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1ª série
b) Creio (penso, julgo, etc.) que descobri. 7. Os verbos no infinitivo foram usados
com o sentido de imperativo.
c) A “descoberta” foi feita no passado: a
forma verbal “descobri”, no pretérito 8. a) A forma verbal “parte” é a 3a pessoa
perfeito do indicativo, situa a ação em um do singular do presente do indicativo.
momento anterior ao da fala; enquanto a Como o contexto deixa claro, nesse caso, o
forma “acho”, no presente do indicativo, presente do indicativo foi usado com valor
situa o julgamento da menina no momento de futuro do presente, pois se trata de uma
da fala. ação dada como certa e que só acontecerá
“amanhã”.
3. a) A forma “cresçam” é a 3a pessoa do
plural do presente do subjuntivo. b) O tempo futuro expresso em “retornará”
tem sentido literal, pois concorda com o
b) Em “Que todas as suas plantas cresçam”,
tempo futuro indicado pelo adjunto
o presente do subjuntivo expressa um fato
adverbial de tempo “no próximo mês”.
possível/hipotético que espelha o desejo
do locutor. c) O sentido de tempo da forma verbal
“fora” indica ser este um fato anterior a
4. d O verbo “engarrafam” encontra-se no
outro também ocorrido no passado.
presente do indicativo.
9. a) 1 b) 1, 3 c) 4, 5
5. a) Y fosse: pretérito imperfeito do
subjuntivo. mandava: pretérito d) 2, 4; 1, 3 e) 1, 3, 5
imperfeito do indicativo. tem: presente
f) 4 g) 6 h) 6
do indicativo. chama: presente do
indicativo. mora: presente do indicativo. 10. a) lesse, risse, chegasse, dissesse,
roubou: pretérito perfeito do indicativo. contasse, telefonasse, rissem, ficassem,
fosse, ficasse, repetisse. Todos os verbos
b) O uso do modo subjuntivo confere à
estão no pretérito imperfeito do
primeira estrofe o sentido de uma
subjuntivo.
hipótese, de um fato possível: “[...] se esta
rua fosse minha [...]”. Na segunda, o modo b) O futuro do pretérito (“seria”).
c) Com a finalidade de dar uma alternativa totalmente serena, limpando sua tromba
positiva, porém hipotética, à vida da moça [CP] com as pernas [CP] dianteiras. De
doente. onde vem essa maquinaria [CD] de uma
precisão [AD] tão bela?”
11. a) O trecho B traz maior precisão nas
informações porque seus verbos estão no 6. a) 2 – 2 b) 1 – 2 c) 2 – 1 d) 1 – 1 – 1
modo indicativo, que expressa um fato de e) 1 – 2 f) 2 – 2 – 2 – 1 g) 1 – 1
maneira definida, real. h) 2 – 2 – 2 i) 2 – 1 – 1 j) 2 – 1
12. b) “[...] água de flor e pé de moleque II. No segundo momento, o artigo definido
[...].” “a” refere-se ao ser já apresentado na fala
anterior e retomado, pelo falante, como
c) “[...] banana-ouro.” um específico e agora determinado.
g) “Os médicos-chefes [...] abaixo-assinados 6. Foto
[...].”
7. Foto
h) “[...] guarda-livros, [...] guarda-costas.”
8. O cheque – no valor de R$ 1.450,14 –
13. Há bisões-americanos, condores-da- deve ser preenchido desta forma: (hum)
califórnia, cavalos-de-przewalski, furões- mil, quatrocentos e cinquenta reais e
do-pé-preto e ararinhas-azuis que estão catorze centavos.
sendo preservados em zoológicos.
9. Quadringentésimo.
Artigo e numeral
10. Podem ser mencionadas as seguintes
1. c Trata-se do único enunciado em que a evidências: algumas palavras grafadas
palavra acompanha substantivo, com “consoantes mudas”: facto, nocturnas;
determinando-o: Os instintos Os (teus) a palavra paroxítona “fenómeno” com
instintos (perversos). acento agudo (e não circunflexo como
ocorre no português brasileiro: fenômeno);
2. a Em “A dor de um amor profundo”, a
uso de palavras pouco usadas no Brasil:
palavra “um” indica o gênero (masculino) e
regueiro (vala por onde corre e escoa
o número (singular), dando-lhe a
água).
conotação de um amor qualquer.
11. O fato “incomum” a que se refere o
3. a) A – a – Q – o b) Q – o c) Q – a
texto: ninguém morreu.
d) O – o – o e) Q f) a g) Q –
Q h) o – a – Q – Q i) O – Q j) Q – 12. A visão crítica e irônica se comprova na
Q seguinte passagem: “Nem sequer um
daqueles acidentes de automóvel tão
4. a) “um carro”: qualquer carro; carro não
frequentes em ocasiões festivas, quando a
definido anteriormente.
alegre irresponsabilidade e o excesso de
álcool se desafiam mutuamente nas plural: “só buraco” (A estrada são só
estradas para decidir sobre quem vai buracos); uso do verbo “ter” em lugar de
conseguir chegar à morte em primeiro “haver” para indicar existência (Se chove,
lugar.” tem lama); a expressão “e tanto”, forma
bastante popular de expressar um reforço
13. Y Em “um daqueles acidentes”, a
do que se disse antes ou um modo informal
palavra “um” antecede o substantivo,
de aumentativo: um “passeão”.
agregando a ele o sentido de indefinição:
qualquer daqueles acidentes, algum 5. Trata-se da função conativa,
daqueles acidentes; trata- -se, portanto, de caracterizada pelo apelo ao receptor: “Vai
um artigo indefinido. Em “por um dia”, a de Rural, não vai?”
palavra “um” quantifica o ser – por
6. a) Y lugar bonito; subida difícil;
apenas/só um dia; trata-se, portanto, de
marcha lenta; alta qualidade.
um numeral.
b) Y “um passeio e tanto”; ”só buraco”.
14. Saramago desafia as convenções
gramaticais ao grafar um substantivo c) Y Recurso expressivo: antítese; A
próprio (o nome da personagem palavra “difícil” foi empregada como
mitológica: Átropos) com letra minúscula: adjetivo, atributo do substantivo “subida”;
“a velha átropos”. A palavra “fácil” foi empregada como
advérbio, indicando o modo de execução
1. Foto
da ação expressa pelo verbo: “chega fácil”
2. a) Jiló amargo. b) Bactéria unicelular. c) = chega com facilidade.
Triângulo trilátero. d) Pedra mineral. e)
7. Nos dois casos, “pior” tem o valor de
Gato vertebrado. f) Luz clara. g) Minhoca
substantivo. Na frase, a substantivação da
vermiforme. h) Lei categórica.
palavra fica evidente em razão do uso do
3. a) pura, Fundamental, juntas, inteligente, artigo definido: “O pior é que [...]”. No
ponderada, medrosa, brilhante, texto publicitário, o adjetivo que se
imprevisível, levada, pior, amorosa, compara é “difícil” e não “ruim”/“mau”; a
competitiva, mútuos, todo, magra, suja, intensidade do adjetivo “difícil” aparece em
deslumbrante, loura, graciosa, gordinha, uma comparação não explícita: as curvas
feia, melhor, condenada, eterno, escolares, são ainda mais difíceis do que a subida. Ou
clássicos, bom, velho, literário, atento, seja: (O) pior (é que) as curvas são ainda
político, psicológicas, breves, certeiras, mais difíceis do que a subida. Assim, tanto
próximos, robusto, conservador. no texto publicitário quanto na frase a
palavra “pior” se faz presente no (ou
b) Y “O que o romance oferece é o bom e
pressupõe) sintagma “o pior é que”,
velho realismo literário”; “com olhar
caracterizando seu emprego como
atento ao quadro político-social”;
substantivo.
“sondagens psicológicas breves, mas
certeiras”; “romance robusto, mas 8. a) Adjetivo. b) Substantivo. c)
esteticamente conservador”. 4. Podem ser Substantivos. d) Adjetivo. e) Substantivo.
apontados os seguintes recursos: uso do
9. As palavras “velho” e “cego” podem ser
pronome “você”, que estabelece um
empregadas ora como substantivo, ora
contato informal e mais íntimo com o leitor
como adjetivo, conforme o contexto e/ou a
(“Mas você chega fácil”); esse tratamento
posição que ocupam na frase. Em a,
também pode ser observado no uso do
“velho” foi usado como substantivo, e
verbo na 3a pessoa do singular: “Vai de
“cego” como adjetivo: um velho, que é
Rural, não vai?”; uso do singular pelo
cego, atravessou a rua. Em b, “velho” foi b) No primeiro verso, o pronome oblíquo
usado como adjetivo, e “cego” como átono “me” aparece em posição enclítica,
substantivo: um cego, que é velho, conforme a regra gramatical que proíbe sua
atravessou a rua. colocação em começo de frase. No último,
o pronome foi colocado no início da frase,
o que indica o uso coloquial da língua.
10. Só há mudança de sentido em b: Uma
c) Na primeira parte, Oswald de Andrade
dona de casa simples = uma dona de casa
ironiza o padrão culto/literário imposto
modesta; Uma simples dona de casa =
pela gramática, em total desacordo com a
uma dona de casa insignificante.
língua efetivamente falada no país; na
11. a) painéis azul-violeta b) saias azul- segunda, ele põe em prática o projeto
escuras c) assuntos político-sociais d) modernista de resgatar a variante popular
canários amarelo-ouro e) olhos cor de mel da língua (incorporando todos os “erros”),
f) vestidos azul-marinho g) questões luso- que contribuía para espelhar a nossa
brasileiras h) papéis verde-bandeira i) vales nacionalidade.
verde-esmeralda
4. a) Enviar-te-ei o e-mail hoje mesmo.
12. Há dois empregos a considerar: Os
b) Perdoar-nos-ão as dívidas?
adjetivos “melhor”, “inteligente”,
“engraçado” e “bem-educado” expressam c) Mandar-lhe-ia flores, se ela me amasse.
o superlativo relativo de superioridade;
d) Fá-lo-ei de bom grado para minha
“melhor” é forma sintética do superlativo
família.
“mais bom”, enquanto as demais são
formas analíticas do superlativo; e) Benzê-la-ei, se assim desejarem.
13. As formas “hiperlegal” e “linda de 5. No primeiro quadrinho, a colocação do
morrer” são construções coloquiais do grau pronome átono me antes do verbo segue a
superlativo; “pessoa boníssima” regra, pois há uma palavra de sentido
(superlativo absoluto sintético) e “muito negativo que o antecede. Já no terceiro
legal” (superlativo absoluto analítico) são quadrinho, a colocação do pronome átono
formas tradicionais do superlativo. me no início da frase foge à regra, pois esta
Observação: “Todos diziam que ele era um não admite que se inicie frase com
cara muito legal”, não se deve confundir as pronome oblíquo átono. Trata-se de
expressões coloquiais “cara” e “legal” com construção típica do português do Brasil.
a construção normal do superlativo “muito
legal”. 6. a-3; b-7; c-1 e 2; d-8; e-4; f-6.
4. Para Marcos Bagno, “[...] o próprio nome Em I, a flexão do infinitivo foi feita para
dessa forma verbinominal é uma destacar o sujeito da oração reduzida de
contradição em termos, uma vez que os infinitivo (os transeuntes), o qual é
verbinominais são caracterizados diferente do sujeito da oração principal (a
precisamente pela ausência de marcas de mulher).
tempo e pessoa”.
Em II, não há necessidade de flexão do
5. Segundo o autor, alguns estudiosos “[...] infinitivo, pois ambas as orações
acreditam que se trata de um uso ‘inculto’ apresentam o mesmo sujeito (eles).
do infinitivo que avançou na escala social e
11. a) A flexão do infinitivo na 3ª pessoa do
se impôs a todos os falantes da língua”, ou
plural foi um recurso utilizado para deixar
seja, um “erro” que acabou se fixando
indeterminado o sujeito da oração
como uso normal da língua.
reduzida.
6. Os parênteses colocam em evidência o
b) Na oração reduzida com verbo de
caráter controverso da flexão do infinitivo,
ligação, a flexão do verbo é opcional.
ou seja, o próprio autor fica em dúvida se,
nesse caso, flexiona-se ou não o infinitivo. c) Na oração reduzida com verbo na voz
passiva, a flexão do verbo auxiliar é
7. a) Os infinitivos foram usados
opcional.
impessoalmente (não fazem referência a
qualquer pessoa do discurso), e com valor d) Na oração reduzida com função de
gramatical de substantivo: viver é lutar = objeto indireto (ou complemento nominal),
vida é luta. não se flexiona o infinitivo antecedido de
preposição.
b) O verbo “poder” concorda, na 3ª pessoa
do singular, com o termo antecedente do 12. O verbo fazer, no contexto, já tem
sujeito que (pronome relativo), o sentido impessoal e genérico, pois não faz
substantivo combate, como pode-se referência a nenhuma pessoa do discurso.
observar na reestruturação do texto: A vida Nesse caso, o índice de indeterminação do
é combate, o qual abate os fracos. / A vida sujeito torna-se redundante. Portanto, não
é combate, o qual só pode exaltar os fortes, há necessidade do recurso da
os bravos. indeterminação do sujeito ou da flexão do
verbo, que só são utilizados quando
8. O infinitivo foi empregado com sentido
queremos enfatizar o sujeito da oração.
imperativo, pois faz um apelo, pedido ou
Logo: “Este não é o momento adequado
ordem.
para fazer críticas ao governo”.
3ª série
01. a) A frase tem sentido hipotético, do fuzil que despedaça a flor e cala, assim,
portanto o verbo deve ser usado no modo a voz de Marielle.
subjuntivo, e não no indicativo.
b) Na charge, a esperança aparece no
b) E se Deus for canhoto. renascer da planta, da qual vão brotar
ainda mais flores Marielles; em outras
02. Drummond faz um jogo de sentido
palavras, a flor fuzilada volta a crescer com
entre “canhoto” e “direito”. Por usar a mão
mais força. No poema, Drummond fala do
esquerda, as coisas não são “direitas”, isto
milagre de uma flor feita poesia, capaz de
é, não ficam perfeitas.
romper o asfalto. É com ela que o poeta se
03. Suposição, conjetura. salva e pode trazer-nos um pouco de
esperança.
04. a) Na crônica, a expressão indica que o
inimigo (no contexto, quem tentou calar a 05. a) O autor refuta e corrige a afirmação
voz de uma defensora dos direitos de que “a internet é um instrumento
humanos) tem muito poder, o que acentua democrático”. Segundo ele, “a internet é
a ideia de injustiça presente no excerto um instrumento potencialmente
citado de Drummond (“o tempo não democrático”. O argumento principal é o de
chegou de completa justiça”). Na charge, que a internet não é acessível a todos
por sua vez, a expressão relaciona-se à indistintamente. Apenas quem dispõe de
potencialização do discurso que os um “privilégio cultural” decorrente de um
defensores dos direitos humanos “privilégio social” pode usufruir desse
adquiriram, evidente na última imagem, instrumento. Antes de conseguir absorver
em que se nota o crescimento e a conteúdos pela internet, o usuário precisa
amplificação das vozes que lutam por dominar a capacidade de leitura
justiça. (“privilégio cultural”), e o domínio da
leitura pressupõe escolaridade (“privilégio
b) Na charge, a “munição de esperança” social”).
surge da indignação (após o homicídio da
vereadora Marielle Franco), sentimento b) Para absorver conteúdos pela leitura
que mobiliza as vozes que lutam contra a veloz e fragmentada da internet, são
violência por meio de protestos, de necessários, antes, a alfabetização e o
palavras (conforme o último quadro da aprendizado mediados pelo professor na
charge). No poema, da mesma forma, a escola, por meio da leitura lenta e reflexiva
ideia relaciona-se ao combate à violência de livros. Sem esse pré-requisito, a internet
armada por meio das palavras, de poemas. é inacessível.
A fragilidade da flor, que cresce no asfalto
Resposta esperada – Unicamp
(em associação à injustiça de tempos
difíceis), relaciona-se à delicadeza da a) O autor afirma que a internet é apenas
poesia. Tais elementos são as “armas da potencialmente democrática. Para ser de
razão” no combate aos fuzis e às balas. fato democrática, é necessário que os
usuários dominem os instrumentos do
Resposta esperada – Unicamp
conhecimento, o que exige a possibilidade
a) O “poder amplo e irrestrito” do inimigo de acesso à aprendizagem de leitura e
está evidenciado, na crônica, pela posse de escrita e, evidentemente, de acesso à
armas (fuzis e balas), o que conduz a um internet; possibilidades essas associadas a
aumento do sentimento de impotência privilégios culturais e sociais.
frente à violência denunciada. Já na charge,
b) A utilização da internet pressupõe
esse poder de vida e morte aparece na bala
professores de carne e osso para o ensino
da leitura. Segundo o autor, não se aprende então esposa de Chico, “Marieta”, e ao
a ler naturalmente; aprende-se devagar, e é coautor da canção “Francis” (Hime).
preciso saber ler para navegar na web.
08. a) O verbo cravar, no contexto, significa
Além disso, embora essa leitura se faça de
“predizer o futuro”, “profetizar”,
forma fragmentada e rápida, são os livros,
“vaticinar”; e “planilhar” equivale a
cujo uso se aprende na escola, que
“contabilizar”. Ambos os termos conferem
ensinam a dominar a velocidade da
ao texto o efeito de coloquialidade, de
internet. 06. a) Sim, existe diferença no
modo a conquistar a simpatia do público
emprego da palavra “homens”. No texto I,
leitor.
o termo tem um sentido mais específico,
ou seja, os indivíduos do sexo masculino. Já b) No trecho, os dois-pontos estabelecem
no texto II, o uso é mais genérico, com o uma relação de explicação e podem ser
sentido de humanidade ou raça humana. b) substituídos pelos conectores “porque” e
O uso das aspas no texto I confere ao “pois”, por exemplo. Assim, reescrevendo,
vocábulo uma ampliação bem como uma teríamos: Vale dizer que o usuário
retomada, no sentido de explicitação de contabilizou apenas mortes relevantes à
um conceito, ou seja, a presença das aspas história, porque/pois só entraram na
no termo reforça a situação das mulheres, planilha (...).
invisíveis e exploradas. Vale notar, ainda, o
caráter metalinguístico dessa referência, 09. Período 2: ... caso o crime ou a falta
uma vez que usa o texto para esclarecer o tenha sido cometida por pessoas
próprio texto. diferencialmente situadas na escala social.
b) Sim, essa ideia se alteraria, pois se II. Se eles tivessem pedido, a Petrobras
desfaria esse mundo hipotético (não teria garantido que não haveria inquéritos
realizável), substituído por um outro em administrativos contra os grevistas.
que o desejo se mostra como algo possível, b) Em I, o pedido chegou a ser feito à
factível. Petrobras, mas não se conhece a posição
44. Uma das formas possíveis de estruturar real da empresa. Gramaticalmente,
o período é: Quando ela nos convenceu de utilizou-se a correlação de modos verbais
sua honestidade, ficamos aliviados, embora para indicar a certeza (indicativo) e a
houvesse alguns aspectos de seu hipótese (subjuntivo).
comportamento irreversíveis.
Em II, o pedido não chegou a ser feito à entre 1994 e 2010, e que representa 25,9%
Petrobras, conhecendo-se a posição da da população mundial, é a geração Z. 16)
empresa se o pedido ocorresse. Incorreta. Os “nativos da internet”
correspondem às gerações anteriores (X e
49. •... embora tenham dito/dissessem que
Y).
é o mais velho representante nas
Olimpíadas, é como vinho: quanto mais 53. Total: 43. 01) Correta. 02) Correta. 04)
velho melhor. • Espero que consigamos Incorreta. Os termos “Já não” e “não...
vencer. • Talvez não saibamos avaliar o mais” são usados com valor temporal e
valor deste programa. • Pode ser que os indicam situações que não aconteceram no
cronômetros não estejam corretos ou que passado, mas que ocorrem no presente.
as duas bolas não tenham sido largadas ao 08) Correta. 16) Incorreta. O segmento
mesmo tempo. “Apesar de alertar para” poderia ser
substituído por “embora alerte”, com a
50. Transcrição dos versos: “Não a forma
forma verbal no presente do subjuntivo,
encontrada”, “não a forma obtida”, “mas a
sem prejuízo de sentido e sem desvio na
forma atingida”. Uma dentre as
variedade padrão escrita da língua
explicações: • O uso dos particípios torna o
portuguesa. 32) Correta.
texto impessoal. • O uso dos particípios
enfatiza o objeto em detrimento do agente. 54. Total: 17. 01) Correta. 02) Incorreta.
Nos trechos I e III, os termos “que”
51. Total: 8. 01) Incorreta. De acordo com o
destacados são pronomes relativos. Já no
texto: “Acabou o egoísmo, o narcisismo
trecho II, o “que” é uma conjunção
selfie, a obsessão pelo consumo e a
subordinativa integrante. 04) Incorreta. O
passividade que isso acarreta. Há uma
termo “seu” remete ao sujeito
geração que quer salvar o mundo, mas
indeterminado do verbo “gostam”. O
ainda não sabe como”. 02) Incorreta. São
primeiro “o” refere-se a “enfoque de seu
os millennials (ou geração Y) o grupo de 80
professor”, assim como o segundo “o”. 08)
milhões de pessoas nos EUA, com uma
Incorreta. O termo “mundo” desempenha
capacidade de compra de 112 bilhões de
o papel de objeto direto. Já “no
reais, e não a geração Z. 04) Incorreta. As
laboratório” desempenha a função de
gerações anteriores não possuem os
adjunto adverbial de lugar. 16) Correta.
mesmos interesses que os da geração Z. O
grupo da geração Z é quem se interessa 55. a) A literatura pode levar o leitor a
pelas vocações profissionais, pela conhecer e a entender sentimentos
tendência para trabalhar em rede e pelo variados, a reconhecer a alteridade, a
espírito de solidariedade. 08) Correta. 16) ampliar seu universo cultural, a
Incorreta. A geração Z já está integrada transformar sua visão de mundo e a buscar
intimamente à internet, quer mudar o a aproximação das pessoas. b) Os dois
mundo e pratica a solidariedade, pois relatos servem para comprovar a ideia de
possui consciência social. 32) Incorreta. A que a literatura pode confortar as pessoas,
geração Z está moldada “pela recessão e as transformá-las em sua essência e permitir-
políticas de austeridade. Um total de 77% lhes ressignificar a vida; servem como
está preocupado em não se endividar’’. ilustrações para legitimar o ponto de vista
do autor.
52. Total: 6. 01) Incorreta. A afirmativa I
não se refere a dados do relatório 56. a) O presente narrativo traz ao leitor a
Cassandra Report, e sim ao Google sensação de estar vivendo a cena narrada,
Analytics. 02) Correta. 04) Correta. 08) como se estivesse acompanhando as ações
Incorreta. O grupo demográfico nascido
das personagens no momento em que constitucional e jurídico” (linhas 56 a 58).
aconteciam. Em outras palavras, para DaMatta, os
cidadãos dessas nações obedecem mais às
b) I. Refere-se a “sentido”. II.
leis por verem com clareza que estas estão
Absurdamente.
a serviço do bom funcionamento da
57. a) Segundo John Stuart Mill, sociedade.
Wordswoth havia lhe ensinado tudo aquilo
61. a) A afirmação do autor se justifica
não somente sem desviá-lo da
porque a “força popular oceânica” que era
consideração dos sentimentos cotidianos e
a favor de Getúlio se omitiu diante das
do destino comum da humanidade, mas
pressões exercidas contra ele por Carlos
também duplicando o seu interesse por
Lacerda, diariamente em toda a imprensa,
eles.
conforme se lê no texto: “... pressão
b) Comparação. ininterrupta da campanha (...) desde o
atentado da rua Tonelero”.
58. O personagem Nogueira se apresenta
como um leitor contumaz, um jovem que b) O suicídio de Getúlio fez acordar as
considera a leitura, em particular de forças populares que o tinham
romances, uma possibilidade de abandonado. O povo sai às ruas,
experimentar outras vidas, sentimentos e manifestando-se novamente a favor de seu
sensações. líder político. Por isso, o autor afirma que
“Getúlio tinha outra vez a multidão”.
59. O foco narrativo do conto é em
primeira pessoa, pois o narrador é também 62. Ao resgatar acontecimentos políticos da
o personagem do texto machadiano, um história do Brasil que tiveram um desfecho
dos seus protagonistas. Estilística, trágico no dia 24 de agosto, Jânio de Freitas
semântica e texto fala sobre o papel relevante dos grandes
meios de comunicação, tanto na formação
60. a) Assim como Vieira, DaMatta se refere de opinião quanto na construção de
criticamente à situação em que um mesmo comportamentos por parte da população.
crime é julgado de forma diferenciada Seu artigo está permeado de exemplos que
conforme o poder e o prestígio social de comprovam essa influência na política de
quem o comete. Isso fica claro, por um povo. Um dos exemplos poderia ser a
exemplo, quando, referindo-se ao caso do campanha contra Getúlio Vargas,
Brasil, DaMatta faz a seguinte colocação: conduzida por Carlos Lacerda em todos os
“Isso que ocorre diariamente no Brasil, grandes meios de comunicação (linhas de
quando, digamos, um bacharel comete um 10 a 16). Um desdobramento da força que
assassinato e tem direito a prisão especial e essa campanha alcançou, graças aos meios
um operário, diante da mesma lei, não tem de comunicação, está em sua disseminação
igual direito porque não é, obviamente, (linhas de 19 a 23). Um outro exemplo seria
bacharel...” (linhas de 70 a 73). a reação popular diante da notícia do
b) DaMatta reconhece que esta é uma suicídio de Vargas, momento em que uma
percepção bastante comum, mas dela grande parte da população mostrou sua
discorda explicitamente. Nas palavras do insatisfação com atos violentos (linhas de
próprio autor, a maior obediência às leis 34 a 38).
nos Estados Unidos, na França e na 63. a) A banca aceitou duas leituras: 1) A
Inglaterra se deve ao fato de haver nesses locução verbal “era incendiado” concorda
países “uma simples e direta adequação com o sujeito (ou núcleo do sujeito) mais
entre a prática social e o mundo
próximo “o próprio jornal” em número e 65. a) Em uma primeira leitura, “Comida
pessoa. o 222 8 PORTUGUÊS pra gato com pouca gordura” pode ser
interpretado como “comida dietética” para
2) A locução verbal “era incendiado”
gatos, comida que contém pouca gordura.
concorda com o núcleo do sujeito “jornal”,
Uma segunda interpretação – feita por
de “o próprio jornal”, em número e pessoa,
Garfield – seria uma comida para gatos
mas poderia concordar com o sujeito
magros, gatos que têm pouca gordura.
composto “os carros do jornal e o próprio
jornal”. b) • Comida, pra gato com pouca gordura
(como Garfield entendeu). • Comida, pra
b) A banca aceitou duas leituras: 1) A opção
gato, com pouca gordura (como Jon quis
pela concordância da locução verbal “era
dizer).
incendiado” com o núcleo do sujeito mais
próximo (“jornal”, de “o próprio jornal”) dá 66. a) O emissor queria saber como chegar
destaque a esse núcleo em relação ao à seção onde se encontra roupa de criança.
anterior (“os carros do jornal”), focalizando
b) O receptor entendeu que o emissor
o ataque da população aos jornais O Globo
queria saber como fazer para chegar a ter
nas bancas, por a Rede Globo ter apoiado
um corpo com medidas de criança.
os antigetulistas.
67. a) Faça um belo regime.
2) Considerando a segunda possibilidade
de leitura do item a, lê-se o fragmento b) Como se trata de um conselho, deve-se
destacando-se a necessidade de marcar usar o verbo no modo imperativo
uma pausa por meio da vírgula antes da afirmativo.
conjunção “e”, separando “os carros do
jornal” do restante (“e o próprio jornal era 68. a) Trata-se de uma redação cuja
incendiado”). Essa leitura permite inferir retórica oculta o vazio de ideias.
que “os carros do jornal” também foram b) A crítica é endereçada à “academia”
atacados. O emprego da palavra “próprio” (universidades, centros de pesquisa, etc.),
dá ênfase ao incêndio do jornal O Globo cujos textos às vezes têm a finalidade de
nas bancas, ficando a locução verbal na 3a “inflar ideias fracas, obscurecer raciocínio
pessoa do singular. Se a concordância fosse pobre e inibir a clareza”.
feita com o sujeito composto, numa outra
leitura, a locução “era incendiado” deveria 69. Em “Querelas do Brasil”, há o Brasil de
ir para a 3a pessoa do plural. Cordovil, de Nova Iguaçu, de “piriri, ratatá”,
coexistindo com o outro de Jobim,
64. a) Discute a aproximação da linguagem Guimarães, bachianas, Ipanema; ou seja, o
do escritor com a linguagem de seu povo, pobre e o rico, o popular e o erudito. Já os
de forma a construir a tradução de sua quadros de Portinari e Tarsila do Amaral
brasilidade. compõem uma antítese: o Brasil rural,
b) Apresenta uma dupla caracterização da atrasado e pobre dos retirantes, e o Brasil
língua portuguesa no Brasil, de acordo com urbano e moderno representado pela
o uso da norma-padrão e do uso popular. Central do Brasil.
b) A palavra vis – significando algo que tem 75. a) O autor refere-se metaforicamente à
pouco valor, não presta ou é ordinário – formação de uma melodia como a
desqualifica o substantivo senzalas e representação de uma maneira de ordenar,
pontua a posição do eu poemático em ligar ou tornar conexos os fatos da vida.
relação ao sistema escravocrata.
b) Possível resposta: Deus sabe por que
73. Sá de Miranda fecha-se dentro de si e acordei hoje com propensão a refletir
trata-se como um ser único, indivisível a sobre coisas triviais.
trilhar os seus descompassos: “pois que
76. a) O contraste aparece no início do
trago a mim comigo, / tamanho imigo de
texto: “Linda tarde, meu amigo!... Estou
mim?”. Mário de Sá-Carneiro, ao fechar-se
esperando o enterro do José Matias”. No
dentro de si mesmo, não encontra um ser
plano da natureza, a tarde linda; no do
único, ele é labirinto, trilhando seu
humano, o enterro. A partir dessa situação,
caminho sem rumo, analisando-se como
podemos estabelecer vários contrastes:
um ser fora do ser – “... quando me sinto, /
alegria/tristeza; vida/morte, etc.
É com saudades de mim.” – e encontra, na
morte, sua “dispersão total”. b) A presença do narrador é indicada pelos
verbos na primeira pessoa do singular
74. a) A transformação sugerida é a nova
(estou, encontrei) bem como por
relação amorosa que se vive: existe um
pronomes possessivos da 1a pessoa do
“antes” (o passado) e um “agora” (o
singular (meu, minha). Já a presença do
presente). Esse agora pode ser o
suposto ouvinte vem indicada pelo vocativo
casamento (o amor vivido numa relação
“meu amigo”.
conjugal), como é possível inferir do
segundo verso “Tenho o teu nome...”. De 77. a) O poema é rico em metáforas.
qualquer forma, o poema aponta uma Exemplos: • “As nuvens são cabelos”; •
mudança na relação amorosa vivida pelo “são os gestos brancos”; • “são estátuas
eu poemático. em voo”.