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Faculdade Fidelis

Curso Pedagogia 1
Matéria: Relacionamentos Interpessoais
Docente: Patricia Cardoso Campos Nogueira
Discente: Evania Mann Weiss

Uma liderança de Ferro

Existem vários tipos de liderança, porém neste texto, conheceremos um


deles, o estilo de Margaret Thatcher (1925-2013). Única mulher até hoje na
Grã-Bretanha, a ocupar o cargo de primeira-ministra. Foi também, a primeira
mulher a liderar uma nação ocidental. Ficou conhecida como a “Dama de
Ferro”, devido sua forma autocrática de liderar. Seus liderados diretos, o
parlamento Britânico, indiretos, o povo da Nação Inglesa.
Uma líder autocrática como Thatcher, tem como características em seu
perfil, impor suas ideias e decisões ao grupo, não ouvindo opiniões. Um estilo
dominador. Podemos compreender estas afirmações, em uma de suas falas:
“Não me importo com o que os ministros falam, desde que façam o que eu
digo”.
Sua forma de liderar, chamou a atenção de todos, causando amor e ódio
por parte de muitos, até mesmo seus companheiros de partido, que
procuravam lhe dar sugestões. Em muitos momentos, estes, não apoiavam
algumas de suas posturas. Talvez uma pessoa menos decidida houvesse se
deixado levar pelas opiniões contrárias, mas Thatcher não dera sinais de se
dobrar sobre a oposição de seus oponentes.
Tal postura convicta, decidia, certa do que se quer, levou a maior parte
dos Britânicos a concordar com suas afirmações e direções de governo, pois
despertava motivações intrínsecas no povo, como a esperança de dias
melhores na economia do país, o qual vinha enfrentando uma das piores
crises. As motivações extrínsecas vieram por meio de muito trabalho. Era
capaz de lutar com sucesso por aquilo que empreendesse, com isso, criou e
executou projetos de leis favorecendo na educação, saúde, e muitos outros
segmentos.
Um grande líder se firma pelo seguinte tripé: características físicas,
características do seu grupo, e a demanda do grupo. Margaret Thatcher
possuía todas elas. Suas características físicas eram muito fortes e notáveis
para uma mulher. “Tenho extraordinária capacidade de resistência e grande
força física; tenho também habilidade feminina para me manter firme num
posto e seguir em frente, mesmo quando todos vão embora e abandonam
tudo...”, afirmou meses antes de ser eleita primeira ministra. A característica de
seu grupo, o parlamento, tratava-se de uma arena política, na qual sempre fora
muito importante o estilo agressivo dos líderes, os membros valorizavam um
dirigente capaz de manobrar e bater seu oponente. A Demanda, foi o momento
histórico em que o país Inglês estava vivendo, uma crise econômica muito
forte, com isto, crescia as tendências de direita, movidas principalmente pela
crença de que o controle do governo representava perigo para a expansão da
economia. E Margaret Thatcher era o símbolo dessa convicção.
Após 11 anos liderando seu país, a “Dama de Ferro” conseguiu reerguer
uma Nação economicamente falando. Sendo assim, tal perfil, aparenta ser o
que os Britânicos necessitavam para o momento em que viviam.
Mesmo com grandes avanços em seu governo, contudo, seu estilo não
agradava a todos. Sua fama de mulher pretensiosa e autossuficiente, se
perpetuava entre seu partido e a maioria do povo Britânico. Por isso, se fosse
possível sugerir otimizar sua atuação, com certeza uma das sugestões seria de
a Primeira Ministra Margareth Thatcher, ter desenvolvido uma personalidade
mais “política” assim dizendo, não deixando de argumentar, porém criando um
contexto de maior diálogo. Outra questão, seria não ter cortado o leite das
crianças nas escolas públicas (1971). Foi duramente criticada por esta atitude,
aumentou ainda mais sua fama de durona e inflexível, no meio dos seus
opositores e perante a população menos favorecida.
Analisando toda sua trajetória e histórico de liderança, fica um
pensamento a respeito do que seria um grande líder em nossos dias e
contextos. Seria como Thatcher? Onde suas ideias e opiniões eram absolutas,
sua personalidade uma verdadeira máquina de trabalhar e argumentar? Pois
foi, a duras penas, com muito esforço e luta argumentativa que ela se manteve
no cargo de primeira ministra por três mandatos consecutivos. Seria ideal
termos muitos lideres como a destemida Dama de Ferro? O que esta
personalidade tão forte e marcante teria a nos revelar?
Ora, uma liderança que detém o poder para si, não delega tarefas, pode
vir a sofrer pressão, de seu próprio estilo de liderar, sofre desgaste físico e
emocional. Ao mesmo tempo que este perfil atinge metas e objetivos, corre o
risco de perder grandes oportunidades, em especial no âmbito dos
relacionamentos.
“No fundo, sou uma romântica. Há ocasiões em que chego em casa à
noite, depois de tudo ter desabado sobre mim, e, silenciosamente, sozinha,
deixo cair algumas lágrimas. – MARGARET THATCHER.
Referências:
GARFINKEL, Bernard. Os grandes líderes: Margaret Thatcher. São Paulo:
Editora Nova Cultural 1897, 89 páginas.

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