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Índice

1. INTRODUÇÃO 1
2. OBJETIVOS 1
3. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE CORPOS RÍGIDOS 2
3.1. Movimento de translação 2
3.2. Movimento de rotação 2
4. CENTRO DE GRAVIDADE 3
4.1. Cálculo do peso do objecto 5
4.2. Calculo dos pesos adicionais 5
4.3. Ponto inicial 6
4.4. Cálculo do centro de gravidade no diagrama. 9
5. CENTRO DE MASSA 11

5.1. Centro de massa de um conjunto de partículas 11


5.2. Centro de massa de figuras planas 12
5.3. Centro de massa de figuras planas compostas 14
6. CONCLUSÃO 16
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 17

1. INTRODUÇÃO

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2. OBJETIVOS
2.1. Objectivos específicos
 Compreender o significado de centro de massa (centro de gravidade,) de figuras
planas e linhas;
 Visualizar e identificar o centro de massa de figuras planas conhecidas;
2.2. Objectivos gerais
 Dividir figuras planas complexas em figuras planas conhecidas;
 Entender e determinar o Momento ESTÁTICO (de área);
 Determinar o centro de massa de figuras planas complexas;
 Determinar o centro de gravidade de figuras de linha.

3. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS DE CORPOS RÍGIDOS

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Um corpo rígido é caracterizado pela sua geometria e pela forma com que a massa é
distribuída. Essa última propriedade é inteiramente caracterizada pela densidade da
distribuição da massa. A densidade determina quanto de massa está distribuída num
elemento de volume infinitesimal.
Pela sua rigidez um corpo rígido se comporta de uma forma parecida com uma partícula
material (ou punctiforme). A diferença consiste em que alem do movimento de
translação um corpo rígido pode executar um movimento de rotação. Isto é, um corpo
rígido executa basicamente dois tipos de movimento: movimentos de translação e
movimentos de rotação.

3.1. Movimento de translação

Por meio do movimento de translação, o corpo rígido se desloca como um todo. Ele
pode ser analisado a partir de qualquer um dos seus pontos, no entanto, como discutido
antes, o ponto mais relevante é o centro de massa do corpo. Haverá movimento de
translação se o seu centro de massa se desloca à medida que o tempo passa. Assim, no
caso da translação do corpo como um todo, o estudo do movimento do centro de massa
desempenha um papel central.
Assim, o que provoca o movimento de translação do corpo rígido são as forças externas
agindo sobre o mesmo. O corpo rígido se desloca de tal forma que tudo se passa como
se todas as forças estivessem actuando sobre o centro de massa.
Um corpo rígido em queda livre tem o seu centro de massa descrevendo uma órbita
parabólica. O movimento de um ponto arbitrário do corpo rígido, por outro lado, pode
ser bem mais complexo.

3.2. Movimento de rotação


O outro movimento do corpo rígido é o movimento de rotação. Nesse caso o movimento
pode ser descrito como uma rotação mais geral, como se girasse em torno de três eixos
imaginários. Assim, o movimento de rotação mais geral requer, para sua inteira
caracterização um conjunto de três variáveis angulares. O conjunto de variáveis
angulares mais utilizado na descrição do movimento é aquele constituído pelos três
ângulos de Euler. Isso porque três rotações sucessivas por valores adequados dessas
variáveis permitem superpor um corpo com aquele que experimentou uma rotação. No
caso da rotação em torno de um eixo, , por outro lado, basta uma variável angular.

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Figura 1 – Movimento de rotação

A rotação do corpo rígido resulta sempre de um torque ou torques aplicados a ele. Esse
é o caso de um pião que gira ou do pendulo físico, o qual será tratado no próximo
capítulo. O resultado desses torques é a alteração do momento angular do corpo rígido.
Assim as equações de movimento associadas à rotação envolvem essas duas grandezas
físicas: torques aplicados a um corpo e o momento angular que se altera como resultado
dos mesmos. A seguir introduziremos esses conceitos.

4. CENTRO DE GRAVIDADE

Figura 2 - Centro de gravidade de um corpo

Como mostra a figura acima, o centro de gravidade de um corpo é o ponto onde pode
ser considerada a aplicação da força da gravidade. Se as dimensões do corpo forem
pequenas, em comparação ao tamanho da Terra, é possível demonstrar que o centro de
gravidade praticamente coincide com o centro de massa.

Para obtermos, através de experimento, o centro de gravidade de um corpo em forma de


chapa, ou seja, espessura constante, podemos proceder como na figura abaixo.
Inicialmente suspendemos o corpo por um ponto S1 qualquer e o deixamos atingir a
posição de equilíbrio (a), definindo a recta vertical r.

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Em seguida, suspendemos o corpo por outro ponto, S2, e novamente o deixamos atingir
a posição de equilíbrio (b), definindo a recta vertical s. O centro de gravidade (c) estará
no cruzamento das rectas  r e s.

Figura 3 – centro de gravidade

Um boneco está apoiado em um suporte S. Pelo boneco passa um arame rígido cujas
extremidades estão fixadas em duas bolas de massas maiores que a do boneco. Desse
modo, o centro de gravidade (G) do conjunto está abaixo do suporte S e o sistema está
em equilíbrio estável. Ao afastarmos bem levemente o brinquedo da sua posição de
equilíbrio, e depois o soltarmos, ele tende a voltar para sua posição inicial.

Figura 4 - centro de gravidade (G)

O centro de gravidade (CG) representa o centro da distribuição de peso de um objecto,


onde se considera que a gravidade atua. É nesse ponto em que o objecto se encontra em
perfeito equilíbrio, não importa quão rotacionado ele esteja. Se deseja saber como
calcular o centro de gravidade de um objecto, será preciso encontrar seu peso e dos
objectos nele contidos, determinar os dados e inserir as quantidades conhecidas na
equação. Para realizar esse cálculo, continue a leitura dos seguintes passos.

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Figura 5 - centro de gravidade (CG)

4.1. Cálculo do peso do objecto

 Ao calcular o centro de gravidade, o primeiro ponto a se fazer é descobrir o peso do


objecto. Suponhamos que você queira calcular o peso de uma gangorra de 30 kg. Como
se trata de um objecto simétrico, o centro de gravidade estará exactamente no centro,
caso esteja vazio. No entanto, se houver pessoas com massas distintas em suas
extremidades, o problema se torna um pouco mais complicado.

Figura 6 – centro de gravidade

4.2. Calculo dos pesos adicionais

 Para descobrir o centro de gravidade de uma gangorra com duas pessoas, será preciso
calcular o peso individual de cada uma delas. A primeira possui uma massa de 40 kg e a
segunda, de 60 kg.

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Figura 7 - Calculo dos pesos adicionais

4.3. Ponto inicial

Esse valor representa o ponto de onde você começará os cálculos, tomando-se como
base qualquer uma das extremidades da gangorra. Digamos que se trate de uma grande
gangorra com 16 metros de comprimento. Colocaremos o ponto inicial em seu lado
esquerdo, perto de onde está posicionada a primeira pessoa.

Figura 8 - Ponto inicial

Meça a distância do ponto inicial do centro do objecto principal, bem como dos
dois pesos adicionais. Digamos que as pessoas estão, cada uma, posicionadas a 1 metro
da ponta. O centro da gangorra é também seu ponto médio, no ponto equivalente a 8
metros, ou 16 dividido por 2. Seguem aqui as distâncias do centro do objecto principal e
os dois pesos adicionais que formam o ponto inicial:
 Centro da gangorra = a 8 metros do ponto inicial.
 Pessoa 1 = a 1 metro do ponto inicial.
 Pessoa 2 = a 15 metros do ponto inicial.

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Figura 9 - centro do objecto principal

Multiplique a distância de cada objecto do ponto inicial pelo próprio peso, a fim de
calcular o impulso. Esse cálculo resulta no impulso, ou momento, de cada um dos
objectos. Aqui está como fazê-lo:
 Gangorra: 30 kg × 8 m = 240 m×kg.
 Pessoa 1: 40 kg × 1 m = 40 m×kg.
 Pessoa 2: 60 kg × 15 m = 900 m×kg.

Figura 10 - ponto inicial pelo próprio peso

Some os três valores. Basta fazer os cálculos: 240 m×kg + 40 m×kg + 900 m×kg = 1.180
m×kg. O impulso total será igual a 1.180 m×kg.

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Figura 11 - ponto inicial pelo próprio peso

Some os pesos de todos os objectos. Calcule a soma dos pesos da gangorra, da primeira pessoa
e da segunda pessoa. Para isso, basta somar os valores: 30 kg + 40 kg + 60 kg = 130 kg.

Figura 12 - ponto inicial pelo próprio peso

Divida o impulso total pelo peso total. Isso resultará na distância do ponto inicial ao
centro de gravidade do objecto. Para isso, basta dividir 1.180 m×kg por 130 kg.
 1.180 m×kg ÷ 130 kg = 9,08 m.
 O centro de gravidade estará a 9,08 metros do ponto inicial ou, ainda, a 9,08
metros da extremidade esquerda da gangorra, que é onde foi colocado.

Figura 13 - ponto inicial pelo próprio peso

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4.4. Cálculo do centro de gravidade no diagrama.

 Se o centro de gravidade encontrado estiver fora do sistema de objectos, isso indica que
a resposta está errada. Você talvez tenha medido as distâncias a partir de mais de uma
perspectiva. Tente uma vez mais, dessa vez com um único ponto inicial.
 Por exemplo, para as pessoas sentadas na gangorra, o centro de gravidade
precisa estar em algum ponto da extensão do objecto, não à esquerda ou à direita
dele. Ele não precisa estar directamente posicionado sob uma delas.
 Isso ainda se aplica aos problemas em duas dimensões. Desenhe um quadrado
grande o suficiente para comportar todos os objectos de seu problema. O centro
de gravidade deve estar dentro desse quadrado.

Figura 14 - centro de gravidade no diagrama.

Se obtiver uma resposta muito pequena, confira os cálculos. Caso tenha escolhido


uma das extremidades como ponto inicial, uma resposta muito pequena indica que o
centro de gravidade está perto de uma extremidade. Essa pode ser a resposta correta,
mas geralmente indica a presença de algum erro. Ao calcular o impulso,
você multiplicou o peso pela distância? Essa é a forma correta de descobri-lo. Se, por
outro lado, houver acidentalmente somado esses valores, você geralmente terá um
resultado muito menor.

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Figura 15 - centro de gravidade

Se houver mais de um centro de gravidade presente, pergunte a si o que pode estar


errado. Cada sistema tem apenas um único centro de gravidade. Se você encontrou
mais de um, é possível que tenha pulado o passo em que são somados os impulsos. O
centro de gravidade equivale ao impulso total dividido pelo peso total. Você não precisa
dividir cada impulso por cada peso, o que indicaria apenas a posição de cada objecto.

Figura 16 - gravidade no diagrama.

Se a resposta estiver com um desvio superior a uma unidade, confira o ponto


inicial. A resposta do exemplo foi igual a 9,08 metros. Digamos que você tenha feito os
cálculos e obtido um valor igual a 1,08 metro, 7,08 metros ou outro que termine em
",08". Isso provavelmente acontece porque, aqui, a extremidade esquerda foi escolhida
como ponto inicial, enquanto você talvez tenha optado pela extremidade direita ou por
outro ponto a uma certa distância dele. A resposta estará correta independente do ponto
inicial escolhido! Apenas lembre-se de que o ponto inicial sempre representa que x =
0. Aqui está um exemplo:

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 Da forma aqui resolvida, ele está à esquerda da gangorra. O resultado foi igual a
9,08 metros, de modo que o centro das massas está a 9,08 metros do ponto
inicial na extremidade esquerda.
 Caso tenha escolhido um novo ponto inicial, a 1 metro da extremidade esquerda,
você obteria a resposta 8,08 metros como centro de massa. Desse modo, o valor
está representado a partir do novo ponto inicial, que fica a 1 metro da
extremidade esquerda. No entanto, o centro de massa será igual a 8,08 + 1 =
9,08 metros a partir da extremidade esquerda, o mesmo valor obtido
anteriormente.
 Observação: ao medir distâncias, lembre-se de que os valores à esquerda do
ponto inicial são negativos, enquanto aquelas à direita dele são positivos.

Figura 17 – centro de gravidade

Todas as medições devem ser feitas em linha recta. Digamos que você veja outro
exemplo de "pessoas em uma gangorra", mas com uma delas sendo muito mais alta que
a outra ou, ainda, estando em uma posição mais baixa, enquanto a outra está no topo.
Ignore todas as diferenças e tome as medidas ao longo do eixo da gangorra. Medir
distâncias em ângulo trará respostas próximas, mas ligeiramente fora da realidade.
 Para problemas similares, basta se atentar ao ponto onde fica o centro de
gravidade ao longo do eixo esquerda-direita da gangorra. Então, você poderá
aprender formas mais avançadas de calcular o centro de gravidade em duas
dimensões.

5. CENTRO DE MASSA
O centro de massa de um corpo é um ponto que se comporta como se toda a massa do
corpo estivesse concentrada sobre ele. Quando um objecto é homogéneo, o centro de
massa coincide com o seu centro geométrico. Porém, isso nem sempre ocorre, e o centro
de massa não precisa nem mesmo de estar dentro do corpo.

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Agora que já sabemos que o centro de massa depende da distribuição da massa de um
corpo, vejamos as diferentes formas de realizar o seu cálculo em um sistema.

5.1. Centro de massa de um conjunto de partículas


Façamos inicialmente uma análise do centro de massa de um sistema de partículas em
um mesmo plano, conforme mostra a figura a seguir:

Figura 18 - Centro de massa de um conjunto de partículas

O ponto C, localizado em um ponto intermediário do conjunto de partículas, representa


o centro de massa desse sistema. As coordenadas desse ponto (xCM, yCM) são calculadas
a partir das médias ponderadas, conforme as equações a seguir:

Essa equação pode ser utilizada para qualquer número de partículas.

5.2. Centro de massa de figuras planas


Outro caso a ser analisado é o cálculo do centro de massa das figuras planas. Em geral,
utilizamos a seguinte regra:

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O centro de massa de uma figura plana homogénea localiza-se sobre o seu eixo de
simetria¹. Se o corpo possuir dois eixos de simetria, o centro de massa estará na
intersecção entre os eixos.
Eixo de simetria é uma linha que divide um corpo em duas partes iguais ou simétricas.
Observe nas figuras a seguir onde se localizam os eixos de simetria e seus respectivos
centros de massa:

 Rectângulo

Figura 19 - Rectângulo

O centro de massa do rectângulo fica sobre os eixos de simetria que dividem ao meio a
altura (h) e a base (b). Portanto, para calculá-lo, basta dividir a altura e a base por dois.

 Círculo

Figura 20 - Círculo

O centro de massa da circunferência fica exactamente em seu centro porque o eixo de


simetria do círculo é uma recta que vai de uma de suas extremidades à outra, passando
exactamente pelo seu centro.

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 Triângulo

Figura 21 – Triangulo

Como a base do triângulo rectângulo é mais larga, a maior parte de sua massa encontra-
se na parte inferior. Conforme mostra a figura, o centro de massa do triângulo
rectângulo localiza-se a um terço de sua altura e base.

5.3. Centro de massa de figuras planas compostas


Para calcular o centro de massa de figuras planas compostas, devemos considerar cada
parte da figura individualmente, encontrar os seus centros de massa e, em seguida,
somá-los. Para isso, devemos adoptar um sistema de referência, conforme mostra a
figura:

Figura 22 - figuras planas compostas

A imagem acima mostra uma figura plana composta por um quadrado e um triângulo
rectângulo. Após adoptar o sistema de referência (x,y), devemos considerar o centro de
massa de cada uma das figuras. Para isso, utilizamos o índice 1 para o quadrado e 2 para
o triângulo. Para calcular as coordenadas do centro de massa da figura inteira, devemos
somar as coordenadas das figuras individuais através da equação:

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um ponto no qual se localiza o peso (P) resultante de um sistema de pontos materiais
(Figura 23).

Para mostrar como determinar esse ponto, consideremos uma placa horizontal,
dividiremos essa placa em n pequenos elementos.

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6. CONCLUSÃO

Se um corpo for dividido em partículas mínimas, estas ficam sujeitas à acção de


gravidade, isto é, em todas estas partículas está aplicada uma força vertical actuando de
cima para baixo. A resultante de todas estas forças verticais e paralelas entre si, constitui
o peso do corpo.

Mesmo mudando a posição do corpo aplicando-lhe uma rotação, ele permanecerá


sempre sujeito à acção da gravidade. Isto significa que as forças verticais girarão em
relação ao corpo, mas continuaram sempre paralelas e verticais. O ponto onde se
cruzam as resultantes dessas forças paralelas, qualquer que seja a posição do corpo,
chama-se Centro de Gravidade (CG).

Portanto, atracção exercida pela Terra sobre um corpo rígido pode ser representada por
uma única força P. Esta força, chamada peso do corpo, é aplicada no seu baricentro, ou
cento de gravidade (CG).

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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Centro de massa"; Brasil Escola.

Ramón Moliner, Pedro Mecánica. Ed. de autor, 3ª Ed. Madrid 1967

GERE, J. M. Mecânica dos Materiais. São Paulo, Thomson, 2003.

NASH W. A. Resistência dos materiais. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 1971.

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