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A HISTORIA COMPLETA E VERDADEIRA DA

EMPRESA DE ÔNIBUS NOSSA SENHORA DA PENHA S.A.


De 1960 até 2011
Endrigo Julian Cecin de Albuquerque
Março de 2011

A Penha na pratica, foi idealizada em 13 de dezembro de 1960, entre amigos


paulistas, em São Paulo Capital.
Uma idéia liderada por Albertino de Castro Prestes, natural de Araçariguama,
região de São Roque-SP, onde tem uma praça hoje com seu nome, numa
época em que no Brasil, a economia dava um passo na consolidação do
progresso, em todos os seus setores.
O Sr. Albertino e seus primeiros colaboradores, se utilizavam de automóveis
normalmente na cor preta, com boa capacidade para o transporte de
passageiros de Curitiba a São Paulo. Eram camionetas que faziam
fretamento, principalmente pela Estrada da Ribeira.

A idéia, era de mais tarde, fundarem uma empresa de ônibus, em Curitiba,


que seria uma localização estratégica muito boa para o propósito deles..
A primeira área onde foi a matriz da Penha, foi no bairro de Juvevê.

Então logo, uniram se com duas empresas de Lages, Santa Catarina,


pertencente a 5 irmãos gaúchos, sendo o que administrava era chamado de
Dorival Piccoli, cujo familia administra hoje o Expresso Rio Guaiba na
grande Porto Alegre (RS).
Essas empresas eram: “Lajes Transportes Ltda”, e “Expresso Curitiba-Lajes
“(ambas com J). A frota dessas últimas era de Eliziario-M.Benz-Funcinhudos,
e do modelo F-8 da Ford. A numeração dos carros era de 01 a 40.

Com essa sociedade entre Albertino e Dorival, fortaleceu a malha de linhas


tanto para o Sul quanto para o Sudeste do País. É a partir dessa sociedade
que vem o nome alusivo a Santa Nossa Senhora da Penha, ou seja, se
chamava:
“Empresa Nossa Senhora da Penha Limitada”.

A Penha já se registrava como empresa nesse final de 1960 com uma frota
de 19 ônibus, no Bairro Juvevê, em Curitiba.
Mas somente 8 carros estavam em estado bom para trabalhar.
O restante se encontrava em estado precário.

Sempre operando junto com a Expresso Curitiba Lajes, e lá em Lages, com a


Lajes Transportes, que operava de Florianópolis para Lages, linha que mais
tarde passou a ser da empresa Reunidas.
A numeração dos carros passava a ser do 04 ao 399.
A frota já estava constituída já não apenas mais por Ford F-8, mas sim por
Imperadores-Mercedes, e Bi Campeões Scania Vabis.
A Penha tornou-se "Sociedade Anônima" em 7 de fevereiro de 1961, se
chamando “EMPRESA DE ÔNIBUS NOSSA SENHORA DA PENHA S.A.
Essa foi a data de sua oficial fundação, incorporando finalmente essas
empresas Expresso Curitiba-Lages e Lages Transportes, sediadas em
Lages, Santa Catarina, dando assim os primeiros grandes passos da sua
expansão.
A numeração dos carros ía do 201 ao 779.

A extinta União Catarinense também foi incorporada pela Penha.


Ela tinha as cores verde e vermelho, assim como a Curitiba Lajes.
Foi aí que a Penha adotou as cores verde e vermelho, inspirando se
nessas empresas, adotando o mesmo padrão visual de ambas.

O verde, significava a vegetação e os pinheiros do Paraná, e o vermelho, a


terra vermelha desse Estado.

Em 1962, a Penha adicionou mais 6 carros novos, permitindo aos dirigentes,


a exploração da linha Curitiba-Rio de Janeiro, e da Curitiba-Santos.
Foi um período difícil, as viagens eram longas e as estradas apresentavam
precárias condições.
A abertura da antiga BR-2, hoje BR-116, foi um marco decisivo para
expansão da Penha e tambem positivo para o progresso de Curitiba.

A partir de 1963 a Penha obteve linhas como Ponta Grossa – São Paulo,
Curitiba x Sorocaba, Curitiba x Itararé, conquistou linhas regulares para o
Rio Grande do Sul, ligando Porto Alegre ao Rio de Janeiro, e no Paraná,
ligando Curitiba a São Paulo, via Estrada da Ribeira.
A Penha incorporou na frota os Eliziarios 3000, sobre chassis Scania B-75, e
mais tarde B-76 sob a mesma carroceria.

A prefixação ia do 201 ao 1969.


Ela introduziu os primeiros Leitos da sua historia, que eram o modelo
Bicampeão-Scania-B75, serie especial 1960, ano 1961/1962.

Dorival Piccoli, um dos diretores sócios dessa primeira gestão, que tinha
mais 4 irmãos, entre eles o Wilson, permaneceu por mais pouco tempo na
diretoria.
Alem dele e dos outros quatro irmãos, tinha mais alguns cunhados na
primeira fase, antes da cisão.
Na Lajes Transportes que fazia Lages - Florianopolis ele alegara em vida que
foi sòcio da sua irmã Ida que era casada com Olivio Soccol, parente de Remy
Soccol, que até estes últimos anos estava na Expresso Rio Guaíba, da
grande Porto Alegre.
A Penha negociou com a Auto Viação Catarinense, linhas como Blumenau-
Porto Alegre e Joinville-Porto Alegre.

Ainda em 1963, a Penha incorporou a empresa Rápido Sul Brasileiro, que


explorava linhas de Santa Catarina (Florianópolis, Itajaí, Joinville, Blumenau,
etc), e também a Viação Voguelsanger, que fazia as linhas de Joinville, de
São Francisco do Sul e Enseada.

Em 1964, com as obras de sua primeira garagem 100% concluída no Bairro


Juvevê, cujo o galpão principal foi inaugurado ainda em dezembro daquele
ano, e em plena atividade, a empresa aumentou sua frota, adquirindo
enormes possibilidades de expansão de linhas, e de mercado, que
aumentava bastante a demanda.
Foi nesse ano, que a Penha deu inicio ao funcionamento das linhas
Blumenau-Porto Alegre e Joinville-Porto Alegre, linhas que eram operadas
pela Catarinense.
Ainda no final de 1964: ela conquista o direito de explorar a linha Curitiba-
Brusque.

Em 1965, foram inauguradas as linhas Rio Grande-Rio de Janeiro e Pelotas-


São Paulo.

Em 1966 foram criadas as linhas Curitiba-Rio do Sul, Florianópolis-São Paulo


e Florianópolis-Rio de Janeiro.

Em 1968, finalmente, ganha a linha Salvador-Rio de Janeiro, com a compra


da Viação Real Bahia.
Com a Real Bahia vieram a fazer parte da frota os Eliziàrios 3600R, e os
Nicolas Ouro-Scania e MB, que foram colocados na Curitiba-Lages, e eram
serie 1240 e 1250.
A partir daí, também foram incorporados Caio Gaivota Scania, do 1259 aos
1269, e os Astro-Scania B76, na série 1270.
Haviam também Gaivotas Magirus Deutz do 901 ao 907.

Depois, em 1969, com a venda de algumas linhas entre o Paraná e São Paulo
para a Transpen, da família Fadel, o Marcopolo I ingressa na frota,
inicialmente a partir do carro 909, na serie 900, (acredita se que até o 919),
mas com motor Mercedes dianteiro.
Não demorou chegou também com chassis Scania B-76, com os prefixos a
partir de 1279, ate 1359 (com exceção do carro 1301 que era um Ciferal Líder-
Scania Sueco).

Ocorreu também nesse ano, a primeira compra de Nielson na historia da


Penha: eram os Diplomatas 70-Scanias, com prefixos serie 1080.
Os Bicampeões findaram sua passagem pela Penha no prefixo 1239.
Essa ultima serie, a 1230, eles vinham com 2 sanitarios: masculino e
feminino.

Era época de uma grande expansão de frota e de linhas na Penha.


Tanto que mais uma importante empresa, com uma expressiva linha, foi
incorporada a Penha: a Viação Minuano de Porto Alegre, com sua linha
P.ALEGRE-SÃO PAULO, sendo incorporados e vendidos seus Imperadores e
Bicampeões-Scanias B-75 e B-76, e mantidos os Nimbus Gran Luxo Scania,
na serie 1400.

Para que a concorrência não fosse entrar na linha Rio de Janeiro – P.Alegre,
a Penha criou a carioca Centauro, com Flechas de Prata-Scania, sem
sanitários inicialmente, na serie 6700 (numeração conforme o ano), e
posterior Marcopolos I -Scania serie 7000, alem de Líder-Scania na serie
7100.

A Penha era tida já como empresa piloto por ser conhecida pela sua
qualificação nos serviços de boa qualidade e estrutura.
Estava sendo criada uma rede de radio-comunicação entre agencias, pontos
de apoio, garagens, viaturas e ate em alguns carros da empresa, para
reservas, informações de posição do carro, e demais tipos de mensagens.
Tanto em VHF como em HF (SSB), a segunda para comunicações a longas
distancias. Era o chamado rádio “PX”.

Em dezembro de 1973, a Penha passou a fazer parte da Corporação


Itapemirim , dando um passo decisivo para o crescimento planejado,
mantendo sua sede fiscal, administrativa e operacional independente em
Curitiba. Essa matriz ainda era no Bairro do Juvevê, porem, o Grupo
Itapemirim já iniciara a construção de garagem nova e bem maior.

Funcionários que trabalharam durante 30 anos na empresa, boa parte


ingressaram nesse ano, pois, com o aumento da estutura, tornando-a uma
empresa de grande expressão nacional, permitia que vários cargos fossem
sendo criados.
É o caso do italiano Ferrucio Nadovich, naturalizado brasileiro. Ele era
Do setor de pinturas. Com um ano de empresa, foi promovido a encarregado
desse setor.
Outro veterano que trabalhou mais de 30 anos na empresa, foi o Sr.Ernesto
Engel. Seu Ernesto foi gerente de manutenção.

Os prefixos dos carros naquele momento eram entre os series 900, 1080,
1200, 1300, 1400, 7300 e 7400.
Nessas serie 7300 e 7400, pouca gente sabe que na Penha eram dos seus
primeiros monoblocos, que na verdade eram O326, e foram implantados na
linha Porto Alegre - São Paulo, mas eram apertados demais, e o Sul não se
adaptou com a cultura de monoblocos Mercedes, como o Nordeste que teve
melhor aceitação do usuário, logo, não duraram muito tempo, não, e foram
pra Itapemirim atender o Nordeste.

Final de 1974, para 1975, com a inauguração da linha Brasilia – Porto Alegre,
a Itapemirim comprou para a Penha, novíssimos Ciferal Líder-Scania 110
super, que foram nomeados de Tapete Mágico, por terem suspensão a ar no
eixo traseiro.
Assim como a Penha, a Real Expresso também teve o direito de explorar
essa linha, em mesmo horário, porem, em dias diferentes.

A Nossa Senhora da Penha então, inaugura sua nova garagem da Matriz, no


Trevo Rodoviário do Atuba. Uma garagem completa, complexa, com setor
industrial de manutenção mecânica proprios.

A Penha adquire então, na serie 1500 (1501 ao 1529) os novos Marcopolo ll –


Scania 110, de 36 lugares, também nomeados Tapete Mágico, convencional.
Junto, vieram os Marcopolo ll – Também Scania 110 - Leitos (22 lugares,
com cafeteiras, porem sem ar), na serie 3000 (do 3001 ao 3059).

Por acaso, o carro 3005 foi o primeiro a sair do Terminal Rodoferroviario de


Curitiba recém inaugurado em 1975. Inaugurou o Terminal de forma
clandestina. Era pra sair um Pluma-Leito, o 7223 dela, mas o Sr.Erico,
gerente de trafego da Penha, criou um horário extra para as 00:05, escalando
o 3005, só para furar o esquema. O Pluma saia as 00:20.
Eram expandidas as linhas com serviço Leito naquele ano de 1975.
Tão logo chegaram zerados a frota, os Nielson Diplomatas JO – Scania –
Tapete Mágico, do 1531 ao 1539.
O carro 1439 sofreu um acidente terrível, na divisa SP-PR, morreram 30
passageiros e o motorista.
Daí a Penha o reencarroçou o como Líder-Scania, no prefixo 1541,
encerrando essa serie.

Entre 1976 e 1977, os Monoblocos Mercedes Benz tiveram retorno da frota.


Desta vez foram os O362-MB, na serie 1700 (do 1701 ao 1775), porem,
usados para itinerarios mais curtos, como os setores de Santa Catarina,
ligados a capital Paranaense por eles.

O uniforme dos motoristas passam a ser: camisa amarela e calça marrom,


gravata marrom, mesmo padrão da Viação Itapemirim, só diferenciado pelo
crachá.
Tambem no final 1976, chegam a frota, os Leitos serie 5000. Do 5001 ao 5007,
eram Ciferal Líder-Mercedes Benz-Sem Ar, em seguida 2 Líder-Scania
(dianteiro)-Sem Ar,o 5009 e o 5011.
Do 5013 ao 5049, já eram Líder-Mercedes Leito Sem Ar.
Do 5051 ao 5089, eram Líder 2001-Mercedes, e de novo na serie 5090, Líder-
Mercedes Leito Com Ar.

Em 1977, chega a frota, mais alguns da serie 5100, repetindo a marca Líder-
Mercedes-Leito, Sem Ar, como antes.

(O interessante é que quando a Itapemirim comprou a Penha em 1973, esta


estava para receber 10 unidades leito com a mesma numeracao (5000) que
seriam Nielson-Diplomatas 74, sobre Scania BR-115 ( motor traseiro) e que
foram vendidos pela Itapemirim antes mesmo de sairem da encarrocadora).

No final de 1977, foram lançados solenemente, os carros da serie 4000, no


Clube da Lagoa, em Florianópolis. Eram os primeiros Marcopolo lll da
empresa.

Como não havia tido sucesso o “padrão nordestino” com os O326-MB para o
Sul, o genro do Sr. Camilo Cola, quem dirigia a Penha nessa década, o Sr.
Francisco Pim, levou muita “cacetada” na cabeça para que aquilo não se
repetisse.
Então, como a empresa precisava renovar a frota, e expandir as linhas no
Sul, ele decidiu reencarroçar a serie 1200 (Scanias B-76) com carroceria
Marcopolo lll. Alguns convencionais e outros leitos.
Foram os primeiros ônibus da empresa e da Marcopolo a terem janelas
verticais e não inclinadas. Era lançamento da nova pintura da Penha, com
listras diagonais em verde e vermelho, dominando o branco em todo ônibus,
e os parachoques pretos.
Foi um visual inovador sem dúvida, no cenário rodoviário do Brasil.
Ano seguinte, em 1978 para 1979, aí sim os Marcopolos lll vieram com
chassis novos, sobre Scania B-111.
Eram carros da serie 4500, todos convencionais, usados principalmente nas
linhas: Brasília-P.Alegre, Rio-P.Alegre, Curitiba-S.Paulo, Curitiba-Rio,
S.Paulo-Caxias do Sul, Florianópolis-S.Paulo, Pelotas-S.Paulo e P.Alegre-
S.Paulo.

De 1979 para 1980, chegou o lote de 5 carros Marcopolo lll – Mercedes –


motor traseiro.
Era na serie 7000 (do 7001 ao 7009).
Vieram para se fixar na linha Curitiba-Santos.

As series de prefixação dos carros na frota eram:


900, 1300, 1400, 1500, 7500, 1700, 3000, 4000, 4500, 5000, 5100 e 7000.
Logo a linha Curitiba-Brasilia era criada, e seria via Ponta Grossa e Bauru.
Em 1981, a Penha se desfaz da linha Joinville-Porto Alegre, para a Pluma.
A linha Lages-P.Alegre e Blumenau-P.Alegre via Lages, são criadas.
Nesse mesmo ano, o Grupo Itapemirim, da uma boa cartada: compra a
Única Rio São Paulo, e começa a operar na linha S.PAULO-RIO, com isso, a
Penha passa a obter os Caios Gaivota-Mercedes (traseiro), com prefixos na
série 8100, alusivo ao ano da compra... (tambèm haviam alguns CAIO
Corcovado-MB e Scania que foram pintados para a Itapemirim).

Em 1983, entra uma nova comunicação visual na empresa.


Os carros começam o processo de repintura para uma faixa dominante da
cor verde, com pequena listra vermelha abaixo.
É assumido o novo logotipo e logomarca com estilo mais moderno, e
adequando se ao padrão Itapemirim.

Os carros que chegaram ainda nesse ano, eram montados pela Tecnobus,
encarroçadora criada pela Itapemirim. Eram os chamados “Superbus l”,
(Tecnobus-Mercedes-4x2), que tinham placas de Cachoeiro de Itapemirim-
ES, e eram na serie 11000.

O uniforme dos motoristas e agentes de vendas agora, passa a ser: camisa


cinza e calça cor de chumbo.

Também nesse ano, a Penha decide empregar novos monoblocos , que


seriam os O364-MB (4x2), para ir substituindo aos poucos os O362-MB.
Seus prefixos eram serie 6000.

As series de prefixação dos carros nesse ano eram:


1500, 7500, 1700, 3000, 4000, 4500, 5000, 5100, 6000, 7000, 8100 e 11000.

Em 1984 a Penha deu uma significativa Inovada de fato.


Primeiro ela recebeu carros tocos convencionais reformulados pela
Itapemirim, como os na serie 11000 (11051,11053,etc, que eram diferenciados
dos primeiros da serie) como foram introduzidos carros de encarroçadoras
diversas, como Nielson (“Diplomata-Tecnobus” 11073,11075 e 11077).
Diplomata 2.60-MBenz e Scania, Viaggio G4-MB e Scania prefixos
11201,11203,11205, 11301,11303,11305 (Nielsons)
e 11333,11335 (Marcopolos G4).
O 11301 e o 11303, passaram a ser fixos na Curitiba-Santos, e os 11333 e
11335, na Curitiba-Blumenau.

A inovada desse ano vem agora: foi lançado o “Turbo PN3”, que seria um
Tecnobus-Scania-6x2 (trucado). Seria o Tribus ll da Penha.
Isso mesmo, o primeiro carro com três eixos da historia da Penha, e com
suspensão a ar em todos os eixos.
Serie: 13000.
Nesse ano, mais Tecnobus-Mb-Tocos chegam a frota, com os prefixos serie
11100.

Em meados de 1986, chegam novos Tecnobus-Scania-Trucados, na


prefixação 13100, e bem mais tarde seriam trazidos da Itapemirim
(usados/repassados), os mesmos modelos porem na serie 13200.

Até aqui a garagem do setor de São Paulo ficava próxima à Marginal do


Tietê, mais precisamente ao lado da Av. Marquesa de São Vicente, próximo
à ponte da Av. Pompéia.
Hoje ali é uma empresa de fios e cabos elétricos. Fica quase em frente
àquela danceteria Brodway. Também tem vários móteis ao lado.

A garagem da Penha/Itapemirim do setor de São Paulo agora passa a ser


em Guarulhos, na grande São Paulo, no Bairro de Cumbica.

Em 1988:
A serie 17000 chega com Tecnobus-Mercedes-Tocos (Superbus ll).
Eram chamados de “TurboClass”.
A serie 18000 chega com Tecnobus-Scania-Trucados (ainda Tribus ll).

Houve uma renovação de frota: venda dos marcopolos ll e lll da frota, bem
como os monoblocos MB antigos. Agora toda a pintura da frota é padrão
(igual).
Chegam os novos Monoblocos Leitos, tanto trucados, como poucos tocos,
O371-MB-6x2/4x2, nas series: 5200 e 5300.
São chamados de “Turbo Confort”.

É inaugurada a lanchonete Trópicos, na matriz, anexo a garagem de Curitiba,


para atendimento aos passageiros. A inauguração contou com o Sr. Diretor-
Presidente Camilo Cola, o Sr. Diretor-Vice-Presidente Luis Fernando Sena, e
com o então Secretario do Ministro dos Transportes.
Até então a Penha se utilizava de um ponto de apoio em frente a sua
garagem matriz, também as margens da BR-116.

É criado um veiculo de comunicação interna. Esse boletim informativo no


formato de jornal se chamaria PENINHA, com um mascote de mesmo nome.
Era editado pelos setores de Recursos Humanos, e de Comunicação Social
da Penha. Tinha 2000 exemplares cada tiragem e era mensal.

São Paulo-Lages recebe linha de serviço leito.

Linhas para Bagé e Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, são


criadas.
S.Paulo-Fortaleza via Uberaba, Brasília e Barreiras é criada.
Caxias do Sul-Bal.Camboriú via Lages e Blumenau é criada.
O interessante é que a Penha sempre pensou nos seus colaboradores.
Ela por exemplo tinha sempre um veiculo, geralmente um toco mais antigo,
que conduzia os funcionários do Atuba (Matriz) para Colombo (Mato), ou
outras localidades da grande Curitiba. Tambem se utilizava desses carros
para eventuais e repentinas inspeções e fiscalizações em pontos de aoio,
como o Petropen, em Registro-SP, local de exclusiva parada sua, que
inclusive, foi comprado pela Penha/Itapemirim (pertencia ao grupo).
Vale ressaltar que nessa época, ainda o grupo operava PX nas praças,
principalmente nas agencias e pontos de apoio.

A prefixação da frota em 1988 fica:


7500, 5000, 5100, 5200, 5300, 11000, 11100, 11200,11300, 13000, 13100,
17000 e 18000.

Final de 1989: modernização da Tecnobus.


São lançados os Tribus lll (TURBO 3), que são os novos Tecnobus-Scania-
Trucados Convencionais, todos na serie 22000.
É inaugurada a linha Campinas-P.Alegre
(uma extensão de SP-PA).
A linha Fortaleza-Salvador entra na malha da Penha.

É lançado o “Tecnobus-Scania-Toco” (Superbus lll),


na serie 23000.
Conhecidos por Turbo Class tambem, são carros tocos convencionais
com maior potencia.

O uniforme dos funcionários agora é: camisa branca e calça cor cinza clara,
com gravata cinza clara.

1992: É lançado o Tecnobus 2M-Mercedes-Toco,


convencional, na serie 26000.

São lançadas ousadamente as linhas:


Pelotas-Fortaleza via Curitiba, S.Paulo e Jequié;
Pelotas-Fortaleza via Santa Maria, Londrina, Brasília e Barreiras;
Pelotas-Fortaleza via Santa Maria, Maringá, Assis, Brasília e Barreiras;
Pelotas-Brasilia via Santa Maria, Londrina e Marilia.

As três ultimas acima foram detidas, algumas com carro em plena atividade
na estrada, pelo então DNER, a pedido indireto da Planalto de Santa Maria-
RS, que estava tentando obter autorização para começar a linha Santa Maria-
Barreiras.
Permaneceu a Pelotas-Fortaleza via Curitiba, S.Paulo e Jequié;

1993: É lançado o Tecnobus 2M-Mercedes-Trucado,


convencional, na serie 26300.
É lançado o Tecnobus-Mercedes-Trucado, (Turbo 3),
convencional, na serie 27000.

A Penha inaugura sua praticamente segunda linha internacional


(Florianópolis-Cordoba, via P.Alegre) essa linha deu origem a uma outra
conquista: a linha S.PAULO-CORDOBA. A primeira não deu certo, a segunda
sim.
Vale lembrar que em Bagé, a Penha já havia conseguido implantar uma linha
local internacional para o Uruguai: Bagé-Melo, que seria praticamente sua
primeira linha internacional.
Na publicação anual de 1993 da revista “As Maiores do Transporte”, a Penha
é a sétima colocada. Nesse ano contava com 112 setores-filiais, 105 linhas
interestaduais e 2 internacionais, sendo 87 convencionais e 18 leitos.

Em 1994 é lançado o serviço Executivo na Penha.


Esse serviço é chamado de “Greenbus”.
A marca de carro para esse serviço, que tem inclinação de poltrona maior
que de um convencional, wc, ar condicionado, café e agua a bordo, é o
monobloco O400 (Mercedes Benz), Trucado.
Sua serie fica 33000.
No ano seguinte, são comprados mais desses veículos
Na serie 33100.

Prefixação da frota em 1995:


5200, 5300, 11000, 11100, 11200,11300, 13000, 13100,
17000, 18000, 22000, 23000, 26000, 26300, 27000, 33000 e 33100.
1996: São remanejados para a serie 33200, ex leitos O371-MB-6x2, passando
a ser executivos. Os Leitos da serie 5300 da mesma forma. Todos agora são
Greenbus.

1996: As agencias renovam, colocando terminais de computadores,


facilitando as reservas, as comunicações e também a bilhetagem.
E o Radio PX é banido em toda a empresa.

1997: É lançado o novo Tecnobus (Tribus IV), Scania / Trucado, e introduzido


na empresa com os prefixos 33301 e 33303, no serviço executivo GreenBus.

Ainda nesse ano, foi incorporado como reforço na frota, pela Penha ter sido
remanejada a assumir linhas que até então eram da Itapemirim, como por
exemplo a Cachoeiro-Campos, que era a única linha de modalidade Comum
da Penha (com cobrador a bordo), o Campione 3.25 (da Comil), sobre
Mercedes com motor traseiro, com o prefixo 26101 (filho único deste modelo
na frota). Esse carro durou uns 3 anos na frota, apenas.
O 26101 também operou a única linha intermunicipal que a Penha já teve:
Guarapari-Marataizes, no Espírito Santo.
Em 1998, há mudança visual na Penha. A logotipia permanece, ganhando
nova cor: o verde azulado criado pela Penha, o “green day” !
É misturado com um cinza metálico que dá um bom tempero na
comunicação visual dos carros. O marfim toma conta de onde era branco, e
a logotipia é envolvida pelo azul marinho, mantendo a coroa tradicional da
santa.

O uniforme dos funcionários agora é: camisa branca e calça cor azul


marinho, com gravata azul marinho.

O filho do Sr. Camilo Cola, o Sr. Camilo Cola Filho, Diretor-Presidente,


encomenda da Busscar (Ex Nielson), carros executivos e semi-leitos (46 e 38
lugares), sobre chassis Mercedes Benz O400RSD (Trucados).
São Visstabuss Hi –Mb-6x2, e suas series são:
33500 (Greenbus/Executivo) e 35000 (Classis/SemiLeito).
Outra inovação na empresa, ocorreu a bordo dos Semi-Leitos (Classis)
nessa epoca: o passageiro adquirindo nas agencias um cartão telefônico,
poderia efetuar chamadas via satélite de dentro do veiculo, pois ao fundo do
salão existia um telefone para esse fim.

Em 1999, os Leitos na serie 5200, também foram sendo substituídos aos


poucos, quando não eram reformados de O371 para O400 principalmente na
dianteira.
Teve Visstas Hi-Mbb também incorporados na frota de Leitos, nessa mesma
serie 5200 (5271 ao 5281).
O serviço Leito agora se chama “Astor”.
3 Paradisos-Scania-Trucados também são incorporados nesse serviço, do
5281 ao 5285.
4 Paradisos-Scania-Trucados são incorporados também no serviço Classis,
do 35021 ao 35027.

A Penha conquista a qualificação ISO 9001, e em seguida a ISO 9002.

Em 2000 , Visstabuss Hi de nova geração chegam a frota. Tomam lugar entre


os Leitos a partir do prefixo 5287, a partir do 33561 como Greenbus e a partir
do 35029 como Classis.

A Pluma se desfaz para a Penha das linhas: Curitiba-Porto Alegre (via


Lages), Curitiba-Caxias do Sul e São Paulo-Paranaguá.
No negocio, a Penha recebe dela, Viaggios G4-Scania-Toco, Paradisos GV-
Scanias (6x2) e Paradisos DD-Scania(6x2), os quais são totalmente
reformados, peça por peça, dentro do padrão de qualidade industrial e de
manutenção mecânica da Corporação Itapemirim.

Esses carros, ficam na frota com os seguintes prefixos:


Serie 17100: Viaggios G4-Scania-Toco (convencionais),
Serie 33400: Paradisos GV-Scania (6x2) (executivos),
Serie 40000: Paradisos DD-Scania (6x2), (executivo-leitos).

A prefixação em 2000, fica nas series: 5200, 13000, 13100,


17000, 17100, 18000, 22000, 23000, 26000, 26100, 26300, 27000, 33000, 33100,
33200, 33300, 33400, 33500, 35000 e 40000.

Muitas linhas continuaram a ser remanejadas. Muitas táticas da


administração e do grupo proprietário foram aplicadas.
A crise já dava sinal de existência há alguns anos.
O diretor Presidente cria uma empresa paralela, não pretencente ao grupo.
Se chamaria Kaiowá, com alguns carros ex-Penha repassados a mesma...

2003: é introduzido um sistema de comunicação por radio-celular na


empresa, entre todos os funcionários.

Não houve mais significativa renovação de frota, ou ampliação de linhas.

Meados de 2006: A Penha deixa de operar nas linhas Rio-Brasilia, Cachoeiro-


Campos e algumas outras que originalmente eram da Itapemirim.
Rio-Brasilia passa a ser da Útil agora.

Em maio de 2007, é fechado o negocio entre os Grupos Itapemirim, e os


demais grupos que assumiriam a Penha. As especulações desde o inicio
daquele ano se confirmaram: A Penha foi vendida, para aqueles que seriam
seu quarto grupo gestor, considerando aquele grupo de homens formado
por Albertino Prestes, em São Paulo).
A Holding IAC, seria um dos grupos da compra.

São separadas as agencias de vendas de passagens nos terminais


rodoviários operados com a Itapemirim até então.
Foram postos a venda praticamente todos os carros com fabricação até
1997/1998.

A numeração dos prefixos dos veículos deixa de ser pela primeira vez na
Penha com final ímpar, passando a também terminar em par incluindo o
numero zero, (supertição que finalmente foi quebrada).
Outro padrão que descaracterizou a empresa, foi a entrada de veículos
Volvo.
Tecnologicamente houve melhora, os motoristas sentiram que o trabalho
melhorou bastante com os novos veículos.
Mudanças automáticas, computadores de bordo, acompanhamento dos
veículos em tempo real, possibiliaram assim que a Penha tivesse melhor
administração na aérea de operações, trafego e manutenção.

A Penha deixa de operar na linha Brasilia-Porto Alegre e Brasília-Curitiba,


repassando essas linhas para a Princesa do Norte, do Paraná.
A linha Nova Prata-São Paulo, é “ressuscitada”, pois tinha autorização,
porem se manteve em “standby” por anos.

Os serviço de encomendas, de ITEX, passa a apenas se chamar TEX.

Em 2008: Os mesmos grupos de integrantes da família Constantino, que


compraram a Penha, que então era pertencente ao Grupo Itapemirim,
resolvem protocolar junto à Agência Nacional de Transporte Terrestre
(ANTT) um pedido para assumir as linhas do Expresso Kaiowa partindo de
Foz de Iguaçu (PR) para Rio e Belo Horizonte.

A Kaiowá, da mesma familia do Grupo (Corporação) Itapemirim, tinha uma


frota de 35 ônibus. O interesse pela Kaiowa foi confirmado por Pedro
Constantino, que dirige a holding IAC, um dos três grupos que assumiu a
Penha e agora entra na Kaiowa.

Há outros dois grupos na verdade, que são o Max Participações, do tio de


Pedro, Paulo Constantino, e o Conport, controlado pelos quatro filhos de
Constantino ‘Nenê’ Oliveira - Ricardo, Joaquim, Constantino Júnior e
Henrique.

Na ocasião, o Sr. Pedro, afirmou que todos os negócios que eles tem juntos
são divididos um terço para cada um. Com a Kaiowá eles iriam somar 13
empresas com cerca de 1.500 ônibus. Muitas das empresas estão no
Paraná, onde ficam a Penha e a Kaiowa.

A aquisição dessas linhas concentradas dá “sinergia", segundo Pedro


Constantino, que exemplifica: " Em Curitiba, numa única garagem,
passamos a fazer a manutenção de três empresas do grupo".

Segundo Pedro Constantino, a Penha até final de 2008, tivera faturamento


anual de R$ 70 milhões, enquanto a Kaiowa faturou R$ 15 milhões.

Além dessas 2 empresas, os 3 grupos da família Constantino têm juntos as


seguintes operadoras de ônibus: Transporte Coletivo Cidade Canção, de
Maringá, urbana e frota de 250 veículos; Cidade Verde Transporte
Rodoviário, de Maringá, com atuação metropolitana e frota de 78 veículos;
Expresso Maringá, rodoviária e frota de 170 ônibus; Ingá Turismo,
especializada em fretamento e turismo, com 50 veiculos;

Transporte Coletivo Grande Londrina, de Londrina, com atuação urbana e


frota de 300 ônibus. Também no Paraná tem a Empresa Pioneira de
Transportes, em Cascavel, com atuação urbana e frota de 85 ônibus e o
Expresso Santa Tereza do Oeste, de Cascavel, com operação metropolitana
e frota de 10 veículos.
Em São Paulo os 3 grupos operam a Bauru Trans, de Bauru, urbana e frota
de 60 veículos; Transporte Coletivo Grande Bauru, de Baurú e atuação
urbana, com 130 veículos.

No Rio Grande do Sul opera o Expresso Caxiense, de Caxias Sul, com linhas
rodoviárias e semi-urbanas (todas intermunicipais) e frota de 70 ônibus;

no Mato Grosso do Sul, tem a Viação São Francisco, urbana de Campo


Grande com frota de 138 ônibus.

Pedro Constantino diz que a “sinergia” é uma característica importante no


negócio de ônibus já que o aumento da demanda - principalmente no
segmento rodoviário - é pouco expressivo. Nesse sentido, um caminho é a
consolidação. A sociedade que mantém com os primos nas várias
empresas de ônibus, segundo Pedro Constantino, tem garantido
oportunidades.

As compras de chassis e carrocerias, por exemplo, são feitas de forma


centralizada pela holding Conport, que, além da sociedade com a IAC e a
Max Participações, controla individualmente várias empresas.

Já o grupo Itapemirim, partiu para buscar “sinergias” em outras áreas, dizia


ano passado ao transferir as linhas da Penha para os Constantino, Andrea
Cola, diretora comercial do conglomerado fundado por seu avô, Camilo Cola,
deputado federal pelo PMDB capixaba: "Estamos, por exemplo, investindo
na Marbrasa, maior exportadora de mármores e granitos do Brasil",
informava ela à época. (Essas ultimas informações foram repassadas a
Gazeta Mercantil na epoca).

A Penha lança o serviço duplo Astor-Classis (Leito-SemiLeito) e adquire um


novíssimo Paradiso G6- de 2 Decks-Volvo-6x2 para tal.

Sua série é 6000.

Os semi-Leitos (Classis) também tem renovação de frota, na criada serie


36000.

Outras series foram dando continuidade, dentro da seqüência já existente.

Os prefixos dos carros da Nossa Senhora da Penha em 2009:

Series: 5200, 6000, 33400, 33500, 33600, 35000, 35100 e 36000.


Em 2010 a querida Nossa Senhora da Penha completa em dezembro, 50 anos
(meio século) de idealização.

2011 é o ano do cinquentenario oficial como empresa.

Com isso, são incorporados na frota, novos carros da geração 7 da


Marcopolo, os Paradisos G7-Mercedes Benz-Trucados-Semi Leitos, na serie
comemorativa 50000.

Em fevereiro de 2011, no dia 7, ela completara 50 anos de operações.

A prefixação dos carros, seguiram se conforme a idade da empresa, ate os


dias de hoje.
Primeira Geração (pintura herdada da União Catarinense e Curitiba-Lages, com três
listas verdes, uma faixa vermelha e fonte mais clássica que da geração 2)
Segunda Geração (pintura/uma faixa verde a menos; e logo pouco modificada, com
fonte mais moderna, e a coroa do logotipo mais moderna e diminuida)

Terceira Geração (modernização significativa e variada de pintura)


Quarta Geração (A medida que a Itapemirim seguia um padrão de pintura, a Penha
ia acompanhando essa tendência)
Quinta Geração (Nova cor na Penha, o Azul Piscina – a inovação de serviços e de
imagem)
Sexta Geração (primeira comunicação visual dos novos donos)
Sétima Geração

Compilação e pesquisa:
Endrigo J.C. de Albuquerque

Colaboração e divulgação:
Endrigo J.C. de Albuquerque

Apoio Historico e fonte de algumas informações:


extinto Jornal Peninha, da Penha

Colaboração de fotos: Empresa Nossa Senhora da Penha e


Marcelo Schweigert.
Colaboração por entrevistas e e-mails :
Motorista Menezes, Setor Pelotas, aposentado da Penha.
Motorista Orlando (falecido) ex Motorista da Minuano, Penha e TTL.
Roberto Cidade: ex gerente Penha setor Porto Alegre.
Ricardo Wolf, auxiliando na década de 80
Endrigo de Albuquerque (autor) décadas de 70,80,90, e 2000 por vivencia.

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