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TRANSFORMADORES COM CLASSIFICAÇÃO DO FATOR K

Hoje em dia, nos locais de trabalho industrial, a proliferação de dispositivos de estado sólido (reatores de iluminação, sistemas de
movimentações e controle de motores, equipamentos de comunicações, e outras cargas de motorização DC) têm criado alguns relevantes
problemas para engenharias de especificações, contratantes e proprietários de negócios. A natureza não linear das fontes de alimentação de
modelos com chaveamento por sistemas de estado sólido geram correntes harmônicas que, por sua vez, geram perdas adicionais aos
transformadores e , (algumas destas perdas são profundas dentro dos enrolamentos e algumas são mais próximas da superfície) e os neutros do
sistema superaqueçam e se destruam.
EFEITO DOS HARMÔNICOS NOS TRANSFORMADORES A SECO

Há diversas situações que podem criar condições para problemas de harmônicos em transformadores, incluindo a adição do equipamento
a um sistema elétrico existente, ou a adição de instalações de aprimoramento ou expansões a uma fonte de potência existente. Os transformadores
com especificações de fator K são projetados para reduzir os efeitos de aquecimento das correntes harmônicas criadas por cargas não lineares. A
classificação do fator K, atribuída a um transformador, é um índice da habilidade do transformador de suportar um índice harmônico em sua
corrente da carga, permanecendo dentro de seus limites da temperatura de operação. Uma classificação específica do fator K indica que um
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transformador pode fornecer, além da saída nominal de carga em KVA, uma carga de uma quantidade especificada de índice harmônico.
Em 1990, a UL (Underwriters Laboratories) desenvolveu o método de cálculo de classificação do fator K para avaliar a habilidade dos
transformadores em suportar os efeitos dos harmônicos. O fator K não significa que o transformador pode eliminar os harmônicos.
Existem dois métodos de cálculo do fator K:
- O método UL
- O método normalizado

O método UL é baseado na corrente nominal eficaz "rms" do transformador. É geralmente usado quando a corrente eficaz é medida ou

mensurável e é definido como:

Onde:
h = ordem do harmônico;
Ih(pu) = Corrente rms do harmônico expressado em pu (por unidade) da corrente nominal eficaz do transformador.

O método Normalizado é baseado na corrente fundamental da carga. As medidas dos harmônicos são feitas frequentemente com um analisador
de harmônico. A maioria dos analisadores harmônicos tem respostas de saída dos harmônicos em pu (valores por unidade) da corrente
fundamental. Consequentemente, o método seria usado. O método normalizado é definido como segue:
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Onde:
Corrente fundamental em pu (o 1° harmônico = 100%);
Um exemplo dos dois métodos para o mesmo espectro harmônico dos dados segue. Para o exemplo, supomos que as medidas foram feitas para
obter (pu):
Até o presente, as literaturas industriais e os comentários referem-se a um número limitado de classificações do fator K: K-1, K-4, K-9, K-13, K-
20, K-30, K-40.

Na teoria, um transformador poderia ser projetado para outras avaliações de fator K entre estes valores, assim como para valores mais elevados.
As classificações geralmente referenciadas são de acordo com ANSI/IEEE C57.110-1986 como segue:

K-1:
Esta é a avaliação de todo o transformador convencional que for projetado para suportar somente os efeitos de aquecimento das perdas
normais e das perdas adicionais por correntes parasitas (eddy losses) resultantes de 60Hz, com o transformador carregado com corrente senoidal.
Tal unidade pode ou não ser projetada para suportar o aquecimento adicional dos harmônicos em sua corrente de carga.

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K-4:
Um transformador com esta avaliação foi projetado para fornecer KVA nominal, sem superaquecer, a uma carga constituída de 100% de
frequência normal 60Hz, corrente senoidal na fundamental, mais:
- 16% da fundamental como a 3ª corrente harmônica;

- 10% da fundamental como 5ª;


- 7% da fundamental como 7ª;
- 5,5% da fundamental como o 9ª;
- Porcentagens menores através da 25ª harmônica.
O "4" indica sua habilidade de suportar quatro vezes as perdas de corrente de “eddy” de um transformador K-1.

K-9:
Um transformador K-9 pode suportar 163% do carregamento harmônico de um transformador classificado como K-4.
K-13:
Um transformador K-13 pode acomodar 200% do carregamento harmônico de um transformador classificado como K-4.

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K-20, K-30, K-40:


O número mais elevado de cada uma destas classificações do fator K indica a habilidade de trabalhar com quantidades sucessivamente
maiores de índices harmônicos da carga sem superaquecer

CARGA FATOR K

Iluminação com lâmpadas de descargas K4


UPS com filtro de entrada opcional K-4

Máquinas de solda K-4

Equipamento de aquecimento indutivo K-4

PLCs e controles de estado sólido (outros além de drives variadores de velocidade). K-4

UPS com filtro de entrada opcional K-4

Máquinas de solda K-4

Equipamento de aquecimento indutivo K-4

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Equipamentos de Telecomunicação (por ex. PBX) K-13

UPS sem filtros de entrada K-13

Alimentação de receptáculos multifios em geral em áreas com instrumentos de K-13


cuidados com a saúde e
Fontes de circuitos com receptáculos multifios para equipamentos de inspeção e K-13
testes em setores produtivos ou linhas de produção
Cargas de computadores servidores (Mainframe) K-20

Drives de estado sólido para motores (Drives variadores de velocidade) K-20

Alimentação de circuitos com receptáculos em áreas importantes de segurança e K-20


quartos de cirurgias e recuperação de hospitais

O fator K deve ser marcado claramente na placa de identificação do transformador.

Informações Técnicas:
Classe de temperatura: B (130°C) ou F (155°C)

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