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CAPÍTULO 9 sistema imunitário

O corpo humano sofre constantemente com ataques de microrganismos e substâncias


tóxicas do ambiente. Quando uma pessoa morre, seu corpo se deteriora rapidamente, pois
fica sem meios para se defender desses ataques. Isso não ocorre quando estamos vivos
e saudáveis, pois contamos com o sistema imunitário, que é especializado na defesa do
organismo. Ele é capaz de identificar e combater a maior parte dos invasores que tentam
parasitar ou agredir corpo humano.
Você tem ideia de como o seu corpo consegue fazer isso? Algumas dessas fotografias estão
relacionadas aos mecanismos de defesa do corpo? De que maneira?
Neste capítulo, você estudará o sistema imunitário e poderá responder a essas e outras questões.

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Coleção Ciências Ussal – 8º ano
Componentes do sistema imunitário
O sistema imunitário é formado por células, substâncias e órgãos especializados na
defesa do organismo.
As principais substâncias componentes do sistema imunitário são os anticorpos
ou imunoglobulinas, proteínas que estão presentes no plasma sanguíneo. As células
componentes do sistema imunitário são os leucócitos (glóbulos brancos), que podem
ser classificados em neutrófilos e macrófagos, que englobam, digerem e destroem os
microrganismos invasores por fagocitose, e os linfócitos, que produzem os anticorpos.
Os órgãos que compoem o
sistema imunitário são: baço,
timo, fígado, apêndice e medula
Região das
Pele óssea, além da pele. O sistema
tonsilas
linfático, que também compõe
Linfonodos
o sistema imunitário, é formado
Vasos linfáticos
pelos vasos linfáticos, nódulos
linfáticos (linfonodos) e a linfa.
Os linfonodos são encontrados
Timo em áreas onde os vasos linfáti-
cos se ramificam, como o pes-
coço, as axilas e as virilhas. A
linfa é um líquido constituído
Baço por parte do plasma sanguíneo
e por glóbulos brancos, e circula
pelos vasos linfáticos.
Os linfonodos são peque-
Apêndice nos órgãos arredondados que,
além de funcionar como filtros
da linfa, contêm leucócitos que
atacam e destroem organismos
causadores de infecções. Os
linfonodos são conectados en-
Medula óssea tre si por uma extensa rede for-
Se julgar interessante, mada pelos vasos linfáticos. São
comente que o fígado,
apesar de não estar procedimentos comuns em um
representado, produz
Vasos linfáticos exame médico a observação das
algumas proteínas que
auxiliam na defesa do tonsilas e a apalpação do pesco-
organismo. ço do paciente, para verificar se
A linfa é transportada por vasos pelos vários órgãos do sistema os linfonodos estão inchados, o
imunitário. (Representação em cores-fantasia.).
que pode indicar uma infecção
próxima à região examinada.

O exame visual das tonsilas possibilita perceber placas amareladas, que indicam a existência de processo infeccioso (setas azuis).
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Mecanismos de defesa
Os mecanismos de defesa imunitários são de dois tipos: os primários, ou inatos, e os
secundários, ou adquiridos.
As defesas imunitárias primárias ou inatas, como o nome diz, já estão presentes ao
nascimento e são as primeiras barreiras que os elementos estranhos encontram ao ten-
tar penetrar no corpo humano. As respostas que essas barreiras dão aos agressores são
imediatas e não são específicas, isto é, são as mesmas para qualquer elemento estranho
ao organismo. Algumas das principais barreiras inatas são a pele, a saliva, a lágrima, o
muco, o suco gástrico e os processos inflamatórios.

Pele Muco
A pele é considerada uma
das principais barreiras contra
O muco recobre as mucosas
os invasores. Além da presença
e retém elementos estranhos ao
de queratina em sua superfície,
corpo. Além disso, facilita a ação
o que a torna impermeável,
dos leucócitos.
a pele produz substâncias
que inibem o crescimento de
microrganismos.

Flora intestinal Suco gástrico

Nos intestinos existem


comunidades de bactérias
benéficas ao organismo,
O suco gástrico, produzido
que competem com os
no estômago, é ácido e limita
microrganismos patogênicos e
a multiplicação de muitos
impedem que eles se instalem
microrganismos que podem
no corpo. (Fotomicrografia de
estar presentes nos alimentos.
varredura de bactéria intestinal.
Ampliação de 4000 vezes.
Cores artificiais.)

Saliva e lágrima Inflamação


Observe a mão
esquerda na fotografia. A
inflamação é caracterizada
As glândulas salivares por vermelhidão,
e lacrimais produzem, inchaço, temperatura
respectivamente, a saliva e a elevada e dor, causados
lágrima, que contêm enzimas pelos mecanismos de
que podem destruir bactérias. combate a elementos
agressores do organismo
(microrganismos, corpos
estranhos).

As defesas imunitárias secundárias ou adquiridas são aquelas em que o sistema


imunitário produz anticorpos em resposta a elementos estranhos (antígenos) específi-
cos. Esse tipo de mecanismo não tem ação imediata, isto é, há um tempo entre a inva-
são do antígeno e a resposta imunitária que o organismo desencadeia para combatê-lo.
Para que o corpo possa se defender de vírus, bactérias ou fungos patogênicos, ele
precisa entrar em contato com o invasor (antígeno) para, depois, produzir as células ou
anticorpos capazes de combater os invasores. A capacidade de responder a esse invasor
fica na “memória” do sistema imunitário, o que favorece uma ação rápida do organismo
diante de um antígeno já conhecido.
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Aquisição de imunidade
A imunização ou aquisição de imunidade pode ocorrer de forma natural ou artificial
e pode ainda ser ativa ou passiva.
Imunização natural ativa ocorre quando o con-
tato com antígenos faz com que o organismo res-
ponda formando anticorpos específicos para a defe-
sa. Assim, se o organismo teve contato com o vírus
da catapora, por exemplo, houve produção de anti-
corpos específicos que os combateram.
Anos após a cura da doença, o corpo ainda tem
a memória do processo de formação daqueles anti-
corpos e, com isso, adquiriu imunidade contra a do-
ença. Se algum dia o organismo entrar em contato
novamente com o microrganismo causador da cata-
pora, o corpo reagirá prontamente e, embora infec-
tado pelo antígeno, o organismo não desenvolverá a
O colostro é a
doença. secreção produzida
Imunização natural passiva ocorre quando os anticorpos para determinados an- pelas glândulas
tígenos são introduzidos no corpo de uma pessoa naturalmente, como durante a mamárias nos
primeiros dias após
amamentação. Uma grande quantidade de anticorpos, que corresponde à memória o parto. Esse líquido
do sistema imunitário que a mãe desenvolveu ao longo da vida, passa pelo leite, é rico em água,
principalmente pelo colostro, para o corpo da criança, garantindo a imunidade contra leucócitos, anticorpos
várias doenças nos primeiros meses de vida. e carboidratos.
Imunização artificial ativa é feita pela vacinação. A vacina é formada por antígenos
capazes de estimular a produção de anticorpos específicos no organismo. Esses antíge-
nos contidos na vacina são semelhantes ou mesmo idênticos aos dos organismos que
causam as doenças, mas são inofensivos. Surto:
manifestação, em
A imunização artificial ativa de uma pessoa, isto é, a vacinação, deve começar ao nas- uma comunidade
cer e se prolongar por toda a vida. As secretarias da saúde costumam disponibilizar vaci- ou região, de casos
nação específica para cada idade. As vacinas são aplicadas gratuitamente pelos centros de uma doença com
uma frequência
de saúde e existe um calendário básico de imunização, que deve ser seguido. Além disso, maior do que a
há campanhas de vacinação promovidas pelo Ministério da Saúde. normal; epidemia.

Em pratos limpos
É possível evitar a gripe?
A gripe é uma doença que pode trazer prejuízos à vida dos doentes, que muitas vezes precisam faltar às aulas e ao tra-
balho. Além disso, podem ocorrer complicações respiratórias que resultem em internações hospitalares e até em morte.
Hábitos de higiene da população e a quantidade de pessoas imunizadas contra o vírus responsável por um surto po-
dem influenciar na propagação da gripe. Quanto maior a quantidade de pessoas imunizadas contra o vírus em circulação,
menor será a proporção do surto.
No século XX ocorreram três pandemias de influenza, isto é, surtos de gripe que rapidamente atingiram o mundo todo.
• Entre 1918 e 1919: gripe espanhola, causada pelo vírus H1N1;
• Entre 1957 e 1958: gripe asiática, causada pelo vírus H2N2;
• Entre 1968 e 1969: gripe de Hong Kong, causada pelo vírus H3N2.
No século XXI, em 2009, ocorreu uma nova pandemia de gripe, a influenza A (H1N1) ou gripe A, causada pelo vírus
A (H1N1).
Com sintomas parecidos com os da gripe comum, a gripe A ataca principalmente os pulmões e pode provocar pneu-
monia e morte.

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Diante da gravidade da epidemia e da
necessidade de esclarecimento à popu-
lação, o Ministério da Saúde forneceu as
orientações ao lado para prevenção da
gripe A (H1N1).
Graças a grandes esforços de governos
e institutos de pesquisa, rapidamente foi Lavar
Lavar as
Lavaras mãos
asmãos frequentemente
mãosfrequentemente com
frequentementecom
com Ao
AoAotossir
tossir
tossirou
ou
ouespirrar,
espirrar,
espirrar,cobrir
cobrir
cobrirooonariz
nariz
nariz Nãocompartilhar
Não
Não compartilharalimentos,
compartilhar alimentos,copos,
alimentos, copos,
copos,
água
águaeeesabão,
água sabão, especialmente
sabão,especialmente depois
especialmentedepois
depois eeeaaaboca
boca
bocacom
com
comum
um
umlenço,
lenço,
lenço, toalhaseeeobjetos
toalhas
toalhas objetosde
objetos deuso
de usopessoal.
uso pessoal.
pessoal.
criada uma vacina contra o vírus H1N1, e de
de tossir
detossir ou
tossirou espirrar.
ouespirrar.
espirrar. preferencialmente
preferencialmentedescartável.
preferencialmente descartável.
descartável.
três países ficaram encarregados de pro-
duzi-la: o Brasil, a França e a Austrália.
ATCHIM!
ATCHIM!
ATCHIM!

Os cuidados recomendados para evitar a


gripe A (H1N1) também evitam outros tipos
de gripe. Pessoas
Pessoas
devem
devem
com
Pessoascom qualquer
comqualquer
frequentar
devemfrequentar
gripe
qualquergripe
ambientes
frequentarambientes
não
gripenão
não
fechados
ambientesfechados
fechados
Procure
Procureoooseu
Procure
de
de saúde
desaúde
saúdeem
seu
em
médico
seumédico
médicoou
caso
emcaso
casode de
ou
ouaaaunidade
gripe,
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unidade
unidade
para
gripe,para
para
Não
Não usar
Nãousar
orientação
orientação
medicamentos
usarmedicamentos
medicamentossem
médica.
sem
sem
médica.AAAautomedicação
orientaçãomédica. automedicação
automedicação
eeecom
com aglomeração
comaglomeração
aglomeraçãodede pessoas.
depessoas.
pessoas. diagnóstico
diagnósticoeeetratamentos
diagnóstico tratamentos adequados.
tratamentosadequados.
adequados. pode
pode ser
podeser prejudicial
prejudicialàààsaúde.
serprejudicial saúde.
saúde.
Fonte: Ministério da Saúde.

A vacinação da população evita a ocorrência de epidemias, além de apresentar vanta-


gens econômicas, pois geralmente é mais barato prevenir do que tratar uma doença. Com
as campanhas de vacinação contra a poliomielite, essa doença foi totalmente controlada no
Brasil. A varíola, que é uma doença muito perigosa, foi banida no mundo devido à vacinação.
A imunização artificial passiva ocorre quando uma pessoa recebe anticorpos artifi-
cialmente, por uma transfusão de sangue ou pela aplicação de soros, que são medica-
mentos produzidos em laboratório. Tanto o sangue como o soro têm grande quantidade
de anticorpos. Alguns exemplos de soro são o soro antitetânico e os soros antiofídicos
(contra o veneno de serpentes).

Produção do soro antiofídico


Existem alguns microrganismos e toxinas que agem rapidamente no corpo humano, não dando tempo
suficiente para o sistema imunitário agir e produzir anticorpos para combatê-los. Nesses casos, é ne-
cessário tomar soro, que já contém os anticorpos específicos. Esse é o caso, por exemplo, das picadas
de algumas serpentes peçonhentas, cujo veneno apresenta toxinas que agem rapidamente no corpo,
podendo levar a vítima à morte.
No Brasil, os soros antipeçonhentos são produzidos pelo Instituto Butatan, em São Paulo, pelo Insti-
tuto Vital Brazil, no Rio de Janeiro, e pela Fundação Ezequiel Dias, em Minas Gerais.
O Ministério da Saúde compra toda a produção de soro e, através das secretarias de saúde dos estados,
distribui gratuitamente aos hospitais.
Cada tipo de soro antiofídico é eficaz contra o veneno de uma espécie ou gênero de serpente. Assim,
o soro anticrotálico age contra o veneno da cascavel; o soro antielapídico, contra o veneno da coral-
-verdadeira, e o soro antibotrópico tem anticorpos específicos contra os venenos das serpentes do gênero
Bothrops (jararaca e urutu). Como os acidentes com jararacas e cascavéis são os mais comuns, quando não
se sabe qual serpente picou uma pessoa, aplica-se o soro polivalente,
2 que é uma mistura do soro antibotrópico e do soro anticrotálico.

Etapas da produção de soro antiofídico. (Representação fora de proporção. Cores-fantasia.).


1. Extrai-se o veneno (antígeno).
2. Injeta-se uma pequena porção do veneno em um animal, que pode ser um cavalo.
3 3. O animal passa a produzir anticorpos que neutralizam a ação do veneno. Após 30 ou 40
dias, retira-se uma amostra de sangue, do animal e, se a quantidade de anticorpos produzida
1 é suficiente, retira-se até 15 litros de sangue, no caso do cavalo, em intervalos de 48 horas e
separa-se o plasma sanguíneo; os glóbulos vermelhos são devolvidos ao animal.
Soro Soro 4. Retira-se o fibrinogênio do plasma, restando o soro rico em anticorpos, que é testado,
4 colocado em frascos e armazenado.

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Doenças do sistema imunitário
Embora o sistema imunitário seja o responsável
pela defesa do organismo, ele também pode ado-
ecer. A leucemia e a Aids são as principais doenças
que afetam o sistema imunitário.

Leucemia É uma doença caracterizada pela


formação de grandes quantidades de leucócitos
anormais resultantes de um processo incompleto
de crescimento celular. Esses leucócitos doentes
são incapazes de defender o organismo e são pro-
duzidos por células cancerosas existentes na me-
dula óssea da pessoa doente. As células cancerosas
multiplicam-se rapidamente danificando a produ-
ção de glóbulos vermelhos e plaquetas na medula
óssea. Com isso, a quantidade de glóbulos brancos
anormais aumenta muito e o sangue deixa de re-
alizar algumas de suas funções, o que resulta em
dificuldade de cicatrização, anemias e infecções.
Os sintomas da leucemia estão relacionados
com a falta de células normais do sangue, assim:
• a falta de glóbulos vermelhos provoca anemia,
palidez, sonolência e cansaço;
• a falta de plaquetas resulta em manchas roxas na
pele, sangramento do nariz e dificuldade de cica-
trização, mesmo em pequenos ferimentos; Fotomicrografia de glóbulos brancos anormais de uma pessoa
com leucemia. (Ampliação de 3600 vezes. Cores artificiais.)
• a falta de leucócitos normais resulta um aumento
das infecções no organismo;
• os linfonodos podem ficar aumentados em de-
corrência do acúmulo de células anormais em seu
interior;
• as células leucêmicas podem se alojar no sistema
nervoso, provocando dores de cabeça e vômitos.
O tratamento depende do tipo de leucemia, mas
todos têm como objetivo destruir as células cance-
rosas. A destruição da medula óssea doente pode
ser feita por radioterapia e por quimioterapia. Mui-
tas vezes, é necessário fazer transplante de medula
óssea para que o organismo volte a produzir células
sanguíneas normais.
Hábitos de vida saudáveis como uma alimenta-
ção rica e equilibrada ajudam na manutenção da Manchas na pele provocadas pela leucemia.
saúde do sistema imunitário. Sendo assim:
• a ingestão de bastante água mantém as mucosas úmidas e os cílios das vias respirató-
rias em movimento contribuindo para a eliminação de microrganismos;
• o consumo de alimentos que ajudam na manutenção e equilíbrio da flora intestinal,
como iogurte e leite fermentado, promove a ativação dos linfócitos e a produção de
anticorpos;
• alimentos ricos em nutrientes e vitaminas, como leite, peixe e verduras, ajudam o
organismo na recuperação em casos de gripes e resfriados.
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Transplante de medula óssea (TMO)
A medula óssea é um importante órgão na produção das célu- Medula óssea
las do sangue e localiza-se no interior de alguns ossos, também
chamado de tutano, formado por um tecido gelatinoso. Todas Célula
as células sanguíneas maduras são originárias de um único tipo hematopoiética
de célula existente na medula óssea, a célula progenitora hema-
topoiética (CPH), chamada célula-mãe ou ainda célula-tronco. Hemácias
Em alguns casos de leucemias e linfomas, é necessário elimi- Plaquetas
nar a medula óssea e substituí-la por outra, sadia. Esse proce- Neutrófilo
dimento, chamado transplante de medula óssea (TMO), segue
os seguintes passos:
• primeiro, é necessário tratar o paciente a fim de destruir a Basófilo Linfócitos
medula doente e também desativar o sistema imunitário,
diminuindo os riscos de o organismo rejeitar as células sa-
dias que serão transplantadas; Esinófilo Macrófago
• as células progenitoras sadias são transplantadas no pa-
ciente em um processo parecido com uma transfusão de Formação de células sanguíneas a partir das
sangue. As células-mãe circulam na corrente sanguínea e células existentes na medula óssea. (Representação
vão para a medula óssea, onde se multiplicarão, formando fora de proporção. Cores-fantasia.).
novas células-mãe sadias;
• no período que se segue ao transplante, o paciente deve ficar internado em isolamento por duas a
três semanas. Enquanto o organismo não produz as células sanguíneas em quantidades suficientes, ele
estará sujeito a infecções e hemorragias.
Como é o transplante para o doador:
• o voluntário (entre 18 e 55 anos) deverá se cadastrar em um banco de sangue. Após um exame de saú-
de e testes laboratoriais que comprovem seu bom estado de saúde, serão colhidos 10 mL de sangue
para os testes de compatibilidade;
• o cadastro e o resultado do exame ficarão disponíveis para consulta e cruzamento de dados com os de
pacientes aguardando transplante;
• em um centro cirúrgico, o doador será anestesiado e, com o uso de agulhas e seringas, serão feitas
várias punções no osso posterior da bacia, aspirando-se até 15% da medula óssea. O doador ficará
internado por 24 horas e poderá voltar às suas atividades normais em uma semana. Sua medula estará
restaurada em poucas semanas.
Saiba mais consultando os seguintes sites (acessos em: jan. 2012.):
• Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (ABRALE): <www.abrale.org.br/doencas/transplante/
index.php?area5transplante>.
• Instituto Nacional de Câncer (INCA): <www.inca.gov.br>.
• Associação da Medula Óssea (AMeO): <www.ameo.org.br/interna2.php?id55>.

Aids A Aids ou Sida (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma doença


que ataca o sistema imunitário. É causada pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência
Humana), que destrói os linfócitos capazes de reconhecer os antígenos. Assim, as defe-
sas do organismo ficam enfraquecidas e a pessoa pode passar a contrair muitas doen-
ças infecciosas, até as mais comuns, que seriam rapidamente combatidas pelo sistema
imunitário de uma pessoa sadia. No capítulo de doenças sexualmente transmissíveis,
esse tema será aprofundado.

• Os componentes e a função do sistema imunitário.


neste • As barreiras imunitárias inatas.
capítulo, • As defesas imunitárias adquiridas.
você • As formas de aquisição de imunidade.
estudou • O que são soro e vacina.
• As vantagens da vacinação.
• Algumas doenças do sistema imunitário.

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