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Checklist de Exame Neurológico 2019 - 2
Checklist de Exame Neurológico 2019 - 2
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para fazer os movimentos mencionados. Pedir ao paciente para fechar bem os
olhos de modo que o examinador não consiga abri-los)
• Avaliar a sensibilidade gustativa dos 2/3 anteriores da língua: embeber cotonete
com soluções diferentes, solicitar que o paciente feche os olhos e aplicar na borda
lateral da língua as substancias, o paciente deverá reconhecer as substancias.
Entre as aplicações, pedir que o paciente bocheche agua pura e despreze para
limpar o sabor.
7. NC VIII, nervo vestibulococlear:
• Avaliar acuidade auditiva (esfregar os dedos ou sussurrar)
• Prova de Rinne
• Prova de Weber
8. NC IX, nervo glossofaríngeo; NC X, nervo vagal:
• Avaliar a fonação, características da voz, movimento do palato mole (escutar a voz
do paciente e, depois, pedir que abra a boca e diga “ah” enquanto o examinador
usa a lanterna para ver o movimento do palato mole e da faringe)
• Avaliar o reflexo faríngeo ou do vômito (informar o paciente o que será feito, depois
tocar delicadamente a parte posterior da cavidade oral com o abaixador de língua.
Lembrar que alguns pacientes são muito sensíveis a esse estímulo)
9. NC XI, nervo acessório:
• Avaliar a motricidade dos músculos do ombro e pescoço, solicitar encolher os
ombros e girar a cabeça (colocar as mãos nos ombros do paciente e solicitar que o
paciente encolha os ombros; a seguir, colocar a mão na bochecha do paciente e
pedir que vire a cabeça e empurre a mão. Usar resistência leve)
10. NC XII, nervo hipoglosso:
• Avaliar motricidade da língua, observar fasciculações, simetria, desvio, movimento
e força da língua (escutar a fala do paciente; inspecionar a língua na cavidade oral
e, depois, projetada para fora da boca. Solicitar ao paciente para mover a língua da
direita para a esquerda. Se houver dúvidas, pedir ao paciente para empurrar com a
língua a parte interna das bochechas e palpar externamente para determinar a
força)
2. PROVA DE BRUDZINSKI
Semiotécnica:
• Paciente em decúbito dorsal com membros estendidos
• Examinador a direita do paciente com uma das mãos sobre o tórax e, com outra, colocada
na região occipital do paciente, executa flexão forcada da cabeça.
A prova é positiva quando o paciente flete os membros inferiores (flexão dos quadris e joelhos) e
fácies de dor.
3. PROVA LASÈGUE
Semiotécnica
• Paciente em decúbito dorsal com membro inferiores estendidos
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• Examinador faz a elevação de um membro inferior estendido
A prova é positiva quando o paciente refere dor na face posterior do membro examinado, logo no
inicio da prova com cerca de 300 graus de elevação.
4. PROVA DE KERNING
Semiotécnica:
• Paciente em decúbito dorsal com o membro inferior em flexão em angulo reto com a bacia
e a perna sobre a coxa
• Examinador realiza a extensão da perna
A prova é positiva quando o paciente sente dor e tenta impedir o movimento
5. MANOBRA DE KERNING
Semiotécnica:
• Paciente em decúbito dorsal com membros inferiores estendidos
• Examinador faz a elevação de ambos os MMII ao mesmo tempo.
A prova é positiva quando o paciente sente dor e ocorre a flexão dos joelhos.
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Pede-se que o paciente ande por 5 metros em linha reta: usualmente com olhos abertos;
•
depois com os olhos fechados; e com os calcanhares na frente dos artelhos com olhos
abertos e depois com olhos.
• O examinador estará a direita observando para a pesquisa de disbasias.
Os tipos de disbasias mais representativas são as seguintes:
! Marcha helicópede, deifante ou hemiplégica;
! Marcha anserina ou de pato;
! Marcha parkinsoniana;
! Marcha cerebelar ou de ébrio;
! Marcha tabética;
! Marcha de pequenos passos;
! Marcha vestibular;
! Marcha escarvante ou do soldado da prussia;
! Marcha em tesoura ou espástica;
! Marcha claudicante;
! Marcha do idoso
TONUS MUSCULAR
Semiotécnica:
• Inspeção: observar se há ou não achatamento das massas musculares de encontro ao
leito
• Palpação: averigua – se o grau de consistência muscular, que está aumentada nas lesões
centrais e diminuída nas periféricas.
• Movimentos passivos: movimentação normal de flexão e extensão nos membros.
o Passividade: se há passividade aquém do normal (tônus diminuído) e se há
resistência (tônus aumentado)
o Extensibilidade: se há ou não exagero no grau de extensibilidade da fibra muscular.
Alterações do tônus muscular:
• HIPOTONIA (achatamento das massas musculares no plano do leito, consistência
muscular diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada, prova do balanço
com exageradas oscilações)
• HIPERTONIA (consistência muscular e extensibilidade aumentadas, passividade
diminuída, prova do balanço com reduzidas oscilações)
o HIPERTONIA PIRAMIDAL (ESPASTICIDADE): eletiva com predomínio dos
extensores dos MMII e flexores dos MMSS, elástica, sinal do canivete
o HIPERTONIA EXTRAPIRAMIDAL (RIGIDEZ): não eletiva acomete globalmente a
musculatura agonista, sinergista e antagonista, plástica, sinal da roda denteada
• MIOTONIA: é o relaxamento alentecido após contração muscular.
o Semiotécnica:
o Solicita-se que o paciente cerre o punho e abra a mão rapidamente, se houver
fenômeno miotônico a mão se abrirá lentamente.
• DISTONIA: é a contração simultânea da musculatura agonista e antagonista, o que pode
ocasionar posturas anômalas intermitentes ou persistentes. Ex. torcicolo espasmódico.
• PARATONIA: o paciente aparentemente se opõe à tentativa do examinador em
movimentar o membro. Ex. lesões frontais bilaterais.
FORÇA MUSCULAR
Semiotécnica:
• Paciente sentado ou em decúbito dorsal executa movimentos de motricidade espontânea
(abrir e fechar as mãos, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a
coxa, fletir e estender a perna e o pé).
o Segmento cefálico – Flexão, extensão, flexão lateral e rotação do pescoço
o Segmento braquial – abdução e adução do ombro, flexão e extensão do
antebraço, flexão e extensão do punho, preensão palmar e abdução dos dedos
Segmento crural – flexão e extensão da coxa, da perna, do pé e do hálux
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• Examinador aplica oposição ao movimento do paciente. Quando observa-se discreta ou
duvidosa deficiência motora dos membros realizam-se as denominadas “provas
deficitárias”.
PROVAS DEFICITÁRIAS
1. PROVA DOS BRAÇOS ESTENDIDOS (MMSS)
Semiotécnica:
Paciente de olhos fechados estende os braços para frente e assim os mantêm por cerca de 30 a
60 segundos. O membro parético, devido principalmente à fraqueza proximal, derreará aos
poucos. Na mesma posição, mas com as palmas voltadas para cima, observe o sinal da pronação
no segmento parético (sinal de Barré).
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A resposta normal é a flexão dos dedos. A inversão da resposta, extensão do hálux com abertura
dos demais dedos em forma de leque, constitui o sinal de Babinski.
• Sinal de Babinski: é fisiológico até 1 ano de idade. Quando presente indica lesão do trato
corticospinal, significa lesão piramidal.
Os sucedâneos de Babinski: são pesquisados em outras topografia, mas apresentam o mesmo
significado.
• Sinal de Hoffmann: apertar a ponta da unha e verificar flexão discreta dos dedos.
• Sinal de Chadock: atrito de região inframaleolar externa;
• Sinal de Schaefer: compressão do tendão de aquiles
• Sinal de Gordon: compressão da panturrilha
• Sinal de Austregésilo – Esposel: compressão da face anterior da coxa
• Sinal de Oppenheim: atrito sobre a crista da tíbia.
SINAL DE DE HOFFMANN
O examinador sustenta a falange média do paciente entre o seu segundo e terceiro dedos e,
estimula bruscamente a unha deste dedo com a unha do seu polegar. O movimento deve ser
exercido deslizando o polegar sobre a unha do terceiro dedo do paciente de forma rápida, de
modo que, ao final deste, haja uma súbita liberação da falange distal do paciente que escapa para
sua posição inicial. A resposta positiva consiste na flexão da falange distal dos demais dedos. O
sinal em questão deve ser considerado muito mais como indicativo de hiper-reflexia do que
propriamente disfunção da via piramidal.
2. REFLEXOS CUTANEOABDOMINAL
Semiotécnica:
• Paciente em decúbito dorsal, mantendo a parede abdominal em completo relaxamento.
• Examinador estimula o abdome no sentido da linha mediana em três níveis (superior,
médio e inferior)
Resposta normal é a contração dos músculos abdominais que determina leve deslocamento da
cicatriz umbilical para o lado estimulado. Está abolido na síndrome piramidal
3. REFLEXO CREMASTÉRICO
• Paciente em decúbito dorsal ou em posição ortostática
• Examinador aplicar o estímulo (atrito) proximal e ao longo da face interna das coxas
provoca a contração do músculo cremaster homolateral com elevação do testículo.
Na mulher, o músculo cremaster inexiste e a resposta é observada pela contração dos grandes
lábios (reflexo de Geigel).
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1. REFLEXO BICIPITAL
Semiotécnica:
• Paciente sentado com o braço relaxado, discretamente abduzido, com o antebraço a meio
caminho entre a flexão e a extensão e levemente pronado. Está posição é mais facilmente
obtida quando o cotovelo do paciente repousa sobre a mão do examinador.
• Examinador coloca a falange distal do polegar sobre o tendão do músculo bíceps e o
percute, em resposta ao estímulo, observa-se a flexão do antebraço com discreta
supinação.
2. REFLEXO TRICIPITAL
Semiotécnica:
• Paciente sentado com o braço colocado ao meio caminho entre flexão e extensão,
sustentado pelo examinador ou repousado nas coxas,
• Examinador percute o tendão do músculo tríceps, logo acima do olécrano, a resposta
adequada é a extensão do antebraço.
4. REFLEXO SUPINADOR
Semiotécnica:
• Paciente sentado com o antebraço em semiflexão e leve pronação,
• O Examinador percute o processo estiloide do radio ou um pouco acima, na extensão dos
tendões, e em resposta ao estímulo observa a flexão do antebraço e, as vezes ligeira
pronação e flexão dos dedos.
5. REFLEXO PRONADOR
Semiotécnica:
• Paciente sentado com o antebraço em semiflexão e leve rotação interna,
• O Examinador percute o processo estiloide da ulna, na extensão dos tendões, e em
resposta ao estímulo observa a pronação da mão e antebraço.
6. REFLEXO PATELAR
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Semiotécnica:
• Paciente Sentado com a articulação do joelho fletida (de 102 a 150 graus). Caso o
paciente esteja sentado, pode tanto cruzar uma perna sobre a outra como colocar os pés
bem apoiados no solo.
• Paciente em decúbito dorsal utilize a mão esquerda como alavanca, sob o joelho a ser
examinado apoiando-a sobre a outra coxa do paciente.
• O examinador percute do tendão do quadríceps causa a extensão da perna devido a
contração de músculo quadríceps femoral, em resposta ao estímulo, observa-se a
extensão da perna.
7. REFLEXO AQUILEU
Semiotécnica:
• Paciente sentado numa cadeira ou na beira do leito com o pé colocado de joelhos em
angulo reto.
• Paciente em decúbito dorsal, a perna do lado a ser examinado deve ser colocada por
sobre a outra, com flexão do joelho e rotação externa do quadril exercendo-se também
leve flexão dorsal do pé.
• Paciente em decúbito ventral, deve-se elevar a perna mantendo-se num ângulo de 900
tanto a perna sobre a coxa quanto o pé sobre a perna.
o A melhor maneira para se obter este reflexo, sempre será colocando-se o paciente
de joelhos e com os pés pendentes em angulo reto.
• Examinador deve percute o tendão de Aquiles e obtém a contração dos músculos gêmeos
e sóleo, em resposta ao estímulo, observa-se a flexão do pé.
COORDENAÇÃO MOTORA
1. PROVA INDICADOR – NARIZ
Semiotécnica:
Paciente em pé ou sentado com o membro superior estendido lateralmente, o paciente é
solicitado a tocar a ponta do nariz com o indicador, repete-se a prova algumas vezes, primeiro
com os olhos abertos e depois com os olhos fechados.
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5. PROVA DOS MOVIMENTOS ALTERNADOS PARA MEMBROS INFERIORES
Semiotécnica:
Paciente em decúbito dorsal determina-se que o paciente realize movimentos rápidos e
alternados, tais como extensão e flexão dos pés.
• Eudiadococinesia é a capacidade de realizar os movimentos alternados corretamente.
• Disdiadococinesia quando o paciente tem dificuldade de executar os movimentos.
• Adiadococinesia quando o paciente tem incapacidade de realizar os movimentos.
Semiotécnica:
• O ambiente deve ser adequado (silencioso e com temperatura agradável), o paciente
deverá estar de olhos fechados e despido (sempre respeitando o pudor) durante o exame.
• O examinador deverá perguntar se o paciente está sentido alguma coisa? O quê? Em que
parte do corpo? E deve testar áreas homólogas e em vários locais do mesmo segmento.
SENSIBILIDADE SUPERFICIAL
1. TÁTIL
Semiotécnica:
• A sensibilidade tátil geral pode ser aferida por meio de toque leve, utilizando-se um pincel
de pelos fino, um chumaço de algodão, uma tira de papel ou a polpa digital.
• Pesquisar tato leve em todo o corpo e a percepção álgica distalmente (explicar as etapas e
as respostas esperadas. Tocar delicadamente com o chumaço de algodão e não esfregar
na pele do paciente. A seguir, pedir ao paciente para fechar os olhos e tocá-lo com a ponta
de um swab quebrado).
• Variar o ritmo da avaliação de modo que o paciente não consiga antecipar os movimentos
(os estímulos devem rotineiramente ser aplicados de leve, e as áreas devem ser testadas
de modo aleatório, não segundo um padrão previsível)
• Comparar simetria nos dois lados do corpo (a avaliação básica deve testar as principais
subdivisões funcionais do sistema sensitivo. Padrão sugerido: ombros [C 4], faces interna
e externa dos antebraços [C 6/T 1], polegares e quartos dedos da mão [C 6/C 8], as duas
coxas [L 2], faces medial e lateral das panturrilhas [L 4/L 5], quintos dedos dos pés [S 1]).
2. TÉRMICA
Semiotécnica:
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• A sensibilidade térmica é testada com tubos de ensaio (preferencialmente dos grandes),
contendo água fria (50 – 100C) e água aquecida (400 – 450C); não precisa ser feito se a
sensibilidade álgica for normal).
3. DOLOROSA
Semiotécnica:
• O exame da sensibilidade dolorosa se faz com a ponta de uma agulha descartável ou com
a ponta de um palito de madeira.
• Quando se compara o toque de uma ponta fina ao toque de uma ponta romba, não está
aferindo-se a sensibilidade dolorosa e sim a capacidade de distinção tátil.
SENSIBILIDADE PROFUNDA
1. VIBRATORIA (PALESTESIA)
• Antes, deve-se informar ao paciente que preste atenção na vibração e não no toque ou no
zumbido provocado pelo instrumento.
• Percepção vibratória (o paciente fecha os olhos, o examinador põe o diapasão oscilando a
128 Hz para vibrar e encosta-o na articulação interfalângica [IF] distal de um dedo da mão
e na articulação IF do hálux. Pedir ao paciente para dizer quando o diapasão deixa de
vibrar)
• Palestesia é a capacidade de perceber o estimulo vibratório
3. PRESSÃO (BARESTESIA)
• O exame é realizado através da pressão firme exercida pelos dedos do examinador em
porções do corpo do examinado.
• O estesiometro de pressão de Head, eventualmente utilizado, presta-se para avaliar
quantitativamente a pressão exercida.
• Tem valor semiótico, o exame comparativo, exercendo pressões distintas (manual) e
simultâneas em diferentes partes do corpo, e perguntando: “onde estou apertando mais?”
Barestesia se refere à sensação de pressão ou peso.
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SENSIBILIDADE COMBINADA
1. GRAFOESTESIA
Semiotécnica:
• Paciente com os olhos fechados
• Examinador descreve letras ou números escritos (com a ponta de um lápis ou objeto fino
de ponta romba), sobre a pele, nas polpas digitais,nos antebraços e pernas.
Teste relacionado com habilidade das percepções tátil, distinção e localização cutânea em
reconhecer letras ou números escritos sobre a pele. A perda desta sensação (grafoanestesia ou
agrafoestesia), na presença da sensibilidade periférica preservada implica na possibilidade de
lesão cortical.
2. ESTEREOGNOSIA
Semiotécnica:
• Solicita-se ao paciente que de olhos fechados reconheça diversos tipos de objetos com
tamanho, formas e consistências diferentes, pela palpação.
• Trata-se da capacidade em reconhecer o tamanho e a forma dos objetos pela palpação. A
dificuldade (demorar muito tempo), e incapacidade no reconhecimento do objeto se
denominam disestereognosia ou astereognosia respectivamente. Tais alterações possuem
como substrato lesões do córtex parietal. Mão astereognóstica é praticamente inútil,
mesmo que recupere sua capacidade motora. A estereognosia só pode ser considerada
como sinal independente (primária), quando não existe nenhum defeito motor que impeça
a manipulação do objeto a ser examinado.
SENSIBILIDADE INTEROCEPTIVA
A sensação interoceptiva é aquela proveniente dos órgãos internos
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
http://neurobarra.com.br/files/O%20%20exme%20neurologico%20Tratado%20de%20Neurologia%
20da%20ABN-2013.pdf
Exame Físico: Porto & Porto/ [editor] Celmo Celeno Porto; coeditor Arnaldo Lemos Porto – 8ª Ed.
– Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. Il.
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