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Alunas: Beatriz Cordeiro, Isabella Ribeiro, Lara de Sousa

Santos, Larissa Assis e João Pedro Belém


EIXO 2-2B
Profa. Rita Alessandra Cardoso

Situação disparadora de aprendizagem


Tema: HIPERTENSÃO ARTERIAL E FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS

Objetivos de aprendizagem:
- Identificar os anti-hipertensivos disponíveis na Rename;
- Identificar o tipo de receituário utilizado na prescrição ambulatorial de anti-hipertensivos, bem
como ela deve ser feita;
- Compreender a farmacodinâmica das principais classes farmacológicas dos anti-hipertensivos;
- Correlacionar a farmacodinâmica com a fisiologia do controle da pressão arterial;
-Compreender as principais características farmacocinéticas dos anti-hipertensivos;
- Aplicar o conhecimento adquirido sobre o tema na resolução de uma situação concreta.

Dona Francisca, professora, 50 anos de idade, sem antecedentes mórbidos, até que um exame
médico de rotina do trabalho, detectou valores de pressão arterial de 140/96 mmHg. A partir de
então, aferiu sua pressão arterial diariamente por uma semana, confirmando o valor pressórico
anterior. Há 15 dias passou em uma consulta ambulatorial e o médico fechou o diagnóstico de
Hipertensão arterial estágio 1 e iniciou o tratamento com o anti-hipertensivo enalapril 20 mg ao dia,
tomado pela manhã. Nessa última consulta, seu filho que cursa o 2º período de medicina, a
acompanhou, já que acabou de estudar a fisiopatologia da hipertensão arterial e queria mais
informações sobre o tratamento de sua mãe.

Instruções:
Passo 1: Em pequenos grupos, discuta a situação disparadora e levante questões norteadoras de
aprendizagem sobre o tema (tempo para atividade: 20 min);
Passo 2: Defina, com toda a turma, as questões que deverão ser respondidas;
Passo 3: Novamente em pequenos grupos, responda às questões e poste as questões e respostas no
classroom (observe que a postagem deve ser feita por todos alunos);
Passo 4: As respostas serão discutidas com toda a turma na próxima aula.

1- Quais são os medicamentos anti hipertensivos presentes na lista do Rename? o enalapril


encontra-se nessa lista?
Diuréticos: espironolactona e hidroclorotiazida
Bloqueadores adrenérgicos: atenolol, metildopa, succinato de metoprolol, tartarato de metoprolol e
cloridrato de propranolol
Bloqueadores de canais de cálcio: besilato de anlodipino e cloridrato de verapamil
Vasodilatadores diretos: cloridrato de hidralazina e nitroprusseto de sódio
Inibidores de enzima conversora da angiotensina: captopril e maleato de enalapril
Antagonistas de receptores de angiotensina: Losartana
Sendo assim, o enalapril se encontra na lista do Rename de anti-hipertensivos.
Fonte: Rename
2- Qual o tipo de receituário é usado para a prescrição de anti-hipertensivos como o enalapril?
Receita branca comum (venda sob prescrição médica).A receita branca mais conhecida é a chamada
receita simples, o tipo mais básico de prescrição. Ela é, em geral, utilizada para indicar
medicamentos paliativos, ou seja, que combatem sintomas, sendo empregue também para remédios
de tarja vermelha que contenham os dizeres “venda sob prescrição médica”

3- Quais as principais características farmacocinéticas dos anti-hipertensivos?

diuréticos: aumentam o volume do fluxo da urina. São considerados a classe de fármacos


anti-hipertensivos mais utilizada no tratamento da hipertensão, sozinhos ou em associação com
outros medicamentos. São substâncias com ação sobre os rins, atuando de forma a aumentar a
excreção urinária de solutos. Seu efeito primário consiste em promover um maior débito de sódio, o
que por sua vez causa também maior débito de água e, assim, do volume de líquidos extracelulares
no organismo. Há dois tipos de medicamentos diuréticos que podem ser escolhidos pelo médico,
conforme as características clínicas do paciente: diuréticos de alça e diuréticos tiazídicos.
β-bloqueadores adrenérgicos: antagonizam os receptores da noradrenalina. São drogas que
intervêm na transmissão simpática. Os efeitos anti-hipertensivos dessas drogas são múltiplos,
incluindo: diminuição do débito cardíaco, efeitos inibidores centrais, readaptação dos
barorreceptores (receptores da pressão), diminuição da liberação de renina e inibição simpática
periférica. Além disso, elas têm efeitos antiarrítmicos e antianginosos. Os antagonistas dos
receptores β-adrenérgicos foram descobertos em 1958 e têm sido empregados desde então.
Bloqueadores do canal de cálcio: reduzem a excitabilidade e a frequência cardíacas, promovendo o
relaxamento da musculatura lisa arterial e reduzindo a resistência vascular periférica. Esses fármacos
reduzem a entrada de cálcio nas células, o que causa a dilatação generalizada das artérias e
arteríolas e a consequente diminuição da resistência delas, reduzindo a pressão arterial.
vasodilatadores: promovem a vasodilatação e assim reduzem também a resistência periférica. Os
vasodilatadores aumentam o espaço de contenção do sangue e, com isso, diminuem a força de
pressão sobre a parede das artérias. Os medicamentos desse grupo atuam diretamente sobre a
musculatura da parede vascular, promovendo o relaxamento muscular delas. Em consequência da
vasodilatação arterial direta, promovem retenção hídrica e taquicardia reflexa, o que contraindica
seu uso como monoterapia. Alguns vasodilatadores exercem suas ações em regiões específicas do
organismo, como artérias do cérebro ou do coração, por exemplo. Esses vasodilatadores são
utilizados em enfermidades desses órgãos e não apenas como anti-hipertensivos
.inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECAs): atuam bloqueando a conversão da
angiotensina I em angiotensina II, que é um vasoconstritor potente. Os IECAs continuam sendo a
melhor alternativa de medicação por via oral ou sublingual para o tratamento de crises
hipertensivas. Eles também são formalmente contraindicados na gravidez e em estenose bilateral de
artérias renais. Deve ter uso cauteloso em insuficiência renal, estados hipovolêmicos e hipercalemia.

4- Qual a ação fisiológica desse fármaco (enalapril)?


Depois de administrado, maleato de enalapril é absorvido e, sofre uma hidrólise, formando
enalaprilato, que é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) de especificidade alta,
de longa ação e não sulfidrílico. O maleato de enalapril inibe a formação de Angiotensina ll, um
potente vasoconstritor (substância que diminui o calibre dos vasos sangüíneos e aumenta a pressão
arterial), que também estimula a secreção de aldosterona (substância responsável pela retenção de
água e sódio no organismo). Portanto, a inibição da ECA resulta em um nível plasmático diminuído
de angiotensina II, e como conseqüência, leva à uma diminuição da atividade vasopressora e
diminuição da secreção da aldosterona (o que pode resultar em discreto aumento nos níveis séricos
do potássio). Através desta ação, o maleato de enalapril pode também facilitar o trabalho do
coração, tornando-o mais eficiente, o que é importante em casos de insuficiência cardíaca. O início
da ação do maleato de enalapril é suave e gradativo; inicia-se dentro de uma hora e seus efeitos
geralmente continuam por 24 horas. O controle da pressão arterial é, em geral, obtido após alguns
dias de tratamento.

5- o enalapril pode causar tolerância e dependência?


O Maleato de Enalapril é o sal maleato do Enalapril, um derivado de dois aminoácidos, L-alanina e
L-prolina. Após administração oral do comprimido, o Enalapril é rapidamente absorvido e, a seguir,
hidrolisado a Enalaprilato, que é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (ECA) altamente
específico, de longa ação e não-sulfidrílico. Essa enzima também causa dependência pois é
classificada como um bloqueador de enzimas.
6- Como é definido o estágio 1 da Hipertensão Arterial?
A HAS é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados da
pressão arterial sistólica (PA) maior ou igual a 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e diastólica (de
dilatação) maior ou igual a 90 mmHg. Ou seja, se a pressão estiver maior ou igual a 14 por 9, ela é
considerada alta. Entretanto, existem níveis de pressão e quanto maior ela for, maiores são os riscos
e as chances do paciente precisar fazer um tratamento com medicamentos. Veja os estágios da HAS:
Estágio 1: hipertensão acima de 130 por 90 e abaixo de 160 por 100;
Estágio 2: hipertensão acima de 160 por 100 e abaixo de 180 por 110;
Estágio 3: hipertensão acima de 180 por 110.

7- Qual a farmacodinâmica das principais classes de anti-hipertensivos?


Os hipertensivos podem ser classificados de acordo com sua ação, que podem ser divididos em:
Diuréticos
Inibidores adrenérgicos
Vasodilatadores diretos
Inibidores da enzima conversora da angiotensina
Antagonistas dos canais de cálcio
Antagonistas do receptor da angiotensina II

Além do controle da pressão arterial, os anti-hipertensivos também devem ser capazes de reduzir a
morbidade e a mortalidade cardiovasculares dos hipertensos. Essa capacidade, já demonstrada para
diuréticos e betabloqueadores, também foi observada, recentemente, em um estudo (Syst-Eur) com
pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistólica isolada tratados com nitrendipina, um
antagonista dos canais de cálcio diidropiridínico, isoladamente ou em associação com o inibidor da
ECA enalapril.

8- Qual a fisiopatologia da hipertensão arterial?

Como a pressão arterial é igual ao débito cardíaco (DC) x resistência vascular periférica (RVP) total,
mecanismos patogênicos devem envolver

● DC aumentado
● RVP aumentada
● Ambos
Na maioria dos pacientes, o débito cardíaco é normal ou levemente aumentado e a RVP está
elevada. Esse padrão é típico de hipertensão primária e de hipertensão decorrente de
aldosteronismo primário, feocromocitoma, doença renovascular e doença do parênquima renal.

Em outros pacientes, o débito cardíaco está aumentado (possivelmente em virtude de


venoconstrição de grandes veias) e a RVPT está inadequadamente normal para o nível de débito
cardíaco. Na fase adiantada da evolução da doença, a RVPT aumenta e o débito cardíaco retorna ao
normal, provavelmente em decorrência da autorregulação. Algumas doenças que aumentam o
débito cardíaco (tireotoxicose, fístula arteriovenosa e regurgitação aórtica), em especial quando há
aumento do volume de ejeção, causam hipertensão sistólica isolada. Alguns pacientes idosos têm
hipertensão sistólica isolada, com DC normal ou baixo, provavelmente em virtude da perda da
elasticidade da aorta e de seus ramos principais. Pacientes com pressão diastólica fixa e elevada
geralmente têm diminuição do DC.

O volume plasmático tende a diminuir, à medida que aumenta a pressão arterial, mas, raramente,
pode permanecer normal ou aumentar. O volume plasmático tende a ser elevado na hipertensão
decorrente de aldosteronismo primário ou doença do parênquima renal, podendo estar muito baixo
na hipertensão decorrente de feocromocitoma. O fluxo sanguíneo renal diminui gradualmente, à
medida que a pressão arterial diastólica aumenta, e inicia-se a esclerose arteriolar. A TFG permanece
normal até tardiamente na evolução da doença e, em consequência, a fração de filtração está
elevada. Os fluxos sanguíneos coronariano, cerebral e muscular estão mantidos, a menos que
coexista aterosclerose grave nesses leitos vasculares.

Na hipertensão grave ou prolongada há comprometimento de órgãos-alvo (principalmente sistema


cardiovascular, cérebro e rins), aumentando o risco de

● Doença coronariana e infarto do miocárdio


● Insuficiência cardíaca
● Acidente vascular encefálico (particularmente hemorrágico)
● Insuficiência renal
● Morte
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/doen%C3%A7as-cardiovasculares/hipertens%C3%
A3o/vis%C3%A3o-geral-da-hipertens%C3%A3o

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