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Rolo Compactador Como Calcular Quantidade de Passadas
Rolo Compactador Como Calcular Quantidade de Passadas
Compactação de Aterros
(Notas de Aula)
O texto aqui apresentado consiste em uma compilação do seguinte material:
- Livro : Manual Prático de Escavação. Terraplenagem e Escavação de Rocha.
Autores: Hélio de Souza Ricardo e Guilherme Catalani. 2ºed. Editora PINI. 1990.
- Apostila do Prof. Gil Carvalho Paulo de Almeida, da Faculdade de Engenharia da
Universidade Federal de Juiz de Fora.
- Livro: Terraplenagem. Autor: Wlastermiler de Senço. Universidade de São Paulo.
Escola Politécnica. 1980.
- Livro: Manual Prático de Terraplenagem. Autores: Isaac Abram e Aroldo V. Rocha.
Salvador, Bahia. 2000.
Compactação
A compactação tem por objetivo:
- O aumento da resistência à ruptura dos solos, sob a ação de cargas externas;
- A redução de possíveis variações volumétricas, quer pela ação de cargas, quer
pela ação da água que, eventualmente, percole pela sua massa;
- A impermeabilização dos solos, pela redução do coeficiente de permeabilidade,
resultante do menor volume de vazios.
a) Compressão estática
Em compactação estática, as cargas em unidades de peso aplicadas pelos rolos
produzem forças de resistência ao corte por deslizamento, fazendo com que as
partículas se cruzem entre si. A compactação acontece quando as forças aplicadas
rompem o estado natural de ligação das partículas, que mudam para uma posição mais
estável dentro do material.
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Rolos compactadores lisos operam segundo este princípio e seu desempenho é
influenciado por quatro fatores: carga do eixo, largura e diâmetro do rolo e velocidade
de operação.
b) Impacto
O impacto cria uma força de compactação muito maior que uma carga estática
equivalente. Isto acontece porque o peso em queda transforma a sua velocidade em
energia quando do impacto, gerando uma onda de pressão para dentro do solo.
De 50 a 600 impactos por minuto: são considerados impactos de baixa freqüência, como
os de marteletes e de compactadores manuais.
Entre 1.400 e 3.000 golpes por minuto: são considerados impactos de alta freqüência,
como os produzidos por compactadores vibratórios.
c) Vibração
É a mais complexa força de compactação. As máquinas vibratórias produzem uma
rápida seqüência de ondas de pressão que se espalham em todas as direções, eliminando
com eficiência os vazios entre as partículas a compactar.
d) Manipulação ou Amassamento
A manipulação reordena e comprime as partículas por amassamento. Ela se aplica,
principalmente, na superfície das camadas de material solto. A compressão no sentido
longitudinal e transversal é essencial quando se compactam solos muito estratificados,
como os solos argilosos. É também o processo preferido na compactação da camada
final de asfalto. A manipulação ajuda a fechar as mais finas trincas por onde poderia
penetrar a umidade, provocando a rápida deterioração do asfalto. Os rolos pé de
carneiro e os de pneus são projetados especificamente para a compactação por
amassamento.
a) Rolo Pé de Carneiro
O nome vem do uso que os antigos romanos faziam dos carneiros para compactar as
suas estradas. As manadas de carneiros passavam por cima dos aterros até que se
chegava ao grau de adensamento considerado suficiente.
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- o material solto dificulta a movimentação das unidades de transporte,
aumentando os tempos de ciclo
- os rolos pé de carneiro só trabalham a velocidades baixas
De uma forma bem geral, de 6 a 10 passadas são exigidas para compactar camadas de
20 cm.
b) Rolo Vibratório
Se baseia no princípio de redistribuição de partículas para diminuir a porosidade do
solo e aumentar a densidade. Podem ser de dois tipos: rolo liso e rolo com pés.
C) Rolo Pneumático
É usado em operações de pequeno a médio porte, principalmente em materiais de base
granular. Rolos pneumáticos não são recomendados para operações de alta produção,
em projetos de aterro com grossas camadas de material solto.
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pneus (método normal) ou mudando-se o peso do lastro (feito com menor freqüência).
A ação de amassar é conseqüência da colocação alternada dos pneus, e ajuda a selar a
superfície.
Uma das vantagem dos pneus é que eles podem ser usados tanto na terra como no
asfalto, o que representa uma grande vantagem para o empreiteiro, que pode executar as
duas operações com uma só máquina.
d) Rolos Combinados
Os rolos combinados são indicados para misturas de solos, pois nesse caso é mais difícil
prever com segurança qual equipamento de compactação dará os melhores resultados.
Os rolos combinados, como pés-de-carneiro vibratórios, autopropelidos e de grande
peso atingem ampla faixa de solos, como os argilo-siltosos, siltosos, silto-arenosos etc.
O mesmo acontece no caso de rolos de pneus pesados e com grande pressão nos pneus,
ou no caso de rolos mais leves com pneus oscilantes (estes últimos são melhores quando
predomina a areia nas misturas).
Resumindo:
- Rolos pé de carneiro:
- indicados para a compactação de materiais argilosos e siltosos;
- tendo em vista a pequena área dos pés de carneiro, o peso do rolo é transmitido
ao terreno com pressão mais elevada;
- os cilindros são ocos e neles pode-se colocar areia e água para aumentar o
peso, se necessário;
- os rolos pés de carneiro podem ser vibratórios.
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- Rolos vibratórios lisos:
- indicados para a compactação de materiais arenosos e pedregulhosos;
- constam de um cilindro de chapa de aço que vibra mediante um eixo
excêntrico.
- Rolos de pneus:
- são indicados para a compactação de materiais coesivos e arenosos;
- na sua estrutura apresentam espaços vazios que podem ser cheios de material
pesado para aumentar o peso, se necessário;
- montado no chassi há um compressor ligado aos pneus, permitindo variar a
pressão desses, durante a operação.
- ENERGIA DE COMPACTAÇÃO:
P× N
E= f
v×e
Onde
P = peso do rolo;
N = número de passadas
v = velocidade do equipamento de compactação
e = espessura da camada
- NUMERO DE PASSADAS:
O grau de compactação aumenta substancialmente nas primeiras passadas, e as
seguintes não contribuem significativamente para essa elevação. Além disso, resultados
experimentais indicam que um número excessivo de passadas produz super
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compactação superficial, principalmente quando se trata de rolo vibratório. Isto é,
insistir em aumentar o número de passadas pode produzir perda no grau de
compactação, por destruição de uma estrutura que acabou de ser formada, além de perda
de produção e desgaste excessivo do equipamento, principalmente por impacto em
superfície já endurecida. Geralmente é preferível aumentar o peso e/ou diminuir a
velocidade, e adotar um número de passadas entre 6 e 12.
- ESPESSURA DA CAMADA:
Razões econômicas: espessura maior possível
Mas características do material, tipo de equipamento e finalidade do aterro são
fatores que devem predominar.
Equipamentos diversos exigem espessuras de camada diferentes. A Tabela 1 traz
uma orientação inicial, devendo a escolha levar em consideração os demais fatores.
Geralmente se adotam espessuras menores que as máximas, para garantir
compactação uniforme em toda a altura da camada.
Em obras rodoviárias a espessura máxima compactada de uma camada é fixada
em 30 cm (após compactação), aconselhando-se como normal 20 cm, para garantir a
homogeneidade.
Para materiais granulares, recomenda-se no máximo uma espessura de 20 cm
compactados. Resultados obtidos com aterros experimentais podem modificar tais
especificações.
- HOMOGENEIZAÇÃO DA CAMADA:
Feita com motoniveladoras, grades e arados especiais, a camada solta deve estar bem
pulverizada, sem torrões muito secos, blocos ou fragmentos de rocha, antes da
compactação, principalmente se for necessário aumentar o teor de umidade.
- VELOCIDADE DE ROLAGEM:
Rolos pé de carneiro: no início se deslocam em baixa velocidade. À medida que a parte
inferior da camada se adensa, a velocidade aumenta naturalmente.
A velocidade de um rolo compactador é função da potência do trator, já que são
necessários cerca de 250 kgf de força tratora por tonelada de peso para vencer a
resistência ao rolamento, no caso de material solto.
Usar inicialmente 1ª marcha, mas à medida que o solo se adensa, pode-se passar para
segunda marcha.
Para equipamentos vibratórios, recomenda-se baixa velocidade, a fim de que seja
possível a compactação com menor número de passadas, pelo efeito mais intenso das
vibrações.
As velocidades mais indicadas para cada tipo de rolo compactador devem ser testadas e
determinadas em aterros experimentais, em função do tipo de solo que será compactado.
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PRODUÇÃO DE UM ROLO COMPACTADOR:
O rendimento de um rolo pode ser avaliado por
L . e . v. 10
Ph (m 3 / h) =
N
onde
L = largura do rolo compressor em metros;
e = espessura da camada em cm;
v = velocidade do rolo em km/h
N = número de passadas do rolo
Sujeito, é claro, ao fator de eficiência.
Onde
γ (campo) é a massa específica aparente seca obtida "in situ” e
γ (máx) é a massa específica seca máxima obtida em laboratório, no ensaio
Proctor, para a energia especificada
Ensaios de compactação
Compactação: processo pelo qual se comunica ao solo densidade, resistência e
estabilidade
- a redução de volume do solo deve-se à redução do volume de vazios
- o aumento de peso específico de um solo, produzido pela compactação, depende
fundamentalmente da energia despendida e do teor de umidade do solo
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O ensaio de compactação pode ser realizado:
Energias de compactação
Ensaio de Proctor Normal:
Ensaio massa do altura de nº de nº de volume do energia
soquete queda camadas golpes cilindro (102 KJ/m3)
(Kg) (cm) (10-3 m3)
Normal 2,5 30,5 3 25 1,000 5,6
Intermediário 4,5 45,7 5 26 2,085 12,6
Modificado 4,5 45,7 5 55 2,085 26,6
Curva de compactação
aparente seca (g/cm3)
- da curva de compactação
γdmáx
massa específica
w0
w (%)
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- com o aumento da energia de Curva de Saturação
(g/cm3)
γdmáx
Proctor
Normal
w"0 w'0 w0
w (%)
Quando nas estradas se prevê tráfego pesado com elevadas cargas por eixo, e freqüência
elevada de solicitações, procura-se aumentar o grau de compactação. Nos solos
argilosos, quando desejadas densidades elevadas, deve-se prescrever o Proctor
modificado, e execução com equipamentos pesados que aliem pressão estática com
amassamento (por exemplo, pneumáticos oscilantes pesados).
A rolagem deve ser feita longitudinalmente, dos bordos para o eixo, e com superposição
de, no mínimo, 20 cm entre duas rolagens consecutivas.
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- Cálculo do peso seco do solo;
- Cálculo da densidade aparente seca.
Para determinação do volume do furo pode ser utilizado o método do frasco de areia.
Controle da Umidade
Após o espalhamento da camada de solo a ser compactada, a primeira verificação a ser
feita é a umidade existente. Para isso utiliza-se o “Speedy”.
Não tendo o aparelho disponível pode ser feita uma avaliação empírica moldando-se
com a mão um pouco de solo de maneira a formar um torrão. Estando o solo seco, o
torrão formado não possui coesão, desmanchando-se com facilidade a mais leve pressão
dos dedos. Havendo excesso de umidade, o torrão torna-se facilmente deformável sem
apresentar fissuras. Admite-se estar o solo com umidade em torno da ótima quando o
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torrão ao ser pressionado permite uma certa deformação, porém com o aparecimento
imediato de fissuras. Esta maneira de avaliação do teor de umidade pode levar a erros
grosseiros, complicando ainda mais a situação. Por isto recomenda-se sempre o uso do
“Speedy” para a determinação do teor de umidade.
Verificada a necessidade de água, providencia-se a molhação com o caminhão-pipa,
cuidando antes de regularizar a superfície para evitar empoçamentos de água.
Deve-se usar a grade de disco até a completa homogeneização do solo, garantindo assim
uma umidade uniforme em todo o aterro.
Havendo excesso de umidade, deve ser feita a aeração do solo, utilizando-se para isso a
grade de discos. A motoniveladora deve ser utilizada para soltar o solo, facilitando o
trabalho da grade.
Deve ser observada com atenção a situação da camada inferior, que pode ter absorvido
umidade; neste caso a camada de cima deve ser enfileirada, para expor ao sol a camada
inferior.
Em alguns casos em que a umidade chega a saturar o solo, é mais vantajosa a retirada
total da camada para substituí-la por outra. Para isto devem ser levados em consideração
outros fatores, tais como a existência de outras áreas de trabalho e a urgência de
terminar a camada.
EXECUÇÃO DE ATERROS
No caso de aterros de grande altura, as cruzetas devem ser escalonadas, até se atingir a
cota do greide da plataforma.
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O eixo é remarcado várias vezes pela equipe de topografia, e o controle das rampas
pode ser feito por gabaritos de madeira. É bom conferir sempre, com a equipe de
topografia, pois a correção de erros na inclinação dos taludes é sempre onerosa.
Pressões ocasionadas pelo peso próprio e por cargas móveis trafegando sobre o aterro
promovem o adensamento (decorrente do escoamento de água, expulsa dos vazios do
solo, quando estes diminuem).
SEMPRE EXISTIRÁ ADENSAMENTO E RECALQUE, mas este deverá ser previsto e
mantido sob controle.
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c) Ruptura por escorregamento
Ocorre quando o aterro é construído sobre uma camada mole, de baixa resistência ao
cisalhamento, que se apóia sobre outra camada mais resistente. Na ocasião de chuvas
intensas, a camada pouco resistente tem seu teor de umidade aumentado, tornando ainda
mais baixa a resistência ao cisalhamento.
Quando isso acontece, forma-se uma superfície de escorregamento que afeta o aterro,
levando-o à ruptura. Essa superfície de escorregamento quase sempre é lenticular (tem
forma semelhante à de uma lente).
SOLUÇÕES:
Quando o subleito for fraco, composto por solos muito moles, com grandes
porcentagens de matéria orgânica, solos brejosos ou turfosos, deve-se adotar alguma
medida visando estabilizar o terreno de fundação antes da execução do aterro. Pode-se
tentar promover a estabilização do material pouco resistente ou removê-lo, com
substituição do solo por outro mais adequado. Sempre se adota a solução mais
econômica.
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O aterro é feito aos poucos, em setores, e o material mole vai sendo expulso à medida
que a altura do aterro cresce.
Essa solução será viável se a camada ruim não for muito alta, e se houver um horizonte
de material firme subjacente. Entretanto não é possível um bom controle da
homogeneidade das camadas (bolsões de material mole podem prejudicar a
estabilidade).
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EXECUÇÃO E COMPACTAÇÃO DE ATERROS
Maior preocupação: obter as massas específicas indicadas pelas Especificações da Obra.
Obs: Não significa que haja apenas três praças: outras podem estar já com seu grau de
compactação aprovado pela fiscalização, sendo gradeadas para execução da próxima
camada, ou podem ter repetições, como alternativa para algum acúmulo momentâneo de
equipamentos ou de serviços. O aleatório, em uma obra, é completamente previsível:
uma máquina que quebra, chuva imprevista, devem conduzir a ações alternativas para as
quais os encarregados estejam previamente treinados.
e) durante a execução do aterro, as beiradas devem ser mantidas mais altas, o que
aumenta a segurança. Isto parece contradizer o exposto nos itens (b) e (d), mas tais
beiradas podem ser rapidamente removidas com tratores e motoniveladoras. Essas
beiradas sempre devem ser removidas ao final da jornada de trabalho;
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devem ser continuamente reajustados de modo a nunca passarem por uma praça de
compactação ou espalhamento, por exemplo.
APLAINAMENTO - Motoniveladoras
GRADEAMENTO:
As grades são rebocadas, em geral, por tratores agrícolas, e são usadas em mistura de
solos, secagem do solo antes da compactação, homogeneização de camadas, etc.
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As grades também são usadas após a compactação de uma camada, e antes do
espalhamento do material para a seguinte, para arranhar a superfície da camada
compactada e garantir uma perfeita aderência com a camada superior.
CARROS TANQUE:
Usados no transporte de água, em terraplanagem são munidos de um registro e uma
barra de aspersão, que permite a regulagem da vazão. Esta, conjugada à velocidade do
veículo, permite que, com razoável precisão, seja espalhada no solo a quantidade de
água necessária para colocá-lo na umidade desejada. O teor de umidade final é
geralmente controlado com o "Speedy Moisture Test", e conferido após a compactação
em combinação com ensaios de determinação da massa específica aparente.
Usos: umidificação ou umedecimento de aterros antes de compactação, controle de
poeira no ambiente de trabalho, transporte de água.
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