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Objetivos de aprendizagem:
- Identificar os anti-hipertensivos disponíveis na Rename;
- Identificar o tipo de receituário utilizado na prescrição ambulatorial de anti-hipertensivos, bem
como ela deve ser feita;
- Compreender a farmacodinâmica das principais classes farmacológicas dos anti-hipertensivos;
- Correlacionar a farmacodinâmica com a fisiologia do controle da pressão arterial;
-Compreender as principais características farmacocinéticas dos anti-hipertensivos;
- Aplicar o conhecimento adquirido sobre o tema na resolução de uma situação concreta.
Dona Francisca, professora, 50 anos de idade, sem antecedentes mórbidos, até que um exame
médico de rotina do trabalho, detectou valores de pressão arterial de 140/96 mmHg. A partir de
então, aferiu sua pressão arterial diariamente por uma semana, confirmando o valor pressórico
anterior. Há 15 dias passou em uma consulta ambulatorial e o médico fechou o diagnóstico de
Hipertensão arterial estágio 1 e iniciou o tratamento com o anti-hipertensivo enalapril 20 mg ao dia,
tomado pela manhã. Nessa última consulta, seu filho que cursa o 2º período de medicina, a
acompanhou, já que acabou de estudar a fisiopatologia da hipertensão arterial e queria mais
informações sobre o tratamento de sua mãe.
Instruções:
Passo 1: Em pequenos grupos, discuta a situação disparadora e levante questões norteadoras de
aprendizagem sobre o tema (tempo para atividade: 20 min);
Passo 2: Defina, com toda a turma, as questões que deverão ser respondidas;
Passo 3: Novamente em pequenos grupos, responda às questões e poste as questões e respostas no
classroom (observe que a postagem deve ser feita por todos alunos);
Passo 4: As respostas serão discutidas com toda a turma na próxima aula.
Além do controle da pressão arterial, os anti-hipertensivos também devem ser capazes de reduzir a
morbidade e a mortalidade cardiovasculares dos hipertensos. Essa capacidade, já demonstrada para
diuréticos e betabloqueadores, também foi observada, recentemente, em um estudo (Syst-Eur) com
pacientes idosos portadores de hipertensão arterial sistólica isolada tratados com nitrendipina, um
antagonista dos canais de cálcio diidropiridínico, isoladamente ou em associação com o inibidor da
ECA enalapril.
Como a pressão arterial é igual ao débito cardíaco (DC) x resistência vascular periférica (RVP) total,
mecanismos patogênicos devem envolver
● DC aumentado
● RVP aumentada
● Ambos
Na maioria dos pacientes, o débito cardíaco é normal ou levemente aumentado e a RVP está
elevada. Esse padrão é típico de hipertensão primária e de hipertensão decorrente de
aldosteronismo primário, feocromocitoma, doença renovascular e doença do parênquima renal.
O volume plasmático tende a diminuir, à medida que aumenta a pressão arterial, mas, raramente,
pode permanecer normal ou aumentar. O volume plasmático tende a ser elevado na hipertensão
decorrente de aldosteronismo primário ou doença do parênquima renal, podendo estar muito baixo
na hipertensão decorrente de feocromocitoma. O fluxo sanguíneo renal diminui gradualmente, à
medida que a pressão arterial diastólica aumenta, e inicia-se a esclerose arteriolar. A TFG permanece
normal até tardiamente na evolução da doença e, em consequência, a fração de filtração está
elevada. Os fluxos sanguíneos coronariano, cerebral e muscular estão mantidos, a menos que
coexista aterosclerose grave nesses leitos vasculares.