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A Politécnica
Instituto Superior de Estudos Universitários de Nampula
Tema: Compactação.
Compactação:
Processo manual ou mecânico que visa reduzir o volume de seus vazios e, assim, aumentar
a sua resistência, tonando-o, mas estável. Operação simples e de grande importância pelos
seus consideráveis efeitos sobre a estabilização de maciços terrosos, relacionando e,
estreitamente, com os problemas de pavimentação e barragens de terra
Objetivo:
Melhorar as características do solo, não só quanto resistência, mas, também, nos aspetos:
permeabilidade, compressibilidade e absorção da água .
Fatores relacionados de acordo com TONIM (2010: 05)
Natureza do solo - requer equipamento adequado. Para fins de compactação, os solos são divididos em
dois grupos: granulares e coesivos.
Teor de umidade – corresponde à quantidade mínima de água, necessária para atingir a umidade ótima para
a compactação.
Para humidades muito baixas – o atrito grão a grão do solo é muito alto e não se consegue uma
densidade adequada;
Para umidades mais elevadas – a água provoca efeito de lubrificação entre as partículas que se
acomodam em um arranjo mais compacto uma densidade adequada;
À partir de certa umidade – não se consegue mais expulsar o ar dos vazios, ficando envolto por água,
não conseguindo sair do interior do solo.
▲ A densidade de um solo aumenta à medida que o teor de água vai aumentando, passando por um valor
máximo para depois diminuir. A densidade máxima corresponde à quantidade mínima de vazios do solo.
Fatores relacionados de acordo com TONIM (2010: 05) (Cont.)
Energia de compactação (fornecida pela ação dos equipamentos compactadores) – depende do número de
passadas do rolo compactador; espessura da camada e velocidade de compactação;
Processo de compactação – método de aplicação da energia necessária. O processo de compactação pode ser feito
por:
Compressão – o esforço é proveniente da aplicação de uma força vertical. Este deslocamento permite uma
melhor arrumação das partículas, visando a diminuição do volume de vazios do solo.
Impacto – pequenas áreas e de acesso difícil para rolos (com repetição de até 500 golpes por minuto).
Vibração – a aplicação das forças verticais se dá com uma frequência de repetição acima de 500 golpes por
minuto. Além da frequência, considera-se também a amplitude da vibração (altura da queda da massa).
Equipamentos de compactação
São rolos metálicos dotados de um sistema vibratório que permite aplicar ao solo determinado número de golpes por
minuto (frequência);
Inicialmente, estando o solo solto, toda energia vibratória é absorvida pelo deslocamento das partículas sólidas.
Porém com o aumento da densidade, parte da energia vibratória é devolvida.
Equipamentos de compactação (Cont.)
Sapo mecânico:
Controlados manualmente, geralmente movidos a gasolina.
Compactação de pequenas áreas cujo acesso é difícil ou o uso de equipamentos maiores não se justifica.
Não funcionam em solos de graduação uniforme.
Muito utilizados para compactação de re-aterros e valas.
Compactação no Campo
No campo, segundo CAPUTO (1988, pág. 177), após espalhar o material, uniformemente, em camadas mais ou menos
horizontais, a compactação é feita, empregando: rolos compressores, pilões e vibradores, além de carros-pipa munidos de barra
de distribuição, para a irrigação. Às vezes utiliza-se, quando o material a ser compactado o permitir (caso de material siltoso), o
próprio equipamento pesado de transporte para obter a compactação.
Dependendo da natureza do terreno empregam-se:
Rolos lisos para solos arenosos;
Rolos pé-de-carneiro para solos argilosos;
Rolos pneumáticos para quase todos os tipos de terrenos;
Os vibradores são especialmente recomendáveis para solos granulares (arenosos ou pedregulhosos);
Os pilões manuais empregam-se apenas em trabalhos secundários (como re-aterros de valas);
Os pilões a explosão, conhecidos como “sapos”, bem como os pilões a ar comprimido, têm grande aplicação, sobretudo
pela sua adaptabilidade a quase todos os tipos de terreno
A quantidade de água a ser adicionada ao solo é calculada em função da descarga da barra de distribuição e da velocidade do
carro-pipa. A espessura das camadas de solo (da ordem de 15 a 30 cm) e o número de passadas do equipamento de
compactação, podem ser determinados controlando-se os resultados obtidos em um trecho experimental previamente escolhido.
Constata-se que há um certo número de passadas (aproximadamente 10) além do qual é praticamente inútil prosseguir-se na
compactação.
Conclusão.
A fase fundamental da construção das obras de aterro é a fase de compactação, aquela em que se procura
conferir ao material de aterro características que satisfaçam os requisitos da obra a realizar.
A compactação é o processo que aplicado a uma massa de solo não saturada logo, constituída por três
fases, sólida (partículas), líquida (água) e gasosa (ar) – visa o aumento da sua compacidade por meio da
redução do volume do aterro, conseguida à custa da aplicação repetida de cargas. A compactação
envolve uma expulsão de ar sem significativa variação da quantidade de água presente no solo. Assim, o
teor em água é normalmente o mesmo para uma dada massa de solo solta e descompactada e para a
mesma massa num estado mais denso conferido pela compactação. Tendo em conta que a quantidade de
ar é reduzida sem variação do teor em água, o grau de saturação cresce com a compactação. No entanto,
a expulsão de toda a fase gasosa por compactação não é possível, não se atingindo, pois, a saturação do
solo.
As propriedades dos solos que interessa modificar quando estes são usados como materiais de aterro são
a resistência ao corte, a rigidez e a permeabilidade. Em regra, a compactação aumenta a resistência e a
rigidez e reduz a permeabilidade.