Você está na página 1de 32

Direito Constitucional

4.4 Nacionalidade.
4.5 Direitos políticos.
4.6 Partidos políticos.

Nacionalidade
Conceito
Nacionalidade é um vínculo jurídico-político de direito público interno, que liga a pessoa
ao Estado, fazendo com que ela ser torne um dos elementos do Estado.

Nação é um agrupamento humano. Este agrupamento está num território, estando


ligado com elementos culturais, históricos, econômicos, tradições, costumes, tendo
inclusive uma consciência coletiva.

Povo é um conjunto de pessoas que fazem parte de um Estado, sendo um elemento


humano. E o povo está ligado entre si em razão de um vínculo jurídico- político, que é a
própria nacionalidade.

População, por sua vez, é um conjunto meramente demográfico. Trata-se de um


conjunto de pessoas que reside naquele território, podendo ser nacionais ou não.

Cidadão serve para designar os nacionais, natos ou naturalizados, que estejam no gozo
dos direitos políticos, e que sejam participantes da vida do Estado.

Estrangeiro é todo aquele que não á nacional, não sendo nato ou naturalizado, sem que
pertença aquele povo. Todos aqueles que não são tidos por nacionais são estrangeiros.

Polipátrida
É possível que o sujeito tenha mais de uma nacionalidade?
SIM. Tendo o sujeito mais de uma pátria, será ele denominado de polipátrida. Isto ocorre
quando dois Estados soberanos adotam critérios diferentes para determinação da
nacionalidade:
• Ius sanguinis
• Ius solis
O Brasil adota o ius soli, ou seja, nasceu no Brasil, será considerado brasileiro.

Já a Itália adota o ius sanguinis, estabelecendo que sendo filho de italiano, também será
italiano. Portanto, tendo o sujeito nascido no Brasil e sendo filho de italiano, o sujeito
será polipátrida.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 1


Apátrida (“Heimatlos”)
O sujeito nasceu num lugar em que é adotado o critério do ius sanguinis, mas os seus
pais são de outra nacionalidade, que adota o critério ius soli. Neste caso, o sujeito não
adota nenhum critério por não se adequar a eles.

É o caso de filhos de brasileiros que estão vivendo fora do país (ius soli), mas que venham
nascer na Itália (ius sanguinis). Neste caso, o indivíduo seria apátrida.

Espécies de nacionalidade
São espécies de nacionalidade:
- Originária (primária): é involuntária, decorrente de um fato natural.
- Adquirida (secundária): é adquirida por um fato volitivo. É obtida pela naturalização.

Critérios da nacionalidade
São critérios:
- Ius sanguinis: pelo vínculo do sangue (ex.: Itália)
- Ius soli: por meio do local do nascimento (ex.: Brasil).

A CF adotou, como regra, o ius soli, admitindo ligeiras atenuações.

Brasileiros natos

Segundo o art. 12, são brasileiros natos:


• os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país.
Ex.: o filho do diretor da Coca-Cola, ainda que seja americano, caso nasça no Brasil será
brasileiro, eis que não está a serviço de seu país, e sim de uma empresa privada.

• os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer


deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil. Ex.: se um deles estiver a serviço
do Estado ou da União, ainda que um dos pais seja brasileiro, e o filho nasça no
estrangeiro, este será brasileiro nato.

• os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam


registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira. Este critério é o ius sanguinis. Nesse caso, há uma hipótese de
nacionalidade originária potestativa, pois depende da vontade do indivíduo. Esta opção
pela nacionalidade brasileira não é livre, devendo ser feita em juízo, num processo de
jurisdição voluntária. Uma sentença homologará essa opção de nacionalidade,
efetuando a sua inscrição, desde que presentes os requisitos objetivos e subjetivos.

Cabe ressaltar que durante a menoridade, o sujeito é considerado brasileiro nato.


Quando atingir a maioridade, o indivíduo passa a ser submetido a uma condição

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 2


suspensiva, ficando suspensa a sua condição de brasileiro nato até que manifeste esta
opção.

Brasileiros naturalizados
Como se sabe, não existe direito subjetivo à naturalização, ainda que as condições
estejam plenamente atendidos. Isso porque a concessão da naturalização é um ato de
soberania nacional, discricionário do Chefe do Poder Executivo, podendo ser:
- nacionalidade tácita: é aquela que independe da manifestação expressa do
naturalizando.
- nacionalidade expressa: é aquela que depende da manifestação expressa do
interessado em adquirir sua nova nacionalidade.

No Brasil, a Constituição Federal de 1988 só contempla hipóteses de nacionalidade


expressa.

A Constituição diz que são brasileiros naturalizados:


Naturalização ordinária: são brasileiros naturalizados os que, na forma da lei, adquiram
a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa
apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral.

Neste caso, trata-se de uma forma de nacionalidade ordinária, em que o sujeito


preenche os requisitos previstos na lei:
a) capacidade civil, de acordo com a lei brasileira;
b) visto permanente;
c) saber ler e escrever em português;
d) exercer profissão.

Cumpridos esses requisitos, adquire a nacionalidade brasileira. Se ele for de um país de


língua portuguesa, bastará residir no Brasil por um ano e ter idoneidade moral.

- Naturalização extraordinária: são brasileiros naturalizados os estrangeiros de


qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze
anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.

Neste caso, a naturalização será concedida, pois não há discricionariedade do Chefe do
Poder Executivo. Há aqui direito subjetivo, pois o sujeito reside no país há mais de quinze
anos, não tem condenação penal e requereu a nacionalidade brasileira.

Portugueses
A CF estabelece que os portugueses com residência permanente no país, se houver
reciprocidade dos brasileiros residentes em Portugal, são assegurados os mesmos
direitos inerentes aos brasileiros daqui, salvo nos casos de brasileiro nato.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 3


Não se trata de dar nacionalidade brasileira aos portugueses, mas somente os direitos
inerentes aos brasileiros natos, desde que haja residência permanente e reciprocidade.

Brasileiros natos x naturalizados


A própria CF estabelece um tratamento diferenciado entre brasileiros natos e
naturalizados. Todavia, a CF não permite que a lei estabeleça distinção entre brasileiros
natos e naturalizados, pois somente a ela cabe distinguir.

São cargos privativos de brasileiros natos:


Presidente e Vice-Presidente da República;
Presidente da Câmara dos Deputados;
Presidente do Senado Federal;
Ministro do Supremo Tribunal Federal;
Carreira diplomática;
Oficial das Forças Armadas;
Ministro de Estado da Defesa.

Também é exigido que seja brasileiro nato para integrar o Conselho da República, que
é o órgão superior do Presidente da República, tendo 6 vagas destinadas a cidadãos
brasileiros natos.

A Constituição também veda que o brasileiro nato seja extraditado. O brasileiro


naturalizado poderá ser extraditado, desde que tenha cometido crime comum anterior
à naturalização ou se tiver se envolvido com tráfico ilícito de drogas.

Em relação ao direito de propriedade, a CF também faz a distinção de que o brasileiro


naturalizado, há menos de 10 anos, não pode ser proprietário de empresa jornalística e
de radiodifusão sonora e de sons e imagens. Além disso, o brasileiro naturalizado não
pode ser sócio, com mais de 30% do capital total votante e participar da gestão destas
empresas. Isto visa assegurar o controle da informação.

Perda da nacionalidade
É possível que o indivíduo perca a sua nacionalidade, mas só poderá ocorrer nas
hipóteses expressamente prevista na Constituição, conforme art. 12, §4o, que diz que
será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro nas situações a seguir:
• tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
• adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira ou de imposição de naturalização,
pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

O STF entende que o ato de cancelamento de naturalização de estrangeiro somente


pode se dar pela via judicial, não podendo ser por ato administrativo.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 4


CAPÍTULO III - DA NACIONALIDADE

Art. 12. São brasileiros:


I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
II - naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto
e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República
Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal,
desde que requeiram a nacionalidade brasileira.
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
I - de Presidente e Vice-Presidente da República;
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
III - de Presidente do Senado Federal;
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V - da carreira diplomática;
VI - de oficial das Forças Armadas.
VII - de Ministro de Estado da Defesa
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de
atividade nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro
residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território
ou para o exercício de direitos civis;
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as
armas e o selo nacionais.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos
próprios.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 5


Direitos políticos
Nos termos da CF, a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
secreto (democracia indireta) e, nos termos da lei, por plebiscito, referendo e iniciativa
popular (democracia direta).

Direito ao sufrágio
O direito ao sufrágio é a capacidade de votar e ser votado, devendo ser visto sob dois
aspectos:
- Capacidade eleitoral ativa: direito de votar;
- Capacidade eleitoral passiva: direito de ser votado.

No Brasil, o direito de sufrágio é universal, pertencendo o direito de votar a todo os


cidadãos.

Não há mais o sufrágio restrito, que ocorre quando o direito de votar só é concedido a
algum grupo de pessoas que cumprem certas condições, sendo denominado de sufrágio
censitário ou sufrágio capacitatório (capacitário). O sufrágio censitário é aquele que
exige condições econômicas. O sufrágio capacitário é aquele que exige certas
características notadamente intelectuais para votar.

A Carta Política ainda impõe que o voto seja direto, votando diretamente no sujeito para
exercer o cargo. O voto é periódico, advindo da marca notória da república. O voto
também é secreto.

A importância do voto secreto foi demonstrada pelo STF quando considerou


inconstitucional um artigo de lei que estabelecia a obrigatoriedade da impressão do
voto das eleições. Isto retiraria o caráter secreto do voto, ocorrendo um retrocesso
político.

Capacidade eleitoral ativa


Esta capacidade eleitoral ativa se dá quando o sujeito se alista. Portanto, o alistamento
é meio de aquisição para a capacidade eleitoral ativa, dando a ele a qualidade de eleitor,
que é um cidadão, pois há gozo dos direitos políticos.

O alistamento eleitoral e o voto no Brasil são obrigatórios para os maiores de 18 anos.

São facultativos o alistamento e voto para os indivíduos:


• Maiores de 16 e menores de 18;
• Analfabetos;
• Maiores de 70 anos.

A CF não permite o alistamento de estrangeiros e nem dos militares conscritos, que


estão no serviço militar.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 6


Alexandre de Moraes trata das características do voto:
• É um direito político-subjetivo
• É de personalidade: só pode ser exercido individualmente.
• É obrigatoriedade formal do comparecimento, ainda que seja para anular o voto.
• É livre
• É sigiloso
• É direto
• É periódico
É igual a todos, tendo o mesmo valor (one man, one vote)

No Estado brasileiro, existe eleição direta para governante? Há uma opção em que a
própria CF trouxe, que se houver vacância dos cargos de presidente e vice-presidente
da república nos dois últimos anos do mandato, haverá eleição para ambos os cargos
pelo Congresso Nacional, trinta dias após a abertura da última vaga. É o mandato
tampão.

Plebiscito e Referendo
Tanto o plebiscito como o referendo são consultas formuladas ao povo para que
deliberem sobre determinada matéria de acentuada relevância. Ambos devem ser
autorizados pelo Congresso Nacional:

Plebiscito: deve ser convocado antes de o ato legislativo ou administrativo ser


elaborado;

Referendo: é convocado posteriormente ao ato legislativo ou administrativo, podendo


ser rejeitado ou aprovado pela população.

Capacidade eleitoral passiva


A capacidade eleitoral passiva é o direito de ser votado.

Para que alguém seja votado, é necessário:


• Cumprir as condições de elegibilidade;
• Não incidir nas inelegibilidades

As condições de elegibilidade são:


- Nacionalidade brasileira, ou equiparação a português;
- Pleno exercício dos seus direitos políticos;
- Alistamento eleitoral;
- Domicílio eleitoral na circunscrição;
- Idade mínima, verificada na data da posse (35 anos para Presidente e Senador, 30 anos
para Governador, 21 anos para Deputados, Prefeitos e Juiz de Paz e 18 anos para
Vereador). Para vereador a data da idade mínima é verificada na data do registro, e não
da posse.
- Filiação partidária: não se admite a candidatura avulsa.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 7


As condições de elegibilidade podem ser estabelecidas por simples lei ordinária federal,
diferentemente das hipóteses de inelegibilidade, que são reservadas a lei
complementar.

A Constituição proíbe o recebimento de recursos de entidades ou governos


estrangeiros, obrigando que os partidos políticos façam a prestação de contas à Justiça
Eleitoral.

A ideia é que os preceitos se apliquem aos partidos políticos, mas os indivíduos somente
poderão participar mediante filiação partidária.

Segundo o STF, a filiação partidária é condição compatível com o exercício da justiça de


paz. Os ministros salientaram, ainda, o caráter não jurisdicional das atividades exercidas
pelos juízes de paz.

A CF também prevê certas hipóteses de inelegibilidades, mas que não são exaustivas,
podendo a Lei Complementar tratar sobre outras hipóteses:
- Inelegibilidade absoluta: o cidadão não pode concorrer em qualquer eleição para
qualquer cargo. Estão previstas na Constituição Federal. São inelegíveis os analfabetos
e os inalistáveis (conscritos e os estrangeiros).
- Inelegibilidade relativa: é aquela que não está relacionada a sua condição pessoal.

Trata-se de uma restrição imposta a determinados cargos eletivos, podendo ser por
motivos funcionais, parentesco, afinidade, etc.

a) inelegibilidade por motivos funcionais


Com relação aos motivos funcionais, a CF vai dizer que o presidente da República pode
ser reeleito para um único período subsequente (art. 14, §5o). A CF veda a candidatura
a um terceiro mandato sucessivo.

Cabe ressaltar que o vice-presidente da República pode se candidatar ao cargo de


presidente, mesmo tendo substituído o titular do mandato durante o período em que
cumpria o mandado de vice.

O que não pode acontecer é, por exemplo, o governador ganhar a eleição, depois ser
reeleito e, no final do segundo mandato, renuncia ao cargo 6 (seis) meses antes para se
candidatar novamente. Nesse caso, há fraude, sem inadmissível. Da mesma forma, o
candidato que já foi reeleito não poderá se candidatar a vice para o terceiro mandato
consecutivo, pois haveria uma fraude eleitoral.

O STF também não admite o prefeito profissional (prefeito itinerante), ou seja, o


candidato que foi prefeito reeleito numa cidade não poderá exercer o terceiro mandato
eleitoral em qualquer outro município.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 8


Atenção, para se candidatar à reeleição, o chefe do poder executivo não precisa se
desincompatibilizar, mas para concorrer a outros cargos é necessário renunciar ao
respectivo mandato até 6 (seis) meses antes do pleito. Por exemplo, se o governador de
São Paulo renunciar 6 (seis) meses antes para se candidatar ao cargo de senador.

b) inelegibilidade por motivos de parentesco


A CF também estabelece que a inelegibilidade possa decorrer de casamento ou de
parentesco. Por essa razão, serão inelegíveis no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 ( seis) meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Esse dispositivo trata da denominada inelegibilidade reflexa, eis que incide sobre
terceiros, alcançando somente o território de jurisdição do titular, ou seja, a mulher do
prefeito não pode ser candidata a vereadora, mas poderá ser candidata a governadora
do Estado.

A Súmula Vinculante 18 estabelecerá que a dissolução do vínculo conjugal no curso do


mandato não afasta a inelegibilidade pelo parentesco prevista no art. 14, §7o, da CF.
Todavia, o STF entende que não se aplica a súmula vinculante 18 quando a dissolução
do vínculo conjugal se deu em razão de morte do cônjuge.

O STF ainda vai dizer que se o governador tiver direito à reeleição, mas não o faz,
deixando para que sua esposa o faça, não haverá óbice a isso, eis que, se ele mesmo
poderia se candidatar, não haveria fraude em relação ao cônjuge, sendo este elegível.

c) Inelegibilidade do militar
É vedada a elegibilidade com relação a condição de militar.

O militar é alistável e pode ser eleito, mas enquanto ele tiver em serviço ativo não
poderá se filiar a partido político.

Neste caso, segundo TSE, a ausência de prévia filiação partidária é suprida pelo registro
da candidatura apresentada pelo partido político, desde que seja autorizado pelo
candidato.

Todavia, se o militar tem mais de 10 anos de serviço, neste caso ele é agregado pela
autoridade superior. Ou seja, se ele for eleito, automaticamente passará, no ato da
diplomação, para a inatividade.

Se o militar tiver menos de 10 anos de serviço, para ser candidato, ele deverá se afastar
da atividade.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 9


d) Lei complementar pode trazer hipóteses de inelegibilidade
Segundo o art. 14, §9o, da CF, lei complementar estabelecerá outros casos de
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder
econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração
direta ou indireta.

Com base nisso, surgiu a LC 64/90, bem como a LC 75/10 (lei da Ficha Limpa).

Houve uma controvérsia sobre a lei da ficha limpa se ela seria constitucional, visto que
poderia violar a presunção de inocência, já que o sujeito com condenação em órgão
colegiado, mas ainda não transitada em julgado, passaria a ser inelegível.

Além disso, falaram que poderia ser inconstitucional em razão da irretroatividade da lei,
pois atingia condutas anteriores à vigência da lei.

No entanto, o STF já se manifestou no sentido de não haver inconstitucionalidade


quanto à presunção de inocência e à irretroatividade da lei.

Vale lembrar que o STF já entendeu que é inconstitucional as doações de empresas às
campanhas eleitorais e aos partidos políticos. Este entendimento já se encontra
inclusive vedado por lei.

O STF também, visando homenagear a transparência do processo eleitoral, reputou


inconstitucional dispositivo da lei eleitoral que permitia doações ocultas a candidatos. A
doação deve ser declarada sobre quem doou e para quem foi doado.

Privação dos direitos políticos


O cidadão em situações excepcionais pode ser definitivamente ou temporariamente
privado de seus direitos políticos:

Privação definitiva: é a perda dos direitos políticos.

Privação temporária: é a suspensão dos direitos políticos.


A CF não admite a cassação dos direitos políticos. Isso porque se trata de motivação
política, o que a CF não permite.

A perda ou suspensão só se dará nos casos de:


• cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
• incapacidade civil absoluta;
• condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
• recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa;
• improbidade administrativa.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 10


A CF não faz distinção sobre o que seria perda ou suspensão.

Alguns casos são evidentes, como o caso de cancelamento da naturalização por


sentença transitada em julgado, eis que configura perda dos direitos políticos.

Princípio da anualidade eleitoral (ou anterioridade eleitoral)


Segundo o art. 16, a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Isto significa que a lei entra em vigor na data da publicação, só que não se aplicará na
eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência.

Este princípio visa assegurar a previsibilidade ao eleitor das regras do jogo.

CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 11


b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária;
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os
Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser
reeleitos para um único período subseqüente.
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de
Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até
seis meses antes do pleito.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes
consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de
Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e
candidato à reeleição.
§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se
eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua
cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou
emprego na administração direta ou indireta.
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo
o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará
nos casos de:
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
II - incapacidade civil absoluta;
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos
do art. 5º, VIII;
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 12


CAPÍTULO V - DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos


políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os
seguintes preceitos: Regulamento

I - caráter nacional;

II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou


governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;

IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma


da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à


televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 97, de 2017)

I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3%


(três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos
válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 97,
de 2017)

II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em


pelo menos um terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização


paramilitar.

§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º


deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 13


acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 97, de 2017)

A EC 97/2017, que altera a Constituição Federal para:


• vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais;
• estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo
partidário e ao tempo de propaganda gratuito no rádio e TV.

PROIBIÇÃO DE COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS NAS ELEIÇÕES


PROPORCIONAIS
Sistema eleitoral
Sistema eleitoral é o conjunto de regras e técnicas previstas pela CF e pela lei
para disciplinar a forma como os candidatos ao mandato eletivo serão escolhidos
e eleitos.
No Brasil, atualmente, existem dois sistemas eleitorais:

a) MAJORITÁRIO b) PROPORCIONAL

O mandato eletivo fica com o candidato Terminada a votação, divide-se o total


ou partido político que obteve a maioria de votos válidos pelo número de cargos
dos votos. em disputa, obtendo-se assim o
quociente eleitoral. Ex: na eleição para
Ganha o candidato mais votado, vereador houve 100 mil votos válidos e
independentemente dos votos de seu eram 20 vagas. Logo, o quociente
partido. eleitoral será 5 mil (100.000 : 20 =
5.000).

Em seguida, pega-se os votos de cada


partido ou coligação* e divide-se pelo
quociente eleitoral, obtendo-se assim o
número de eleitos de cada partido
(quociente partidário). Ex: o Partido X e
seus candidatos tiveram 20 mil votos.
Esses 20 mil serão divididos pelo
quociente eleitoral (5 mil). Logo, esse
partido terá direito a 4 vagas de
Vereador (20.000 : 5.000 = 4).

Os candidatos mais bem votados desse


partido irão ocupar tais vagas.
No Brasil, é o sistema adotado para a No Brasil, é o sistema adotado para a
eleição de Prefeito, Governador, escolha de Vereador, Deputado
Senador e Presidente. Estadual e Deputado Federal.

* antes da EC 97/2017.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 14


Eleições proporcionais
Quando se fala em “eleições proporcionais” está se referindo às eleições que
adotam o sistema proporcional acima explicado. É o caso das eleições para
Vereador, Deputado Estadual e Deputado Federal.

Coligações partidárias
Coligação partidária consiste na aliança (acordo) feita entre dois ou mais partidos
para que eles trabalhem juntos em uma eleição apresentando o mesmo
candidato.
Ex: nas eleições presidenciais de 2014, foi feita uma coligação denominada
“Coligação com a força do povo” para apresentar a candidatura de Dilma
Rousseff à Presidência da República. Esta coligação era formada por 9 partidos
(PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PC do B e PRB).
É possível a realização de coligações partidárias tanto para eleições
majoritárias como também proporcionais?

Antes da EC 97/2017 Depois da EC 97/2017 (ATUALMENTE)


SIM. Era permitida a realização de NÃO. Atualmente só se permite
coligações partidárias tanto para coligação partidária para eleições
eleições majoritárias como também majoritárias.
proporcionais.
Essa era a redação vigente da Lei nº O § 1º do art. 17 da CF/88 foi alterado
9.504/97: pela EC 97/2017 e passou a prever que
Art. 6º É facultado aos partidos é vedada a celebração de coligações nas
políticos, dentro da mesma eleições proporcionais.
circunscrição, celebrar coligações para Com isso, o art. 6º da Lei nº 9.504/97
eleição majoritária, proporcional, ou não foi recepcionado pela EC 97/2017.
para ambas, podendo, neste último Em linguagem comum, mas a técnica,
caso, formar-se mais de uma coligação diz-se que o referido art. 6º foi
para a eleição proporcional dentre os “revogado” pela EC 97/2017.
partidos que integram a coligação para
o pleito majoritário.

Qual foi o grande objetivo por trás dessa mudança?


A intenção foi a de fortalecer os grandes partidos. Isso porque não sendo
permitida a coligação em eleições proporcionais, dificilmente partidos muito
pequenos irão conseguir atingir um quociente partidário que supere o quociente
eleitoral. Significa dizer que, sozinhos, ou seja, sem coligações, partidos
pequenos terão muito dificuldade de eleger Vereadores e Deputados.
Além da dificuldade de atingir o quociente eleitoral, os partidos pequenos terão
poucos segundos no horário eleitoral, diminuindo sua visibilidade.

Essa proibição de coligações para eleições proporcionais já irá valer no


próximo pleito (2018)?
NÃO. A EC 97/2017 adiou a produção dos efeitos para as eleições de 2020.
Veja:
Art. 2º A vedação à celebração de coligações nas eleições proporcionais,
prevista no § 1º do art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir das
eleições de 2020.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 15


Dessa forma, em 2018 ainda serão permitidas coligações para eleições
proporcionais.

Houve alguma mudança no regime das coligações para eleições


majoritárias?
NÃO. As coligações para eleições majoritárias continuam sendo permitidas sem
qualquer alteração.

Compare as mudanças operadas pela EC 97/2017 no texto constitucional:

Redação anterior Redação ATUAL (dada pela EC


97/2017)
Art. 17. (...) Art. 17 (...)
§ 1º É assegurada aos partidos políticos § 1º É assegurada aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura autonomia para definir sua estrutura
interna, organização e funcionamento e interna e estabelecer regras sobre
para adotar os critérios de escolha e o escolha, formação e duração de seus
regime de suas coligações eleitorais, órgãos permanentes e provisórios e
sem obrigatoriedade de vinculação sobre sua organização e funcionamento
entre as candidaturas em âmbito e para adotar os critérios de escolha e o
nacional, estadual, distrital ou regime de suas coligações nas eleições
municipal, devendo seus estatutos majoritárias, vedada a sua celebração
estabelecer normas de disciplina e nas eleições proporcionais, sem
fidelidade partidária. obrigatoriedade de vinculação entre as
candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer
normas de disciplina e fidelidade
partidária.

Repare que, além de proibir a realização de coligações em eleições


proporcionais, o novo § 1º do art. 17 prevê expressamente que os partidos
políticos gozam de autonomia para estabelecer regras sobre escolha, formação
e duração de seus órgãos permanentes e provisórios.

FUNDO PARTIDÁRIO E ACESSO GRATUITO AO RÁDIO E À TELEVISÃO

O que é o fundo partidário?


Trata-se de um Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos
que tenham seu estatuto registrado no Tribunal Superior Eleitoral e prestação de
contas regular perante a Justiça Eleitoral.
O “Fundo Partidário” é constituído por dotações orçamentárias da União, multas,
penalidades, doações e outros recursos financeiros previstos no art. 38 da Lei nº
9.096/95.
Os valores contidos no Fundo Partidário são repassados aos partidos políticos
por meio de um cálculo previsto no art. 41-A, da Lei nº 9.096/95.
Consiste na principal fonte de verbas dos partidos.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 16


Para que serve o dinheiro do fundo partidário?
Segundo o art. 44 da Lei nº 9.096/95, os recursos oriundos do Fundo Partidário
serão utilizados pelos partidos políticos para:
I - manutenção das sedes e serviços do partido, permitido o pagamento de
pessoal, a qualquer título, observado neste último caso o limite máximo de 50%
(cinquenta por cento) do total recebido;
II - a propaganda doutrinária e política;
III - o alistamento e campanhas eleitorais;
IV - a criação e manutenção de instituto ou fundação de pesquisa e de
doutrinação e educação política, sendo esta aplicação de, no mínimo, vinte por
cento do total recebido.
V - a criação e manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres conforme percentual que será fixado pelo órgão nacional
de direção partidária, observado o mínimo de 5% (cinco por cento) do total.

Direito dos partidos políticos de acesso gratuito ao rádio e à TV (“direito


de antena”)
Direito de antena consiste no direito dos partidos políticos de terem acesso
gratuito aos meios de comunicação. Encontra-se previsto constitucionalmente
no § 3º do art. 17 da CF/88.

Cláusula de barreira imposta pela EC 97/2017


A EC 97/2017 criou uma cláusula de barreira (ou de desempenho) prevendo que
os partidos somente terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo
de propaganda gratuita no rádio e na televisão se atingirem um patamar mínimo
de candidatos eleitos. Confira:

Redação anterior Redação ATUAL (dada pela EC


97/2017)
Art. 17. (...) Art. 17 (...)
§ 3º - Os partidos políticos têm direito a § 3º Somente terão direito a recursos do
recursos do fundo partidário e acesso fundo partidário e acesso gratuito ao
gratuito ao rádio e à televisão, na forma rádio e à televisão, na forma da lei, os
da lei. partidos políticos que alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a
Câmara dos Deputados, no mínimo, 3%
(três por cento) dos votos válidos,
distribuídos em pelo menos um terço
das unidades da Federação, com um
mínimo de 2% (dois por cento) dos
votos válidos em cada uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze
Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da
Federação.

Os requisitos acima são muito rigorosos e praticamente asfixiam partidos


pequenos. No caso do inciso II, a grande maioria dos partidos atualmente não
possui 15 Deputados Federais. É o caso, por exemplo, do Solidariedade, do PC

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 17


do B, do PSC, do PPS, PHS, PV, PSOL, REDE e PEN. Logo, em tese, eles terão
que se valer do inciso I.
Chamo a atenção para o fato de que os requisitos são alternativos.

Mudança de partido do candidato eleito por uma agremiação que não


atingiu os requisitos

A EC 97/2017 trouxe, ainda, uma regra peculiar dizendo que se um candidato


for eleito por um partido que não preencher os requisitos para obter o fundo
partidário e o tempo de rádio e TV, este candidato tem o direito de mudar de
partido, sem perder o mandato por infidelidade partidária:
Art. 17 (...)
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste
artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a
outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para
fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao
tempo de rádio e de televisão.

Ex: João é eleito Deputado Federal pelo PNCO (Partido Nanico). Ocorre que o
PNCO não elegeu 15 Deputados Federais. Logo, João poderá mudar para o
PMDB, por exemplo, não levando consigo essa filiação para fins de aumentar os
recursos do fundo partidário e do tempo de rádio e TV para o partido de destino.
Regra de transição
Vale ressaltar que essa restrição do novo § 3º do art. 17 somente vai produzir
todos os seus efeitos a partir das eleições de 2030.
Enquanto isso, a Emenda previu uma regra de transição de forma que, a cada
eleição, os requisitos vão se tornando mais rigorosos até que atinja os critérios
do § 3º do art. 17 em 2030.
Veja:

Na legislatura seguinte às eleições de 2018:


Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio
e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5%(um
e meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos
em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos nove Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação;

Na legislatura seguinte às eleições de 2022:


Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio
e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2%(dois
por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades
da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada
uma delas; ou

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 18


b) tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação;

Na legislatura seguinte às eleições de 2026:


Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio
e na televisão os partidos políticos que:
a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5%(dois
e meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das
unidades da Federação, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos
votos válidos em cada uma delas; ou
b) tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.

Na legislatura seguinte às eleições de 2030:


Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio
e na televisão os partidos políticos que:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3%(três
por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades
da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada
uma delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 19


QUESTÕES Acertos 19 de 20

1. (Ano: 2018Banca: FCCÓrgão: SEAD-APProva: Analista Administrativo) Em uma


situação hipotética, Carlos Lúcio, professor titular de Direito Penal de Universidade do
Rio de Janeiro, nascido em Madri, Espanha, de tradicional família de juristas lusitanos,
com apenas 37 anos de vida já tem 12 livros publicados, além de ter também larga
experiência como pregador evangélico em sua terra natal, de onde saiu aos 25 anos de
idade. Todavia, ele teve sua indicação ao cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal
rejeitada. Isso ocorreu porque Carlos Lúcio, pelas regras da Constituição Federal de
1988, NÃO

a) é juiz nem membro do Ministério Público


b) tem notável saber jurídico e nem residência em Brasília.
c) é brasileiro nato.
d) observou o princípio do Estado laico.
e) tem a idade mínima para o cargo.

2. (Ano: 2018Banca: FCCÓrgão: SEAD-APProva: Assistente Administrativo) Claudilson


Aparecido, habilidoso goleiro nascido em Goiânia e revelado no futebol paulista, firmou
contrato milionário com time destacado do Leste Europeu. Contudo, para permanecer
no país de seu novo clube, terá de se naturalizar cidadão do país em questão. Nessa
hipótese, segundo a Constituição Federal de 1988, Claudilson
a) torna-se inalistável e inelegível.
b) terá declarada a perda de sua nacionalidade brasileira.
c) terá sua nacionalidade brasileira suspensa, enquanto perdurar a condição imposta
pelo país estrangeiro.
d) não perderá a nacionalidade brasileira, mesmo que haja a prática de atividade nociva
ao interesse nacional.
e) não perderá a nacionalidade brasileira, tendo em vista a imposição da naturalização
como condição de permanência no país de seu novo clube.

3. (Ano: 2018Banca: IF-MTÓrgão: IF-MTProva: Direito) Rosa Gonzales, venezuelana,


chegou ao Brasil no dia 20 de julho de 2018, na cidade de Pacaraima, onde deu à luz o
filho primogênito. Rosa tem dúvidas sobre a nacionalidade do pequeno Juan. Conforme
a Constituição Federal brasileira, podemos afirmar que juan :
a) É brasileiro nato.
b) É brasileiro naturalizado.
c) É venezuelano, uma vez que a simples entrada em outro país não garante a
nacionalidade.
d) Aos 18 anos, poderá optar por ser brasileiro.
e) Poderá requerer a nacionalidade brasileira aos 16 anos, após emancipação.

4. (Ano: 2018Banca: CONSULPLANÓrgão: TJ-MGProva: Titular de Serviços de Notas e de


Registros – Provimento) Em relação aos direitos de nacionalidade, assinale a alternativa
INCORRETA.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 20


a) Não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
b) Não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira
ou ter filho brasileiro.
c) O brasileiro naturalizado poderá ser extraditado em caso de crime comum praticado
antes da naturalização ou, na forma da lei, de comprovado envolvimento em tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins.
d) A Constituição considera brasileiros natos todos os nascidos no Brasil, ainda que de
pais estrangeiros, bem como os nascidos no estrangeiro, de pai e mãe brasileiros, desde
que ambos estejam a serviço do Brasil.

5. (Ano: 2018Banca: FCCÓrgão: Câmara Legislativa do Distrito FederalProva: Técnico


Legislativo - Técnico de Enfermagem) A respeito do que estabelece a Constituição
Federal sobre a nacionalidade e os direitos políticos,
a) não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço
militar obrigatório, os conscritos.
b) as idades mínimas para a elegibilidade relativa aos cargos de Presidente da República
e Senador são, respectivamente, de 35 e 30 anos.
c) entre os cargos privativos de brasileiro nato, estão o de Presidente da República,
Senador, Ministro do Supremo Tribunal Federal e oficial da Forças Armadas.
d) o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de 60 anos.
e) a lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo
nos casos previstos na Constituição ou na Lei de Migração.

6. (Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão: MPE-PIProva: Técnico Ministerial - Área


Administrativa) De acordo com as disposições da Constituição Federal de 1988 (CF)
sobre princípios, direitos e garantias fundamentais, julgue o seguinte item.

(. E ) Mandato eletivo poderá ser impugnado na justiça eleitoral mediante ação de


impugnação de mandato, cujos atos terão de ser públicos, em obediência ao princípio
da publicidade.

7. (Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão: MPE-PIProva: Analista Ministerial - Área Processual)


A propósito do que dispõe a Constituição Federal acerca dos direitos políticos dos
analfabetos, julgue o item a seguir.

(. C ) O voto não é obrigatório para os analfabetos.

8. (Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão: PGM - João Pessoa - PBProva: Procurador do


Município) De acordo com a CF, os partidos políticos são
a) pessoas jurídicas de direito público às quais é vedado o recebimento de recursos
financeiros de entidade ou governo estrangeiros.
b) pessoas jurídicas de direito público às quais é assegurada autonomia para definir sua
estrutura interna e para estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 21


c) pessoas jurídicas de direito público às quais é assegurada autonomia para adotar
critérios de escolha e regime de suas coligações nas eleições majoritárias, desde que
observada vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou
municipal.
d) pessoas jurídicas de direito privado às quais é assegurada autonomia para adotar
critérios de escolha e regime de suas coligações nas eleições majoritárias, sem
obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual,
distrital ou municipal.
e) pessoas jurídicas de direito privado às quais é permitido o recebimento de recursos
financeiros de entidade ou governo estrangeiro, nos termos da lei.

9. (Ano: 2018Banca: CESPEÓrgão: TCE-MGProva: Conhecimentos Gerais e Específicos -


Cargos: 1, 2, 4, 5 e 7) De acordo com a Constituição Federal de 1988, é assegurada a
todos os partidos políticos
a) a vinculação entre candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
b) a utilização de organização paramilitar.
c) a recepção de recursos financeiros de entidade estrangeira, desde que declarados.
d) a obtenção de recursos do fundo partidário para custear o acesso a rádio e televisão.
e) a aquisição de personalidade jurídica na forma da lei civil.

10. (Ano: 2018Banca: VUNESPÓrgão: MPE-SPProva: Analista Jurídico do Ministério


Público) No tocante ao partido político, assinale a alternativa que está em consonância
com o disposto na Constituição Federal.
a) Nas suas coligações nas eleições proporcionais é obrigatória a vinculação entre as
suas candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal.
b) O caráter regional, a prestação de contas à Justiça Eleitoral e o funcionamento
parlamentar de acordo com a lei são preceitos que devem nortear a sua criação e
atuação.
c) Após adquirir personalidade jurídica, na forma da lei civil, deverá registrar seus
estatutos no Tribunal Regional Eleitoral.
d) A eleição de pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um
terço das unidades da Federação é um dos requisitos para recebimento de recursos do
fundo partidário.
e) O recebimento de recursos financeiros de entidades estrangeiras deve, dentre
outras exigências, ser autorizado por lei complementar federal.

11. (CESPE – 2018 - PC-MA - Investigador de Polícia) Acerca dos princípios fundamentais
previstos na CF, julgue os itens a seguir.
I O poder que emana do povo será exercido somente por meio de seus representantes
eleitos.
II O Brasil rege-se, nas relações internacionais, pelos princípios da intervenção e da
negativa de asilo político.
III São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a erradicação da
pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 22


IV A República Federativa do Brasil visa à formação de uma comunidade latino-
americana de nações por meio da integração econômica, política, social e cultural dos
povos da América Latina.

Estão certos apenas os itens


a) I e III.
b) II e IV.
c) III e IV.
d) I, II e III.
e) I, II e IV.

12. (CESPE – 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Acerca dos
direitos e das garantias fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue
o item a seguir.
( E ) Cônjuge de governador de determinado estado será inelegível nesse mesmo estado,
salvo se a sociedade ou o vínculo conjugal se dissolver no decorrer do mandato.

13. (CESPE – 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Conhecimentos Básicos - Cargos 3 a 6) Em


conformidade com os direitos políticos previstos na Constituição Federal de 1988 (CF),
assinale a opção correta a respeito do alistamento eleitoral.
a) Durante o período do serviço militar obrigatório, o alistamento eleitoral é facultativo
para os conscritos.
b) O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros natos maiores de
dezoito anos de idade, independentemente da escolaridade.
c) Um cidadão pode preencher os requisitos para o alistamento eleitoral e ser inelegível
como candidato.
d) O alistamento eleitoral é facultativo para os estrangeiros residentes no Brasil

14. (CESPE – 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão – Administração) Considerando o que


dispõe a CF acerca dos direitos sociais, direitos de nacionalidade e direitos políticos, bem
como dos partidos políticos, julgue o item subsequente.
(. C ) Se, no ano de 2018, o presidente da assembleia legislativa de um estado, em seu
primeiro mandato, substituir o governador nos seis meses anteriores ao pleito eleitoral,
ele poderá concorrer ao cargo de governador, no mesmo estado, nas eleições estaduais
daquele ano, mas não poderá concorrer à reeleição no pleito posterior.

15. (CESPE – 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão – Julgamento) Com relação aos direitos
sociais, aos direitos de nacionalidade, aos direitos políticos e aos partidos políticos,
julgue o próximo item.
(.E ) Situação hipotética: O governador de determinado estado, no curso do segundo
mandato, rompeu o vínculo conjugal com sua esposa, que também se interessa pela
vida política. Assertiva: Nessa situação, a ex-esposa, caso deseje, poderá candidatar-se,
nas eleições seguintes, a cargo eletivo naquele estado, desde que o divórcio ocorra seis
meses antes do pleito.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 23


16. (CESPE – 2017 - TRE-BA - Analista Judiciário – Área Judiciária) Acerca das normas
constitucionais que regem os direitos políticos e os partidos políticos, assinale a opção
correta, conforme a Constituição Federal de 1988 e o entendimento do Supremo
Tribunal Federal.
a) É inelegível para o cargo de vereador ex-cônjuge de governador do estado, ainda
que se trate de reeleição e a dissolução do vínculo conjugal tenha ocorrido antes do
início do mandato de governador.
b) Não se aplica a regra da perda de mandato por infidelidade partidária a governador
que, depois de eleito pelo sistema majoritário, resolva mudar de partido político.
c) A condenação de servidor público federal por ato de improbidade administrativa não
impede sua candidatura ao cargo de deputado federal, uma vez que tal situação não se
inclui entre as hipóteses de suspensão de direitos políticos.
d) O voto é obrigatório para o cidadão brasileiro naturalizado que seja analfabeto.
e) Ação para impugnação do mandato de prefeito eleito graças a esquema de compra
de votos deve ser ajuizada na justiça federal, dentro do prazo de seis meses, e instruída
com provas do abuso do poder econômico.

17. (CESPE – 2017 - TRE-BA - Técnico Judiciário – Área Administrativa) A Constituição


Federal de 1988 estabelece que “todo o poder emana do povo”, que pode exercê-lo
diretamente. Nesse sentido, o instrumento constitucional que materializa uma
consequência advinda do princípio invocado é o(a)
a) plebiscito.
b) filiação partidária.
c) greve.
d) alistamento militar.
e) livre expressão da atividade intelectual.

18. (Quadrix – 2017 – COFECI - Auxiliar Administrativo) À luz da CF, julgue o item que se
segue acerca dos direitos e dos partidos políticos.
(. C ) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo
e iniciativa popular.

19. (FCC – 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Considere
as situações abaixo.
I. Gilberto é militar, conta com mais de dez anos de serviço, possui alistamento eleitoral
e pretende candidatar-se a Vereador.
II. Demétrio é conscrito e pretende, durante o período do serviço militar obrigatório,
alistar-se como eleitor, o que não havia feito anteriormente.
Segundo o texto constitucional, considerados apenas os dados ora fornecidos, Gilberto
a) poderá candidatar-se, mas será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade, ao passo que
Demétrio não poderá alistar-se como eleitor no período pretendido.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 24


b) poderá candidatar-se, mas será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da posse, para a inatividade, assim como Demétrio
poderá alistar-se como eleitor no período pretendido.
c) não poderá candidatar-se, nem Demétrio poderá alistar-se como eleitor no período
pretendido.
d) poderá candidatar-se, mas deverá afastar-se da atividade militar quatro meses antes
das eleições, ao passo que Demétrio poderá alistar-se como eleitor no período
pretendido.
e) não poderá candidatar-se, vedada, em qualquer hipótese, a candidatura do militar,
não importando, para esse fim, o tempo de serviço, assim como Demétrio não poderá
alistar-se como eleitor no período pretendido.

20. (CONSULPLAN – 2017 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa) “Considere


que Melissa é filha do irmão do pai do Governador do Rio de Janeiro. Ela quer saber se
há alguma regra de inelegibilidade caso se candidate como representante do povo
carioca.” Considerando as garantias políticas previstas no texto constitucional, Melissa
é
a) inelegível, apenas no Estado do Rio de Janeiro.
b) inelegível, já que é prima do Governador do Estado.
c) elegível, desde que não haja óbices de outra natureza.
d) elegível, apenas se concorrer a um pleito para reeleição.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 25


GABARITO COMENTADO

1. LETRA C
C.F. Art. 12. São brasileiros: I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de
2007)
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

2. LETRA E
Art. 12. São brasileiros:
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para
o exercício de direitos civis;

3. LETRA A
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;

4. LETRA D
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

5. LETRA A
a) não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos. CORRETA (art. 14, §2º, CF/88)

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 26


b) ERRADA. Ambas são 35 anos. (Art. 14, §3°, VI, a, CF/88)

c) ERRADA. Não tem Senador.

d) ERRADA. Maiores de 70 anos. (Art. 14, §1°,I,b, CF/88)

e) ERRADA. Nada de Lei de Migração. Somente nos casos previstos na CONSTITUIÇÃO.


(Art. 12, §2° da CF/88) .

6. ERRADO
Os atos não serão públicos. Nesse caso, correrão em SEGREDO DE JUSTIÇA, após 15
dias da DIPLOMAÇÃO DO CANDIDATO.
FUNDAMENTAÇÃO: Art. 14, § 10. e § 11.
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

7. CERTO
CF/88, Art. 14.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

8. LETRA D
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
Regulamento

I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna
e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes
e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 27


candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus
estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

9. LETRA E
Art. 17, § 2º, CF: Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

a) ERRADO: § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua


estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias,
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

b) ERRADO: § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização


paramilitar;

c) ERRADO: II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou


governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

d) ERRADO: § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso


gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.

10. LETRA D
a) ERRADO. Art. 17. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias,
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.

b) ERRADO. Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos


políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os
seguintes preceitos: I - caráter nacional; III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; IV
- funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 28


c) ERRADO. Art. 17. § 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica,
na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

d) CERTO. Art. 17. § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.

e) ERRADO. Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos


políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os
seguintes preceitos: II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade
ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

11. LETRA C
I) ERRADA
Reforça o princípio democrático o parágrafo único do art. l.º da CF/1988, ao declarar
que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição". Democracia, na célebre
conceituação de Lincoln, é o governo do povo, pelo povo e para o povo.
Tradicionalmente, identificam-se como elementos essenciais do regime democrático:
o princípio da maioria, o princípio da liberdade e o princípio da igualdade.
II) ERRADA
O princípio da não intervenção (art. 4.°, IV), e seu correlato, a autodeterminação dos
povos (art. 4.°, III), também têm origem no reconhecimento da igualdade entre os
Estados. Respeita-se a soberania de cada um, assegurando-se que, no âmbito interno,
os Estados não devem sofrer ingerência na condução de seus assuntos.
III) CORRETA
O Estado refundado pela Carta de 1988 é um Estado Social Democrático, vale dizer,
devem seus órgãos atuar efetivamente - mediante o desenvolvimento de políticas
públicas ativas e prestações positivas - no intuito de se obter uma sociedade em que
prevaleça a igualdade material, assegurando a todos, no mínimo, o necessário a uma
existência digna (um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil,
vazado no inciso III do art. 3.°, é "erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais"; é finalidade geral da ordem econômica, plasmada
no art. 170, caput, "assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social").
IV) CORRETA
Ao lado dos dez princípios que regem as relações do Estado brasileiro na ordem
internacional, o parágrafo único do art. 4° enuncia um objetivo aser perseguido pelo

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 29


Brasil no plano internacional: a integração econômica, política, social e cultural dos
povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
de nações.

12. ERRADO
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
Federal.

13. LETRA C
a) (ERRADA) Durante o período do serviço militar obrigatório, o alistamento eleitoral
é facultativo para os conscritos.
Art. 14, na CR88:
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos.

b) (ERRADA) O alistamento eleitoral é obrigatório para todos os brasileiros natos


maiores de dezoito anos de idade, independentemente da escolaridade.

c) (CERTA) Um cidadão pode preencher os requisitos para o alistamento eleitoral e


ser inelegível como candidato.
Trata-se da diferenciação da capacidade eleitoral ativa e capacidade eleitoral
passiva.
Capacidade eleitoral ativa: representa o direito de alistar-se como eleitor
(alistabilidade) e o direito de votar.
Capacidade eleitoral passiva: representa o direito de se eleger a um cargo
político (elegibilidade) e o direito de ser votado.
Exemplo: os analfabetos podem exercer o direito de alistabilidade e votar
(capacidade eleitoral ativa), mas não podem exercer o direito de elegibilidade e,
consequentemente, de ser votado (capacidade elitoral passiva). Art. 14, § 4º São
inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

d) (ERRADA) O alistamento eleitoral é facultativo para os estrangeiros residentes no


Brasil.
Art. 14, na CR88
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 30


14. CERTO
Art. 14, § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos
mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.

15. ERRADO
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
Federal.
Art. 14, §7º, da CR/88 São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal,
de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

16. LETRA B
a) ERRADA. Lembre-se de que a INELEGIBILIDADE REFLEXA atinge apenas os cargos
de mandato eletivo do EXECUTIVO.
b) CORRETA. Súmula TSE ° 67: A perda do mandato em razão da desfiliação
partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário (Prefeito,
Governador, Presidente da República e Senador)
c) ERRADA. Lembre-se: os atos de improbidade administrativa são GRAVES. Logo,
importarão não só na suspensão dos direitos políticos, como também a perda da
função pública, indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) ERRADA. Não há obrigatoriedade de voto para analfabeto
e) ERRADA. A Ação de impugnação de Mandato Eletivo deverá ocorrer perante
a JUSTIÇA ELEITORAL e não na Justiça Federal.
Artigo 14, §10 da CF: "O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude".

17. LETRA A
Art. 14 / CF - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito
II- referendo
III- iniciativa popular

18. CERTO
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 31


19. LETRA A
CF - Art. 14 § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá AFASTAR-SE da atividade;
II - se contar mais de dez anos de serviço, será AGREGADO pela autoridade superior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da Diplomação, para a inatividade.

20. LETRA C
ARTIGO. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente
da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

Melissa é prima do Governador do Rio de Janeiro, ou seja, é parente consanguínea de


quarto grau do Chefe do Poder Executivo. Não está, portanto, sujeita à inelegibilidade
reflexa (art. 14, § 7o, CF), que só afeta os parentes até o segundo grau.

Acompanhamento TJDFT – Semana 7 - Dir. Constitucional 32

Você também pode gostar