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4.4 Nacionalidade.
4.5 Direitos políticos.
4.6 Partidos políticos.
Nacionalidade
Conceito
Nacionalidade é um vínculo jurídico-político de direito público interno, que liga a pessoa
ao Estado, fazendo com que ela ser torne um dos elementos do Estado.
Cidadão serve para designar os nacionais, natos ou naturalizados, que estejam no gozo
dos direitos políticos, e que sejam participantes da vida do Estado.
Estrangeiro é todo aquele que não á nacional, não sendo nato ou naturalizado, sem que
pertença aquele povo. Todos aqueles que não são tidos por nacionais são estrangeiros.
Polipátrida
É possível que o sujeito tenha mais de uma nacionalidade?
SIM. Tendo o sujeito mais de uma pátria, será ele denominado de polipátrida. Isto ocorre
quando dois Estados soberanos adotam critérios diferentes para determinação da
nacionalidade:
• Ius sanguinis
• Ius solis
O Brasil adota o ius soli, ou seja, nasceu no Brasil, será considerado brasileiro.
Já a Itália adota o ius sanguinis, estabelecendo que sendo filho de italiano, também será
italiano. Portanto, tendo o sujeito nascido no Brasil e sendo filho de italiano, o sujeito
será polipátrida.
É o caso de filhos de brasileiros que estão vivendo fora do país (ius soli), mas que venham
nascer na Itália (ius sanguinis). Neste caso, o indivíduo seria apátrida.
Espécies de nacionalidade
São espécies de nacionalidade:
- Originária (primária): é involuntária, decorrente de um fato natural.
- Adquirida (secundária): é adquirida por um fato volitivo. É obtida pela naturalização.
Critérios da nacionalidade
São critérios:
- Ius sanguinis: pelo vínculo do sangue (ex.: Itália)
- Ius soli: por meio do local do nascimento (ex.: Brasil).
Brasileiros natos
Brasileiros naturalizados
Como se sabe, não existe direito subjetivo à naturalização, ainda que as condições
estejam plenamente atendidos. Isso porque a concessão da naturalização é um ato de
soberania nacional, discricionário do Chefe do Poder Executivo, podendo ser:
- nacionalidade tácita: é aquela que independe da manifestação expressa do
naturalizando.
- nacionalidade expressa: é aquela que depende da manifestação expressa do
interessado em adquirir sua nova nacionalidade.
Neste caso, a naturalização será concedida, pois não há discricionariedade do Chefe do
Poder Executivo. Há aqui direito subjetivo, pois o sujeito reside no país há mais de quinze
anos, não tem condenação penal e requereu a nacionalidade brasileira.
Portugueses
A CF estabelece que os portugueses com residência permanente no país, se houver
reciprocidade dos brasileiros residentes em Portugal, são assegurados os mesmos
direitos inerentes aos brasileiros daqui, salvo nos casos de brasileiro nato.
Também é exigido que seja brasileiro nato para integrar o Conselho da República, que
é o órgão superior do Presidente da República, tendo 6 vagas destinadas a cidadãos
brasileiros natos.
Perda da nacionalidade
É possível que o indivíduo perca a sua nacionalidade, mas só poderá ocorrer nas
hipóteses expressamente prevista na Constituição, conforme art. 12, §4o, que diz que
será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro nas situações a seguir:
• tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
• adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de
nacionalidade originária pela lei estrangeira ou de imposição de naturalização,
pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.
Direito ao sufrágio
O direito ao sufrágio é a capacidade de votar e ser votado, devendo ser visto sob dois
aspectos:
- Capacidade eleitoral ativa: direito de votar;
- Capacidade eleitoral passiva: direito de ser votado.
Não há mais o sufrágio restrito, que ocorre quando o direito de votar só é concedido a
algum grupo de pessoas que cumprem certas condições, sendo denominado de sufrágio
censitário ou sufrágio capacitatório (capacitário). O sufrágio censitário é aquele que
exige condições econômicas. O sufrágio capacitário é aquele que exige certas
características notadamente intelectuais para votar.
A Carta Política ainda impõe que o voto seja direto, votando diretamente no sujeito para
exercer o cargo. O voto é periódico, advindo da marca notória da república. O voto
também é secreto.
No Estado brasileiro, existe eleição direta para governante? Há uma opção em que a
própria CF trouxe, que se houver vacância dos cargos de presidente e vice-presidente
da república nos dois últimos anos do mandato, haverá eleição para ambos os cargos
pelo Congresso Nacional, trinta dias após a abertura da última vaga. É o mandato
tampão.
Plebiscito e Referendo
Tanto o plebiscito como o referendo são consultas formuladas ao povo para que
deliberem sobre determinada matéria de acentuada relevância. Ambos devem ser
autorizados pelo Congresso Nacional:
A ideia é que os preceitos se apliquem aos partidos políticos, mas os indivíduos somente
poderão participar mediante filiação partidária.
A CF também prevê certas hipóteses de inelegibilidades, mas que não são exaustivas,
podendo a Lei Complementar tratar sobre outras hipóteses:
- Inelegibilidade absoluta: o cidadão não pode concorrer em qualquer eleição para
qualquer cargo. Estão previstas na Constituição Federal. São inelegíveis os analfabetos
e os inalistáveis (conscritos e os estrangeiros).
- Inelegibilidade relativa: é aquela que não está relacionada a sua condição pessoal.
Trata-se de uma restrição imposta a determinados cargos eletivos, podendo ser por
motivos funcionais, parentesco, afinidade, etc.
O que não pode acontecer é, por exemplo, o governador ganhar a eleição, depois ser
reeleito e, no final do segundo mandato, renuncia ao cargo 6 (seis) meses antes para se
candidatar novamente. Nesse caso, há fraude, sem inadmissível. Da mesma forma, o
candidato que já foi reeleito não poderá se candidatar a vice para o terceiro mandato
consecutivo, pois haveria uma fraude eleitoral.
Esse dispositivo trata da denominada inelegibilidade reflexa, eis que incide sobre
terceiros, alcançando somente o território de jurisdição do titular, ou seja, a mulher do
prefeito não pode ser candidata a vereadora, mas poderá ser candidata a governadora
do Estado.
O STF ainda vai dizer que se o governador tiver direito à reeleição, mas não o faz,
deixando para que sua esposa o faça, não haverá óbice a isso, eis que, se ele mesmo
poderia se candidatar, não haveria fraude em relação ao cônjuge, sendo este elegível.
c) Inelegibilidade do militar
É vedada a elegibilidade com relação a condição de militar.
O militar é alistável e pode ser eleito, mas enquanto ele tiver em serviço ativo não
poderá se filiar a partido político.
Neste caso, segundo TSE, a ausência de prévia filiação partidária é suprida pelo registro
da candidatura apresentada pelo partido político, desde que seja autorizado pelo
candidato.
Todavia, se o militar tem mais de 10 anos de serviço, neste caso ele é agregado pela
autoridade superior. Ou seja, se ele for eleito, automaticamente passará, no ato da
diplomação, para a inatividade.
Se o militar tiver menos de 10 anos de serviço, para ser candidato, ele deverá se afastar
da atividade.
Com base nisso, surgiu a LC 64/90, bem como a LC 75/10 (lei da Ficha Limpa).
Houve uma controvérsia sobre a lei da ficha limpa se ela seria constitucional, visto que
poderia violar a presunção de inocência, já que o sujeito com condenação em órgão
colegiado, mas ainda não transitada em julgado, passaria a ser inelegível.
Além disso, falaram que poderia ser inconstitucional em razão da irretroatividade da lei,
pois atingia condutas anteriores à vigência da lei.
Vale lembrar que o STF já entendeu que é inconstitucional as doações de empresas às
campanhas eleitorais e aos partidos políticos. Este entendimento já se encontra
inclusive vedado por lei.
Isto significa que a lei entra em vigor na data da publicação, só que não se aplicará na
eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
I - caráter nacional;
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e
estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e
provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o
regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições
proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional,
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e
fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
a) MAJORITÁRIO b) PROPORCIONAL
* antes da EC 97/2017.
Coligações partidárias
Coligação partidária consiste na aliança (acordo) feita entre dois ou mais partidos
para que eles trabalhem juntos em uma eleição apresentando o mesmo
candidato.
Ex: nas eleições presidenciais de 2014, foi feita uma coligação denominada
“Coligação com a força do povo” para apresentar a candidatura de Dilma
Rousseff à Presidência da República. Esta coligação era formada por 9 partidos
(PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PC do B e PRB).
É possível a realização de coligações partidárias tanto para eleições
majoritárias como também proporcionais?
Ex: João é eleito Deputado Federal pelo PNCO (Partido Nanico). Ocorre que o
PNCO não elegeu 15 Deputados Federais. Logo, João poderá mudar para o
PMDB, por exemplo, não levando consigo essa filiação para fins de aumentar os
recursos do fundo partidário e do tempo de rádio e TV para o partido de destino.
Regra de transição
Vale ressaltar que essa restrição do novo § 3º do art. 17 somente vai produzir
todos os seus efeitos a partir das eleições de 2030.
Enquanto isso, a Emenda previu uma regra de transição de forma que, a cada
eleição, os requisitos vão se tornando mais rigorosos até que atinja os critérios
do § 3º do art. 17 em 2030.
Veja:
11. (CESPE – 2018 - PC-MA - Investigador de Polícia) Acerca dos princípios fundamentais
previstos na CF, julgue os itens a seguir.
I O poder que emana do povo será exercido somente por meio de seus representantes
eleitos.
II O Brasil rege-se, nas relações internacionais, pelos princípios da intervenção e da
negativa de asilo político.
III São objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil a erradicação da
pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais.
12. (CESPE – 2017 - TRF - 1ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária) Acerca dos
direitos e das garantias fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988, julgue
o item a seguir.
( E ) Cônjuge de governador de determinado estado será inelegível nesse mesmo estado,
salvo se a sociedade ou o vínculo conjugal se dissolver no decorrer do mandato.
15. (CESPE – 2017 - TCE-PE - Analista de Gestão – Julgamento) Com relação aos direitos
sociais, aos direitos de nacionalidade, aos direitos políticos e aos partidos políticos,
julgue o próximo item.
(.E ) Situação hipotética: O governador de determinado estado, no curso do segundo
mandato, rompeu o vínculo conjugal com sua esposa, que também se interessa pela
vida política. Assertiva: Nessa situação, a ex-esposa, caso deseje, poderá candidatar-se,
nas eleições seguintes, a cargo eletivo naquele estado, desde que o divórcio ocorra seis
meses antes do pleito.
18. (Quadrix – 2017 – COFECI - Auxiliar Administrativo) À luz da CF, julgue o item que se
segue acerca dos direitos e dos partidos políticos.
(. C ) A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante plebiscito, referendo
e iniciativa popular.
19. (FCC – 2017 - TRF - 5ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa) Considere
as situações abaixo.
I. Gilberto é militar, conta com mais de dez anos de serviço, possui alistamento eleitoral
e pretende candidatar-se a Vereador.
II. Demétrio é conscrito e pretende, durante o período do serviço militar obrigatório,
alistar-se como eleitor, o que não havia feito anteriormente.
Segundo o texto constitucional, considerados apenas os dados ora fornecidos, Gilberto
a) poderá candidatar-se, mas será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade, ao passo que
Demétrio não poderá alistar-se como eleitor no período pretendido.
1. LETRA C
C.F. Art. 12. São brasileiros: I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade,
pela nacionalidade brasileira;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de
2007)
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
2. LETRA E
Art. 12. São brasileiros:
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para
o exercício de direitos civis;
3. LETRA A
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
4. LETRA D
Art. 12. São brasileiros:
I - natos:
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
5. LETRA A
a) não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos. CORRETA (art. 14, §2º, CF/88)
6. ERRADO
Os atos não serão públicos. Nesse caso, correrão em SEGREDO DE JUSTIÇA, após 15
dias da DIPLOMAÇÃO DO CANDIDATO.
FUNDAMENTAÇÃO: Art. 14, § 10. e § 11.
§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de
quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça,
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.
7. CERTO
CF/88, Art. 14.
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
8. LETRA D
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos,
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os
direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
Regulamento
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo
estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna
e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes
e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de
escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua
celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as
9. LETRA E
Art. 17, § 2º, CF: Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na
forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
10. LETRA D
a) ERRADO. Art. 17. § 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para
adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias,
vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal,
devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.
d) CERTO. Art. 17. § 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo
menos um terço das unidades da Federação.
11. LETRA C
I) ERRADA
Reforça o princípio democrático o parágrafo único do art. l.º da CF/1988, ao declarar
que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos desta Constituição". Democracia, na célebre
conceituação de Lincoln, é o governo do povo, pelo povo e para o povo.
Tradicionalmente, identificam-se como elementos essenciais do regime democrático:
o princípio da maioria, o princípio da liberdade e o princípio da igualdade.
II) ERRADA
O princípio da não intervenção (art. 4.°, IV), e seu correlato, a autodeterminação dos
povos (art. 4.°, III), também têm origem no reconhecimento da igualdade entre os
Estados. Respeita-se a soberania de cada um, assegurando-se que, no âmbito interno,
os Estados não devem sofrer ingerência na condução de seus assuntos.
III) CORRETA
O Estado refundado pela Carta de 1988 é um Estado Social Democrático, vale dizer,
devem seus órgãos atuar efetivamente - mediante o desenvolvimento de políticas
públicas ativas e prestações positivas - no intuito de se obter uma sociedade em que
prevaleça a igualdade material, assegurando a todos, no mínimo, o necessário a uma
existência digna (um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil,
vazado no inciso III do art. 3.°, é "erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais"; é finalidade geral da ordem econômica, plasmada
no art. 170, caput, "assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social").
IV) CORRETA
Ao lado dos dez princípios que regem as relações do Estado brasileiro na ordem
internacional, o parágrafo único do art. 4° enuncia um objetivo aser perseguido pelo
12. ERRADO
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
Federal.
13. LETRA C
a) (ERRADA) Durante o período do serviço militar obrigatório, o alistamento eleitoral
é facultativo para os conscritos.
Art. 14, na CR88:
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do
serviço militar obrigatório, os conscritos.
15. ERRADO
Súmula Vinculante 18: A dissolução da sociedade ou do vínculo conjugal, no curso do
mandato, não afasta a inelegibilidade prevista no § 7º do artigo 14 da Constituição
Federal.
Art. 14, §7º, da CR/88 São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge
e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal,
de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,
salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
16. LETRA B
a) ERRADA. Lembre-se de que a INELEGIBILIDADE REFLEXA atinge apenas os cargos
de mandato eletivo do EXECUTIVO.
b) CORRETA. Súmula TSE ° 67: A perda do mandato em razão da desfiliação
partidária não se aplica aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário (Prefeito,
Governador, Presidente da República e Senador)
c) ERRADA. Lembre-se: os atos de improbidade administrativa são GRAVES. Logo,
importarão não só na suspensão dos direitos políticos, como também a perda da
função pública, indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
d) ERRADA. Não há obrigatoriedade de voto para analfabeto
e) ERRADA. A Ação de impugnação de Mandato Eletivo deverá ocorrer perante
a JUSTIÇA ELEITORAL e não na Justiça Federal.
Artigo 14, §10 da CF: "O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com
provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude".
17. LETRA A
Art. 14 / CF - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito
II- referendo
III- iniciativa popular
18. CERTO
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
III - iniciativa popular.
20. LETRA C
ARTIGO. 14, § 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente
da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito
ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.