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ÍNDICE

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................2

Objectivo.....................................................................................................................................2

Geral............................................................................................................................................2

Específicos:.................................................................................................................................2

METODOLOGIA.......................................................................................................................2

ÉTICA E MORAL: CONCEITOS E DIFERENÇAS................................................................3

ÉTICA PROFISSIONAL............................................................................................................5

Classes profissionais...................................................................................................................7

Virtudes Profissionais.................................................................................................................8

Honestidade:...............................................................................................................................9

Sigilo:..........................................................................................................................................9

Competência:............................................................................................................................10

Prudência:.................................................................................................................................10

Coragem:...................................................................................................................................10

Perseverança:............................................................................................................................11

Compreensão:...........................................................................................................................11

Humildade:................................................................................................................................11

Imparcialidade:.........................................................................................................................11

Optimismo:...............................................................................................................................12

CONCLUSÃO..........................................................................................................................13

REFERÊNCIAS........................................................................................................................14
INTRODUÇÃO
A palavra Ética origina-se da palavra ethos, e significa costume (BARROS, 2010).

Conforme a autora sua origem vem do sinônimo de moral, que deriva do latim, mos, moris, e
que também significa costume. Desde Aristóteles a ética passou a ser a ciência da moral e se
fez- a disciplina que analisa e consolida as ações do comportamento humano.

Valls (1994) ensina que a Ética é algo que todos sabem o que é, porém não conseguem
explicar. Ainda conforme o mesmo autor, tradicionalmente, a Ética pode ser definida como
uma reflexão ou estudo seja de forma filosófica, científica ou em alguns casos até mesmo
teológica, que visa desvendar e entender os costumes e ações humanas.

De acordo com estudos dos costumes da conduta humana, a Ética influencia a Moral,
estimulando a formação ou a transformação dos princípios adotados pelas sociedades,
interferindo no comportamento ético dos indivíduos (BARROS, 2010).

No que se refere à estrutura do trabalho, esta pesquisa divide-se em três capítulos, sendo: este
capítulo introdutório, os objetivos, geral e específico, do estudo e a metodologia; no segundo
capítulo, encontra-se o referencial teórico, discorrendo sobre assuntos relacionados aos
conceitos e diferenças entre a Ética e Moral, bem como da Ética Profissional. Por fim, são
apresentadas as considerações finais a respeito do trabalho, no terceiro capítulo.

Objectivo
Geral
Descrever a ética profissional e sua importância.

Específicos:
a) Demonstrar os conceitos e diferenças entre Ética e Moral;

b) Descrever sobre a Ética profissional;

d) Destacar a importância da ética Profissional.

METODOLOGIA
Para a produção deste trabalho, recorreu-se essencialmente a pesquisa bibliográfica.

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ÉTICA E MORAL: CONCEITOS E DIFERENÇAS
Condizente com o crescimento da humanidade, os preceitos de convivência entre pessoas,
igualmente foi evoluindo, e são peças inacabáveis de atividades técnicas e teóricas de diversos
estudiosos, tais como: filósofos, antropólogos, juristas, sociólogos, já que se empenharam em
conhecer o comportamento social. Este cansativo trabalho proporcionou o desenvolvimento
dos conceitos de princípios morais, religiosos, éticos e jurídicos. Desde a existência do
homem existe a Moral, que faz parte do ser humano, sendo desenvolvidos valores para
organizar a vida em sociedade ou o bom convívio. Tempos depois, na Grécia, os filósofos
Sócrates e Platão deram início ao desenvolvimento de conceitos sobre moral, voltado no que
seria o bem, ou o correto (BARROS, 2010).

Lisboa (2011) afirma que independentemente da sua vontade, todo indivíduo, a partir do seu
nascimento, passa a se integrar em uma sociedade e, obrigatoriamente, terá seu convívio
ligado ao de seus semelhantes, através de relacionamentos que serão mantidos até o fim de
sua vida. Dessa forma, tendo em vista que esse relacionamento precisa ser mantido, faz-se
necessário que suas atitudes e comportamentos permaneçam dentro de um nível aceitável pela
sociedade, visto que cada pessoa possui crenças e valores diferentes, ou seja, muda de
indivíduo para indivíduo.

O autor também afirma que, a Ética, enquanto ramo de conhecimento tem como objeto o
comportamento humano dentro de cada sociedade, e tem por objetivo o estudo desse
comportamento com o intuito de manter níveis aceitáveis para uma boa convivência dentro
das sociedades e entre elas.

Rezende (2006) elucida que a Ética e a Moral, desde antigamente, inspiravam preocupações
da sociedade como um todo, que busca sempre aperfeiçoar a relação pessoal de seus
componentes. Sendo assim, o autor também diz que a sociedade compreende toda a estrutura
das relações humanas, buscando definir limites, apresentando comportamentos bons ou maus
identificados pelos conceitos éticos e morais.

Frequentemente, se vê os termos Ética e Moral sendo usados como sinônimos, resultando


assim, não raras vezes, uma grande confusão para quem tem necessidade de usálos
dificultando, deste modo, a comunicação e a elaboração do pensamento (PEDRO, 2014).

Barros (2010) esclarece que apesar da confusão, Ética e Moral, no entanto, são coisas bem
diferentes. A primeira significa a teoria ou o estudo do caráter dos indivíduos na sociedade,
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enquanto que a segunda, significa costume, ou conjunto de normas ou regras adquiridas com
o passar do tempo. A Ética é o aspecto científico da Moral, pois ambas, envolvem a filosofia,
a história, a psicologia, a religião, a política, o direito, e toda uma estrutura que cerca o ser
humano. Isto faz com que o termo Ética necessite de uma maneira correta para ser
empregado, quer dizer, ser imparcial, representar um conjunto de princípios que norteia uma
maneira de viver bem, consigo próprio, e com os outros (BARROS, 2010).

Já Rezende (2006) diz que a Ética é um termo de origem grega que pode ser definido como a
interioridade do ato, no que se refere ao estudo dos juízos que regem a conduta humana e
estão sujeitos à qualificação do ponto de vista do bem ou do mal em determinada sociedade
ou na relação entre elas. Já a Moral, vem do latim, e o seu sentido implica a codificação de
regras, leis, normas, valores e as motivações que dão sentido ao agir e à conduta humana
(REZENDE, 2006).

Continuando na temática da diferenciação dos termos, Gontijo (2006) afirma que, no que
tange à palavra Moral, ela deve ser usada preferencialmente para demonstrar o objeto de
estudo, enquanto o termo Ética, por sua vez, refere-se à matéria filosófica que busca
manifestar criticamente a moral.

Ricoeur (1990) quando se trata da etimologia, explica que ética e moral remetem para bons
costumes, a primeira vem do grego ethos e a segunda do latim mores, porém é possível traçar
uma linha sutil que traz a principal diferença entre ambas, que é a obrigatoriedade. Ainda em
conformidade com o mesmo autor, ele resume Ética como as boas ações de forma livre e
espontânea da pessoa, e define Moral como um conjunto obrigatório de normas que regem a
conduta humana. Já para Lisboa (2011), o termo Ética pode ser definido de forma básica
como uma das ramificações da filosofia que lida especificamente com o que é moralmente
bom ou mau, certo ou errado. O mesmo autor ainda afirma que Ética e a filosofia da Moral
são quase sinônimos, porém ressalta que não devem ser confundidas.

Rezende (2006) conclui que os termos Ética e Moral, são preocupações constantes de toda a
sociedade e indivíduos que nela estão inclusos, pois os mesmos têm interesse em melhorar a
relação interpessoal entre seus componentes, e mantêm, assim, uma convivência pacífica e
tranquila, dessa forma, deve ser motivo de constantes estudos. Portanto, diante do exposto,
nota-se que essa ciência e princípios que regem a conduta humana, também devem ser
aplicados ao âmbito profissional, cumprindo os compromissos assumidos, respeitar as leis

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vigentes, e fazer, assim, com que surja o Código de Ética de cada grupo profissional (ALVES
et al., 2007).

Por fim, Pedro (2014) diz que a ética envolve a moral, enquanto matéria-prima das suas
reflexões e sem a qual não existiria, assim como a moral envolve a ética no sentido de
repensar as ações, deixando assim, entre ambas uma importante relação de
complementaridade.

ÉTICA PROFISSIONAL
Sá (2009) especifica que em qualquer sociedade que se observe, sempre será notado a
existência de conflitos morais em seu interior, eles ocorrem a partir do momento em que um
indivíduo, perante uma circunstância, tem uma atitude que contraria aquilo que, de forma
geral, a sociedade estabeleceu como padrão de comportamento para aquela situação em
específico.

Em consonância com Sá (2009), tais conflitos não são exclusivos do âmbito pessoal e da
relação entre diferentes tipos de comunidades, elas também surgem na esfera profissional,
principalmente por questões de conflito de interesse dentro de cada organização.

Ao longo dos últimos anos, notou-se uma evolução das discussões que tratam da conduta
Ética dos indivíduos em diversas áreas da atividade humana, seja ela no âmbito social, pessoal
ou profissional (ALVES et al., 2007).

Borges e Medeiros (2007) apontam que a Ética deve estar presente em toda prática humana.
Os mesmos autores ainda dizem que, dessa forma, existe ou deveria existir uma Ética aplicada
à cada atividade profissional, a fim de que fossem evitados todos os tipos de conflitos de
interesse que ocorrem no ambiente corporativo.

Barros (2010) agrega que a Ética Profissional pode ser definida como um conjunto de normas
e valores que direcionam as condutas dos colaboradores para que estes mantenham uma
reputação positiva no ambiente de trabalho. O mesmo autor ainda destaca que um círculo
organizacional onde os indivíduos possuem ética profissional, o clima tende a ser bem
agradável, e refletir assim no rendimento de toda a equipe.

Oliveira (2012) alega que a ética é indispensável ao profissional, uma vez que, na ação
humana, “o fazer” e “o agir” estão interligados, onde o fazer diz respeito à competência, que

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trata da eficiência que cada um deve ter, com o intuito de exercer bem a sua profissão, e o agir
se refere à sua conduta, ou seja, ao conjunto de atitudes que o mesmo deve assumir ao
desempenhar seu trabalho.

Barros (2010), afirma também que a pessoa ética, naturalmente é admirada e o respeito que os
clientes e colegas de trabalho têm por ele, mantém-no em destaque. O mesmo autor ainda
afirma que a Ética Profissional atua como um filtro, impedindo a passagem de fofocas,
mentiras, entre outros itens negativos que possam prejudicar um colaborador, dessa forma,
afirma-se que cabe aos líderes serem profissionais éticos, pois, assim, em vez de deixar o
ambiente de trabalho desarmônico, eles devem promover um clima harmônico.

Na ótica de Borges e Medeiros (2007), eles definem a Ética Profissional como o conjunto de
atitudes técnicas e sociais que são exigidas por uma classe específica aos seus membros. É
válido ressaltar que o profissional ético é identificado por seu comportamento, e tal
característica faz com que ele atinja o reconhecimento dos demais membros da própria classe
e da sociedade em geral.

Por sua vez, Sá (2009) diz que a Ética Profissional nada mais é que as normas de
comportamento que indicam a conduta mais apropriada defrontem algumas situações, que
visam manter a harmonia no âmbito empresarial. Ainda em consonância com o mesmo autor,
quando o colaborador aceita e reconhece o dever de cumprir tais normas, ele passa a agir
moralmente e a emitir juízos de valor condizentes com a cultura de qualidade que cada
organização pretende adotar.

Por fim, Barros (2010) agrega que a conduta Ética de um profissional é demonstrada diante de
sua classe, clientes e concorrentes, dessa forma ele deve agir para deixar claro seu
compromisso e independência perante suas ações, através da recusa de prêmios e presentes,
não tomando decisões individuais que possam colocar em risco o alcance dos objetivos da
empresa ou de seus contratantes, entre outros.

Destarte, agir eticamente vem do preceito de saber conviver em sociedade, e aceitar o


conjunto como precedente à parte, lembrando que essa aceitação não significa que irá perder
todos seus valores individuais, e sim pensar primeiramente no coletivo (BORGES;
MEDEIROS, 2007).

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Portanto, atuar com zelo e conscientemente, é um indicador e também um diferencial
indispensável no ambiente corporativo (BORGES; MEDEIROS, 2007). Ainda seguindo o
pensamento dos mesmos autores, torna-se então imprescindível a existência de um código de
ética para o bom desempenho profissional.

Barros (2010) também cita que discutir e definir padrões éticos dentro de uma empresa nem
sempre é uma missão simples, porém este tem sido o caminho que várias organizações
adotam para proteger ou garantir o seu espaço no mercado. Ainda conforme a autora, as
entidades precisam livrar-se daquela visão de que investir em novas tecnologias e estratégias
agressivas é o único caminho a percorrer para proporcionar melhores resultados, e devem
adotar o posicionamento de que o caminho para atingir seus objetivos está no seu pessoal,
para isso a ética profissional é de grande valia, visto que promoverá um ambiente bom para se
trabalhar.

Oliveira (2012) acrescenta que na fase de formação profissional, o aprendizado das


competências e habilidades, inerentes à prática específica em uma determinada área, devem
incluir a reflexão, antes do início dos estágios, sendo assim, ao concluir a formação em nível
superior, a pessoa faz um juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a
categoria profissional, em que a partir daquele momento formalmente participa. Isso
caracteriza o aspecto moral da chamada Ética Profissional, ou seja, é a adesão voluntária a um
conjunto de regras estabelecidas como sendo as mais adequadas para o exercício de sua
profissão (OLIVEIRA, 2012).

Porém, Oliveira (2012), salienta que é importante ter em mente que há diversas ações e
comportamentos que não estão descritos nos códigos de todas as profissões, mas que são
comuns a todas as atividades que uma pessoa venha a exercer.

Por fim, Silva (2012) elucida que uma determinada categoria profissional pode adotar
diferentes critérios para definir seus valores éticos e as normas de conduta que deverão ser
respeitadas pelos que nela atuam, tais valores e normas podem ser notados no respectivo
Código de Ética Profissional.

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Classes profissionais
A questão, pois, dos grupamentos específicos, sem dúvida, decorre de uma especialização,
motivada por seleção natural ou habilidade própria, e hoje constitui-se em inequívoca força
dentro das sociedades.

A formação das classes profissionais decorreu de forma natural, há milênios, e se dividiram


cada vez mais.

Historicamente, atribui-se à Idade Média a organização das classes trabalhadoras,


notadamente as de artesãos, que se reuniram em corporações.

A divisão do trabalho é antiga, ligada que está à vocação e cada um para determinadas tarefas
e às circunstâncias que obrigam, às vezes, a assumir esse ou aquele trabalho; ficou prático
para o homem, em comunidade, transferir tarefas e executar a sua.

A união dos que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e hoje se acha não só
regulada por lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de classe.

Virtudes Profissionais
Virtude é aquele valor intangível, que nos caracteriza como humanos e autênticos;

MOLLER (1996, p.103-104) faz uma associação entre as virtudes lealdade, responsabilidade
e iniciativa como fundamentais para a formação de recursos humanos. Segundo Clauss Moller
o futuro de uma carreira depende dessas virtudes. Vejamos:

O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem


responsabilidade a pessoa não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa [...]. Uma
pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior probabilidade de agir de
maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da
organização [...]. A consciência de que se possui uma influência real constitui uma
experiência pessoal muito importante.

É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa. Só pessoas que tenham auto-estima e um
sentimento de poder próprio são capazes de assumir responsabilidade. Elas sentem um sentido
na vida, alcançando metas sobre as quais concordam previamente e pelas quais assumiram
responsabilidade real, de maneira consciente.

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Prossegue citando a virtude da lealdade:

A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a empregabilidade. Um


funcionário leal se alegra quando a organização ou seu departamento é bem sucedido, defende
a organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte
da organização, fala positivamente sobre ela e a defende contra críticas.

Lealdade não quer dizer necessáriamente fazer o que a pessoa ou organização à qual você
quer ser fiel quer que você faça. Lealdade não é sinônimo de obediência cega. Lealdade
significa fazer críticas construtivas, mas as manter dentro do âmbito da organização. Significa
agir com a convicção de que seu comportamento vai promover os legítimos interesses da
organização. Assim, ser leal às vezes pode significar a recusa em fazer algo que você acha
que poderá prejudicar a organização, a equipe de funcionários.

As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a iniciativa,


capaz de colocá-las em movimento.

Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa ao mesmo tempo,


demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto de empregabilidade, tomar iniciativas
não quer dizer apenas iniciar um projecto no interesse da organização ou da equipe, mas
também assumir responsabilidade por sua complementação e implementação.

Honestidade:
A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a responsabilidade
perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos.

A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que não admite


relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.

Sigilo:
O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser desenvolvido na
formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo muito importante. Uma informação
sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.

Revelar detalhes ou mesmo frívolas ocorrências dos locais de trabalho, em geral, nada
interessa a terceiros e ainda existe o agravante de que planos e projetos de uma empresa ainda

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não colocados em prática possam ser copiados e colocados no mercado pela concorrência
antes que a empresa que os concebeu tenha tido oportunidade de lançá-los.

Competência:
Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de forma
adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre. "A função de
um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem." (ARISTÓTELES, p.24).

É de extrema importância a busca da competência profissional em qualquer área de atuação.


Recursos humanos devem ser incentivados a buscar sua competência e maestria através do
aprimoramento contínuo de suas habilidades e conhecimentos.

O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas porfissionais é pré-requisito


para a prestação de serviços de boa qualidade.

Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada tarefa, mas é
necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços quando não se tem a devida
capacitação para executá-lo.

Prudência:
A prudência, fazendo com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais
facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança,
principalmente das decisões a serem tomadas. a prudência é indispensável nos casos de
decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.

Coragem:
Todo profissional precisa ter coragem, pois "o homem que evita e teme a tudo, não enfrenta
coisa alguma, torna-se um covarde" (ARISTÓTELES, p.37).

A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente
quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a não ter medo de defender a verdade e a
justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem
comum. Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a
eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos chefes
ou colegas.
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Perseverança:
Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito a
incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o
profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas. É louvável a
perseverança dos profissionais que precisam enfrentar os problemas do subdesenvolvimento.

Compreensão:
Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele dependem,
em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no
relacionamento profissional.

É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o profissional não se deixe
levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu trabalho, para que
não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão.

Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A
compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em
benefício de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada.

Humildade:
O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não é o dono da verdade e
que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.

Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua atividade
profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração de outros
profissionais mais capazes, se tiver esta necessidade, dispor-se a aprender coisas novas, numa
busca constante de aperfeiçoamento.

Imparcialidade:
É uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se destina a se
contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos (em nossa época dinheiro, técnica,
sexo...), a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma
posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo
a justiça depende muito da imparcialidade.

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Optimismo:
Em face das perspectivas das sociedades modernas, o profissional precisa e deve ser otimista,
para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do desenvolvimento,
enfrentando o futuro com energia e bom-humor.

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CONCLUSÃO
Em consonância com estudos dos costumes da conduta humana, a Ética influencia a Moral,
estimulando a formação ou a transformação dos princípios adotados pelas sociedades,
interferindo no comportamento ético dos indivíduos, tanto na vida pessoal quanto na
profissional.

A formação de uma consciência ética e moral na sociedade não envolvem somente o


trabalhador e a empresa, mas sim cada pessoa que está envolvida naquela sociedade, e
principalmente aqueles profissionais a quem são atribuídos as maiores responsabilidades.
Todos devem assumir seu papel contribuindo por um objetivo comum que é o de exterminar
estas redes de corrupção e imoralidade.

Qualquer profissional que considerar os princípios éticos como fundamental em todas as suas
escolhas, ações e decisões, verá que a sua vida profissional terá mais qualidade não somente
técnica, mas também humana. Esta postura baseada em princípios éticos irá se entender a
todos que o cercam em sua vida pessoal, seus colegas de trabalho e também aos demais níveis
da organização onde trabalha.

A ética tem como objetivo integrar os recursos humanos, técnicos e financeiros de forma a
valorizar os valores pessoais e sociais.A atividade profissional fica impossível de ser exercida
sem a ética, porque ela é à base de toda atividade econômica, e fundamental para o
desenvolvimento do homem e das organizações.

A prática da mesma na profissão insere-se nos deveres relativos à responsabilidade que cada
um tem no seu trabalho, ela não é enganosa e nem abusiva. Feri-la pode significar violar as
leis dos deveres profissionais, não cumprir com os deveres da profissão. Agir em
conformidade com ela diz respeito a cada indivíduo, a cada grupo profissional e a sociedade
em geral.

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REFERÊNCIAS
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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo horizonte, 2010.

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