Tenho duas filhas pequenas que não param quietas.

Correm o dia todo, derrubam coisas,

brincam sem parar, dão trabalho quando estão em locais públicos, não obedecem o quanto
eu gostaria. Enfim, são crianças normais, certo? Eu acho que sim. Mas nem todas as mães
acham isso e, muitas, procuram tanto que encontram um diagnóstico: HIPERATIVIDADE.

Mas, afinal, o que é isso? Importante dizer que é muito mais do que, simplesmente, ser uma
criança agitada, “que não para”. A criança hiperativa tem, entre outras coisas, dificuldade
em manter a concentração, impulsividade e agitação. A criança hiperativa é um desafio para
seus pais, familiares e professores.

A hiperatividade pode ocorrer em diferentes graus de intensidade, com sintomas variando

entre leves a graves. A depender da gravidade destes sintomas, a hiperatividade pode
comprometer o desenvolvimento e a expressão linguística, a memória e habilidades
motoras.

O mais importante é que o diagnóstico seja feito de maneira correta. Só um especialista em

comportamento infantil pode ajudar a distinguir a criança normalmente ativa e enérgica de
uma criança realmente hiperativa. As crianças podem correr, brincar e agitar-se felizes
durante horas sem cochilar, dormir ou demonstrar qualquer cansaço. Isso não quer dizer
que ela é hiperativa.

O problema é que muitos pais querem respostas para o comportamento agitado de seus
filhos e buscam nesse problema e em seu tratamento, um jeito de “resolver” a situação.
Claro que não resolvem nada. Claro que só complicam o caso. Pura falta de conhecimento
deles e dos médicos mal preparados que também querem respostas para os
questionamentos dos pais. Hiperatividade é muito mais do que agitação.

Claro que, ao desconfiar, o médico experiente pede uma avaliação psicológica completa do
paciente, mas perguntas sobre o histórico da criança podem ajudar a colocar uma
"pulguinha atrás da orelha" como, por exemplo:

- Este comportamento é novo para a criança, ou ela sempre foi muito ativa?
- O comportamento está piorando?
- Qual comportamento exatamente você notou?
- A criança é fisicamente ativa?
- A criança é facilmente distraída?
- A criança tem problema para seguir instruções?
- Você notou alguma coisa que torna a criança mais ou menos ativa?
- A criança é mais ativa na escola do que em casa?
- Quais outros sintomas estão presentes?

Se o comportamento de seu filho está trazendo problemas nas relações sociais, na escola ou
em casa, o melhor é tentar ajudar e procurar logo um especialista. Ele pode estar sofrendo e
precisando de ajuda. Mesmo que não seja diagnosticada a hiperatividade, o excesso de
agitação pode ser um pedido de socorro, pra mostrar aos pais que algo vai mal. É preciso
estar sempre alerta!