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Direito Penal

Teoria geral do crime:


culpabilidade
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Direito Penal
Teoria geral do crime - culpabilidade

Apresentação
Olá aluno,

Sou o Professor Thiago Pacheco. Delegado de Polícia em Minas Gerais, Professor


da ACADEPOL/MG e cursos preparatórios, Coordenados do Plano de Aprovação - Coaching e
Mentoria para Concursos Públicos.

Sumário

Culpabilidade.....................................................................................................................................3

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Direito Penal
Teoria geral do crime - culpabilidade

Culpabilidade

CONCEITO:
Juízo de reprovação que recai na conduta típica e ilícita que o agente se propões a realizar.
Trata-se de um juízo relativo à necessidade de aplicação da sanção penal.
Teoria Bipartite x Teoria Tripartite.
Conceito analítico do crime

Teorias da Culpabilidade
1. Teoria Psicológica:
Tem base causalista.
Dolo e culpa estão na culpabilidade.
Espécies de culpabilidade:
a. Culpabilidade dolo: abrange querer e aceitar.
b. Culpabilidade culpa: negligência.
Elemento (pressuposto): só a Imputabilidade.
2. Teoria Psicológica Normativa:
Tem base neokantista.
Dolo e culpa continuam na culpabilidade. Contudo, deixam de ser espécies da culpabilidade, mas pressupostos.
Pressupostos da culpabilidade:
Imputabilidade;
Exigibilidade de conduta diversa;
Dolo;
Culpa.
3. Teoria Normativa Pura:
Tem base finalista.
Dolo e culpa migram para o FT.

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Pressupostos da culpabilidade:
a. Imputabilidade;
b. Exigibilidade de conduta diversa;
c. Potencial consciência da ilicitude.

Pressupostos (elementos) da Culpabilidade

1. IMPUTABILIDADE:
É a capacidade de imputação (responsabilização), ou seja, conjunto de condições pessoais que conferem
ao sujeito ativo a capacidade de discernimento e compreensão para entender seus atos e determinar-se
conforme esse entendimento.
O Código Penal prevê 3 hipóteses de inimputabilidade:
a. Anomalia psíquica:
• Critério Biopsicológico.
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
• Redução de pena
Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação
de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de
entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
b. Menoridade:
• Critério Biológico: considera-se apenas a idade (aferida no momento da ação ou omissão).
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas esta-
belecidas na legislação especial.
c. Embriagues completa e acidental:

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• Critério psicológico: leva-se em conta apenas a capacidade mental no momento da ação ou omissão.
Art. 28, §1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força
maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou
de determinar-se de acordo com esse entendimento.

OBSERVAÇÃO:
Emoção e paixão
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
I. a emoção ou a paixão;
Embriaguez
II. a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
[...]
§ 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso for-
tuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o
caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
• Actio Libera in Causa: ato antecedente livre na vontade.

2. Potencial consciência da ilicitude:


Trata-se da possibilidade (e não a certeza técnica) que tem o agente imputável de compreender
a reprovabilidade da sua conduta.
Pode ser excluído pelo chamado erro de proibição (art. 21 do CP):
O agente sabe exatamente o que faz, mas desconhece sua ilicitude.
Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se
evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço.
Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude
do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.

Consequências do erro de proibição:


a. Erro Inevitável: isenta o agente de pena. Exclui a culpabilidade;
b. Erro Evitável: não isenta o agente de pena (mas reduz de 1/6 à 1/3).

3. Exigibilidade de conduta diversa:


Para a reprovação social, não basta que o autor do fato lesivo seja imputável e tenha possibilidade
de lhe conhecer o caráter ilícito.
Exige-se, ainda, que nas circunstâncias o agente tenha a possibilidade de atuar de acordo com
o ordenamento jurídico.
Pode ser excluída pela:
a. Coação moral irresistível;
b. Obediência hierárquica não manifestamente ilegal.
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal,
de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.

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