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Beira, 2019
RESUMO
Devido a insuficiência do uso dos recursos hídricos, insuficiência de meios para o uso dos
mesmo recurso para a irrigação e abastecimento humano para uso (domestico e industrial) e de
animais, o projecto que se apresenta, tem como o objectivo principal elaborar um projecto de
uma pequena barragem de terra através do rio Govuro no distrito de Vilanculos, na província de
Inhambane. E para a sua Efetivação, utilizou-se a metodologia qualitativa e quantitativa, onde
implementaram-se os métodos empíricos e métodos teóricos, assim sendo, efectuou-se um
levantamento dos tipos de barragens tender-se-á identificado dois tipos: barragem de gravidade e
de terra. Os resultados obtidos mostram que a o projecto elaborado foi de acordo com as
necessidades da população do distrito de Vilanculos no que concerne a produção, abastecimento
doméstico e industrial, bem como a irrigação agrícola.
According to the insufficient use of water resources, insufficient means of using the same
resources for irrigation and human supply for domestic and industrial use and animals, the
project presented here has as its main objective the elaboration of a draft a small earthen dam
across the Govuro River in the Vilanculos district of Inhambane province. And for its realization,
the qualitative and quantitative methodology was used, where the empirical methods and
theoretical methods were implemented. Thus, a survey of the types of dams was carried out and
two types would be identified: gravity dam and of earth. The results obtained show that the
project prepared was in accordance with the needs of the population of Vilanculos district
regarding production, domestic and industrial supply, as well as agricultural irrigation.
3
Índice
1.1. OBJETIVOS....................................................................................................................7
1.1.1. Geral.................................................................................................................................7
1.1.2. Específicos........................................................................................................................7
1.2. JUSTIFICATIVA............................................................................................................8
1.3. METODOLOGIA...........................................................................................................8
4
3.4.1. Volume da bacia (Qb)...................................................................................................23
4. CONCLUSÕES.............................................................................................................42
5. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA............................................................................43
5
Indice de figuras
Índice de Tabelas
6
INTRODUÇÃO
As barragens de terras têm sido utilizadas, desde os tempos mais antigos, para reter e desviar
água. São simplesmente estruturas compactadas que dependem da sua massa para resistir ao
deslizamento, são o tipo de barragem mais comuns encontrados em todo o Mundo. Métodos
modernos de transporte e desenvolvimentos no campo da mecânica dos solos desde o Século
XIX, aumentaram consideravelmente a segurança e vida destas estruturas.
1.1. OBJETIVOS
1.1.1. Geral
Dimensionar uma pequena barragem de terra através do rio Govuro no distrito de Vilanculos, na
província de Inhambane.
1.1.2. Específicos
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1.2. JUSTIFICATIVA
A escolha do referente tema, concretamente da bacia hidrográfica do Rio Govuro como área de
estudo, deve-se ao facto de Moçambique estar na lista dos país mais vulneráveis a intensas
variações climáticas sazonais, típica de climas tropicais sub-húmidos, tendo chuvas intensas
centradas no inverno e estiagem prolongada no verão, que repercutem directamente no regime
hídrico da bacia, com uma variação de períodos de grandes inundações a fases de secas
prolongadas. Tais características afectam directamente a população, maioritariamente rural, cuja
sobrevivência depende fundamentalmente da agricultura de subsistência, colocando em risco o
abastecimento dos sectores urbanos e industriais. Sendo assim, tais constrangimentos contribuem
para um ineficiência e no desempenho dos sectores económicos, resultando no agravamento da
qualidade de vida de grande parte da população que vive no limite de linha de pobreza.
1.3. METODOLOGIA
8
2. ESTUDO SOCIOECONÓMICO DO DISTRITO DE VILANCULOS PROVINCIA
DE INHAMBANE
Rio Govuro Latitude: 21° 18' 40" (21,3111°) sul; Longitude: 35° 4' 49" (35,0803°) leste. com
aproximadamente 185 km de extensão e corre mais ou menos paralelamente à linha costeira do
sul (Cheline) em direcção norte (passando por Macovane e desaguando no Estuário do Govuro
perto da Península de Bartolomeu Dias). O Rio Govuro e o Rio Save combinam-se para formar
um extenso estuário costeiro, que é constituído principalmente por pântanos de mangais com
uma diversidade elevada. Os trechos sul do Rio Govuro estão associados com extensas terras
húmidas sazonais e permanentes.
9
Figura 1. Mapa da localização geográfica do Distrito de Vilanculos.
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2.2. Indicadores da região
Localização
Temperatura
A temperatura media anual nos distritos em que a Bacia hidrográfica esta inserida varia de (22-
26) oC
Climas Predominantes
Solos
O potencial agrícola e a irrigação esta limitado aos solos aluvionares, em particulares aqueles de
textura media e pesada. Estes solos são profundos a, ricos em matéria orgânica e ainda
apresentam excelentes capacidade de retenção de água e nutrientes, contudo, podem localmente
ser ligeiramente salinos ou sólidos. Os fluvio-marinhos ocorrem ao longo da linha costeira nas
planícies estuarinas onde se desenvolvem os mangais, sendo solos profundos, muito mal
drenados, salinos e sódicos.
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2.4. Habitação e condições de vida
O tipo de habitação modal do distrito é “ a chapa zincal, com pavimento de betão, teto de
Chapa Zincal ou colmo e paredes de chapas e paus”. Em relação a outras actividades, o padrão
dominante é o de famílias “ sem electricidade, dispondo de duas famílias em cada dez famílias,
água colhidas directamente em poços, furos ou do rio e lagos”.
12
Figura 3. Habitações, por tipo de material usado.
Em partícula, no que concerne as fontes de abastecimento de água, verifica-se que na sua maioria
a população do distrito recorre directamente a poços ou furos com cerca de 54%, ou do rio e lago
com cerca de 44%.
13
Figura 4. Habitações, por tipo de acesso a água.
O distrito de Vilanculos esta localizado na zona intertropical, o que lhe confere um clima do tipo
tropical quente e húmido, chuvoso de savana onde as precipitações medias anuais são acima dos
800mm, chegando na maioria dos casos a 1200 ou mesmo 1400mm, concentrando-se no período
compreendido entre Novembro de um ano e finais de Março podendo localmente estender-se até
Maio. Nesta região, os elementos climáticos: temperatura, precipitação, humidade e
evapotranspiração interagem com os factores do clima de escala nacional e local, influenciando,
o grosso modo, no comportamento da rede hidrográfica local.
Dentre as informações compartilhadas pelo autor, destaca-se a temperatura média anual de 24.5
ºC. O autor anuncia ainda que, o mês de Dezembro é o mais quente, com temperatura média
máxima de 30 ºC, enquanto o mês de Julho é o mais frio, com média mínima de 18 ºC.
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Figura 5: Distribuição Anual de Temperatura e Precipitação.
A evaporação potencial regista valores médios na ordem dos 1000 a 1400mm e as temperaturas
médias anuais variam de 24 a 260C, facto que possibilita e encoraja a prática de agricultura de
sequeiro com apenas uma colheita sem riscos significativos de perda das culturas devido ao
défice hídrico.
O principal rio que atravessa o distrito e o Save. Compreende essencialmente a região de baixa,
(0-200metros acima do nível médio do mar). O panorama paisagístico da região é caracterizado
por declives planos e quase planos. O deslocamento dos centros de pressão e dos ventos que
acompanham o movimento anual aparente do sol criam, com mais incidência.
Fonte:.
15
3. DIMENSIONAMENTO DE UMA PEQUENA BARRAGEM DE TERRA NO RIO
TENÓRIO et all 2008, diz que delimitar uma bacia significa identificar linhas e pontos que
contornam esta porção de terra e funcionam como limitadores topográficos. Dentre os
limitadores topográficos estão os pontos que apresentam maiores altitudes no relevo estudado e
as linhas divisoras de água, que são linhas imaginárias formadas pela sucessão dos pontos mais
altos.
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índice de alongamento. Para a caracterização do sistema de drenagem, os indicadores utilizados
são a constância do escoamento, a ordem dos cursos de água, a densidade de drenagem e o
percurso sobre o terreno. Os indicadores para caracterizar o relevo são a curva hipsométrica, a
altitude média, a altura média, o perfil do rio, o declive do leito, o declive dos terrenos, o índice
de declive de Roche, a curva hidrodinâmica, o coeficiente de massividade e o coeficiente
orográfico. Estes indicadores permitirão sumariamente dar uma imagem da bacia e ajudam a
perceber melhor o seu comportamento hidrológico, resultante da interacção com as variáveis
climáticas.
Segundo TENÓRIO et all 2008, o reconhecimento das formas presentes do relevo se dá através
das curvas de nível, e para estas os conceitos são dados de várias formas:
Chama-se curvas de nível, as projecções horizontais das curvas obtidas das intersecções
de planos horizontais equidistantes, com sua superfície do terreno.
As curvas de nível são linhas que ligam pontos, na superfície do terreno que têm a mesma
cota (mesma altitude).
A curva de nível constitui uma linha imaginária do terreno, em que todos os pontos de
referida linha têm a mesma altitude, acima ou abaixo de uma determinada superfície da
referência, geralmente o nível médio do mar.
Ainda o mesmo autor salienta que, através desses três conceitos é possível compreender a
curva de nível sabendo que através dela é possível identificar linhas e pontos consideráveis do
terreno e que definem a forma deste e indicam ainda a caída das águas. Por exemplo: as curvas
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de nível cruzam os cursos de água em forma de “V”, com o vértice apontando para a nascente;
além disso formam um “M” acima das confluências fluviais e em geral, as curvas de nível
formam um “U” nas elevações, cuja base aponta para o pé da elevação. Os pontos e linhas
notáveis, são “as principais formas orográficas” do relevo.
Os pontos notáveis do terreno, ainda conforme comentado, ocorrem de duas formas, quando
“um plano horizontal tangencia o terreno, então a curva de nível se tornará um ponto, ou quando
as curvas se tocam, isto é, o plano horizontal tangencial ao ponto da garganta”. Esses pontos são
importantes para os estudos acerca da superfície topográfica (TENÓRIO et all 2008).
Para CARVALHO; MELO & SILVA (2007): Curva hipsométrica é a representação gráfica do
relevo de uma bacia e faz descrição entre a área de contribuição e a altitude, representando o
estudo da variação da elevação dos vários terrenos da bacia hidrográfica com referência ao nível
do mar.
A curva hipsométrica da Bacia do rio Govuro foi obtida através de uso de softwares
apropriados para tal (MICROSOFT EXCEL) e manualmente (através do cálculo das áreas entre
as curvas de nível mestras), lançando-se em sistema cartesiano a cota versus o percentual da área
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de drenagem com cota superior. Para o seu traçado foram necessários os seguintes elementos:
Cotas do nível do mar, carta hipsométrica, carta onde a representação das altitudes é feita por
curvas de nível. A tabela a seguir ilustra os dados acima referidos, que por meio destes foram
traçados a curva hipsométrica da bacia do Govuro.
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Figura 9.1. Parâmetros da bacia
Área da Bacia
Índices da Bacia do rio Govuro 12000 (km²)
Coeficiente de compacidade (Kc) Área da Albufeira
1.912 Baixa Cheia 0.42393 (km²)
Coeficiente de forma (Kf) Volume de Armazenamento da
0.37 Albufeira
Densidade de Drenagem 1.01 Milhões de (m³)
2 (m/km²)
Densidade da rede de Drenagem
0.001 (rios/km²)
Sinuosidade
1.455 Rio Não Recto
n
V total
Z m= ∑
i=1 A total
Onde: Zm: Altitude media; Ai: área da Bacia entre as curvas de nível i e i+1 e zi: A média das
altitudes dessas duas curvas de nível.
n
z i A i 1.01
Z m= ∑ = =2,525 km=2525 m
i=1 A total 0.4
De acordo com VAZ (2007), a altura media de uma bacia hidrográfica é dada por:
20
A total
∫ hda
0
H m=
Atotal
Já que toda a bacia (100 por cento) do afluente se situa acima da altitude de referência VAZ
(2007) propôs a seguinte expressão para o cálculo da altura média da bacia:
H m =Z m−z 100
Onde: Z m é a altitude media da bacia e z 100 é a cotada secção de confluência dos afluentes.
Portanto, com base na fórmula de VAZ (2007) ilustra-se a seguir o cálculo da altura hipsométrica
da bacia de Sambanzo: Z m=195.70 e z 100 =167.50
H m =195.70−167.50=28.20 m
O declive médio do leito ( J ) obtém-se dividindo a diferença entre as cotas máxima ( z max) e
mínima do leito ( z min) pelo comprimento do rio (l p).
VAZ (2007), afirma que os rios e os seus afluentes podem classificar-se como perenes,
intermitentes e efémeros, de acordo com o critério da constância do escoamento.
Os rios perenes são os que, em condições naturais, escoam água durante todo o ano, quer
por terem afluentes com diferentes regimes de alimentação a partir da precipitação ou da
fusão da neve quer por terem uma alimentação contínua a partir de aquíferos.
21
Os rios intermitentes são os que, em condições naturais, têm água durante a época
húmida e secam na estiagem.
Os rios efémeros apenas têm água durante e imediatamente a seguir aos períodos de
precipitação, não sendo alimentados por aquíferos.
O sistema de drenagem de uma bacia é constituído pelo rio principal e seus tributários; o
estudo das ramificações e do desenvolvimento do sistema é importante, pois ele indica a maior
ou menor velocidade com que a água deixa a bacia hidrográfica. O padrão de drenagem de uma
bacia depende da estrutura geológica do local, tipo de solo, topografia e clima. Esse padrão
também influencia no comportamento hidrológico da bacia (SILVA, et all 2006).
Segundo VAZ 2007, a ordem dos cursos de água é uma classificação para caracterizar o grau
de ramificação da rede hidrográfica da bacia. Pode ser determinada a partir dum mapa em que
estejam representados todos os canais naturais suficientemente bem definidos, que correspondam
a cursos de água perenes, intermitentes ou efémeros.
Ainda ele salienta que, o critério mais seguido actualmente é o de Horton-Strahler: são
considerados de ordem 1 as linhas de água iniciais, que não recebem quaisquer afluentes; a
junção de duas linhas de água de ordem 1 origina uma linha de água de ordem 2; a junção de
dois rios de ordem n gera um rio de ordem n + 1. Assim, os troços terminais dos grandes rios têm
números de ordem bastante altos.
22
3.4. CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO DA BACIA
6 2 6 3 −3 3
Qb=1 , 4 m×6 ,94 ×10 m =9,716 ×10 m ; ou Qb=9,716 × 10 km
Qes=P × A × C ; Onde:
6 2
Qes=1, 4 m× 6 , 94 ×10 m × 0 , 36
6 3 −3 3
Qes=3,498× 10 m ou Qes=3,498 ×10 km
O volume de escoamento não será aproveitado na sua totalidade, sendo assim, devemos saber
que 50% do volume de escoamento escoara, e 50% volume de escoamento ficara retido na bacia,
e por fim 30% do volume que fica retido infiltrara, aproveitando deste modo 70% do volume que
fica na bacia.
6 3 6 3
Qfica=50 % Qes=0 , 5 ×3,498 ×10 m =1,749 ×10 m ou
−3 3
Qfica=3,498 ×10 km
6 3 6 3
Qvai=50 % Qes=0 ,5 × 3,498× 10 m =1,749 ×10 m ou
23
−3 3
Qvai=3,498 ×10 km
6 3 6 3
Qaproveitado=70 % Qfica=0 ,7 × 1,749× 10 m =1,224 ×10 m ou
−3 3
Qaproveitado=1,224 × 10 km
6 3 3
Qaproveitado=1,224 × 10 m =1224000 m
Altitude media : H m=
∑ P = 698.40 km2 × m =1058.18 m
2
S 0.66 km
24
Figura 11. Perfil da linha da água principal.
Albufeira
200
150
Cotas
100
50
0
Extensao em Km
Fonte próprio
Segundo VAZ 2007, Um dos parâmetros com mais importância prática na análise e síntese de
cheias em bacias hidrográficas é o tempo de concentração, que se define como sendo o tempo
necessário para que a gota de água caída no ponto da bacia hidrográfica cinematicamente mais
distante da secção de referência a atinja em percurso superficial, ou estritamente, na teoria do
hidrograma unitário que mais adiante se aborda, o tempo necessário para que, com precipitação
útil de intensidade constante, se atinja o caudal máximo do escoamento directo na secção de
referência, ou ainda, o tempo que medeia entre o fim da precipitação útil e o fim do escoamento
directo na secção de referência.
Embora geralmente se admita que é aproximadamente constante em cada bacia, na ocorrência de
precipitações intensas, essa constância é apenas um dos pressupostos na teoria do hidrograma
unitário, não sendo verificável em várias outras abordagens. Por exemplo, o tempo de
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concentração de um plano inclinado impermeável, entendido como o tempo necessário para se
atingir o caudal máximo, varia de modo inverso com uma potência da intensidade da
precipitação, ou seja, quanto maior for a intensidade da precipitação, menor será o tempo de
concentração; por outro lado, nesse plano, o tempo que decorre entre o fim da precipitação e o
fim do escoamento é infinito.
Para a determinação do tempo de concentração, o percurso e o declive dos terrenos são os
factores mais importantes, não sendo a área da bacia muito relevante. Diversas fórmulas
empíricas, como as que se apresentam abaixo, têm sido propostas para se fazer a sua
determinação. Nenhuma considera o efeito do armazenamento nas depressões do terreno, que
pode ser muito significativo.
Fórmula de Kirpich
1,155
L
t c =0,946 0,385
∆H
Onde: t c →Representa o tempo de concentração (h);
L → O desenvolvimento do curso de água principal (km); e
∆ H → A diferença máxima de cotas no curso de água principal (m).
Cota mais a montante =213m e a jusante =168m.
t c =1,283 horas
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Os métodos tradicionalmente designados por métodos cinemáticos consideram o processo de
movimentação da água na bacia hidrográfica, que se traduz através do tempo de concentração.
Fórmula racional
A fórmula racional, com origem tradicionalmente atribuída a Mulvaney em meados do século
XIX, é uma das fórmulas mais utilizadas para determinar caudais de ponta de cheia em bacias
hidrográficas de pequena dimensão. A razão para se restringir a sua aplicação a bacias de
pequena dimensão tem a ver com os seguintes pressupostos do método:
A precipitação ocorre uniformemente em toda a bacia,
A intensidade é constante ao longo da duração da precipitação, que se toma igual ao
tempo de concentração da bacia.
27
Valore da intensidade média
28
3.8. DIMENSIONAMENTO DO CANAL
Designa-se como Canal (open channel) qualquer tipo de conduta em que o escoamento se
processa com superfície livre.
Os canais podem classificar-se quanto à origem em: Naturais (rios e linhas de água) e Artificiais
(canais de rega, valas de drenagem, canais de descarregadores, valetas de estradas, canais para
abastecimento de água). A água em movimento tem a capacidade de arrastar partículas do
material que compõe o leito e os taludes se esse material for incoerente. Por essa razão, os
critérios de dimensionamento de canais erodíveis e não erodíveis diferem. Sendo assim, temos
um canal de origem artificial.
Essa capacidade de arrastar partículas do material que compõe o leito e os taludes do canal
(areia, silte) provocando erosão. Conforme a sua capacidade de resistir à erosão, os canais
classificam-se em: canais não erodíveis e canais erodíveis.
Canais não erodíveis: Neste tipo de canais, o material ou materiais que compõe o leito e os
taludes é (são) capaz (es) de resistir à acção erosiva da água.
Escavados em rocha sã
Revestidos
Betão
Argamassa
Pedra argamassada
Alvenaria
Asfalto
Plástico
Construídos com material não erodível
Betão
Madeira
Ferro
Revestidos com vegetação.
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Nesta Barragem de Sambanzo, o canal será não erodível, e revestido com betão no local do
descarregador e nas laterais, onde impedirão a fuga das águas para a jusante da barragem. A
figura abaixo mostra a planta do local da implantação da barragem.
Fonte própria.
Folga: é a distância na vertical entre a superfície da água e o topo do canal nas condições do
projecto.
O objectivo de ter uma folga é, evitar que o canal seja galgado (o que poderia provocar erosões)
devido a ondas e flutuações provocados por:
Vento,
Ressalto hidráulico,
Assoreamento,
Aumento de altura em curvas,
Aumento de rugosidade.
30
Figura 16. Representação da folga e o revestimento.
3
54,175 m
Como o nosso caudal é Q= . Por meio de interpolação temos:
s
1 , 10−0 , 95
f =fQ=0 , 95+ ( 60−54,175 ) × =0,979 m≈ 1 madotar 1m
60−30
' 0 , 60−0 , 50
f =0 , 50+ ( 60−54,175 ) × =0,519 m≈ 0 , 52 mnao neessario .
60−30
H−altura da barragem
Hn=15 m; Hn−altura da lamina de agua combarragem cheia ( NPA )−nivel plenoarmazenamento
Hl=2 m; Hl−altura da agua ao nivel do descarregador ( NMC ) −nivel de maximacheia
f =1 m
31
H=Hn+ Hl+ f =15 m+2 m+1 m=18 m
32
- Navegações;
- Abastecimento domestico;
- Irrigação;
- Bebedouro para animais;
- Criação de peixes;
- Recreação entre outras.
A barragem do rio Govuro servira para: Controle das cheias, navegações, abastecimento
doméstico, Bebedouro para animais e irrigação.
Segundo LEÃO 2012 para um melhor entendimento de uma barragem de terra alguns
componentes precisam ser apresentados:
Aterro: é o maciço, ou seja, é a estrutura com a função de reter a água;
Altura: é a distância vertical entre a superfície do aterro e a parte superior;
Borda livre ou folga: distância vertical entre o nível da água e a crista do aterro, quando a
represa estiver cheia;
Taludes: são as faces laterais do aterro, sendo o de montante aquela que esta em contacto
com a água, e o de a jusante aquele que esta do lado seco da barragem;
Crista: é a parte superior do aterro;
Espelho da água: superfície da água acumulada no reservatório;
Base ou saia do aterro: projecção dos taludes de montante e jusante;
Cut-off/corte: vala construída no eixo da barragem parra maior segurança;
Núcleo: construído no centro do aterro par diminuição da infiltração;
Extravasor ou vertedouro: estrutura com a finalidade de escoar o excesso de água da
represa;
Desarenador: também conhecido como tubulação de fundo, tem a função de controlo do
nível da represa e garantir o escoamento a jusante;
Dissipador de energia: tem a função de diminuir a energia cinética da água, ao voltar ao
seu leito natural.
33
Figura 18. Representação esquemática dos elementos de uma barragem de terra.
As barragens de terra são as mais elementares obras de barragens e normalmente se prestam para
qualquer tipo de fundação, desde a rocha compacta, até terrenos construídos de materiais
inconsolidados. Esses últimos, aliás, são seu campo típico de aplicação. Existe uma certa
variabilidade no tipo de barragem de terra, que poderá ser homogéneo ou zonado.
34
- Homogéneo - é aquele composto de uma única espécie de material, excluindo-se a protecção
dos taludes. Nesse caso, o material necessita ser suficientemente impermeável, para formar uma
barreira adequada contra a água, e os taludes precisam ser relativamente suaves, para uma
estabilidade adequada.
- Zonado - esse tipo é representado por um núcleo central impermeável, envolvido por zonas de
materiais consideravelmente mais permeáveis, zonas essas que suportam e protegem o núcleo.
As zonas permeáveis consistem de areia, cascalho ou fragmentos de rocha, ou uma mistura
desses materiais.
Portanto para o presente projecto escolheu-se projectar uma barragem de terra zonada.
A seguir ilustram-se os principais elementos básicos de uma barragem de terra de uma forma
detalhada.
35
Figura 20. Elementos fundamentais da barragem de terra.
36
Figura 24. Perfil tipo da barragem.
Considera-se uma soleira delgada sobre a qual se escoa um caudal, que, por unidade de largura.
Descarregadores de Soleira Espessa (overflow spillway/broad-crest weir)
37
Figura 25. Representação esquemática de Descarregadores de Soleira Espessa
38
Figura 26. Descarregador de soleira espessa.
39
O tipo da soleira é do tipo 2, passa uma altura da água, com altura a montante sobre a soleira
0,30m. A largura da soleira é de 30m. Sendo assim, vamos calcular o caudal descarregado Q.
Será
μ
=1 ,06. da tabela 188 b , para h=0 , 3 m , μ 0=0,439 ; logo
μ0
μ=1 , 06 × 0,439=0,465 , como l=30 m
3
como Q=μ ×l × √ 2 × g ×h 2
Q=0,465× 30 × √ 2× 9 , 81× 0 , 3 =10,153 m /s
3/ 2 3
40
4. CONCLUSÕES
O caudal aproveitado é de 1224000𝑚3 numa altura de 17m, sendo a capacidade da albufeira igual
a 983270 m3 numa altura de 15m e a área inundada é de 110900 m 2, usaremos uma altura de 15m
e os outros dois metros que corresponde a um volume de 240730 m 3 de água vai servir para
vários fins como: produção de energia, irrigação. Esta barragem do rio Sambanzo servira para:
obtenção de energia eléctrica, controle das cheias, navegações, abastecimento doméstico,
Bebedouro para animais e irrigação. A altura da barragem é de 18m, a altura da lâmina de água
com barragem cheia (NPA) é de 15m, a altura da água ao nível do descarregador (NMC) é de 2m
que corresponde ao nível de máxima cheia, com uma folga de 1m.
41
5. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA.
hidrográfica’. Agosto/2006.
Food and Agriculture Organization. Small dams and weirs in earth and gabion materials.
STEPHENS, Tim. ‘Manual sobre pequenas barragens de terra: Guia para a localização,
42