGEM DA VIDA E DO SER HUMANO

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A ORIGEM DA VIDA
E DO SER HUMANO
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 1 A ORIGEM DA VIDA E DO SER HUMANO

Teorias sobre a origem do ser humano


Criacionismo Evolucionismo

• Baseia-se no Livro do Gênesis, • Parte da análise científica de evidências


da Bíblia. materiais, como fósseis de plantas
• Aceita por judeus, cristãos e muçulmanos. e de animais.
• Segundo ela, há um único Deus que criou • Proposta por Charles Darwin no século
tudo que existe no mundo: o céu, a terra, XIX é, ainda hoje, a teoria mais aceita
a luz, as plantas, os animais, os seres pela comunidade científica.
humanos etc. • Os cientistas evolucionistas defendem
• Os criacionistas defensores do Design que os seres vivos evoluem e passam
Inteligente aceitam a teoria da evolução por transformações ao longo do tempo,
das espécies, mas afirmam que Deus é dando origem a novas espécies.
quem seria o responsável por ordenar o • Os seres vivos mais bem adaptados
processo evolutivo. ao meio ambiente conseguem sobreviver,
enquanto os menos adaptados tendem
a desaparecer.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 1 A ORIGEM DA VIDA E DO SER HUMANO

O processo de seleção natural


Imagine um paciente que apresenta pneumonia, transmitida por bactérias. Ele toma seu
medicamento por menos tempo que o recomendado pelo médico.

Possuem resistência baixa Desaparecem do organismo,


Bactérias comuns
e são eliminadas pelo remédio. e acaba a infecção.

Possuem resistência alta Permanecem no organismo


Bactérias resistentes
e sobrevivem ao remédio. e se reproduzem.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 1 A ORIGEM DA VIDA E DO SER HUMANO

Os hominídeos
Grupo de mamíferos que vivia
Primatas
na África há 70 milhões de anos.

Primeiros seres semelhantes


Hominídeos
ao homem moderno.

Australopithecus Homo

Gênero dos mais antigos hominídeos, O gênero Homo surgiu há cerca de 2,5 milhões
de cerca de 3 milhões de anos atrás; de anos e incluiu diferentes espécies: Homo
andavam eretos sobre os dois pés habilis, Homo erectus, Homo neanderthalensis
e conseguiam manusear instrumentos. e Homo sapiens (ser humano moderno).
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 1 A ORIGEM DA VIDA E DO SER HUMANO

O surgimento das espécies do gênero Homo

2,5 milhões 1,5 milhão 250 mil 200 mil


de anos atrás de anos atrás anos atrás anos atrás

Homo habilis Homo erectus Homo Homo sapiens


Primeira espécie Primeira espécie neanderthalensis (ser humano moderno)
capaz de fabricar do gênero Homo a Mais semelhante Espalhou-se por todos
artefatos simples sair da África, fazia ao homem os continentes. Fazia
de pedra. Surgiu no utensílios de pedra moderno, era instrumentos sofisticados
leste da África. lascada e caçava. caçador e e desenvolveu a
fazia rituais de linguagem.
sepultamento.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 2 A VIDA HUMANA NO PALEOLÍTICO

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A VIDA HUMANA
NO PALEOLÍTICO
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 2 A VIDA HUMANA NO PALEOLÍTICO

A expansão geográfica do ser humano


• Da África para o resto do mundo:

A EXPANSÃO DO GÊNERO HOMO

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


MERIDIANO DE GREENWICH

Rota de expansão
do Homo nean-
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
derthalensis (200
mil a 30 mil
anos atrás) CÍRCULO POLAR ÁRTICO

EUROPA
ÁSIA OCEANO
AMÉRICA ATLÂNTICO
TRÓPICO DE CÂNCER

ÁFRICA
OCEANO EQUADOR

OCEANO PACÍFICO
ÍNDICO OCEANIA TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
N
NO NE
Rota de expansão Rota de expansão O L
do Homo sapiens do Homo erectus SO SE
(190 mil a 10 mil (1,8 milhão a S Fonte: SANTOS, Fabrício R.
anos atrás) 200 mil anos atrás) 2.100 km
A grande árvore genealógica
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO humana. Revista da Universidade
Rota de expansão do Homo erectus Federal de Minas Gerais (UFMG), v. 21,
ANTÁRTIDA Rota de expansão do Homo neanderthalensis n. 1 e 2, jan./dez. 2014. Disponível
Rota de expansão do Homo sapiens em <http://mod.lk/ad7ql>.
0° Acesso em 13 jun. 2017.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 2 A VIDA HUMANA NO PALEOLÍTICO

A vida humana no período Paleolítico

Produziram e aperfeiçoaram utensílios de pedra Eram nômades, ou seja, deslocavam-se entre


e artefatos como facas, machados e lanças, regiões em busca de alimentos como frutos
passando a caçar de pequenos animais a grandes para coleta e de presas para a caça. Ainda
mamíferos, como rinocerontes e elefantes. não domesticavam animais nem praticavam a
agricultura, mas já sabiam utilizar o fogo para viver.

Seres humanos da
Idade da Pedra

Viviam nas savanas africanas, Produziram as primeiras manifestações


em acampamentos ou no interior de cavernas. artísticas, como esculturas e registros gráficos
Passaram a construir moradias simples de cenas de seu cotidiano feitos nas rochas
de madeira e ossos, cobertas por peles. e cavernas, chamados de figuras rupestres.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 3 O INÍCIO DA AGRICULTURA

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O INÍCIO DA AGRICULTURA
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 3 O INÍCIO DA AGRICULTURA

A inauguração do período Neolítico


Fim da era glacial

Aumento da temperatura global


proporcionou a formação de savanas
com vegetais e animais selvagens.

Maior obtenção de Modo de vida


alimentos sedentário

Produção de
ferramentas
sofisticadas Fim da necessidade
de migrar
constantemente para
Fabricação de arpões, lanças, se alimentar.
pontas, garfos e agulhas permitiu
que se desenvolvessem a pesca
e a caça de grandes manadas.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 3 O INÍCIO DA AGRICULTURA

A sedentarização dos seres humanos


• À medida que os grupos humanos se fixaram em um mesmo local, passaram a construir
moradias feitas com barro, madeira e pedra. Separadas umas das outras, elas formavam
pequenos vilarejos.

JONATAN SARMENTO
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 3 O INÍCIO DA AGRICULTURA

A domesticação de plantas e animais


• No Oriente Próximo, há cerca CRESCENTE FÉRTIL
de 10 mil anos os seres humanos

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


MAR NEGRO
passaram a cultivar vegetais para MAR
CÁSPIO
a subsistência, como trigo, cevada,
lentilha e ervilha.
ÁSIA MENOR ME IRÃ
SO
• Por volta de 9 mil anos atrás, 1
PO

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Ti
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Rio EuM
fraIA
a criação de cabras, porcos e

e
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ovelhas também permitiu que essas 3 IA



C
MAR FE NA Golfo
5
comunidades obtivessem carne, MEDITERRÂNEO
S TI ARÁBIA Pérsico
LE

Rio Jordão
Oriente Próximo
leite, couro, lã e outros produtos. PA 4
6
Crescente Fértil

Rio Nilo
N Fronteiras políticas atuais
NO NE
O L EGITO 1 Turquia 5 Territórios
2 Síria Palestinos

VE
SO SE

M ELH
3 Líbano 6 Jordânia

RM
S

AR O
220 km 4 Israel 7 Iraque

Fonte: VIDAL-NAQUET, Pierre; BERTIN, Jacques.


Atlas histórico: da Pré-história aos nossos dias.
Lisboa: Círculo de Leitores, 1990. p. 39.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 4
A EXPANSÃO DA AGRICULTURA,
AS CHEFIAS SOCIAIS E AS PRIMEIRAS CIDADES

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A EXPANSÃO
DA AGRICULTURA,
AS CHEFIAS SOCIAIS
E AS PRIMEIRAS CIDADES
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 4
A EXPANSÃO DA AGRICULTURA,
AS CHEFIAS SOCIAIS E AS PRIMEIRAS CIDADES

A expansão da agricultura pelo mundo


• Os principais polos agrícolas do Neolítico e seus produtos:

Oriente Próximo ORIGEM E EXPANSÃO DA AGRICULTURA NEOLÍTICA


• Trigo OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Vale do Rio Danúbio China
Vale do Rio Indo
• Cevada CÍRCULO POLAR ÁRTICO
(Europa Central) (vale do Rio Huang-Ho)
8.500 anos atrás
7.000 anos atrás EUROPA
• Lentilha Rio Danú
b io
ÁSIA
AMÉRICA ng-Ho
• Ervilha

ua
Ri
R io
OCEANO Rio H

I ndo
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China

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ATLÂNTICO te Ri o Y

e
s

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


Rio
TRÓPICO DE CÂNCER (vale do Rio Yang-Tsé)

China OCEANO

Rio N ilo
OCEANO
PACÍFICO ÁFRICA PACÍFICO
• Milhete EQUADOR
Sul do México
Oriente Próximo
10.000 a 9.000 anos atrás

(Mesoamérica)
• Hortaliças AMÉRICA
9.000 a 4.000 anos atrás OCEANO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO ÍNDICO
• Amoreira

MERIDIANO DE GREENWICH
OCEANIA
• Arroz
N

México O
NO NE
L
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO Centros de origem da agricultura
Movimento de expansão da agricultura
• Pimenta SO
S
SE

2.010 km
• Abacate
• Milho Fonte: MAZOYER, Marcel; ROUDART, Laurence. História das agriculturas no mundo: do Neolítico
à crise contemporânea. São Paulo: Editora Unesp; Brasília: Nead, 2010. p. 98-99.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 4
A EXPANSÃO DA AGRICULTURA,
AS CHEFIAS SOCIAIS E AS PRIMEIRAS CIDADES

Consequências da expansão da agricultura

Novas Migração Aumento da


Impacto na Novas
práticas para margens produção de
natureza tecnologias
agrícolas de rios alimentos

Agricultores Erosão e Há 6 mil anos, Invenções Produção de


utilizaram infertilidade agricultores como o arado, excedente
ferramentas do solo, e criadores veículos de de alimentos,
de pedra além da de regiões roda com ou seja, mais
polida para contribuição desertificadas tração animal do que
derrubar para a aridez migraram para e sistemas o necessário
áreas de do clima e a os vales baixos de irrigação para a
floresta e desertificação e margens dos rios população
queimadas do Saara, da dos rios Indo, aperfeiçoaram local
para abrir o Arábia e do Tigre, Eufrates os cultivos. sobreviver.
terreno para a Irã, entre 7 e Nilo.
plantação. mil e 5 mil
anos atrás.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 4
A EXPANSÃO DA AGRICULTURA,
AS CHEFIAS SOCIAIS E AS PRIMEIRAS CIDADES

O surgimento do Estado

Aumento da produção Criação do Estado Desigualdades sociais

A maior capacidade Grupo dirigente Diferença de


produtiva e quantidade coordenava a construção autoridade, poder
de pessoas geraram a de obras hidráulicas e político e posse de
necessidade de planejar propunha soluções para excedente entre os
o cultivo, coordenar a a melhoria do cultivo. indivíduos de
colheita e administrar o Com isso, surgiram um mesmo grupo.
excedente da produção. chefes políticos com
autoridade sobre o
processo produtivo e
para apoderar-se do
excedente agrícola.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 4
A EXPANSÃO DA AGRICULTURA,
AS CHEFIAS SOCIAIS E AS PRIMEIRAS CIDADES

O surgimento das cidades


Produção de
excedente

Pessoas passaram a
Comunidades
exercer profissões fora
Divisão do Origem do trocavam o excedente
do campo, como a de
trabalho comércio de alimentos,
artesão, padeiro, soldado
diversificando-os.
ou sacerdote.
Formação das
cidades

Aldeias cresceram e
se tornaram a sede
do poder político.
Os moradores tinham
ofícios diversos e
eram mantidos com os
excedentes agrícolas.
UNIDADE 2 AS ORIGENS DO SER HUMANO

HISTÓRIA TEMA 4
A EXPANSÃO DA AGRICULTURA,
AS CHEFIAS SOCIAIS E AS PRIMEIRAS CIDADES

As primeiras cidades do mundo

AS PRIMEIRAS CIDADES

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


M AR C Á
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ÁSIA

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Eufr Cheng-ziyai
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Anyang
ITER PALESTINA Mari es
MESOPOTÂMIA Harapa O L Erlitou
RÂNEO Jericó Mehrgarh Tseng-tsou
Kish Uruk Susa
Rio Jordão

SO SE
IRÃ OCEANO
Gizé Mênfis
S
Nipur Ur
Mohenjo-Daro 360 km CHINA PACÍFICO
Sacara Eridu
l) Pan-lou-cheng
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Rio
Assuã ARÁBIA
RV

Lothal
EGITO Egípcios
ER

ÍNDIA Golfo
M

Mesopotâmicos
Rio N

de
EL

OCEANO Indianos
HO

Bengala
il o

ÍNDICO Chineses
Cidades

Fonte: BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. São Paulo:


Perspectiva, 2007. p. 24-25.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 A CHEGADA DO HOMEM À AMÉRICA

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A CHEGADA DO
HOMEM À AMÉRICA
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 A CHEGADA DO HOMEM À AMÉRICA

Teorias de povoamento da América


• Até os anos 1980, defendia-se que grupos humanos asiáticos, em uma única onda
migratória, teriam entrado na América por volta de 11.500 anos atrás. ¨ Evidências:
artefatos de pedra e ossos do sítio de Clóvis, nos Estados Unidos.
• Teoria do Estreito de Bering: deslocamentos humanos teriam ocorrido durante a última
glaciação, quando se formou uma ponte natural de terra entre a Ásia e a América, que
permitiu que grupos humanos cruzassem o litoral de Bering e chegassem à costa do Alasca.
• Novas teorias: defendem que ocorreram diversos movimentos migratórios para a América,
a pé e via navegação. ¨ Evidências: vestígios dos sítios de Piedra Museo e Los Toldos, na
Argentina, e de Debra L. Friedkin, nos Estados Unidos (15 mil anos); de Monte Verde, no
Chile (18.500 anos), e de Lagoa Santa, em Minas Gerais (11.500 anos).

Evidências de
migração de povos
africanos e aborígenes.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 1 A CHEGADA DO HOMEM À AMÉRICA

OS CAMINHOS DO SER HUMANO PARA A AMÉRICA

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


OCEANO GLACIAL ÁRTICO


MERIDIANO DE GREENWICH

g
in
er
SIBÉRIA

B
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
ALASCA

e
Estreito d
ÁSIA

EUROPA AMÉRICA OCEANO


DO
NORTE ATLÂNTICO

DESERTO
TRÓPICO DE CÂNCER
DO SAARA
FILIPINAS OCEANO
ÁFRICA
PACÍFICO
EQUADOR TERRA DE SUNDA

OCEANO NOVA GUINÉ
OCEANO
ATLÂNTICO ÍNDICO AMÉRICA
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO OCEANIA DO
SUL
N
Prováveis rotas do ser humano para a América NO NE
O L
Terrestre
SO SE
Navegação de cabotagem (Pacífico) S
1.610 km
Navegação direta (Atlântico)

Fonte: DUBY, Georges. Atlas histórico mundial. Barcelona:


Larousse, 2010. p. 14-15.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 2 OS MODOS DE VIDA DOS ANTIGOS AMERÍNDIOS

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OS MODOS DE VIDA DOS


ANTIGOS AMERÍNDIOS
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 2 OS MODOS DE VIDA DOS ANTIGOS AMERÍNDIOS

Modos de vida dos antigos ameríndios


• Como viviam os primeiros habitantes da América:

Primeiros
americanos

Nômades Sedentários

Caçadores-coletores Agricultores
• Organizavam-se em pequenos grupos. • Iniciaram o cultivo da terra há cerca
• Moviam-se com frequência entre regiões de 7 mil anos.
para caçar, pescar e coletar frutos, • Plantavam feijão, tomate, abóbora, batata,
raízes e vegetais. milho e mandioca, além do algodão.
• Faziam abrigos, roupas e ferramentas com • Viviam em grandes grupos populacionais,
materiais como pedras, ossos, madeiras, possibilitando a formação de hierarquias
fibras vegetais e peles. sociais e de centros urbanos.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 2 OS MODOS DE VIDA DOS ANTIGOS AMERÍNDIOS

Transformações do ambiente na América


Há cerca de 10 mil anos, o planeta passou por uma importante transformação ambiental,
o fim da Era Glacial. Na América, esse processo teve consequências sobre a fauna e a flora
e também impactou o modo de vida dos antigos grupos humanos, que tiveram que se adaptar
para sobreviver.

Aumento da Maior volume Ampliação das Disputa por


temperatura de chuvas e florestas e redução alimentos e extinção
global umidade das pastagens de grandes animais
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 3 OS MAIS ANTIGOS HABITANTES DO BRASIL

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OS MAIS ANTIGOS
HABITANTES DO BRASIL
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 3 OS MAIS ANTIGOS HABITANTES DO BRASIL

Antigos habitantes do Brasil

Viviam em pequenos grupos de caçadores


Acredita-se que grupos ocupavam o atual
e coletores. Confeccionavam artefatos de pedra
território brasileiro há pelo menos 12 mil anos;
e anzóis de ossos para essas atividades e para
eram descendentes de povos que chegaram pelo
a pesca. Iniciaram a agricultura por volta de
noroeste do continente.
7 mil anos atrás.

Primeiros
“brasileiros”

Moravam a céu aberto ou em abrigos de rocha Viviam em um ambiente muito diferente do


e em cavernas, onde deixavam pinturas atual, com vegetação rasteira, clima mais frio
retratando seu cotidiano, com pessoas e animais. e animais da megafauna, hoje extintos.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 3 OS MAIS ANTIGOS HABITANTES DO BRASIL

Descobertas arqueológicas brasileiras


• Vestígios da presença de povos antigos:
Crânio de Luzia
• Descoberto em Lagoa Santa,
em Minas Gerais, e datado em
cerca de 11.500 anos.

AYRTON VIGNOLA/
FOLHAPRESS
A reconstituição científica
do rosto de Luzia (ao lado)
apresenta traços físicos
similares aos de africanos
e aborígenes.
• Indica que pode ter havido
uma onda migratória anterior
à dos povos mongoloides, que
deram origem aos indígenas
americanos.

O pesquisador Walter Neves


examina o crânio de Luzia e a
reconstituição de seu rosto, 2015.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 3 OS MAIS ANTIGOS HABITANTES DO BRASIL


FABIO COLOMBINI

Boqueirão da Pedra Furada


• Sítio arqueológico em São
Raimundo Nonato, no Piauí.
Nele há paredes rochosas
cobertas por mais de mil
pinturas e grafismos rupestres,
além de centenas de artefatos
de pedra lascada e pedaços de
carvão vegetal.
• Esses artefatos podem indicar
presença humana de 50 mil
anos, ou ser apenas resultado
do esfacelamento de rochas e
de incêndios florestais.
Pintura rupestre localizada no sítio arqueológico Boqueirão da Pedra
Furada, no Parque Nacional Serra da Capivara (PI), 2000.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 3 OS MAIS ANTIGOS HABITANTES DO BRASIL

Os povos dos sambaquis

• Assentaram-se nas proximidades de rios, lagos e mares e viviam dos recursos aquáticos.
Para pescar, faziam barcos, flechas e anzóis.
• Formavam os sambaquis, grandes montes formados do acúmulo de restos orgânicos
e de conchas, onde foram encontrados artefatos, restos de fogueira, adornos e ossos
humanos e de animais.
• A presença de esqueletos humanos em apenas alguns dos sambaquis indica que podem
ter sido usados como sepulturas, para demarcar território ou como plataforma para as
moradias daquela população.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 3 OS MAIS ANTIGOS HABITANTES DO BRASIL

A construção de um sambaqui podia ter finalidade funerária e ritual Os grupos mais populosos e
ou também servir para demarcar o território. É possível também que com maior prestígio geralmente
os sambaquis fossem uma plataforma sobre a qual aqueles povos construíam sambaquis mais
construíam suas moradias. elevados, que podiam atingir
30 metros de altura.
LEANDRO OLIVEIRA

Os mortos eram
enterrados com alguns
objetos pessoais em covas
demarcadas por estacas de madeira. As técnicas de construção
de barcos e de confecção de
flechas e anzóis possibilitaram
Fontes: O Brasil antes do Brasil. Revista
Nova Escola, n. 212. São Paulo: Abril, maio a pesca em rios e mares, onde
2008. p. 47; PROUS, André. Arqueologia os sambaquieiros obtinham
brasileira. Brasília: Editora UnB, 1992. p. 208. recursos para sua sobrevivência.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4 TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM AMAZÔNICA

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TRANSFORMAÇÕES NA
PAISAGEM AMAZÔNICA
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4 TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM AMAZÔNICA

A chegada dos humanos à Amazônia


• Estima-se que os primeiros habitantes tenham chegado à Amazônia há 11.200 anos,
segundo registros achados na Caverna da Pedra Pintada, em Monte Alegre, no Pará.
• Preservar a Amazônia Legal, a porção do bioma situada no Brasil, é uma questão ambiental e
sociocultural, pois mais da metade dos indígenas do país vive nela atualmente.

RENATO SOARES/PULSAR IMAGENS


Crianças Kayapó da aldeia Moikarako brincam
em rio em São Felix do Xingu (PA), 2016.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4 TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM AMAZÔNICA

Como viviam os primeiros habitantes amazônicos

Eram nômades e abrigavam-se no interior de cavernas ou em abrigos


provisórios feitos de madeira e palha. Muitos grupos se estabeleceram às
Moradia margens do Rio Amazonas e de seus afluentes devido à grande oferta de
peixes e moluscos e à facilidade em se locomover. Sambaquis da região
contêm vestígios de sua presença.
Viviam da pesca, da coleta de frutos e raízes e da caça de pequenos animais.
Alimentação Para isso, fabricavam instrumentos como facas e lanças de cristal de quartzo
e sílex, lascados ou polidos.
Registravam nas paredes de cavernas cenas cotidianas de animais, pessoas
e astros, além de desenhos geométricos abstratos, e nelas praticavam seus
Arte
rituais religiosos. Os registros mais antigos datam de 11 mil anos e ficam na
Caverna da Pedra Pintada, no Pará.
Viviam em grupos espalhados em diferentes partes da Amazônia, que
Interação migravam entre regiões, realizavam a troca de produtos e praticavam guerras
entre si.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4 TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM AMAZÔNICA

Formação de grandes sociedades amazônicas


• Vestígios da presença de sociedades complexas:

Passaram a morar em grandes aglomerados, com


complexas formas de produção e comercialização
de alimentos.

Foram grandes construtores e fizeram estradas,


represas e pontes. Deixaram desenhos formados
Adoção do Formação de grandes
por valas no solo, chamados geoglifos, que
sedentarismo sociedades
provavelmente tinham função ritual. Hoje vários
deles podem ser vistos no estado do Acre.

Produziam urnas funerárias, bacias, pratos,


tigelas e outras vasilhas de cerâmica refinada
para fins rituais e comerciais. As cerâmicas mais
antigas datam de 6 mil anos e foram descobertas
entre Santarém e a Ilha de Marajó, no Pará.
UNIDADE 3 O POVOAMENTO DA AMÉRICA

HISTÓRIA TEMA 4 TRANSFORMAÇÕES NA PAISAGEM AMAZÔNICA

A Amazônia transformada
• Entre a preservação e a destruição da floresta:

Modo de vida Atividades


indígena econômicas atuais

• As atividades econômicas praticadas na Amazônia


• Hoje em dia, o modo como as populações caboclas
atualmente põem em risco o meio ambiente e o
e ribeirinhas usam a floresta é bastante parecido
modo de vida das populações indígenas que vivem
com a tradição dos seus antepassados indígenas.
na região.
Muitas das frutas que consomem são as mesmas
de 11 mil anos atrás. • O agronegócio, ao abrir espaço para a agricultura
e a pecuária em meio à floresta, destrói grandes
• Os antigos indígenas amazônicos transformaram
áreas da mata, prejudicando sua biodiversidade e
e enriqueceram a floresta ao longo de milhares de
aumentando o calor e os riscos de incêndio.
anos, ao plantar árvores, disseminar e domesticar
espécies como cacau, castanha-do-pará, mandioca, • A exploração ilegal de madeira e os assentamentos
pupunha e açaí. da reforma agrária também são responsáveis pelo
desmatamento da Amazônia, ainda que não se
• Esses grupos desmatavam pouco e não levaram
comparem à destruição em larga escala provocada
nenhuma planta à extinção.
pelo agronegócio.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 1 MESOPOTÂMIA: TERRA ENTRE RIOS

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MESOPOTÂMIA:
TERRA ENTRE RIOS
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 1 MESOPOTÂMIA: TERRA ENTRE RIOS

Mesopotâmia: terra entre rios


• Os sumérios desenvolveram a primeira civilização de que se tem notícia.

Desenvolvimento Surgimento das Fundação das


da agricultura aldeias e cidades cidades-Estado sumérias

Os sumérios O desenvolvimento Os sumérios fundaram Invenção da escrita


foram os primeiros da agricultura as mais antigas cidades- Os registros escritos mais
a construir e da criação de -Estado, como Ur, Lagash antigos são da cidade
barragens e canais animais propiciou e Uruk. Cada uma delas de Uruk, de 4000 a.C.
para distribuir o crescimento da tinha suas leis, seu A escrita cuneiforme
as águas dos rios população perto palácio e seu rei, que era usada para registrar
Tigre e Eufrates, dos rios, surgindo cuidava do comércio, pagamentos de impostos,
desenvolvendo assim as primeiras comandava o exército e controlar os estoques
a agricultura e a aldeias cidades. coordenava a construção de produtos e escrever
criação de animais. de obras públicas. contratos, cartas e poemas.
Também criaram o
arado e a roda.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 1 MESOPOTÂMIA: TERRA ENTRE RIOS

Impérios mesopotâmicos
• Diferentes povos conquistam a Mesopotâmia:

Primeiro Segundo
Império Acádio Império Assírio
Império Babilônico Império Babilônico
(babilônios) (caldeus)

Desenvolvimento Criação do Código de Hamurábi


da cultura (século XVIII a.C.)
sumério-acadiana Conjunto de leis regidas pelo princípio de
Adoção da escrita proporcionalidade entre um crime cometido e sua
cuneiforme e punição, conhecido pela expressão “olho por olho,
incorporação de dente por dente” (lei de talião).
práticas sumerianas.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 1 MESOPOTÂMIA: TERRA ENTRE RIOS

Territórios dos povos mesopotâmicos


POVOS DA MESOPOTÂMIA
FERNANDO JOSÉ FERREIRA

ÁSIA MENOR NO
N
NE
O L
SO
S
SE MAR
120 km
CÁSPIO

Alepo Nínive
Rio Eu
f ASSÍRIA
CHIPRE ra Assur
te
34° N
s
ÍCIA

Ri o
Mari

Tigr
FEN

MAR

e
MEDITERRÂNEO PLANALTO
Damasco ACAD
A

DO IRÃ
TIN

Tiro
S
LE

Babilônia Kish Susa


PA

Jerusalém Nipur SUMÉRIA


EGITO MAR MORTO Lagash Fontes: VIDAL-NAQUET,
Uruk Larsa
Ur PÉRSIA Pierre; BERTIN, Jacques.
Mênfis DESERTO Eridu
Monte DA Atlas histórico: da
Sinai ARÁBIA Pré-história aos nossos
dias. Lisboa: Círculo
40° L
CALDEIA
Golfo de Leitores, 1990. p. 9;
Civilização suméria Extensão máxima do Império Pérsico VICENTINO, Cláudio.
Extensão máxima do Império Assírio (século IX a.C.)
Atlas histórico: geral
Acádio Extensão máxima do Segundo e Brasil. São Paulo:
Extensão máxima do Primeiro Scipione, 2011. p. 34.
Império Babilônico
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 1 MESOPOTÂMIA: TERRA ENTRE RIOS

A vida dos povos mesopotâmicos

A maioria das pessoas era livre, mas havia grandes Os mesopotâmicos eram politeístas. Seus deuses
distinções sociais, baseadas na origem familiar, na eram cultuados em templos chamados zigurates,
profissão exercida e no local onde viviam. Famílias onde um grão-sacerdote conduzia as cerimônias
podiam concentrar terras e formar grandes religiosas, como o sacrifício de animais, práticas
propriedades, adquirindo destaque social. mágicas e oferendas aos deuses.

A vida na
Mesopotâmia

No campo, praticava-se a agricultura, a criação Os rios serviam de vias para a circulação de


de gado e o pequeno artesanato. Nas cidades, pessoas e de mercadorias. Os mesopotâmicos
havia uma variedade de profissionais para trocavam sua produção por produtos como
controlar a arrecadação de impostos, coordenar madeira, metais e pedras preciosas. Com o
a construção de obras de irrigação, organizar aumento do comércio, os mercadores utilizaram
exércitos e abastecer os templos e palácios. peças de metal como pagamento.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 2 EGITO: TERRA DOS FARAÓS

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EGITO:
TERRA DOS FARAÓS
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 2 EGITO: TERRA DOS FARAÓS

A agricultura no vale do Rio Nilo


A civilização egípcia se adaptou aos ciclos do Rio Nilo para planejar suas atividades e assim
aproveitar melhor os benefícios de suas águas.

Camponeses, a maioria da população, eram


Período de convocados para trabalhar na construção de
enchente templos, pirâmides, canais de irrigação, represas
e fortalezas.

Rio Nilo

Os camponeses semeavam as terras fertilizadas


pelos húmus. Nas propriedades das elites, os
Período de camponeses cultivavam trigo, cevada, ervilha,
vazante lentilha, verduras, frutas e linho, e tinham de
proteger a lavoura de ladrões e pragas. Também
criavam porcos, carneiros, bois, gansos e patos.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 2 EGITO: TERRA DOS FARAÓS

Nascimento do O EGITO ANTIGO

Egito faraônico

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


MAR MEDITERRÂNEO

DELTA Tânis
DO NILO
Heliópolis
Gizé
• Os primeiros povos a viver no vale do rio Nilo Mênfis Península
30º N

do Sinai
se instalaram na região por volta de 6000 a.C. Hermópolis
BAIXO EGITO

Lá, organizaram-se em comunidades Deserto Akhetaton


do Saara
chamadas nomos.

Rio

MA
Ni
lo

R V
• Por volta de 3300 a.C., os nomos se uniram Vale dos Reis Tebas

ERM
Karnak
e deram origem a dois reinos: o Alto Egito, ALTO EGITO

ELH
no sul, e o Baixo Egito, no norte. Siena (Assuã)

O
1ª catarata
TRÓPICO DE CÂNCER

• Duzentos anos mais tarde, os reinos foram unificados Assuã


(Abu Simbel)
sob o rei Menés, que se tornou o primeiro faraó do lo 2ª catarata NO
N
NE
Ni
Egito antigo. Soleb
Rio NÚBIA O
SO
L
SE
S
Tombos 120 km
3ª catarata
Kerma
4ª catarata
CUXE
5ª catarata

Zona fértil
Fonte: DUBY, Georges. e cultivável
Atlas historique mondial. Pirâmides de Gizé
Paris: Larousse, 2003. p. 7. 30º L
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 2 EGITO: TERRA DOS FARAÓS

A burocracia do Egito antigo


• O faraó e seus altos funcionários:

Era o rei e o sumo sacerdote, considerado um


deus encarnado. Com sua autoridade divina,
Faraó
definia os objetivos do governo, comandava o
exército e administrava todo o Egito.

Sacerdotes Vizir Escribas

Administravam os templos O mais importante Redatores oficiais por


e todos os rituais religiosos. funcionário, presidia o saber ler e escrever,
Possuíam muitas terras, tribunal de justiça, chefiava registravam os impostos
e milhares de pessoas a polícia e os assuntos arrecadados e faziam o
trabalhavam para eles. externos e controlava a censo da população, dos
arrecadação de impostos. animais e das colheitas.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 2 EGITO: TERRA DOS FARAÓS

A expansão dos domínios egípcios


Eram recrutados entre os prisioneiros de
Obtenção de guerra ou como forma de tributo cobrado
escravos das regiões conquistadas. No entanto, foram
minoria na sociedade egípcia.

Campanhas
militares

Expansão As cidades se desenvolveram, e se


Camponeses tinham que territorial e diferenciaram segundo suas funções:
servir o exército, junto a crescimento • Cidades de pirâmides: abrigavam
soldados estrangeiros. econômico sacerdotes e operários que construíam as
Os oficiais vinham tumbas reais.
das camadas sociais • Cidades de residência real: abrigavam
mais abastadas. uma série de profissionais, além dos
escribas e sacerdotes.
• Cidades-porto: funcionavam como centros
de comércio ou bases navais.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 3 A VIDA E A MORTE NO EGITO ANTIGO

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A VIDA E A MORTE
NO EGITO ANTIGO
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 3 A VIDA E A MORTE NO EGITO ANTIGO

A religião do Egito antigo Detalhe de página do Livro


dos mortos de Hunefer,
c. 1307-1306 a.C.
No Egito antigo, a religião estava

MUSEU BRITÂNICO, LONDRES


presente em todos os momentos
da vida. Os egípcios atribuíam
fenômenos naturais como a chuva, a
cheia dos rios e a fertilidade do solo
a diferentes deuses.

Na imagem, são retratados:


• Hórus: deus que representa o dia.
• Osíris: rei do mundo dos mortos.
• Ísis: deusa da maternidade.
• Néftis: deusa da morte.

Ísis e Néftis
Hórus
Osíris
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 3 A VIDA E A MORTE NO EGITO ANTIGO

Crença na vida após a morte


Os antigos egípcios acreditavam O PROCESSO DE MUMIFICAÇÃO
na continuidade entre a vida

ROKO
1 2

terrena e a vida após a morte.

ROKO
Por isso, preparavam os corpos
dos mortos para seguir caminho
rumo ao mundo inferior através
do ritual da mumificação. Nele, o Primeiro, os órgãos internos Em seguida, o corpo era
do corpo eram removidos coberto com bicarbonato
corpo do morto era limpo, seco e para serem guardados em de sódio para secar e
uma vasilha. preservar o cadáver.
perfumado, depois enfaixado para
ser conservado. 3 4

Passados sessenta dias, Por fim, o corpo era


Fonte: HERÓDOTO. História [II, 86]. o corpo era preenchido envolvido em faixas de
Rio de Janeiro: com óleos e resinas para linho, colocado no sarcófago
Ediouro, s.d. p. 111. perfumá-lo e conservá-lo. e enterrado.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 3 A VIDA E A MORTE NO EGITO ANTIGO

Hieróglifos: a escrita egípcia


• Do surgimento à decifração dos hieróglifos

Surgimento dos Descoberta da


Uso pelo
hieróglifos Pedra de Roseta
Estado egípcio
(c. 3300 a.C.) (1799)

• Escrita pictográfica: Funcionários do Em 1799, soldados


representava objetos por faraó tinham que franceses descobriram na
meio de desenhos. conhecer a escrita para cidade de Roseta, no Egito,
• Escrita ideográfica: desempenhar suas funções, uma pedra com inscrições
continha sinais que especialmente os escribas. em hieróglifo, demótico e
representavam ideias. Com o fim da realeza grego. A partir dela, após
• Escrita fonética: possuía faraônica, a escrita em mais de vinte anos de
sinais que representavam hieróglifos, restrita à elite, estudo, o linguista Jean-
sons da fala. caiu em desuso. -François Champollion pôde
decifrar a escrita egípcia.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 4 PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES AMERICANAS

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PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES
AMERICANAS
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 4 PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES AMERICANAS

Primeiras civilizações americanas


• As primeiras civilizações andinas:

Caral Chavín

• Surgiu por volta do ano


• A cidade mais antiga na América, 1000 a.C.
de 3000 a.C. • Foram centros
• Cerâmicas: evidência de sua
político-cerimoniais
• Centro de uma civilização influência cultural sobre os
com grandes pirâmides,
tão antiga quanto as do Andes Centrais.
praças e pátios.
Crescente Fértil. • Construções monumentais:
• Localizadas no
• Localizada no centro e norte da relevância política regional.
atual Peru.
costa desértica do Peru. • Localizada nas terras altas da
Cordilheira dos Andes.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 4 PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES AMERICANAS

• As primeiras civilizações mesoamericanas:

Olmecas Zapotecas

• Monte Albán: primeira cidade


• Construíram os primeiros centros • Prática da agricultura. mesoamericana, chegou a ter
cerimoniais da Mesoamérica, • Construção de centros 17 mil habitantes.
entre 1400 a.C. e 1200 a.C. cerimoniais e grandes • Construíram os primeiros
• Viviam próximo ao Golfo do pirâmides. centros cerimoniais por volta
México. • Uso de calendários. de 400 a.C., período do
• Escritas pictoglíficas. colapso olmeca.
• Produção de artesanato e
cerâmica cerimoniais copiada em • Esculturas e desenhos • Viviam na região de Oaxaca,
outras regiões. de pedra. no sul do México.
• Domínio sobre outras regiões.
UNIDADE 4 MESOPOTÂMICOS, EGÍPCIOS E AMERICANOS

HISTÓRIA TEMA 4 PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES AMERICANAS

A cidade-Estado de Teotihuacán
Por volta de 150 a.C., a cidade de Teotihuacán floresceu no planalto central do México. Ela
dispunha de rios e terrenos férteis para a agricultura, de argila para o artesanato e estava
próxima de diversas rotas comerciais. O controle dessas rotas a tornou a cidade mais poderosa
da Mesoamérica por volta do século V, quando chegaram a viver 50 mil pessoas na cidade.

ART DIRECTORS & TRIP/


ALAMY/FOTOARENA
Sítio arqueológico de
Teotihuacán, no México,
em 2014.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 1 A CIVILIZAÇÃO GREGA

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A CIVILIZAÇÃO GREGA
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 1 A CIVILIZAÇÃO GREGA

A civilização grega
A Grécia antiga não ocupava GRÉCIA ANTIGA (SÉCULOS VIII-VI a.C.)
o mesmo território do país que

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


MAR
NEGRO
conhecemos hoje. Tratava-se de PE

NS
uma comunidade de cidades- UL

PE
A TRÁCIA


IT ÔNIA
-Estado espalhadas pelo Mar

N
ÁL ED

SU
IC
A AC

LA
40° N M
Mediterrâneo, que falavam

BA
Troia

LC
a mesma língua e tinham ÁSIA

ÂN
MAR MENOR
EGEU

ICA
tradições culturais em comum.
ÁTICA
MAR Atenas
JÔNICO
N PELOPONESO
NO NE
O L
Esparta
Rodes
SO SE
S

Grécia continental 100 km


Cnossos
Grécia peninsular MAR MED CRETA
ITERRÂ Faístos Mália
Grécia insular NEO
Grécia asiática 25° L
Magna Grécia
Fonte: Atlas histórico. São Paulo:
Encyclopaedia Britannica, 1977. p. 165.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 1 A CIVILIZAÇÃO GREGA

Os primeiros “gregos”
Chegada dos
Chegada dos dórios, eólios e
aqueus jônios
c. XVI a.C. c. 1200 a.C.

Origem dos
gregos
Civilização Civilização
Resultado da
cretense micênica
mistura entre
(c. 2000 a.C.) XVI a.C.
aqueus, dórios,
eólios e jônios.

Os povos mais • Construção de novas cidades e de


antigos da região grandes palácios na Grécia Peninsular.
formaram cidades • Estabelecimento em Creta.
na Ilha de Creta, em • Adoção da escrita cretense e adaptação
2000 a.C. para a sua própria língua.
• Colapso por volta de 1200 a.C.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 1 A CIVILIZAÇÃO GREGA

As poleis gregas
• Formação das cidades-Estado e suas características:

• Organizadas em famílias, que incluíam escravos, animais, terras e


casas (oikos).
Comunidades familiares
XII-VIII a.C. • Governadas por uma assembleia composta de membros das
famílias nobres, responsáveis pelas leis, a administração, a justiça
e a defesa do território.

• Resultado do crescimento populacional.


• Funcionavam como Estados independentes, com leis, justiça e
Cidades-Estado (poleis)
governo próprios.
A partir de VIII a.C.
• Governadas por reis, contavam com a participação dos cidadãos,
que inicialmente eram apenas os aristocratas.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 1 A CIVILIZAÇÃO GREGA

A expansão colonial grega


Com o aumento populacional a partir do século IX a.C.,
surgem fortes tensões sociais entre os gregos.

A EXPANSÃO COLONIAL GREGA

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


N
NO NE
O L
Ólbia

Concentração Endividamento
SO SE

PE
S


240 km

NS
de terras e escravização Marselha
ILÍRIA

UL
ÉRI
CA Odessa MAR NEGRO

A
40º N IB
LA
pelos

ITÁ
dos SU
TRÁCIA

LIC
ÍN

Bizâncio

A
PEN

aristocratas. camponeses. Nápoles Tarento Lesbos


Calcedônia
ÁSIA MENOR
MAGNA GRÉCIA LÍDIA

MA
GRÉCIA Mégara
MAR

R
Samos
SICÍLIA

EG
Agrigento Olímpia Mileto
Atenas

EU
Siracusa Esparta
Corinto Rodes
NUMÍDIA M
ED CHIPRE
IT E R CRETA FENÍCIA
10º L
RÂNEO
Expansão colonial Áreas de colonização Grécia continental Apolônia
grega Colônias gregas Cirene
Baska
Grécia peninsular Cidades-mães Náucratis
Grécia insular EGITO

Fonte: HILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann.


Atlas historique. Paris: Perrin, 1992. p. 46.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 2 CULTURA E POLÍTICA EM ESPARTA E ATENAS

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CULTURA E POLÍTICA
EM ESPARTA E ATENAS
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 2 CULTURA E POLÍTICA EM ESPARTA E ATENAS

A cidade de Esparta
• Características da pólis guerreira:

Composição social Regime político Educação


• Esparciatas: únicos cidadãos, • Oligárquico: apenas parte da • Sociedade militarizada:
controlavam as instituições população tinha direitos políticos e aprendizado voltado para
políticas e se dedicavam às podia exercer funções de comando. a guerra.
atividades militares. • Gerúsia: conselho formado por dois • Meninos treinavam em
reis e pelos cidadãos com mais de quartéis desde os 7 anos de
• Hilotas: antigos habitantes
60 anos; formulava as leis e era o idade e eram submetidos a
transformados em servos,
conselho mais importante da cidade. um ritual de passagem.
cultivavam alimentos nas
• Éforos: comitê de cinco cidadãos que • Mulheres participavam da
terras dos esparciatas.
supervisionava as atividades políticas vida social da pólis: faziam
• Periecos: homens livres e julgava crimes importantes. treinamentos físicos,
que viviam nos arredores • Ápela: assembleia de cidadãos estimulavam a bravura
da cidade, praticavam a maiores de 20 anos que votava as nos filhos e aconselhavam
agricultura, o artesanato e leis propostas pela Gerúsia; tinha os maridos em questões
o comércio. poderes limitados. políticas.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 2 CULTURA E POLÍTICA EM ESPARTA E ATENAS

A cidade de Atenas
• Transição da aristocracia para a democracia:

Governo aristocrático Tensões sociais Democracia de Clístenes

• Aristocracia: formada por • Participação efetiva das


grandes proprietários rurais; Reformas de Sólon camadas médias e baixas
eram os únicos com direitos no governo.
políticos e elegiam entre si • Ampliação da atuação da
magistrados para comandar o • Fim da escravidão por dívidas. Eclésia e da Bulé.
exército e fazer cumprir as leis. • Criação de um tribunal popular. • Democracia limitada:
• Escravos: prisioneiros de • Instituição da Eclésia: assembleia da somente homens adultos
guerra e seus descendentes; qual participavam todos os cidadãos; e filhos de pais atenienses
trabalhavam para porém, reunia-se muito pouco. eram considerados cidadãos.
os aristocratas. • Criação da Bulé: conselho de 400 Mulheres e estrangeiros
• Demos: camponeses, artesãos homens eleitos que preparavam as não podiam participar das
e comerciantes. leis a serem votadas na assembleia. decisões políticas.
• Metecos: estrangeiros e seus
descendentes.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 2 CULTURA E POLÍTICA EM ESPARTA E ATENAS

O politeísmo grego
• A religião politeísta dos gregos
Principais deuses gregos Comandavam
fazia parte do exercício da cidadania;
Zeus Céus
o cidadão deveria participar dos
rituais religiosos assim como atuava Hera Casamento e parto
na política e na guerra. Poseidon Mares
• Muitos gregos se consultavam com Ártemis Luz e caça
oráculos (sacerdotes que falavam Hefesto Técnicas e artesãos
com os deuses) para tomar decisões, Deméter Fogo e agricultura
tanto políticas quanto pessoais. Hades Mundo dos mortos
Afrodite Beleza e fertilidade
Atena Sabedoria
Apolo Artes
Ares Guerra
Dioniso Vinho
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 2 CULTURA E POLÍTICA EM ESPARTA E ATENAS

A arte grega
• Algumas formas de arte gregas:

Vasos de cerâmica Esculturas Teatro


Os vasos pintados são grandes As esculturas são a manifestação O teatro que conhecemos hoje é
registros da história grega; artística mais conhecida dos uma invenção grega. No século
apresentam mitos, costumes, antigos gregos. Começaram VI a.C., os atenienses faziam
tipos de vestimentas e de a ser produzidas a partir do encenações para incentivar
adornos, além de estilos de surgimento das poleis e, com o a reflexão sobre as atitudes
representação dos antigos gregos. tempo, tornaram-se realistas e cotidianas, tornando-as parte da
sofisticadas. educação dos gregos.
MUSEU BRITÂNICO,
LONDRES

JEFF OVERS/BBC NEWS &


CURRENT AFFAIRS/GETTY
IMAGES - MUSEU
BRITÂNICO, LONDRES

MUSEU DO LOUVRE, PARIS


Ulisses e as sereias, pintura Discóbolo, cópia romana do original Máscara utilizada no teatro
em vaso stamnos, c. 470 a.C. grego de Míron, século V a.C. grego da Antiguidade.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 3 ROMA: DA MONARQUIA À REPÚBLICA

DE 5
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3
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TE M

ROMA: DA MONARQUIA
À REPÚBLICA
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 3 ROMA: DA MONARQUIA À REPÚBLICA

Origem da ANTIGOS POVOS DA PENÍNSULA ITÁLICA

civilização romana

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


GAULESES
E
AL P S

• O povoamento da Península Itálica resultou Ri o P ó


NO
N
NE

de várias ondas migratórias. Principais


O L
Felsina Ravena
SO SE
(Bolonha) S

povos: latinos, samnitas e etruscos. Ri o Arn o ÚM 90 km

B R Tib
AR

Rio

I OS
• O povo etrusco se estabeleceu ao norte do Vetulônia
Perúsia AD

re
SABINOS
RIÁ
Rio Tibre, onde desenvolveu a agricultura, CÓRSEGA
Tarquínia
Veios
SA
LATINOS
M
NI
TIC
O
Caere TA
a criação de rebanhos, o artesanato e o Roma
VOLSCOS
S
Cápua OS
comércio marítimo. Por volta do século SARDENHA
Nápoles
CO
S Tarento
Paestum
VII a.C., os etruscos formaram uma 40° N
Síbaris

confederação de cidades-Estado. Etruscos


Gregos
MAR
TIRRENO Crotona
(Túrio)

MAR
• Vestígios arqueológicos indicam que, por Cartagineses
Povos itálicos Messina
JÔNICO

volta do século VIII a.C., formou-se uma Outros Himera


Rhegio

SICÍLIA
comunidade onde hoje é Roma. Ela se Agrigento Siracusa
Cartago
originou a partir da união de várias aldeias 10° L
MAR MEDITERRÂNEO
latinas, provavelmente com a finalidade de Fonte: KINDER, Hermann; HERGT, Manfred;
se defender dos povos sabinos. HILGEMANN, Werner. Atlas histórico mundial: de los
orígenes a nuestros días. 22. ed. Madri: Akal, 2007. p. 74.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 3 ROMA: DA MONARQUIA À REPÚBLICA

A monarquia romana (753-509 a.C.)


• Estrutura social de Roma no período monárquico:

Tinha poder para declarar


Ricos proprietários de gado e guerras, administrar a justiça
terra, formavam a aristocracia e presidir rituais religiosos. Era
Rei
da cidade; consideravam-se escolhido pelo Senado, que era
descendentes dos fundadores formado então pelos chefes
de Roma. das famílias aristocráticas.
Patrícios

Trabalhavam no comércio,
no artesanato, na agricultura Clientes
e na criação de rebanhos.
Podiam enriquecer, mas não
participavam da vida política. Plebeus Patrícios ou plebeus que
juravam fidelidade ao patrono
(chefe de família, geralmente
Não eram libertos até patrício), atribuindo-lhe
Escravos
quitarem suas dívidas. prestígio social e político.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 3 ROMA: DA MONARQUIA À REPÚBLICA

A república romana (509-27 a.C.)


• Nova ordem política republicana:

Escolhidos pelo Senado,


Rei Dois cônsules presidiam a casa e
comandavam o exército.

Senado

Assembleias Magistrados

• Assembleia por cúrias: cidadãos divididos pelo • Pretores: responsáveis pela justiça.
local de origem ou de residência. • Edis: cuidavam dos serviços públicos, como o
• Assembleia por centúrias: cidadãos divididos de abastecimento da cidade e a segurança.
acordo com a riqueza e a participação no exército. • Questores: administravam o tesouro público.
• Assembleia da plebe: formada apenas por plebeus, • Censores: faziam a contagem da população,
que podiam eleger os magistrados, mas não exercer controlavam a conduta do cidadão e
cargos políticos (direito exclusivo dos patrícios). supervisionavam as despesas públicas.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 3 ROMA: DA MONARQUIA À REPÚBLICA

As revoltas da plebe

Descontentamento
Rebeliões
da plebe

Situação de Conquistas
desigualdade da plebe

• Plebeus não participavam do Senado e tinham • Tribuno da plebe (494 a.C.): magistrado eleito
pouco peso nas assembleias centuriais. pelos plebeus para representar seus interesses.
• Não tinham acesso às magistraturas. • Lei das Doze Tábuas (450 a.C.): primeiro código
• Eram convocados para a guerra. de leis escrito em Roma, atendia a vários direitos
• Caso não pagassem suas dívidas, perdiam suas reivindicados pelos plebeus.
propriedades e se tornavam escravos. • Direito de se candidatar ao cargo de cônsul
• Não podiam se casar com patrícios. (367 a.C.).
• Fim da escravidão por dívidas (326 a.C.).
• Plebiscitos (286 a.C.): decisões tomadas pela
plebe em suas assembleias ganharam força de lei
para todo o povo.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 4 EXPANSÃO E CRISE SOCIAL NA REPÚBLICA

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4
A
TE M

EXPANSÃO E
CRISE SOCIAL NA
REPÚBLICA
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 4 EXPANSÃO E CRISE SOCIAL NA REPÚBLICA

A expansão romana
• Através de batalhas ou de acordos políticos, os romanos
conquistaram territórios por todo o Mar Mediterrâneo.

AS CONQUISTAS DE ROMA (201-31 a.C.)

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


50º N 0º
N
NO NE
BRETANHA O L
Rio R SO SE
eno

OCEANO 270 km

GERMÂNIA REINO
ATLÂNTICO DO BÓSFORO
Rio Dan
GÁLIA úbio

AQUITÂNIA
40º N
Rio Douro
MAR NEGRO
HISPÂNIA CÓRSEGA
ICH

Roma
MACEDÔNIA BITÍNIA
EENW

Baleares
ITÁLIA E PONTO
E GR

SARDENHA ÁSIA MENOR


NO D

Atenas CILÍCIA
Cartago SICÍLIA GRÉCIA
IDIA

SÍRIA
MER

NUMÍDIA
MALTA MAR
Roma em 201 a.C. CRETA
CHIPRE Fontes: DUBY, Georges. Atlas histórico
MEDITERRÂNEO
Conquistas no século II a.C. Jerusalém mundial. Barcelona: Larousse, 2010. p. 46;
Conquistas no século I a.C. Alexandria JUDEIA
David Rumsey Map Collection.
CIRENAICA Disponível em <http://mod.lk/faxuq>.
Nilo

Protetorados romanos EGITO


Acesso em 19 mar. 2018.
R io
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 4 EXPANSÃO E CRISE SOCIAL NA REPÚBLICA

Consequências da expansão territorial

Elites dos povos conquistados e plebeus enriquecidos chegavam ao


Nova aristocracia Senado e eram aceitos na nobilitas, o conjunto de famílias nobres que
dominava a política romana.

Roma enriqueceu com a chegada de tributos e produtos


das províncias conquistadas, além de obter mais terras
Conquista de Novas fontes
para a agricultura, soldados para o exército, escravos e o
novas terras de renda
controle de rotas comerciais. Aquedutos, pontes, templos e
banhos públicos foram erguidos na cidade.

Surgiram os cavaleiros, plebeus que fizeram fortuna com a cobrança


Novos grupos de impostos e a exploração econômica das áreas conquistadas.
sociais Alguns escravos puderam acumular riquezas para comprar sua
liberdade e se tornar cidadãos romanos.
UNIDADE 5 GRÉCIA E ROMA ANTIGAS

HISTÓRIA TEMA 4 EXPANSÃO E CRISE SOCIAL NA REPÚBLICA

A crise social de Roma


• A outra face da expansão territorial romana:

Os escravos promoveram revoltas e organizaram exércitos


para lutar contra as forças romanas. A mais famosa revolta foi
Conquista de Ampliação da
liderada pelo escravo e gladiador Espártaco (73 a.C.), à qual
novas terras escravidão
também aderiram plebeus pobres e desempregados. Após
mais de dois anos de combate, os rebeldes foram vencidos.

Com a maior oferta de escravos nas cidades e no campo, o


Aumento da número de plebeus desempregados cresceu. Ao partir para
pobreza as guerras de conquista, pequenos agricultores perdiam suas
terras e acabavam migrando para as cidades para trabalhar.

O tribuno da plebe Tibério Graco propôs uma reforma


agrária para distribuir terras aos camponeses, mas acabou
Proposta de
assassinado pelas elites. Tempos depois, seu irmão Caio
reformas
Graco retomou a proposta; porém, diante da resistência das
elites romanas, pediu para ser morto.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 1 O IMPÉRIO ROMANO

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1
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O IMPÉRIO ROMANO
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 1 O IMPÉRIO ROMANO

A crise da república romana


As desigualdades geraram rebeliões Disputa entre os grandes proprietários
de escravos, de camponeses e de povos (optimates) e os reformistas (populares)
aliados sem cidadania romana. por poder e territórios.

Ascensão militar
Guerras de conquista Tensões sociais Divisão no Senado Militares ganham
mais poder
político.

Fortalecimento do exército

• Profissionalização do exército com alistamento voluntário


de soldados em troca de salário, além de terras, escravos
e objetos saqueados.
• O sucesso nas guerras e a repressão às revoltas populares
deram mais prestígio político aos líderes militares.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 1 O IMPÉRIO ROMANO

Os triunviratos e o fim da república

Guerra e ascensão
de Otávio Augusto
como imperador
(27 a.C.)

Primeiro Morte de Ascensão Assassinato Segundo


Triunvirato Crasso e de Júlio de Júlio Triunvirato
(60 a.C.) guerra civil César César (44 a.C.)

Aliança entre generais Declarado ditador Após a morte de


para controlar Roma e os pelo Senado, Júlio César, formou-se
territórios conquistados. César reformou um novo triunvirato.
• Júlio César a administração • Lépido
• Pompeu pública e atendeu a • Marco Antônio
demandas sociais.
• Crasso • Otávio
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 1 O IMPÉRIO ROMANO

O governo de Augusto e a pax romana

Pax romana: período inaugurado por Augusto


As instituições republicanas romanas foram
e mantido pelos imperadores seguintes até o
mantidas, mas o imperador tinha poder sobre
final do século II, cujo principal objetivo foi
elas, podendo vetar leis, nomear os magistrados e
a proteção das fronteiras e a repressão às
comandar o exército.
revoltas populares.

O período imperial

A expansão de uma rede de estradas O Fórum foi renovado e foram construídas


pavimentadas ampliou a circulação dentro do praças, arcos, aquedutos e termas, além de
império. A Península Itálica enriqueceu ao circos e anfiteatros. No Coliseu, realizavam-se
receber mão de obra e matérias-primas das espetáculos como as corridas de quadrigas e as
províncias e ao exportar para elas seus artigos. lutas de gladiadores.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 1 O IMPÉRIO ROMANO

Romanização cultural das províncias


• Língua: o latim misturou-se O IMPÉRIO ROMANO EM SUA MÁXIMA EXTENSÃO (SÉCULO II)
às línguas das províncias

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


MAR N
BÁLTICO NO NE

e deu origem às línguas BRITÂNIA


Rio
O
SO
L
SE
OCEANO
neolatinas: francês,
S

Ren
ATLÂNTICO EUROPA 340 km
IA

o
ÂN
português, espanhol, 42° N
GE
R M
Rio
Danúb
io M
A
R
GÁLIA
italiano etc. DÁCIA

SP
IO
MAR NEGRO
• Instituições: o Senado, HISPÂNIA
ARMÊNIA
Roma
os magistrados, as MACEDÔNIA
ÁSIA
MESOPOTÂMIA
assembleias, o exército MAURITÂNIA SICÍLIA GRÉCIA
SÍRIA
R io E Ri
ufra o Tigr
te e
s
NUMÍDIA
e a legislação foram MA
RM
ED I T
ERRÂN
ÁFRICA EO JUDEIA
estabelecidos nas PROCONSULAR
CIRENAICA EGITO
províncias. Expansão romana durante a monarquia
Expansão romana durante a república
16° L
• Arquitetura: inspirou-se Expansão romana durante o império
Território conquistado por Trajano Fonte: Atlas of World History: concise edition.
nos gregos e etruscos entre 114 e 117 e depois perdido
Nova York: Oxford University, 2007. p. 54-55.

e ficou famosa pela


grandiosidade dos templos,
anfiteatros e aquedutos.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 2 O POVO HEBREU E A DOMINAÇÃO ROMANA

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O POVO HEBREU E A
DOMINAÇÃO ROMANA
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 2 O POVO HEBREU E A DOMINAÇÃO ROMANA

Os hebreus na Palestina
Moisés teria recebido os
Dez Mandamentos, o código
de leis do povo hebreu.

Retorno
(c. 1250 a.C.)

Canaã Egito
Mesopotâmia
(c. 1900 a.C.) (c. 1500 a.C.)

Os hebreus viviam em grupos Abraão, líder dos hebreus, Os hebreus migraram para
de pastores seminômades e conduziu seu povo até Canaã o Egito após uma severa
se organizavam como uma (Palestina histórica), onde se seca. Lá, foram acusados de
grande família tribal, liderada formaram doze tribos, cada colaborar com os invasores
por um patriarca. Eram uma liderada por um chefe hicsos e escravizados até
monoteístas: acreditavam na político e militar. Um juiz Moisés os libertar e os
existência de um deus único, poderia ter autoridade sobre conduzir de volta a Canaã,
Yahweh. todas as tribos. por volta de 1250 a.C.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 2 O POVO HEBREU E A DOMINAÇÃO ROMANA

Os reinos hebreus

Formação do Conquista de O rei Salomão fortaleceu o


primeiro reino Jerusalém exército, ampliou as relações
comerciais e construiu
o Primeiro Templo de
Para controlar Canaã, as Davi derrotou os filisteus, Jerusalém.
doze tribos se uniram contra conquistou a cidade de
os filisteus e formaram um Jerusalém e a transformou na
reino hebreu sob Saul. capital do reino. Auge do Reino dos
Hebreus

Conquistado
Reino de
pelos assírios
Israel
(722 a.C.)
Morte de Salomão
e rebelião das tribos
hebraicas
Conquistado
pelos babilônios Reino de Judá
(587 a.C.)
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 2 O POVO HEBREU E A DOMINAÇÃO ROMANA

A conquista romana da Judeia


Conquista Ascensão de
romana da Judeia Herodes
(63 a.C.) (37 a.C.) Para mostrar lealdade a
Roma, Herodes construiu um
circo romano em Jerusalém e
ergueu a cidade de Cesareia,
que abrigava palácios e um
Até então um Estado O judeu Herodes, protegido templo dedicado a Augusto.
religioso independente, a por tropas romanas, venceu
Judeia foi conquistada pelos seus inimigos na disputa pelo
romanos e tornou-se um trono da Judeia. No poder,
protetorado, mantendo certa ampliou o reino, anexando
autonomia. toda a Palestina. Para agradar os judeus e
mostrar seu poder, Herodes
ordenou a remodelação
e ampliação do Segundo
Templo de Jerusalém.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 2 O POVO HEBREU E A DOMINAÇÃO ROMANA

A revolta judaica e a queda de Jerusalém

Rebaixamento da Judeia à Rebeliões de facções Guerra Civil


condição de província Os rebeldes zelotes e sicários (66 d.C.)
(6 d.C.) resistiram à dominação Rebeldes populares
Após a morte de Herodes, estrangeira e protestaram levantaram-se contra as
a Judeia foi reduzida à contra as elites judaicas elites judaicas e o poder
condição de província do enriquecidas pelos romanos. imperial romano em toda
império e administrada por a Palestina.
governadores romanos.

Cerco de Jerusalém
(70 d.C.)
Grande diáspora judaica As tropas romanas
O povo judeu dispersou-se derrotaram os rebeldes
pelo mundo. judeus em Jerusalém,
saquearam a cidade e
destruíram o templo.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 3
O CRISTIANISMO: UMA NOVA CRENÇA
MONOTEÍSTA NO MUNDO ROMANO

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O CRISTIANISMO:
UMA NOVA CRENÇA
MONOTEÍSTA NO
MUNDO ROMANO
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 3
O CRISTIANISMO: UMA NOVA CRENÇA
MONOTEÍSTA NO MUNDO ROMANO

A origem do cristianismo

Nascimento de Jesus Ensinamentos Oposição Crucificação

Segundo os Em peregrinação pela As autoridades Após ser preso, Jesus


Evangelhos, seria Palestina, Jesus pregou judaicas acusavam foi julgado por Pôncio
o filho de Deus a existência de um Jesus de insultar a Pilatos, o administrador
e salvador da único Deus, o amor ao Deus, e os romanos romano da Judeia, e
humanidade, nascido próximo e a humildade. temiam que ele condenado a morrer na
em Belém, na Judeia, Quem o seguisse incitasse seus cruz, pena aplicada aos
há aproximadamente alcançaria a vida eterna. seguidores contra criminosos e rebeldes
2 mil anos. o domínio romano da época.
na região.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 3
O CRISTIANISMO: UMA NOVA CRENÇA
MONOTEÍSTA NO MUNDO ROMANO

Da perseguição ao triunfo cristão

Os cristãos foram perseguidos nas


Perseguição
províncias e acusados de desrespeitar as
pelas
tradições por não servirem o exército nem
autoridades
adorarem os deuses romanos e o imperador.
Difusão do
cristianismo pelo
Império Romano
Aumento das Oficialização do cristianismo
conversões (380 d.C.)

Apesar das As comunidades


Mesmo após a morte
perseguições, o cristãs cresceram e o
de Jesus, os apóstolos
número de conversões cristianismo se tornou
continuaram a espalhar
cresceu. Em 313, o um instrumento de
seus ensinamentos
imperador Constantino unidade do império.
e a contribuir para
tornou-se cristão e Com isso, em 380, o
a expansão do
concedeu liberdade cristianismo se tornou
cristianismo pelo
de culto a todos com o a religião oficial do
Império Romano.
Edito de Milão. Império Romano.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 4 A ÁFRICA NA ÉPOCA ROMANA

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A ÁFRICA NA
ÉPOCA ROMANA
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 4 A ÁFRICA NA ÉPOCA ROMANA

Províncias romanas na África


• O norte da África se tornou A ÁFRICA ROMANA NO SÉCULO I
o centro fornecedor

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


MAR N
BÁLTICO NO NE

de produtos para Roma OCEANO


BRITÂNIA
Londres
O
SO
S
L
SE

e outras cidades do império. ATLÂNTICO Colonia Agrippina


Augusta
Treverorum
350 km

REINO DE
• As terras da região 42° N
Burdigala
GÁLIA
Lyon
Aquileia DÁCIA
Olbia BÓSFORO
Panticapeia
M
A
R

SP
foram transformadas em Lisboa
Narbo
HISPÂNIA Tarraco
Massília
Ancona Salona Tomi MAR NEGRO ARMÊNIA
IO

propriedade do povo romano Ostia


Roma
Puteoli
MACEDÔNIA
Bizâncio
Trapezus

IMPÉRIO
e distribuídas entre colonos Cádis
Tânger
SICÍLIA
GRÉCIA
Atenas
ÁSIA PARTA
Éfeso
romanos e itálicos. MAURITÂNIA
NUMÍDIA
Cartago Siracusa
CRETA CHIPRE
Antioquia
SÍRIA

MAR MEDITERRÂNEO Tiro

• A agricultura foi a principal O comércio romano (sécs. I e II)


Extensão do
Império Romano

Leptis Magna Cirene
Gaza
Jerusalém
JUDEIA
Linho Alexandria
atividade das províncias Principais rotas
de navegação
Azeite de oliva
ÁFRICA
Madeira
Mármore
ÁFRICA
PROCONSULAR CIRENAICA
EGITO
Petra

africanas, que produziam o Cavalos


Cobre
Cereais
Mel
Peixes
Ouro
Tebas
16° L
trigo que alimentava Escravos
Estanho
Tinta de púrpura
Vinho
Fontes: DUBY, Georges. Atlas historique mondial.
o império. Paris: Larousse, 2003. p. 27; VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico:
geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 47; HILGEMANN, Werner;
KINDER, Hermann. Atlas historique. Paris: Perrin, 1992. p. 100.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 4 A ÁFRICA NA ÉPOCA ROMANA

Os povos africanos POVOS DA ÁFRICA NO SÉCULO I d.C.


EUROPA

na Antiguidade

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


MAR MEDITERRÂNEO
Mogador ÁSIA

• No século I, o continente africano já R


ARÁBIA
TRÓPICO DE

io
abrigava uma grande diversidade de CÂNCER Cidamus

MA
Nilo

RV
ER
povos, línguas e costumes.

ME
Rio

LH
Rio Ní

O
e Méroe

ge
ne

r
Lago
• Fora dos domínios romanos, na Axum

gal
Chade
CIVILIZAÇÃO NOK

Núbia, florescia a civilização


Rio U
cuxita, uma das mais prósperas da EQUADOR
Rio
ba n gui
Congo

África antiga. OCEANO
Lago
Vitória
OCEANO
Lago
ATLÂNTICO ÍNDICO
• Na África subsaariana (região Tanganica

situada abaixo do deserto do Saara), Limites do Império Romano


Deserto
o Zamb
Lago
Niassa
Ri
viviam diferentes sociedades, em Floresta

ez
e
Zona interlacustre (região entre lagos)
Cuxitas
sua maioria comunidades aldeãs. Grupos chadianos
Limpop
TRÓPICO DE CA

Rio
PRICÓRNIO

o
Povos nilo-saarianos

Lá floresceu a civilização Nok, que Povos da África Ocidental


Khoisans (pastores e caçadores)
R io Ora
ng
e
O
NO
N
NE
L

produzia artefatos agrícolas de Zona de nomadismo berbere sanhãdja


Migrações dos povos bantos
SO
S
620 km
SE

pedra e estatuetas de terracota e Migrações árabes


20º L

Fonte: VICENTINO, Cláudio. Atlas histórico:


dominava a metalurgia do ferro. geral e Brasil. São Paulo: Scipione, 2011. p. 48.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 4 A ÁFRICA NA ÉPOCA ROMANA

Cuxe: um reino A NÚBIA ANTIGA


independente na África MAR MEDITERRÂNEO

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


• Os cuxitas construíam templos e pirâmides e BAIXO
produziam tecidos e objetos de ferro, cerâmica, ouro EGITO

e pedras preciosas. Cultivavam trigo, cevada, algodão

Ri

M
o
Ni
e lentilha e domesticavam animais.

AR
lo
ALTO

VE
Tebas
EGITO

RM
• As mulheres da família real tinham muito poder,

EL
Elefantina

HO
Assuã
TRÓPICO DE CÂNCER 1ª Catarata
podendo se tornar regentes dos filhos ou ocupar seu
Abu Simbel
lugar como rainhas-mães, chamadas candaces. 2ª Catarata

• Por volta do século III a.C., a capital Méroe era 3ª Catarata


NÚBIA
10º N
Kerma
o centro de uma rede comercial que ligava o Mar Djebel Barkal
4ª Catarata
5ª Catarata

Mediterrâneo ao interior da África. Estima-se que Napata

Méroe
sua população tinha entre 9 mil e 13 mil pessoas. NO
N
NE
6ª Catarata

• A escrita meroíta derivava dos hieróglifos egípcios,


O L

Ri
SO SE

o
S

Ni
o

lo
Nil
embora sua forma mais utilizada fosse escrita e lida 160 km

Az
Rio

ul
30º N

em sentido contrário. Ainda hoje essa escrita não foi Fonte: MOKHTAR, G. (Coord.). História geral
da África: África antiga. 2. ed. Brasília:
totalmente decifrada. Unesco, 2010. p. 217. v. 2.
UNIDADE 6 REINOS, ALDEIAS E O IMPÉRIO ROMANO

HISTÓRIA TEMA 4 A ÁFRICA NA ÉPOCA ROMANA

A organização das aldeias subsaarianas

Formadas por famílias unidas por laços de


Formaram-se a partir da reunião de grupos
parentesco ou ancestralidade e lideradas por
nômades em locais de coleta e caça, onde
um chefe. Este era escolhido de acordo com o
acabaram por desenvolver a agricultura e adotar
prestígio de seus ancestrais maternos e tinha o
um estilo de vida sedentário ou seminômade.
auxílio de um conselho de chefes de família.

Comunidades
aldeãs

Podiam fazer alianças para travar guerras, Dentro delas, grupos familiares se
trocar produtos ou realizar casamentos entre si, especializavam em alguma atividade econômica,
formando uma confederação de aldeias. como a agricultura, a criação de animais, o
Com o tempo, esta poderia se tornar um reino artesanato e o comércio. O trabalho era coletivo
ou império. e a terra pertencia à comunidade.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1 O DECLÍNIO DE ROMA E A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

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A
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O DECLÍNIO DE ROMA
E A FORMAÇÃO DA
EUROPA MEDIEVAL
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1 O DECLÍNIO DE ROMA E A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

Crise e queda do Império Romano


Instituição da
Divisão do império
tetrarquia
(395 d.C.)
Divisão do império em
Entre Império Romano
quatro regiões gerou
do Oriente e Império
disputas pelo poder entre
Extensão do império Romano do Ocidente.
os imperadores.
Dificuldades para
administrar e abastecer Ruralização do império
o vasto território. Aumento dos impostos Submissão dos
Medida para financiar a camponeses aos
manutenção do império proprietários de terras
Avanço dos bárbaros e as guerras. (colonato).
Necessidade de
guerrear e proteger o Invasão dos povos
império contra invasões. germânicos Queda de Roma
Francos, vândalos, (476)
ostrogodos, anglo-saxões, Deposição de
visigodos, entre outros. Rômulo Augústulo
pelos hérulos.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1 O DECLÍNIO DE ROMA E A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

O início da Idade Média


• Considera-se que a deposição do último
Estudiosos do
imperador do Ocidente em 476 marca século XVI ao XIX
o início da Idade Média. Consideravam-na uma
• Ao longo do tempo, o período foi descrito época de atraso técnico,
de maneiras distintas por historiadores e excessiva fé religiosa e
Idade Média falta de liberdade.
pesquisadores que viveram em diferentes Período do
momentos da história. século V ao XV
Historiadores do
século XX em diante
Destacaram seus
aspectos relacionados a
mudanças econômicas,
culturais e sociais e a
suas inovações.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 A DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA MEDIEVAL

DE 7
A
ID
UN

2
A
TE M

A DESCENTRALIZAÇÃO
POLÍTICA NA EUROPA
MEDIEVAL
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 A DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA MEDIEVAL

Os povos germânicos
• Dividiam-se em vários povos: francos, REINOS GERMÂNICOS (SÉCULOS V E VI)
lombardos, visigodos, anglos, saxões etc. 50º N 0º

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


• Tiveram como provável origem a ANGLOS E SAXÕES
SAXÕES
ESLAVOS
Rio
Vístula

OCEANO Cambrai Tournai


região da Escandinávia, no norte da REINO DOS

Rio
TURÍNGIOS
ATLÂNTICO REINO DOS Reims

Ren
FRANCOS HUNOS
LOMBARDOS
Europa. Falavam línguas indo-europeias
o

REINO DOS REINO DOS


aparentadas e se organizavam em Lugo
REINO DOS
Braga SUEVOS Toulouse
BURGÚNDIOS OSTROGODOS
Verona
REINO
DOS GÉPIDAS

clãs, grupos familiares patriarcais sem Ravena MAR

io
REINO DOS b
Rio Dan ú NEGRO
VISIGODOS

instituições estatais. Toledo


Roma Constantinopla

IMPÉRIO ROMANO

• Possuíam uma forte tradição DO ORIENTE

ICH
guerreira. A partir do século V, Siracusa

EENW
Cartago
REINO DOS MAR

E GR
N VÂNDALOS
os líderes guerreiros tornaram-se reis. NO NE MEDITERRÂNEO

NO D
O L
SO SE Reino dos Francos em 486

IDIA
• Provocaram a fragmentação do poder S
290 km
MER
Reino dos Francos em 511

político na Europa ocidental Fonte: HILGEMANN, Werner; KINDER, Hermann.


e o isolamento da região. Atlas historique. Paris: Perrin, 1992. p. 112.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 A DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA MEDIEVAL

A cristianização do reino franco


Contenção da
expansão islâmica
na Europa pelos
francos na Batalha
de Poitiers (732).
Aliança com a
Século V Igreja cristã Expansão dos
Fundação do Iniciada sob domínios francos
reino franco na Clóvis (466-511), juntamente com
Gália, na região o primeiro rei a expansão da fé
da atual França. germânico convertido cristã.
ao cristianismo.
Século VIII Criação dos
Vitória dos francos Estados Pontifícios
sobre os lombardos Em troca,
e entrega de terras legitimação da
da Itália central ao dinastia carolíngia
papa Estevão II. pelo papa.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 A DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA MEDIEVAL

O Império Carolíngio

Coroação do rei
franco Carlos Magno
pelo papa Leão III,
em 800 d.C.

Afirmação da Unidade da Igreja Renascimento


Continuidade da
autoridade de Deus com o imperador carolíngio
expansão franca e
sobre os homens e do Ocidente, Formação cultural
cristianização das
da origem divina do descredenciando o e intelectual nos
terras conquistadas.
poder do rei. Império Bizantino. mosteiros e no palácio.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 A DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICA NA EUROPA MEDIEVAL

Fragmentação do Império Carolíngio

• Apesar da expansão territorial e O IMPÉRIO CAROLÍNGIO (SÉCULOS VIII-IX)


do apogeu do reinado franco, a MAR MAR

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


centralização política sob Carlos Magno 50º N

REINO
DO
NORTE
BÁLTICO

ANGLO-SAXÃO
não foi efetiva. Ri Verden

o Reno
Aquisgrã SAXÔNIA

• O poder imperial foi fragilizado pelas BRETANHA


Attigny
Rio
Trévis

Reims
Magúncia

OCEANO Se
relações de vassalagem, nas quais o MARCA Worms AUSTRÁSIA

na
ATLÂNTICO DA BRETANHA
Rio Loire NÊUSTRIA ESLAVOS
Rio Danú
rei doava terras ou outros benefícios e ALEMANHA BAVIERA
MARCA
b io

Milão
tornava-se senhor de seus servidores, AQUITÂNIA Pávia
BORGONHA
Rio Pó Veneza
Aquileia DA PANÔNIA
ÍSTRIA
ÁVAROS
REINO
chamados vassalos, em troca de auxílio
N
NO NE DA ITÁLIA Ravena
MARCA ESTADOS
O L

Rio
Eb HISPÂNICA DA IGREJA

militar ao reino. SO
S
220 km
SE
EMIRADO
DE CÓRDOBA
ro
CÓRSEGA
DUCADO
DE ESPOLETO
Roma Benevento

• Com o tempo, os vassalos reais Reino dos francos no início do SARDENHA


DUCADO
Nápoles DE BENEVENTO
governo de Carlos Magno
tornaram-se também senhores e o Conquistas de Carlos Magno
Estados tributários MA
R M
poder real foi pulverizado. Após a Área de influência carolíngia
CALIFADO
ED
ITE
SICÍLIA
RRÂ
NEO
Domínio bizantino ABÁSSIDA
morte de Carlos Magno, surgiram 10º L

Fonte: DUBY, Georges. Atlas histórico mundial.


vários pequenos reinos, e a unidade Barcelona: Larousse, 2010. p. 87.
política do império se desfez.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3 A TERRA E A AGRICULTURA NA EUROPA MEDIEVAL

DE 7
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3
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A TERRA E A
AGRICULTURA NA
EUROPA MEDIEVAL
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3 A TERRA E A AGRICULTURA NA EUROPA MEDIEVAL

A relação de vassalagem:
base do feudalismo

Invasões estrangeiras
Avanço de vikings,
húngaros e árabes Disseminação do contrato
provocou medo e feudo-vassálico
Ruralização da
insegurança pela Europa. Formação de alianças
sociedade
baseadas na dependência
Isolamento no campo
pessoal entre aristocratas.
e construção de
O vassalo jurava fidelidade
castelos e fortalezas
Enfraquecimento do rei e proteção ao suserano, que
para proteção.
Descentralização política em troca lhe doava o feudo,
e incapacidade de em geral terras ou castelos.
garantir a segurança.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3 A TERRA E A AGRICULTURA NA EUROPA MEDIEVAL

A produção na economia feudal

Senhorio
Unidade de produção
do feudo, bem doado
numa cerimônia
de vassalagem.

Manso senhorial Manso servil Terras comunais


Incluía a residência Abrangia as terras Abrangiam pastos
senhorial, oficinas, cultivadas pelos e bosques onde
celeiros e pomares. servos para seu os servos criavam
Suas terras eram próprio sustento. animais, extraíam
cultivadas pelos servos, Cerca de um terço da madeira e mel e
cuja produção era produção devia ser colhiam frutos
destinada ao senhor. entregue ao senhor. e raízes.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3 A TERRA E A AGRICULTURA NA EUROPA MEDIEVAL

Consequências das inovações agrícolas

Explosão
demográfica
Aumento da
Antigo sistema Maior expectativa de
Novo sistema vida e crescimento
de cultivo produtividade
de cultivo populacional.
Tração leve Expansão das
Tração pesada
(arado de terras produtivas
(arado charrua)
madeira) e e melhor preparo
e rotação trienal Exploração das
rotação bienal do solo para
de culturas. florestas
de culturas. cultivo.
Maior procura pela
madeira, usada
como lenha e nas
construções.
Inovações possibilitadas pela
combinação do uso do alfanje,
do atrelamento dos animais pelo
peito e da produção de grande
volume de adubo nos estábulos.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 4 SENHORES E SERVOS NA SOCIEDADE FEUDAL

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4
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SENHORES E SERVOS
NA SOCIEDADE FEUDAL
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 4 SENHORES E SERVOS NA SOCIEDADE FEUDAL

Leigos no meio rural


• A aristocracia:

Aristocracia
laica

Nobres e
senhores de terra
Cavaleiros Cuidavam das Hierarquia
Combatentes atividades da nobreza
armados que agiam administrativas • Duque
em lealdade ao rei e militares, da
e à Igreja. justiça e da • Marquês
vigilância dos • Conde
camponeses. • Visconde
• Barão
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 4 SENHORES E SERVOS NA SOCIEDADE FEUDAL

• Os camponeses:

Força de
Servos trabalho rural Vilões
Camponeses que estavam presos Camponeses
ao trabalho na terra e a serviços de livres que haviam
construção e manutenção na propriedade adquirido pequenos
senhorial para o resto da vida. lotes de terra.

Escravos
Trabalhavam nos
Tributos pagos pelos servos
afazeres domésticos
• Corveia: trabalho gratuito realizado no dos castelos.
manso senhorial.
• Talha: entrega de um terço da própria
produção para o senhor.
• Banalidades: pagamento pelo uso de
equipamentos do senhor.
• Mão-morta: pagamento feito pelos filhos
de um servo falecido para continuarem
trabalhando na terra.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 4 SENHORES E SERVOS NA SOCIEDADE FEUDAL

Os moradores das cidades

Século X Século XI
Século V Melhorias Crescimento dos burgos,
Ruralização na produção cidades cercadas onde
da sociedade agrícola e atuavam mercadores,
europeia. crescimento artesãos, banqueiros e
populacional. lojistas. Seus habitantes
eram chamados
de burgueses.

Cidades não
desapareceram,
mas foram
esvaziadas e
empobreceram.
UNIDADE 7 A FORMAÇÃO DA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 4 SENHORES E SERVOS NA SOCIEDADE FEUDAL

Os clérigos no mundo medieval

Papa
Chefe da Igreja, era o responsável por julgar
os clérigos, instituir dioceses, reconhecer
novas ordens religiosas, cobrar o dízimo e
estabelecer um modelo de conduta social.

Clero regular
Alto clero secular
Formado pelos monges, que viviam nos
Composto pelos bispos, que dirigiam
mosteiros, onde copiavam e ilustravam
as dioceses e debatiam questões de
obras antigas gregas, romanas
doutrina. Tinham terras e muito poder.
e cristãs.

Baixo clero secular


Representado pelos líderes de
paróquia, que viviam como os
camponeses: cultivavam a terra e
atendiam os pobres e necessitados.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1
A IDADE DA FÉ: A EUROPA
ENTRE O CRISTIANISMO E O ISLÃ

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A IDADE DA FÉ:
A EUROPA ENTRE O
CRISTIANISMO E O ISLÃ
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1
A IDADE DA FÉ: A EUROPA
ENTRE O CRISTIANISMO E O ISLÃ

Os primeiros tempos da Igreja


Queda de Roma Idade Média
Século I
(476 d.C.) Bispos e monges
Os discípulos de
A Igreja sobreviveu assumiram a tarefa
Jesus criaram as
como a única de difundir sua
primeiras igrejas
instituição romana religião e organizar
cristãs em regiões
centralizada e as comunidades
do Império Romano.
organizada. cristãs.

Bispos Monges
Primeiros líderes das Inicialmente, viviam
igrejas, tornaram-se isolados, como eremitas;
autoridades locais, com o tempo, passaram
atuando como juízes, a viver em mosteiros. Os
prefeitos e conselheiros beneditinos redigiram
espirituais. a Regra de São Bento,
adotada como modelo de
conduta para os cristãos.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1
A IDADE DA FÉ: A EUROPA
ENTRE O CRISTIANISMO E O ISLÃ

Maomé e a fundação do islã


613 d.C.
622 d.C.
Maomé anunciou ao povo Suas pregações
Ameaçado, Maomé migrou
de Meca as revelações incomodaram os líderes da
para a cidade de Medina,
que teria recebido do anjo tribo coraixita, que temiam
onde organizou seu
Gabriel. Passou a pregar perder seu poder político e
exército. Esse episódio é
a existência de um único os lucros que obtinham com
conhecido como Hégira e
Deus, a declarar-se como as peregrinações religiosas
foi adotado como o ano 1 do
seu último mensageiro e a para a cidade.
calendário muçulmano.
condenar a idolatria.

De volta a Meca, Maomé


reconciliou-se com os
mercadores coraixitas e ali
estabeleceu o centro da
fé islâmica.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1
A IDADE DA FÉ: A EUROPA
ENTRE O CRISTIANISMO E O ISLÃ

Os cinco pilares do islamismo

Peregrinação Testemunho de fé
Fazer a viagem até a Caaba, Deveres dos Declarar que existe um
em Meca, pelo menos uma muçulmanos único Deus e que Maomé é
vez na vida, se possível. seu profeta.

Jejum Caridade Orações


Não consumir bebidas ou Ajudar os mais necessitados Orar cinco vezes ao dia com
alimentos do nascer até o por meio da doação o corpo voltado em direção
pôr do sol durante o Ramadã. de dinheiro. a Meca.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1
A IDADE DA FÉ: A EUROPA
ENTRE O CRISTIANISMO E O ISLÃ

A divisão e a expansão do islã


• Após a morte de A EXPANSÃO DO IMPÉRIO ÁRABE-ISLÂMICO (622-1258)
Maomé em 632,

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


seus seguidores MAR
DE
ARAL
OCEANO
redigiram o Alcorão

M
ATLÂNTICO

Rio Ind
AR
e a Sunna.

o
Poitiers

SP
IO
ARMÊNIA
MAR NEGRO
• Em uma disputa pela 40º N
PENÍNSULA
IBÉRICA Constantinopla
Barcelona
sucessão do profeta, Sevilha Córdoba
Roma Rio
Ti
PÉRSIA

gr
MA

e
Antioquia
os muçulmanos se Tânger
Cartago
R
M
ED
ITER
Atenas
Chipre o
Bagdá

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Eu
RÂNEO Creta Damasco
dividiram em dois
frates Go
MAGREB lfo
Trípoli Alexandria Jerusalém Pé
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grupos: sunitas IPO
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LÍBIA EGITO
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ÍNDICO
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e xiitas.
H

Rio Nilo
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Medina (Yatrib)

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• Em pouco mais N
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Arábia na época de Maomé Meca NO NE
O L
(622-632)

VE
de um século, os SO SE

RM
NO

Expansão sob os quatro S


MERIDIA

EL
primeiros califas (632-661) 380 km

HO
califas estenderam 0º
Expansão sob o califado
omíada (661-750)

o islã por um Califado abássida (750-1258)


Império Bizantino
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique.
Paris: Larousse, 1987. p. 196-197, 209.
vasto território.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1
A IDADE DA FÉ: A EUROPA
ENTRE O CRISTIANISMO E O ISLÃ

O conhecimento científico sob o islã


• Importantes estudos desenvolvidos pelos muçulmanos:

Possibilitado pela expansão do islã e das atividades comerciais,


Desenvolvimento da álgebra e
que propiciaram o contato com os numerais indianos, assim
da trigonometria
como com a bússola, o astrolábio e o papel chineses.

Desenvolvimento da teologia, Propiciado a partir do estudo obrigatório do Alcorão.


da filosofia, do direito, da Destacaram-se os pensadores Abu al-Farabi, Averróis
gramática e da história e Ibn Khaldun.

Tradução e preservação de Feitas a partir da fundação de bibliotecas e escolas, que


manuscritos originais gregos, acolheram estudiosos, poetas e copistas de diferentes culturas
persas, indianos e latinos e religiões.

Descrição de doenças e de Criação dos hospitais, de farmácias e de medicamentos em


seus respectivos tratamentos forma de pomadas, pílulas e inalantes.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 1
A IDADE DA FÉ: A EUROPA
ENTRE O CRISTIANISMO E O ISLÃ

O movimento das Cruzadas


• Concílio de Clermont (1095): AS CRUZADAS
Papa Urbano II convocou os 32° L

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


50° N
INGLATERRA

cristãos para lutar pela libertação Londres


SACRO IMPÉRIO
ROMANO-GERMÂNICO
PRINCIPADOS
RUSSOS
OCEANO
da Terra Santa, sob o domínio dos ATLÂNTICO Paris
Worms
Ratisbona
Princi
encon
FRANÇA Viena
muçulmanos desde o século VII. Vézelay
Clermont- Lyon
Milão Veneza
Gran
a
1 Cru
a
2 Cru
LEÃO -Ferrand
• Interesses econômicos e
a
PORTUGAL NAVARRA Marselha Gênova 3 Cru
CASTELA Pisa MAR NEGRO Cristã
ARAGÃO
Lisboa
sociais: as Cruzadas eram
ESTADOS
DA IGREJA Mund
Roma IMPÉRIO Constantinopla
ROMANO Cristã
também uma oportunidade de Amalfi DO ORIENTE
Edessa
Territ
seljúc

controlar os portos do Oriente,


INGLATERRA
32° L
NO
O
N
NE
L
Antioquia
Criaçã
Recon
Trípoli 34° N
Londres
obter terras
SACRO e
IMPÉRIO
ROMANO-GERMÂNICO
riquezas
RUSSOS e
PRINCIPADOS SO
S
320 km
SE
MA
R ME
DITE R
Candia Damasco
São João
RÂNEO d’Acre
Parismelhorar as condições de vida.
Worms
Ratisbona
Principais áreas de
encontro da 1 a Cruzada
Jerusalém
FRANÇA Viena
Vézelay
• Consequências: conquista de
a
1 Cruzada (1096-1099)
Gran Fonte: DUBY, Georges. Atlas histórico
Clermont- Lyon a
2 Cruzada (1147-1149)
-Ferrand Milão Veneza
mundial. Barcelona:
AVARRA

ARAGÃO
territórios para os cristãos,
Marselha Gênova
Pisa MAR NEGRO
a
3 Cruzada (1189-1192)
Cristãos latinos Larousse, 2010. p. 100-102.
desenvolvimentoIMPÉRIO
Roma
ESTADOS
DA IGREJAdo comércio Constantinopla
Mundo muçulmano
Cristãos do Oriente
ROMANO
entre Ocidente DOe ORIENTE
Amalfi Oriente e Edessa
Território disputado pelos turcos
seljúcidas e pelos bizantinos em 1094

enfraquecimento do feudalismo. Antioquia


Criação de Estados latinos
Reconquista cristã no século XII
Trípoli 34° N
MA Candia Damasco
R ME São João
DITE R
RÂNEO d’Acre
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 AS MULHERES NAS CULTURAS PAGÃ E CRISTÃ

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A
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2
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AS MULHERES NAS
CULTURAS PAGÃ E CRISTÃ
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 AS MULHERES NAS CULTURAS PAGÃ E CRISTÃ

Uma história das mulheres


• Até por volta dos anos 1970, os

ROBANA PICTURE LIBRARY/AGBPHOTO LIBRARY/


KEYSTONE BRASIL - BIBLIOTECA BRITÂNICA, LONDRES
historiadores se voltavam às ações
políticas e militares, conduzidas
na maioria das sociedades
por homens.
• A partir dessa década,
desenvolveu-se um novo modo
de fazer história, voltado à inclusão
dos diferentes grupos sociais,
que dá importância também ao
papel assumido pelas mulheres
A construção da Cidade das Mulheres, ilustração da obra
no decorrer do tempo. A cidade das Senhoras, da escritora medieval Cristina de
Pisano, século XV.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 AS MULHERES NAS CULTURAS PAGÃ E CRISTÃ

Mulheres na Antiguidade: Atenas, Esparta e Roma

Atenas Esparta Roma


• Meninas ricas aprendiam • Meninas recebiam a • Mulheres estavam sob
noções básicas de leitura, mesma educação dos a tutela do homem:
música e matemática, meninos até os 7 anos. respondiam ao pai ou
enquanto as meninas • Depois dessa idade, familiar masculino mais
pobres aprendiam deveriam cuidar da casa e próximo e, depois de
somente as tarefas praticar exercícios físicos casadas, ao marido.
domésticas. para gerarem futuros • Não podiam exercer
• Estavam submetidas à soldados espartanos cargos públicos (cidadania
vontade do pai ou do saudáveis e fortes. limitada).
marido e viviam reclusas. • Podiam possuir terras. • No período imperial,
conquistaram mais
autonomia, realizando
atividades recreativas em
espaços públicos.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 2 AS MULHERES NAS CULTURAS PAGÃ E CRISTÃ

A mulher na Europa medieval


• No período medieval, a Igreja associava a mulher à narrativa bíblica do pecado original,
condenando-a a viver sob a tutela masculina. Entretanto, nem todos concordavam com essa
visão, e algumas mulheres conseguiram se destacar por sua independência.

Leonor de Aquitânia (séc. XII): casou-se com um rei francês


e depois com um inglês, estudou astronomia e matemática e
falava oito línguas. Instigou uma rebelião dos filhos contra seu
marido e acabou presa.

Mulheres dos mosteiros cistercienses femininos


Algumas mulheres que
(sécs. XII-XIII): em Leão e Castela, mulheres nobres fundaram
se destacaram durante
abrigos livres da ingerência masculina, onde podiam adquirir
a Idade Média
propriedades territoriais.

Cristina de Pisano (séc. XIV): primeira mulher escritora,


produziu poemas e textos sobre política, moral e educação.
Sua obra mostrava que a condição inferior da mulher não era
natural, mas social.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3
TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS
NO MAR MEDITERRÂNEO

DE 8
A
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3
A
TE M

TROCAS COMERCIAIS
E CULTURAIS NO MAR
MEDITERRÂNEO
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3
TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS
NO MAR MEDITERRÂNEO

O Mediterrâneo na história
• Civilizações da Europa, da África e AS CIVILIZAÇÕES DO MEDITERRÂNEO
do Oriente Próximo construíram (SÉCULOS XV a.C.-I a.C.)

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


sua história econômica, política e N
OCEANO NO NE

cultural a partir da navegação no Mar ATLÂNTICO EUROPA O L

S
SO SE

LTA
Mediterrâneo. S

CE
350 km
MAR NEGRO 40º N

• Os fenícios, que habitavam o atual Córsega Roma


MESOPOTÂMIA
território libanês, fundaram colônias IBEROS
Sardenha
GRÉCIA
ÁSIA MENOR

e dominaram o comércio marítimo Cartago


Sicília Micenas
Cnossos
Atenas
FENÍCIA
MA
entre os séculos XI e IX a.C. NÚMIDAS R M CRETA
EDIT
ERRÂNEO
Beritus
(Beirute)

• A cultura, a filosofia e as ciências ÁFRICA


EGITO
dos gregos se espalharam pelo 20º O

Fenícia: núcleo original antes da expansão pela região do Mediterrâneo

sul da Europa e pela Ásia Menor Grécia: núcleo original antes da expansão pela região do Mediterrâneo
Roma: núcleo original antes da expansão pela região do Mediterrâneo

na Antiguidade. Fontes: DUBY, Georges. Atlas histórico mundial. Barcelona:


Larousse, 2010. p. 43; HILGEMANN, Werner; KINDER,
• Os romanos dominaram o Hermann. Atlas historique. Paris: Perrin, 1992. p. 34, 46.
Mediterrâneo ao derrotarem Cartago
nas Guerras Púnicas.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3
TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS
NO MAR MEDITERRÂNEO

O Mediterrâneo dos muçulmanos

Mar
Mediterrâneo

Via marítima do comércio Caminho das expedições de conquistas


• Entre os séculos VI e XI, com o declínio do • Os muçulmanos conquistaram a Península Ibérica
comércio e a ruralização da economia europeia, no ano de 711 e a nomearam de Al-Andaluz
os árabes muçulmanos assumiram o controle do (Andaluzia). A região foi dominada primeiramente
comércio no Mediterrâneo e tiveram seu período pelo califado omíada, parte do Império Árabe-
mais próspero. -Muçulmano, que, posteriormente, fragmentou-se
• Grandes centros comerciais no norte da África, na e deu lugar às dinastias mouras.
Península Ibérica, na Sicília e no Oriente Médio • Em 1492, europeus cristãos tomaram Granada,
negociavam ouro, cobre, mármore, madeira, o último emirado da região, durante o movimento
tecidos, sal, escravos, entre outros produtos. de Reconquista.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3
TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS
NO MAR MEDITERRÂNEO

A presença muçulmana na Andaluzia


• Algumas construções muçulmanas na Península Ibérica:
Mesquita de Córdoba (século VIII) Palácio de Alhambra (século IX)

TONI GENES/SHUTTERSTOCK

CEZARY WOJTKOWSKI/SHUTTERSTOCK
Em seu interior há uma grande biblioteca, Construído inicialmente para abrigar o palácio
com obras escritas em árabe, grego e latim. do emir de Córdoba, foi remodelado nos séculos
Frequentada por estudiosos muçulmanos, cristãos seguintes para se tornar uma fortaleza contra o
e bizantinos, transformou-se em um importante avanço cristão e um refúgio para os muçulmanos
centro de conhecimento e trocas culturais. da Andaluzia.
UNIDADE 8 TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS NA EUROPA MEDIEVAL

HISTÓRIA TEMA 3
TROCAS COMERCIAIS E CULTURAIS
NO MAR MEDITERRÂNEO

Comerciantes bizantinos,
italianos e africanos
Londres, Paris, Pisa,
Veneza e Colônia
Eram centros de entalhe
de marfim africano. Arte bizantina
O comércio, a diplomacia e
as peregrinações religiosas
ao Oriente estimularam a
Moscou difusão de mosaicos, ícones,
afrescos e outras obras no
estilo artístico bizantino pela
Londres Europa católica
Colônia Kiev e ortodoxa.
Principais rotas no Mediterrâneo Veneza Paris
Cruzadas (século XIII) Nos séculos XII e XIII,
Veneza tornou-se a
Rotas comerciais venezianas principal conexão da Gênova Veneza
Europa cristã com Marselha
Rotas comerciais islâmicas
o Oriente Médio, o Pisa
Fluxo de artistas bizantinos Império Bizantino e o Sevilha
Constantinopla
norte da África. Córdoba (Bizâncio)
Fez
Túnis
Marrakech Kairouan
Bagdá

Matérias-primas e Trípoli Acre


Jerusalém
produtos do mundo islâmico
Cairo
A partir do século X, o ouro e o marfim
africanos, as especiarias, as sedas e
outros produtos asiáticos chegavam à
Europa e ao Império Bizantino através
de portos do norte da África e do
Efeitos das Cruzadas
Mediterrâneo Oriental. A tomada de Jerusalém e de
outros territórios criou um enclave
cristão no Oriente Médio, com uma
cultura de influências bizantina,
muçulmana e franca que exportou
Fonte: O’BRIEN, Patrick K. Philip’s Atlas of World History: concise para a Europa diferentes produtos,
edition. Londres: Octopus Publishing Group, 2007; ONIANS, técnicas de metalurgia e estilos
John. Atlas del Arte. Barcelona: Blume, 2005. arquitetônicos.
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HISTÓRIA TEMA 4 A EXPANSÃO DO COMÉRCIO E DAS CIDADES

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A EXPANSÃO DO COMÉRCIO
E DAS CIDADES
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HISTÓRIA TEMA 4 A EXPANSÃO DO COMÉRCIO E DAS CIDADES

Rotas comerciais na Europa


• Principais centros comerciais PRINCIPAIS CIDADES E ROTAS COMERCIAIS NO SÉCULO XIII
(a partir do século X): 0°

FERNANDO JOSÉ FERREIRA


Bergen

• Eixo do Mediterrâneo: OCEANO


ATLÂNTICO Edimburgo MAR
Estocolmo Reval Novgorod
Gotlândia

estendia-se até o Mar Negro e DO ÁSIA


N
Riga NO NE
NORTE Escânia O L
Boston
era controlado pelas cidades Northampton
Londres
Winchester Bruges
Lubeque
Hamburgo Estetino
Gdańsk

340 km
SO
S
SE

EUROPA
italianas. Messines
Foire du Lendit
Colônia Leipzig
Frankfurt
Lagny Nuremberg Praga
Freiberg Kiev
Sarai-Berke

Nantes Paris Provins Cracóvia

• Eixo nórdico: situado Bar-s.A. Ratisbona Tana


La Rochelle Troyes Estrasburgo MAR
Santiago de Viena Budapeste CÁSPIO
40° N Compostela Lyon

entre o Canal da Mancha Guimarães


Bordeaux

Saragoça
Beaucaire
Turim Milão Veneza
Gênova Belgrado
Teodósia

MAR NEGRO
Marselha
e o Mar Báltico, dominado Lisboa
Valência
Barcelona
Pisa Florença
Roma
Barletta Durrës Adrianópolis
Trebizonda
Tabriz
Maiorca
principalmente por Sevilha Córdoba
Cádiz Málaga
Nápoles
Tessalônica
Constantinopla

Ceuta
mercadores flamengos.
WICH

Palermo Messina
Fez Antioquia
Túnis Bagdá
N

Famagusta
GREE

Trípoli

Os dois eixos eram interligados ÁFRICA MAR MEDITERRÂNEO


Creta
Damasco
E
NO D

Trípoli

pelo comércio têxtil. Ao longo Feiras


I D IA

Alexandria
Cidades
Cairo
ME R

deles, havia mercados e feiras, Rotas terrestres


Rotas marítimas:
Fonte: KINDER, Hermann; HILGEMANN, Werner;
onde vendedores e compradores HERGT, Manfred. Atlas histórico mundial: de los orígenes
italiana
hanseática
negociavam diferentes produtos. a nuestros días. Madri: Akal, 2007. p. 188.
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HISTÓRIA TEMA 4 A EXPANSÃO DO COMÉRCIO E DAS CIDADES

O crescimento urbano
• As cidades medievais a partir da expansão comercial:

Muitas estavam ligadas às Possuíam populações


rotas de comércio de maior Cidades medievais menores do que as das
fluxo de pessoas e a partir do século X cidades do Oriente, como
de produtos. Constantinopla e Bagdá.

Seus órgãos Obtinham cartas de Muitas abrigaram escolas


administrativos eram franquia que as isentavam clericais a partir do século
dominados pela aristocracia de taxações e podiam XII, onde aprendia-se
tradicional (mais poderosa) e manter governo, justiça e canto, leitura, escrita,
pela elite urbana burguesa. milícias autônomas. aritmética, religião e latim.
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As corporações de ofício

Mestre de ofício
Administrava o trabalho na
corporação e ensinava a
profissão.

Organização das
corporações de ofício
Companheiros
Maior Associações que
Aumento Trabalhadores que já
procura por controlavam a qualidade
populacional haviam aprendido o ofício e
produtos e o preço dos produtos e
recebiam salário.
protegiam os artesãos da
concorrência.

Aprendizes
Iniciavam o aprendizado
de um ofício quando ainda
eram crianças e recebiam
apenas abrigo
e alimentação.

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