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LITERATURA BRASILEIRA:
POESIA
Consonâncias e dissonâncias:
o ritmo do Modernismo:
Oswald de Andrade (1890-1954).
Mário de Andrade (1893-1945).
Manuel Bandeira (1886
(1886-1968).
1968)
Raul Bopp (1898-1984):
“Cobra Norato”.
Oswald de Andrade
(Oswald de Andrade)
“Pronominais”
“Dê
“Dê-me um cigarro
i
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados”
(Oswald de Andrade)
Mário de Andrade
“A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...
E a Serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.”
Interatividade
No “Manifesto Antropofágico” ou
“Antropófago”, Oswald de Andrade
propôs que:
a) Os artistas renegassem a cultura europeia
e criassem uma arte nacional nos
moldes portugueses.
portugueses
b) Os artistas retomassem a tradição
parnasiana então perdida.
c) Os artistas brasileiros devorassem a
cultura estrangeira e criassem
uma cultura revolucionária própria.
d) Os novos poetas estudassem mais a cultura
nacional e não lessem obras estrangeiras.
e) A cultura nacional não precisava
de qualquer inovação.
Manuel Bandeira
(www.vidaslusofonas.pt)
Manuel Bandeira
“Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
O sapo-tanoeiro,
sapo ta oe o,
Parnasiano aguado,
Diz: — ‘Meu cancioneiro
É bem martelado.
“Os sapos”
Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas . . .’
Urra o sapo-boi:
— ‘Meu pai foi rei’ — ‘Foi!’
— ‘Não foi!’ — ‘Foi!’ — ‘Não foi!’ ”
Revolução literária
http://www.brasilescola.com/folclore/boitata.htm
“Cobra Norato”
I
“Um dia
eu hei de morar nas terras do Sem-fim
Vou andando caminhando caminhando
Me misturo no ventre do mato mordendo
raízes
Depois
faço puçanga de flor de tajá de lagoa
e mando chamar a Cobra Norato
[...]”
“Cobra Norato”
Agora sim
me enfio nessa pele de seda elástica
e saio a correr mundo
Profundíssimamente hipocondríaco,
p ,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.
Mulher proletária,
o operário, teu proprietário
há de ver, há de ver:
a tua produção
produção,
a tua superprodução,
ao contrário das máquinas burguesas
salvar o teu proprietário.”
“Essa negra fulô”
Ó Fulô! Ó Fulô!
(Era a fala da Sinhá)
— Vai forrar a minha cama
pentear os meus cabelos,
vem ajudar a tirar
a minha roupa, Fulô!
“Uma ocasião,
meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo
amanhecendo.””
“Ensinamento”