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O Meu Pé de Laranja Lima - José Mauro de Vasconcelos

Melhoramentos - Dados sobre o autor:

José Mauro de Vasconcelos nasceu em 26 de fevereiro de 1920, em Bangu, no Rio de


Janeiro. De família muito pobre, teve, ainda menino, de morar com os tios em Natal, onde passou a
infância e a juventude.
Frequentou dois anos do curso de Medicina, em Natal, mas não resistiu: sua personalidade
irrequieta impeliu-o a voltar para o Rio de Janeiro.
A estreia na literatura ocorreu aos vinte e dois anos, com Banana Brava (1942), seu
método de trabalho era peculiar, escolhia os cenários das histórias e então se transportava para lá.
Sua obra de maior reconhecimento foi O Meu Pé de Laranja Lima, que já vendeu mais de
meio milhão de exemplares e foi publicado em cerca de quinze países.
Além de escritor, foi jornalista, radialista, pintor, modelo e ator. Por causa de seu belo porte
físico, representou o papel de galã em diversos filmes e novelas.
José Mauro de Vasconcelos só não teve êxito mesmo em uma área: a academia. Chegou
até a ganhar uma bolsa de estudos na Espanha, mas após uma semana, largou a vida academia
para percorrer a Europa.
O sucesso do autor deve-se, principalmente, à facilidade de comunicação com seus
leitores, ele explicava: “O que atrai meu público deve ser a minha simplicidade, o que eu acho que
seja simplicidade [...]”.
José Mauro de Vasconcelos faleceu em 24 de junho, de 1984, aos 64 anos.

Resumo:

A história conta a vida de Zezé, um garoto pobre e humilde, de cinco anos que vive com os
pais e os irmãos na cidade de Bangu. A mãe de Zezé trabalha em uma fábrica e seu pai está
desempregado. Por conta das dificuldades, Zezé e sua família se mudam para outra casa. No dia
em que eles vão visitar a nova moradia, cada um escolhe uma árvore, mas, Zezé é o último e
acaba ficando sem nada, até que ele acha um pé de laranja lima, com o qual tem uma amizade
muito grande e participa de grandes aventuras, mesmo ele sendo uma árvore. Eles viajavam e se
aventuravam por todo o mundo, Zezé o chamava de Minguinho e quando estava ainda mais
carinhoso o chamava de Xururuca. Ele contava para Xururuca todas as suas travessuras e seus
segredos, quando estava triste era pra quem ele corria e Xururuca o ouvia e consolava, dando
muito carinho a ele. Zezé era muito travesso, fazia muitas brincadeiras de mau gosto com as
pessoas e por isso acabava levando muitas surras de seus pais. Zezé era muito interessado pela
vida, adorava saber e aprender coisas novas, palavras difíceis que o seu tio Edmundo lhe
ensinava. Aprendeu a ler sozinho e aos cinco anos foi para a escola, mentindo ter seis para poder
se matricular. Ele tinha um enorme apreço por sua irmã Glória, que era a única que o defendia e
não batia nele e por Luís, o seu irmão caçula, a quem ele ensinava tudo o que sabia e tinha o
costume de chamá-lo de rei. A infância de Zezé foi muito sofrida e triste, havia Natais em que ele
não ganhava presente, sempre batiam nele por qualquer coisa que fizesse e tudo que acontecia de
mau era culpa sua, mas isso mudou quando seu pai e sua irmã o bateram tanto que o coitado ficou
com muitas sequelas e ainda teve que faltar aula uma semana, por conta dos ferimentos. Outra
pessoa muito importante em sua vida era o português Manuel Valadares, que o tratava como se
fosse seu filho, ensinava-lhe boas maneiras e depositava todo o amor e carinho que ele não
recebia em casa. Manuel tinha o carro mais bonito da cidade, o qual ele dizia a Zezé ser vosso,
pois amigos dividem tudo o que possuem. Mas ninguém sabia dessa amizade, e quando o
português foi atropelado pelo Mangaratiba e morreu, ninguém sabia o porquê que Zezé tinha
adoecido. Ele ficou muitos dias de cama e não tinha mais vontade de fazer nada, por causa do
apreço que ele tinha pelo Portuga e para piorar seu estado, seu irmão Totoca o informou que iriam
cortar o seu pé de laranja lima. Os tempos foram passando e Zezé já não levava mais a mesma
vida, não era tão alegre e travesso como antes, e a saudade às vezes ainda batia e quando
Xururuca deu a primeira flor branca, ele entendeu que aquela era a sua despedida.

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