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A Penha já se registrava como empresa nesse final de 1960 com uma frota
de 19 ônibus, no Bairro Juvevê, em Curitiba.
Mas somente 8 carros estavam em estado bom para trabalhar.
O restante se encontrava em estado precário.
A partir de 1963 a Penha obteve linhas como Ponta Grossa – São Paulo,
Curitiba x Sorocaba, Curitiba x Itararé, conquistou linhas regulares para o
Rio Grande do Sul, ligando Porto Alegre ao Rio de Janeiro, e no Paraná,
ligando Curitiba a São Paulo, via Estrada da Ribeira.
A Penha incorporou na frota os Eliziarios 3000, sobre chassis Scania B-75, e
mais tarde B-76 sob a mesma carroceria.
Dorival Piccoli, um dos diretores sócios dessa primeira gestão, que tinha
mais 4 irmãos, entre eles o Wilson, permaneceu por mais pouco tempo na
diretoria.
Alem dele e dos outros quatro irmãos, tinha mais alguns cunhados na
primeira fase, antes da cisão.
Na Lajes Transportes que fazia Lages - Florianopolis ele alegara em vida que
foi sòcio da sua irmã Ida que era casada com Olivio Soccol, parente de Remy
Soccol, que até estes últimos anos estava na Expresso Rio Guaíba, da
grande Porto Alegre.
A Penha negociou com a Auto Viação Catarinense, linhas como Blumenau-
Porto Alegre e Joinville-Porto Alegre.
Depois, em 1969, com a venda de algumas linhas entre o Paraná e São Paulo
para a Transpen, da família Fadel, o Marcopolo I ingressa na frota,
inicialmente a partir do carro 909, na serie 900, (acredita se que até o 919),
mas com motor Mercedes dianteiro.
Não demorou chegou também com chassis Scania B-76, com os prefixos a
partir de 1279, ate 1359 (com exceção do carro 1301 que era um Ciferal Líder-
Scania Sueco).
Para que a concorrência não fosse entrar na linha Rio de Janeiro – P.Alegre,
a Penha criou a carioca Centauro, com Flechas de Prata-Scania, sem
sanitários inicialmente, na serie 6700 (numeração conforme o ano), e
posterior Marcopolos I -Scania serie 7000, alem de Líder-Scania na serie
7100.
A Penha era tida já como empresa piloto por ser conhecida pela sua
qualificação nos serviços de boa qualidade e estrutura.
Estava sendo criada uma rede de radio-comunicação entre agencias, pontos
de apoio, garagens, viaturas e ate em alguns carros da empresa, para
reservas, informações de posição do carro, e demais tipos de mensagens.
Tanto em VHF como em HF (SSB), a segunda para comunicações a longas
distancias. Era o chamado rádio “PX”.
Os prefixos dos carros naquele momento eram entre os series 900, 1080,
1200, 1300, 1400, 7300 e 7400.
Nessas serie 7300 e 7400, pouca gente sabe que na Penha eram dos seus
primeiros monoblocos, que na verdade eram O326, e foram implantados na
linha Porto Alegre - São Paulo, mas eram apertados demais, e o Sul não se
adaptou com a cultura de monoblocos Mercedes, como o Nordeste que teve
melhor aceitação do usuário, logo, não duraram muito tempo, não, e foram
pra Itapemirim atender o Nordeste.
Final de 1974, para 1975, com a inauguração da linha Brasilia – Porto Alegre,
a Itapemirim comprou para a Penha, novíssimos Ciferal Líder-Scania 110
super, que foram nomeados de Tapete Mágico, por terem suspensão a ar no
eixo traseiro.
Assim como a Penha, a Real Expresso também teve o direito de explorar
essa linha, em mesmo horário, porem, em dias diferentes.
Em 1977, chega a frota, mais alguns da serie 5100, repetindo a marca Líder-
Mercedes-Leito, Sem Ar, como antes.
Como não havia tido sucesso o “padrão nordestino” com os O326-MB para o
Sul, o genro do Sr. Camilo Cola, quem dirigia a Penha nessa década, o Sr.
Francisco Pim, levou muita “cacetada” na cabeça para que aquilo não se
repetisse.
Então, como a empresa precisava renovar a frota, e expandir as linhas no
Sul, ele decidiu reencarroçar a serie 1200 (Scanias B-76) com carroceria
Marcopolo lll. Alguns convencionais e outros leitos.
Foram os primeiros ônibus da empresa e da Marcopolo a terem janelas
verticais e não inclinadas. Era lançamento da nova pintura da Penha, com
listras diagonais em verde e vermelho, dominando o branco em todo ônibus,
e os parachoques pretos.
Foi um visual inovador sem dúvida, no cenário rodoviário do Brasil.
Ano seguinte, em 1978 para 1979, aí sim os Marcopolos lll vieram com
chassis novos, sobre Scania B-111.
Eram carros da serie 4500, todos convencionais, usados principalmente nas
linhas: Brasília-P.Alegre, Rio-P.Alegre, Curitiba-S.Paulo, Curitiba-Rio,
S.Paulo-Caxias do Sul, Florianópolis-S.Paulo, Pelotas-S.Paulo e P.Alegre-
S.Paulo.
Os carros que chegaram ainda nesse ano, eram montados pela Tecnobus,
encarroçadora criada pela Itapemirim. Eram os chamados “Superbus l”,
(Tecnobus-Mercedes-4x2), que tinham placas de Cachoeiro de Itapemirim-
ES, e eram na serie 11000.
A inovada desse ano vem agora: foi lançado o “Turbo PN3”, que seria um
Tecnobus-Scania-6x2 (trucado). Seria o Tribus ll da Penha.
Isso mesmo, o primeiro carro com três eixos da historia da Penha, e com
suspensão a ar em todos os eixos.
Serie: 13000.
Nesse ano, mais Tecnobus-Mb-Tocos chegam a frota, com os prefixos serie
11100.
Em 1988:
A serie 17000 chega com Tecnobus-Mercedes-Tocos (Superbus ll).
Eram chamados de “TurboClass”.
A serie 18000 chega com Tecnobus-Scania-Trucados (ainda Tribus ll).
Houve uma renovação de frota: venda dos marcopolos ll e lll da frota, bem
como os monoblocos MB antigos. Agora toda a pintura da frota é padrão
(igual).
Chegam os novos Monoblocos Leitos, tanto trucados, como poucos tocos,
O371-MB-6x2/4x2, nas series: 5200 e 5300.
São chamados de “Turbo Confort”.
O uniforme dos funcionários agora é: camisa branca e calça cor cinza clara,
com gravata cinza clara.
As três ultimas acima foram detidas, algumas com carro em plena atividade
na estrada, pelo então DNER, a pedido indireto da Planalto de Santa Maria-
RS, que estava tentando obter autorização para começar a linha Santa Maria-
Barreiras.
Permaneceu a Pelotas-Fortaleza via Curitiba, S.Paulo e Jequié;
Ainda nesse ano, foi incorporado como reforço na frota, pela Penha ter sido
remanejada a assumir linhas que até então eram da Itapemirim, como por
exemplo a Cachoeiro-Campos, que era a única linha de modalidade Comum
da Penha (com cobrador a bordo), o Campione 3.25 (da Comil), sobre
Mercedes com motor traseiro, com o prefixo 26101 (filho único deste modelo
na frota). Esse carro durou uns 3 anos na frota, apenas.
O 26101 também operou a única linha intermunicipal que a Penha já teve:
Guarapari-Marataizes, no Espírito Santo.
Em 1998, há mudança visual na Penha. A logotipia permanece, ganhando
nova cor: o verde azulado criado pela Penha, o “green day” !
É misturado com um cinza metálico que dá um bom tempero na
comunicação visual dos carros. O marfim toma conta de onde era branco, e
a logotipia é envolvida pelo azul marinho, mantendo a coroa tradicional da
santa.
A numeração dos prefixos dos veículos deixa de ser pela primeira vez na
Penha com final ímpar, passando a também terminar em par incluindo o
numero zero, (supertição que finalmente foi quebrada).
Outro padrão que descaracterizou a empresa, foi a entrada de veículos
Volvo.
Tecnologicamente houve melhora, os motoristas sentiram que o trabalho
melhorou bastante com os novos veículos.
Mudanças automáticas, computadores de bordo, acompanhamento dos
veículos em tempo real, possibiliaram assim que a Penha tivesse melhor
administração na aérea de operações, trafego e manutenção.
Na ocasião, o Sr. Pedro, afirmou que todos os negócios que eles tem juntos
são divididos um terço para cada um. Com a Kaiowá eles iriam somar 13
empresas com cerca de 1.500 ônibus. Muitas das empresas estão no
Paraná, onde ficam a Penha e a Kaiowa.
No Rio Grande do Sul opera o Expresso Caxiense, de Caxias Sul, com linhas
rodoviárias e semi-urbanas (todas intermunicipais) e frota de 70 ônibus;
Compilação e pesquisa:
Endrigo J.C. de Albuquerque
Colaboração e divulgação:
Endrigo J.C. de Albuquerque