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FÍSICA professor
Blaidi • Glorinha • Hugo • Spinelli
MOVIMENTOS COM
VELOCIDADE VARIável
schlegelmilch/corbis/latinstock
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
As corridas de Fórmula 1 fornecem exemplos dramáticos de variação de velocidade, como as bruscas freadas para poder completar as curvas mais difíceis e as
arrancadas subsequentes, na luta para não perder a posição.
1
CAPÍTULOs
ovimento uniformemente
M
variado (MUV)
2 espaço no movimento
O
uniformemente variado
3 Gráficos s versus t do MUV
4 Lançamento vertical no vácuo
1 • 2 • 3 • 4 • 5 • 6 • 7 • 8 • 9 • 10 • 11 • 12 • 13 • 14 • 15 • 16 • 17 • 18 • 19 • 20 • 21 • 22 • 23 • 24
1
Repouso não existe!
A interpretação da frase atribuída a Galileu Galilei implica que todo corpo está
em movimento em relação a outro. Assim, a Terra está em movimento em rela-
ção à Lua, e o Sol, em relação à Terra.
Mas afirmar que tudo e todos se movimentam de alguma maneira não basta;
é preciso analisar como ocorrem esses movimentos, ou, em outras palavras, estu-
dar os efeitos observáveis, como o deslocamento, a velocidade e a aceleração.
Galileu realizou experimentos com esferas, fazendo-as rolar por planos inclinados
lisos a fim de estudar sua aceleração. Suas conclusões serviram de base para a elabo-
ração de equações matemáticas que auxiliam na análise do movimento.
Hoje há móveis que aceleram bem mais do que as esferas que Ga-
lileu fez rolar pelos planos inclinados. Todavia, os princípios
físicos sobre os quais ele refletiu continuam associados
2
Objetivos
Ao final deste módulo, você
deverá ser capaz de:
■ conhecer o conceito de
aceleração escalar e as ideias
relacionadas ao movimento
uniformemente variado (MUV);
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ conhecer a descrição
matemática da posição
(espaço) e da velocidade no
movimento uniformemente
variado;
■ identificar
movimentos
acelerados e retardados,
associando corretamente
os sinais da velocidade e da
aceleração;
■ reconhecer o tipo de
movimento com base nos
gráficos da posição e da
velocidade em função do
tempo;
■ relacionaros movimentos de
queda livre e os lançamentos
verticais com o movimento
uniformemente variado.
3
CAPÍTULO 1
Movimento
uniformemente
variado (MUV)
1 Aceleração escalar
ou: É possível acelerar diminuindo a velocidade?
O movimento de um automóvel, de uma bicicleta ou mesmo o deslocamento de
uma pessoa caminhando dificilmente será desenvolvido em velocidade constante
por longo intervalo de tempo. O mais comum, nesses casos, são variações no valor
da velocidade, que aumenta ou diminui dependendo das condições momentâneas
do movimento.
Figura 1 • O complica-
do trânsito das grandes
cidades brasileiras exige
alterações constantes no
valor da velocidade dos
automóveis: frear, trocar de
marcha, acelerar, frear no-
vamente, reduzir a marcha,
acelerar, trocar de mar-
cha, frear, parar, colocar a
1a marcha, acelerar...
2
t=0 t=2s t=5s
v = 11 m/s v = 14 m/s v = 8 m/s
4
A aceleração escalar média (a m) de um corpo em movimento é a razão entre a va-
riação de sua velocidade (∆v) e a duração do intervalo de tempo (∆t) em que ocor-
reu a variação.
Sv
am 5 ___
St
3
t=0 t=2s t=5s
v = 11 m/s v = 14 m/s v = 8 m/s
4
v1 v2 Figura 4 • Movimento progressivo acelera-
do: deslocamento no sentido da orientação
da trajetória e módulo da velocidade cres-
cente (v2 . v1).
5
v1 v2 Figura 5 • Movimento progressivo retarda-
do: deslocamento no sentido da orientação
da trajetória e módulo da velocidade decres-
cente (v2 , v1).
6
t=5s t=4s t=0
v = –6 m/s v = – 9 m/s v = – 4 m/s
am 5 21,25 m/s2
5
Entre 0 e 4 s, o automóvel está, de fato, acelerando, uma vez que o módulo de
sua velocidade aumentou de 4 m/s para 9 m/s. O que significa o sinal negativo
da aceleração, nesse caso? Significa que o veículo acelera no sentido contrário
ao da orientação definida pela trajetória. De 0 a 4 s o movimento desse automóvel
é denominado retrógrado e acelerado (figura 7).
Observando novamente a figura 6, vamos considerar agora o movimento do
automóvel entre os instantes t 5 4 s e t 5 5 s. Nesse intervalo, sua velocidade
variou de 29 m/s para 26 m/s, isto é, considerando valores absolutos, a ve-
locidade final é menor do que a inicial. Houve, portanto, uma desaceleração.
Observe o cálculo da aceleração do veículo nesse intervalo:
Sv v2 2 v1 __________26 2 (29) __ 3
am 5 ___
5 ______ 5
5 ] am 5 3 m/s2
St t 2 2 t1 5 2 4 1
Nesse caso, o valor positivo da aceleração significa que o móvel está, de fato,
desacelerando, pois sua velocidade diminuiu no sentido contrário ao da orientação
da trajetória. Dizemos que, entre t 5 4 s e t 5 5 s, o movimento do automóvel foi
retrógrado e retardado (figura 8).
7
8
v2 v1 Figura 8 • Movimento retrógrado retarda-
do: deslocamento no sentido contrário ao da
orientação da trajetória e módulo de veloci-
dade decrescente (v2 , v1).
EXERCíCIOs resolvidos
b) o automóvel B?
■ Resolução
O automóvel B percorre a trajetória no sentido da orientação positiva, aumentan-
do o valor de sua velocidade. Assim, seu movimento é progressivo e acelerado.
6
R2 Um automóvel varia sua velocidade de 220 m/s para 216 m/s em 2 s.
a) Qual foi a aceleração média escalar do automóvel nesse intervalo?
■ Resolução
A velocidade variou de 220 m/s para 216 m/s em 2 s.
216 2 (220) __ 4
am 5 ____________
5 ] am 5 2 m/s2
2 2
■ Resolução
O sinal negativo da velocidade indica que o automóvel percorreu a trajetória
no sentido contrário ao da orientação positiva. Como o módulo de sua velo-
cidade diminui de 20 m/s para 16 m/s, podemos classificar o movimento em
retrógrado e retardado.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tabela 1. 10 v (m/s)
t (s) v (m/s)
10
0 0
1 2 8
2 4
3 6 6
4 8
4
5 10
2
2
1
0 1 2 3 4 5 t (s)
7
A proporcionalidade direta entre a velocidade (v) e o tempo (t) permite que iden-
tifiquemos uma reta passando pelos pontos destacados na tabela. Como a constante
de proporcionalidade é igual à aceleração do corpo, poderemos também escrever a
equação dessa reta:
v 5 2t (SI)
Tal equação, relacionando o valor da velocidade ao tempo de percurso, represen-
ta a função horária da velocidade do corpo. Se desejarmos conhecer, por exemplo,
o valor da velocidade instantânea do corpo no instante t 5 3,45 s, fazemos:
v(t 5 3,45 s) 5 2 # 3,45 5 6,90 m/s
No movimento que analisamos, a velocidade inicial do corpo era nula. Entretanto,
é também possível que o corpo já esteja em movimento com certa velocidade e passe
a acelerar, como representado na figura 11:
Figura 11 • Outro exemplo
11
de movimento uniforme- v = 4 m/s v = 7 m/s v = 10 m/s v = 13 m/s
mente variado. Neste caso,
o móvel parte de uma velo-
cidade inicial não nula. t=0 t=1s t=2s t=3s
Para esse caso podemos escrever a seguinte tabela e desenhar o gráfico v # t cor-
respondente (figura 12):
t (s) v (m/s) 16
0 4
1 7 13
2 10
10
3 13 3
4 16 7
1
0 1 2 3 4 t (s)
v 5 v0 1 at
Vale observar que essa equação se aplica a qualquer tipo de movimento uniforme-
mente variado, seja ele retrógrado ou progressivo, acelerado ou retardado. Assim, vamos
observar as tabelas de valores e os gráficos v # t correspondentes, em dois exemplos:
8
Exemplo 1: Veículo em movimento no sentido oposto ao da orientação da trajetória,
com velocidade inicial v0 5 26 m/s e aceleração a 5 24 m/s2 (figuras 13 e 14).
13 t=0 14 v (m/s)
v0 = –6 m/s 1 3
0
t (s)
Tabela 3. –6
0 26
–8
1 210
2 214 –18
3 218
15
t=0 16
v0 = –8 m/s v (m/s)
1 3
0
t (s)
Tabela 4. –2
t (s) v (m/s)
4
0 28
–6
1 26 2
2 24 –8
3 22
9
No exemplo da figura 17 um móvel desenvolve movimento retrógrado e re-
tardado, com o módulo de sua velocidade diminuindo 2 m/s a cada segundo. Se
continuar a diminuir dessa maneira, aos 4 s a velocidade será nula. Daí em diante,
o móvel inverterá o sentido de seu movimento, deslocando-se no mesmo sentido da
orientação da trajetória.
17
v=0 v1 = – 8 m/s
t=4s t=0
Figuras 18 e 19 • Decorridos 4 s, o móvel inverte o sentido de seu movimento e passa a se deslocar no sentido da orienta-
ção da trajetória, acelerando. Assim, após 4 s, ele desenvolve movimento progressivo e acelerado.
Reflita
Testes automobilísticos
Para avaliar as características dos automóveis e também para compará-las a fim de forne-
cer elementos de escolha para o consumidor, revistas especializadas costumam promo-
ver testes em que registram, dentre outros, dados a respeito da aceleração e da frenagem
dos veículos.
Observe a tabela seguinte, extraída de uma dessas revistas, com dados comparativos de três
modelos de automóveis de fabricantes diferentes.
10
Determine o valor da:
a) aceleração escalar média do modelo 1 para partir e atingir 100 km/h; a 5 2,26 m/s2
b) velocidade média do modelo 2 ao partir e percorrer 1.000 m; vm 5 105,26 km/h
c) aceleração escalar média do modelo 3 para partir e percorrer 1.000 m. a 5 1,19 m/s2
20
v (m/s)
16
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
12
16
12
0 8 t (s) 8
N (12 1 16) # 8
Área 5 Ss ] Ss 5 ____________
5 112
2
Já sabe responder?
É possível acelerar diminuindo a velocidade?
t=1s t=0
v = –12 m/s v0 = – 8 m/s
Este é o caso de um corpo que acelera no sentido oposto ao determinado pela orientação da trajetória,
isto é, que desenvolve movimento retrógrado e acelerado. Sabemos, no entanto, que a diminuição da
velocidade nesse caso significa que, apesar de o valor diminuir de 28 m/s para 212 m/s, por exemplo,
11
EXERCíCIOs resolvidos
■ Resolução
Supondo que o movimento ocorra no sentido da orientação positiva da traje-
tória, temos v0 5 20 m/s e a 5 22,5 m/s2. Assim, a equação horária da veloci-
dade do móvel é:
v 5 20 2 2,5t (SI)
12,5
20
12,5
0 3 t (s) 3
■ Resolução
8 A
O móvel A mantém velocidade constante e
igual a 8 m/s. Assim, sua aceleração é nula.
O móvel B acelera constantemente de 0 a
12 m/s em 10 s. Assim, sua aceleração é:
12 2 0
a 5 ______
] a 5 1,2 m/s2
0 t1 10 t (s)
10
12
b) Determine a distância percorrida pelo móvel A e pelo móvel B nos 10 s repre-
sentados no gráfico.
■ Resolução
O móvel A desenvolve velocidade constante de 8 m/s. Portanto, em 10 s, per-
correrá 80 m.
O móvel B desenvolve MUV. A área sob a curva, correspondente ao triângulo
de base10 e altura 12, é numericamente igual ao deslocamento procurado.
Portanto, em 10 s o móvel B percorreu a distância de 60 m.
■ Resolução
Pelo gráfico, notamos que as curvas se cruzam em um ponto em que v 5 8 m/s.
Portanto, será esse o valor comum da velocidade para os dois móveis. A equa-
ção da velocidade do móvel B é:
8 80 20
8 5 1,2t ] ___ ] t 5 ___
5 ___
1,2 12 3
20
Portanto, os dois móveis terão velocidades iguais a 8 m/s no instante t 5 ___ s.
3
v (m/s)
0 10 t (s)
a 5 0,6 m/s2
Ss 5 30 m
13
2 Construa o gráfico da velocidade de um corpo que parte do repouso e acelera
constantemente a 1,8 m/s2 durante 10 s e, posteriormente, mantém a velocidade
adquirida nos próximos 8 s.
v (m/s)
18
Ss 5 234 m
t=0 t=1s
a 5 4 m/s2
Ss 5 8 m
v 5 28 m/s
14
4 (Ufpe) A figura mostra um gráfico da velocidade
em função do tempo para um veículo que realiza
um movimento composto de movimentos retilí-
neos uniformes.
v (km/h)
20
15
10
5
t (h)
0
1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 t (h)
–5
–10
–15
–20
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
s 5 25 km
v (m/s)
20
10
0 10 20 30 40 t (s)
vm 5 15 m/s
15
6 (Uerj) A figura mostra esquematicamente o cir-
cuito do autódromo de Interlagos (SP).
220 km/h 75 km/h
150 km/h Pinheirinho Cotovelo
Laranjinha 170 km/h
180 km/h
Laranja Junção
310 km/h
220 km/h
90 km/h Descida
S do Senna
do Lago
130 km/h
Curva
do Sol Reta Oposta
300 km/h
12,5
0 4 10 t (s)
16
Professor: As resoluções destes exercícios estão dis-
poníveis no Plano de Aulas deste módulo. Consulte
também o Banco de Questões e incentive os alunos
a usar o Simulador de Testes. Retomada dos conceitos
1 Um corpo está em MUV. Sua velocidade escalar varia a) O movimento do automóvel foi uniformemente
no tempo, segundo os dados da tabela abaixo. variado entre 0 e 3 s? Por quê?
b) Qual é a equação matemática relacionando v e t
t (s) 0 1 2 3 4 5 que podemos associar a esse gráfico?
c) Qual é e o que significa o instante de tempo indi-
v (m/s) 6 4 2 0 22 24 cado no gráfico pela letra m?
a) Em relação a esse movimento, qual o valor da velo- 5 Um veículo em movimento uniformemente va-
cidade inicial do móvel? E o valor da aceleração? riado foi fotografado duas vezes. No instante da
b) O movimento é acelerado ou retardado? Por quê? primeira foto a velocidade instantânea do veículo
era igual a 8 m/s, e no instante da segunda foto,
2 É dado o movimento cuja velocidade escalar obede- 5 s após a primeira, ele desenvolvia velocidade ins-
ce à função v 5 3 2 2t, na qual t está em horas e v tantânea de 20 m/s. Qual era a aceleração escalar
está em km/h. do veículo e quantos metros ele se deslocou entre
a) Determine a velocidade escalar inicial do movi- as duas fotos?
mento;
b) Calcule sua aceleração escalar; 6 As velocidades de dois móveis, A e B, em MUV, va-
c) Obtenha a velocidade escalar no instante t 5 1 h. riaram em um intervalo de 10 s de acordo com os
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
20
8
12,5
0 5 10 t (s)
17
CAPÍTULO 2
O espaço
no movimento
uniformemente
variado
1 Deslocamento no MUV
ou: quando a velocidade média é igual
à média de velocidades?
Um corpo em movimento acelerado varia o valor de sua velocidade. Em conse-
2 v (m/s) Nessa representação, o corpo aumenta sua velocidade em 2 m/s a cada segundo,
isto é, sua aceleração é constante e igual a 2 m/s2. Vamos concentrar nossa atenção,
2
inicialmente, no primeiro intervalo de tempo, de 0 a 1 s. Nesse período, o gráfico
v # t do movimento do corpo é representado na figura 2.
Para obter o deslocamento do corpo nesse intervalo, podemos calcular a área sob
a curva, que, nesse caso, corresponde a um triângulo de base 1 e altura 2. A área
desse triângulo é igual à de um retângulo com base 1 e altura 1, conforme represen-
0 1 t (s) tado na figura 3:
3
v (m/s) v (m/s)
2 2
N (2 m/s × 1 s) 1
Área = —————— = 1 m
2 N
Área = 1 m/s × 1 s = 1 m
0 1 t (s) 0 1 t (s)
18
Dessa forma, entre 0 e 1 s o corpo deslocou-se 1 m. Lembrando que a velocidade
em t 5 0 era nula e que em t 5 1 s era 2 m/s, o gráfico da direita nos mostra que
podemos calcular o deslocamento do corpo a partir da velocidade média, isto é,
como se o movimento fosse uniforme e desenvolvido a 1 m/s em todo o intervalo de
0 a 1 s. Verifiquemos se esse raciocínio é válido também para obter o deslocamento
do corpo entre 0 e 2 s, por meio dos gráficos da figura 4:
4
v (m/s) v (m/s)
4
4
2 2
N (4 m/s × 2 s)
Área = —————— = 4 m
2
N
Área = 2 m/s × 2 s = 4 m
0 1 2 t (s) 0 1 2 t (s)
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Ss
vinicial 5 0; vfinal 5 10 m/s vm 5 ___
[ Ss 5 vm 3 St ]
St
Média das 0 1 10 m/s Ss 5 5 m/s # 5 s ] Ss 5 25 m
5 __________
5 5 m/s
velocidades 2
Para um corpo em MUV com valor único de aceleração, o valor da velocidade média em
certo intervalo de tempo coincide com o valor da média das velocidades nesse mes-
mo intervalo.
∆t = t2 – t1
t1 t2
v1 v2
∆s
Ss v1 1 v2
vm 5 ___
5 ______
St 2
19
EXERCíCIOs resolvidos
■ Resolução
A aceleração de 3 m/s2 é constante, e a velocidade inicial do automóvel é nula.
Assim, sua velocidade após 4 s será:
v 5 0 1 3t ] v 5 0 1 3 # 4 ] v 5 12 m/s
Ss 5 vm 3 St ] Ss 5 6 3 4 ] Ss 5 24 m
■ Resolução
A velocidade inicial de 90 km/h é, em m/s, igual a:
Como a velocidade final do ônibus é zero, pois ele parou, temos a seguinte velo-
cidade média para o percurso de frenagem com desaceleração constante:
25 1 0
vm 5 ______
] vm 5 12,5 m/s
2
Precisamos agora determinar o tempo decorrido desde o momento em que o
motorista acionou os freios até o momento em que o ônibus parou. Para tanto,
vamos considerar a função horária da velocidade do ônibus.
v 5 v0 1 at
0 5 25 2 4t ] t 5 6,25 s
20
PARA SABER MAIS
Galileu e o movimento acelerado 10 cm
Uma esfera deslizando por uma rampa inclinada de
30 cm t0
madeira, bem lisa, quase sem atrito, fornece um bom
t
exemplo de movimento uniformemente variado.
Conta a história que Galileu Galilei (1564-1642), pio-
neiro na análise do movimento acelerado, explorou
essa ideia e percebeu que a esfera descendo o plano 2t
50 cm
percorria, em intervalos iguais de tempo, distâncias
que aumentavam proporcionalmente. Se no primei-
ro intervalo de tempo a esfera percorresse, por exem-
plo, 10 cm, percorreria 30 cm no próximo intervalo,
50 cm no seguinte etc. 3t
Tempo de
t 2t 3t 4t 5t
descida
Distância total
D 4D 9D 16D 25D 3t
percorrida
De fato, quando um corpo sai do repouso e acelera uniformemente, mesmo que não seja uma esfera rolando no
plano inclinado, mas sim um automóvel, a distância total percorrida durante a aceleração será sempre diretamen-
te proporcional ao quadrado do tempo de percurso.
t 5 2,5 s
Ss 5 12,5 m
21
2 De acordo com os dados representados no grá-
fico, referentes ao movimento de um corpo em
uma estrada retilínea, responda:
v (m/s)
10
0 2 4 t (s)
Ss 5 20 m
12
0 3 5 t (s)
a 5 1 m/s2
Ss 5 31,5 m
Ss 5 55,5 m
22
4 (Puc-Pr) Um automóvel trafega em uma estra-
da retilínea. No instante t 5 0, os freios são acio-
nados, causando uma aceleração constante até
anular a velocidade, como mostra a figura.
v0 = 15 m/s v=0
Média das
velocidades
18
14
vinicial = 10 vinicial = 10
0 1 2 t t (s) 0 1 2 3 t t (s)
∆t = t – 0 = t
23
A velocidade inicial é igual a 10 m/s, e a velocidade em função do tempo pode
ser escrita da seguinte maneira:
v 5 v0 1 at
v 5 10 1 4t (SI)
v 1 v _____________
10 1 (10 1 4t)
i
Média das velocidades 5 _____ 5
]
2 2
Para obter, por exemplo, o deslocamento do corpo após 2,4 s, podemos fazer:
Ss 5 24 1 11,52 ] Ss 5 35,52 m
7
v v
v v
Média das
velocidades
v0 v0
0 t t (s) 0 t t (s)
24
v 1 v0 (v 1 at) 1 v0
Ss 5 vmt ] Ss 5 ______
0
t ] Ss 5 ____________
t ]
2 2
v 1 at 1 v0 2v0 1 at
0
Ss 5 ___________
t ] Ss 5 _______
1 at2
t ] Ss 5 v0t 1 __
2 2 2
Ss 5 s 2 s0
Podemos, portanto, escrever uma equação que relaciona a posição s de um corpo
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
1 at2
s 2 s0 5 v0t 1 __
2
Assim, a função horária do espaço s de um corpo em MUV com velocidade inicial
v0, aceleração a e posição inicial s0 é dada por:
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2
2
Já sabe responder?
QUANDO A VELOCIDADE Média é igual à média das velocidades?
Aceleração constante
v1 v2
∆s
t1 t2
∆s v1 + v2
Velocidade média = —– Média das velocidades = ———
∆t 2
Quando um corpo se move em MUV, a velocidade média do corpo é igual ao valor da média
aritmética entre as velocidades inicial e final no intervalo. Esse fato constitui importante recurso para
25
VoCê precisa saber!
corpo extenso em movimento
Quando um automóvel passa por uma placa de sinalização em uma rodovia, é
desprezível o tempo que ele demora para passar inteiramente pela placa. Considera-
mos, nesse caso, que o automóvel é um ponto material, pois suas dimensões inter-
ferem muito pouco, ou quase nada, nas variáveis importantes da situação. Todavia,
o tempo que um trem demora para passar por uma sinaleira em uma ferrovia não é
desprezível. O trem, nesse caso, não pode ser considerado um ponto material, mas
sim um corpo extenso.
EXERCíCIOs resolvidos
0 10 m s1
■ Resolução
O corpo diminuiu sua velocidade de 20 m/s para 15 m/s em 2 s. Assim, sua
aceleração, suposta constante, é:
Sv 15 2 20
a 5 ___ 5 ________
] a 5 22,5 m/s2
St 2
■ Resolução
A função horária de sua velocidade é:
26
c) a função horária do espaço.
■ Resolução
A função horária do espaço do corpo é:
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2 ] s 5 10 1 20t 2 1,25t2 (SI)
2
d) o valor de s1.
■ Resolução
A posição s1 ocupada pelo corpo aos 2 s é:
s 5 10 1 20t 2 1,25t2
s1 5 10 1 20 # 2 2 1,25 # 22 ] s1 5 45 m
A 24 m/s
8 m/s
100 m
40 m
Suponha que a partir desse instante o móvel A passe a acelerar a 2,0 m/s2 e o
móvel B passe a desacelerar a 4 m/s2.
a) Determine as funções horárias dos espaços (das posições) de cada móvel, su-
pondo a trajetória orientada no sentido do movimento de A.
■ Resolução
Para o móvel A, que percorre a trajetória no sentido de sua orientação, acele-
rando, temos:
s0 5 40 m v0 5 8 m/s a 5 2 m/s2
A função horária de seu espaço é:
sA 5 40 1 8t 1 t2 (SI)
■ Resolução
No momento do encontro entre os móveis, ambos ocuparão a mesma posi-
ção na trajetória, isto é, sA 5 sB, ou:
40 1 8t 1 t2 5 100 2 24t 1 2t2 ] t2 2 32t 1 60 5 0
27
A resolução dessa equação de 2o grau fornece o instante procurado.
32 ! fVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
(232)2 2 4 3 1 3 60 784 _______
32 ! d llll 32 ! 28
t5 5 __________
5
231 2 2
Essa equação tem duas raízes: t 5 2 s ou t 5 30 s. Como interpretamos tais
resultados?
Em 2 s, contados a partir da situação representada, haverá um primeiro cru-
zamento entre os dois móveis. Como o móvel B desacelera, chegará um mo-
mento em que sua velocidade se tornará nula e, se mantiver o MUV, inverterá
o sentido de seu movimento. Se isso ocorrer, o móvel B, por desenvolver maior
aceleração do que A, alcançará o móvel A depois de 30 s contados a partir do
instante inicial. Assim, a resposta da questão é esta:
P1 P2
A
B
100 m 50 m
■ Resolução
A ultrapassagem é iniciada quando o ponto A, a frente do trem, coincide com o
ponto P1, que marca o início da ponte, e termina quando o ponto B, na traseira
do trem, coincidir com o ponto P2, que marca o fim da ponte. Nesse percurso, o
ponto B e, portanto, todo o trem, terão percorrido 150 m.
Temos então: v0 5 20 m/s; Ss 5 150 m e t 5 10 s.
Aplicando a função horária da posição de um móvel em MUV:
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2
2
1
150 5 20 3 10 1 __
a 3 102 ] a 5 21 m/s2
2
v 5 v0 1 at
v 5 20 2 1 # 10 ] v 5 10 m/s
28
PARA SABER MAIS
Equação de Torricelli
As equações horárias da velocidade e do deslocamento de um corpo, como vimos, são:
1
v 5 v0 1 at e Ss 5 v0t 1 __
at2
2
Podemos combinar essas duas equações de modo a obter outras. Uma dessas combina-
ções permite obter uma equação que independe do tempo, isto é, uma equação que não
é “horária”. Essa equação é conhecida por equação de Torricelli. Para tanto, isolamos t na
função horária da velocidade e substituímos a expressão encontrada na função horária do
deslocamento. Acompanhe o procedimento:
v 2 v0
v 5 v0 1 at [ t 5 ______
a
1
Ss 5 v0t 1 __
2
v 2 v0 __
at2 ] Ss 5 v0 3 ______
a
1
@
v 2 v0 2
1 a 3 ______
2
a #
]
v0 3 v 2 v02 ______________
v2 2 2v 3 v0 1 v02 ______
v2 2 v02
Ss 5 _________
1
5
]
a 2a 2a
No caso, por exemplo, de um automóvel que desacelera desde 25 m/s até o repouso
(v 5 0) com aceleração constante de módulo igual a 2,5 m/s2, podemos obter seu deslo-
camento nessa etapa fazendo:
625
v2 5 v 02 1 2aSs ] 0 5 252 1 2 3 (22,5) 3 Ss ] Ss 5 ____
5 125 m
5
Portanto, o automóvel deslocou-se 125 m na etapa descrita.
Ss 5 256 m
t 5 25 s
29
7 Um automóvel cumpriu um percurso retilíneo de
1 km de comprimento da seguinte maneira:
■ partiu do repouso com aceleração de módulo
2,4 m/s2 até atingir velocidade de 18 m/s.
■ manteve constante, durante 40 s, a velocidade
adquirida anteriormente.
■ desacelerou durante 6 s até atingir a velocidade
de 6 m/s.
■ manteve, até o final do percurso, a velocidade
final do trecho anterior.
Calcule:
a) o valor do módulo da aceleração do automó-
vel no trecho em que ocorreu desaceleração;
| a | 5 2 m/s2
t 5 76,9 s
Ss 5 40 m
Ss 5 88 m
v 5 10 m/s
t55s
s 5 25 m
30
c) Esboce o gráfico da posição versus tempo para cada um dos objetos.
s (m)
Ponto B 100
25
Ponto A 0 5 t (s)
12
0 12 30 t (s)
Ss 5 47,25 m
31
12 (Mackenzie-sp) Duas cidades, A e B, são interliga-
das por uma estrada retilínea com 50 km de com-
primento. Em certo instante, um automóvel parte
do repouso, da cidade A rumo à cidade B, com
aceleração escalar constante de 1,0 m/s2, duran-
te 20 s. Após esse tempo, sua velocidade escalar
permanece constante. No instante em que esse
automóvel parte da cidade A, um outro automó-
vel passa pela cidade B, dirigindo-se à cidade A,
com velocidade escalar constante de 108 km/h.
A distância, relativa à cidade A, medida ao longo
da estrada, em que ocorre o encontro desses dois
automóveis, é:
a) 20,12 km
b) 19,88 km
c) 19,64 km
d) 19,40 km
e) 19,16 km
38 m
32
14 (Unesp) Uma norma de segurança sugerida pela
concessionária de uma autoestrada recomenda
que os motoristas que nela trafegam mantenham
seus veículos separados por uma “distância” de
2,0 segundos.
a) Qual é essa distância, expressa adequadamen-
te em metros, para veículos que percorrem a es-
trada com a velocidade constante de 90 km/h?
Ss 5 50 m
a 5 23,125 m/s2
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a 7 1,54 m/s2
Ss 7 77 m
33
Professor: As resoluções destes exercícios estão dis-
poníveis no Plano de Aulas deste módulo. Consulte
1 A função horária do espaço de um corpo em movi- antes de o sinal mudar para vermelho. Esse sinal
mento é dada por permanece amarelo por 2,2 s. O tempo de reação do
motorista (tempo decorrido entre o momento em
s(t) 5 4 2 8t 1 2t2, que o motorista vê a mudança de sinal e o momento
em que s é dado em metros e t, em segundos. em que realiza alguma ação) é 0,5 s.
a) Qual é a posição do corpo aos 4 s? a) Determine a mínima aceleração constante que o
b) Em qual(is) instante(s) de tempo o corpo assume a carro deve ter para parar antes de atingir o cruza-
posição 4 m? mento e não ser multado.
b) Calcule a menor aceleração constante que o car-
2 A figura seguinte representa, em função do tempo, ro deve ter para passar pelo cruzamento sem ser
as posições sucessivas de um corpo que desenvol- multado. Aproxime 1,72 & 3,0.
veu movimento uniformemente variado.
6 (Unesp) Uma composição de metrô deslocava-se
t=0 t=1s t=2s
com a velocidade máxima permitida de 72 km/h,
para que fosse cumprido o horário estabelecido pa-
5,5 m 8,5 m ra a chegada à estação A. Por questão de conforto e
segurança dos passageiros, a aceleração (e desace-
5 (Unicamp-SP) Um automóvel trafega com veloci- 8 Um fabricante de automóveis anuncia que o mo-
dade constante de 12 m/s por uma avenida e se delo X é capaz de, numa arrancada, passar de 0 a
aproxima de um cruzamento onde há um semáforo 108 km/h em 10 s, percorrendo uma distância D. Su-
com fiscalização eletrônica. Quando o automóvel se pondo que isso seja verdade, calcule a aceleração
encontra a uma distância de 30 m do cruzamento, o média do automóvel nessa arrancada e também o
sinal muda de verde para amarelo. O motorista deve tempo necessário para que o automóvel percorra,
decidir entre parar o carro antes de chegar ao cruza- D
na arrancada, a distância __
.
mento ou acelerar o carro e passar pelo cruzamento 2
34
9 (Unesp) Um rato, em sua ronda à procura de ali- a) 58 m e 10 m d) 52 m e 48 m
mento, está parado em um ponto P, quando vê b) 58 m e 48 m e) 52 m e 50 m
uma coruja espreitando-o. Instintivamente, ele c) 48 m e 58 m
corre em direção à sua toca T, localizada a 42 m
dali, em movimento retilíneo uniforme e com ve- 12 (OBF) Uma partícula executa um movimento retilí-
locidade v 5 7 m/s. Ao ver o rato, a coruja dá iní- neo uniformemente variado. Num dado instante, a
cio à sua caçada, em um mergulho típico, como o partícula tem velocidade 50 m/s e aceleração nega-
mostrado na figura. tiva de módulo 0,2 m/s2. Quanto tempo decorre até
a partícula alcançar a mesma velocidade em sentido
contrário?
Trajetória a) 500 s c) 125 s e) 10 s
da coruja b) 250 s d) 100 s
quanto tempo ele atinge a sua toca? uma estrada retilínea com velocidades vA 5 108 km/h
b) Qual deve ser a aceleração média da coruja, a e vB 5 72 km/h, respectivamente. Quando a frente do
partir do ponto P, para que ela consiga capturar o carro A está a uma distância de 10 m atrás da trasei-
rato no momento em que ele atinge a entrada de ra do carro B, o motorista do carro A freia, causando
sua toca? uma desaceleração a 5 5 m/s2.
a) Calcule a distância percorrida pelo carro A até que
10 Dois móveis partem acelerando de um mesmo pon- ele colida com o carro B.
to, em direções perpendiculares. A aceleração de um b) Repita o cálculo do item anterior, mas agora su-
dos móveis é igual a 2 m/s2 e a do outro é igual a pondo que a velocidade inicial do carro A é de 90
1,5 m/s2. Qual é a distância que separa os dois mó- km/h. Interprete seu resultado.
veis após 4 s?
15 (OBF) Numa corrida de 100 m entre dois atletas,
11 (Udesc) O movimento de um objeto sobre uma tra- um deles, João, chega aos 70 m com velocidade de
jetória retilínea é descrito de acordo com a seguinte 11 m/s, mas começa a perder velocidade à taxa de
equação: s 5 10 1 20t 2 2t2, em que s é medido em 1 m/s2. Quando João está na marca dos 70 m, o outro
metros e t em segundos. A distância percorrida e o corredor, José, está 10 m atrás dele, com velocidade
deslocamento desse objeto, em t 5 6,0 s, valem, res- de 10 m/s, e continua assim até o final da corrida.
pectivamente: Quem ganhou a corrida?
35
CAPÍTULO 3 Gráficos
s versus t do MUV
2
t=0 t=1s t=2s
Figura 2 • Representação v = 20 m/s v = 18 m/s v = 16 m/s
de um móvel desacele
rando a uma taxa constan
te de 2 m/s2.
36
Atribuindo, nessas equações, alguns valores para o tempo de percurso, pode-
remos obter, em correspondência, a posição ocupada pelo corpo e a velocidade
instantânea em cada caso. A tabela 1 registra alguns desses valores correspon-
dentes:
Tabela 1.
t (s) 0 1 2 3 4 5
v (m/s) 20 18 16 14 12 10
s (m) 0 19 36 51 64 75
3
t=0 t=1s t=2s t=3s t=4s t=5s
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
s=0m s = 19 m s = 36 m s = 51 m s = 64 m s = 75 m
19 m 17 m 15 m 13 m 11 m
4
s (m)
v (m/s) 100
20 75
50
25
0 10 t (s)
Figura 4 • O gráfico v # t é
0 5 10 15 20 t (s)
uma reta, e o gráfico s # t
é uma parábola.
37
5 6
t = 0 v = 6 m/s a = 3 m/s2 a = – 3 m/s2 v0 = –10 m/s t = 0
0
0 s0 = 4 m 0 s0 = 100 m
v (m/s)
v (m/s) 1 2
12 0 t (s)
9
6
3 –10
–13
0 1 2 t (s)
–16
Função horária da velocidade: v = 6 + 3t (SI)
Função horária da velocidade: v = –10 – 3t (SI)
s (m)
s (m)
35,5
100
88,5
22 74
56,5
11,5
Figura 5 • O corpo acelera 3 m/s2 enquanto se move no sentido da orientação Figura 6 • O corpo acelera no sentido contrário ao da orientação da traje
da trajetória. Seu movimento pode ser classificado em progressivo e acelerado. tória. Seu movimento pode ser classificado em retrógrado e acelerado.
7 t = 0 v = 12 m/s 8
0
a = – 2 m/s2 a = 4 m/s2 v0 = –16 m/s t = 0
s0 = 0 0 40 m
v (m/s)
v (m/s) 0 4 t (s)
12
–16
0 6 t (s)
Função horária da velocidade: v = 12 – 2t (SI)
Função horária da velocidade: v = –16 + 4t (SI)
s (m)
s (m)
36
40
8
0 6 12 t (s) 0 4 t (s)
Função horária do espaço: s = 12t – t2 (SI) Função horária do espaço: s = 40 – 16t + 2t2 (SI)
Figura 7 • O corpo desacelera no sentido da orientação da trajetória. Seu Figura 8 • O corpo desacelera no sentido contrário ao da orientação da
movimento, de 0 a 6 s, pode ser classificado em progressivo e retardado. trajetória. Seu movimento, de 0 a 4 s, pode ser classificado em retrógrado e
Em 6 s ocorre a inversão de sentido do movimento. Após 6 s, o movimento retardado. Em 4 s ocorre a inversão de sentido do movimento. Após 4 s, o
é retrógrado e acelerado. movimento é progressivo e acelerado.
38
Já sabe responder?
0 s1 s2
por que um movimento em linha reta é descrito
por uma curva?
s
0 t1 t2 t
curva – mais precisamente, uma parábola.
EXERCíCIOs resolvidos
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Resolução
t=0s
v = 4 m/s
0 8m
1,2
Equação s # t: s 5 8 1 4t 1 ___ t2 [ s 5 8 1 4t 1 0,6t2 (SI)
2
■ Resolução
v (m/s)
10
8,2
4
A velocidade do móvel aos 3,5 s é:
39
c) No gráfico s # t desse movimento, representado a seguir, qual é o valor assi
nalado pela letra A?
s (m)
30
A
20
■ Resolução
A letra A, no gráfico, identifica a posição do corpo em 2,5 s de movimento.
Assim,
sA 5 8 1 4 # 2,5 1 0,6 # (2,5)2 ] sA 5 21,75 m
■ Resolução
Considerando s0 5 0 para os dois móveis, temos:
Móvel A: movimento uniforme com v 5 8 m/s.
vA 5 8 (SI) sA 5 8t (SI)
■ Resolução
0 10 20 30 t (s)
40
c) Construa, em um mesmo sistema de eixos cartesiano, os gráficos s # t do mo
vimento dos dois móveis.
■ Resolução
Para construir o gráfico s × t do móvel s (m)
A, basta determinarmos sua posição em
dois instantes distintos, pois, sendo o 70 A
movimento uniforme, o gráfico s × t é B
uma reta. Considerando a posição dos 64
móveis A e B em t 5 0 como sendo a 60
origem do referencial, basta determinar
mais uma posição de A para construir seu
51,2
gráfico s × t:
50
sA(t 5 6 s) 5 8 × 6 ⇒ sA(t 5 6 s) 5 48 m
48
O gráfico s × t do móvel B é uma parábo
la, pois o movimento é uniformemente 40
variado. Por meio de sua função horária,
determinamos, em cinco instantes distin 32
tos, sua posição. A tabela a seguir mostra
esses valores: 30
28,8
t (s) s (m)
20
0 0 16
2 3,2 12,8
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
10
4 12,8
6 28,8 3,2
8 51,2 0 2 4 6 8 t (s)
■ Resolução
Podemos determinar o instante em que os dois móveis têm velocidades iguais
igualando suas equações v # t.
vA 5 vB ] 8 5 1,6t ] t 5 5 s
Portanto, após 5 s a velocidade dos dois móveis será igual a 8 m/s.
■ Resolução
■ Resolução
No momento da ultrapassagem, sA 5 sB, então:
8t 5 0,8t2 ] 0,8t2 2 8t 5 0 ] t 3 (0,8t 2 8) 5 0 ] t 5 0 ou t 5 10 s
Portanto, os móveis possuem posições iguais no instante inicial (t 5 0) e em
t 5 10 s. Assim, a ultrapassagem de B por A ocorrerá 10 s após o momento inicial.
41
A posição da ultrapassagem pode ser obtida a partir da equação horária da
posição de qualquer um dos móveis.
sA 5 8t ] sA 5 8 # 10 ] sA 5 80 m
BISBILHOTANDO
Quando a aceleração não é constante
As variações de velocidade estão sempre associadas a valores de aceleração. Quando o va
lor da aceleração é constante e diferente de zero, o valor da velocidade aumenta ou dimi
nui linearmente no intervalo de tempo considerado, isto é, o gráfico v # t correspondente
ao movimento é um segmento de reta. Mas, se velocidades constantes, ou mesmo veloci
dades que variam linearmente com o tempo, não são observadas com frequência no mo
vimento dos automóveis em nossas ruas ou estradas, parece pouco provável observá-las
Aceleração (m/s2)
gráfico corresponde à 60 10
variação de velocidade
em 1 s, igual a, aproxi
madamente, 12 m/s.
De fato, esse valor de
12 m/s por segundo 40 5
corresponde à acelera
ção escalar média, de
∆v
12 m/s2 para o trecho
considerado.
20 0
42
Exercícios dos conceitos
1 Um corpo em MUV tem seu movimento descrito
pela função s 5 8 2 6t 1 t2, em que s é dado em me
tros e t, em segundos. Para esse corpo, determine:
a) sua posição em t 5 3 s;
s 5 21 m
v0 5 26 m/s e a 5 2 m/s2
Retrógrado e retardado.
vimento.
t53s
v (m/s)
0 2 4 t (s)
–8
43
3 (Ufc-CE) Um trem, após parar em uma estação,
acelera de acordo com o gráfico da figura, até
parar novamente na próxima estação. Assinale a
alternativa que apresenta os valores corretos de
tf, o tempo de viagem entre as duas estações e da
distância entre as estações.
a (m/s2)
50 tf
0
10 20 t (s)
–1
35
30
A
Velocidade (m/s)
25
20
15
B
10
5
0 1 2 3 4 5 6
Tempo (s)
44
5 (Unesp – adaptado) Os movimentos de dois veí-
culos, I e II, estão registrados nos gráficos da figura.
375
300
225
s (m)
I
150
II
75
0 5 10 15 20
t (s)
a) 15 m/s d) 30 m/s
b) 20 m/s e) 35 m/s
c) 25 m/s
v (m/s)
10
0 2 5 t (s)
Ss 5 40 m
45
7 O gráfico ao lado repre s (m)
senta a posição de um 50
móvel que desenvol-
veu movimento unifor
memente variado com 32
aceleração de módulo
igual a 4 m/s2 em todo o
intervalo de tempo.
0 5 A t (s)
retrógrado e acelerado.
t58s
1 (Ufpe – adaptado) O gráfico a seguir mostra a velo 2 (Fatec-SP) O gráfico a seguir representa a velocidade
cidade de um objeto em função do tempo, em movi de dois móveis A e B que se movem sobre o mesmo
mento ao longo do eixo x. Sabendo-se que, no instante referencial.
t 5 0, a posição do objeto é x 5 210 m, determine No instante t 5 0 os dois ocupam a mesma posição
a equação x(t) para a posição do objeto em função nesse referencial.
do tempo. v (km/h) A
30
B
72
20
B B
10
v (m/s)
0
–10 0 0,2 0,6 0,8 1,0 t (h)
46
3 (Fatec-SP) Um objeto se desloca em uma trajetória x (m)
retilínea. O gráfico a seguir descreve as posições do
objeto em função do tempo.
s (m)
25,00
60
50
0 15 30,00 40 s t (s)
Analise as seguintes afirmações a respeito desse mo 5 (Puc-pr) O gráfico mostra a variação da posição de
vimento: uma partícula em função do tempo.
I Entre t 5 0 e t 5 4 s o objeto executou um movi s (m)
mento retilíneo uniformemente acelerado. 200
II Entre t 5 4 s e t 5 6 s o objeto se deslocou 50 m.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
47
CAPÍTULO 4 Lançamento
vertical no vácuo
1 Queda livre
ou: É possível uma moeda acelerar mais
do que um automóvel esportivo?
Corpos colocados próximos da superfície da Terra são atraídos e, se nada os
impedir, caem em direção a ela. Dizemos que é a atração gravitacional da Terra que
“puxa” todos nós para baixo, em direção ao centro do planeta.
A busca dos seres humanos pela compreensão da ação da gravidade permitiu signi-
esa
ivania sant’anna/kino
1 2 3
Em seu movimento de queda, qualquer corpo atravessa uma camada de ar, que
oferece resistência à passagem do corpo. O efeito dessa resistência é maior em alguns
corpos do que em outros, dependendo, principalmente, de seu formato (figura 4).
4
t=0 t=0
t=1s
t=1s
t=2s
48
Numa situação hipotética, se não houvesse a camada de ar em torno da Terra,
kenneth eward/pr/latinstock
5
t50
todos os objetos cairiam em direção à superfície da mesma maneira, fosse o objeto t 5 0,1 s
uma folha de papel aberta ou uma enorme peça de ferro. Esse é o movimento de- t 5 0,2 s
nominado queda livre, isto é, uma queda sem qualquer resistência, ou, em outras
palavras, no vácuo. Um dos primeiros homens a pensar sobre isso foi Galileu Galilei,
t 5 0,4 s
cientista italiano que viveu entre os séculos XVI e XVII.
Dizia Galileu que, se um martelo e uma pena fossem soltos de uma mesma altura
numa região em que não houvesse ar, isto é, no vácuo, o martelo e a pena cairiam
com a mesma aceleração e, portanto, chegariam juntos ao chão. Embora não exis-
tam registros seguros sobre a veracidade da ocorrência, conta-se que Galileu soltou
duas bolas de ferro de massas bem distintas do alto da torre de Pisa, a fim de com-
provar sua ideia sobre um valor único de aceleração de queda para todos os corpos,
independentemente do valor da massa de cada um.
Bem mais tarde, em 1971, quando a missão norte-americana Apollo 15 chegou à 4,9 m
Lua, um dos astronautas deixou-se filmar soltando um martelo de uma das mãos e
uma pena da outra, para que todos, pela televisão, pudessem acompanhar a verifi-
cação da teoria de Galileu sobre a queda dos corpos.
Aceitando o fato de que todos os corpos caem, no vácuo, com a mesma aceleração,
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
EXERCíCIOs resolvidos
■ Resolução
Consideraremos uma trajetória vertical orientada positivamente para baixo, com
a origem coincidindo com o ponto inicial da queda. Dessa forma, a aceleração da
gravidade, por ter o mesmo sentido que a orientação da trajetória, será conside-
rada positiva.
49
Aplicando a função horária do espaço do MUV, teremos:
0 v0 = 0
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2
2
1
g 20 5 0 1 0 1 __ 3 10t2 ] 20 5 5t2 ] t 5 2 s
2
■ Resolução
Podemos resolver a questão por intermédio da equação de Torricelli,
v2 5 v02 1 2aSs
■ Resolução
Orientemos a trajetória positivamente para baixo, com a origem coincidindo
com o ponto de lançamento, de modo que s0 5 0, a velocidade inicial e também
a aceleração tenham sinais positivos.
A função horária do espaço no MUV nos permite escrever:
0
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2
v0 2
15 5 0 1 10t 1 5t2
g 30 m
t2 1 2t 2 3 5 0 ] t 5 23 ou t 5 1
50
Portanto, depois de 1 s, o objeto terá percorrido metade da distância até o solo.
Vale observar que o tempo necessário para a esfera percorrer toda a distância de
30 m (dobro de 15 m) não é igual a 2 s (dobro de 1 s), como se pode perceber pelo
cálculo:
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2
2
30 5 0 1 10t 1 5t2
t2 1 2t 2 6 5 0 ] t 7 1,64 s
t 5 2,5 s
v 5 25 m/s
h 5 11,25 m
Ss 5 11,25 m
Ss 5 60 m
v 5 25,77 m/s
51
4 Distraidamente, o morador do 7o andar de um pré-
dio deixa cair sua carteira, que 3 s mais tarde atin-
ge o solo, 30 m abaixo. O movimento de queda
da carteira foi uma queda livre? Justifique.
10 m/s2.
v 5 30 m/s
a 5 215 m/s2
b) Calcule a altura H.
H 5 180 m
52
7 (Fgv-SP) Frequentemente, quando estamos por
passar sob um viaduto, observamos uma pla-
ca orientando o motorista para que comunique
à polícia qualquer atitude suspeita em cima do
viaduto. O alerta serve para deixar o motorista
atento a um tipo de assalto que tem se tornado
comum e que segue um procedimento bastan-
te elaborado. Contando que o motorista passe
em determinado trecho da estrada com veloci-
dade constante, um assaltante, sobre o viaduto,
aguarda a passagem do para-brisa do carro por
uma referência previamente marcada na estrada.
Nesse momento, abandona em queda livre uma
pedra que cai enquanto o carro se move para de-
baixo do viaduto. A pedra atinge o vidro do carro
quebrando-o e forçando o motorista a parar no
acostamento mais à frente, onde outro assaltante
aguarda para realizar o roubo.
Suponha que, em um desses assaltos, a pedra
caia por 7,2 m antes de atingir o para-brisa de
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
7,2 m g
a) 22 m c) 40 m e) 80 m
b) 36 m d) 64 m
53
2 Lançamento vertical para cima
Um objeto lançado verticalmente para cima, com determinada velocidade, sobe
desacelerando a 9,8 m/s2, inverte o sentido de seu movimento e passa a descer ace-
lerando, também a 9,8 m/s2 como mostra a figura 6.
6
v=0
v
g
7
+
v=0 t=2s
g
v 5 v0 1 at
h
v0 0 5 20 2 10t ] t 5 2 s
t=0
0
1 at2
s 5 s0 1 v0t 1 __
2
s 5 0 1 20 # 2 2 5 # 22 ] s 5 20 m
54
A equação de Torricelli poderia também ser aplicada neste caso, para o cálculo
da altura máxima.
v2 5 v02 1 2aSs
EXERCíCIOs resolvidos
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■ Resolução
As duas pedras atingiram a mesma altura em relação ao solo, uma vez que fo-
ram lançadas com a mesma velocidade. As massas diferentes não interferiram
na altura, mas certamente interferiram no esforço necessário para o lança-
mento: a pedra de maior massa exigiu maior esforço para ser lançada.
■ Resolução
Vamos aplicar a equação de Torricelli, lembrando que estamos orientando a
trajetória positivamente para cima e fazendo coincidir a origem com o solo.
v2 5 v02 1 2aSs (Lembrando que v 5 0 no ponto mais alto.)
■ Resolução
Respeitando a orientação adotada anteriormente, vamos aplicar a função ho-
rária do espaço no MUV.
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2 ] s 5 0 1 15t 2 5t2 (SI) ]
2
10 5 0 1 15t 2 5t2 ] t2 2 3t 1 2 5 0 ] t 5 1 s e t 5 2 s
55
Portanto, as pedras atingiram duas vezes a altura de 10 m. A primeira vez, du-
rante a subida, 1 s após o lançamento, e a segunda vez, na descida, 2 s após o
lançamento.
O tempo decorrido para que a pedra atingisse o ponto mais alto da trajetória pode
ser calculado de várias maneiras. Uma delas é a partir da média aritmética entre os
valores dos intervalos de tempo correspondentes à altura de 10 m. Assim,
v
t = 1,5 s
t=1s t=2s
(1 1 2)
11,25 m t1 alto 5 ______
]
2
10 m
t1 alto 5 1,5 s
■ Resolução
Adotemos a trajetória orientada positivamente para cima e a origem coincidindo
com o solo. Nessas condições, temos as seguintes funções horárias para o movi-
mento descrito:
1
s 5 s0 1 v0t 1 __
at2 ] s 5 12t 2 5t2 (SI)
2
v (m/s)
12
2,4
0 1,2 t (s)
–12
56
Convém observar que o tempo de subida é igual a 1,2 s, metade do tempo total
de percurso. O gráfico, sempre decrescente, mostra que até 1,2 s a velocidade di-
minuiu de valor, mas que, entre 1,2 e 2,4 s, aumentou de valor, porém no sentido
oposto ao definido pela orientação da trajetória.
O gráfico s # t desse movimento é uma parábola que corta o eixo horizontal
em dois valores: em t 5 0 e em t 5 2,4 s. O vértice da parábola corresponde
ao ponto de maior altura do percurso, isto é, corresponde ao instante t 5 1,2 s.
A altura máxima precisa ser determinada e, para isso, podemos aplicar a equa-
ção de Torricelli:
v2 5 v02 1 2aSs
s 5 12t 2 5t2
s (m)
7,2
■ Resolução
Orientando a trajetória positivamente para cima, com a origem no solo, temos os
seguintes dados para os dois corpos:
+
v=0
g
Bola: v0 5 0; s0 5 30 m; a 5 g 5 210 m/s2
30 m
57
Podemos determinar a posição de encontro entre os dois objetos a partir de suas
equações horárias s # t.
sBola 5 30 1 0t 2 5t2 ] sBola 5 30 2 5t2 (SI)
sPedra 5 0 1 20t 2 5t2 ] sPedra 5 20t 2 5t2 (SI)
eduardo santaliestra
Já sabe responder?
v 5 15,5 m/s
v 5 25 m/s
h 5 31,25 m
58
11 O gráfico seguinte representa o movimento de
um corpo lançado verticalmente para cima numa
região em que a aceleração da gravidade é igual
a 10 m/s2, e na qual a resistência do ar pode ser
desprezada.
s (m)
v 5 8 m/s
b) qual o valor de H?
H 5 3,2 m
59
14 (Puc-Rj) Um jogador de futebol chuta uma bola, que está no chão, verticalmente para
cima com uma velocidade de 20 m/s. O jogador, imediatamente após chutar a bola, sai
correndo para a frente com uma velocidade de 8 m/s. Considere g 5 10 m/s2.
a) Calcule o tempo de voo da bola até ela voltar a bater no chão.
t54s
Ss 5 32 m
c) Calcule qual seria a distância percorrida pelo jogador se ele tivesse partido do
ponto inicial (onde ele chutou a bola) com velocidade inicial nula e aceleração
de 2,0 m/s2, em vez de ter uma velocidade constante de 8 m/s.
Ss 5 16 m
60
Professor: As resoluções destes exercícios estão dis-
poníveis no Plano de Aulas deste módulo. Consulte
1 (Puc-Rj) Uma pedra, deixada cair de um edifício, 4 (Unesp) Para deslocar tijolos, é comum vermos em
leva 4 s para atingir o solo. Desprezando a resistência obras de construção civil um operário no solo, lan-
do ar e considerando g 5 10 m/s2, escolha a opção çando tijolos para outro que se encontra postado no
que indica a altura do edifício em metros. piso superior. Considerando o lançamento vertical,
a) 20 d) 120 a resistência do ar nula, a aceleração da gravidade
b) 40 e) 160 igual a 10 m/s2 e a distância entre a mão do lançador
c) 80 e a do receptor 3,2 m, a velocidade com que cada
tijolo deve ser lançado para que chegue às mãos do
2 (Ufes) Um objeto é abandonado do alto de um edifício. receptor com velocidade nula deve ser de:
Um observador, de dentro do edifício, numa janela cuja a) 5,2 m/s c) 7,2 m/s e) 9,0 m/s
borda está a 15 m do solo, vê o objeto passar pela bor- b) 6,0 m/s d) 8,0 m/s
da 1 s antes de atingir o solo. Desprezando a resistência
do ar, podemos afirmar que a altura do edifício é de: 5 Uma pedra é lançada para cima com velocidade de
a) 20 m d) 35 m 36 km/h, num local, aqui na Terra, em que é possível
b) 25 m e) 40 m desprezar a resistência do ar. Quais são os valores
c) 30 m da velocidade e da aceleração da pedra no ponto
mais alto?
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
61
Professor: As resoluções destes exercícios estão dis-
poníveis no Plano de Aulas deste módulo. Consulte
v (m/s)
0
4,0 t
–a0
62
6 (Ufrj) De um ponto localizado a uma altura h do 9 Mário empurrou uma bola para que ela subisse uma la-
solo, lança-se uma pedra verticalmente para cima. deira. A bola começou sua subida com velocidade de 12
A figura a seguir representa, em gráfico cartesiano, m/s e, após 8 s, ela perdeu toda a sua velocidade, inver-
como a velocidade escalar da pedra varia, em função teu o sentido e passou a descer. Enquanto a bola estava
do tempo, entre o instante do lançamento (t 5 0) e o subindo a ladeira, Mário caminhou 8 m para a frente,
instante em que chega ao solo (t 5 3 s). de modo que, quando pegou a bola, ela havia percor-
rido uma distância maior na subida do que na descida.
Quanto tempo demorou entre a saída da bola das mãos
v(m/s) de Mário até o momento em que ele a pegou de volta?
63
Navegando no módulo
Velocidade
MOVIMENTO MOVIMENTO
Aceleração
Acelerado Retardado
v2 v1 v1 v2
Sv
am 5 ___
St
v=0
g
30 m
v = 20 m/s
Funções
Espaço Velocidade
horárias
1
s 5 s0 1 v0t 1 _ at2 a 5 constante v 5 v0 1 at
FÍSICA
Hugo Carneiro Reis
2 Blaidi Sant’Anna
Walter Spinelli
Gloria Martini
Gráficos s # t Gráficos v # t
s s v v
0 t 0 t
0 t 0 t
64