Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PORTO ALEGRE
2022
2
PORTO ALEGRE
2022
3
Resumo
O presente trabalho consiste avaliar a polêmica acerca da responsabilidade criminal nos casos
que envolvam embriaguez patológica. Para isso, discutiremos os tipos existentes de embriaguez
e as responsabilidades daqueles que estejam envolvidos nestas situações jurídicas. Deste modo,
o trabalho analisará as formas de responsabilizar o réu, e os desdobramentos jurídicos de sua
conduta humana. A linha metodológica segue uma pesquisa bibliográfica, de modo a avaliar os
posicionamentos doutrinários existentes acerca do tema. Assim, conceituaremos os tipos de
embriaguez existentes no campo penal, o que será realizado a partir de uma verificação sobre a
sanção penal a ser imposta diante destes casos, além de apresentar a embriaguez como uma
patologia. Posteriormente, foi levantado o questionamento sobre a possível excludente de
culpabilidade, e por fim, num último momento, uma abordagem quanto a pena, as
possibilidades de redução e/ ou ainda medida de segurança.
Palavras – chave: embriaguez, direito penal, pena, medida de segurança.
Abstract
The present work consists of evaluating the controversy about criminal responsibility in cases
involving pathological drunkenness. For this, we will discuss the existing types of drunkenness
and the responsibilities of those involved in these legal situations. In this way, the work will
analyze the ways of holding the defendant responsible, and the legal consequences of his human
conduct. The methodological line follows a bibliographical research, in order to evaluate the
existing doctrinal positions on the subject. Thus, we will conceptualize the types of drunkenness
existing in the criminal field, which will be carried out from a verification of the criminal
sanction to be imposed in these cases. in addition to presenting drunkenness as a pathology.
Subsequently, the question was raised about the possible exclusion of guilt, and finally, at the
last moment, an approach regarding the penalty, the possibilities of reduction and/or even a
security measure.
Keywords: drunkenness, pathology, criminal, unimputable, excluding.
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por intuito trazer à lume a temática da embriaguez patológica,
verificando as hipóteses jurídico-penais para situações em que o agente esteja sendo processado
criminalmente. Iniciaremos a partir da análise da embriaguez, chegando aos conceitos de
4
Diante disso, passaremos a verificar como fica o enquadramento do sujeito que comete
uma infração penal, quando se encontra alcoolizado por conta de uma embriaguez patológica.
A ideia reside em verificar as hipóteses legais e a atribuição da responsabilidade do Estado
frente a estes casos específicos.
Dada a complexidade que existe, quando tratamos desta temática, o operador do direito
precisa estar atendo ao tipo de desfecho jurídico diante destas circunstâncias, ou seja, se o caso
se amolda a uma punição enquanto uma forma de castigo estatal, ou se um tratamento seria a
via mais adequada.
2. A EMBRIAGUEZ
Do ponto de vista jurídico penal, conforme Cunha, (2016, pág. 292): “Embriaguez é a
intoxicação transitória causada pelo álcool ou substâncias de efeitos análogos”. O indivíduo vai
absorvendo ou ingerindo a substância e se intoxicando, essa intoxicação tem diversas fases e
efeitos abordados posteriormente.
CID – 10 traz a classificação F10 - Transtornos mentais e de comportamento decorrentes do uso de álcool
F100 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Intoxicação aguda
F101 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Uso nocivo para a saúde
F102 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Síndrome de dependência
F103 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Síndrome [estado] de abstinência
F104 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Síndrome de abstinência com delirium
F105 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Transtorno psicótico
F106 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Síndrome amnésica
F107 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Transtorno psicótico residual ou de instalação tardia
F108 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool – Outros transtornos mentais ou comportamentais
– Transtorno mental ou comportamental não
F109 Transt. mentais e comportamentais devidos ao uso de álcool especificado
Diante isto, é importante que se faça uma reflexão sobre os motivos pelos quais uma
pessoa se envolve em situação de embriaguez, já que se sabe que se trata de um problema que
pode ter mais de um fator. Neste sentido: os fatores que levam o ser humano a se embriagar são
os mais divergentes que possamos imaginar, como por exemplo o meio social, clima, profissão,
fadiga crônica, morfologia e hereditariedade. (VIANA, 2006) Ademais, como vimos a
embriaguez pode ocorrer por ingestão ou absorção, mas podendo ocorrer por vias respiratórias,
e ainda por via cutânea quando há lesão.
A respeito dos sinais de embriaguez, é comum as pessoas notarem que o sujeito está
embriagado, porém o sujeito não consegue perceber que está com os sinais de embriaguez.
Quando estamos frente a um sujeito embriagado conseguimos observar diferentes sinais,
mesmo não tendo o exato conhecimento ou presenciando o ato de a pessoa ingerir a bebida
alcoólica. De acordo com Giclio (2010, p170) há sinais facilmente identificáveis no embriagado
como o hálito, comportamento, dificuldade em manter o equilíbrio, caminhar, maneira de
formar frases e palavras, geralmente a pessoa embriagada não tem capacidade neurológica
6
- Fase Eufórica (ou excitação alcoólica): nesta fase os pensamentos são mais fluidos,
desaparecem as inibições, aparece o sentimento de poder, força, e de confiança, a
capacidade de compreensão diminui, observação, atenção e memória ficam
comprometidas;
Fase Disfórica (Fase de Irritabilidade): fase em que ocorre acentuação dos sintomas
da embriaguez. A voz aumenta o humor instável, fugas de ideias frequentes, perda do
domínio da palavra e da ação. Em geral, nesta fase, pode haver atos agressivos e
ilícitos, bem como dificuldade da coordenação motora e equilíbrio;
- Fase Depressiva: Nessa fase há depressão do humor e alteração na performance
psíquica, além do retardamento dos movimentos e do pensamento, voz pastosa,
comprometimento da coordenação motora, equilíbrio e da marcha. Em graus mais
intensos de embriaguez o paciente se torna sonolento, podendo evoluir para o coma.
Como podemos ver, estas fases são geralmente bem definidas e cada uma com suas
características próprias. Cabe-nos observar e dar uma atenção maior à fase disfórica. É na fase
disfórica que está presente a irritabilidade, dificuldade de coordenação motora e,
principalmente, a capacidade de compreensão dos acontecimentos fica reduzida. Esta fase na
embriaguez é, em regra, mais lenta do que na patológica, onde ela pode ocorrer de forma rápida,
e, por conta da patologia, as fases não são bem definidas.
Boas (2019) traz que a embriaguez patológica para o código penal é como doença mental
bem parecida com o alcoolismo, como veremos posteriormente. Embriagues patológica x
embriagues crônica são coisas bem parecidas, porém, para o código penal a embriaguez
patológica pode ser enquadrada como causa excludente de culpabilidade, pois o sujeito, em
tese, não teria consciência e controle de suas ações, não por sua própria vontade, mas por
circunstâncias intrínsecas ao seu organismo.
Se faz importante criar um adendo para este tipo de embriaguez, a embriaguez crônica
como falado anteriormente, pois ela difere da embriagues patológica, isto porque o fato gerador
não tem relação com a sensibilidade do organismo do indivíduo, mas como se comporta o
embriagado durante um determinado período. Este tipo de embriaguez surgi aos poucos, o
indivíduo.
O agente deve consumir bebida alcoólica em excesso por algum tempo, e com o passar
deste tempo começa a apresentar alguns sintomas, mudando inclusive sua aparência física, em
casos mais moderados e até mesmo afetando sua coordenação motora em casos de longo prazo,
frequência e quantidades. (BOAS, 2019)
Boas, (2019) pontua que a pessoa que já vem consumindo bebidas alcoólicas com mais
frequência, começa a ter alguns aspectos do seu físico e psicológico alterado, com tendência a
8
Sob o ponto de vista jurídico a embriagues pode ser classificada em 4 tipos: embriaguez
patológica, acidental, não acidental e preordenada além das subdivisões de completa ou
incompleta. A embriaguez pode ser completa (retirando do agente, no momento da conduta, a
capacidade de entendimento e autodeterminação) ou incompleta (diminuindo a capacidade de
entendimento e autodeterminação).
Conforme Bittencourt (2016, pág. 501), não se confunde com a embriaguez habitual que
pode ser acometida pelo alcoolismo agudo, mas está relacionada com alcoolismo crônico.
Segundo Anibal (1967) a embriaguez patológica manifesta-se em pessoas predispostas,
assemelhando-se a verdadeira psicose, devendo ser tratada como doença mental. (apud
Bitencourt, 2022 p.526). A doença acomete pessoas que apresentam sensibilidade a substância
atingindo principalmente os filhos de alcoólatras, por questões hereditárias. Doses pequenas
podem fazer estas pessoas ativarem gatilhos para conduta violenta, pois apresentam
naturalmente uma sensibilidade no organismo provinda do álcool.
No que pese este trabalho não tem com intuito discutir a patologia sob o viés do código
brasileiro de trânsito, é interessante trazer a conhecimento que o próprio código de trânsito
levou em consideração estas individualidades alterando a legislação para conhecida Lei nº
12.760/2012, então chamada de “Nova Lei Seca”: ou “Tolerância Zero”: Neste sentindo vide o
9
artigo 3061, do Código de Trânsito Brasileiro, tornando mais rígida a legislação sobre o agente
encontrado com níveis de doses de álcool no corpo. A lei anterior permitia determinada
quantidade e a nova lei é de tolerância zero, uns dos motivos é a sensibilidade ao álcool de
alguns indivíduos conforme tratamos aqui.
Como se pode perceber, o sistema que visa medir a taxa de álcool dosada no sangue
nem sempre corresponde ao grau de embriaguez, visto que as reações do álcool são individuais,
como já manifestado, portanto, depende de diferentes e inúmeros fatores extrínsecos e
intrínsecos. “Pode-se determinar a percentagem de álcool na víscera ou nos humores, mas não
se pode precisar o teor de alcoolização fisio-psíquica do indivíduo. (VIANA, 2006)
É conhecida por ser decorrente de força maior ou caso fortuito que retira totalmente ou
parcialmente a capacidade do indivíduo ter entendimento sobre as coisas e situações, sendo dita
como completa ou incompleta no segundo caso. Segundo Nunes e Verardo (2005) a embriaguez
acidental é àquela que o indivíduo ingere sustância desconhecendo seu caráter inebriante, ou
que por reações químicas, dentro do organismo, esta adquire a presente capacidade. NUCCI
(2021, pág 282) refere-se como força maior quando a embriaguez independe do controle do
agente, caso fortuito quando ele ignora que o está ou ingerido poderá deixa-lo embriagado. Um
exemplo de embriaguez acidental decorrente de força maior, é a embriague provocada por um
terceiro, segundo NUCCI (2021, pág.285) a força maior pode se dar pela pessoa submetida a
um trote acadêmico violento, que por ventura venha ser amarrada e obrigada a ingerir, à força,
substância entorpecente. Ambas, no fundo, são hipóteses fortuitas ou acidentais.
Segundo Cunha (2016 pág. 293) a embriaguez não acidental pode ser voluntária ou
1
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou
de outra substância psicoativa que determine dependência:
§ 1º As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama
de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
§ 2º A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de alcoolemia, exame clínico, perícia,
vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3º O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para efeito de caracterização
do crime tipificado neste artigo. (Código de Trânsito Brasileiro)
10
Entretanto, conforme abordagem de Queiroz (2016, pag. 371) existe uma revolução no
que diz respeito a neurociência e culpabilidade que pretende demonstrar que o homem não é
livre, o livre arbítrio é uma ilusão criada pela mente consciente. Nossas decisões procedem de
processo neuronais inconscientes e nosso consciente possui um mínimo poder sobre nosso
inconsciente ou por mais assustador que isso pareça, talvez não possua nenhum poder. Diante
deste pressuposto os delinquentes não sabem por que delinquem.
Toda via a orientação do nosso Código Penal atual é de que a embriaguez não acidental
jamais excluirá a imputabilidade (art. 28, II.)2
2
Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância
de efeitos análogos. (Código penal, Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11
Silva (2004) diz que nesta teoria deve haver “um consequente processo de produção do fato’’,
ficando claro que já havia vontade do indivíduo em cometer o fato típico o qual decidiu
embriagar-se justificavelmente.
3.1 Da Pena
Carvalho (2020, p. 59) ensina que no direito penal uma conduta criminosa sempre está
vinculada à possibilidade de um ato de coerção pelos poderes constituídos, isto é não existe
crime ou direito sem sanção. Neste sentindo, podemos verificar a condição do dogma
constitucional "não há crime sem lei anterior que o defina, não há pena sem prévia definição
legal" (art. 5º XXXIX da CF). 3
De acordo com Nucci (2022, p. 307) pena é um retribuição, sanção imposta pelo Estado,
através da ação penal, ao agente que comete um delito, além de reprimir, busca prevenir uma
futura empreitada por parte dele ou outros indivíduos. Ainda conforme Masson (2012) pena é
a reação de uma comunidade organizada que se opõe a um fato, que venha a violar uma norma
fundamental de sua estrutura, sendo este fato definido na lei como crime.
No Brasil existe a possibilidade de uma sanção penal imposta como pena ou medida de
segurança. Para sabermos se o agente vai receber uma pena ou medida é importante verificar
se o indivíduo é imputável, inimputável ou semi-imputável. Mas no que tange a terminologia
do direito penal, imputabilidade, inimputabilidade, semiputabilidade, vamos trazer a lume o
que significa cada uma destas terminologias no direito penal. A imputabilidade é a capacidade
do indivíduo de ter entendimento do caráter ilícito do fato, envolve inteligência, capacidade e
aptidão para exercer a vontade. Conforme Nucci (2022, pág. 299): “O binômio necessário para
a formação das condições pessoais do imputável consiste em sanidade mental e maturidade”.
3
Art. 5, inc. XXXIX não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; (CF/88)
12
No Brasil optou-se pelo critério de crime cronológico no que diz respeito ao incapaz em
sua maturidade, considerando a partir dos 18 anos. No caso de menores de 18 anos o código
penal entende que são inimputáveis tendo em vista que ainda não possui um desenvolvimento
mental completo como um indivíduo adulto, portanto, possui legislação específica. A
Constituição Brasileira em seu art. 228, 4 determina que são penalmente inimputáveis os
menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial (CF/88). No código civil,
em seu art. 5º5, fica determinado que menoridade, em regra, cessa aos dezoito anos completos,
quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Existem casos em que, devido uma anomalia psíquica, os agentes possuem sua
capacidade intelectual comprometida, como por exemplo, desenvolvimento mental
retardado ou incompleto. No entanto, de acordo com a redação dada no art. 26 do
Código Penal, não basta apenas que o indivíduo possua uma anomalia psíquica para
ser considerado inimputável, mas também deve, ao tempo da ação ou omissão, ser
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo.
Desse modo, conclui-se que os doentes mentais em momentos de lucidez, são
penalmente imputáveis. (PACHECO,.2020)
No que pese o presente trabalho não trate das teorias dogmáticas direito penal, quando
falamos em pena é fundamental aqui discorrer sobre estas: o direito penal se faz sustentado por
três teorias, sendo elas a teoria da lei, teoria do delito e a teoria dogmática da pena. Segundo
4
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.
(CF/88)
5
Art. 5º A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os
atos da vida civil. Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: I - pela concessão dos pais, ou de
um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício
de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil
ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos
completos tenha economia própria. (Código Civil, 2002)
13
Carvalho (2020, pág 332) a teoria da lei é a validação formal e a matéria para aplicação e
enquadramento dos tipos penais, a teoria do delito tem como objetivo a delimitação de critérios
objetivos e subjetivos de imputação da responsabilidade penal e a teoria dogmática da pena
vem a partir de um pressuposto de validade da lei, de responsabilidade penal pelo ato injusto
estabelecendo critério para determinação de espécie, quantidade e qualidade da sanção penal
(pena ou medida de segurança) assim como definir os parâmetros para controle da jurisdição
de sua execução.
De acordo com Bittencourt (2016, pág 863) a reforma penal de 1984 adotou o sistema
vicariante eliminando o sistema duplo-binário, utilizado anteriormente. No sistema binário
antes da reforma penal, o sujeito era responsabilizado de forma dupla, e na prática a medida de
segurança não se diferenciava em nada da privativa de liberdade, onde o agente cumpria a pena
sentenciada e determinada e depois ainda cumpria a medida de segurança de caráter
indeterminado, nos mesmos moldes, e sendo privado de sua liberdade.
Resta evidente que atualmente a resposta punitiva se dá entre penas para imputáveis ou
medida de segurança para inimputáveis. Para agentes semi-imputáveis, como já escrito, pode-
se aplicar ambas, porém optando pelo art. 26. parágrafo único do CP 6 a minorante e com
exceções poderá aplicar a medida de segurança nos conforme o art. 98 do CP. 7
Existe uma exceção aos inimputáveis e semi-imputáveis pois se “um inimputável, por
exemplo, matar um agressor em legítima defesa, ou agir sob estado de necessidade, a ele jamais
6
Art. 26 - Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação
de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.(Código Penal - Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
7
Art. 98 - Na hipótese do parágrafo único do art. 26 deste Código e necessitando o condenado de especial
tratamento curativo, a pena privativa de liberdade pode ser substituída pela internação, ou tratamento ambulatorial,
pelo prazo mínimo de 1 (um) a 3 (três) anos, nos termos do artigo anterior e respectivos §§ 1º a 4º. (Código Penal
Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
14
poderá ser imposta medida de segurança, ainda que algum laudo médico o considere como
sendo uma pessoa “perigosa”.” (DELMANTO, pág 323)
No código penal as medidas de segurança são legisladas do art. 96 ao art. 99 pela redação
da Lei nº 7.209 de 11.7.1984. O Código penal prevê duas espécies de medida de segurança:
Na prática Carvalho (2020, pág. 562) nos diz que a internação compulsória se realiza
nos chamados manicômios judiciários que são estruturas segregacionistas. A alteração de
nomenclatura de manicômios para hospitais psiquiátricos que aconteceu com a reforma penal
não modificou os deficientes estabelecimentos, ou seja, não houve grandes mudanças
(Bittencourt 2016 pág.783). Existem questionamentos no que tange a Lei de execução penal
pois esta descreve estes espaços em seu art. 88 onde podemos evidenciar a similaridade com o
modelo carcerário.
8
Art. 96. As medidas de segurança são:
I - Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou, à falta, em outro estabelecimento adequado;
(Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
9
- Art. 99. O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será submetido a
tratamento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
10
Art. 97 . § 1º - A internação, ou tratamento ambulatorial, será por tempo indeterminado, perdurando enquanto
não for averiguada, mediante perícia médica, a cessação de periculosidade. O prazo mínimo deverá ser de 1 (um)
a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
11
§ 3º - A desinternação, ou a liberação, será sempre condicional devendo ser restabelecida a situação anterior se
o agente, antes do decurso de 1 (um) ano, pratica fato indicativo de persistência de sua periculosidade. (Código
Penal, Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
15
Se o fato crime for punível com detenção o agente poderá passar pela medida de
tratamento ambulatorial por outro lado no art 97 §413, podemos verificar que não é decisão
permanente podendo ser alterada para a internação.
Conforme Queiroz (2016, pág. 399) ambas perseguem o mesmo fim, a diferença reflete-
se apenas nas consequências onde os imputáveis estão sujeitos a pena e os inimputáveis a
medida de segurança, atendendo meramente um requisito político-criminal de adequação. Mas
as medidas de segurança requerem o componente de periculosidade. Neste sentindo destaca-se
Como exposto anteriormente, cabe frisar que a pena tem caráter determinado, a medida
de segurança caráter indeterminado. Ademais, como relatado não existem grandes mudanças
entre uma e outra sob o viés de que a segunda segue o mesmo sistema segregatório carcerário.
Fragoso (2003, pág. 549) expõe que a medida de segurança também é pena, visto que toda
medida imposta pelo estado de forma coercitiva, em função de delito é pena. A medida também
12
Art. 96. As medidas de segurança são:
II - sujeição a tratamento ambulatorial. (Código Penal, Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
13
Art. 97 - Se o agente for inimputável, o juiz determinará sua internação (art. 26). Se, todavia, o fato previsto
como crime for punível com detenção, poderá o juiz submetê-lo a tratamento ambulatorial. (Código Penal,
Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
§ 4º - Em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa
providência for necessária para fins curativos. (Código Penal, Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
16
caracteriza a perda de bens jurídicos, podendo ser mais aflitiva que a pena por ser imposta por
tempo indeterminado.
Neste sentido Carvalho (2020, pág. 565) relata que é a inexistência de procedimento
claro que venha determinar o tempo de duração da medida de segurança a torna mais aflitiva
que a pena. Ademais, os Tribunais ainda são bastante reticentes em reconhecer o impacto da
Lei n. 10.216/2001 no sistema de medidas de segurança.
De todo o que foi visto sobre pena e medida de segurança resta deixar a reflexão de
Fragoso (2003, pág. 501), “o juiz deve preferir, sempre que legalmente possível, o tratamento
ambulatorial. Está mais do que demonstrada a nocividade da internação psiquiátrica. Os
manicômios judiciários, como instituições totais, funcionam como sinal negativo, agravando a
situação mental do doente”
A partir do que foi abordado até o momento, cabe falar de pena dentro dos tipos
enquadrados de embriaguez. As consequências são as seguintes: a) embriaguez acidental caso
fortuito ou força maior sofre isenção de pena quando completa ou redução da pena se
incompleta. b) Embriaguez não acidental: punição se voluntário ou culposa, independendo se
for completa ou incompleta. c) Preordenada: agravante da pena. d) patológica: inimputabilidade
tendo como resultado a absolvição imprópria com aplicação de medida de segurança, ou semi-
imputabilidade com a aplicação de pena reduzida (BITTENCOURT, 2016. PÁG 501).
4. DA RESPONSABILIDADE PENAL
A teoria determinista da pena se instrumenta por uma ideia binária e quantitativa, isto é,
se existiu a conduta típica e ilícita, sendo o autor responsável criminalmente (culpabilidade), a
teoria da pena quantifica a espécie e quantidade mais razoável da sanção penal aplicável. Por
outra lado, é na fase de execução que se disciplinará as formas de cumprimento e incidência e
causas de extinção da punibilidade. As teorias da lei penal e do delito tem abordagem
17
Cunha (2016 pág. 282) nos fala que a culpabilidade na corrente tripartite é o terceiro
substrato do crime, e que seu juízo de reprovação deve vir da análise de como o agente ativo
posicionou-se diante do fato típico e ilícito. Ademais, a tipicidade, ilicitude e culpabilidade vão
além de pressupostos de aplicação de pena, são elemento constitutivos do crime. A análise de
culpabilidade leva em consideração as peculiaridades do indivíduo, mas parte do julgamento e
reprovação em relação a atitude do indivíduo e de sua conduta, ou seja, de como poderia agir
com sua liberdade dentro do direito, mas optou por agir de forma ilícita.
Sobre o ato ilícito do agente, verificamos que todo o crime é um fato típico e ilícito no
qual se faz necessária analisar a culpabilidade da pessoa, para que se possa pensar em punição,
18
no sentido estrito do termo. Mas para falar em culpabilidade se deve deixar claro que crime:
“trata-se de uma conduta típica, antijurídica e culpável, vale dizer, uma ação ou omissão
ajustada a um modelo legal de conduta proibida (tipicidade), contrária ao direito
(antijuridicidade) e sujeita a um juízo de reprovação social incidente sobre o fato e seu autor.”
(NUCCI, 2022 pág. 108)
Welzel diferencia os três elementos que são analisados em sede de culpabilidade para
a formulação do juízo de reprovação: a) a imputabilidade (capacidade de
culpabilidade); b) o conhecimento potencial da antijuridicidade (ausência de erro de
proibição) -- elementos que fundamentam o poder atuar de outro modo--; e c) a
inexistência de causas de exculpação, como fundamento da exigibilidade de atuação
conforme ao Direito (WEZEL, 1978 apud BITTENCOURT, 2019)”
Diversas são as causas que levam o indivíduo a ser considerado inimputável e excluir a
culpabilidade, uma dela é a doença mental. São 3 os critérios utilizados para se averiguar a
inimputabilidade ou culpabilidade diminuída, quanto a doença mental, sendo eles: a)critério
biológico, b) psicológico e c) biopsicológico, neste sentido Nucci (2022, pág. 230) explica:
adotado pelo Código Penal, como se pode vislumbrar no art. 26. Neste caso se faz necessário
laudo pericial identificando a doença mental e se de fato ela afetou a compreensão do ilícito no
tempo do fato. Não sendo suficiente apenas a enfermidade, é necessário também a prova de que
afetou sua capacidade de compreensão da conduta.
14
Art 28 - Não excluem a imputabilidade penal:
§ 1 :- É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era,
ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de
acordo com esse entendimento. (Código Penal, Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
15
Art. 28 - II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
§ 2 º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou
força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato
ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Código Penal - Redação dada pela Lei nº 7.209, de
11.7.1984)
16
Art. 26 - Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação
de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender
o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. (Código Penal, Redação dada pela
Lei nº 7.209, de 11.7.1984)”
17
Art. 26 - É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado,
era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
se de acordo com esse entendimento. (Código Penal, Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
20
com que a pena seja reduzida conforme seu o parágrafo único, tendo em vista uma capacidade
de entendimento apenas diminuída. Assim, o cidadão tem capacidade para discernir sobre seus
atos mesmo que não completamente, podendo ser considerado semi-imputável, resultando em
pena reduzida. (PORTUGALL, 2013)
Percebem como já tratamos anteriormente e reforçado por Cunha (2016, pág.293) para
gerar a inimputabilidade do casos de caso fortuito ou força maior é importante saber o
quantitativo se completa ou incompleta, o tempo cronológico da ação ou omissão e as
consequências na capacidade de percepção.
Castro (2008) chega a sugerir que a doença do alcoolismo pode ser considerada
embriaguez por força maior, visto que a doença o força a saciar o seu vício. Sobre o ponto de
vista deste se enquadraria no art. 28. §1º, do CP. Santos. (2002), complementa que a embriaguez
completa por caso fortuito causada pelo álcool ou substâncias análogas constitui estado psíquico
patológico que é excludente de culpabilidade.
4.1 Resultados
O sujeito que cometeu ato antijurídico, ilícito, poderá ter sua imputabilidade afastada ou
reduzida, em decorrência do resultado de laudo pericial psiquiátrico. O laudo psiquiátrico
precisará atestar o cometimento do indivíduo pela da embriaguez patológica (doença mental).
Como exposto no mapa ilustrado chegamos a um resultado de que o agente ébrio patológico
poderá ser considerado inimputável, excluindo sua culpabilidade, ou semi-imputável.
No que pese a imputabilidade do agente ser afastada por laudo que comprove a
patologia, e comprove ser ele inteiramente incapaz no tempo da ação ou omissão, de entender
ou determinar-se perante ato ilícito, será inimputável. Para os inimputáveis o juiz determinará
sua internação ou tratamento ambulatorial (medidas de segurança) caso o crime seja punível
com detenção. Art. 97, CP. Vale lembrar que as medidas de segurança possuem caráter de prazo
indeterminado, sendo necessária o encerramento de sua periculosidade. Apesar da discussão
quanto a opção do juiz nos casos de medida de segurança é importante lembrar que apesar do
tempo indeterminado da medida de segurança, o Brasil é um país que não admite pena perpétua,
e em favor do doente mental, deve-se sempre verificar se a medida de segurança não ultrapassa
o limite máximo da pena referida ao delito praticado. (Súmula 527).
23
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por tudo que foi visto, conclui-se que a embriaguez está muito além do simples fato de
ingerir álcool, descobrimos que existem formas e tipos de embriaguez. Ademais, é de extrema
importância a classificação de cada uma destas formas e tipos para o direito penal.
O direito penal deve compreender que embriaguez patológica é doença mental e quando
determina inteira incapacidade de um indivíduo de compreender o injusto do fato, o torna
inimputável e constitui em si a hipótese de exclusão de culpabilidade, conforme verificado no
art. 26, do CP. Outrossim, vejamos que o doente patológico ao cometer fato punível, diante da
situação de capacidade reduzida é semi-imputável e terá atenuante de pena.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal 1,: parte geral. 25ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2022.
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal 1,: parte geral. 22ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2016.
BOAS, Natherson Vilas. Embriaguez Versus Demissão por Justa Causa. Disponível em:
http://200.216.214.230/bitstream/123456789/394/1/TCC%20Natherson%20Vilas%20Boas.p
df Acesso 20/11/2022.
BRASIL. Presidência da República. Constituição Federal de 1988. Brasília: presidência da
República,1988. Disponível em:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 20/11/2022.
BRASIL, casa civil. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o código Civil.Brasília:
casa Civil, 2002. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406compilada.htm Acesso em: 20/11/2022.
CALLEGARI, André Luís, Teoria geral do delito, Porto Alegre; Livraria do Advogado Ed.
2005.
CARVALHO, Salo D. Penas e Medidas de Segurança no Direito Penal Brasileiro. Disponível
em: Minha Biblioteca, (3rd edição). Editora Saraiva, 2020.
CASTRO, Castelan Coelho, Taís, A imputabilidade penal nos crimes de trânsito cometidos
Poralcoólatras. Disponível em:
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/9745/1/TCCCastro.pdf Acesso em 20/11/2022.
COSTA, Daniel Carnio; COSTA, Juliana Velho; Embriaguez: Aspectos Penais.
Disponível em:
http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/documentacao_e_divulgacao/doc_biblioteca/bibli
_servicos_produtos/bibli_boletim/bibli_bol_2006/RDP_06_17.pdf Acesso em 20/11/2022.
CUNHA, Rogério Sanches. Manual de direito penal: parte geral (arts. 1 o ao 120) - 4. ed. rev.,
ampl. e atual.- Salvador: JusPODIVM, 2016.
DELMANTO, Celso. dos et al. Código Penal Comentado; 10. ed. – São Paulo: Saraiva
Educação, 2022.
DE PLACIDO E SILVA. Vocabulário Jurídico. v.1. 32 ed. Rio de Janeiro: Editora Forense.
2016.
ESTEFAM, André. Direito Penal 1: parte geral. 2. ed. – São Paulo: Saraiva, 2012.
FRAGOSO, Heleno Cláudio. Lições de Direito Penal: Parte Geral. 16. ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2003.
FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 5. ed. Rio de Janeiro:
Editora Positivo, 2014.
25
GIGLIO, Wagner D. Justa Causa. 7ª ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 2010.
GRECO, Rogério. Direito Penal Estruturado ;2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021.
LEI Nº 12.760, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2012. Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de
1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12760.htm Acesso em:
12/06/2021.
MASSON, Cleber. Direito penal: parte geral. São Paulo: Método, 2012.
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 21. ed. – Rio de Janeiro: Forense,
2021.
NUCCI, Guilherme de Souza; Manual de direito penal / Guilherme de Souza Nucci. – 18. ed.
– Rio de Janeiro: Forense, 2022.
NUCCI, Guilherme de Souza; Manual de Direito Penal. – 17. ed. – Rio de Janeiro: Forense,
2021.
NUNES, Flávio Figueiras; VERARDO, Rogério Pereira, Embriaguez: doença a ser tratada ou
falta grave passível de demissão Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais Vianna Júnior. Juiz
de Fora – 2005. Disponível em: https://silo.tips/download/resumo-palavras-chave-
embriaguez-justa-causa-rescisao-direta-rescisao-contratual Acesso em 20/11/2022.
OLIVEIRA, Patrícia Eliane, O Estado de Embriaguez Sob a Ótica da Legislação Penal
Brasileira - Unilavras, 2019. Disponível em:
http://dspace.unilavras.edu.br/bitstream/123456789/417/1/TCC%20Patr%C3%ADcia%20Elia
ne.pdf Acesso em 20/11/2022.
Organização Mundial da Saúde (OMS). Relatório Global sobre Álcool e Saúde - 2018. Genebra,
Suíça.
PACHECO, Lucas Moreira; A embriaguez e a responsabilidade Penal Objetiva actio Libera In
Causa Nos crimes de Embriaguez no volante. Disponível em:
https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/bitstream/123456789/252/1/LUCAS%20MOREIRA
%20PACHECO.pdf Acesso em: 20/11/2022.
PORTUGAL, Nathalia Botelho, Embriaguez: uma análise dos artigos 26 e 28 Código Penal
brasileiro. Disponível em:
https://www.emerj.tjrj.jus.br/paginas/trabalhos_conclusao/1semestre2013/trabalhos_12013/N
athaliaBotelhoPortugal.pdf Acesso: 20/11/2022.
PRADO, Robervani Dierin do. Caso Fortuito: um estudo jurídico-penal. Porto Alegre: Sergio
Antonio Fabris Editor, 2003.
SANTOS, Juarez Cirino dos A moderna teoria do fato punível. 2 ed. Rio de Janeiro: Revan
2002.
SILVA, Haroldo Caetano da. Embriaguez e a Teoria da Actio Libera in Causa. Curitiba: Juruá,
2004.
VIANA, Lourival Vilela. Embriaguez no Direito Penal. Revista da Faculdade de Direito UFPR,
2006. https://revistas.ufpr.br/direito/article/view/6576, Acesso em 20/11/2022.
ZAFFARONI, Política Criminal Latino-americana, perspectivas, disyuntivas, Buenos Aires,
Hammurabi, 1982.
26