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Prática de

Perícia Contábil
Remo Dalla Zanna
Graduado em economia e contabilidade, especializou-se em administração finan-
ceiras na FGV e ISE, concluiu o mestrado em administração de negócios na UNI-
CID. É autor da Coleção PERÍCIA CONTÁBIL com três livros: Contabilidade Instru-
mental para Peritos; Perícia Contábil em Matéria Financeira e Prática de Perícia Con-
tábil. É Perito Judicial e Extrajudicial; Avaliador Judicial e Extrajudicial; Consultor de
Empresas e Professor. É sócio das empresas: (a) RDZ Formação de Peritos Ltda. e
(b) TRANSFORMAÇÃO – Consultoria em Desenvolvimento Humano Ltda.
Agradecimentos

Chegamos à 5ª edição. Agradeço a Deus pelos dons e pela saúde


com que fui aquinhoado. Agradeço aos colegas peritos e professores
que com suas críticas construtivas proporcionaram revisões aos textos
da 4ª Edição aperfeiçoando o conteúdo deste livro. Agradeço aos pro-
fessores de graduação e de pós-graduação que adotaram este livro, em
suas edições anteriores para instruir seus alunos. Agradeço aos meus
pais que, da maneira deles, sempre me inspiraram para dar o melhor
de mim em tudo que eu fizesse e, principalmente, para que eu visse e
atendesse as necessidades dos outros, segundo meus dons.
Remo Dalla Zanna
Apresentação

Decidiu-se elaborar esta quarta edição em face das necessidades de


revisão e atualização do conteúdo desta obra. A vida é dinâmica. Novas
Leis e novas Normas devem ser obedecidas para atender à evolução das
necessidades sociais e profissionais. Portanto, a atualização, a revisão
e a ampliação do que fora apresentado no passado atendem às respon-
sabilidades profissional e técnica implícitas nos temas propostos neste
livro. Caso não fosse alvo deste cuidado revisional não serviria como
um efetivo e útil instrumento de trabalho para professores, alunos e
profissionais da área pericial contábil judicial e extrajudicial.
Por outro lado, “Prática de Perícia Contábil” resulta do tratamen-
to coerente dos aspectos essenciais à introdução do estudo da perícia
contábil, fundamentado na vivência profissional do autor. Exemplos de
laudos e de cálculos foram inseridos nesta 4ª edição. Em janeiro de 2010,
entrou em vigor a Resolução CFC nº 1.244/2009 que deu lume à
Norma Brasileira de Contabilidade Profissional - NBC PP 01 - Perito
Judicial e entrou em vigor a Resolução nº 1.243/2009 com a qual foi
renovada a regulamentação da atividade pericial mediante a Norma
Brasileira de Contabilidade – NBC PT 01 – Perícia Contábil.
O objetivo da NBC PP 01 é orientar, resumidamente, a inserção
do contador na atividade especializada da perícia contábil, tanto no
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âmbito forense como fora dele; seja no exercício da função de pessoa


de confiança do magistrado ou de confiança da parte que o indicou
como assistente técnico. Estas nomenclaturas serão explicitadas no
decorrer do livro. Por ser pessoa de confiança, os procedimentos
inerentes à sua atuação profissional pautar-se-ão pela ética e pelo
conhecimento da matéria submetida à sua apreciação.
Por sua vez, o objetivo da NBC PT 01 é fornecer ao contador es-
pecializado em perícia contábil um conjunto de regras e procedimentos
técnico-científicos que observará em seu trabalho, tais como: exames, vis-
torias, indagações (pesquisas), arbitramentos, avaliações e certificações.
Portanto com essas duas NBCs o Conselho Federal de Conta-
bilidade atualizou a regulamentação das atividades profissionais do
perito-contador e do perito-contador assistente e orientou sua atuação.
Logo, todos os assuntos mencionados nestas novas normas, de per si,
justificam a esta 4ª Edição.
Esta obra tem por escopo, desde a primeira edição, explicitar
didaticamente, com comentários, exemplos e recomendações práticas,
as duas normas acima mencionadas para a prática eficaz do profissional
ligado à perícia contábil, seja ele um professor, um universitário ou
um profissional atuante. Cada capítulo desta quarta edição traduz, em
linguagem comum, a filosofia, os conceitos e as práticas recomendadas
pelo Conselho Federal de Contabilidade. Esta obra conduz o leitor
da fase em que se ensina o “que fazer” para a fase do “como fazer”.
Os capítulos foram organizados em uma sequência de temas
que permitem um conhecimento crescente e cumulativo, com quatro
momentos fortes:
(i) a inserção do perito-contador no mundo jurídico;
(ii) a confecção do laudo pericial contábil e do parecer técnico;
(iii) a atuação profissional depois de consignar as peças técnicas
acima citadas; e
(iv) a questão dos honorários periciais.
PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL
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No último capítulo, o autor oferece uma comparação entre duas


atividades especializadas semelhantes: a perícia e a auditoria contábeis.
Apesar de não servir como motivação vocacional, esta comparação
objetiva facilitar a escolha do acadêmico e de leitores em geral por
quais dos dois ramos de especialização contábil deseja pautar sua vida
profissional. Por sua vez, a leitura, o estudo e a interpretação dos temas
abordados nos dez capítulos oferecidos nesta obra proporcionarão ao
leitor vislumbrar os horizontes profissionais de atuação pericial e, com
detalhes e profundidade, saberá como agir para bem servir um dos três
poderes, da República: o Judiciário, tanto no nível federal como estadual.
Os alunos e professores da disciplina “Perícia Contábil” ministrada
tanto do nível de graduação como de pós, encontrarão neste livro as
principais informações de que necessitam para preparar aulas e traba-
lhos acadêmicos. Os capítulos terminam com uma relação de artigos
do Código de Processo Civil (CPC) relacionados com a matéria e um
conjunto de perguntas que facilitarão a revisão do conteúdo estudado.
Os profissionais que oferecem serviços contábeis em geral e de-
sejam oferecer aos seus clientes também os serviços periciais (laudos e
cálculos) encontrarão neste livro todas as orientações básicas para sua
segurança profissional.
Os capítulos abordam, lato sensu os seguintes temas:
1. A profissão de contador e a perícia contábil.
2. O estudo da prova pericial contábil.
3. O objeto e o objetivo da perícia contábil.
Estes três primeiros temas são o fundamento da prática pericial
contábil. Servem como embasamento teórico para desenvol-
ver os demais sete temas que abordam, na linguagem usada
em nossa especialidade profissional, os assuntos práticos do
nosso trabalho, como segue:
4. Planejamento, organização dos trabalhos periciais e diligên-
cias, ou seja, procedimentos anteriores à elaboração do laudo;
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5. Papéis de trabalho e quesitos, isto é, procedimentos durante a


elaboração do laudo.
6. Laudo pericial contábil e parecer técnico.
7. Esclarecimentos e nova perícia, isto é, ocorrências e procedi-
mentos posteriores à juntada do Laudo.
8. Honorários periciais.
9. Perícia contábil em matéria trabalhista.
10. Perícia e auditoria contábeis - diferenças e semelhanças entre
as atividades de auditor externo e de perito-contador.
A divisão da matéria em dez capítulos objetivou:
a) tornar o processo de aprendizagem mais eficaz; e
b) facilitar o trabalho do mestre, em sala de aula.
A sequência dos assuntos visa tornar a leitura fascinante e mostrar
a importância social do trabalho do perito-contador para a solução de
controvérsias e facilitação de acordos e de decisões judiciais e extra-
judiciais.
Com esta obra, o autor buscou organizar normas e regras e resumir
os conhecimentos essenciais para atuar como perito, tratando, inclusive
e com total transparência, a questão dos honorários profissionais pagos a
este tipo de atividade especializada.
Por outro lado, como se sabe, esta obra não cuida de assunto novo;
muito pelo contrário. Logo, o autor não pretendeu esgotar os temas
nele abordados e continua aberto às críticas e complementações que
possibilitem a ampliação e o enriquecimento do conhecimento sobre
as questões versadas de maneira que este livro possa ser efetivamente
útil para os públicos-alvo e seja, também, uma contribuição adequada
à ciência contábil aplicada às atividades investigativas.
<www.rdzpericias.com.br>
<rdzpericias@uol.com.br>
Sumário

CAPÍTULO 1
A PROFISSÃO DE CONTADOR E A PERÍCIA CONTÁBIL

1. A Profissão de Contador e a Perícia Contábil................................... 21

2. A perícia - Conceito e relacionamento com as demais disciplinas.... 71

3. Direitos e deveres do perito e penalidades........................................ 74

4. A função de assistente técnico, ou seja, do perito-contador assis-


tente................................................................................................... 77

5. O relacionamento do perito com o magistrado e com os demais


usuários da perícia contábil.............................................................. 81
5.1. Relacionamento do perito com o magistrado.......................... 82
5.2. Relacionamento do perito com o cliente em casos de perícia
extrajudicial e consultoria pericial contábil............................ 83
5.3. Cadastramento de perito judicial............................................ 83
5.4. Formas de tratamento epistolar e pessoal............................... 84

6. Artigos do Código de Processo Civil pertinentes a este primeiro


capítulo.............................................................................................. 85

7. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo.......................... 88


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CAPÍTULO 2
O ESTUDO DA PROVA PERICIAL CONTÁBIL

1. Entendimento do que seja a verdade................................................ 91

2. Os meios de prova ............................................................................ 96

3. Modalidades da prova pericial com ênfase na perícia contábil ........ 104


3.1. Provas periciais possíveis segundo o CPC ............................. 104
3.2. Provas periciais contábeis segundo a NBC TP 01 - Perícia
contábil ................................................................................... 105
3.3. Espécies de perícias contábeis ................................................ 107
3.4. As perícias contábeis segundo as conjunturas em que acon-
tecem ................................................................................... 108
3.5. Dispensa de prova pericial - Pode o juiz negar a produção de
prova pericial contábil? .......................................................... 109

4. O cerne da prova pericial contábil ................................................... 110


4.1. Características da prova pericial contábil............................... 111
4.2. As fontes de prova em contabilidade...................................... 114
4.2.1. Os lançamentos ............................................................ 114
4.2.2. Os livros ....................................................................... 114
4.2.3. Os documentos............................................................. 115

5. Conceitos a respeito da verdade contábil revelada (ou não) pelas


fontes de prova pesquisadas ............................................................. 116
5.1. Indícios em contabilidade ...................................................... 116
5.2. Evidências em contabilidade .................................................. 119
5.3. Erros e fraudes em contabilidade ........................................... 120

6. O ônus da prova ............................................................................... 121

7. Ausência de provas ........................................................................... 122

8. Artigos do Código de Processo Civil pertinentes a este segundo


capítulo............................................................................................. 123

9. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo........................... 139


PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL
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CAPÍTULO 3
O OBJETO E O OBJETIVO DA PERÍCIA CONTÁBIL

1. O objeto geral da perícia .................................................................. 143

2. O objeto da perícia contábil ............................................................. 144


2.1. Áreas da perícia contábil ........................................................ 145
2.2. Escrituração contábil, livros e documentos objeto de perícia. 147
2.2.1. Formalidades extrínsecas ............................................ 152
2.2.2. Formalidades intrínsecas ............................................. 152
2.2.3. Os tradicionais vícios de escrituração contábil ........... 153
2.2.4. O livro Diário e o copiador de cartas (hoje extinto),
quando apresentados de forma regular, fazem prova
plena ............................................................................ 154
2.2.5. Relação de livros e demais documentos contábeis ob-
jeto de perícia .............................................................. 154
2.3. Integridade, inviolabilidade e prescrição dos livros e docu-
mentos objeto de perícia ........................................................ 163
2.4. Da não obrigatoriedade de exibir livros, documentos e de-
monstrações contábeis ao perito ............................................ 165
2.5. Da qualidade da documentação para servir como prova em juízo 166

3. O objetivo (ou finalidade) da perícia contábil ................................. 170


3.1. Significado de objetivo ........................................................... 170
3.2. O objetivo da perícia contábil ................................................ 171

4. Artigos do Código de Processo Civil e do Código Civil pertinentes


a este terceiro capítulo...................................................................... 172
4.1. Código de Processo Civil........................................................ 172
4.2. Código Civil ........................................................................... 174

5. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo........................... 174

CAPÍTULO 4
PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO DOS TRABALHOS PERICIAIS
E DILIGÊNCIAS (Procedimentos Anteriores à Elaboração do Laudo)

1. O planejamento e a organização do trabalho pericial .................... 177


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1.1. O planejamento do trabalho................................................... 177


1.2. O programa de trabalho ......................................................... 188

2. Os locais em que o trabalho pericial acontece ................................. 189


2.1. Cartório da vara judicial - Caso de perícia judicial ................ 190
2.2. O escritório do(s) contratante(s) dos serviços profissionais
quando for o caso de perícia extrajudicial, semijudicial e
arbitral ....................................................................................... 193
2.3. O(s) local(is) onde são coletados os indícios, as evidências e
as provas ................................................................................. 193
2.4. O escritório do perito ............................................................. 195

3. Os ambientes circunstantes das perícias .......................................... 195

4. Procedimentos anteriores à elaboração do laudo pericial contábil .. 197


4.1. Procedimentos preliminares ................................................... 197
4.4. Atendimento ao artigo 431-A do CPC ................................... 199
4.5. Cuidados com o artigo 433 do CPC ....................................... 202

5. Diligências ........................................................................................ 204


5.1. O que são e para que servem as diligências............................ 204
5.2. O cuidado com a formalização das diligências, com as infor-
mações e com os documentos coligidos ................................. 206
5.3. Seis tipos de diligências importantes para o trabalho pericial 207
5.4. Planejamento das diligências ................................................. 209
5.5. Realização das diligências....................................................... 209

6. Termo de diligência - Conteúdo ....................................................... 209


6.1. Objetivos do termo de diligência ........................................... 209
6.2. Estruturas do termo de diligência .......................................... 211

7. Resumo dos atos que ocorrem antes da elaboração do laudo .......... 212

8. Exemplos de petições e outros documentos produzidos na fase que


antecede a elaboração do laudo ........................................................ 213

9. Artigos do Código de Processo Civil pertinentes a este quarto capí-


tulo ................................................................................................... 230

10. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo ......................... 233


PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL
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CAPÍTULO 5
PAPÉIS DE TRABALHO E QUESITOS
(Procedimentos Durante a Elaboração do Laudo)

1. “Papéis de Trabalho” na prova pericial contábil............................... 237


1.1. Documentação do trabalho realizado ou “papéis de trabalho” 237
1.2. A qualidade das provas documentais (exame de livros e do-
cumentos)............................................................................... 242

2. Registro do Tempo Gasto com os Trabalhos Periciais ...................... 243

3. Quesitos............................................................................................ 247
3.1. Momentos para apresentação dos quesitos ............................ 248
3.2. O que são quesitos? ................................................................ 248
3.3. Quesitos suplementares.......................................................... 252
3.4. Categorias ou classes e tipos de quesitos ............................... 253
3.4.1. Quanto ao Objeto ........................................................ 254
3.4.2. Quanto à Relevância .................................................... 255
3.4.3. Quanto à Legalidade .................................................... 255
3.4.4. Quanto à Intenção do perquirente .............................. 256
3.4.5. Quanto ao Conteúdo ................................................... 257
3.4.6. Quanto à ORIGEM ....................................................... 259
3.5. Sigilo dos quesitos e busca e apreensão de livros e documentos 259
3.6. Ausência de quesitos .............................................................. 260
3.7. O Assistente Técnico e os Quesitos ........................................ 260

4. Artigos do CPC (Código de Processo Civil) pertinentes a este


quinto capítulo ................................................................................. 263

5. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo ......................... 264

6. Exemplo de laudo pericial contábil sem quesitos das partes e ela-


borado com base em “autoquesitos”. Veja item 3.6 deste capítulo .. 265

CAPÍTULO 6
LAUDO PERICIAL CONTÁBIL E PARECER TÉCNICO

1. A confecção do laudo pericial contábil ............................................ 283


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1.1. Conceitos e definições (o que é o laudo pericial contábil?)... 283


1.2. Por que se chama laudo pericial contábil? ............................. 286
1.3. Da necessidade do laudo pericial contábil ............................. 287
1.4. Requisitos extrínsecos ............................................................ 289
1.5. Requisitos intrínsecos ............................................................ 291
1.6. Consignação do laudo e do parecer técnico ........................... 295

2. Uso da linguagem contábil ............................................................... 298


2.1. Linguagem acessível ao leitor leigo ........................................ 298
2.2. Estilo (estilo e estética são coisas diferentes) ......................... 303
2.3. Um lembrete ........................................................................... 304

3. Metodologia aplicada na investigação dos fatos objeto de perícia


contábil: dois exemplos .................................................................... 305

4. O Parecer Técnico ............................................................................ 319


4.1. Conceitos e definições ............................................................ 319
4.2. Estética, estrutura e estilo do parecer técnico ........................ 321
4.3. Requisitos e limites do parecer técnico contábil .................... 322
4.4. Informar os colegas sobre a conclusão e protocolo do laudo
ou do parecer. ......................................................................... 324

5. Artigos do Código de Processo Civil pertinentes a este sexto capí-


tulo ................................................................................................... 325

6. Exemplos de Laudos ........................................................................ 326


6.1. Exemplo de laudo pericial contábil em matéria financeira .... 326
6.2. Exemplo de laudo pericial contábil em matéria econômica:
danos morais e lucros cessantes ............................................. 365

7. Exemplos de pareceres técnicos contábeis ....................................... 386


7.1. Exemplo de parecer técnico divergente em matéria tributá-
ria ........................................................................................... 386
7.2. Exemplo de parecer técnico convergente em matéria finan-
ceira ........................................................................................ 426

8. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo........................... 429


PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL
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CAPÍTULO 7
ESCLARECIMENTO, LAUDO COMPLEMENTAR E NOVA PERÍCIA
(Ocorrências e Procedimentos Posteriores à Juntada do Laudo)

1. Introdução à questão dos Esclarecimentos ...................................... 431


1.1. A NBC TP 01, de 27/02/2015, em seu item 68 ensina: .......... 431
1.2. Voto do Ministro Marco Aurélio Mello .................................. 432

2. Ciência do laudo pericial contábil e pareceres técnicos ................... 433


2.1. Atitudes do autor: concordar ou discordar do laudo ............. 433
2.2. Atitudes do réu: concordar ou discordar do laudo ................ 434
2.3. Atitudes coincidentes: tanto o autor quanto o réu concor-
dam ou discordam do laudo de maneira coincidente ............ 434

3. Laudo de Esclarecimentos ................................................................ 435


3.1. Formas de intimação para prestar esclarecimentos ................ 435
3.2. Esclarecimentos ...................................................................... 435
3.3. Quesitos elucidativos x quesitos suplementares .................... 438

4. Laudo Complementar ...................................................................... 439

5. Esclarecimentos em Audiência ......................................................... 441

6. Impugnação e Rejeição do Laudo..................................................... 442

7. Nomeação de Novo Perito e Nova Perícia........................................ 444

8. Conclusões sobre os assuntos vistos acima ...................................... 444

9. Artigos do Código de Processo Civil pertinentes a este sétimo capí-


tulo ................................................................................................... 445

10. Dois exemplos de laudo de esclarecimentos .................................... 446

11. Um exemplo de laudo complementar .............................................. 462

12. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo ......................... 472

CAPÍTULO 8
HONORÁRIOS PERICIAIS

1. Honorários conforme NBC TP 01 - Perícia Contábil de 27.12.2015 473


REMO DALLA ZANNA
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2. A questão dos honorários periciais nas normas que antecederam a


NBC TP 01 e NBC PP 01, de 27/02/2015 ......................................... 476

3. Clientes do trabalho pericial contábil e a discussão sobre o valor


dos honorários.................................................................................. 480

4. Honorários em perícias em processos judiciais - Perito Judicial...... 482


4.1. Planejamento e estimativa de honorários – Importância,
responsabilidade e risco ......................................................... 482
4.2. Informação às partes e ao perito a respeito dos honorários ... 490
4.3. Críticas ao valor arbitrado ...................................................... 491
4.4. Honorários provisórios........................................................... 497
4.4.1. Arbitramento e depósito .............................................. 497
4.4.2. Os provisórios são quase sempre insuficientes ........... 499
4.4.3. Honorários provisórios complementares - O efeito
dos quesitos suplementares ......................................... 500
4.5. Honorários definitivos - Arbitramento e depósito ................. 501
4.6. Honorários - Depósito integral ou parcelado ......................... 501
4.7. Agravo do valor de honorários arbitrados................................. 502
4.8. Justiça gratuita e honorários periciais .................................... 504
4.9. Pessoas jurídicas não podem ser contempladas com o bene-
fício da justiça gratuita ........................................................... 507
4.10. Honorários em casos de perícias no Fórum das Fazendas no
Estado de São Paulo ............................................................... 509
4.11. Honorários periciais em casos de recuperação judicial,
extrajudicial e falência ........................................................... 509
4.12. Honorários em ação civil pública - Cabentes .......................... 510
4.13. Honorários periciais na Justiça do Trabalho........................... 511
4.14. Levantamento dos honorários periciais ................................. 512
4.15. Pode o perito receber honorários diretamente da parte? ....... 513
4.16. Execução de honorários periciais ........................................... 514

5. Honorários do assistente técnico...................................................... 517


PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL
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6. Exemplo planilha para esclarecer o valor dos honorários plei-


teados ............................................................................................... 520
6.1. Como calcular a taxa/hora...................................................... 523

7. Responsabilidade pelo depósito dos honorários periciais ................ 528

8. Honorários em perícias extrajudiciais, semijudiciais e arbitrais ...... 528

9. Reembolso de despesas havidas com os trabalhos periciais ............. 529

10. Quinze exemplos de petições sobre estimativas de honorários e


outros procedimentos correlatos ...................................................... 529

11. Artigos do Código de Processo Civil pertinentes a este oitavo capí-


tulo ................................................................................................... 563

12. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo ......................... 566

CAPÍTULO 9
PERÍCIA CONTÁBIL EM MATÉRIA TRABALHISTA

1. Prolegômenos ................................................................................... 569

2. Alguns conceitos .............................................................................. 570

3. O papel do perito-contador no processo trabalhista ........................ 577

4. Capacitação profissional para atuar como perito-contador em ma-


téria trabalhista................................................................................. 579

5. Critérios adotados na elaboração do laudo pericial contábil em ma-


téria trabalhista................................................................................. 580
5.1. Critérios legais........................................................................ 580
5.2. Critérios operacionais ............................................................ 582

6. Estudo de um caso como exemplo de cálculos trabalhistas ............. 583


6.1. Alguns comentários sobre os cálculos .................................... 590

7. Sobre o dinamismo das decisões do TST.......................................... 592

8. Conjunto de perguntas para revisão deste capítulo ......................... 593


REMO DALLA ZANNA
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CAPÍTULO 10
PERÍCIA E AUDITORIA CONTÁBEIS: DIFERENÇAS E
SEMELHANÇAS ENTRE AS ATIVIDADES DE AUDITOR EXTERNO
E DE PERITO-CONTADOR

1. A análise comparada dos textos da NBC P 1 e NBC P 2 permitiu


conhecer as seguintes principais diferenças ..................................... 595
1.1. Introdução .............................................................................. 595
1.2. Comparação dos termos da NBC P 1 com a NBC P 2 sobre a
formação, as habilidades e a responsabilidade dos contado-
res que atuam em auditoria e em perícia contábeis. .............. 597
1.2.1. Comparação quanto à duração do trabalho ................ 606
1.2.2. Comparação quanto à forma de atuação ..................... 607
1.2.3. Comparação quanto à forma de contratar os serviços:
“compromisso” e/ou “contrato” .................................. 608
1.2.4. Comparação quanto aos fins ....................................... 609

2. Definições comparadas, ambas do saudoso e mui honrado mestre


Hilário Franco .................................................................................. 610

BIBLIOGRAFIA

Prática da Perícia Contábil ..................................................................... 611


CAPÍTULO 1

A PROFISSÃO DE
CONTADOR E
A PERÍCIA CONTÁBIL

1. A PROFISSÃO DE CONTADOR E A PERÍCIA CONTÁBIL

1. A profissão contábil é muito antiga e sabe-se ser de grande uti-


lidade social; imprescindível mesmo. Os arqueólogos informaram que
o Egito antigo (6.000 anos a. C.) dispunha dos escribas que faziam
anualmente as contas do Estado e o balanço da economia. Na hierarquia
daquele povo, o escriba que pertencia ao corpo de fiscais do Estado,
ocupava a quarta posição, como segue: em primeiro lugar o Faraó, um
rei/deus; em segundo lugar, o Clero (sacerdotes); em terceiro lugar, o
Exército (Militares); e, em quarto lugar, a Contabilidade (escribas). Mas
foram os gregos que 2.000 anos a. C., aproximadamente, aperfeiçoaram
os controles contábeis egípcios e os aplicaram também às atividades pri-
vadas. Segundo Drummond (1995, p. 76), foram eles que, por primeiro,
apresentaram o conceito da conta de lucros e perdas.
Atualmente, o contador continua prestigiado em todos os países do
mundo, pois, quando a sociedade deve tratar de assuntos de economia
empresarial, tributos, previdência, bens familiares, partilhas, etc., busca
a segurança da orientação e dos serviços de um contador, profissional em
REMO DALLA ZANNA
22

quem se pode confiar em face da credibilidade de seus atos e da ética que


rege sua profissão1. Com modernos computadores e softwares interativos
e práticos, os contadores de hoje, usando técnicas centenárias, avaliam
conjuntos empresariais complexos, diversificados e até espalhados pelo
mundo, mas fazem também a contabilidade de uma pequena empresa
regida pelo Simples.
Ainda segundo Drummond (1995, p. 78), temos que:

“O profissional de Ciências Contábeis deve ser, portanto, o especia-


lista que conhece a doutrina e a técnica e, principalmente, o pensa-
mento contábil. Deve ser um analista, um pensador, buscando assu-
mir a responsabilidade social que lhe é imputada perante a entidade
e a sociedade que a cerca, possuindo isenção para praticar a sua pro-
fissão e revelando seu valor por sua existência, sua fala e sua ação.”

Passando os olhos pelo mapa-múndi, observa-se que o contador é


tanto mais prestigiado quanto mais democrática e aberta for a socieda-
de em que atua. Um exemplo disto é verificar que a auditoria contábil
nasceu na Inglaterra, nação de secular tradição democrática. Quando a
maior parte das pessoas entender que a lei é para ser acatada sempre, seja
quem for, e quando as pessoas confiarem nos legisladores e tiverem na lei
o referencial ético e moral, servindo, portanto, de guia para o seu com-
portamento, a Contabilidade aparecerá no contexto social como o único
instrumento adequado para aferir o desenvolvimento individual e social.
Mas nos casos em que os indivíduos adotam a corrupção como meio de
vida e têm na sonegação a sua fonte de renda e, ainda mais quando se
trata da administração dos bens públicos recusam-se a explicar a aplica-
ção de recursos obtidos com os impostos pagos pelos cidadãos; a ciência

1 O autor considera equivocada a expressão jornalística e sensacionalista “fraudes contá-


beis” porque quem comete a fraude é, na grande maioria das vezes, o administrador. O
contabilista registra os fatos administrativos que alteram a substância patrimonial (receitas
e despesas) de forma que as fraudes são sempre administrativas e quem as revela é a Con-
tabilidade. Logo, é um lamentável equívoco conceitual se falar em “fraudes contábeis”.
Por outro lado, foram observados casos em que ocorreu a conivência do contabilista com
o fraudador.
PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL
23

contábil não tem qualquer utilidade, pois, para eles, quanto menos con-
tas forem feitas e quanto menor for o controle, melhor.
2. Segundo Silva, L. G. C. (1994, p. 22):

“As principais especializações da Contabilidade são:


a) Controle Contábil;
b) Contabilidade de Custos;
c) Contabilidade Gestorial;
d) Análise de Balanços;
e) Auditoria;
f) “Perícia Contábil.” (o grifo é nosso)

Se por um lado é certo que a Contabilidade permite ao profissional


que a exerce, especializar-se conforme classificação acima, por outro lado
é certo que, para o exercício da perícia contábil, é necessário e prudente
que o perito-contador tenha um conhecimento suficiente das especiali-
dades supracitadas e uma forte disposição para continuar estudando e se
atualizando. Além disso, deve possuir (ou adquirir durante o exercício
da perícia contábil) conhecimentos relacionados com a economia, com
as finanças, com os tributos e aqueles conhecimentos pertencentes às
relações de trabalho. Esses conhecimentos contábeis, financeiros, econô-
micos, tributários e trabalhistas devem ser atualizados e complementa-
dos com os conhecimentos da prática pericial em face do que estabelece
o Código do Processo Civil (CPC). Estamos convencidos de que o exer-
cício pleno da perícia contábil, e considerada a variedade de temas a que
é chamada a tratar, requer, efetivamente, que o profissional seja um peri-
to no sentido lato da palavra e, assim sendo, é de todo conveniente para
si e para a sociedade a que serve que possua conhecimentos amplos de
Contabilidade de maneira que a qualidade de seu trabalho venha facilitar
a aplicação da Justiça. É neste ponto que reside toda a responsabilidade,
a respeitabilidade e a honra pessoal de atuar como perito, seja no âmbito
judicial ou nos campos em que se pratica a perícia extrajudicial.
REMO DALLA ZANNA
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3. Segundo Fonseca (2000, p. 37-38):

“A Perícia Contábil é uma área de especialização da Contabilidade


que vem despontando como amplo e promissor campo de atuação
do Contador.” “... É um importante ramo da Contabilidade, e, para
sua realização, faz-se necessário profissional especializado, que es-
clarece questão sobre o patrimônio das pessoas físicas e jurídicas.”

O fato é que com a introdução desta disciplina no curso de Ciên-


cias Contábeis, manifestou-se a curiosidade e o interesse por esta espe-
cialização profissional por parte dos alunos que, até então, nem sabiam
de sua existência.
4. Segundo Santana (1999):

“O interesse acadêmico nessa área de atuação, notadamente como


atividade especializada do ramo de Ciências Contábeis, mostrou-
-se mais acentuado a partir de 1992, quando o Conselho Fede-
ral de Educação emitiu a resolução nº 3, de 5 de outubro daquele
ano, que inclui a disciplina Perícia Contábil como obrigatória no
currículo pleno dos cursos de graduação em Ciências Contábeis,
isolando-a da disciplina de Auditoria, a qual manteve sua obrigato-
riedade, como extensão do Decreto-Lei nº 7.988, de 22 de setem-
bro de 1945, cujo artigo 3 impunha:
O curso de ciências contábeis e atuariais será de quatro anos
e terá a seguinte seriação de disciplinas:
(...)
Quarta série
(...)
3. Revisão e Perícia Contábil.”

5. Sob o aspecto histórico, em apertada síntese, tem-se que, na dé-


cada de 60 do século passado, principalmente pela falta de profissionais
que quisessem ensinar Perícia Contábil e passar seus conhecimentos às
PRÁTICA DE PERÍCIA CONTÁBIL
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novas gerações, esta disciplina deixou de ser ensinada. Contribuiu tam-


bém o desinteresse dos alunos, pois a disciplina da moda, àquela época,
era Auditoria Contábil. Então, por ocasião da reforma curricular e uni-
versitária ao tempo em que era ministro da educação o coronel R/1 do
exército Jarbas Passarinho, o ensino da Perícia Contábil deixou de ser
oferecido pela quase totalidade das faculdades. Nessa época, a discipli-
na cujo conteúdo programático mais se aproximava da perícia contábil,
oferecida pela quase totalidade das faculdades de ciências contábeis, era
“Auditoria e Análise de Balanço”. Ou seja, excetuando-se as Faculdades
de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) e da
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC), que mantiveram
em sua grade curricular a disciplina “Auditoria e Perícia”, todas as demais
não ofereciam o ensino de perícia contábil. Além disso, excetuando-se o
livro do mestre José Rojo Alonso, de 1975, somente em 1994 começaram
a ser publicados novos livros sobre a perícia contábil, com destaque para
o livro do professor Martinho Maurício Gomes de Ornelas que atuava
como professor desta disciplina, desde há bastante tempo, na PUC-São
Paulo. Seu ilustre antecessor, na cadeira de perícia contábil na PUC-São
Paulo, o emérito perito-contador, professor Alcides Marques Gomes, não
deu lume às suas anotações e aos planejamentos de aulas de uso exclusi-
vo para seus alunos. Essa situação mudou radicalmente quando ocorreu
a edição da citada Resolução nº 3 do Conselho Federal de Educação,
datada de 5 de outubro e publicada no Diário Oficial da União no dia
20.10.1992 que inclui a disciplina Perícia Contábil como obrigatória no
currículo pleno dos cursos de graduação em Ciências Contábeis. Já em
22.10.1992, as Resoluções nos 731 e 733 do Conselho Federal de Conta-
bilidade, fixaram os critérios técnicos (NBC T 13) e profissionais (NBC P
2) para a atuação de perito-contador. Essas duas normas foram revisadas
e republicadas em 21.10.1999 e vigeram até 31.12.2009.
6. Em janeiro de 2010 entraram em vigor as Resoluções CFC nº
1.243/2009 e 1.244/09 que deram a lume às Normas Brasileiras de Conta-
bilidade aplicáveis à Perícia Contábil. A Res. 1.243/09 cuidadas técnicas
e procedimentos periciais aplicáveis e tem o nome de NBC TP 01. A Res.
REMO DALLA ZANNA
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1.244/09 cuida das quali-ficações profissionais, das prerrogativas do car-


go, das responsabilidades e das penalidades aplicáveis à pessoa do profis-
sional e tem o nome de NBC PP 01, Com estas duas normas o CFC atua-
lizou a regula-mentação das atividades profissionais do perito-contador e
do perito-contador assistente. Vejamos:

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.243/2009


Aprova a NBC TP 01 - Perícia Contábil.
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribui-
ções legais e regimentais,
CONSIDERANDO que a constante evolução e a crescente importância da pe-
rícia contábil exigem atualização e aprimoramento das normas endereçadas à
sua regência, de modo a manter permanente justaposição e ajustamento entre o
trabalho a ser realizado e o modo ou processo dessa realização,
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar a NBC TP 01 - Perito Contábil.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2010.
Art. 3º Ficam revogadas, a partir de 1º de janeiro de 2010, as Resoluções CFC
nos 857/99, 1.050/05, 1.051/05, 1.056/05 e 1.057/05, publicadas no D.O.U., Se-
ção I, de 29/10/99, 08/11/05, 08/11/05, 23/12/05 e 23/12/05, respectivamente.
Brasília, 10 de dezembro de 2009.
Contadora Maria Clara Cavalcante Bugarim, Presidente

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE


NBC TP 01 - PERÍCIA CONTÁBIL

Índice Item
OBJETIVO 1
CONCEITO 2-5
EXECUÇÃO 6 - 17
PROCEDIMENTOS 18 - 30
PLANEJAMENTO 31 - 32

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