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1 D. Madalena vive numa grande instabilidade emocional: o terror que lhe provoca a
possibilidade de regresso de D. João nunca a deixa desfrutar da felicidade de viver ao
lado do homem que ama. Os seus receios são alimentados pelas contínuas alusões de
Telmo à iminente vinda daquele que considerava como o verdadeiro amo. A tensão
5 nervosa em que vive mergulhada é também aumentada pelo pecado que lhe pesa na
consciência: o facto de se ter apaixonado por D. Manuel de Sousa Coutinho enquanto
ainda era casada com D. João. Muito embora se tenha mantido fiel ao seu marido,
considera que o facto de amar secretamente D. Manuel era já uma traição. O
sofrimento é ainda intensificado pelo profundo amor que sente pela filha, na medida
10 em que tem consciência de que o regresso de D. João — ou a simples noção da sua
existência — a poderiam matar.
Seleciona a alínea correta.
6. Assinala com verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes, corrigindo as falsas.
b) A oração “que sente pela filha” (l. 10) é subordinada adjetiva relativa explicativa.
b) Classifica a oração “enquanto ainda era casada com D. João” (ll. 7-8).
f) Indica a função sintática de “pelo profundo amor que sente pela filha” (l. 9).
h) Identifica o tipo de coesão assegurado pela substituição da expressão “D. João” (l. 2)
por “(d)aquele que considerava como o verdadeiro amo” (l. 4).
8. Faz a correspondência.
1 D. Manuel é, tal como D. Madalena, uma figura de grande densidade psicológica, o que
se manifesta nos contrastes que marcam a sua personalidade. Todo o seu discurso se
pauta por uma racionalidade e lucidez que se traduzem na recusa dos agouros e de
qualquer sentimento de culpa em relação ao passado. Apesar disto, até ele se mostra
5 desagradado quando Maria lhe fala na possibilidade de regresso de D. Sebastião, o que
demonstra que, na realidade, não estava absolutamente convicto de que D. João tinha
morrido na Batalha de Alcácer-Quibir. O ceticismo que mostra em relação aos presságios
é também contrariado quando recorda que o pai fora morto pela própria espada,
interrogando-se sobre se também ele não será vítima do fogo que ateou.
1. sujeito
2. complemento direto
a) “uma figura de grande densidade 3. complemento indireto
psicológica” (l. 1) 4. complemento oblíquo
b) “o que” (l. 1) 5. predicativo do sujeito
c) “que marcam a sua personalidade” (l. 2) 6. complemento agente da passiva
d) “por uma racionalidade e lucidez” (l. 3)
7. modificador
e) “dos agouros e de qualquer sentimento
de culpa em relação ao passado” (ll. 3-4) 8. modificador restritivo do nome
f) “de que D. João tinha morrido na 9. modificador apositivo do nome
Batalha de Alcácer-Quibir” (ll. 6-7) 10. predicativo do complemento direto
g) “pela própria espada” (l. 8) 11. complemento do nome
12. complemento do adjetivo
Resolução:
1. C
2. D
3. B
4. C
5. D
6.
a) F – nome comum
b) F – oração subordinada adjetiva relativa restritiva
c) V
d) F – oração subordinada adverbial concessiva
e) F – referencial (anáfora)
f) V
7.
a) complemento direto
b) oração subordinada adverbial temporal
c) modificador restritivo do nome
d) predicativo do complemento direto
e) composição morfossintática
f) complemento agente da passiva
g) “filha”
h) lexical (substituição)
8.
a) 5
b) 1
c) 8
d) 4
e) 11
f) 12
g) 6