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Índice

Introdução..........................................................................................................................2

Objectivos..........................................................................................................................3

Geral...............................................................................................................................3

Específicos.....................................................................................................................3

Metodologia.......................................................................................................................3

Fundamentação teórica......................................................................................................4

Queimada descontrolada no Parque Nacional de Gorongosa............................................4

Localização....................................................................................................................4

Queimada descontrolada...................................................................................................4

Conceito.........................................................................................................................4

1.Comunidade local Gestores do Parque Nacional das Quirimbas...................................5

2.Queimadas descontroladas no parque Nacional das Querimbas....................................6

3. População humana residente no PNQ...........................................................................7

3.1 Agricultura itinerante...............................................................................................7

3.2 Conflito homem/fauna bravia......................................................................................8

4. Impacto de mudanças climáticas...................................................................................8

5. Programas de monitoria de conservação e gestão.........................................................9

Conclusão........................................................................................................................10

Referências bibliográficas...............................................................................................11
Introdução
O presente trabalho da cadeira de Biogeografia baseia se Particularmente sobre as
queimadas descontroladas no Parque Nacional das Quirimbas.
A conservação da biodiversidade in situ requer o estabelecimento e a gestão de áreas de
conservação, tais como Parques Nacionais, Reservas Naturais e outras áreas protegidas
com diferentes níveis de protecção, acções de gestão e grau de uso dos recursos (UICN,
1994). A maior parte das áreas conservação a nível global foram estabelecidas
principalmente pelo seu valor de biodiversidade (diversidade genética, especifica e a
nível de ecossistemas), pelo valor paisagístico, histórico-cultural e para fins de
investigação científica ou turismo.
Contudo, o estabelecimento de áreas de conservação gerou, frequentemente, conflitos
com as comunidades locais que vivem no seu interior ou nas áreas circunvizinhas. Pois
estes conflitos são particularmente evidentes na África Sub-Sahariana onde a maior
parte das populações rurais dependem amplamente dos recursos naturais para a sua
subsistência. O Parque Nacional das Quirimbas (PNQ) foi criado em 2002 através do
Decreto nº 4/2002, de 6 de Junho, representando assim a segunda, em ordem temporal,
das cinco áreas de conservação1 criada pelo Governo da República de Moçambique
após a independência em 19752.
A variedade de habitats e ecossistemas, entre a parte marinha e terrestre é
verdadeiramente notável, incluindo alguns dos recifes de corais mais bem mantidos da
região da África Austral, floresta densa de miombo seco e uma serie importante de
montes-ilhas (inselbergs) na parte ocidental. Esta variedade ambiental garante também
uma grande diversidade especificas seja faunística seja da flora. O fruto deste é o
resultado de uma investigação bibliográfica na qual pretendemos fazer luz sobre o tema
em causa, esclarecendo conceitos fundamentais, abrir horizontes e apresentar directrizes
básicas que podem pela generalidade compreender as diversas perspectivas sobre a
estrutura sobre as queimadas descontroladas no Parque Nacional das Quirimbas..
Objectivos

Geral

Analisar as queimadas descontroladas no Parque Nacional das Quirimbas.

Entretanto para uma melhor efectivação do trabalho e enquadramento do conteúdo


tivemos que deduzir os nossos objectivos primordiais em pequenas metas. Deste modo
apresentámos como objectivos:

Específicos

Conceituar Queimada descontrolada;


Descrever as queimadas descontroladas no Parque Nacional das Quirimbas;
Descrever os Efeito das queimadas no parque Nacional das Quirimbas.

Metodologia
Com propósito metodológico, recorremos as pesquisas bibliográficas, a uma vista de
olhar nos serviços electrónicos (internet), seguindo da compilação da informação
recolhida fez se o que a seguir nos é apresentado. Para a realização do trabalho
passamos por vários objectivos.
Fundamentação teórica

Queimada descontrolada no Parque Nacional de Gorongosa

Localização

Considerado um paraíso que expressa os encantos da humanidade! Conhecido pela


beleza natural das suas praias, o Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), na Província de
Cabo Delgado, foi oficialmente criado em 2002, com uma extensão terrestre e marinha
de cerca de 7.500 km2, O parque engloba 11 das 27 ilhas que compõem o Arquipélago
das Quirimbas e as suas águas cristalinas escondem extensões massivas de recifes de
coral e diversas espécies marinhas, como golfinhos, tartarugas, dugongos, tubarões e
raias.

As florestas densas de mangal, de miombo seco e uma série importante de inselbergs na


zona de Taratibu, região ocidental do Parque, tornam a sua paisagem absolutamente
inesquecível!
A fauna selvagem na parte continental do parque é bastante rica e diversificada, onde se
destaca a presença de quatro dos big fives, elefante, leão, leopardo e búfalo e de uma
grande variedade de aves, incluindo aves migratórias.

Queimada descontrolada

Conceito

Considera-se Queima Controlada o emprego do fogo como fator de produção e manejo


em atividades agropastoris ou florestais, e para fins de pesquisa científica e tecnológica,
em áreas com limites físicos previamente definidos.

De acordo com o Código Florestal, a queima controlada é permitida nas práticas de


prevenção e combate aos incêndios e nas de agricultura de subsistência exercidas pelas
populações tradicionais e indígenas, e também:

I - em locais ou regiões cujas peculiaridades justifiquem o emprego do fogo em práticas


agropastoris ou florestais, mediante prévia aprovação do órgão estadual ambiental
competente do Sisnama, para cada imóvel rural ou de forma regionalizada, que
estabelecerá os critérios de monitoramento e controle;
II - emprego da queima controlada em Unidades de Conservação, em conformidade
com o respectivo plano de manejo e mediante prévia aprovação do órgão gestor da
Unidade de Conservação, visando ao manejo conservacionista da vegetação nativa,
cujas características ecológicas estejam associadas evolutivamente à ocorrência do fogo;

III - atividades de pesquisa científica vinculada a projeto de pesquisa devidamente


aprovado pelos órgãos competentes e realizada por instituição de pesquisa reconhecida,
mediante prévia aprovação do órgão ambiental competente do Sisnama.

O Decreto 2.661/1998 estabelece normas de precaução relativas ao emprego do fogo em


práticas agropastoris e florestais, mas os procedimentos variam entre os estados de
acordo com legislação específica.

A decisão de executar uma queima requer, acima de tudo, plena segurança afim de que
os objetivos possam ser cumpridos integralmente. Isso implica em uma análise
detalhada das condições do terreno, especialmente topografia, características da
vegetação (quantidade, condição e distribuição) e variáveis meteorológicas (intensidade
e direção do vento predominante, temperatura, umidade, incidência de luz, dentre
outros).

Apesar do processo de queima controlada ser legalmente permitida e atuar como


prevenção a incêndios florestais, não se pode negar a existência de amplas
externalidades negativas com a utilização do fogo, que envolvem danos à saúde,
empobrecimento gradual do solo, perda de biodiversidade, danos à rede de transmissão
elétrica, entre outros. Sendo assim, a utilização de alternativas ao uso do fogo deve ser
vista como um procedimento relevante quando se busca a realização de atividades
agropecuárias com vistas à sustentabilidade ambiental, social e econômica.

1.Comunidade local Gestores do Parque Nacional das Quirimbas


As queimadas no Parque Nacional das Quirimbas (PNQ), no norte de Moçambique, não
são algo novo. Os agricultores conhecem bem os seus perigos. Mas eles dizem que não
têm outra alternativa - ou fazem as queimadas para limpar os terrenos agrícolas, ou não
conseguem cultivar alimentos suficientes para a auto-subsistência.
O camponês Magido João reconhece que as queimadas empobrecem o solo, perturbam a
vida e a sobrevivencia dos animais no parque: “sabemos que essa não é boa forma de
explorar os recursos naturais. Acredito também que estamos a destruir a nossa riqueza e
principal fonte de subsistência”.

A direção do Parque Nacional das Quirimbas esta preocupada porque cada vez há mais
queimadas descontroladas. O parque ocupa uma área de 7.500 km2. E, segundo a
administração, cerca de dez por cento dessa superfície já foi destruída - o equivalente a
112 campos de futebol.
A caça ilegal e a preparação desordenada dos campos agrícolas são as principais causas
das queimadas, segundo Baldeu Arequichangue, o administrador do Parque. "Ao
preparar as lavouras, os agricultores acabam provocando queimadas descontroladas que
se alastraram para fora daquela área que eles queriam queimar. As queimadas
começaram muito antes do previsto", explica Arequichangue.
O administrador diz ainda que, com o apoio do Governo, está em curso uma campanha
de sensibilização para explicar à população os efeitos nefastos das queimadas
descontroladas.

Entretanto, instalou-se um mal-estar no relacionamento entre as autoridades do Parque


Nacional das Quirimbas e a comunidade ali residente. Os agricultores pedem que lhes
sejam apresentadas alternativas viáveis às queimadas, que lhes possam garantir que têm
alimentos para sobreviver.

2.Queimadas descontroladas no parque Nacional das Querimbas


Segundo a Direcção Nacional de Terras e Florestas 2007. Vastas queimadas
descontroladas acontecem anualmente no PNQ e na sua Zona Tampão. Na grande
maioria dos casos os fogos são de origem antrópica, sendo que as comunidades locais
usam o fogo para a limpeza das machambas e para a caça. Embora as queimadas de
zonas florestais em geral, e no miombo em particular, ocorram provavelmente há
séculos, já se provou que as queimadas anuais no período mais quente (queimadas
quentes) têm vários efeitos negativos, principalmente:
a) Redução da fertilidade do solo e consequentemente a capacidade de carga tanto
humana como animal;
b) Redução da densidade florestal. A redução da densidade (um processo conhecido
como
savanização) tende, a longo prazo, a criar problemas de desertificação, sendo que há
uma
progressiva diminuição da humidade do solo e da humidade relativa do ar com
conseguinte aumento da temperatura da superfície do solo;
c) Redução do número das espécies vegetais (e portanto da biodiversidade). O número
de espécies também diminui com a tendência de permanecer apenas as espécies
resistentes ao fogo. Também há uma substituição gradual das espécies herbáceas
perenes com as espécies anuais que são muito menos produtivas em termos de biomassa
e qualidade dos alimentos seja para a fauna bravia, seja para o gado;
d) Redução de espécies de invertebrados (especialmente insectos) e répteis mas também
de mamíferos de pequeno porte como os pequenos roedores.

3. População humana residente no PNQ


Conforme anteriormente referido, há actualmente cerca de 160.000 pessoas a viver no
PNQ e na sua Zona Tampão. Esta numerosa população tem suas necessidades para
garantir a sua sobrevivência e seu desenvolvimento sendo, muitas vezes, estas
aspirações um contraste para a conservação da natureza.

3.1 Agricultura itinerante

A grande maioria das pessoas que residem na parte continental do PNQ depende
principalmente da agricultura para o próprio sustento. A subsistência alimentar das
populações do interior do parque é feita essencialmente com base em uma agricultura
itinerante, onde as machambas são regularmente (cada 3-4 anos) abandonadas e novas
áreas abertas através de ciclos de corte e queima da vegetação e com base na criação de
animais principalmente caprinos. Estas práticas agrícolas, comuns em todo o País, têm
pelo menos duas grandes desvantagens: a) fraca capacidade produtiva; b) necessidade
de eliminar “sempre” novas e vastas áreas disponíveis para os cultivos. Além da
fragmentação dos ecossistemas naturais e da perda de biodiversidade como
consequência directa do desmatamento e queimadas, estas práticas favorecem os
conflitos com a fauna selvagem, especialmente o elefante. Esta situação é piorada pela
incidência elevada de pobreza na área do parque, bem como em outros distritos de Cabo
Delgado.
3.2 Conflito homem/fauna bravia
Conflitos entre humanos e fauna bravia são apenas a face negativa de muitas interacções
entre as espécies no ecossistema. Espécies competem pelo espaço e por outros recursos.
A interpretação de que determinada interacção é um conflito é função do contexto
sócio-económico e da percepção do risco de exposição à interacção. O Homem convive
com a natureza e com os animais em particular. As fronteiras de convivência
harmónicas são muito frágeis, devido a rápida evolução humana e crescente procura de
recursos. Por um lado, a população residente no PNQ precisa da terra para agricultura;
da água, dos recursos florestais e de infraestruturas. Isto só pode ser conseguido por via
de destruição de habitats de fauna bravia, que, errante na paisagem, aumentam os
encontros com os alvos humanos. Como resultado, as pessoas e o gado são feridos e/ou
mortos; culturas agrícolas são destruídas mas, por outro lado, a fauna bravia é ferida e
morta; os seus recursos preferidos ou as suas rotas de migração são bloqueadas por
humanos (Ntumi 2005).

4. Impacto de mudanças climáticas


Mudanças climáticas constituem uma das maiores ameaças para a conservação. Embora
muito poucas evidências tenham sido produzidas sobre o seu impacto na conservação, a
probabilidade de elas induzirem extinções das espécies é cada vez maior (Parmesan &
Yohe, 2003). O seu impacto deriva do entendimento de que elas são capazes de gerar
efeitos em cadeia, desde no aumento ou redução de recursos sobre os quais os humanos
dependem, e as migrações destes para novas áreas onde possam danificar cada vez mais
o ambiente.
Deste modo, mudanças fenológicas e alteração da área de distribuição das espécies
podem ocorrer e expor cada uma das espécies a novas condições que possam ou não ser
acomodadas para a persistência das espécies.
Os dados sobre estes fenómenos são escassos em Moçambique. Contudo, cenários
piores em modelos climáticos existentes (veja INGC, 2009) apontam riscos de níveis
diferenciados em diversas áreas da costa de Moçambique. A costa norte de
Moçambique (incluído o Arquipélago das Quirimbas) é susceptível à subida de níveis
das águas do mar e uma redução acentuada da disponibilidade de água na zona
continental; uma redução substancial de terra para agricultura e risco maior de
ocorrência de queimadas. Os efeitos negativos desses eventos foram discutidos
anteriormente.
5. Programas de monitoria de conservação e gestão
As actividades descritas anteriormente podem minar os esforços para uma conservação
efectiva no PNQ assim como o desenvolvimento da população local alimentado pelas
indústrias turísticas. Embora, para muitas dessas actividades o reforço de fiscalização,
adopção e implementação de um plano de uso de terra e zoneamento, programas
massivos de educação ambiental dirigido para as comunidades, cumprimento de
legislação em vigor e outras possam reduzir significativamente os seus impactos
negativos na conservação, a Administração do parque e parceiros necessitam de
informação periódica que indique o nível de eficácia das actividades de conservação e
de gestão do parque.
Programas de monitoria focalizados em cada uma das actividades acima descritas, são
um instrumento de trabalho valioso na correcção da actuação estratégica deste plano de
Maneio. Neste âmbito, o PNQ tem vindo a desenvolver desde 2006 um sistema de
monitoria orientado para a gestão. O MOMS permitiu aferir dos resultados um
decréscimo de actividades ilegais no parque durante o ano de 2007.
No âmbito da conservação e maneio da vegetação a monitoria deverá incidir:
a) Controle da frequência e extensão dos fogos através do uso de imagens satélite;
b) Maneio de espécies endémicas, ameaçadas, raras, e em perigo de extinção através da
sua documentação. espacial e temporal (a lista preliminar é fornecida por Bandeira et
al., 2008);
c) Criação de uma matriz de monitoria da taxa de desflorestação de mangal;
d) Criação de matrizes de qualidade e extensão das manchas da vegetação que mantém
processos ecológicos críticos que incluem a floresta costeira, vegetação das montanhas
(Inselberges e vegetação suculenta) e dambos.
Conclusão
Com o presente trabalho da cadeira de biogeografia foi possível notar que; A decisão de
executar uma queima requer, acima de tudo, plena segurança afim de que os objetivos
possam ser cumpridos integralmente. Isso implica em uma análise detalhada das
condições do terreno, especialmente topografia, características da vegetação
(quantidade, condição e distribuição) e variáveis meteorológicas (intensidade e direção
do vento predominante, temperatura, umidade, incidência de luz, dentre outros).

Apesar do processo de queima controlada ser legalmente permitida e atuar como


prevenção a incêndios florestais, não se pode negar a existência de amplas
externalidades negativas com a utilização do fogo, que envolvem danos à saúde,
empobrecimento gradual do solo, perda de biodiversidade, danos à rede de transmissão
elétrica, entre outros. Sendo assim, a utilização de alternativas ao uso do fogo deve ser
vista como um procedimento relevante quando se busca a realização de atividades
agropecuárias com vistas à sustentabilidade ambiental, social e econômica.

Portanto na grande maioria dos casos os fogos são de origem antrópica, sendo que as
comunidades locais usam o fogo para a limpeza das machambas e para a caça. Embora
as queimadas de zonas florestais em geral, e no miombo em particular, ocorram
provavelmente há séculos, já se provou que as queimadas anuais no período mais quente
(queimadas quentes) têm vários efeitos negativos.
Referências bibliográficas

Arquivado em 28 de fevereiro de 2010, no Wayback Machine. acessado a 28 de julho de


2009
UIF (2007). Avaliação Integrada das Florestas de Moçambique: Inventário Florestal
Nacional. Direcção Nacional de Terras e Florestas. Maputo, Moçambique.
van Aarde, R. (2009). Preliminary assessment of elephant movements in the Quirimba
district, northern Mozambique. Interim Report to Worldwide Fund for Nature
WCS (2001). The landscape species approach –a tool for site-based conservation.
Living Landscapes Program. Bulletin 2.
White, F. (1983). Vegetation of Africa – a descriptive memoir to accompany the
Unesco/AETFAT/UNSO vegetation map of Africa. Natural Resources Research Report
XX; UN Educational, Scientific and Cultural
Organization, 7 Place de Fontenoy, 75700, Paris, France.
Zolho, R. (2010). Estratégia de Fiscalização do Parque Nacional das Quirimbas.
Parque Nacional das Quirimbas, Ministério do Turismo, Moçambique.

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