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Ciência Animal, 22(1): 171-187, 2012 – Edição Especial

DISTÚRBIOS REPRODUTIVOS DO REBANHO BUBALINO NACIONAL

(Reproductive problems of the national Buffalo herd)

Otávio OHASHI1; Moysés dos Santos MIRANDA1, Simone Damasceno


SANTOS1, Marcela da Silva CORDEIRO2, Nathália Nogueira da COSTA1, Thiago
Velasco SILVA1.

1
Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Fecundação in vitro da Universidade Federal do
Pará, Rua Algusto Correa s/n, 66900-110, Belém-PA, Brazil; 2Instituto Federal de Educação Ciência e
Tecnologia, Rua Rio de Janeiro n3322, 68440-000, Abaetetuba-PA, Brazil
*e-mail: ohashi@ufpa.br

RESUMO

O objetivo deste trabalho é descrever as principais alterações reprodutivas que ocorrem


no rebanho bubalino nacional, aqui classificado como de origem adquirida e de origem
genética/congênita, tanto em machos como em fêmeas, embasando os profissionais
quanto a sua ocorrência, especialmente em relação aos problemas de caráter genético
para que possam evitar que animais com tais alterações sejam utilizados como doadores
de sêmen (Touros) ou ovócitos/embriões (Matrizes), respectivamente, em centrais de
Biotecnologia da Reprodução, prevenindo deste modo a difusão do problema genético
reprodutivo no rebanho nacional.
Palavras-chaves: Bubalus bubalis, Patologia da reprodução.

ABSTRACT

The objective of this paper is to present the most important reproductive problems that
occur in national buffalo herd, in both male and female, which were classified as
acquired and genetic/congenital etiology in order to give technical support for
professionals in relation to the occurrence of such problems, especially in relation to the
genetics ones to avoid that animals with such alterations are used as donor of semen

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(Bulls) or donor of oocytes/embryos (Cow), respectively, preventing this way that such
genetic problems are spread in the herd.
Key-words: Bubalus bubalis, Pathology of reproduction

INTRODUÇÃO

Estudos clínicos dos problemas reprodutivos de rebanhos criados na região


amazônica já foram realizados por vários autores, tanto em fêmeas (Ribeiro, 1996),
quanto em machos bubalinos (Ohashi et al., 1984; Ribeiro et al., 1987; Ohashi et al.,
1988, Ohashi, 1997; Vale et al., 2002; Ribeiro & Vale, 2007; Barbosa, 2010).
Entretanto, a maioria dos problemas reprodutivos descritos nos bubalinos, como os tipos
e a frequência, são baseados em trabalhos realizados com materiais de animais de
matadouro, principalmente, por serem de fácil obtenção e observação (Ohashi, 1982;
Chaudhary et al., 1982; Vale & OhashI, 1994).
O conhecimento da ocorrência de problemas reprodutivos em um determinado
rebanho é fundamental para embasar os profissionais a cerca da prevenção e controle
dos problemas relacionados à fertilidade/infertilidade, propiciando, também, o
embasamento necessário para a implantação de um bom manejo reprodutivo. Além
disso, esse conhecimento é muito importante no processo de seleção de animais
potenciais doadores de sêmen ou ovócito/embrião, tendo em vista que através das atuais
biotécnicas da reprodução (Inseminação Artificial, Transferência de Embrião e
Fecundação In Vitro, etc.) pode-se obter centenas de descendentes de um único
reprodutor ou matriz, potencializando a difusão dos caracteres desejáveis, bem como, a
exclusão dos indesejáveis.
Portanto, o objetivo deste trabalho é descrever os principais problemas
reprodutivos, de origem adquirida e de origem genética e/ou congênita, que ocorrem no
rebanho bubalino brasileiro.

Principais problemas reprodutivos de origem adquirida na fêmea

Lesões adquiridas em função de processos inflamatórios no útero e tuba uterina

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Os processos inflamatórios do útero em vacas bubalinas não são


frequentes, entretanto, essas alterações podem ocorrer em níveis significativos em
determinadas situações de manejo onde há a presença de lagoas ou pântanos, uma vez
que os animais, por sua sensibilidade a insolação, procuram essas áreas para
refrescarem-se, o que facilita a infecção ascendente do trato genital, especialmente nas
fêmeas recém-paridas. Este fato é frequentemente observado nas condições de manejo
da região amazônica (Vale & Ribeiro, 1988; Vale & Ohashi, 1994, Ribeiro, 1996), o
que reflete diretamente na alta incidência de processos inflamatórios do útero como
endometrite, metrite e piometrite, diagnosticados no estudo de 590 animais de
abatedouro de Belém (Pa) como descrito na Tabela 1 (Ohashi, 1982).

Tabela 1: Principais distúrbios reprodutivos do útero observadas em 590 búfalas


abatidas em matadouro, Belém – PA (OHASHI,1982).
Distúrbio Reprodutivo Frequência
Nº %
Inflamação uterina 44 7,45
Hiperplasia cística do endométrio 01 0,16
Cisto cervical 04 0,33
Cisto do perimétrio (serosa uterina) 14 2,37

Estudos de 18 processos inflamatórios do útero revelaram Escherichia coli,


Staphylococcus aureus, Enterobacter spp., Corynebacterium spp., Klebsiella spp. e
Proteus spp. como principais agentes bacterianos causadores de infecção, sendo que em
alguns casos foi observado infecção cruzada, com mais de um tipo de bactéria (gram
positivas e gram negativas) (Ribeiro, 1996). Os processos inflamatórios do útero quando
não tratados adequadamente podem, por difusão ascendente, disseminar provocando
anomalias que levam a infertilidade, tais como: Aderência difusa, cisto tubo-ovárico,
obstrução do lúmen, podendo ocasionar hidrossalpinge, sendo que todas essas
alterações podem ocorrer de forma uni ou bilateral (Tabela 2).

Tabela 2: Principais distúrbios reprodutivos da tuba uterina observadas em 590 búfalas


abatidas em matadouro, Belém- PA (OHASHI 1982).
Distúrbio Reprodutivo Tuba uterina Frequência
D E Bi Nº %
Aderência difusa 8 1 10 19 3,22
Hidrossalpinge 6 6 9 21 3,55
Cisto tubo-ovárico 4 - 7 11 1,86
D = direito / E=esquerdo / Bi = bilateral

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Problemas reprodutivos adquiridos no ovário

Degeneração Cística dos Ovários


Os principais tipos de cistos ovarianos observados em búfalas são: cisto
folicular, cisto luteinizado, cisto do corpo lúteo e cisto para-ovárico (Ohashi, 1982,
Ribeiro, 1996), sendo que os dois últimos tipos de cisto parecem não afetar a função
reprodutiva (Mcentee, 1990; Nascimento & Santos, 2011). O diagnóstico diferencial,
dos diferentes tipos de cistos ovarianos pode ser facilmente realizado com o auxílio do
ultrassom.
Dentre os cistos que causam problemas reprodutivos, o cisto folicular é o mais
frequente e assim como na vaca bovina, ocorre com maior incidência em animais no
período pós-parto. O sintoma mais frequente é o anestro, entretanto, pode ocorrer
sintomas de ninfomania, semelhante à vaca bovina. Além disso, como consequência da
estimulação dos hormônios esteróides produzido pelo cisto folicular pode levar à
hiperplasia cística do endométrio (Mcentee, 1990), fato observado em um caso de cisto
folicular de um animal abatido em matadouro (Ohashi, 1982).
Segundo Roberts (1986) e McEntee (1990) em casos crônicos/persistente, o
prolongamento dessa alteração pode culminar com a atrofia e a atonia do miométrio
pela fadiga ao constante estímulo dos hormônios esteroidais, provocando o acúmulo de
muco endometrial, caracterizando a alteração denominada de mucometra, entretanto, na
literatura consultada não há referência com relação a sua ocorrência na búfala.
O tratamento mais utilizado em caso de cisto folicular é baseado nos hormônios
que promovem a ovulação e/ou luteinização (GnRH, LH, hCG) seguido após 8-9 dias
de aplicação de prostaglandina f2 alfa.
O Cisto luteinizado é originado de um folículo anovulatório e que apresenta uma
fina camada de tecido luteínico revestindo a parede cística, permanecendo, entretanto,
uma grande cavidade cística. A diferença do cisto de corpo lúteo é a ausência da papila
de ovulação e a grande cavidade cística presente no cisto luteinizado. O principal
sintoma é o anestro. O tratamento preconizado é à base, também, de prostaglandina f2
alfa.

Teratoma

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Foi observado que em búfala (Ohashi, 1982; Vale & Ohashi, 1994), assim com
em zebu (Mcentee, 1990), que o tumor ovariano mais frequente é o teratoma,
caracterizado por apresentar tecidos de diferentes órgãos na sua constituição. Em
zebuínos, curiosamente, foi observado que a presença de teratoma em um dos ovários
não compromete o processo gestacional, tanto em animais abatidos em matadouro como
na prática clínica de campo (Nascimento & Santos, 2011).

Estacionalidade Reprodutiva (Anestro Fisiológico)

A estacionalidade reprodutiva em búfalas é observada, principalmente, em


regiões onde existem as estações do ano bem definidas, com a concentração da
atividade reprodutiva nas estações de dias curtos (outono/inverno - menor
luminosidade/dia).
Nas regiões sul e sudeste do Brasil a atividade reprodutiva concentra-se nos
meses de março a julho (outono), com concentração de até 93% dos cios neste período
(Baruselli, 1993). Em função deste fato, nessas regiões é importante que o manejo
reprodutivo dos animais leve em consideração essa característica, especialmente,
durante a implantação de programas de Inseminação Artificial.
A estacionalidade é influenciada pela ação do hormônio melatonina, a
semelhança do que ocorre em ovelhas, cuja concentração sanguínea encontra-se elevada
nas estações do ano com baixa luminosidade (Zicarelli, 1994). Este fato tem levado
pesquisadores dessas regiões, a desenvolverem programas de seleção de animais que
não são afetados na sua atividade reprodutiva pela estação do ano, ou através de
protocolo baseado em estimulação hormonal para “desestacionalizar” a reprodução
desses animais (Baruselli, 2000; Ohashi & Baruselli, 2008). Na Itália Zicarelli (1994)
menciona a alteração no manejo reprodutivo, que algumas fazendas vêm realizando há
mais de 20 anos com sucesso, e que consistem em retirar os touros do meio das vacas na
estação reprodutiva, que na Itália é no período de outubro a fevereiro, e colocando-os
juntos na “estação não reprodutiva”, com este procedimento obtém-se mais de 90% de
parição fora da estação tradicional, processo denominado Out-of-Breeding-season-

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mating (OBSM). Esta alteração no manejo reprodutivo visa ofertar a mussarela na


“entre-safra” e com isso obter melhores preços.
Na Amazônia, bem como em outras regiões onde não ocorre a diferença de
luminosidade é frequente a observação da concentração de partos em determinadas
épocas do ano. Entretanto, nestes casos a “reprodução estacional” não é um processo
fisiológico como nas regiões onde ocorre a diferença da luminosidade, mas um
problema reprodutivo em função da disponibilidade (estação chuvosa) ou carência de
alimento (estação seca), favorecendo, respectivamente, a atividade reprodutiva ou o
anestro (ovário afuncional).

Principais anomalias reprodutivas de origem adquirida no macho

Degeneração testicular
A degeneração testicular é um dos distúrbios reprodutivos de maior prevalência,
especialmente em bovinos (Mcentee, 1990), podendo ser causada por inúmeros fatores,
entretanto, em regiões de clima tropical, uma das principais causas é a alta temperatura
associada à alta umidade (Ohashi et al., 1988).
O quadro seminal do bubalino com degeneração testicular caracteriza-se por alta
porcentagem de patologia de cauda espermática (Ohashi et al., 1988; Solano, 2009), o
que difere do bovino, no qual a predominância são as patologias da cabeça e da gota
citoplasmática proximal (Ohashi & Nur, 1985). O conhecimento desta diferença no
quadro espermático da degeneração testicular em bubalinos, especialmente, em relação
à alta incidência de anomalias da cauda espermática é importante para o diagnóstico
diferencial com relação à disfunção do epidídimo e o DAG “defect”.

Outras alterações
Em áreas em que a tuberculose e a brucelose são endêmicas, essas doenças
podem provocar, em búfalos, a ocorrência de orquite e epididimite (Ohashi et al., 1984;
Ribeiro et al., 1987; Barbosa et al., 2010). Entretanto, nessas mesmas áreas, não foi
relatada a ocorrência de inflamação das glândulas vesiculares, anomalia frequente em
bovinos de áreas endêmicas para as referidas doenças (Mcentee, 1990).

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Problemas reprodutivos de origem genética e/ou congênita

A identificação de animais com problemas reprodutivos de caráter genético é de


grande importância, especialmente se forem touros doadores de sêmen ou vacas
doadoras de oócito/embrião, tendo em vista a possibilidade de sua difusão no rebanho,
através das técnicas de Inseminação Artificial e Transferência e Produção In vitro de
embrião, respectivamente
Um dos principais fatores que levam ao aparecimento das anomalias de origem
hereditária, especialmente as de caráter recessivo, é a consanguinidade, fato que
segundo Ohashi (1996) e Vale & Ribeiro (2009) está ocorrendo no Brasil brasileiro em
função do pequeno número de animais que deram origem ao referido rebanho.
Abaixo, foram listadas as anomalias de possível caráter genético e/ou congênita
que acometem o sistema genital e que foram descritas no rebanho nacional para que os
profissionais de campo possam identificar com mais facilidade suas ocorrências.

Principais problemas reprodutivos de origem genética e/ou congênita da búfala

Hipoplasia Ovariana
A hipoplasia gonadal é uma anomalia de caráter hereditário e está bem descrita
em bovinos, mas ocorre em todas as espécies de mamíferos e acomete tanto a fêmea
quanto o macho (Roberts, 1986; Mcentee, 1990). Tendo em vista o caráter hereditário, é
de fundamental importância que seja realizado o correto diagnóstico para se evitar que
animais portadores desta anomalia sejam utilizados como reprodutores ou matrizes.
Assim como nos bovinos, a hipoplasia gonadal se caracteriza, clinicamente, pelo
menor tamanho das gônadas, quer seja ovário ou testículo, podendo afetar uma
(unilateral) ou as duas gônadas (bilateral), de maneira parcial ou total (Roberts, 1986;
Mcentee, 1990, Nascimento & Santos, 2011).
Ohashi (1982) observou quatro casos (0,67%) de hipoplasia ovariana de 590
sistemas genitais examinados, sendo dois caso unilateral esquerdo, um caso unilateral
direito e um caso bilateral. Entretanto, deve-se ter o cuidado na definição do diagnóstico
pelo “toque retal” baseado somente no tamanho ovariano, especialmente, em animais

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com ovários afuncionais, tendo em vista que os ovários da búfala são menores que o da
vaca (Ribeiro & Vale, 1988).

Anomalias de Desenvolvimento dos Ductos de Muller (Aplasia Segmentar da Tuba


e do Útero, Dupla Cérvice, Persistência da Parede Medial dos Dutos de Muller)

Os Ductos de Muller ou Paramesonéfrico embrionário diferenciam-se, na fêmea,


na tuba uterina, útero, cérvice e parte da vagina. Portanto, são problemas de
desenvolvimento dos ductos de Muller que levam a alteração que se apresentam nas
mais diferentes formas como a aplasia da tuba ou útero, dupla cérvice, bem como a
persistência da parede medial dos ductos. Essas alterações denominadas em bovino
como “White heifers desease” ou doença das novilhas branca, por ter sido inicialmente
observado com maior ocorrência em novilhas brancas (Roberts, 1986; Mcentee, 1990)
já foram, também, descritas no rebanho bubalino nacional por Vale et al. (1981),
Ohashi (1982), Vale & Ohashi (1984) e Ohashi (1996).
Na Tabela 4 são descritos casos de alteração dos ductos de Muller que foram
observados nos sistemas genitais de búfalas abatidas em matadouro, onde 12 (2,03%),
dos 590 animais analisados, apresentaram diferentes alterações de desenvolvimento
(Ohashi, 1982). A elevada frequência dessas alterações pode ser em decorrência da
consanguinidade do rebanho, salientando a necessidade da identificação e
controle/eliminação dos animais portadores dessas anomalias.

Tabela 3: Principais distúrbios reprodutivos dos ovários observados em búfalas


abatidas em matadouro, Belém- PA (OHASHI, 1982).
Distúrbio reprodutivo Ovário Frequência
D E Bi Nº %
Cisto folicular 6 3 1 10 1,69
Cisto Luteinizado 3 1 - 4 0,67
Cisto de corpo lúteo 3 - - 3 0,50
Cisto para-ovárico 12 12 1 25 4,23
Teratoma 1 1 - 2 0,33
Ovário afuncional - - 2 2 0,33
D = direito / E=esquerdo / Bi = bilateral

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Tabela 4: Descrição das diferentes alterações do desenvolvimento dos Ductos de


Muller observados em 590 genitais de búfalas abatidas em matadouro, Belém – PA
(OHASHI, 1982).
Alteração Frequência
Nº %
Aplasia segmentar da tuba uterina 7 1,18
Aplasia segmentar do útero 2 0,33
Septo dorso ventral no óstio caudal da cérvice 1 0,16
Dupla cérvice 1 0,16
Ausência da abertura caudal da cérvice 1 0,16
TOTAL 12 2,03

Principais problemas reprodutivos de origem genética e/ou congênita do búfalo

Hipoplasia Testicular
A ocorrência dessa anomalia no rebanho bubalino nacional já foi descrita por
Ohashi et al. (1988, 1995, 1997), Vale e Ribeiro (2009) e Barbosa et al. (2010), bem
como em outros países por Kaikini e Patil, (1978), Kodagali et al. (1980) e Khan et al.
(1991). Entretanto, ainda são necessários estudos mais abrangentes para definição da
frequência dessa anomalia no rebanho.
Estudo das ocorrências de anomalias testiculares em bubalinos abatidos em
matadouro observaram dois casos (0,62%) de hipoplasia testicular dos 319 animais
examinados (Ohashi et al., 1995). Em rebanho puro da raça Murrah, Vale e Ribeiro
(2009) examinaram 123 touros e encontraram 11 (8,94%) animais com a hipoplasia
testicular, salientando que esta alta incidência deveu-se à reprodução consanguínea. Em
um estudo da prevalência das anormalidades reprodutivas de búfalos da região
amazônica, Barbosa et al. (2010) examinaram 305 reprodutores e encontraram 74 com
problemas testiculares, sendo que, 12 (3,93%) eram de hipoplasia testicular.

Aplasia Testicular

Esta anomalia testicular é caracterizada pela ausência completa do


desenvolvimento do parênquima testicular, cujo testículo apresenta-se como uma
minúscula estrutura rudimentar alongada e enrugada. Entretanto, ao contrário do
testículo, o epidídimo apresenta-se aumentado de tamanho, dando a impressão de que só

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existe epidídimo (Ohashi et al., 1995; Ohashi, 1997). Esta anomalia também foi descrita
por Kaikini e Patil (1978) e Chaudhuri et al. (1982), que a denominaram de “aplasia
segmentar da gônada” e “ausência de testículo”, respectivamente. No Brasil, Ohashi et
al. (1995) observaram essa anomalia em material de matadouro e em um touro da raça
Murrah utilizado como reprodutor em um rebanho. Tal alteração não foi descrita em
bovinos, mas McEntee (1990) relata a ocorrência desta anomalia em gatos, a qual
denominou de “anorquídia”.

Aplasia Segmentar dos Dutos Mesonéfricos (Dutos de Wolff)

Esta anomalia caracteriza-se pela ausência de um segmento da via espermática,


quase sempre do duto deferente, levando ao acúmulo de espermatozoides na cauda do
epidídimo, o que pode promover a formação de um granuloma espermático caso ocorra
extravasamento do conteúdo espermático em função do rompimento do duto
epididimário. Tal distúrbio foi descrito em animais Murrah de alta linhagem do rebanho
nacional por Ohashi (1997) e Vale et al. (2002).

Anomalias de Posição da Bolsa Escrotal

A bolsa escrotal desempenha uma função fundamental para o processo


espermatogênico, que é a termorregulação testicular, mecanismo por meio do qual a
temperatura dos testículos é mantida cerca de 3ºC abaixo da temperatura abdominal.
Portanto, alterações que prejudiquem a função termorreguladora, afetarão a atividade
espermatogênica testicular, levando à infertilidade do animal. Mudanças dessa natureza
foram descritas em bubalinos por Vale et al. (2009), e é observada frequentemente em
animais da raça Murrah em função da alta consanguinidade do rebanho Murrah
nacional, inclusive observaram alguns animais com testículos na posição horizontal,
semelhante aos equinos. A bolsa escrotal bífida foi a anomalia de maior ocorrência (n =
24, 7,86%) dentre os 40 (13,11%) casos de anomalias da bolsa escrotal descritos em 305
bubalino examinados por Barbosa et al. (2010).

Disfunção do Epidídimo e DAG “Defect”

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A disfunção do epidídimo é uma anomalia de caráter hereditário caraterizada por


baixa motilidade dos espermatozoides em função da alta incidência de defeitos de
cauda, sendo descrita pela primeira vez em bovinos Bos taurus por Gustafsson (1966) e
em zebuínos por Vale Filho (1974). O diagnóstico dessa anomalia é dado pelo teste de
exaustão, procedimento por meio do qual, após sucessivas colheitas de sêmen, em um
curto intervalo de tempo, vai ocorrendo melhora na motilidade espermática, ao mesmo
tempo em que o nível de defeito de cauda diminui. Em bubalinos, essa anomalia foi
descrita por Ohashi et al. (1984), em cujo trabalho, para confirmação do diagnóstico
foram realizados dois testes de exaustão, obtendo-se, no período de 90 minutos, cinco e
seis ejaculados, respectivamente. Em ambos os testes, houve melhora na taxa de
motilidade e queda no nível de anomalia de cauda espermática, quadro característico de
disfunção do epidídimo.
A anomalia denominada de DAG “defect” foi descrita por Blom (1966) em
referência a um touro da raça Jersey denominado de DAG, onde ele e seu irmão
apesentavam altos níveis de anomalia espermática, especialmente, cauda fortemente
dobrada e enrolada, sendo esta anomalia descrita em búfalos por Ribeiro e Vale (2007).
Entretanto, deve-se ter cuidado no diagnóstico dessa alteração, que pode ser confundida
com degeneração testicular, pois, nestes animais, o quadro degenerativo é também
caracterizado por elevado nível de alteração de cauda dos espermatozoides (Ohashi et
al., 1988; Solano, 2009).

Outras alterações de caráter genético e/ou congênita

Pseudo-hermafrodita Masculino
Diversos casos de intersexo foram descritos no rebanho nacional (Ohashi, 1982;
Vale et al., 2002), todos caracterizados como Pseudo-hermafrodita masculino, no qual
observou-se a presença de testículo, porém, a genitália externa assemelhava-se a
genitália feminina.

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Freemartin

Freemartin é uma fêmea nascida de um parto gemelar com um feto macho, a


qual apresenta alteração no desenvolvimento do seu sistema genital. Bomfm et al.
(1994) relatam a ocorrência de uma gestação gemelar entre macho e fêmea observado
em material de matadouro, onde observou que somente a fêmea apresentava alteração
do desenvolvimento do sistema genital. Análise de células do feto macho revelou a
presença de células femininas, caracterizadas pela presença do Corpúsculo de Barr,
indicando que houve a troca de material celular entre os dois fetos (quimerismo), que é
uma das condições para a ocorrência do freemartin.

CONCLUSÃO

A ocorrência de problemas reprodutivos de origem adquirida nos bubalinos se


assemelha a observado em bovino, especialmente zebuínos. Entretanto, chama à atenção
a alta frequência com que são relatadas as ocorrências das alterações de origem
genéticas e/ou congênitas nos bubalinos o que pode estar relacionado com a
consanguinidade do rebanho, o que reforça a necessidade de um rigoroso exame clínico-
reprodutivo nos animais que serão utilizados como reprodutores e matrizes para que tais
anomalias não sejam disseminadas no rebanho bubalino nacional.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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