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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Índice 0.5
Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura Discussão 0.5
organizacionais
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução Descrição dos
1.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.5
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências Rigor e coerência das
6ª edição em
Bibliográfica citações/referências 2.0
citações e
s bibliográficas
bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução...................................................................................................................................1
Objectivo geral:...........................................................................................................................1
Objectivos específicos:...............................................................................................................1
Metodologia................................................................................................................................1
1. Vogais e semi-vogais...........................................................................................................2
3. Classificação da Vogais.......................................................................................................5
Conclusão..................................................................................................................................10
Bibliografia...............................................................................................................................11
Introdução
No sistema fonológico português, bem como nos sistemas de outros idiomas, podem ser
consideradas várias classificações diferentes de fonemas, dependendo do que está no nosso
interesse. O sistema fonológico português compreende três grandes grupos: consoantes,
vogais e Semi-vogais. A produção desses fonemas ocorre no mesmo processo de produção da
voz.
O processo da produção da voz ocorre durante a expiração do ar vindo dos pulmões. O ar
passa pelas cordas vocais. Estas são as duas bandas elásticas situadas de forma paralela a
possibilitar uma aproximação ou um afastamento recíproco. Ao aproximarem-se nas
consoantes sonoras produzem um efeito de vibração, enquanto nas consoantes surdas se
afastam deixando passar o ar livremente.
A voz humana, portanto, produz-se durante o processo de expulsão do ar. Nota-se dois
momentos da produção da voz: - a fonação - a articulação. A fonação está situada na laringe,
onde o ar passa muito depressa. Isso faz com que aconteça a vibração das cordas vocais.
No entanto, a articulação é o processo de modificação do fluxo de ar no interior da cavidade
bucal, incluindo a possibilidade de o ar passar pela cavidade nasal. Os órgãos que participam
na articulação de um som são os seguintes: A língua; palato ou céu-da-boca dividido em duas
partes; palato duro e o palato mole ou véu palatino; cavidade nasal; os dentes; a úvula; os
lábios.
No presente trabalho se aborda a articulação das vogais e das semivogais no português
europeu com o intuito de responder aos seguintes objectivos:
Objectivo geral:
Analisar a articulação das vogais e semivogais do português Europeu.
Objectivos específicos:
Conceituar vogais e semivogais;
Caracterizar as vogais e semivogais;
Descrever a articulação das Vogais e semivogais;
Metodologia
Para o alcance destes objectivos foi adoptada uma metodologia assente numa pesquisa
bibliográfica baseada em diversos autores que aparecem devidamente citados ao longo do
texto e mencionados na bibliografia final deste trabalho.
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1. Vogais e semi-vogais
Em fonética e fonologia, a vogal é uma das três grandes categorias usadas na classificação dos
sons das línguas do mundo. Articulatoriamente, as vogais distinguem-se das consoantes por
serem produzidas através da livre passagem do ar ao longo do trato bucal, passagem essa que
é modulada pela acção dos órgãos articuladores, produzindo as conhecidas diferenças de
timbre entre as vogais.
Acusticamente, as vogais caracterizam-se por serem sons periódicos, ou melódicos, uma vez
que são geradas na fonte glotal (cordas vocais), que lhes transmite ondas periódicas, a que se
acrescentam outras incrementadas pelos ressoadores e filtradas pelos filtros que compõem as
cavidades larígea, farígea, nasal e bucal. Ainda de um ponto de vista acústico, as vogais
caracterizam-se por apresentar formantes bem definidos no espetrograma.
De acordo com Espada (2006) as vogais são sons em que o ar passa livremente pela boca, sem
obstrução. A língua portuguesa compreende nove vogais orais e cinco nasais na sua forma
padrão.
Para além das vogais é preciso referir também as semivogais do português. Uma semivogal é,
a óptica de Espada (2006) uma vogal ou consoante, utilizada em conjunto com outra vogal,
formando uma só sílaba. Isto só acontece nos seguintes dois casos e as suas respectivas
correspondências nasais.
Quando o estudo dos sons tem em conta a posição e o movimento dos articuladores estamos
no domínio da fonética articulatória. Deste ponto de vista, devem considerar-se os seguintes
aspectos:
Veloso (1999) considera que o som é produzido pela pressão exercida pelos pulmões que são
uma fonte de energia e colocam em movimento as partículas do ar neles contido. O ar passa
então pela laringe, na qual se encontra um orifício, a glote, onde se localizam as cordas
vocais que, ao vibrarem, actuam como uma fonte sonora. Os sons produzidos com vibração
das cordas vocais são vozeados (ou sonoros) – as obstruintes sonoras (oclusivas e fricativas),
todas as vogais e as consoantes nasais e líquidas (laterais e vibrantes).
Em seguida, o ar entra na cavidade bucal que actua como uma caixa de ressonância. Nesta
cavidade, os articuladores activos, com mobilidade – lábios, língua, palato
mole ou véu palatino, e a úvula – e passivos, sem mobilidade – palato
duro, alvéolos dentários e maxilar inferior –– têm funções na definição do som que o falante
pretende produzir (vogais, semivogais e consoantes). Se o ar passar também pela cavidade
nasal por abaixamento do véu palatino produz-se um som nasal, quer consoante (como [m] ou
[n]) quer vogal (como [õ] ou [ɐ͂]). O conjunto dos órgãos do aparelho fonador que se
encontram acima da laringe constitui o tracto vocal.
As Vogais
Segundo Freitas, Toledo & Ivo, (2019) as configurações de produção dos sons determinam,
no que respeita às vogais, a altura (altas, , médias [e, ɐ, o] ou baixas [a, ɛ, ɔ]) e o ponto
de articulação (anteriores ou palatais, [i, e, ɛ], centrais, , e posteriores ou velares [u, o,
ɔ]). As vogais do Português também podem ser classificadas em relação à posição dos
lábios: arredondados na produção de [u, o, ɔ] e não-arredondados na produção das restantes
vogais.
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Quadro da articulação das vogais
Ponto de Articulação
Altura
Anterior ou Paleatal Central Posterior ou Velal
Altas [i, ĩ] [u, ũ]
Médias [e, e͂] [ɐ,ɐ͂] [o, õ]
Baixas [ɛ] [a] [ɔ]
Não Arredondadas Arredondadas
A altura das vogais e o seu ponto de articulação decorrem da posição do dorso da língua em
relação ao que se designa como ‘posição neutra’ (de repouso):
As vogais altas são pronunciadas com o dorso da língua elevado em relação à posição
neutra,
As médias com o dorso da língua na posição neutra,
As baixas, com o dorso da língua abaixado em relação à posição neutra.
Conforme Veloso (1999) a classificação das vogais deve tomar em conta os vários aspectos
(parâmetros ou traços). Assim, por exemplo, a vogal [i] do Português classifica-se como uma
vogal alta, anterior, não-arredondada e não nasal; a vogal [ɐ͂] classifica-se como média,
central, não-arredondada e nasal.
As Semi-Vogais ou Glides
Veloso (1999) advoga que as semivogais ou glides que se encontram no nível fonético do
Português – representadas por [j] e [w], e as nasais, por [j] e [w̃ ] – têm características
idênticas às das vogais [i] e [u] ([ĩ], [ũ]), mas distinguem-se delas por terem uma pronúncia
mais breve e ocorrerem sempre a seguir às vogais com as quais formam ‘ditongos
decrescentes’.
Assim, a semivogal [j] é alta, anterior e não arredondada e a semivogal [w] é alta, posterior e
arredondada.
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3. Classificação da Vogais
De acordo com Tavares (2012) a voga pode ser classificada quanto à zona de articulação: a
zona de articulação está relacionada com a região da boca onde as vogais são articuladas.
Assim as vogais podem ser:
Quanto ao papel das cavidades, bucal e nasal: a corrente de ar pode passar só pela boca (orais)
ou simultaneamente pela boca e fossas nasais (nasais).
Enquanto Mateus & Andrade (2000) afirmam que para distinguirmos bem o sistema vocálico
do português europeu é preciso dividir as vogais em vogais tónicas e vogais átonas.
a) Vogais tónicas:
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/a/ bala /bala/
Em posição pretónica:
b) Em posição postónica:
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/i/ júri /ʒúri/
No caso das vogais átonas em posição não final, o sistema vocálico do português europeu
possui, portanto, os seguintes graus:
A vogal /a/ tónica é sempre alternada pela vogal átona /ɐ/, como por exemplo: pagar /pɐgar/
vs paga /pagɐ/ ou parar /pɐrar/ vs para /para/, enquanto as vogais tónicas /i/ e /u/ não alternam
com outras vogais quando ocorrem em posição átona, mas ficam sempre /i/ e /u/.
Vogais nasais
Também as vogais nasais podem ser divididas entre vogais nasais tónicas e vogais nasais
átonas, ou seja, pretónicas.
Não finais:
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/õ/ ponto /põtu/
Finais:
Mesmo assim, segundo Mateus & Andrade (2000), existem várias hipóteses e razões pelas
quais não podemos falar das vogais nasais no caso do português, mas sim das sequências de
uma vogal oral acrescentada por um segmento nasal. Esta hipótese é sustentada nos seguintes
exemplos:
A pronúncia da consoante /r/ depois de uma vogal nasal segue um padrão semelhante à sua
pronúncia depois de uma consoante que fica no final de sílaba: neste caso aparece apenas a
consoante /R/.
a) Vogais nasais
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/õ/ ronronar /RõRunar/
Estes exemplos provam o comportamento diferente de vogais orais e nasais. Segundo Mateus
& Andrade (2000) esta diferença é devida à presença de um segmento nasal que é realizado
foneticamente como característica nasal da vogal. Para além disso, os autores oferecem mais
uma prova para sustentar a sua hipótese com mais alguns exemplos.
Pode notar-se que nos seguintes casos o prefixo é pronunciado /ĩ/ quando é seguido por uma
consoante (caso a), enquanto seguido por uma vogal, se realiza como uma vogal oral e uma
consoante nasal /in/ (caso b).
intenção /ĩtẽsɐ̃w/
incapaz /ĩkɐpaʃ/
imposto /ĩpoʃtu/
inacabado /inɐkɐbadu/
inoportuno /inopurtunu/
inaceitável /inɐsɐjtavɛɫ/
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Conclusão
A língua portuguesa é uma língua “pelo mundo em pedaços repartida”, é utilizada no
quotidiano por muitos milhões de pessoas e distribui-se por um espaço imenso. Mas a variante
europeia ainda figura como o estandarte da língua portuguesa, por isso mereceu apreciação
neste trabalho.
A pesquisa bibliográfica que norteou este trabalho permitiu perceber que são três os
parâmetros articulatórios responsáveis pela classificação das vogais: ângulo de abertura do
maxilar inferior, posição da língua em relação ao palato duro e arredondamento ou não-
arredondamento dos lábios.
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Bibliografia
Espada, F. (2006). Manual de Fonética: exercícios e explicações. Lisboa: Edições Técnicas,
Lda.
Freitas, M., Toledo, C. & Ivo, A. (2019). Fonética Articulatória. Apoio Pedagógico –
Estudos Linguísticos: Fonética e Fonologia. Belo Horizonte: Universidade Federal de
Minas Gerais, Faculdade de Letras.
Mateus, M. H. & D’Andrade, E. (2000). The Phonology of Portuguese: The Phonology of the
World’s Languages. Oxford: Oxford University Press.
Tavares, A. (2012). Português XXI - Livro do Aluno (2012 ed.). Lisboa: Lidel-Edições
técnicas, Lda.
Veloso, J. (1999). Na Ponta da Língua: exercícios de fonética do português. Porto: Granito,
Editores e Livreiros, Lda.
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