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Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes

Mês de Agosto/2019

Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Mas, quem é Teresa dos Andes?

Juanita nasceu em Santiago do Chile no dia 13 de Julho em 1900, ao entrar para o Carmelo recebeu o nome de
Teresa de Jesus, e ficou depois de sua morte conhecida como Teresa dos Andes por ter vivido no mosteiro assim
chamado.

É a carmelita mais jovem a receber da Igreja o reconhecimento de sua santidade e aquela que viveu menos tempo
na vida carmelitana, apenas onze meses.

Sua vida é breve, nem vinte anos completos, mas rica de conteúdo. É uma jovem como tantas de sua idade que
gosta de esporte, sobretudo equitação. Desde pequenina, seu avô a ensinara a montar a cavalo. Gosta também
de jogar tênis, mas tem melhor sucesso como nadadora. Pequenos pormenores que têm a sua importância para
recuperar o sentido profundo de uma santidade humana. Um modelo vivo que deve ser apresentado aos jovens
para que possam compreender que o Cristo veio para nos comunicar à plenitude da vida, a alegria plena.

Queremos neste mês vocacional traçar o perfil dos vocacionados a partir desta Santa que diz: “É necessário um
grande amor a Deus, aos irmãos. É preciso ter coragem para enfrentar as dificuldades da vida; não ter medo de
sofrer; entregar-se sem reservas ao amor transformador. Assim resumiu sua vocação: salvar almas e pedir
operários a vinha do Senhor.”.

No Carmelo, o amor pelos sacerdotes é muito grande. Cada carmelita sente em seu coração o desejo imenso de
pedir ao Senhor pelos sacerdotes, que são sal e a luz do mundo.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de setembro/2019

Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Gostar da vida é a primeira oração que sobe do coração de jovem santa. O seu amor pela família será o caminho
que a levará a descobrir Cristo como amigo. Amar não é outra a resposta à experiência do amor. É bem difícil para
alguém que nunca se sentiu amado nem experimentou a ternura humana ser capaz de se deixar envolver pela
delicadeza de Deus, que deseja acariciar-nos, afagar nossa cabeça para nos fazer sentir seu amor de Deus.

Juanita sente Jesus como seu único amado, procura-o com o entusiasmo angustiante de São João da Cruz, com a
calma de uma Santa Elisabete da Trindade. O encontro com Cristo, o Amado, em Juanita realiza-se na Eucaristia.
Espera como festa sem igual à primeira Eucaristia, que será um dia sem nuvens, ela dirá: “Depois todos os dias
comungava e passava grande tempo com Jesus. Nosso Senhor me falava depois da comunhão.” O amor é diálogo,
estar juntos, perceber a presença do outro como algo que preenche todos os nossos vazios, desertos e solidões.

Aos quinze anos, encontramos nesta jovem sedenta de vida uma maturidade surpreendente. Percebe que
completar quinze anos é uma aventura de iniciação humana, é tornar-se grande, lançar-se na construção do
próprio futuro.

Juanita diz: “Para uma menina é a idade mais perigosa. É a entrada no mar violento do mundo. Mas Jesus tomou
a direção da minha barquinha. Escondeu-me nele.” O Carmelo já começa a aparecer na sua vida como ponto de
referencia.

Teresa dos Andes, ao longo de toda a sua vida, é cântico de alegria composto de coisas simples, nela lentamente,
uma presença forte vai a invadindo e ela se torna pura transparência Dele.

Neste mês da Bíblia, possamos buscar na Palavra de Deus uma verdadeira experiência de Deus. Teresa dos Andes
nos diz: “A descoberta de Deus não se dá de uma vez para sempre. Deus se revela cada vez mais a alma que o
busca com sinceridade”. Buscar o Senhor, não importa se o encontramos ou não, o que importa é não parar nesta
busca incessante.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de outubro/2019

Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Os desejos de Juanita de ingressar no Carmelo vão aumentando. Porém não é uma sonhadora. Sabe que o amor é
exigente. Que se vai ao convento para imolar-se com Cristo pela humanidade. É consciente do sacrifício da
separação de seus familiares, ela mesma reconhece o extremo que é seu carinho por eles; que como diz: não
acredita haver “irmãos tão unidos” quanto ela com os seus, e que desejar carinho é inato em mim, pois tenho
caráter mimado”. As cartas familiares o confirmam: sobretudo as dirigidas a seu pai. Todas elas são impregnadas
de carinho e afetuosa preocupação por ele e seus problemas.

Até sua entrada no Carmelo , Juanita experimenta em seu espirito as emoções mais desencontradas, os
contrastes mais fortes. Ela escreverá: “Estou no cúmulo da felicidade e da dor”.

Alegria e felicidade, porque já vê próxima a realização de seu ideal: ser carmelita. Entregar-se a Jesus sem
reservas. Dor e tortura, porque tal transformação exige semelhança que não se consegue sem passar pelo crisol
do sofrimento.

Sofrimento horrível, dor imensa, martírio, luta contra a sua própria natureza, são palavras de Juanita que refletem
o que significa para ela ser fiel à sua vocação. Ao pedir permissão paterna, vê as lágrimas nos olhos de seus
familiares, sente-se aniquilada, despedaçada de dor. Mesmo assim, dá o passo definitivo e, como prêmio de sua
generosidade, experimenta que, ao arrancar-se dos braços de sua mãe, Jesus lhe abre os seus, confortando-a e
mimando-a.

Teresa dos Andes como verdadeira filha de Santa Teresa de Jesus, é totalmente humana.

Cada cristão, quanto mais se santifica, tanto mais fecundo se torna para o mundo. A santidade não é algo que nos
torna menos humano, porque é o encontro da tua fragilidade com a força da graça.

O nosso coração, a nossa fé, exigem que saibamos oferecer-nos ao Senhor, para que o Reino se estenda e para
que Jesus seja cada vez mais amado e conhecido por todos os homens.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de novembro/2019

Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Juanita ingressa no dia 7 de maio nas Carmelitas de Los Andes. Desde então começa a se chamar Teresa de Jesus.

O seu rosto é radiante, agradece à comunidade por ter a recebido, com firmeza e coragem e com um sorriso nos
lábios diz: SOU FELIZ!

A felicidade é o grande desejo que ninguém pode destruir do coração humano, mas nem sempre se busca onde
ele está. Muitas vezes pensamos ser felizes porque possuímos muitas coisas, e quanto mais temos, mais
desejamos ter.

A vida carmelitana pode parecer monótona, cansativa, para os que olham de fora e distantes. Mas, na verdade, é
cheia de encanto para os que vivem e amam em profundidade.

Em qualquer lugar do mundo as carmelitas vivem o mesmo ritmo de vida: oração, trabalho, recreio, descanso.
Uma vida simples e alegre. A alegria é característica própria do Carmelo.

Tudo na vida carmelitana obedece a um ritual que chama a atenção até nas mínimas coisas. De manhã bem
cedinho as monjas são acordadas com o toque de umas tábuas, chamadas matraca, e são convidadas pela voz de
uma Irmã para a oração: “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe, a Virgem Maria e Senhora Nossa. À
oração Irmãs, para louvar o Senhor”.

O recreio carmelitano é algo delicioso. É comunicar, na simplicidade e no trabalho manual, o Deus encontrado na
oração. Todas as monjas fazem alguma coisa: uma borda, outra descasca batatas, uma faz terços e outra, já
cansada pela idade, participa de tudo escutando ou conversando das coisas amenas e alegres da vida.

Teresa fica encantada com tudo o que vê e toma consciência da beleza de sua nova casa, sem conforto, mas cheia
de alegria e paz.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de Dezembro/2019

Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Após a entrada de Juanita no Carmelo, agora Teresa dos Andes. O entusiasmo desta jovem é contagiante, e
ninguém consegue escapar; o seu sorriso e o seu falar de Deus convencem todos a serem mais de Deus e
deixarem de lado as coisas pequenas e mesquinhas da terra. O seu amor ao Carmelo difunde-se lentamente no
coração dos outros e uma das suas primeiras seguidoras será a sua mãe.

Sua mãe, Dona Lúcia, entra para a Ordem Secular que, naquele tempo, chamava-se Ordem Terceira; e deixa-se
orientar pela filha nos caminhos da santidade.

Dona Lúcia tem 50 anos. Sempre agira retamente, com sinceridade, buscando a verdade e respeitando os outros.
Mas, de um tempo para cá, andava mergulhada numa aridez espiritual muito grande e, o pior, sentia-se oprimida
pelos escrúpulos que atormentavam a sua delicada consciência. Tinha medo do juízo de Deus. Ela sempre
aprendera que Deus é extremamente severo, juiz duro, que não deixa passar nada... Dona Lúcia não conhece a
misericórdia de Deus Pai, não se sente amada pelo Senhor e tampouco carregada nos ombros de Jesus, Bom
Pastor.

Nesse processo de conversão, para passar da experiência da justiça de Deus ao amor misericordioso, Dona Lúcia
pode contar com uma ótima mestra espiritual: sua filha, Irmã Teresa de Jesus.

As cruzes, ensina Irmã Teresa à mãe, não são uma maldição do Senhor, tampouco um castigo, mas sim um
tesouro do amor, um gesto de carinho de Deus que quer nos convidar a participar dos sofrimentos do seu Filho
Jesus.

Dona Lúcia percebe que é necessário deixar-se amar pelo Senhor para amar os outros e não julgá-los com dureza.
No entardecer da vida, seremos julgados no amor... Estas palavras de São João da Cruz ficam gravadas no coração
das duas carmelitas: uma carmelita atrás das grades e uma mergulhada no mundo, nos afazeres diários; nem por
isso menos carmelita.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de Janeiro/2020

Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Teresa dos Andes sabe que nem todos são chamados para a vida do Carmelo. A Igreja é um jardim onde cada um
vive a sua vocação e é chamado a ser uma presença viva de Jesus no mundo. Todos são chamados a ser santos. É
interessante como esta jovem de apenas 19 anos, percebe esta vocação universal à santidade com uma visão que
muitos anos depois o mesmo Concílio Vaticano II colocará em evidência.

Teresa dos Andes escreverá a seu irmão Lucho, que não aceitava sua vocação:
“Nem todas as pessoas boas são chamadas a ser religiosas. O mundo necessita de almas virtuosas e hoje, mais do
que nunca, é de absoluta necessidade de bom exemplo”.

Escreve a uma amiga:


“Rezo para que você possa conhecer o bom Deus. Não pense que para isso seja necessário ser monja. No mundo
têm almas que o amam e servem”. “... rezarei não para que você seja religiosa, mas para que seja toda de Deus”.

Teresa sabe que é possível amar a Deus em qualquer lugar e que todos somos convidados a dar o nosso sim aos
chamados do Senhor, para sermos autênticos seguidores do Evangelho onde quer que nós estejamos.

Teresa orienta, desde o silêncio do seu Carmelo, aos que a ela recorrem: seus pais, sua irmã Lucita e Rebeca. Ela
sabe que no seguimento de Jesus não podemos pensar muito ou sermos calculistas. O amor é entrega total do
ser, e não tem medida.

Todos somos chamados à plena contemplação e à intimidade com Deus. Ser santo não pode ser um privilégio de
ninguém.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de Fevereiro/2020
Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

O momento máximo do amor de Jesus é, sem dúvida, a sua morte na cruz, mistério que só o amor pode explicar.
Assim Teresa dos Andes sabe que no sofrimento experimenta a alegria da sua total consumação.

Não causa maravilha que Teresa, toda entrega à vivência da ciência da dor, compreenda que o seu fim está perto.
Revela isso numa confissão ao Pe. Avertano, que mais tarde escreverá: “Alguns dias antes de morrer disse-me que
o Senhor lhe tinha feito compreender que, no espaço de mais ou menos um mês, morreria e que sofreria muito.
Disse-lhe que não se preocupasse com isso porque toda carmelita deve estar pronta para esse passo”.

Na visita do seu diretor espiritual manifesta o desejo de que ele peça à sua mãe os cadernos do diário e que sejam
queimados, porque sua morte estava próxima. Graças a Deus, nem o Padre nem dona Lúcia acataram esse
pedido.

Na verdade, o que mais nos impressiona na breve vida de Teresa dos Andes é a sua sede de sofrimento para
identificar-se mais intimamente ao Cristo crucificado. Sofrer em silêncio. Sem queixar-se.

Amar a cruz, deixar-se seduzir pelo Senhor Crucificado é o segredo da plena felicidade da sabedoria e loucura da
cruz.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de Abril/2020
Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Nada de extraordinário na vida de Teresa dos Andes. Ela acompanha a vida da comunidade. Desempenha os seus
compromissos de trabalho. É a primeira Semana Santa que passa no Carmelo e quer vive-la com a maior
intensidade possível. No dia 1º de Abril, Quinta-feira Santa, Teresa sente no seu coração um desejo íntimo de
permanecer o maior tempo possível no coro, rezando e meditando a paixão de Jesus.

Na sexta-feira Santa acompanha a Comunidade no dia penitencial: jejum, mortificação. Permanece um pouco
mais em oração. Voltando para o noviciado, a Mestra percebe algo estranho. Teresa tem o rosto vermelho, como
de alguém com muita febre. Constatada a febre alta, a Mestra exige que esteja de cama.

Sábado Santo: a Madre tem a delicadeza de comunicar à mãe que a sua filha está com muito febre, mas nada de
especial e nada para preocupar-se.

Mas mãe é sempre mãe. Dona Lúcia fica preocupada, procura encontrar-se com o Núncio Apostólico para ter
licença de poder hospitalizar a sua filha. No entanto, envio ao Carmelo de Los Andes o médico amigo da família e
que já conhece bem Teresa.

O doutor, chegando ao Carmelo, encontra uma situação mais delicada e perigosa; a febre aumenta.

O sofrimento se faz mais duro. Teresa passa mal. Perde os sentidos e entra em coma. O que fazer?

Depois da meia-noite do dia 7 de abril ela volta a si e consegue falar, e entende e sente-se mais unida ao
sofrimento de Jesus.

A Madre Priora aproveita este momento de lucidez e a convida a fazer sua profissão religiosa no Carmelo. Os seus
olhos, vermelhos de febre, vibram de alegria e de vida.

A doença, o tifo faz o seu curso inexorável. Teme-se que esta doença possa contagiar a comunidade, por isso são
tomadas todas as devidas precauções. A doente é transferida para à enfermaria e pouquíssimas monjas poderão
visitá-la de agora em diante.

É o Senhor quem tira tudo que seja consolação humana para que a noite seja mais escura e um dia a luz brilhe
com maior força.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de Maio/2020
Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Durante os dias de sua doença a Comunidade teve a oportunidade de apreciar a santidade desta jovem Irmã. A
sua tranquilidade, a sua admirável paciência, a sua fortaleza em saber sofrer além do possível revelaram um
espírito verdadeiramente heroico. Em completo esquecimento de si, com doçura e mansidão de um cordeirinho,
ofereceu as curas dolorosas para combater a sua difícil doença. As injeções constantes. Chegou-se ao momento
em que nos seus braços não havia mais espaço. Mas quando chegava a hora das injeções ela apresentava os seus
braços com sua grande simplicidade que comovia.

Teresa dos Andes, mesmo nos seus delírios provocados pelo sofrimento, foi purificada por Deus que a tornou
mais pronta para entrar na alegria da vida eterna.

Na manhã do dia 11 de abril, Teresa teve uma retomada de consciência. Ela sempre tinha manifestado o Deus
“alegria infinita”, agora quer continuar a ser para os outros motivo de alegria e esperança. A ciência, a medicina, o
saber dos médicos podem dizer somente uma coisa: que são impotentes e estão perdendo a batalha contra a
morte.

Teresa dos Andes, como que roubada pelo Amor, apaga-se silenciosamente às 19horas do dia 12 de abril de 1920.
Sem dizer nada, como tinha vivido. Irmã Teresa de Jesus, jovem carmelita chilena, entra na glória do seu Senhor.

A Madre Priora, com o coração partido de dor, leva a triste notícia à mãe dona Lúcia, que está na portaria do
mosteiro esperando a qualquer momento esta triste notícia. Recebe-a silenciosamente abraçando os filhos
presentes e colocando tudo nas mãos de Deus; repetindo lentamente: “Seja fita, Senhor, a vossa vontade”.

Centenário da morte de Santa Teresa dos Andes


Mês de Junho/2020
Neste ano de preparação do centenário de Teresa dos Andes partilharemos um pouco, em cada mês, a breve vida
desta jovem carmelita.

Havia pessoas, benfeitores que visitavam o Carmelo e sabem da enfermidade de Irmã Teresa de Jesus, a jovem
noviça, a filha dos Fernández. Ela está doente... Todos sabem ser uma doença grave, e que os médicos esperam
de uma hora para a outra a morte... Todos sabem e esperam que os sinos do Carmelo toquem diferentemente
avisando que Irmã Teresa partiu para o céu...

É noite. Os sinos anunciam que Irmã Teresa morreu... Ninguém se atreve a ir ao Carmelo nesta hora. Mas a voz se
espalha ao pé do ouvido. De boca emboca um avisa ao outro que morreu uma monja, aquela jovem...

Na manhã do dia 13, quando ainda está escuro, as primeiras pessoas começam a chegar ao Carmelo e logo se
dirigem às grades que estão abertas, e podem contemplar o rosto sereno, tranquilo, cheio de paz, da jovem
carmelita. Neste dia há uma grande peregrinação do povo, que pedem que seus objetos de devoção sejam
tocados no corpo de Irmã Teresa. O povo sabe que na intercessão desta jovem carmelita se pode confiar.

Como tanto povo acorreu para o enterro de Irmã Teresa de Jesus se ela não era conhecida? Como a sua fama de
santidade se difundiu num piscar de olhos, se ninguém sabia quem era ela nem fizera nada de extraordinário? São
os segredos de Deus.

Após a morte de Teresa dos Andes, seus pais continuaram a ter uma vida autenticamente cristã se dedicaram a
servir ao Senhor e serem sempre amigos do Carmelo de Los Andes. Sua irmã Rebeca entrou para o Carmelo, após
sete meses do falecimento de sua irmã.

Seu irmão Lucho, havia feito um caminho difícil; afastou-se de Deus e não acreditava que Jesus era filho de Deus.
Após a morte de sua irmã Juanita, ele com o seu irmão Miguel se revoltaram.

Um dia Juanita tinha-lhe escrito: “Rezarei para que Deus se manifeste um dia para a tua alma”. Lucho um ano
antes de sua morte reencontrou a fé e soube acolher, com confiança de uma criança, a mesma palavra de Deus. A
promessa de Juanita se realizou na sua vida.

Assim cada um de nós, embora nas trevas da noite, entende que somente sabendo esperar poderá ver a beleza
do sol que nasce. A maravilha de uma madrugada recompensa todo o sofrimento da noite que não passa.

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