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Introdução à Ganesha

Dentro da mitologia hindu incluem-se mais


de 330 milhões de deuses e esse
número expressa, na realidade, todas as
coisas que existem no mundo, pois para os
hindus tudo é deificado e está alimentado
por um único deus. É por isso que
encontramos muitas formas e muitos
nomes desse deus, mas, de fato, esse
mesmo deus é um só, criador,
mantenedor e provedor do universo.
Ganesha é o símbolo daquele que descobriu
o poder da divindade dentro de si.
É considerado o grande deus removedor
de obstáculos e provedor da sabedoria, por
tanto, aquele que cria a prosperidade, a
riqueza e a sabedoria onde sua força é
invocada.

Existem muitas lendas a respeito de seu


surgimento, mas a mais conhecida descreve
o motivo pelo qual Ganesha é o primeiro
deus à ser reverenciado antes de todos
os outros deuses e práticas hindús:
Parvati, a deusa da magia e do poder, deu
à luz à Ganesha quando seu marido Shiva, deus da força, da meditação e da Yoga,
não estava em casa.
Como Shiva foi à um retiro para meditação e não tinha previsão para voltar,
Parvati determinou que Ganesha aguardasse na porta de seus aposentos e que
não deixasse ninguém entrar. Mas, após algum tempo, Shiva retornou e quando
tentou entrar em sua casa, a criança se recusou a deixá-lo passar. Não compreendendo
sobre quem se tratava, Shiva o desafia para uma luta junto a todos os outros deuses
e, após muitas tentativas, conquista a vitória lhe cortando a cabeça.
Quando Shiva encontra sua esposa, chora e lamenta o ato, pois havia ferido seu
próprio filho. A tempo de desfazer seu engano, o deus então, prometeu a
Parvati que se ela colocasse a cabeça de qualquer pessoa ou animal que
atravessasse seu caminho rapidamente no dia seguinte, a criança voltaria a
viver. Os deuses intercederam e determinaram que Shiva deveria partir, porém
somente extrair a cabeça daquele que havia morrido naturalmente e que fosse de
extrema força e beleza. Foi assim que o deus dos Yogues encontra um belo
elefante que acabara de morrer, remove sua cabeça e entrega a esposa, para que
esta desse a vida de volta a seu filho. Assim nasce Ganesha, que abençoado por
todos os deuses por sua coragem e força, passa à ser reverenciado e adorado
antes de qualquer outro deus.

 A fama de Ganesha ganha mais força quando, em Setembro de 1995, um morador


de Nova Deli sonha com o deus lhe pedindo um pouco de leite. Ao acordar,
antes do amanhecer, o homem se dirige ao templo mais próximo e, com autorização do
sacerdote, lhe oferece uma colher com leite. Em instantes o leite desaparece e a
notícia de que
Ganesha estava aceitando a oferenda de leite percorre toda a Índia e alguns outros
países. Milhares de pessoas se reuniram nos templos e mais de um milhão de litros
de leite foram dedicados e oferecidos à Ganesha, porém o ato não se manifestou por
mais de 24 horas. Esse episódio do leite marcou a história como o evento mais
importante do ultimo milênio para os hindus. Acredita-se que o episódio do leite
ressurgiu em Agosto de 2006, mas sem provas evidentes.
Desde então, o hinduísmo se tornou mais conhecido e ganhou força por todo o
mundo e os adeptos de Ganesha se multiplicam cada vez mais, pela fé e pela crença
em adquirirem a prosperidade e a evolução a partir de um grande deus que
representa a força e o poder de remover obstáculos.

O Simbolismo de Ganesha
Ganesha é inicialmente retratado com o remover dos obstáculos. Essa crença se
concretizou devido ao fato dos hinduístas acreditarem que a energia que cada deus
emana está ancorada em sua imagem. É por isso que são representados em
diferentes posições, pois cada representação marca um momento na história
daquele deus e uma forma diferente de representar sua energia, como se o deus
estivesse nos olhando através de sua figura. Cada imagem hindu agrega símbolos que
são compreendidos também por nosso inconsciente, fazendo com que sejam fontes
de inspiração para nossas ações e pensamentos.

O Senhor cuja forma é o Om


Ganesha é também definido como Omkara ou Aumkara,
que significa "tendo a forma de Om (ou Aum). De fato, a
forma do seu corpo é uma cópia do traçado da letra
Sânscrita que indica este grande Bija Mantra. Por causa
disso, Ganesha é considerado a incarnação corporal do
Cosmos inteiro, que está na base de todo o mundo
fenomenal. Além disso, a sílaba sagrada é indicada
precisamente por uma letra que relembra o formato da
cabeça de Ganesha.

Cada elemento do corpo de Ganesha tem seu próprio valor e seu próprio significado:
•A cabeça de elefante indica fidelidade, inteligência e poder discriminativo;
•O fato de ele ter apenas uma única presa (a outra estando quebrada) indica a
habilidade de Ganesha de superar todas as formas de dualismo;
•As orelhas abertas denotam sabedoria, habilidade de escutar pessoas que
procuram ajuda e para refletir verdades espirituais. Elas simbolizam a importância
de escutar para poder assimilar idéias. Orelhas são usadas para ganhar
conhecimento. As grandes orelhas indicam que quando Deus é conhecido, todo
conhecimento também é;
•A tromba curvada indica as potencialidades intelectuais que se manifestam na
faculdade de discriminação entre o real e o irreal;
•Na testa, o Trishula (arma de Shiva, similar a um Tridente) é desenhado,
simbolizando o tempo (passado, presente and futuro) e a suuperioridade de
Ganesha sobre ele;
•A panela de Ganesha contém infinitos universos. Ela simboliza a benevolência da
natureza e equanimidade, a habilidade de Ganesha de sugar os sofrimentos do Universo
e proteger o mundo;
•A posição de suas pernas (uma descansando no chão e a outra em pé) indica
a importância da vivência e participação no mundo material assim como no
mundo espiritual, a habilidade de viver no mundo sem ser do mundo.
•Os quatro braços de Ganesha representam os quatro atributos do corpo sutil, que
são: mente (Manas), intelecto (Buddhi), ego (Ahamkara), e consciênscia
condicionada (Chitta). O Senhor Ganesha representa a pura consciênscia - o Atman
- que permite que estes quatro atributos funcionem em nós;
  A mão segurando uma machadinha, é um símbolo da restrição de todos
os desejos, que trazem dor e sofrimento. Com esta machadinha Ganesha pode
repelir e destruir os obstáculos. A machadinha é também para levar o homem para o
caminho do Dharma;
  A segunda mão segura um chicote, símbolo da força que leva o devoto para
a eterna beatitude de Deus. O chicote nos fala que os apegos mundanos e desejos
devem ser deixados de lado;
  A terceira mão, que está em direção ao devoto, está em uma pose de
bênçãos, refúgio e proteção (abhaya);
  A quarta mão segura uma flor de lótus (padma), e ela simboliza o
mais alto objetivo da evolução humana, a realização do seu verdadeiro
eu.

O Deus da boa fortuna


Em termos gerais, Ganesha é uma divinidade
muito amada e frequentemente invocada, já
que é o Deus da Boa Fortuna que
proporciona a sabedoria e a prosperidade.
Também é o Destruidor de Obstáculos de
ordem material ou espiritual. É por este
motivo que é invocado antes do início de
qualquer tarefa (por exemplo, viajar, prestar
uma prova, realizar un assunto de negócios,
uma entrevista de trabalho, realizar uma
cerimônia) com Mantras como: Aum Shri
Ganeshaya Namah (salve o nome de
ganesha), ou similares. É também por esse
motivo, que tradicionalmente, todas as
sessões de bhajan
(cân ico nal)  com uma invocação de Ganesha, o Senhor dos "bons inícios".
devoci inicia
Por oda a Índia de ra Senhor anesha o primeiro ídolo colo ado em
cult hindu, é
qual uer asa ou plo. disso, Ganesha é associado  o primeir chakra,
nova te Além co
que representa o e ção e  de ção. O e desse
instinto conserv sobrevivência procri no
chak ra é ara.
Mulad É otar com , de   com a tradição, esha foi gerado sua mãe
interessante acord Ga por
Parv ti sem a tervenção do seu marido: Shiva. Shiva, de fa  to, sendo eterno ashiva),
i (Sa
não entia uma nece sidade em ter ntão Ganesha nasce  exclusiva ente do
nen filhos.
dese jo feminin   de Parvati de procriar. Con equentem nte, o relacionamento entre
Gan sha e mãe é o e especial. Essa devoção é motivo ue as ições do
sua úni o de tra
sul da Índia o presentam como celi atário. É dito que esha, itando ser sua mãe
r Ga acre
a m is bela erfeita mulher no erso, mou: "Traga-me mulher o bonita
e uni excl um t
quanto minha ãe e eu me casarei m ela".  Norte da Índia, utro lado, Ganesha
c N por
é fr quenteme te ntado o com as d as filhas de Brahm : Riddhi
repres co casado
(suc sso) iddhi (prosperidade), simboli ando qu estas ualidades sempre

e
aco panham uele escobre sua divindade interior.
a que

Ga esha e o rato
De cordo uma int rpretação o divino eículo de
co
Gan sha, o r to ou mushika re resenta abedoria,
tale to e in eligência. Ele simboliza in estigação
diminuta de assunto difícil.  rato uma vida
u U vive
clan estina n s esgoto . Então ele é ta bém um
sím olo da orância que é dominante trevas e
ig na
que teme a l z do co heciment . Como eículo do
Sen or Ganesha, o   nos ensina a r sempre
rat est
aler a e iluminar noss   eu inte ior com a luz do
con ecimento.
 Ambos Ganesha e Mu hika amam Modaka  , que é
tradicionalme te ofere ido para os dois durante
ceri ônias de  adoraçã . O Mushika é normalmente
repr sentado omo sen o muito
equeno em relaçã o
a Ganesha, m contr ste para as repr sentaçõe dos veí culos outras
das
divi dades. rém, já f  i al na  Maharas triana resentar Mushika
P tradicio art re
como um muito nde, e Ganesha ndo mon ado omo se f  sse um
rato cavalo. gr est nele
Outra interpretação diz ue o  (Mushika ou Akhu) represen a o mente
rat ego,
com todos os seus ejos, e o orgulho a alidade. Ganesha, guiando
de individ
sobre o e torna mestre não o escravo) sas tendências, indicando o
rato, o ( de
pod r que o telecto e as faculd des discriminativas tem  a mente. O rato
i sobr
(ext emament voraz por a) é fre uentemente ntado ximo a
nature repres pr
uma bandeja e om lhos vira os em direção de Ganesha, enquanto
doces seus
ele egura punhad de a uas , como se esperando uma
u comi entre pata
ordem de Ganesha. Isto representa a mente que foi completamente subordinada
à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que
olha fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua
permissão.

 A Imagem de Ganesha
Grandes orelhas: Ouça mais
Grande cabeça: Pense
grande Olhos pequenos:
Concentre-se Boca pequena:
Fale menos
Machado: Corta fora todas as ligações acessórias
Mão em posição de bênção: Bênção e proteção para
o caminho espiritual supremo
Grande estômago: Digestão pacífica de todo o bem e
mal na vida
Corda: Colocar você mais próximo de sua maior vitória
Uma presa: Reter o bem, descartar o mal
Tromba: Grande eficiência e adaptação
Rato: Desejo. A menos que, sob controle, pode
causar frustração, você deve segurar o desejo e
mantê-lo sob controle e não permitir que ele
controle sua vida.

Onde quer que a imagem de Ganesha apareça, sua energia é ancorada e emanada.
Seja na forma de um pingente, uma estátua, um chaveiro ou estampado em uma
camiseta, bolsa ou proteção de tela de um computador. Onde Ganesha está, não
existe pobreza e todos os males e obstáculos poderão ser removidos através de seu
poder, pois é uma das poucas religiões que traz a força de sua espiritualidade
presentes em suas imagens.

 A posição das estátuas também é muito importante:


Ganesha Dançarino

Nritya Ganapati é a energia da alegria e Prosperidade que


ocorre na vida, ao tê-lo em sua casa ele ativa a vontade de
crescer e evoluir, criando harmonia entre pessoas.
Para trabalhar esta energia é sempre bom tê-lo acompanhado de
Shiva, e ainda se sua busca for material, Lakshmi.
Este Ganesha gosta muito de doces, incensos e música.
* Imagem usada em frente às portas de entrada. Atrai a
riqueza e a fartura, através do movimento e da ação.
Ganesha com 16 braços, O Guerreiro
O "valente guerreiro," Vira Ganapati, assume uma postura de
comando. Seus 16 braços carregam diversas armas, símbolos
dos poderes da mente e do espírito, quando o temos junto de
nós, nenhum mal é capaz de passar suas defesas.
Tenha uma estatueta em sua bolsa ou carteira, isto irá
trabalhar ativar sua proteção espiritual.
 Ao pedir bênçãos materiais a ele, lembre-se de determinar força
para atingir os objetivos.

*Nessa imagem, Ganesha defende e protege os locais


contra qualquer mal.

Ganesha com o livro, o Ganesha da Sabedoria

Esse é o grande senhor do conhecimento e do intelecto,


sendo representado como aquele que escreveu os Vedas,
textos sagrados. Essa imagem exemplifica a lenda da presa
quebrada para a escrita dos testos.

* Traz a sabedoria como ferramenta para buscar a prosperidade e


a evolução.

Ganesha com uma das mãos em sentido de


Bênçãos

Esse é o Ganesha da evolução espiritual, aquele que atingiu


a evolução através do autoconhecimento e da superação dos
poderes do ego.

* Abençoa, reforça a proteção material e atende a pedidos.

Ganesha deitado ou apoiado em uma concha


Essa é a grande imagem da riqueza e da evolução
da espiritualidade e da materialidade. Representa a
serenidade em confiar em si e valorizar tudo o que
foi conquistado.
* Simboliza a evolução na sabedoria e na conquista da
prosperidade.
Dicas sobre práticas mágicas e espirituais com os deuses hindus
 As imagens dos deuses hindus são o símbolo máximo da fé e da espiritualidade de
seu povo, já que expressam a energia e o poder do próprio deus agindo através
de sua imagem. Esse é o motivo pelo qual os deuses são representados em
diversas posições e representações, simbolizando diferentes formas de
expressarem seus poderes e seus atributos. Saiba que são símbolos sagrados da fé
e da determinação e suas forças se resumem a toda simbologia descrita em suas
formas. Podem ser encontrados gravados em papéis e tecidos, bem como
confeccionados em estátuas de metal, resina, gesso, pedra, porcelana ou barro.
Os grandes rituais hindus são conhecidos como “Puja”, uma série de práticas ritualísticas
representadas pelos banhos realizados nas imagens em rios ou templos. Fazem
parte dessas práticas a oferta de alimentos como frutas, mel, leite, doces além do fogo,
incenso, velas, flores e o próprio banho com água, leite, mel, açafrão, entre outros
elementos. São sempre acompanhados de orações, mantras e cantos sagrados.
 A maior parte dos deuses hindus valoriza ambientes limpos e prósperos. Ao adquiri
uma imagem, certifique-se de que estará posicionada em um local limpo e organizado,
evitando a bagunça e a sujeira.
Para os seguidores do hinduismo, todas as pessoas possuem um espírito, conhecido como
 “atman”, cujo destino é determinado por suas ações, seguindo a lei do karma que
diz que toda ação traz uma reação correspondente. Enquanto este espírito não se
libertar das atitudes negativas vigentes na terra e alcançar a iluminação, irá nascer e
desencarnar por diversas vezes. A este ciclo encarnatório denominamos “Roda
de Samsara”.
 A base da alimentação hindu é vegetariana, pois traz o corpo e a mente livre de
impurezas.
 As preces são entoadas como cânticos no idioma sânscrito e são denominadas
“mantras”. São oferecidas aos deuses para diversas finalidades. Também são dirigidos
pra se obter paz, elevação e poderes. São pronunciados através de um terço
denominado Japamala.
O Japamala é um terço hindu utilizado para a entoação de mantras e orações.
Contêm cento e oito contas ou sementes. Pode ser feito também com 27 ou 54
contas, já que descreve o número exato de mantras e orações que devem ser
realizados. O número de sementes sempre leva a um único denominador, o nove.
Para o hindu, o número 108 simboliza o uno (um) que permeia o universo (zero)
junto ao infinito (oito). Os mais utilizados são confeccionados com sândalo ou
sementes de Rudraksha, árvore representante do sagrado para os indianos.
Um dos mantras mais importante é a sílaba “OM”, o som sagrado do universo que
dá inicio a todo o processo de criação. Sinos também são utilizados em conjunto
com o mantra para reforçarem seu poder de acalmar e revelar a pureza da
alma.
Não existe casa que não encontre a prosperidade se conter uma imagem do
Deus Ganesha próximo a porta de entrada. Além de ser o grande removedor de
obstáculos é também o deus da riqueza e fortuna. Além de lhe ajudar nos desafios
do dia a dia, lhe traz a consciência tudo o que deve ser transformado para que você
adquira a tão sonhada prosperidade em seu lar.
Imagens em cobre, bronze ou barro trazem um material puro por natureza e podem
ser consagradas recebendo um banho de água e leite. Já as imagens em resina ou
gesso devem ser adornadas com elementos ou colares feitos com fibras naturais como é
o caso de sementes e pedras. Uma boa dica é a utilização de um terço hindu
conhecido como Japamala feito com as sementes sagradas da índia, conhecidas
como “Rudrakshas”.
Colares de flores são sempre bem vindos em homenagem aos deuses. Flores como
margaridas, girassóis, frésias, jasmim, rosas e gérberas representam a essência pura da
Terra. Para confeccioná-los basta envolver as flores, sem os cabos, por um fio de
nylon criando um círculo, unindo uma extremidade a outra. Ofereça aos deuses
sempre como agradecimento aos pedidos que desejar realizar.
Oferecer o sentimento de amor a Krishna é uma dádiva suprema para seus seguidores.
É o deus do conhecimento e do amor, manifestando tal sentimento à vida de quem
lhe oferta seus mais puros sentimentos.
Shiva em sua forma dançarino é denominado de Shiva Nataraja. Tem o grande
poder de dissipar o mal e trazer compreensão sobre os fatos que interferem em
nossa paz e harmonia. Ter uma estátua desse deus em frente à porta de entrada
da casa traz força para combater o mal e os inimigos. Pode acompanhar Ganesha
já que é seu próprio pai. Juntos representam a remoção das dificuldades e a busca
da consciência plena de que a prosperidade não faltará no lar.
Já a combinação das imagens de Shiva, lakshmi e Ganesha ganham um destaque
especial. Representam a trindade da boa sorte, fortuna e proteção. Posicione-os em
frente à entrada principal de sua casa seguindo a seguinte ordem: Shiva a
esquerda do observador, Lakshmi ao centro e Ganesha a direita. Um pote de
riqueza pode ser criado e posicionado a frente da deusa Lakshmi. Para confeccioná-lo
faça um preparado de açúcar e pó de sândalo e passe por todo o pote. Deposite
moedas ao centro sempre que desejar. Quando o pote estiver quase cheio, junte as
moedas e gaste com alimentação. Dessa forma, a prosperidade e a fartura nunca
lhe faltarão.
Tudo o que é ofertado aos deuses hindus deve ser consumido. O que não pode
ser ingerido, como restos de velas, incensos, óleos e flores, devem ser depositados
em um saco plástico separado de todo o lixo, para depois ser introduzido junto a
este. Não se mistura o que é sagrado com o lixo e nem se deteriora a natureza
jogando em rios ou praças.
Conectando-se com Ganesha
Como com todas as divindades hindus, uma boa maneira de formar um elo é
aproveitar uma das muitas imagens vívidas do deus. O ideal seria um cartão-postal
ou uma estátua. Se puder agrinaldar a estátua, melhor.
Um incenso doce também é bom, como jasmim, hibisco ou langue-langue.
Também vale a pena entoar, em voz alta ou mentalmente, o mantra da divindade a
fim de acessar sua essência.
O melhor tempo para nos aproximarmos de Ganesha é na lua crescente ou cheia; a
melhor condição psicológica é estar na iminência de iniciar algo; e o lugar ideal
é um portal (como no saguão) ou, pelo menos, perante uma porta.

Ganesha e seus atributos


É o deus do sucesso e superação de
obstáculos, associado a visão,
aprendizado,prudência e força.
Seu nome sempre é invocado no início
de um evento importante.
Representa o perfeito equilíbrio entre
as energias masculina e feminina,
entre força e bondade,
poder e beleza.
Distinção entre verdade e ilusão,
real e o irreal.
É o senhor da riqueza e da fortuna.

 Atributos: Caneta, livros e Japamala


Incenso: Coco, Sândalo, Banana, Jasmim, hibisco e langue-langue
Lua: Fase crescente ou cheia
Cores: Vermelho, azul, amarelo e
dourado
Flores: Crisântemos, rosas, Hibiscos, Margaridas e Girassóis
Dia da Semana: Quarta-feira
Regente: da prosperidade e da remoção de Obstáculos
Oferenda: Doces, principalmente com leite, mel, coco, cravo e canela;
Frutas: Coco, banana, pêra, laranja, maçã e romã;
Derivados do leite, como manteiga e
yogurte.

Principal Mantra de Invocação: “Om Gan Ganapataye Namaha”


Os 108 Nomes de Ganesha

Ganesha possui 108 formas de expressar sua energia. Entre elas estão:

Nome Significado
Começando com um alfabeto
 Akhurath  Aquele que tem como seu cocheiro Mouse
 Alampata Eterno Senhor
 Amit Senhor Incomparável
 Anantachidrupamayam Infinito e Consciência personificado
 Avaneesh Senhor de todo o Mundo
 Avighna Removedor de Obstáculos
Começando com Alfabeto B
Balaganapati  Amado e Criança Louvável
Bhalchandra -Senhor da Lua
Crescente Bhima Enorme e Gigante
Bhupati Senhor dos Deuses
Bhuvanpati Deus dos Deuses
Buddhinath Deus da Sabedoria
Buddhipriya Conhecimento
Buddhividhata Deus do Conhecimento
Começando com Alfabeto C
Chaturbhuj  Aquele que tem quatro braços
Começando com Alfabeto D
Devadeva Senhor de todos os
senhores Devantakanashakarin Destruidor dos males
Devavrata  Aquele que aceita todas as
penitências Devendrashika Protetor de Todos os Deuses
Dharmik   Aquele que dá Caridade
Dhoomravarna Tons Senhor Fumaça
Durja Invencível Senhor
Dvaimatura  Aquele que tem duas mães
Começando com Alfabeto E
Ekaakshara Ele da sílaba
Ekadanta Senhor Único
Ekadrishta Senhor Único
Eshanputra Filho de Shiva
Começando com Alfabeto G
Gadadhara  Aquele que tem o Mace como arma
Gajakarna  Aquele que tem os olhos como um
elefante Gajanana -Diante Senhor Elefante
Gajananeti -Diante Senhor Elefante
Gajavakra Tromba do elefante
Gajavaktra  Aquele que tem boca, como um
elefante Ganadhakshya Senhor dos Ganas Todos (Deuses)
Ganadhyakshina Líder de todos os corpos
celestes Ganapati Senhor dos Ganas Todos (Deuses)
Gaurisuta O Filho de Gauri (Parvati)
Gunina  Aquele que é o Mestre de todas as virtudes
Começando com Alfabeto H
Haridra  Aquele que é dourado
colorido Heramba  Amado Filho da Mãe
Começando com Alfabeto K 
Kapila Cor marrom-amarelada
Kaveesha Mestre dos Poetas
Krti Senhor da Música
Kripalu Senhor Misericordioso
Krishapingaksha Olhos Marrom-amarelados
Kshamakaram O Lugar do Perdão
Kshipra  Aquele que é fácil de apaziguar
Começando com Alfabeto L
Lambakarna Orelhudo Senhor Grande
Lambodara O Senhor Inchado Enorme
Começando com Alfabeto M
Mahābalā Forte Senhor
Enormemente Mahaganapati Senhor Onipotente e Supremo
Maheshwaram Senhor do Universo
Mangalamurti Todas Senhor Auspiciosos
Manomay  Vencedor dos Corações
Mrityuanjaya Conquistador da Morte
Mundakarama Morada da Felicidade
Muktidaya Doador da eterna felicidade
Musikvahana  Aquele que tem rato como
cocheiro
Começando com Alfabeto N
Nadapratithishta Quem a a ma úsica
precia e m
Namasthetu  Vencedor de todos os males e vícios e
pecados Nandana Filho de Shiva
Nideeshwaram Doador de riquezas e tesouros
Começando com O Alfabeto
Omkara  Aquele que tem a forma de OM
Começando com Alfabeto P
Pitambara  Aquele que tem corpo pintado-
Amarelo Pramoda Senhor de todas as Moradas
Prathameshwara Primeiro e ntre t odos o s
Purush  A Personalidade Onipotente
Começando com R Alfabeto
Rakta  Aquele que tem-pintado corpo
vermelho Rudrapriya  Amado do Senhor Shiva
Começando com Alfabeto S
Sarvadevatman Receptador de todas as ofertas Celestial
Sarvasiddhanta Doador de Perícias e Sabedoria
Sarvatman Protetor do universo
Shambhavi O Filho de Parvati
Shashivarnam  Aquele que tem uma lua como
complemento Shoorpakarna Orelhudo Senhor Grande
Shuban Todas Senhor Auspiciosos
Shubhagunakanan  Aquele que é o Mestre de todas as
virtudes
Shweta  Aquele que é tão pura como a cor
branca Siddhidhata Doador de Sucesso e Realizações
Siddhipriya Doador de Desejos e Bençãos
Siddhivinayaka Doador de Sucesso
Skandapurvaja Irmão mais velho do Senhor Skanda (Kartike 
ia)
Sumukha Face auspiciosa
Sureshwaram Senhor de todos os
senhores Swaroop  Amante da beleza
Começando com Alfabeto T
Tarun Eterno
Começando com Alfabeto U
Uddanda Curador dos males e
vícios Umaputra O Filho de Uma Deusa
(Parvati)
Começando com Alfabeto V 
 Vakratunda Curvo Senhor Tronco
 Varaganapati Doador de Bençãos
 Varaprada Grandiosos com os desejos e Bençãos
 Varadavinayaka Doador de Sucesso
 Veeraganapati Heróico Senhor
 Vidyavaridhi Deus da Sabedoria
 Vighnahara Removedor de Obstáculos
 Vignaharta Demolidor de Obstáculos
 Vighnaraja Senhor de Todos os Obstáculos
 Vighnarajendra Senhor de todos os obstáculos
 Vighnavinashanaya Destruidor de todos os obstáculos e impedimentos
 Vigneshwara Senhor de todos os obstáculos
 Vikat Enorme e Gigante
 Vinayaka Senhor de Tudo
 Vishwamukha Mestre do Universo
 Vishwaraja Rei do Mundo
Começando com Alfabeto Y 
 YagnakayaReceptor de todos os sacrifícios e oferendas sagradas Doador de fama e fortuna
 Yashaskaram  Amado e sempre Senhor Popular
 Yashvasin O Senhor da Meditação
 Yogadhipa

Mantras
Os mantras simbolizam um sistema de prática de vocalizações de sons carregados
de poder. Sua prática serve como um instrumento para intensificar e elevar a
consciência, a concentração, a vitalidade e a meditação.
 A palavra MANTRA é de origem Sânscrita e significa “o controle ou trava da mente” (MAN
 – mente, TRA – trava), cuja principal função é cessar nossas atividades mentais, para
que seja possível acionarmos outros níveis de consciência e percepção, levando-nos
a um estado de introspecção e silenciamento da mente, capaz de nos colocar em
conexão com o nosso “eu interior”. Sua prática nos encaminha para um elevado
grau de autoconhecimento e desenvolvimento de nossos poderes intuitivos,
aguçando nossa sensibilidade, receptividade e nos levando a adotar uma postura
menos racional e mais sensorial.
Sua criação está descrita nos VEDAS, uma espécie de compilação de quatro textos
ou livros, escritos em sânscrito por volta de 1500 a.C. e que formam a base da
literatura e das escrituras sagradas do hinduísmo. Cada livro aponta o mantra
como o núcleo transformador e essencial para a evolução do físico e da espiritualidade.
São divididos em:
Rigveda: Hinos entoados como mantras.

 Yajurveda:  As práticas do mantra na liturgia, nos rituais e na superação através


dos sacrifícios.
Samaveda: Os mantras entoados como cantos devocionais.

 Atarvaveda:  Os encantamentos, as fórmulas mágicas e os rituais praticados


pelos sacerdotes, através dos mantras.
Embora suas mais antigas referências sejam indianas, várias culturas também se
beneficiaram, ao longo da história, da prática de cantos devocionais e mantras. Podemos
também destacar os judeus, mulçumanos, católicos e beneditinos, como praticantes
da sabedoria e da prática da vocalização como forma de se elevar o espírito e
colocar o homem em um contato mais próximo de sua divindade.
Devemos também ter em mente que todas as palavras representam uma espécie
de mantra, pois seus efeitos são dotados de extraordinária força e poder. As
palavras são
capazes de criar tanto uma atmosfera positiva quanto negativa, inclusive influenciando o
que está a nossa volta e os ambientes. Percebendo a intensidade das emoções,
somos capazes também de percebermos seus efeitos em nossa trajetória pela vida,
determinando também a lei de atração, de ação e reação (Karma) existente no
universo. Dessa forma, a prática de mantras pode ser compreendida como a
manifestação de uma determinada vibração física na forma de um som, gerando e
produzindo vários efeitos energéticos em nosso corpo físico e nos demais corpos
sutis.
Essas manifestações também são provenientes dos chakras, centros energéticos
vibracionais e podem revitalizá-los, criando o bem estar e a vitalidade não só no
corpo físico, como também alimentando nossa consciência energética e espiritual.
Através de sua prática podemos trabalhar com a energia de Kundaline e também na
manifestação do Prana, energia vital. Aos entoarmos os mantras com a visualização
de um órgão interno, podemos direcionar a energia vibracional canalizada em
seu próprio benefício.
 A Kundalini é uma força primordial a existência, semelhante à energia potencial
encontrada na água. Quando liberada, ela cria uma ligação vertical entre os
chakras, abrindo os canais sutis, mais especificamente, o canal que alinha os
chakras centrais do corpo. Se colocarmos a água através de uma pequena mangueira
de alta pressão, a ponta da mangueira vai ondular como uma serpente. Da mesma
forma, a intensa energia de Kundalini ondula no corpo à medida que sobe através
dos chakras, materializando pensamentos, intenções e objetivos em alta
velocidade e com maior potência.

Os mantras devem ser sempre repetidos dentro de uma seqüência rítmica. A obtenção
de seus benefícios máximos, vem através da plena concentração nos sons vocalizados,
na participação, na devoção do ato e na prática com sentimentos. Geralmente são
praticados em combinação com os pranayamas (práticas de respiração) e Yantras
(símbolos e imagens sagradas representadas por divindades).
O ideal é que a prática do mantra seja executada juntamente com sua intenção, pois
dessa forma, criamos um aumento dos benefícios físicos e espirituais, fortalecendo
e direcionando seus efeitos energéticos.
 Ao praticar um mantra, devemos ter em mente o seu propósito, atentar a nossa
postura e a respiração correta, além de nos entregarmos completamente, através de
nossos sentimentos, ao ato de vocalizar os sons, presenciando completamente o
momento presente.
 Acredita-se que os mantras vocalizados como canções possam movimentar as energias,
criando uma atmosfera de paz e quietude para a preparação de uma consciência elevada
à alegria e a satisfação. Já os mantras entoados somente pela vocalização do som,
possuem um maior poder ritualístico e energético. É importante também entender
que, quanto mais curto o mantra, mais poder ele emana.
Suas bases produzem finalidades que visam nos colocar diretamente em contato
com nosso poder divino e energético:
Poder de remover a ignorância,
Poder de revelar as verdades e a realidade
(Dharma), Poder de purificação interna,
Poder de efetuar a liberação dos Karmas criados (Moksa),
Poder de revitalizar os sistemas energéticos, trazendo o desbloqueio e a
elevação de nossos centros energéticos (Chakras).

Preparação para a prática


Dê preferência para realizar seus mantras em um local tranqüilo, silencioso e
seguro. Certifique-se da limpeza e da organização do ambiente, podendo ser
trabalhado energeticamente através do uso de incensos, difusores e aromatizadores. A
iluminação indireta e suave também é uma boa opção. Se desejar, você poderá
praticar em frente a um altar criado com os quatro elementos: Um incenso, uma
vela, uma taça com água, flores ou cristais. Caso o mantra seja devocional à
uma divindade, utilize a imagem posicionada ao meio deste altar.

O Japamala é um terço hindu para orações e para a prática do mantra. Poderá


ser utilizado para a contagem e para a recepção de todo poder espiritual emanado.
São criados em materiais naturais como a madeira, sementes e cristais. São feitos em
números múltiplos de nove ao máximo de 108 contas. Esse número representa
uma parte importante citada nos VEDAS, pois descreve a existência de 108 canais
astrais principais que percorrem do físico aos corpos sutis, transmitindo a energia como
alimento para esses canais. O número também simboliza a integração do homem
com o universo, pois exemplifica o uno ou espírito (1), que se integra ao todo
(0) e que é infinito (8).

Trabalhe somente com o som ambiente ou através de Cds que contenham os


mantras a serem trabalhados. Nesse caso, o mantra deve ser tocado
juntamente com a sua participação na vocalização das sílabas cantadas.

O melhor período para a prática dos mantras é após as 4:00 h da manhã. É a partir
deste momento que a atmosfera terrena está plena de Prana (energia Vital). Se não for
possível é válida a realização em qualquer outro horário, que a fuga ao desejo de se
praticar os mantras. O período noturno, após as 18:00 h também se torna mais
silencioso e, portanto, mais propício a quietude, se estendendo até as 22:00 h. Para
os orientais, a prática deve ser realiza pela manhã ao levantarmos e, à noite,
antes de dormir. Em Sânscrito, o SANDHYA representa o período em que o dia e a
noite se encontram, ou seja, duas horas antes do amanhecer e duas horas antes do
por do sol, período este, em que as vibrações energéticas espirituais estão com
grande intensidade na Terra.
Procure não consumir alimentos pesados ou de difícil digestão antes da prática. A
ingestão de água é essencial para que a fluidez energética ocorra durante o ato.
Evite também, se possível, a ingestão de carnes e bebidas alcoólicas antes de realizar a
prática dos mantras, pois diminuem a sensibilização dos campos energéticos e, no caso
do álcool, a dificuldade também na concentração e nas práticas respiratórias.

Mantenha-se com o corpo sentado em um local confortável que possibilite a permanência


da coluna ereta. Evite a prática com o corpo deitado ou apoiado em um acento
muito macio. O conforto se faz necessário, mas devemos manter a coluna em estado
alerta para que a mente e os centros vibracionais possam conduzir corretamente
as energias trabalhadas durante a prática.

Sistemas de respiração
O sistema de respiração promove o equilíbrio, o desbloqueio dos centros
energéticos e pode nos preparar para a prática dos mantras. Coloca-nos em
centralização com a Terra e os poderes do Cosmos.

O exercício proposto na sequência serve para a preparação do corpo para a prática


dos mantras:

Exercício de respiração para a Prática de Mantras

Realizar por três vezes consecutivas em cada etapa inspirando, retendo e expirando o ar:

Nariz/Nariz: Relaxamento
Nariz/Boca: Reequilíbrio da energia,
harmonia Boca/Nariz: Direcionando a
energia Boca/Boca: Aceleração
Os 16 principais Mantras para Ganesha
Om Gan Ganapataye Namaha
 “Saudações ao grande removedor de obstáculos”

Esse é o principal mantra devocional à Ganesha. Traz a abertura e a invocação à


sua energia através dos pedidos de remoção dos obstáculos e da obtenção de
sabedoria para alcançarmos a prosperidade em todos os nossos atos.

 Aum Shri Gan eshaya Namah a

tra de oração, amor e adoração. É cantado para obter as bênçãos de Ganesha para o arranque positivo de um projeto de trabalh
 Aum Namah Gan Ganapatye

ao Senhor Ganesha. Este


e se integre à nós através do conhecimento supremo e paz. Sempre se pode usá-lo antes de iniciar qualquer novo empreendimen
 Aum Hum Vakratu ndaya

direitar seus caminhos. O HUM simboliza a expulsão de todas as vibrações negativas. Este mantra é usado muitas vezes para se re

 Aum Namah Kshipra Prasadaya

Kshipra representa os meios ou caminhos imediatos. Se algum perigo ou energia


negativa lhe for enviada, como inveja, cobiça ou vibrações negativas e você não
sabe como se livrar desse perigo, com verdadeira devoção, a prática deste mantra
realizará para a benção rápida e purificação da aura.

 Aum Shrim Hrim Klim Glaum Gam Ganapataye


 Vara Varada Sarva Janamme Vashamanaya Swaha

Existem vários mantras binjas ou sementes. São eles os responsáveis pela construção dos
demais mantras e não possuem uma tradução literária, são apenas vibrações que quando
emanadas, criam o perfeito fluxo das energias por nossos centros energéticos,
denominados Chakras. Efetua uma limpeza e purificação profunda em nossa energia.
Seu significado representa: Por tuas bênçãos, ó Senhor; Ofereço meu ego como
uma oferenda.”

 Aum Namah Sumukhaya

Este mantra possui vários significados e em termos simples, invoca a beleza


dalama, do espírito e também física. Ao meditar sobre este mantra, alcançamos a
elevação do espírito, a docilidade e a beleza em todos os sentidos. Junto com isso,
a sensação da paz, do equilíbrio e da serenidade, através do amor incondicional por
você e por tudo que compreende sua vida. Invoca o puro poder do amor!

 Aum Namah Ekadantaya

Ekadanta refere-se a presa quebrada na imagem de Ganesha, o que significa que o


Deus quebrou a dualidade e direcionou seus instintos atrvés do poder da mente e
da pureza do coração. Quem tem que a unidade da mente e sincera devoção
alcança tudo o que, de mais puro, desejar.
 Aum Namah Kapilaya

Kapila significa vermelho em sânscrito, que é a cor que representa a força de Ganesha.
 Ativa o poder, a criação e a vitalidade. Traz a cura como realização durante a
prática deste mantra, através da visualização da cor. Também gera a abundância e
auxilia na obtenção de pedidos e desejos, principalmente pedidos de cura para
doenças ou enfermidades.

 Aum Namah Gajakarnikaya

 As orelhas de Ganesha indicam a necessidade de se ouvir mais e falar menos,


dando importância somente ao que existe de real e positivo. Este mantra cria um
filtro especial, para que se ouça somente o que é importante para o crescimento e a
realização. Ajusta a captação energética através dos chakras, ao mesmo tempo em
que aguça a visão, a clarividência e a intuição. Desenvolve nossa audição e
percepção espiritual.

 Aum Namah Lambodaraya

Este mantra nos direciona em nossa espiritualidade nos colocando em conexão com
todos os poderes do universo. O Aum representa a consciência e quando praticamos
este mantra, colocamos a mente ativada em contato com o inconsciente coletivo e
todas as manifestações positivas do Cosmo.
 Aum Namah Vikataya

Este é um grande mantra de abertura a conciência e equilíbrio do emocional abalado


pela incompreensão, revelando a verdade de cada situação. Ao praticá-lo estamos
liberando a mente das ilusões criadas pela vida cotidiana, alçando um estagio de
evolução que nos faz termos a noção da realidade e como ela está agindo no
fluxo de nossas vidas.

 Aum Namah Vighna Nashanaya

Este mantra invoca o Senhor Ganesha para remover todos os obstáculos em sua
vida e em suas obras. Pela meditação constante junto a prática deste mantra, somos
capazes de entender e superar todos os obstáculos criados. Ao praticá-lo, podemos
desbloquear as energias estagnadas e liberarmos nosso caminho para a paz e a
prosperidade.

 Aum Namah Vinayakaya

 Vinayaka é o nome de Ganesha em sua idade de ouro, ou seja, na maturidade.


Então, por realizar este mantra, você também encontrará o amadurecimento necessário
para crescer e se fortalecer, pois sua vida também alcançará a mesma idade de
ouro. Em seu escritório, em seu trabalho, você será aquele que controla e
governa seus caminhos. Vinayaka significa algo sob controle, significa que também
somos donos da força e do poder para removermos nossos próprios obstáculos,
dominando nossas ações Para que ajam de maneira vitoriosa.

 Aum Namah Ganadhyakshaya

Este mantra é muito importante, pois através dele você conseguirá enviar as boas
vibração e a cura para todos aqueles que ama e participam de sua vida. Sua
prática realiza a cura em grupos, sendo muito utilizado para trabalhos com a família
ou práticas em conjunto a outras pessoas. Traz a revitalização física, mental,
emocional e espiritual.

 Aum Namah Bhalachandraya

Em sânscrito, a palavra Bhala significa o centro da testa, enquanto Chandra


simboliza a grande deusa lua, especialmante a lua crescente, carregada por
Ganesha no chakra frontal, localizado no meio da testa, entre os olhos. É através
desse canal que a visão da paz e do crescimento surge a todos os homens. Com a
prática deste mantra, você entra também em conexão com Shiva, pai de
Ganesha e portanto acessa a verdade e a iluminação necessária para a
evolução e a harmonia em sua vida.
Ganesha e os Outros Deuses
Ganesha poderá ser trabalhado juntamente com o auxílio da energia de outros deuses de
grande importância. Entre eles destacamos:

Shiva, o Destruidor
Shiva, O destruidor, é um dos dois
deuses mais poderosos do hinduísmo.
Apresenta-se de várias formas: o
extremado asceta, o matador de
demônios envolvido por serpentes e
com uma coroa de crânios na cabeça, o
senhor da criação a dançar num círculo
de fogo ou o símbolo masculino da
fertilidade. Mais que os outros deuses é
uma mistura de cultos, mitos e deuses
que vêem desde a pré-história da Índia.
É a representação do Espírito Santo no
hinduísmo.
É o criador e deus dos iogues e da
meditação. Paradoxal, contém em si o
poder da criação e da destruição, o que o
torna ao mesmo tempo atraente e terrível.
Destrói o que foi criado e preservado,
para que Brahma possa então criá-lo
novamente. Originalmente o deus da
montanha, Shiva, que significa
auspicioso, é o deus da destruição.
Mas, num mundo de infindáveis
renascimentos, a destruição precede a
criação. Pode ser venerado como um língan (símbolo fálico), como um asceta,
um professor, ou como um dançarino na grande dança da destruição.
Shiva, por contraste a Vishnu, não possui avatares, mas ele tem uma família de esposas
e crianças. Shiva era originalmente conhecido como o destruidor, mas desde que
ele incorporou adjetivos de criador (ele destrói as coisas para renová-las), e
sustentador. De fato, a figura de Shiva dançando, sustentando o mundo é uma
figura hindu comum. Os seguidores de Shiva são conhecidos como Shaivites. As
lendas que exploram isto são mencionadas no Ramayama, mas parecem ser muito
mais completas nos Puranas. A figuração principal de Shiva é em meditação, mas
ao lado das atenções de Parvati, uma de suas esposas, ele também possui um lado
familiar. O principal símbolo de Shiva é um lingam, um objeto fálico. Este símbolo é
colocado como a imagem central de um templo Shaivite e freqüentemente é feito de
material valioso, como prata. Possui usualmente dois ou três pés de altura, e constitui
foco de veneração por seus seguidores.

 As Cobras que Shiva usa como colares e braceletes simbolizam os seus triunfos
sobre a morte, a sua imortalidade.
O Filete de água que se vê jorrar de seus cabelos é o rio Ganges. Conta à lenda
que o Ganges era um rio muito revolto que corria na morada dos deuses. Os
homens pediram para que o rio corresse também na terra. Porém, o impacto da
queda d'água seria muito violento. Para resolver o problema, Shiva permitiu que o rio
escorresse suavemente para a terra pelos seus longos cabelos.

Nandi, o Touro Branco, é a carruagem de Shiva, sendo considerado o senhor da


alegria como Nandikeshvara, um homem com cabeça de touro. Personifica a alegria, a
música, o poder da criação e o poder interior adquirido pelo controle da força física e
da violência. Somente aqueles que subjugarem seus desejos e alcançarem o
autoconhecimento poderão montar um touro branco como Nandi.O touro sagrado
para o povo do Indostão é como um símbolo de fertilidade e foi absorvido no
hinduísmo como o companheiro constante de Shiva de quem é montada,
camarista e músico. Shiva usa na testa o emblema de Nandi, a lua crescente,
uma das representações das energias sexuais transmutadas, que nosso Divino
Espírito Santo (Shiva), utiliza para a redenção da Alma.

Shiva Mantra: “Om Namah Shivaya”


 “Eu me curvo reverentemente ao Senhor Shiva”

Mantra de Shiva realizado com Ganesha:

Traz concentração, nos protege e aumenta os poderes de ganesha nos trabalhos de


remoção dos obstáculos.

Lembrando que Shiva é posicionado a esquerda e ganesha a direita do observador,


quando colocados em um altar.

Realizar nove vezes o mantra principal de Ganesha e nove vezes o mantra de Shiva.

Lakshmi, a deusa da Riqueza


Lakshmi é a deusa da saúde e prosperidade,
tanto material quanto espiritual. A palavra Lakshmi é
derivada da palavra em sânscrito laksme,
significando acerto. Dessa forma, Lakshmi
representa o acerto da vida, que inclui a
prosperidade espiritual. Na mitologia hindu, a deusa
Lakshmi, também chamada Shri, é a esposa
divina do deus Vishnu e fornece a ele a força para
a manutenção e preservação da criação.
Em suas imagens e gravuras, Lakshmi é mostrada
com quatro braços e quatro mãos. Ela veste
roupas vermelhas com bordados dourados e
repousa em uma flor de lótus. Ela tem moedas
douradas e duas flores de lótus em suas mãos. Dois
elefantes (algumas gravuras
mostram quatro) são mostrados próximos à deusa. Este simbolismo segue o
seguinte tema espiritual:
Os quatro braços  representam as quatro direções no espaço e isto simboliza
a onipresença e a onipotência da deusa;
 A cor vermelha simboliza atividade. Sua aplicação na vestimenta indica que Lakshmi
está sempre ocupada distribuindo saúde e prosperidade para seus devotos;
O bordado dourado em seu vestido vermelho denota prosperidade;
 A flor de lótus  significa que enquanto vivendo neste mundo, deve-se desfrutar de
sua saúde e força, mas sem se tornar obcecado por isso. Este ensinamento é
análogo à lótus, que cresce na água mas não é molhada pela água;
 As quatro mãos simbolizam os quatro fins da vida humana: dharma (caminho correto),
kama (desejos genuínos), artha (força e saúde), e moska (liberação do ciclo de
nascimentos e mortes). As mãos da frente representam a atividades no mundo
físico e as mãos de trás indicam as atividades espirituais para alcançar a perfeição
espiritual.
Desde que o lado direito do corpo simboliza atividade, uma flor de lótus na mão do
lado direito de trás indica que se deve fazer todas as atividades no mundo em
acordo com o dharma. Isto conduz a alma ao moska (liberação), que é simbolizado
por uma flor de lótus na mão da esquerda de trás de Lashmi.
 As moedas douradas  caindo no chãs vindas da mão esquerda da frente de
Lakshmi ilustram que ela provê saúde e prosperidade para seus devotos.
Sua mão da direita da frente é mostrada abençoando seus devotos.
Os dois elefantes próximos à deusa simbolizam o nome e fama, associados com a
força material. A idéia mostrada aqui é que os devotos não devem adquirir força
apenas para ter nome e fama ou apenas para satisfazer seus desejos materiais, mas
deve compartilhar isso com outros de forma a trazer alegria aos outros além
de si mesmo.
 Algumas figuras mostram quatro elefantes borrifando água de vales dourados até a
deusa Lakshmi. Os quatro elefantes nesta situação simbolizam o contínuo esforço
próprio de acordo com o próprio dharma e governado pela pureza, em busca da
prosperidade material e espiritual. A deusa Lakshmi é adorada freqüentemente em
templos próprios de seus devotos. Uma adoração especial é oferecida a ela anualmente
no dia de Diwali, com rituais religiosos e coloridas cerimônias especialmente
destinadas a ela.

Lakshmi Mantra: OM Shrim Maha Lakshiyei Swaha


 “Saudações a Lakshime, senhora da fortuna e da abundância”

Mantra de Lakshmi realizado com Ganesha:

Mantra para a circulação da riqueza através da sabedoria e do conhecimento.

Muito usado em comércios e empresas, pois Lakshmi com Ganesha trazem o fluxo das
vendas e dos clientes.

Lakshmi à esquerda e Ganesha a direita do observador.

Realizar nove vezes o mantra principal de Ganesha e nove vezes o mantra de Lakshime.
Narasimha, o Homem-Leão
Narasimha, a quarta encarnação de Vishnu é
metade homem e metade leão. Um porteiro
de
 Vishnu deixou-o enraivecido e, por isso, foi
condenado a viver o resto de sua vida como
um demônio. Brahma, entretanto, concedeu-lhe
um benefício especial, ou seja, ele não seria
ferido por qualquer arma, homem ou animal,
durante o dia ou durante a noite, a céu aberto
ou abrigado. Ele tornou-se tão cheio de si que
começou a dificultar a vida dos deuses. Vishnu
resolveu interferir. Na forma de um homem
com cabeça de leão (nem animal, nem homem),
escondeu-se atrás de um dos pilares à entrada
da morada do demônio Hiranyakasipu,
agarrou-o ao crepúsculo (nem dia, nem noite)
na soleira da casa (nem fora, nem dentro) e
malhou-o com suas garras (desarmado).
O Senhor Ganesha é depois de Prahlada Maharaja,
um grande devoto de Narasimha como descrito
no Sri Brahma Samhita. Ali é descrito que Ganesha
tem
os pés de lótus de Sri Narasimha sob sua cabeça e isto faz com que ele destrua
todos os obstáculos no serviço devocional.

Narasimha Mantra: Narasimha Ta Va Da So Hum


 “Direciono minha energia a Narasimha para que me direcione e sintonize minha mente
com o poder divino”

Mantra de Narasimha realizado com Ganesha:

Mantra para dissipar as forças e as energias negativas, criando a máxima proteção e


defesa nos ambientes.

Narasimha à esquerda e Ganesha a direita do observador.

Realizar nove vezes o mantra principal de Ganesha e nove vezes o mantra de Narasimha.
 Yantra de Ganesha
Ganesha também pode ser ativado através da mandala ou Yantra que representa,
através das formas, símbolos e cores, sua força e seu poder:

Práticas Ritualísticas
Puja
Puja é o ato de mostrar a reverencia a um
deus, a um espírito, ou a um outro aspecto das
invocações, das orações, das canções, e dos rituais
divinos. Uma parte essencial do puja para o
devoto Hindu é estar fazendo uma conexão
espiritual com o divino. Esse contato é facilitado
mais freqüentemente através de um objeto: um
elemento da natureza, de uma escultura, de
uma embarcação, de uma pintura, ou de uma
cópia.
Durante o puja uma imagem ou o outro símbolo dá acesso ao deus como meios
de acender-se ao divino. Este ícone não é a própria deidade; pelo contrário,
acredita-se ser preenchido com a energia cósmica da deidade. É um ponto focal para
honrar e comunicar- se com o deus. Para o devoto Hindu, o mérito artístico do
ícone é importante, mas é
secundário a seu índice espiritual. Os objetos são criados como os receptáculos
para a energia espiritual que permitem que o devoto experimente uma comunicação
direta com seus deuses.
 A conduta dos pujas Hindus em santuários é realizada geralmente em três
ambientes diferentes: nos templos, nas casas, e em espaços públicos ao ar livre. É
inigualmente comum para algumas das deidades serem adoradas em qualquer um
dos três tipos de santuário.
Os Hindus acreditam que se não existir um cuidado apropriado junto às imagens de
um templo, a deidade abandonará este templo. Com isso, os sacerdotes realizam o
cuidado do templo e atendem as necessidades dos deuses. Os sacerdotes executam o
puja no nascer do Sol, no meio-dia, no por do sol, e na meia-noite. Para um
seguidor, entretanto, visitar um templo diariamente não é uma obrigação e
muitos Hindus devotos adoram as divindades em seu próprio lar. O aspecto
essencial do puja não é uma adoração conjunta, mas aquilo que cada individuo
oferece a deidade. A adoração no lar ocorre geralmente diariamente.

 Adoração para o Altar da Casa

Os membros da família escolhem os objetos específicos a sua devoção para colocar


no altar. Muitos objetos são entregues em baixo através das gerações, quando outros
podem ser comprados durante uma peregrinação ou comissão em resposta a uma
necessidade especial.

Como parte do puja diário, a presença das deidades é honrada lavando cada
escultura com água e outras substâncias sagradas, vestindo-a e a adornando com as
flores e pasta vermelha, uma tintura especial. Durante a adoração, cada devoto dá
aos deuses mais oferendas de flores e frutas.

Seqüência para o ritual:


Prabodha, ou o despertar da deidade;
Snana, a cerimônia de banho da deidade,
 Avahana, convocação da deidade;
 Arcaka, ou as boas vindas;
Pradaskhina, os movimentos divinos (dança ou
reverências); Naivedya, oferenda de alimento;
 Aarti, a lâmpada de adoração;
Prarthana, a prece;
 Visarjana, a despedida.

Elementos para um Puja


Puja é uma oferta com a mente concentrada e os sentidos energizados para honrar
a Deus. O Puja inclui a recepção e um convite para Deus como sendo nosso
convidado de honra em nossa casa. Para realizar a adoração, vários vasos tradicionais
são utilizados nas casas e templos Hindus. Eles são feitos de metais preciosos,
cobre ou latão. Seus
formatos, apesar de ser o mesmo ao redor de toda a Índia, variam de forma
marginal, de região para região. Os itens utilizados para a adoração são:
Samai  – É uma lamparina de óleo amplamente adornada com flores numa
tigela; as lamparinas possuem vários canais onde são colocados os pavios feitos de
algodão, e que são embebidos em ghi, manteiga clarificada. Há um suporte para
sustentar a lamparina com a finalidade de evitar que pingue. Os tipos de samai
diferem de região para região. Dip-lakshmi, ou a lâmpada da deusa está
associada com a prosperidade.
 Aarti  - É arranjado numa bandeja de metal circular, com cinco lâmpadas de ghi,
chamadas de nirañjanas, dispostas ao redor e untadas com ghi ou óleo. Quando
acesas estas lâmpadas são usadas em movimentos circulares, da esquerda para a
direita, diante da deidade enquanto são realizados sons ou cantos devocionais.
Aarti é um ato de veneração e amor. Eles são feitos para as crianças nos dias dos
seus aniversários, para um casal recém casado, ou como sinal de boas vindas para
os convidados, e para os membros da família em ocasiões especiais.
 Achamani  – É uma pequena colher utilizada para banhar os ícones. Há uma pequena
tigela ligada ao seu cabo, usualmente no formato de um capelo de
serpentes.
Panchapatri – É como um pequeno tambor no qual é colocado água ou leite e é
usado como achamani. Ele é decorado com vários motivos, em cobre ou prata.
Tanto o panchapatri como o achamani podem ser feitos de prata.

Ghanta – É uma sineta feita de metal, cobre ou prata, e é usada durante os


rituais, ou enquanto é cantado os aartis (adoração à deidade). Os sinos são
considerados sagrados na cultura indiana. Eles são de vários desenhos e estilos, e de
diferentes metais, incluindo os de cinco metais, chamados de pañchaloha.
Encontram-se muitos sinos na Índia, nos templos e igrejas antigos, e eles tocam
pela manhã e ao anoitecer, para celebrar um elo entre o homem e a divindade.
Sinos e sinetas de vários tamanhos e formatos são usados na adoração. O toque
das sinetas num templo ou igreja é para chamar as pessoas para a oração e
rendição à divindade.

Kalash – É um pote cheio com um côco e adornado com folhas de manga, sendo uma
representação popular Deus.
Tamhan – É um prato de metal para receber a água que é utilizada durante os
rituais, como parte dos ritos de adoração.
Shankh  – É uma grande concha que é adorada como um símbolo de Vishnu. Ela
é assoprada em rituais para acalmar Deus. Seu som simboliza o divino poder de
destruir o mal.
Prashada – Comida preparada e oferecida para Deus. Ela é chamada de Pacca
Khana e não pode conter cebolas ou alho. Na grande maioria dos templos Hindus e
nas casas a alimentação e estritamente vegetariana. Flores e incenso são amplamente
utilizados para enfeitar os rituais.
Enfeites de adoração são usados para criar uma atmosfera de beleza e serenidade.

Pancamrita – (cinco néctares) é usado nos rituais de banho das deidades, sendo feito
de uma mistura em partes iguais de água, leite, iogurte, açúcar, mel e ghi. Frutas
frescas e secas, ou alimentos cozidos, são oferecidos para Deus, sendo conhecidos
com o nome de Naivedya e quando são distribuídos aos devotos são chamados de
Prashada (restos do Senhor). A água sagrada é distribuída como puja, é
chamada de tirth.

Phull – Cada deidade tem a sua flor favorita. Nos rituais, as flores são escolhidas
pelos suas cores, flagrância e beleza. As folhas de várias árvores e plantas, as
quais são consideradas sagradas, são utilizadas. Guirlandas são feitas em inumeráveis
desenhos e feitios, decorando as portas das casas ou dos templos nos dias
de festival.
Dhup  – Essências aromáticas, varetinhas de incenso ou agarbattis, cânfora, pasta
de sândalo e açafrão são extensivamente usados na adoração, e são oferecidos,
também, para criar uma atmosfera agradável.
Outros materiais de puja – pós coloridos como o kumkum (cúrcuma vermelho
forte), haldi (turmeric), sindur (ocre), abir e gulal são utilizados para untar as
deidades. Arroz sagrado ou akshata, é feito pela mistura de arroz, kumkum e um
pouco de água. Cocos, folhas de betel e nozes são oferecidas, tanto para Deus como
para honrar convidados em festivais de adoração. Rañgoli é predeterminadamente
desenhado num padrão de cores e desenhos para pujas específicos, e sua arte segue
princípios matemáticos complexos.
Dharapatra  – É um pote pendurado, e do qual a água pinga continuamente por
sobre um ícone de vários deuses, ou por sobre um Shivalinga, que é representação
fálica de Deus, e que reverencia, principalmente, o Senhor Shiva. Este pote possui
uma forma cônica, com uma ponta e uma pequena saliência, ou então, é um corno
de vaca adaptado para esta finalidade.
Rituais para Ganesha

Magia para remoção de obstáculos com Ganesha


Ganesha é o grande senhor da remoção de obstáculos e da prosperidade e busca
atender aos seus pedidos sempre que forem direcionados para uma boa causa. Três dias
antes da chegada da lua cheia, adquira uma imagem ou estátua de Ganesha na
posição de dançarino. Coloque-se na frente da imagem e acenda uma vela vermelha
em oferecimento ao deus elefante, já que a cor vermelha é sua cor predileta. Se
desejar, em um prato ou vasilha, ofereça a ele um pouco de leite, mel ou nove
bananas. Com um sino metálico em sua mão esquerda e um incenso de coco em
sua mão direita, comece a descrever todos os seus problemas para o grande deus,
de forma que você se prontifique a entender a causa destes. Sempre que revelar um
problema ou uma causa que lhe aborreça, toque o sino três vezes seguido e passe
o incenso pela imagem, a partir da cabeça do deus até seus pés. Peça para que
Ganesha lhe traga sabedoria para enfrentas as dificuldades e peça para lhe remover
todo o mal e todos os obstáculos de seu caminho. Ao encerrar, repita seu mantra
por nove vezes: “Om Gam Ganapataye Namaha!” (Pronunciasse: Om gan
ganapataiei namarrá).
 Agradeça ao deus com todo o amor em seu coração. Deixe a vela e o incenso
queimarem até o final. No dia seguinte você poderá consumir todas as frutas, o mel
ou o leite, porém deve lembra-se de agradecer pela remoção dos obstáculos antes de
ingeri-los. Acenda um incenso de coco durante nove dias e ofereça ao grande
removedor de obstáculos para reforçar e fortalecer seus pedidos.
Magia para encontrar a prosperidade financeira através de Ganesha
Em uma quinta feira de lua crescente prepare uma grande oferenda ao deus
Ganesha como símbolo da riqueza e prosperidade que pretende almejar. Em frente
à imagem de Ganesha em sua forma dançarino, acenda algumas velas em número
ímpar em um incenso de flor de pitangueira. As melhores cores para as velas são
vermelho, amarelo e dourado. Em um prato também dourado, acrescente nove
moedas, mel, côco ralado ou em pedaços, maça verde e bananas picadas, cravo e
canela em pau. Ao final decore o arranjo com sete girassóis dispostos em círculo.
Comece a conversar com o deus falando sobre todas as suas dificuldades. Com um sino
metálico em sua mão esquerda, comece a pedir tudo o que desejar, porém toque o
sino a cada novo pedido. Encerre agradecendo a tudo aquilo que deseja adquirir e
conquistar. Deixe as velas e o incenso queimarem por completo. Mantenha o prato
ofertado por três dias na frente da imagem. Ao final do terceiro dia, agradeça
novamente. Limpe removendo tudo o que está no prato dourado e deposite em um
saco plástico separado para depois jogar em seu lixo.

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